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Federalismo e Políticas

Educacionais
Projeto Base
Apresentação
O projeto base surgiu do envolvimento e interesse do grupo de
estudos pelo tema do Federalismo, fomentado no processo de
orientação de pesquisas e durante as disciplinas que tratavam do
tema, desenvolvidas na linha de pesquisa História, Sociedade,
Cultura e Políticas Educacionais, do Programa de Pós- Graduação
em Educação da UFES

 Coordenadores: Prof. Dra Gilda Cardoso de Araujo


Prof. Dro Marcelo Lima.

 Registro PRPPG no. 6717/2015

 CNPQ: dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/9974772407621162
Grupo de Pesquisa
Técnicos
Pesquisadores
Andreia Leite Kuyumjian
Gilda Cardoso de Araujo
Andreza Alves Ferreira
Marcelo Lima
Cinthya Campos de Oliveira
Marlene de Fatima Cararo Pires
Cybele Barbosa Brahim
Daniel Tojeira Cara
Estudantes
Flávia Costa Lima Dubberstein
Ana Paula Ribeiro Ferreira
Geraldo Grossi Junior
Asenate Rodrigues e Silva
Rafael Clemente Oliveira do Prado
Hebert Santos da Silva
Rosangela Cardoso Silva Barreto
Rodrigo Ferreira Rodrigues
Simone Alves Cassini
Rosenery Pimentel do Nascimento
Simone Lopes Smiderle Alves
Samanta Lopes Maciel
Sumika Soares de Freitas Hernandez-Piloto
Tatiana Gomes dos Santos Peterle
Thereza Christina Flores Marques
Vanessa Trancoso Campos
Ubirajara Couto Lima
HISTÓRICO DO GRUPO
O federalismo em sua relação com as políticas educacionais como
campo de estudos se configurou nos estudos de doutoramento da
prof. Gilda, realizado na USP, sob a orientação do Professor
Romualdo Luiz Portela de Oliveira. Esses estudos resultaram na
tese “Município, federação e educação: história e instituições
políticas no Brasil” (2005). Era uma temática muito incipiente e
geralmente associada à descentralização ou à municipalização.
PDE – 2007, modelo de relação intergovernamental para a
educação;
2008 – CONEB (Congresso Nacional da Educação Básica) -
organicidade às ações nos três níveis de governo;
2009 – Emenda Constitucional 59/2009 (art. 214 da CF/88)
HISTÓRICO DO GRUPO
Art. 214 CF/88
“A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração
decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de
educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos,
metas e estratégias de implementação para assegurar a
manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis,
etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes
públicos das diferentes esferas federativas [...]”

EC no 59/2009 ensejou a realização de uma conferência que


abarcasse não só a Educação Básica, mas toda a educação, e que
ensejasse a elaboração de um plano articulador do sistema
nacional de educação.
HISTÓRICO DO GRUPO
2010 - Conferência Nacional de Educação – CONAE –
intensificação dos debates e das atividades em torno da relação
entre federalismo e políticas educacionais.

Tema
“Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação:
Plano Nacional de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de
Ação”

= PL 8.035/2010 - distante das deliberações da CONAE.


Relações intergovernamentais e desequilíbrios federativos - alvo da
atenção dos reformadores empresariais da educação.
Espaços de lobby – Executivo e o Legislativo – ADE - APL
HISTÓRICO DO GRUPO
2011 - Parecer CNE/CEB no. 09/2011 - Arranjos de
Desenvolvimento da Educação (ADE).
- Ação do grupo por meio do III SEB
2011 – Criação da Secretaria de Articulação com os Sistemas de
Ensino (SASE) – Demanda da CONAE – Criação do SNE
2012 – Resolução CNE/CEB no. 01/2012 - Arranjos de
Desenvolvimento da Educação – lógica dos Arranjos Produtivos
Locais.
Desde 2008 o Movimento Todos Pela Educação vinha propondo e
conduzindo experiências de ADE – sinônimo de regime de
colaboração.
HISTÓRICO DO GRUPO
2012 – Inserção do ADE no projeto de Lei do PNE, por meio das
emendas ao substitutivo número 74 e 95.
2012 - Portaria MEC n°. 1.238/2012: Grupo de Trabalho para
estudos e implementação dos Arranjos de Desenvolvimento da
Educação – GT-ADE. Primeira experiência de ADE na região do
Xingu.
2013 - Inserção do grupo Federalismo e Políticas Educacionais
nos debates do GT-ADE.
Questionar a validade da proposta devido à transposição acrítica
da lógica empresarial para a organização da educação pública, e a
capacidade de resolver a baixa ou nula capacidade institucional
dos municípios
RELATÓRIO GT-ADE
HISTÓRICO DO GRUPO
Participação efetiva nas conferências municipais e estadual
preparatórias no ES, ministrando as conferências de abertura e de
eixos temáticos (especialmente o Eixo 1 que tratava da
organização da Educação Nacional e o Eixo 7 que tratava do
Financiamento da Educação). Para tanto realizamos trabalho
integrado de planejamento das conferências e de estudo do
Documento-Base no sentido mesmo de viabilizar proposições.
Com este trabalho muitos profissionais que não integravam o
grupo passaram a conhecer nosso trabalho e alguns se propuseram
a acompanhar nossas discussões mesmo sem vínculo formal com
a UFES.
2014 - I Seminário do Grupo.
2014 – Segunda edição da CONAE
HISTÓRICO DO GRUPO
2015 - Amadurecimento da proposta de um programa de
pesquisa que abrangesse e dessa sustentação teórica e
metodológica às diversas possibilidades de estudos,
pesquisas, monografias, dissertações e teses em três
grandes eixos temáticos. O trabalho de sistematização do
que chamamos de “projeto base” ou nosso “projeto
guarda-chuva” se deu em reuniões presenciais, desde
abril até outubro, com o apoio da plataforma de
compartilhamento de arquivos Google Drive.
HISTÓRICO DO GRUPO
Resolução no. 21/2013 – CEPE/UFES
Projetos Base são aqueles que definem a atuação do
pesquisador em seu grupo de pesquisa, sem vigência
definida, podendo estar vinculados às atividades do
pesquisador junto a um programa de pós-graduação,
incluindo a formação de estudantes de doutorado,
mestrado e de iniciação científica.
Federalismo e Políticas
Educacionais
Projeto Base
Objetivo
Analisar as relações entre a organização do Estado em
contextos federativos e as políticas educacionais quanto à
garantia e efetividade do direito à educação.
Além disso, essa relação, que atualmente vem ganhando mais
evidência, é uma construção histórica e conceitual em cada país
organizado sob a forma federativa, de modo que podemos falar de
Federação no conteúdo e de federalismos nas diferentes formas
que o processo assume. Nesse sentido, discutir políticas
educacionais sob esse prisma é analisar as distintas organizações
de sistemas e redes de ensino em suas articulações com o pacto
federativo e o direito à educação a partir de enfoques dos mais
variados: histórico, sociológico, jurídico, ciência política,
estudo comparado, fiscal, financeiro, entre outros.
Três grandes eixos de análise
Adotamos a premissa de que a Federação e os federalismos têm
uma história que contribuiu para a configuração do direito à
educação.

Eixo 1. Federalismo, regime de colaboração e sistema nacional de


educação;

Eixo 2. federalismo, políticas educacionais e relações


intergoverna-mentais;

Eixo 3. federalismo e políticas educacionais: fundamentos e


estudos comparados.
Eixo 1
Federalismo, regime de colaboração e sistema nacional
de educação
Objetiva analisar as questões contemporâneas do federalismo
brasileiro, particularmente no contexto pós Constituição Federal
de 1988. Assim o federalismo será abordado nos marcos dos
direitos sociais a serem assegurados pelos entes federados e o
contexto da Reforma do Estado. Mais recentemente, esse eixo da
pesquisa também analisará os debates e as proposições no
Executivo, no Legislativo e no Judiciário sobre as questões
federativas, particularmente o regime de colaboração e a
constituição do sistema nacional de educação a partir do artigo
214 da da CF/88.
Eixo 1
I) Papel da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios na oferta educacional;
II) Os Arranjos de Desenvolvimento da Educação, os Territórios
de Cooperação Educativa, os consórcios administrativos e os
consórcios públicos;
III) Estudos sobre a definição da coordenação, da indução, da
cooperação e da colaboração federativa com os aportes de várias
áreas do conhecimento, principalmente se levarmos em conta a
necessidade das regulamentações do PNE e o fato de muitas delas
demandarem a definição do regime de colaboração
Eixo 1
HISTÓRICO E CONCEITO ‘REGIME DE
COLABORAÇÃO’ NO FEDERALISMO E POLÍTICAS
EDUCACIONAIS NO BRASIL.
Rodrigo Ferreira Rodrigues.
Pesquisa de natureza conceitual, objetiva analisar as tentativas de
regulamentação e implementação do regime de colaboração nas
políticas educacionais pós Constituição Federal (CF) de 1988
buscando identificar a concepção de regime de colaboração
atribuída pelo Estado por meio dos agentes e entes federados em
relação às políticas educacionais, em particular presentes no
Plano Nacional de Educação (PNE).
Eixo 1
O SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO E O ARRANJO
FEDERATIVO: IMPASSES, PROPOSIÇÕES E
PERSPECTIVAS.
Rosenery Pimentel do Nascimento.
O objetivo da pesquisa é analisar a natureza dos debates e
propostas que discutem a formulação de um SNE no arranjo
federativo;
Busca pautar a discussão das configurações que se estabelecem
na organização da educação nacional, retomando a questão da
efetivação do Plano Nacional de Educação no tocante da meta
20, estratégia de 20.9, que prevê a regulamentação do art. 23 e
art.211 da CF/88, pautando neste item a constituição de um
Sistema Nacional de Educação até junho de 2016, fato que ainda
não ocorreu.
Eixo 2
Federalismo, políticas educacionais e relações
intergovernamentais
Objetiva analisar a tensão entre o princípio da igualdade próprio
do direito à educação e o princípio da desigualdade próprio de
contextos federativos. Dessa forma serão enfatizadas as
dimensões do acesso, da permanência e da qualidade da
Educação Básica articuladas às desigualdades territoriais.
Em suma, entre diferentes possibilidades de organização político-
territorial nos marcos das federações.
Inclui, ainda, análises sobre o federalismo fiscal/financeiro,
quanto ao sistema tributário de diferentes federações e a
existência ou não de mecanismos de equalização para a oferta
educacional.
Eixo 2
ASSOCIATIVISMO E EDUCAÇÃO: NOVAS
CONFIGURAÇÕES DA COLABORAÇÃO E
COOPERAÇÃO FEDERATIVA.
Simone Alves Cassini
O objetivo da pesquisa foi analisar a incidência do fenômeno do
associativismo intergovernamental na educação, interpretando
suas implicações para a atual conjuntura federativa educacional.
Recentes experiências de associativismo intergovernamental na
política educacional, em específico os ADE e os Consórcios
públicos, são interpretados por órgãos de governo como
mecanismos inerentes ao regime de colaboração. O levantamento
empírico nos permitiu interpretar o fenômeno como uma forma
de fragmentação contemporânea do Estado que envolve as novas
fronteiras entre o público e o privado.
Eixo 2
PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA, FEDERALISMO E PODER
LOCAL: O ÍNDICE DE GESTÃO DESCENTRALIZADA
MUNICIPAL E O FATOR CONDICIONALIDADE
EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA (ES)
Andreia L. Kuyumjiano.
O Objetivo a pesquisa foi analisar a eficácia do Programa Bolsa
Família a partir do Índice de Gestão Descentralizada Municipal,
com recorte na condicionalidade educação, no município de
Vitória. Os resultados obtidos indicam que os objetivos gerais do
Programa Bolsa Família vêm, ao longo dos últimos anos, sendo
alcançados de forma efetiva na capital capixaba, mediante
interlocução contínua e ações administrativas articuladas entre
atores envolvidos no processo.
Eixo 3
Federalismo e políticas educacionais: fundamentos e
estudos comparados
Objetiva analisar os chamados fundamentos do federalismo em
sua articulação com as políticas educacionais. Dessa forma, serão
abordados estudos e autores clássicos sobre a Federação a partir
de diferentes campos do conhecimento como a História, a
Geografia, a Ciência Política, o Direito, a Economia e a Filosofia,
por exemplo, na sua articulação com o debate educacional.
Esse eixo também trará a perspectiva comparada para a análise da
relação entre o federalismo e as políticas educacionais.
Eixo 3
A ESCOLARIZAÇÃO OBRIGATÓRIA EM CONTEXTOS
FEDERATIVOS: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE
BRASIL E ARGENTINA
Cybele Barbosa Brahim
A pesquisa objetivou analisar as políticas públicas que orientam a
escolarização obrigatória nos contextos federativos do Brasil e da
Argentina. A análise possibilitou constatarmos que os dois países
avançaram quanto à ampliação da escolarização obrigatória.
Apesar das discrepâncias econômicas e sociais durante a década
de 1990 em ambos os países, atualmente percebemos certa
semelhança no quadro educacional. Atribuímos isso às políticas
educacionais de homogeneização implementadas na América
Latina pelas reformas educacionais idealizadas dentro de uma
visão neoliberal, sob a influência de organismos internacionais.
Relevância
O projeto pretende contribuir com adensamento teórico das
questões federativas, articuladas à organização do Estado em
contexto federativos nacional e internacional, tendo em vista a
análise das políticas educacionais nas diferentes organizações
político territorial, tensionando as especificidades do federalismo
brasileiro quanto aos limites e as possibilidades da
Regulamentação do Regime de Colaboração, do Sistema
Nacional de Educação, ampliando as análises da relações
intergovernamentais, bem como os usos de diferentes
instrumentos tributários, fiscais e financeiros.
Resultados esperados

Produção de subprojetos, artigos, capítulos de livros,


livros, organização e participação em eventos,
formulação de políticas públicas, articulação com
sistemas de ensino, com órgãos governamentais e não
governamentais, com outras instituições de ensino
superior no país e fora do país que adensem as temáticas
e problematizações dos três eixos do projeto de pesquisa
ora apresentado.
Eventos
2014 2016
CRONOGRAMA DE
ATIVIDADES
Grupo de pesquisa Federalismo
e Políticas Educacionais

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