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LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

CONTEXTO DA LEGISLAÇÃO
TURÍSTICA BRASILEIRA

Profº Tiago Rodrigues Mendes


CONCEITOS

Lei
“lei
sf (lat lege) 1 Preceito emanado da autoridade soberana. 2 Prescrição do poder legislativo. 3 Regra
ou norma de vida (...)”
“(...) L. básica, Dir: o mesmo que constituição, acepção 7. L. civil: a que regula as mútuas relações
entre os cidadãos (...)”
“(...) L. das leis, Dir: a Constituição política de um país. L. das nações: direito das gentes (...)”
“(...) L. política: a que tem por fim a conservação de um Estado (...)”

Legislação
“le.gis.la.ção
sf (lat legislatione) 1 Parte do Direito que se ocupa especialmente do estudo dos atos legislativos. 2
Direito de fazer leis. 3 Ato de legislar, de fazer leis. 4 O conjunto das leis de um país (...)”

“ (...) L. do trabalho: o complexo de normas jurídicas impostas pelo Estado sobre a organização geral
do trabalho e a proteção do trabalhador em suas múltiplas relações de direito com o patrão.”

Fonte: Moderno Dicionário da Língua Portuguesa Michaelis

Profº Tiago Rodrigues Mendes


CONCEITOS

Legislação Turística
Complexo de normas jurídicas impostas pelo Estado sobre a
organização geral da atividade turística.

Profº Tiago Rodrigues Mendes


EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO TURISTICA BRASILEIRA

A regulamentação jurídica do turismo no Brasil é dividida em


três períodos:

Legislação incipiente.

De construção

Das liberdades
EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO TURISTICA BRASILEIRA

1 - Legislação incipiente.

•1938 - O Estado notou a importância econômica da atividade turística e


sancionou o Decreto-Lei 406, de 04/05/1938, prevendo a necessidade de
autorização estatal para a exploração da atividade de venda de passagens para
viagens aéreas, marítimas ou rodoviárias.

•1940 - O Decreto-Lei 2440 cuidou das empresas e agências de viagens e


turismo, como estabelecimento de assistências remuneradas aos viajantes,
exigindo-lhes registro prévio junto a órgãos do governo para o pleno
funcionamento, além de autorização para as viagens coletivas de excursão.

•1958 - O Decreto-Lei nº 44865 criou a Comissão Brasileira de Turismo


(Combratur), extinta em fevereiro de 1972 pelo Decreto nº 572.

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EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO TURISTICA BRASILEIRA

2 - De construção

•1966 - O Decreto-Lei nº 55, de 18 de novembro, definiu a Política Nacional


de Turismo, criou o Conselho Nacional do Turismo (CNTur), e a Empresa
Brasileira de Turismo (EMBRATUR), com a função de organizar e estimular
o turismo brasileiro, seguindo as diretrizes traçadas pelo CNTur. O Decreto nº
58.483, de 23 de maio, regulamentou as agências de viagens e turismo.

•1971 - Foram criados incentivos fiscais como o FUNGETUR – Fundo Geral


do Turismo, Decreto-Lei nº 1.191, de 27 de outubro.

•1982 - O Decreto-Lei nº 87.348 regulamentou as condições de prestação


de serviços de transporte turístico de superfície.

•1984 - O Decreto-Lei nº 89707 versou sobre as empresas prestadoras de


serviços para a organização de congressos, seminários, convenções e
eventos congêneres.

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EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO TURISTICA BRASILEIRA

3 - Das liberdades

1986 - Encerrando o período de intervencionismo estatal, o Decreto-Lei nº


2294, extinguiu o registro e tornou livre o exercício da atividade turística no
Brasil, baseado nos princípios da livre-iniciativa e da livre-concorrência, que
seriam dois anos mais tarde insculpidos na Carta magna de 1988.

1991 - A Lei 8181 deu nova denominação à EMBRATUR, passando a mesma


a Instituto Brasileiro de Turismo, vinculado à então Secretaria do
Desenvolvimento Regional da Presidência da República.

1993 - A Lei 8623 criou a profissão de Guia de Turismo e no mesmo ano, o


Decreto 946 a regulamentou.

2003 - O artigo 35 da Lei 10683 criou o cargo de Ministro do Turismo e o


artigo 27, XXIII, definiu-lhe a competência para definir ações e estratégias
de gestão.

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NECESSIDADES DE DIRETRIZES MAIS FORTES

Consolidado o Ministério do Turismo na gestão 2003/2006, é chegado o


momento de se discutir as bases de uma normatização para o setor que
efetivamente forneça a segurança necessária aos turistas e aos
empreendedores do setor, atingindo dessa maneira a finalidade maior do
denominado Direito do Turismo, qual seja, servir de instrumento para o
planejamento turístico.

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LEI GERAL DO TURISMO

Lei Geral do Turismo nº 11.771/08, de 17 de setembro de 2008.

Contexto

Política Nacional do Turismo – PNT


Atribuições do Governo Federal
Revoga:
•Lei nº 6.505, de 13 de dezembro de 1977;
•Decreto-Lei nº 2.294, de 21 de novembro de 1986;
•Dispositivos da Lei nº 8.181, de 28 de março de 1991.

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LEI GERAL DO TURISMO

Objetivos

Estabelecer – Normas sobre a Política Nacional de Turismo.

Definir – Quais são as atribuições do Governo Federal.

Disciplinar – A prestação de serviços turísticos, o cadastro, a classificação e a


fiscalização dos prestadores de serviços turísticos.

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LEI GERAL DO TURISMO

Definição do Turismo

“ (...) considera-se turismo as atividades realizadas por pessoas


físicas durante viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual,
por um período inferior a 1 (um) ano, com finalidade de lazer, negócios ou
outras (...)”

Mas a lei ainda ressalta que:


“ (...) As viagens e estadas de que trata o caput deste artigo devem gerar
movimentação econômica, trabalho, emprego, renda e receitas públicas,
constituindo-se instrumento de desenvolvimento econômico e social, promoção
e diversidade cultural e preservação da biodiversidade (...)”

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LEI GERAL DO TURISMO

Importância

•Sustentabilidade
•Maior participação e competitividade do setor privado
•Sistematizar o processo de cadastro e fiscalização no setor
•Promover, descentralizar e regionalizar a atividade turística nos destinos
•Aumentar emprego e renda no setor, direta e indiretamente
•Capacitação, qualificação, formação e aperfeiçoamento de Recursos Humanos
•Aumento de linhas de financiamento e melhor política tributária
•Combate a exploração sexual
•Preservação da identidade cultural

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Turismo, Lei Geral, nº 11.771/08, de 17 de setembro de 2008.

BADARÓ, R. A. L. . Direito Internacional do Turismo. 1. ed. São Paulo:


Senac, 2008. v. 1. 290 p.

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