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Debate:
Direito à Saúde e Gestão Pública:
Avanços e entraves
Valéria Salgado
Gerente de Projeto
Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
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MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO
A Administração Pública no
Estado Democrático
Os novos paradigmas para a gestão pública
2
Principais movimentos de reforma no setor público
Nacional-desenvolvimentismo. Descentralização
1951
Era getulista. Criação DASP. Centralização. Modelo de
1930 Estado corporativo.
3
Gestão Pública Democrática
Fundamento:
Papel indispensável do Estado
na formulação de políticas,
na regulação da competividade e
na promoção do bem comum da sociedade
Desafio ao Estado:
Complexidade crescente dos mercados
e das questões sociais requer novas soluções
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Gestão Pública Democrática
Orientada pelos princípios e valores
Constituição
estabelecidos na Constituição Brasileira
Brasileira dede 1988
1988
Marco da Redemocratização do País
5
Constituição Federal 1988
Marco da
Redemocratização
6
Constituição Federal 1988
Marco da
Redemocratização
Democracia participativa.
Todo o poder emanda do povo, que o exerce por meio de seus representantes
eleitos (democracia representativa) ou diretamente (democracia participativa)
Ampliação dos espaços de participação
social na governança das instituições e
controle social
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Gestão Pública Democrática
Orientações:
Objetivos do Estado Brasileiro (art. 3º da CF)
Construção de uma sociedade livre, justa e solidária
Garantia do desenvolvimento nacional
Erradicação da pobreza e marginalização
Redução das desigualdades
Promover o bem de todos, sem preconceitos
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Necessidade de readequar o marco legal da Administração
Pública
Decreto-Lei 200/67: marco legal defasado
• Centralização no Executivo Federal,
• Desbalanceamento nas relações entre os Três Poderes e na relação
federativa
• Sistemas de governança singulares
• Visão de sistemas a partir do conceito de hierarquia e não de interação –
decisões compartilhadas
• Privilegia o controle do ato/processo administrativo
• Ausência da participação social na gestão de políticas públicas
(*) Apesar dos inúmeros avanços
na Administração Pública,
Engessamento pós-Constituição de 88 (*) viabilizados pela Constituição de
1988
• Maior controle da discricionariedade, em repúdio à liberdade excessiva
do período de ditadura
• Limitação das formas de atuação da Administração Pública (exigência
de previsão legal para criação de empresas; previsão da fundação
pública de direito público, dentre outras)
• Unificação de regimes administrativos (de compras, de pessoal,
orçamento, dentre outros)
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Atuais desafios da Administração Pública(*)
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Necessidade de rever as formas de atuação do
Estado para garantir a Ordem Econômica e a
Ordem Social
Ministério do
Planejamento
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Estatal
PLP 92/2007
Projeto Fundação
para a Administração
Colaboração
Administração Direta
Autarquia
Pública e Entes de
Sociedade Economia Mista
Administração Pública
Consórcio Público
Direito Privado
Administração Indireta
Subsidiária
Corporação Profissional
Ofício Público
OSCIP
Permissionária
Fundação de Apoio
Concessionária
Conveniada
Autorizada
Subvencionada
Subvencionada
jurídicos da APF
De Utilidade Pública
Figura sujeita a polemicas doutrinárias e de jurisprudência. Ausente na estrutura do Executivo Federal
Financiada
Beneficente
Empresa Contratada Outras
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os direitos dos
Comissão sobre
Brasília
Iniciativas da Secretaria de Gestão/MP (dentre
Carta de
Iniciativas
alinhadas à
Limite da autonomia e do
controle da administração
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Objetivo:
promover a integração entre as
visões das áreas jurídicas e
de gestão, na análise crítica das
atuais dificuldades encontradas
pelo Estado na consecução dos
objetivos da Sociedade Brasileira e
na formulação e inovação de
novos referenciais comuns
para a atuação estatal.
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Qual a razão dos Ciclos de
debates?
nem a ordem
nem a gestão da
jurídica pode ser
construção do
percebida como um
país pode se dar
problema para a
à revelia da lei
construção do país
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1º Ciclo de Debates – ano 2009
Limites da autonomia e do controle da
administração pública.
Temas:
15
Gestão Pública Democrática
Importante valorizar o
poder discricionário do Executivo:
para definir as estratégias, mecanismos e instrumentos, na aplicação da
lei, de forma a obter os seus plenos efeitos, na forma mais eficiente
possível (CF, art.84,IV)
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Limites da autonomia e do controle da administração pública.
17
Limites da autonomia e do controle da administração pública.
cacofonia ou pluralismo?
A necessidade de ordenamento deve cercear a
pluralidade ou organizá-la?
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Administração Direta
Autarquia
Fundação Publica
Direito Público
Consórcio Público
Direito Público
Consórcio Público
Direito Privado
Administração Indireta
Subsidiária
Corporação Profissional
Ofício Público
Subvencionada
Subvencionada
De Utilidade Pública
Figura sujeita a polemicas doutrinárias e de jurisprudência. Ausente na estrutura do Executivo Federal
Financiada
Beneficente
Sociedade Civil Organizada e Atores Econômicos
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Formas de exercício da função executiva do Estado
Administração Pública Setor Privado: Sociedade Civil
Organizada e Atores Econômicos
Relações de colaboração ou
Ordem Social
cooperação:
Ação direta do Estado,
por meio de órgãos e por meio de instrumentos de
fomento e parceria: contratos de
entidades públicos gestão, termos de parceria e
convênios
Ordem Econômica
órgãos e entidades Relações contratuais:
hierárquica ou de por meio de concessão,
tutela/supervisão permissão ou contrato
(obras,serviços, compras e
alienações)
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Formas de exercício da função executiva do Estado
Administração Pública Setor Privado: Sociedade Civil
Organizada e Atores Econômicos
1. Ação complementar do
particular
1. Intervenção direta 2. Estruturas privadas
parcerias
do Estado 3. Atividades e serviços de
2. Estruturas estatais interesse público
4. Não é delegação – acordos de
3. Atividades e parceria
serviços públicos
4. competências
estatais 1. contratos
Terceirização de atividades
e serviços
outorgadas aos 2. Estruturas privadas
órgãos e entidades 3. Atividades e serviços de
estatais pela lei mercado
Competências legais
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Administração Pública Direta e Indireta
Ordem Social
Consórcio Público
Fundação Publica
Direito Privado
Direito Público
Fundação Publica
Direito Privado
2. Direção superior, administração e
regulação privativas do Presidente
da República e Ministros (CF,
Administração Direta
art.84)
Consórcio Público
Direito Público
Autarquia
3. Exercício EXCLUSIVO de
competências públicas legais
Sociedade Economia Mista
4. Patrimônio público
Ordem Econômica
Empresa Pública
Subsidiária
5. Governança pública
Administração Indireta
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Descentralização Administrativa:
a Administração Pública Indireta
A critério da Administração e por autorização legal específica,
Implicam em poderes de
Estado ou poder de polícia
Atividades que limitam ou disciplinam
direito, interesse ou liberdade,
regulam a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de
interesse público (art. 78 da Lei
5.172/1966 –CTN)
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À luz da Constituição Federal:
Atividades/serviços Atividades/serviços não
privativos de Estado privativos de Estado
a) direção, regulação, regulamentação, a) Na Ordem social: autorização
administração e controle das constitucional expressa para a ação
atividades administrativas (CF, arts
61, 70 a 74 e 84); concomitante ou complementar da
iniciativa privada, conforme
b) defesa do Estado e das instituições
democráticas (CF, Título V); disciplinam os artigos 197, 199, 202,
209 e 227, §1º, dos capítulos II, III e
c) tributação e o orçamento (CF, Título VII da Ordem Social
VI), e
d) previdência social b) Na Ordem econômica: presença
Vedadas ao particular estatal é exceção, prevista apenas
nos casos em que houver
Atuação
art. 22, estatal
inciso XXVII; dá-se
art. mediante
37, caput; o
incisos necessidade imperativa à
uso do seu poder de autoridade
I, II, III, IV, VI,ou
VII, VIII, IX,
poder deXIII, XV, XVI, XVII,
polícia manutenção da soberania nacional
XIX, XX, XXI, e §1º, §2º , §3º , §4º , §5º , ou relevante interesse coletivo
§6º , §7º , §8º ,§9º, §10 e §13º; arts. 70, 71
e 74; Nessas áreas o Estado tem exclusividade
apenas em relação às atividades que requeiram
art. 114, inciso I; art. 150, inciso VI, §2º e o uso do poder de polícia
§4º; art. 157 e 158; art; 163, inciso II. art.
165, §5º e §9º; art. 195, §7º; art. 201; art.
202, §3º e §4º, dentre outros. 24
Atividades estatais
não privativas
Dever do Estado
X Atividades de
interesse público
exercidas pelo particular
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Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,
diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação,
a prestação de serviços públicos
(art.175 da Constituição Federal)
26
Lei 8.080/90, art. 4º, § 2º :
27
Parceria entre o Poder Público e
entidades civis sem fins lucrativos
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Administração Direta
Autarquia
Fundação Publica
Direito Público
Consórcio Público
Direito Público
Administração Indireta
Subsidiária
Corporação Profissional
Ofício Público
Autorizada
Subvencionada
Subvencionada
De Utilidade Pública
Financiada
Sociedade Civil Organizada e Atores Econômicos
Beneficente
Empresa Contratada Outras
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Comissão de Juristas
Instituída pela Portaria MP nº 426, de
seis de dezembro de 2007
30
Objetivo é obter, sob o olhar jurídico qualificado,
a) um balanço das limitações, contradições,
fragilidades e potencialidades dos
formatos jurídicos da administração pública e
de e de parceria com a sociedade civil
31
Composição da
Comissão de Juristas :
32
O documento final apresentado pela
Comissão de Juristas é autoral,
elaborado com total autonomia
científica, sem quaisquer
interferências do Governo Federal e,
portanto, não reflete
posicionamentos do Ministério.
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Algumas das questões não abordadas:
participação do Poder Público nos órgãos decisórios de
entidades civis sem fins lucrativos
instituição de entidade civil sem fins lucrativos em conjunto
com o particular
estatuto das figuras interfederativas – consórcios,
fundações e empresas
supervisão e controle das figuras interfederativas
Ciclo de gestão “federativo”: gestão de sistemas de
implantação de políticas públicas
empresa de propósito específico
supervisão das subsidiárias
consórcios públicos
Controle social: participação da sociedade nos sistemas
de governança dos órgãos e entidades
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O texto está aberto
às críticas e sugestões
A Secretaria de Gestão
convida a todos para o
debate
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Participe!
www.planejamento.gov.br
www.gespublica.gov.br
MUITO OBRIGADA.
valeria.salgado@planejamento.gov.br
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Comissão para a Defesa dos Direitos do
Usuário do Serviço Público
Instalada pela Portaria nº 26, de 1.2.2010
do Secretário de Gestão/ MP
Integrantes:
I – Antonio Carlos Alpino Bigonha;
II – José Eduardo Sabo Paes;
III – Lenir Santos;
IV – Alexandre Santos de Aragão
V – Ricardo de Oliveira, que a coordenará;
VI – Paulo Carlos du Pin Calmon;
VII – Caio Marini; e
?????
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Defesa dos Direitos dos Usuários dos Serviços Públicos
Pontos de Debates:
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