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Workshop Formativo

Anabela Ferreira Silva Lopes


PLANFICAÇÃO DO WORKSHOP
OBJECTIVOS: •Reflectir sobre o papel da biblioteca
escolar;
• Compreender o modelo de auto
avaliação e necessidade de o aplicar;
• Sensibilizar para a colaboração na
aplicação do modelo.
METODOLOGIA • Apresentação de um PowerPoint;
: • Discussão dos temas apresentados;

PÚBLICO Todos os membros do Conselho


ALVO: Pedagógico;
DURAÇÃO: 3 horas.

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Missão da Biblioteca Escolar

A biblioteca escolar proporciona informação e ideias


fundamentais para sermos bem sucedidos na sociedade actual,
baseada na informação e no conhecimento. A biblioteca escolar
desenvolve nos alunos competências para a aprendizagem ao
longo da vida e estimula a imaginação, permitindo-lhes tornarem-
se cidadãos responsáveis.

Manifesto da Biblioteca Escolar

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Estudos internacionais mostram “de forma inequívoca, que as Bibliotecas

Escolares podem contribuir positivamente para o ensino e a aprendizagem,

podendo-se estabelecer uma relação entre a qualidade do trabalho da e

com a Biblioteca Escolar e os resultados escolares dos alunos.”

(In Modelo de Auto-Avaliação)

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”[…] é importante que cada escola conheça o impacto que as actividades

realizadas pela e com a Biblioteca Escolar vão tendo no processo de ensino

e na aprendizagem, bem como o grau de eficiência dos serviços prestados

e de satisfação dos utilizadores da BE.”

(In Modelo de Auto-Avaliação)

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Com o Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares pretende-se
facultar um instrumento pedagógico e de melhoria contínua que permita aos
órgãos directivos e aos coordenadores avaliar o trabalho da biblioteca
escolar e o impacto desse trabalho no funcionamento global da escola e nas
aprendizagens dos alunos e identificar as áreas de sucesso e aquelas que,
por apresentarem resultados menores, requerem maior investimento,
determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas.

In texto da sessão

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Pertinência da existência e um modelo de
Auto-avaliação para as BE
A existência de um modelo de autoavaliação para as BE´s enquadra-se na estratégia de
desenvolvimento global das bibliotecas escolares portuguesas e reflecte:

A preocupação de deslocar o “focal point” do Programa da RBE para a avaliação do


trabalho/do funcionamento da Biblioteca Escolar, uma vez que muitos dos objectivos
que se prendem com a instalação/apetrechamento das BE´s estão hoje atingidos.

A preocupação em comprovar o impacto do trabalho da BE ao nível do funcionamento


global da escola e nas aprendizagens dos alunos, daí resultando o reconhecimento
do valor da BE e a consolidação do seu estatuto ao nível da escola.

A preocupação em acompanhar a tendência actual da nossa sociedade, evidenciada,


entre outros, pelo Ministério da Educação que avançou com processos de avaliação
das Escolas e dos docentes em termos gerais.

A preocupação de interligar a avaliação da BE à avaliação da Escola.

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O Modelo enquanto instrumento
pedagógico e de melhoria
O Modelo tem um cariz pedagógico, tendo em conta que:

Aponta para as áreas nucleares em que se deverá processar o trabalho da/com a


Biblioteca Escolar e que têm sido identificadas como elementos determinantes e com um
impacto positivo no ensino e na aprendizagem;

O quadro referencial inclui a definição de factores críticos de sucesso que permitem


compreender melhor as formas de concretização dos indicadores de performance que se
distribuem pelas diferentes áreas nucleares, os quais se revestem de um cariz
informativo e formativo, ao mesmo tempo servindo de orientação em termos de recolha de
evidências.

Para cada indicador são igualmente especificadas possíveis instrumentos de suporte à


recolha de evidências, alguns dos quais foram integralmente disponibilizados pela RBE e
estão prontos a ser usados, e caso seja necessário, poderão sofrer adaptações – cada BE
insere-se num contexto com características próprias - antes de um posterior uso.

O Modelo apresenta também para cada indicador exemplos de acções para a melhoria, ou
seja, sugere acções a implementar caso venha a ser necessário melhorar o desempenho
da BE ao nível de indicadores específicos.

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O Modelo enquanto instrumento de melhoria
tem subjacente os seguintes conceitos:
[...] A noção de valor. O valor não é algo intrínseco às coisas mas tem
sobretudo a ver com a experiência e benefícios que se retira delas: se
é importante a existência de uma BE agradável e bem apetrechada, a
esse facto deve estar associada uma utilização consequente nos
vários domínios que caracterizam a missão da BE, capaz de produzir
resultados que contribuam de forma efectiva para os objectivos da
escola em que se insere.

[...] A auto-avaliação deve ser encarada como um processo


pedagógico e regulador, inerente à gestão e procura de uma melhoria
contínua da BE.

A implementação da auto-avaliação deverá ter em conta a prática


sistemática de recolha de evidências, a partir da qual cada BE
identificará o caminho – definição de novos objectivos e prioridades
tendo em conta os pontos fortes e fracos identificados no processo
de avaliação - que deve seguir com vista à melhoria do seu
desempenho.
(In Texto da Sessão)

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Organização Estrutural e Funcional do
Modelo

Cada domínio inclui:

Indicadores – apontam as zonas nucleares de intervenção em


cada domínio; permitem a aplicação de elementos de medição.
Factores críticos de sucesso – exemplos de situações,
ocorrências, acções que operacionalizam o indicador; guia
orientador para a recolha de evidências.
Recolha de evidências – exemplos de elementos, fontes e
instrumentos de recolha de dados.
Acções de melhoria – sugestões de acções com vista à melhoria.

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Organização Estrutural e Funcional do
Modelo.
Organização por 4 domínios que sintetizam a área de acção da BE:

A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular


A.1. Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os
docentes
A.2. Desenvolvimento da literacia da informação
B. Leitura e Literacias
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
C.1. Apoio a actividades livres, extracurriculares e de enriquecimento
curricular
C.2. Projectos e Parcerias
D. Gestão da Biblioteca Escolar
D.1. Articulação da BE com a Escola/Agrupamento. Acesso e serviços
prestados pela BE
D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D.3. Gestão da colecção

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Perfis de desempenho: 4 níveis

Nível Descrição
4 - Excelente Desempenho da BE de grande qualidade e
com impacto muito positivo.
3 - Bom Desempenho de qualidade, mas com
possibilidade de melhoria.
2 - Satisfatório Desempenho incipiente. O trabalho está em
desenvolvimento, mas é necessário melhorar
para um impacto mais efectivo.
1- Fraco Trabalho inexistente ou reduzido com um
impacto quase nulo. Torna-se necessária
uma intervenção urgente.

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Organização estrutural e funcional do
modelo
A existência de um modelo de autoavaliação para as BE´s enquadra-se na estratégia de
desenvolvimento global das bibliotecas escolares portuguesas e reflecte:

A preocupação de deslocar o “focal point” do Programa da RBE para a avaliação do


trabalho/do funcionamento da Biblioteca Escolar, uma vez que muitos dos objectivos que se
prendem com a instalação/apetrechamento das BE´s estão hoje atingidos.

A preocupação em comprovar o impacto do trabalho da BE ao nível do funcionamento global


da escola e nas aprendizagens dos alunos, daí resultando o reconhecimento do valor da
BE e a consolidação do seu estatuto ao nível da escola.

A preocupação em acompanhar a tendência actual da nossa sociedade, evidenciada, entre


outros, pelo Ministério da Educação que avançou com processos de avaliação das Escolas
e dos docentes em termos gerais.

A preocupação de interligar a avaliação da BE à avaliação da Escola.

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Oportunidades e constrangimentos ao nível da integração/aplicação do

modelo à realidade escola/ biblioteca escolar

O modelo de auto-avaliação enquanto instrumento de regulação e de


melhoria contínua, podendo, deste último factor, resultar um aumento do
grau de satisfação/do leque de competências dos utilizadores da BE.

A auto-avaliação da BE enquanto processo comprovativo do real


impacto da BE ao nível das aprendizagens dos alunos, daí resultando
uma maior afirmação e reconhecimento do valor da BE (interno e
externo).

A auto-avaliação da BE enquanto processo que contribua para uma


maior responsabilização/maior envolvimento dos Órgãos de Gestão,
Órgãos de decisão Pedagógica, outras Estruturas Educativas e Pais.

A auto-avaliação da BE enquanto processo que produz uma mudança


de práticas de gestão que privilegiem a reflexão e a recolha de
evidências qualitativas geradoras de mudança/de melhoria.

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Oportunidades e constrangimentos ao nível da integração/aplicação do
modelo à realidade escola/ biblioteca escolar

O apego das equipas da BE a práticas tradicionais de Gestão que não


valorizam as práticas de avaliação e a recolha de evidências.
A necessidade de adaptação a um modelo de autoavaliação e respectiva
terminologia que implicam conceitos novos a vários níveis.
A adaptação à noção de que o valor da BE passa pelo impacto positivo
que os seus serviços possam vir a ter no ensino e na aprendizagem, a
nível da Escola, e a consequente problemática que a medição desse
impacto parece suscitar.
A inexistência do “know-how” necessário à recolha/leitura de evidências.
A desvalorização da BE enquanto instrumento de apoio à consecução
dos objectivos da Escola e enquanto instrumento de suporte às
actividades de ensino e aprendizagem.
A falta de tempo/estabilidade/formação/liderança por parte de algumas
das equipas das BE`s para conduzirem o processo de autoavaliação com
sucesso.

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Gestão participada das mudanças decorrentes da
aplicação do modelo de auto-avaliação. Níveis de
participação da escola

A implementação com sucesso do modelo requer essencialmente:

Um diálogo constante com os Órgãos de Gestão com o fim de o


sensibilizar para a necessidade e valor da implementação do
processo de avaliação, bem como para a integração da auto-
avaliação da BE na planificação geral das actividades da
escola/ nos normativos que regulam essas actividades;

Um diálogo constante com departamentos e professores para


fomentar o aparecimento de uma cultura/hábitos de
colaboração para que, em conjunto, equipa da BE e docentes,
planeiam todo o processo de implementação de auto-avaliação
da BE e o integrem com naturalidade nas suas práticas
educativas.

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Conseguir o apoio/a participação dos Órgãos de Gestão e dos
docentes, duma maneira geral, para a implementação do
modelo de auto-avaliação, será certamente uma tarefa
“possível” se a equipa/professor-bibliotecário evidenciar as
competências necessárias para tal, nomeadamente:
Ser um comunicador efectivo no seio da escola.
Saber exercer influência junto de professores e do CE.
Saber trabalhar com departamentos e colegas.
Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da
comunidade educativa.
Ser proactivo;
Possuir pensamento estratégico.
Saber estabelecer prioridades.
Ter sentido de antecipação.
Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola.
Ser promotor de serviços e de recursos.
Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o
objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens.

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Para reflectir…

“As atitudes pedagógicas dos professores, na sua generalidade, devem ter


em atenção a necessidade do uso da BE. Os alunos devem ser
incentivados e encaminhados na utilização da BE, não como actividade
marginal ou secundária mas no centro do desenvolvimento curricular”.

Calixto, José António(1996)

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BIBLIOGRAFIA

 Texto da sessão, disponibilizado na plataforma.

 Eisenberg, Michael & Miller, Danielle (2002) “This Man Wants to Change
Your Job”, School Library Journal. <http://www.schoollibraryjournal.com/
article/CA240047.html>.

 Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and


evidence-based practice”. 68th IFLA Council and General Conference
August. http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf

 Todd, Ross (2008) “The Evidence-Based Manifesto for School Librarians”.


School Library Journal. 4/1/2008. < http://www.schoollibraryjournal.com/
article/CA6545434.html>

 Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação

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