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FERRAMENTAS DE

ANÁLISE POSITIVA
Capítulo 2
Finanças públicas e análise positiva
Uma das metas das finanças públicas é avaliar
como as políticas governamentais afetam o
comportamento dos indivíduos.

2-2
O papel da teoria
• Modelos econômicos
– Garantem a estrutura para pensar sobre os fatores
que podem influenciar comportamentos.
– Promovem hipóteses cuja validade pode ser medida
por meio de estudos empíricos.
– Virtude da simplicidade: reduz o problema à sua
essência.
• Análise empírica: análise baseada em observação
e experiência.
– Usada no teste de hipóteses.

2-3
Causalidade e correlação
• As condições necessárias para a ação do governo X
causar um efeito social Y em lugar de apenas se
correlacionar (andar junto) com o efeito Y.
– X deve preceder Y.
– X e Y devem estar correlacionadas.
– Qualquer outra explicação sobre correlações observadas deve
ser desconsiderada.
• A importância de fazer distinções na política.
– Exemplo: Há uma correlação positiva entre casamento e
salário… Isso significa que o governo deve ter como política o
estímulo ao casamento como forma de promover aumento de
salários?

2-4
Estudos empíricos:
estudos experimentais
• Estudos experimentais (ou aleatórios): sujeitos
são escolhidos aleatoriamente para um grupo
de tratamento ou de controle.
– Grupo de tratamento: grupo de pessoas sujeitas à
intervenção em estudo.
– Grupo de controle: em comparação, grupo de
pessoas que não estão sujeitas à intervenção em
estudo.

2-5
Estudos empíricos:
estudos experimentais
• A randomização faz crescer a chance de os
grupos de tratamento e controle terem
características similares.
– Foco pode ser na possível causalidade entre
tratamento e resultado.
• A randomização tem grande potencial para
eliminar estimativas viesadas.
– Estimativa viesada: confunde impacto causal
verdadeiro com impacto de fatores externos.

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Armadilhas dos estudos
experimentais
• Questões éticas
• Problemas técnicos
• Viés na resposta
• Limitação de tempo do experimento
• Generalização dos resultados para outras
populações, cenários e tratamentos
relacionados
• Aspecto caixa-preta dos experimentos
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Estudos empíricos:
estudos observacionais
• Estudo observacional – estudo empírico com
base em dados de observação não obtidos em
estudos experimentais.
• Fontes de dados de observação
– Levantamento
– Registros administrativos
– Dados governamentais
• Econometria: técnica estatística para estabelecer
e estimar relações causais na ausência de
randomização.

2-8
A condução de estudos observacionais:
a estimativa de relações
• L = α0 + α1wn + α2X1 + … + αnXn + ε
– Variável dependente
– Variáveis independentes L
– Parâmetros
– Termo de erro estocástico
• Análise de regressão
– Linha de regressão:
• Melhor ajuste em meio a dados dispersos
– Erro padrão
• Indica confiabilidade da equação
Inclinação
é α1
Interceptação
é α0
α0
wn
2-9
Estudos empíricos:
Tipos dados para estudos observacionais
• Dados transversais: informação sobre entidades
em momento específico.
• Dados de série temporal: informações sobre
uma entidade em diferentes momentos.
• Dados de painel (longitudinal): combina
características de ambos.
– Contém informação sobre entidades individuais
em diferentes momentos.

2-10
Armadilhas dos estudos
observacionais
• Coleta de dados em cenário não experimental
– Difícil garantir que o grupo de controle tenha
validade “contrafactual”
• Contrafactual: o resultado das pessoas no grupo de
tratamento se elas não estivessem em tratamento.
• Especificação – nem todas as variáveis que
devem ser incluídas constam do conjunto de
dados ou podem ser medidas.

2-11
Estudos empíricos:
estudos quase-experimentais
• Estudo quase-experimental (experimento natural)
– estudo observacional que depende de
circunstâncias fora do controle do pesquisador e
que conduzem à distribuição aleatória.
• Quase-experimentos bem-sucedidos requerem
garantia de distribuição aleatória ao grupo de
tratamento.
– Quase-experimentos difference-in-difference.
– Quase-experimentos de variáveis instrumentais.
– Quase-experimentos de regressão de
descontinuidade.

2-12
Armadilhas dos estudos quase-
experimentais
• Atribuição a grupos de controle e tratamento
pode não ser aleatória.
• Não aplicável a todas as perguntas de
pesquisa.
• A generalização dos resultados para outros
cenários e tratamentos não é uma certeza.

2-13
Resumo do Capítulo 2
• Teoria econômica garante a estrutura para
análise da relação causal entre políticas
governamentais e comportamento individual.
• Estudo empírico testa hipotéses a partir da
teoria econômica para determinar sua
consistência com fenômenos do mundo real.
Há vários métodos para condução de estudos
empíricos.

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