Conteúdo da Autoridade Parental O imperfeito estado da criança de que fala LOCKE, o reconhecimento de que a criança quando nasce é débil, quer numa perspetiva física quer numa dimensão psicológica e emocional, e que, pela sua natureza, é incapaz de ter decisões independentes, sendo idealístico esperar que uma criança decida por si, quando não está suficientemente desenvolvida para o fazer, determinou que os diversos ordenamentos jurídicos tenham elaborado construções dogmáticas tendentes a regular a incapacidade dos menores . hugo cunha lança A Vida - Picasso Conteúdo da Autoridade Parental ARTIGO 1878.º Conteúdo das responsabilidades parentais
1. Compete aos pais, no interesse dos filhos, velar pela
segurança e saúde destes, prover ao seu sustento, dirigir a sua educação, representá-los, ainda que nascituros, e administrar os seus bens. 2. Osfilhos devem obediência aos pais ; estes, porém, de acordo com a maturidade dos filhos, devem ter em conta a sua opinião nos assuntos familiares importantes e reconhecer-lhes autonomia na organização da própria vida.
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Jackson Pollock – (Mural) Conteúdo da Autoridade Parental a) responsabilidade de assumir a parentalidade – a primeira obrigação dos pais é assumir a parentalidade. O direito ao conhecimento da origem genética, “o pertencer ao pai cujo é”, não está expressamente plasmado no texto constitucional, mas deve inferir-se do seu espírito, mormente com uma interpretação axiomática dos princípios da dignidade da pessoa humana, do direito à identidade pessoal e, ainda, do direito ao livre desenvolvimento da personalidade.
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Maternidade - Chagall Conteúdo da Autoridade Parental b) responsabilidade de “amar” os filhos” – a “obrigatoriedade de amar” parece- me, não apenas, um dever social, como, uma obrigatoriedade jurídica, cujo inadimplemento é sancionado. Nesse sentido, vide a inexistência de vínculos afetivos é determinante para a decisão da confiança judicial da criança para adoção, e, ainda, o abandono afetivo. hugo cunha lança A Família do Artista - Renoir Conteúdo da Autoridade Parental c) responsabilidade de custódia – não fez escola o pensamento de PLATÃO e os pais não são desapossados dos seus filhos, e têm o direito de viver com eles e fruir da sua companhia ou determinar onde eles vão viver no caso de impossibilidade temporária. Estamos perante um direito dos pais, constitucionalmente protegido, através do princípio da inseparabilidade dos filhos dos seus pais, que se concretiza numa dupla proibição: é proscrito aos filhos abandonarem o lar familiar; como os pais violam os seus deveres, se expulsarem os filhos de casa, enquanto perdurar o instituto da autoridade parental.
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Mãe e Criança - Picasso Conteúdo da Autoridade Parental d) responsabilidade de assistência – sobre os pais recai uma obrigação de alimentos para com o filho menor prolongar-se para (sendo que esta responsabilidade pode além do término da menoridade). Este é um dever que se mantém, independentemente dos laços de proximidade entre os pais e os filhos e da tipologia da relação progenitores, e os pais apenas ficam desobrigados de prover ao sustento dos filhos e de assumir as despesas relativas à sua segurança, saúde e educação na medida em que os filhos estejam em condições de suportar, pelo produto do seu trabalho ou outros rendimentos, aqueles encargos (art.º 1879º).
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A Criança Doente - Munch Conteúdo da Autoridade Parental e) responsabilidade de promover a saúde – incumbe a quem exerce a autoridade parental promover uma alimentação cuidada da criança e os cuidados de higiene, assegurar-lhe o apoio médico, quer no que respeita a enfermidades, quer em matérias de prevenção, nomeadamente, através do escrupuloso cumprimento da vacinação obrigatória (PNV), consultas médicas de rotina e a observância das recomendações médicas. Para aferir o cumprimento desta vinculação, infelizmente, devemos ter como parâmetro as condições socioeconómicas de quem exerce a autoridade parental, na medida em que os condicionalismos económicos (e culturais) da família podem mitigar o grau de cuidado de alimentação e saúde que os pais, ou outras pessoas encarregues da educação do menor, podem disponibilizar.
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Jogos de Crianças - Pieter Bruegel Conteúdo da Autoridade Parental f) responsabilidade de promover a educação – importa não construir uma ideia redutora do conceito e limitar esta vinculação a uma exigência para que os pais insiram os filhos nas escolas, para que estes possam receber uma educação formal: há o erro recorrente de confundir-se instrução com educação, como se fossem faces indissociáveis da mesma moeda. Impor a quem exerce a autoridade parental a obrigação de promover a educação é bem mais abrangente e tem como caraterística central a preparação do menor para a vida adulta: assim, por educação deve entender-se “a condução do processo de socialização do filho, que se traduz não só na promoção do desenvolvimento das suas faculdades físicas e intelectuais, mas também da promoção da aquisição de competências técnicas e profissionais, bem como na sua formação moral, religiosa, cívica e política”.
As questões: as palmadas pedagógicas e o dever de
vigilância;
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Infanta D. Margarida – Juan del Mazo (Velasquez) Conteúdo da Autoridade Parental g) representação jurídica do menor – compete ainda, prima facie, aos pais, representar o menor. No que concerne à disponibilidade dos menores para participarem no tráfego negocial, o instituto jurídico que se debruça sobre a menoridade assenta no maniqueísmo capacidade/incapacidade, que se traduz na atribuição automática aos menores de uma incapacidade de agir que engloba, quer atos de natureza pessoal, quer atos de natureza patrimonial, de modo a impedir que o menor participe de forma relevante no tráfego jurídico.
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A menoridade Ai que prazer não cumprir um dever. Ter um livro para ler e não o fazer! Ler é maçada, estudar é nada. O sol doira sem literatura. O rio corre bem ou mal, sem edição original. E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal como tem tempo, não tem pressa... Livros são papéis pintados com tinta. Estudar é uma coisa em que está indistinta A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto melhor é quando há bruma. Esperar por D. Sebastião, Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças, Flores, música, o luar, e o sol que peca Só quando, em vez de criar, seca. E mais do que isto É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças, Nem consta que tivesse biblioteca... Fernando Pessoa
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A Justiça - Rafael Sanzio A menoridade Nas Ordenações, a maioridade alcançava-se aos 25 anos (mas depois dos 7 podia contratar, desde que fosse vantajoso para si)
Código de Seabra fixou a maioridade aos 21 anos.
Código Civil de 1966 – Artigo 122.º (Menores) São menores as pessoas de um e outro sexo enquanto não perfizerem vinte e um anos de idade.
Artigo 132.º (Factos constitutivos da emancipação)
A emancipação pode resultar: a) Do casamento do menor;
b)De concessão do pai , ou da mãe quando exerça plenamente o poder paternal;
c) De concessão do conselho de família, na falta dos pais ou estando eles inibidos do poder paternal; d) De decisão do tribunal de menores.
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A menoridade Artigo 122.º Menores É menor quem não tiver ainda completado dezoito anos de idade. Contém as alterações dos seguintes diplomas: DL n.º 496/77, de 25/11
Artigo 123.º Incapacidade dos menores
Salvo disposição em contrário, os menores carecem de capacidade para o exercício de direitos.
Artigo 124.º Suprimento da incapacidade dos menores
A incapacidade dos menores é suprida pelo poder paternal e, subsidiariamente, pela tutela, conforme se dispõe nos lugares respectivos.
Artigo 130.º Efeitos da maioridade)
Aquele que perfizer dezoito anos de idade adquire plena capacidade de exercício de direitos, ficando habilitado a reger a sua pessoa e a dispor dos seus bens.
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Exceções à incapacidade jurídica de exercício: a) atos relativos ao estado civil: - o menor pode contrair casamento desde os dezasseis anos, ainda que seja necessária autorização dos pais ou do tutor, sendo que esta omissão poderá ser suprida pelo conservador do registo civil; (art.º 1601º CC) - a necessidade do consentimento do menor maior de doze anos para ser adoptado; (art.º 1981.º CC) - para o reconhecimento da paternidade, os menores maiores de dezasseis anos podem perfilhar; (art.º 1850.º CC) - para a aquisição da nacionalidade portuguesa, exige-se uma declaração do menor, que tem a validade legal do consentimento;
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a - IPBeja Exceções à incapacidade jurídica de exercício: b) atos pessoais: - cessação da presunção de inimputabilidade civil aos sete (art.º 488.º CC); - os doze anos como a idade em que se começa a aplicar a lei tutelar educativa; - podem recorrer a consultas de planeamento familiar deste a idade fértil; - aos catorze podem livremente aderir a associações (art.º 2.º da Lei n.º 124/99 de 20 de Agosto); - na adoção é necessário o consentimento do adoptando maior de 12 anos (art.º 1981º do CC), os filhos dos adotantes, maiores de doze anos, que têm de ser ouvidos (art.º 1984º do CC), dos progenitores, ainda que menores, em que o seu consentimento é obrigatório para a adoção dos seus filhos (art.º 1981 do CC); - Quando atingem os 16 anos alcançam a maioridade religiosa (art.º 1886.º CC);
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Exceções à incapacidade jurídica de exercício: - a maioridade sexual adquire-se aos 14 anos, ainda que mitigadamente, na medida em que até aos 16 anos, constitui um ilícitos penal ter relações sexuais com adolescentes, abusando da sua inexperiência (art.º 171.º e 172º do Código Penal); - aos 16 anos atingem uma maioridade especial para acesso a cuidados de saúde (art.º 38.º do Código Penal); - no caso do aborto, até aos 16 anos exige-se autorização do seu representante legal para proceder à intervenção (art.º 142.º do Código Penal) - como até aos 21 anos existe o regime penal especial para jovens. (art.º. 1.º do DL n.º 401/82, de 23 de Setembro) - no que concerne à doação de órgãos, exige-se o consentimento do menor, independentemente da idade, desde que tenha capacidade de entendimento e de manifestação da vontade; - Capacidade para ser testemunha, desde que tenha aptidão física e mental, (art.º 616/1 do CPC);
Hugo Lanhugo cunha lançaça - IPBeja
Exceções à incapacidade jurídica de exercício: c) atos patrimoniais: - pode celebrar os negócios jurídicos correntes da vida do menor, que apenas consubstanciem despesas de pequena importância (n.º 1 do art.º 127.º do CC); - celebrar, em dadas circunstâncias previstas na lei, contrato de trabalho (art.º. 68.º, do Código do Trabalho); - praticar os atos relativos à profissão que tenha sido autorizado a desempenhar (n.º 1 do art.º 127.º c) do CC); - utilizar, como lhe aprouver, os rendimentos do seu trabalho, sendo-lhe lícito os atos de administração e disposição de bens que haja adquirido pelo seu trabalho (n.º 1 do art.º 127.º do CC); - adquirir a posse (art.º 1266.º do CC); - adquirir por usucapião (art.º 1289.º do CC);
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Exceções à incapacidade jurídica de exercício: d) atos para a sua própria proteção: - a necessidade de não oposição da criança maior de 12 para a intervenção das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo; - seu consentimento torna-se relevante (art.º 38.º do Código Penal); - o menor, aos 16 anos, pode exercer os seus direitos de queixa em procedimento criminal; (art.º 113.º, do Código Penal); hugo cunha lança O Caso Especial do Aborto Artigo 142.º Interrupção da gravidez não punível 1 - Não é punível a interrupção da gravidez efetuada por médico, ou sob a sua direção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando: a) Constituir o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida; b) Se mostrar indicada para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida e for realizada nas primeiras 12 semanas de gravidez; c) Houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de grave doença ou malformação congénita, e for realizada nas primeiras 24 semanas de gravidez, excecionando-se as situações de fetos inviáveis, caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo o tempo; d) A gravidez tenha resultado de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual e a interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas. e) For realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas de gravidez. 2 ... 3 .. 4 - O consentimento é prestado: 5- No caso de a mulher grávida ser menor de 16 anos ou psiquicamente incapaz, respetiva e sucessivamente, conforme os casos, o consentimento é prestado pelo representante legal, por ascendente ou descendente ou, na sua falta, por quaisquer parentes da linha colateral. 6 - Se não for possível obter o consentimento nos termos dos números anteriores e a efetivação da interrupção da gravidez se revestir de urgência, o médico decide em consciência face à situação, socorrendo-se, sempre que possível, do parecer de outro ou outros médicos.
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Os Anjos – Rafael Sanzio A magna quaestio da autonomia Compreende-se a opção do legislador, ao apelar a um critério elástico da capacidade de agir, para, deste modo, contrariar as críticas assacadas aos sistemas de base rígida; dessarte, o desenvolvimento progressivo do ser humano não se compadece com uma divisão artificial entre menores e maiores, divididos por uma arbitrária linha de idade biológica, que se esfuma, como que por magia, no dia do décimo oitavo aniversário. Até porque, se formos pragmáticos, a realidade é que, hoje, em Portugal, nada acontece de importante na vida de quem chega aos dezoito anos.
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A magna quaestio da autonomia Divido a menoridade entre nascituros, infantes, petizes, pré-adolescentes e adolescentes: os nascituros são as crianças até ao momento do parto; os infantes são os menores até aos 6 anos; por petizes, deve entender-se os que estão compreendidos entre os 6 e os 12 anos, idade em que os menores começam a ser responsabilizados pelo desvalor dos seus atos, no âmbito da lei tutelar educativa; consideramos pré-adolescentes os maiores de 12; por fim, os adolescentes serão os maiores de 16 anos e menores de 18 (ou 21).
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A magna quaestio da autonomia choca com a A autoridade parental relativa aos adolescentes sua autonomia e limites de ordem natural, exigindo “uma diminuição do controlo e da vigilância”. Quando atinge a adolescência, deve diminuir-se a intensidade do exercício da a abrir espaço para a autoridade parental, do modo autodeterminação, permitir ao menor fazer as suas escolhas, concedendo-lhe uma certa margem de liberdade e a possibilidade de errar (porque os erros são imprescindíveis para o processo de aprendizagem e, se o caminho se faz caminhando, é verdadeiro o aforismo de Clarice LISPECTOR de que perder-se também é caminho), através da concessão de “um espaço de transgressão razoável”.
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A magna quaestio da autonomia Não oblitero que interpretar o menor como uma pessoa no pleno gozo das suas capacidades é contraintuitivo ; mas, também, no passado, era contraintuitivo abolir a escravatura, reconhecer a igualdade racial ou admitir que as mulheres tinham tantas capacidades como os homens. Num passado, tão presente, também convivemos com “sólidas verdades históricas” garantidas pela medicina, pela psicologia e pela antropologia, que asseguravam, com base científica, que os não caucasianos tinham uma capacidade inferior para raciocinar, que [sic] “os negros são intelectual e moralmente inferiores aos brancos e como tal incapazes de cuidar de si próprios sem a supervisão dos seus proprietários”.
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Mãe com Crianças e Laranjas - Picasso As propostas de John Holt 1. O direito à igualdade de tratamento perante a lei, i. e., o direito de, em qualquer situação, não ser tratado pior do que um adulto seria; 2. O direito de votar e de participar plenamente na vida política; 3. O direito de ser legalmente responsável pela sua vida e pelos seus atos; 4. O direito a trabalhar; 5. O direito à privacidade; 6. O direito à independência financeira, o direito de possuir, comprar e vender a propriedade, para pedir dinheiro emprestado, estabelecer o crédito, assinar contratos, etc.; (receber do Estado um rendimento mínimo) 7. O direito de dirigir e gerir a sua própria educação; 8. O direito de viajar, viver longe de casa, escolher a casa onde quer viver; 9.O direito de escolher quem vai exercer as responsabilidades parentais;
Em suma: poder fazer o que qualquer adulto faz!
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Mãe e Filho - Chagall Hoje impõe-se reconhecer às crianças [quando entram na idade da razão] liberdade para impor a quem exerce a autoridade parental o seu modo de vestir, o corte de cabelo, colocar um piercing interno ou externo, fazer tatuagens, colocar um alargador de orelhas, inscrever-se numa associação ou partido, escolher a sua própria religião ou assumir-se como ateu, agnóstico ou abraçar o islamismo, decidir continuar ou interromper uma gravidez, permitir ou proibir tratamentos médicos, fazer escolhas sexuais, pertencer a associações juvenis, selecionar que desportos pretende praticar, deliberar se pretende receber informação sexual e utilizar contracetivos, se quer publicar as suas obras, ter uma página numa rede social, expor fotografias suas de cariz pessoal ou íntimo, consumir erotismo ou pornografia, inter alia. Porque, importa nunca esquecer, os pais têm de educar os filhos que têm, não os que gostavam de ter…
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ARTIGO 1878.º Conteúdo das responsabilidades parentais 1... 2. Os filhos devem obediência aos pais; estes, porém, de acordo com a maturidade dos filhos, devem ter em conta a sua opinião nos assuntos familiares importantes e reconhecer-lhes autonomia na organização da própria vida.
Artigo 127.º (Excepções à incapacidade dos menores)
1. São excepcionalmente válidos, além de outros previstos na lei: a)… b) Os negócios jurídicos próprios da vida corrente do menor que, estando ao alcance da sua capacidade natural, só impliquem despesas, ou disposições de bens, de pequena importância; c) …
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Mãe Morta - Klimt Autoridade Parental ARTIGO 1913.º (Inibição de pleno direito) 1. Consideram-se de pleno direito inibidos do exercício das responsabilidades parentais: a) Os condenados definitivamente por crime a que a lei atribua esse efeito; b) Os interditos e os inabilitados por anomalia psíquica; c) Os ausentes, desde a nomeação do curador provisório. 2. Consideram-se de pleno direito inibidos de representar o filho e administrar os seus bens os menores não emancipados e os interditos e inabilitados não referidos na alínea b) do número anterior. 3. As decisões judiciais que importem inibição do exercício das responsabilidades parentais são comunicadas, logo que transitem em julgado, ao tribunal competente, a fim de serem tomadas as providências que no caso couberem.
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A tutela ARTIGO 1921.º (Menores sujeitos a tutela) 1. O menor está obrigatoriamente sujeito a tutela: a) Se os pais houverem falecido; b) Se estiverem inibidos do poder paternal quanto à regência da pessoa do filho; c) Se estiverem há mais de seis meses impedidos de facto de exercer o poder paternal; d) Se forem incógnitos. 2. Havendo impedimento de facto dos pais, deve o Ministério Público tomar as providências necessárias à defesa do menor, independentemente do decurso do prazo referido na alínea c) do número anterior, podendo para o efeito promover a nomeação de pessoa que, em nome do menor, celebre os negócios jurídicos que sejam urgentes ou de que resulte manifesto proveito para este. 3 - O disposto no n.º 1 não é aplicável quando se constituir o apadrinhamento civil.
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A tutela Regime jurídico da tutela:
- Pode ser oficiosamente promovida – 1923;
- Exercida pelo tutor e pelo conselho de família, 1924 - Tutor designado pelos pais, 1927 - Tutor designado pelo tribunal, 1931 - Inabilitações, 1933 - Escusas, 1934 - Direitos e Obrigações do tutor, 1935