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Curso de Arquitetura e Urbanismo

Disciplina: Arquitetura V
Professora: Luciana Rocha Feres
Alessandro dos Santos
Juliana Souza de Faria Alves
Larissa Lopes Araújo
Luana Michelle Marinho Ferreira
Rosilaine Faria

OBRAS ANÁLOGAS
Trem da Vale - Ouro Preto
                   High Line – NY

Belo Horizonte, abril de 2010


OBRA ANÁLOGA
Internacional
 
 High Line Park – NY

Autoria da Obra: Arquitetos Diller Scofidio + Renfro,


1. Visão geral
2. Park

High Line Park - NY


O High Line Park, é um mega projeto de jardim urbano realizado em
New York, aproveitando uma linha férrea elevada que estava
abandonada desde 1980. Tomei conhecimento do projeto há um
tempinho atrás e fiquei espantada com as proporções: a linha férrea
de 2.33km consumiu cerca de US$44 milhões arrecadados por ações
públicas e privadas (incluindo a Associação dos Amigos do High Line)
+ US$108 milhões arrecadados pela prefeitura para ser reformada e
habilitada ao uso do público. Afinal de contas, muito dinheiro foi
gasto somente com a retirada de todo tipo de entulho que estava no
local, e remoção da pintura original, que era de chumbo (material
tóxico).
Mapa de Localização
2. Assentamento e organização espacial:
Inspirada no Promeade plantée, em Paris, o High
Line Park tem projeto assinado pelo estúdio de
paisagismoJames Corner Operations e projeto
arquitetônico pelo Diller Scofidio + Renfro, a 77
anos atrás, a Estrada de Ferro Central de Nova
York construiu aproximadamente 3,2 km de
ferrovia elevada para transportar carga no lado
oeste de Manhattan.

Esta linha percorria 22 quadras da cidade,


passava no interior de edifícios de 2 fábricas e
terminava nas proximidades da Rua 35. Ela foi
parcialmente demolida em 1960 e a partir de 80
deixou de ser usada. Em 2001 o ex-prefeito de NY,
Rudy Guiliani, tentou demoli-la, mas ação da
comunidade, agrupada numa organização sem
fins lucrativos, denominada “Friends of High
Line“, conseguiu impedir essa ação. Em abril de
2006 o novo prefeito, Michael Bloomberg, deu
início a reurbanização do que restou da antiga
linha.
Imagem noturna
3. Sistemas Construtivos – Fotos da
Obra
4. Demandas de uso

4 princípios guiaram o projeto, “manter o local


simples, mantê-lo silencioso, mantê-lo com
aspecto selvagem e mantê-lo voltado para a
contemplação” disse a equipe de projeto. A
idéia foi manter uma atmosfera já existente, e
a vegetação que lá cresceu espontaneamente.

O projeto incorpora no belvedere existente


vários tipos de vegetação. Um deck de
madeira está sendo colocado no local onde os
trilhos foram retirados, e isso permitirá que a
grama cresça em suas bordas, dando ao
parque uma feição de não ter sido planejado,
próxima a existente quando ele estava
abandonado.
Tratamento plástico dos volumes e superfícies

• A construção, foi realizada em três fases. Todo o


material que estava apoiado na estrutura foi
removido e mapeado - o que inclui os trilhos de
ferro, o cascalho, a terra e uma camada de
concreto. Construiu-se um sistema de drenagem e
a segunda camada de concreto, que faz parte da
estrutura do elevado, passou por restauro e
impermeabilização.
• Depois, os elementos de ferro da estrutura do High
Line foram lixados para a remoção da pintura
original - que era de chumbo e, portanto, tóxica.
Tudo realizado dentro de tendas fechadas de um
pouco mais do que sete metros para deter as
partículas de tinta. O ferro recebeu três novas
camadas de tinta - a última, da mesma cor da
original.
• As partes que estavam quebradas foram
restauradas e o que estava faltando foi refabricado
para se aproximar do desenho original. E
finalmente, instalaram-se faixas de metal inclinadas
abaixo da estrutura para protegê-la de pombas.
Situação atual
• Entre janeiro e julho de 2003 foi realizado um
concurso que escolheu como projeto vencedor o
elaborado pelos escritórios James Corner Field
Operations e Diller Scofidio + Renfro. A construção foi
iniciada e a primeira etapa do projeto já foi inaugurada
em junho de 2009. A segunda etapa tem previsão de
entrega ainda este ano. Com a nova etapa a ser
concluída, o parque totalizará 2,33 km de extensão.
• O High Line é acessado em pontos distintos ao longo
do seu caminho: escadas e elevadores permitem a
transposição dos níveis. Cada trecho possui uma
configuração diferente, alguns mais áridos, com
apenas calçamento e outros com canteiros mais
densos, mostrando diferentes proporções entre áreas
ocupadas e áreas verdes. Equipamentos urbanos
especiais foram desenvolvidos com design
diferenciado, para que fossem atrativos, mas
permitindo também aos transeuntes que se
apropriem do espaço com conforto: bancos,
iluminação e até espreguiçadeiras.
OBRA ANÁLOGA
NACIONAL
 
Trem da Vale – Ouro Preto
História da Ferrovia
A história da construção da ferrovia de Ouro Preto, iniciada em 1883, e seu prolongamento até Mariana,
foram capítulos essenciais para o desenvolvimento econômico da região. Foram necessários anos de
espera e prodigiosas obras de engenharia para transpor barreiras topográficas da região.
Concluído somente em 1914, o eixo ferroviário Ouro Preto-Mariana, juntamente com a crescente
industrialização, ampliou as oportunidades para a comunidade mineira
Inaugurado em 05 de maio de 2006, o Trem da Vale é um trem turístico-cultural que liga as cidades de
Mariana e Ouro Preto em Minas Gerais. Foi possível graças a uma parceria entre a VALE, a Ferrovia
Centro-Atlântica e a ABPF.

O Programa de Educação Patrimonial Trem da Vale envolve um conjunto de ações culturais voltadas à
valorização do patrimônio cultural e natural das cidades históricas brasileiras de Ouro Preto e Mariana, no
estado de Minas Gerais. Entre estas cidades, o programa pôs novamente em circulação a tradicional
locomotiva a vapor Maria-Fumaça. O turístico Trem da Vale faz passeios em horários e dias pré-
determinados entre o trecho ferroviário mineiro mostrando as paisagens e a cultura regional através de
vários ambientes que compõe o complexo histórico-cultural e educacional dos municípios de Ouro Preto e
Mariana.
De 2006 a 2008 o programa atendeu cerca de 370 mil pessoas entre estudantes da rede pública e
comunidades locais com cursos, oficinas e eventos, além de turistas que viajaram de trem e visitaram os
espaços culturais das estações.
Estação
Ouro Preto
Trem da Vale
Com capacidade para 300 pessoas sentadas, o Trem da Vale funciona de quinta a domingo, além dos
feriados, com duas saídas diárias de Ouro Preto. A operação é realizada pela Ferrovia Centro-Atlântica
(FCA), empresa do grupo Vale.

Os vagões mantém o mesmo desenho dos antigos trens, sendo quatro com interiores em madeira e
um panorâmico que permite, por meio da sua estrutura transparente, a visualização completa de toda
a paisagem.

O Trem da Vale conta com especialistas nas áreas de arquitetura, comunicação, história, educação,
museologia e audiovisual para realizar ações educativas, conservar os bens culturais, inserir a temática
da educação patrimonial no currículo das instituições de ensino da região e mobilizar, conscientizar e
estimular a comunidade. Eles também promovem o turismo cultural da região do trecho ferroviário.
Quatro estações marcam o trajeto: Ouro Preto, Vitorino Dias, Passagem de Mariana e Mariana. No
percurso, o trem passa por estes e outros importantes núcleos urbanos que fazem parte do
patrimônio cultural do país. É possível ver as marcas da civilização e da cultura que se instauraram na
região, no século XVIII, na época do ciclo do ouro.

Durante as obras do Trem da Vale, foram reconstruídos 18,7 quilômetros de ferrovia. As quatro
estações existentes no percurso também foram adequadas e os respectivos projetos arquitetônicos e
paisagísticos foram integralmente aprovados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN).
Objetivos do programa:
• Realizar ações educativas de valorização e proteção dos bens culturais e naturais, com o intuito de
despertar a população para a sua conservação, demonstrando, na prática, que preservação e
desenvolvimento estão intrinsecamente relacionados;

• Inserir a temática da educação patrimonial no currículo das instituições de ensino da região, com
recursos didáticos inovadores, tendo como referência a história local e o seu patrimônio cultural,
natural e humano;

• Mobilizar educadores, alunos e comunidades da região para o levantamento de fontes de pesquisa


não-convencionais e o reconhecimento de manifestações, objetos e documentos que formam a sua
história;

• Programar atividades orientadas para a educação patrimonial, com caráter interdisciplinar,


utilizando o objeto cultural como veículo para o conhecimento;

• Conscientizar as novas gerações a respeito de suas raízes culturais;


Estimular a criação de grupos, associações e comissões locais que visem desenvolver atividades de
levantamento, registro, proteção, recuperação, usufruto, guarda, conservação e divulgação de seu
patrimônio;

•Promover o turismo cultural na região de Ouro Preto e Mariana, como fonte privilegiada da geração
de emprego, vinculada à reativação do trecho ferroviário entre as duas cidades.
Vagão Café
Interior dos carros de
passageiros
Apresentação de músicos
Referência Bibliográfica

- www.thehline.org/
- http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=570889
- http://www.tremdavale.org/pt/o-programa/objetivos
- http://ezeberus.multiply.com/photos/album/270/OuroPretoMG06TremdaValeOuroPreto-mariana
- http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=891902

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