Você está na página 1de 48

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL


CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS

VERIFICAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA
CONTRA QUEDAS DE ALTURA NA EXECUÇÃO
DE EDIFÍCIOS EM FLORIANÓPOLIS – Estudo de Caso

ACADÊMICA: Daniela Ortilina Inácio


ORIENTADORA: Ângela Regina Poletto

FLORIANÓPOLIS, 2010
ESTRUTURA DO TRABALHO

2
INTRODUÇÃO
A construção civil é um dos setores que contribui para o
processo produtivo-econômico do país, pois além da capacidade
de realizar investimentos, é grande geradora de empregos. Nas
diversas etapas construtivas de um edifício, a falta de segurança
ocupacional é evidenciada pelos altos índices de acidentes.

Acidentes - Construção de Edifícios Acidentes - Construção de Edifícios


20.000 1200
18.061 1.041
18.000
1000
16.000
13.622
14.000 779
800
11.016
12.000 626
10.000 600

8.000
400
6.000

4.000
200
2.000

0 0
2006 2007 2008 2006 2007 2008

BRASIL SANTA CATARINA

Figura 2: Número de acidentes


Fonte: Brasil, 2009.
JUSTIFICATIVAS
• Importância da construção civil no cenário econômico do país,
devido à alta empregabilidade neste setor.

• Em Florianópolis, o número de trabalhadores na construção civil em


2006 era de 3.905, passando em 2008, para 4.887, um aumento de
25,1%. (BRASIL, 2009). Da mesma forma, os acidentes de trabalho,
neste mesmo período em Florianópolis, cresceram em torno de 40%.

• A queda de altura, segundo Vilela (2004) é responsável por 15,5%


dos acidentes ocorridos na construção civil.

• O governo instituiu o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), onde o


seu valor varia entre 0,5 e 2 conforme a efetividade do maior ou
menor grau de investimentos em programas de prevenção de
acidentes e doenças do trabalho e proteção contra os riscos
ambientais do trabalho, respectivamente. 4
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Nas obras de Florianópolis são seguidas as


recomendações da NR 18 referentes a quedas
de altura?

5
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:

Verificar se há ou não a utilização dos


equipamentos de proteção coletiva contra
quedas de altura de acordo com a NR 18,
necessários à segurança dos trabalhadores
na construção civil, pessoas circundantes à
obra, bens públicos e particulares.

6
OBJETIVOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

a) verificar se é realizado treinamento sobre os


equipamentos de proteção coletiva com os
trabalhadores da obra;
b) verificar a aplicação do item 18.3 (PCMAT);
c) verificar a aplicação do item 18.13 (Medidas
de Proteção Coletiva contra Quedas de
Altura) da NR 18 nas obras.
7
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

8
SEGURANÇA DO TRABALHO

Conjunto de medidas e ações aplicadas à prática de


prevenção de acidentes e doenças ocupacionais nas
atividades das empresas. Segundo Cardella (2008, p.
37), “a segurança é o conjunto de ações exercidas com
o intuito de reduzir danos e perdas provocados por
agentes agressivos”.

Figura 4 – Campanha enfatizando a segurança em BH.


Fonte:http://belohorizonte.olx.com.br
ACIDENTES DO TRABALHO

Eventos estranhos e prejudiciais que ocorrem no


exercício do trabalho, tendo como consequências
negativas para o trabalhador (lesão física, dano
funcional ou óbito) e para a Construtora (danos
materiais e financeiros). (ZOCCHIO, 2002).

10
PCMAT

Estabelece o elenco de providências a serem


executadas, em função do cronograma de uma obra,
levando-se em conta os riscos de acidentes e doenças
do trabalho, e as suas respectivas medidas de
segurança. (SESI, 2005).

11

Figura 5 – PCMAT. Fonte: arquivo pessoal do autor.


PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE
RISCOS AMBIENTAIS (PPRA)
Visa a preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento,
avaliação e consequente controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
ambiente de trabalho, tendo em consideração a
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
(BRASIL, 2010e).

12

Figura 6 – PPRA.
Fonte: arquivo pessoal do autor.
CIPA

 Tem como objetivo, a prevenção de


acidentes e doenças decorrentes do
trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a
preservação da vida e a promoção da saúde
do trabalhador. (BRASIL, 2010f).

13

Figura 7 – CIPA.
Fonte: http://www.ws-service.com.br/noticia.php?id=17
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA (EPC)

De acordo com a NR-10 (Segurança em Instalações e


Serviços em Eletricidade), os EPC são: “dispositivo,
sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência
coletiva, destinado a preservar a integridade física e a
saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros”.
(BRASIL, 2010g).

14
ALGUNS EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO COLETIVA CONTRA
QUEDAS DE ALTURA

Figura 9 – Fechamento de abertura no piso com


armadura de aço

Figura 8 – Guarda-corpo-Rodapé

Figura 11 – GcR em abertura no piso 15


Figura 12 – Proteção de vão de
Figura 10 – Proteção em escada – GC em estrutura acesso ao Elevador com estrutura
Metálica metálica
ALGUNS EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO COLETIVA CONTRA
QUEDAS DE ALTURA

Figura 13 – Plataforma.

16
Figura 14 – Proteção com tela.
Figura 15 – Plataformas.
Fonte: Fonte: Sampaio, 1998.
METODOLOGIA
DELINEAMENTO DO ESTUDO:

Estudo de campo, de natureza exploratória e


descritiva, desenvolvido por um estudo de caso, em
cinco obras de construção de edifícios de
Florianópolis, com a finalidade de investigar os tipos
de equipamentos de proteção coletiva contra quedas
de altura, que são utilizados para a segurança dos
trabalhadores e pessoas circundantes às obras
visitadas.

17
METODOLOGIA

MÉTODOS E TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS:

Listas de Verificação com base na NR 18;

Questionário;

Levantamentos fotográficos;

Observações feitas em visitas a campo.

18
METODOLOGIA
TRATAMENTO DOS DADOS:

Os dados foram analisados sob a ótica quantitativa e


qualitativa.

Na análise quantitativa foram utilizadas medidas de


tendência central (média e moda) e variabilidade
(frequências e percentuais).

Na análise qualitativa foram analisados os conteúdos


referentes aos questionários aplicados aos
responsáveis pela segurança, ou o gerente das
obras. 19
METODOLOGIA

ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA:

Através de ofício elaborado pelo Diretor do IFSC, a


identidade das Construtoras foi mantida em sigilo,
assim como todas as informações que permitiam
identificá-las na publicação dos resultados.

20
APRESENTAÇÃO DOS
RESULTADOS

21
CARACTERIZAÇÃO DAS OBRAS

Obra Porte Fase da Obra Processo Treinamento CIPA


Construtivo NR 18
Obra “A” Pequena 3ª Laje Convencional Sim Não
Obra “B” Pequena Revestimento Interno Convencional Não Não
e externo
Obra “C” Média Alvenaria, fundação, Convencional Sim Sim
estrutura e subsolo

Obra “D” Pequena Revestimento interno Convencional Sim Sim


e acabamentos

Obra “E” Média Revestimento e Convencional Não Não


Alvenaria
Figura 16 – Caracterização das obras
Fonte: Dados obtidos na pesquisa.

22
QUANTO AO Nº DE ACIDENTES

Duas obras visitadas informaram que ocorreram


acidentes com queda de altura. Na obra ”A” ocorreu 01
(um) e na obra “B” houve 02 (dois) acidentes. As
causas dos acidentes não foram reveladas.

23
QUANTO AO *SESMT

Obra Nº Profissionais
Empregados Segurança
Obra “A” 29 nenhum
Obra “B” 40 nenhum
Obra “C” 178 2 técnicos
Obra “D” 61 1 técnico
Obra “E” 106 2 técnicos
Figura 17 – Nº de empregados e profissionais de
segurança
Fonte: Dados obtidos na pesquisa.

24

*SESMT : SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE


SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO
Figura 18 – Dimensionamento do SESMT
Fonte: MTE.
PCMAT
Foram abordados os subitens (18.3.1, 18.3.2, 18.3.3
e 18.3.4) referentes ao PCMAT (item 18.3) da NR
18.

Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho


100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

M
d
ia
é
30%

20%

10%

0%
18.3.1 18.3.1.1 18.3.1.2 18.3.2 18.3.4

Itens da NR 18

25
Figura 19 – Percentual de atendimento aos itens referentes ao PCMAT
Fonte: Dados obtidos na pesquisa.
PCMAT
 O item 18.3.1 refere-se a obrigatoriedade da elaboração e o
cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 (vinte)
trabalhadores ou mais, como todas as obras visitadas
possuíam número acima deste, há a obrigatoriedade da
elaboração do PCMAT, observou-se que em uma das obras
não o possuía.

 Deve contemplar as exigências contidas na NR 9 - PPRA (item


18.3.1.1), em relação ao mesmo, 80% (quatro obras)
informaram que contemplavam o mesmo no PCMAT.

 Deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão


fiscalizador do MTE (item 18.3.1.2). Com base na norma,
observou-se que a obra “A” não possuía este programa, nas
obras “B” e “D”, no momento da visita, alegaram que o mesmo
estava sendo revisado, e por este motivo, não se encontrava
disponível para consulta. 26
PCMAT
 Deve ser elaborado e executado por profissional habilitado na
área de segurança do trabalho (item 18.3.2). Foi observado
que 80% das obras atenderam a este quesito. Na obra “B” foi
elaborado pelo técnico de segurança, na obra “C“ por um
engenheiro de segurança e nas obras “D” e “E” pelo Serviço
Social da Indústria da Construção Civil (SECONCI). A obra “A”
que não possuía este programa, informaram que estavam
contratando uma empresa para a sua elaboração.

 Verificou-se que a implementação do PCMAT, em 4 obras,


ficava a cargo dos empregadores (item 18.3.3).

27
DOCUMENTOS QUE INTEGRAM O
PCMAT

Documentos que integram o PCMAT


100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%
im
R
N
o
8
1
ad
nA
te

30%

20%

10%

0%
18.3.4 a) 18.3.4 b) 18.3.4 c) 18.3.4 d) 18.3.4 e) 18.3.4 f)

Itens da NR 18

Figura 20 – Percentual de atendimento aos documentos que integram o PCMAT


Fonte: Dados obtidos na pesquisa.
28
DOCUMENTOS QUE INTEGRAM O
PCMAT
 Quatro obras relataram que o PCMAT contemplava memorial
sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e
operações (item 18.3.4a), levando-se em consideração os
riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas
respectivas medidas preventivas.

 O item (18.3.4.b), referente ao projeto das proteções coletivas


em conformidade com as etapas construtivas, verificou-se que
em três obras (“B”, “C” e “E”) não foi elaborado.

29
DOCUMENTOS QUE INTEGRAM O
PCMAT
 A especificação técnica das proteções coletivas e individuais a
serem utilizadas na execução da obra, o cronograma de
implantação das medidas preventivas, o layout inicial do
canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de
dimensionamento das áreas de vivência em 80% das obras
fazia parte do PCMAT. (Itens 18.3.4c, 18.3.4d e 18.3.4e).

 O programa educativo contemplando a temática de prevenção


de acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária, foi
contemplado no PCMAT em 80% das obras. (Item 18.3.4f).

30
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
 Serão abordados alguns subitens do item 18.13 da NR 18,
referentes às medidas de proteção coletiva contra quedas de
altura.

 As obras apresentaram, as proteções contra quedas de altura


(item 18.13.1), porém em alguns pontos de algumas obras, não
havia proteção adequada, ou mesmo inexistia.

31
Figura 21 - Obra “A”, escadas sem GcR com corrimão.
Fonte: Arquivo pessoal da autora.
Figura 22 - Obra “B”, escadas sem GcR com corrimão.
Fonte: Arquivo pessoal da autora.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
 Outras situações de risco foram observadas nas obras “C” e
“E”, onde o GcR utilizado tanto na escada como no andaime,
respectivamente, não estava bem fixo, encontrando-se
inadequado aos requisitos de segurança exigidos pela NR 18.

Figura 24 - GcR em andaime – Obra “E”


Fonte: Arquivo pessoal da autora.
32
Figura 23- Obra “C”, GcR inadequado em escada.
Fonte: Arquivo pessoal da autora.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Fechamento para abertura de pisos:
 O item (18.13.2), fechamento provisório resistente para
aberturas no piso, em alguns pontos da obra “C” não foi
executado, correndo sério risco de queda de altura, e na obra
“A”, estava inadequado, conforme ilustram as figuras. Nas
demais obras, não havia aberturas no piso.

Figura 25- Obra “C”, aberturas na laje sem proteção. Figura 26 - Obra “A”, proteção no piso” 33
Fonte: Arquivo pessoal da autora. Fonte: Arquivo pessoal da autora.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Fechamento provisório de vãos de acesso a
elevadores:
 Analisando-se o item (18.13.3), fechamento provisório dos vãos
de acesso aos elevadores, com 1,20m de altura, fixado a
estrutura, verificou-se que, a obra “B” não possuía este
fechamento de acordo com a NR 18.

34
Figura 27- Madeira apoiada no vão do elevador – Obra “B”.
Fonte: Arquivo pessoal da autora.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Fechamento provisório de vãos de acesso a
elevadores:
 Relacionado aos elevadores de transporte de materiais,
observou-se:

Figura 29 - Cancela do Elevador e fechamento lateral em


madeira – Obra “D”
Figura 28 - Sem fechamento com GcR – Obra “B” Fonte: Arquivo pessoal da autora.
Fonte: Arquivo pessoal da autora.
35
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Fechamento provisório de vãos de acesso a
elevadores:

Figura 30 – Fechamento com GcR – Obra “B” Figura 31 - Fechamento lateral com GcR – Obra “C”
Fonte: Arquivo pessoal da autora. Fonte: Arquivo pessoal da autora.

36
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Proteção de periferia:
 No tocante ao item (18.13.4), proteção de periferia, algumas
obras não apresentaram, em todos os pontos, a proteção
contra queda de trabalhadores e materiais.

37
Figura 32 - Não há GcR neste ponto da laje – Obra “B” Figura 33 - Obra “C”, em alguns pontos, não há GcR
Fonte: Arquivo pessoal da autora. Fonte: Arquivo pessoal da autora.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Guarda-corpo-Rodapé:
 Quanto às dimensões do GcR para evitar quedas, e aos vãos a
serem preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o
fechamento seguro da abertura, (item 18.13.5), como nos
outros itens, somente em alguns pontos das obras, havia a
proteção executada de acordo com os preceitos estabelecidos
na NR 18.

Figura 35 – GcR - Obra “A”


Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Figura 34 - GcR em andaime suspenso sem o rodapé. (Obra “B”) 38


Fonte: Arquivo pessoal da autora.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Guarda-corpo-Rodapé:

Figura 36 - Obra “C” – Estrutura metálica padronizada (GcR). Figura 37 - Obra “E”, sem GcR em alguns pontos e sem tela entre as
Fonte: Arquivo pessoal da autora. travessas
Fonte: Arquivo pessoal da autora.

39
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Guarda-corpo-Rodapé:

Figura 39 - Padrão de GcR


Fonte: Fonte: Sampaio, 1998.
Figura 38 - Obra “D” - Dimensões do GcR fora do padrão
Fonte: Arquivo pessoal da autora.

40
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Plataformas de Proteção:
 Em relação ao número de pavimentos, as obras apresentavam
número superior a quatro, ficando assim, obrigatória a
execução da plataforma de proteção principal (item 18.13.6) na
altura da primeira laje. Este quesito foi cumprido em todas as
obras.

Figura 41 - Obra “B” – Plataforma secundária instalada devido à


vedação
Fonte: Arquivo pessoal da autora.
Figura 40 - Obra “A” – Plataforma principal instalada na primeira
laje 41
Fonte: Arquivo pessoal da autora.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Plataformas de Proteção:

Figura 43 – Obra “D” - Plataforma principal.


Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Figura 42 – Obra “C” - Plataforma secundária instalada devido a


execução de estrutura
Fonte: Arquivo pessoal da autora.
42
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Plataformas de Proteção:

Figura 44 – Obra “E” - Plataforma principal


Fonte: Arquivo pessoal da autora.

43
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Tela:
 No quesito pertinente à tela, que deve ser instalada entre as
extremidades de duas plataformas de proteção consecutivas,
(item 18.13.9.2), das duas obras (“B” e “C”) que possuíam as
plataformas secundárias, somente a obra “B” utilizou esta
proteção, porém esta possuía rasgos, como pode ser
visualizado na Figura.

44
Figura 45 - Obra “A” – Obra “B” – Rasgos na tela
Fonte: Arquivo pessoal da autora.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Redes de segurança:
 As redes de segurança (item 18.13.12) podem ser utilizadas
como medida alternativa ao uso das plataformas de proteção
secundárias. Esta medida foi encontrada somente na obra “B”,
conforme ilustra a Figura 34. Nas demais este método não foi
utilizado.

45

Figura 46 - Sistema limitador de queda (rede de segurança)


Fonte: Arquivo pessoal da autora.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

•Na maioria das obras há treinamentos ou palestras sobre a NR 18,


quando da contratação de pessoal para executar os serviços.
Aquelas que não o fazem, devem certificar-se de ministrá-lo, pois
neste momento é que são fornecidas informações sobre como
proceder em relação aos itens da norma, assim como, esclarecer
dúvidas e propor métodos mais eficientes para executar determinada
tarefa.

• Com relação ao PCMAT, verificou-se que, nenhuma das obras


possuía-o completo, um ponto importante que deve ser salientado é
que somente uma das obras tinha o projeto de execução das
proteções coletivas, evidenciando-se que nas outras, as proteções
coletivas eram executadas sem projeto, de modo incorreto, gerando
falhas e possibilidade de acidentes.
46
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Em se tratando de EPC para evitar quedas de altura, foram
verificadas não-conformidades com relação à NR 18 nas obras
visitadas, pois em alguns pontos não havia a proteção adequada ou
mesmo inexistia.

• Falta de GcR em periferia de lajes.

• Outro ponto importante e preocupante verificado por meio da


literatura especializada em comparação aos dias atuais, é que os
resultados obtidos nesta pesquisa, em boa parte repetiram-se em
outros estudos realizados no Brasil, evidenciando a carência que
ainda hoje ocorre nas obras, a respeito de segurança do trabalho.

•Revisar a NR 18 considerando um técnico de segurança para um nº


de 20 – 100 funcionários.
47
REFERÊNCIAS
BRASIL. Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho: AEAT 2008 /
Ministério do Trabalho e Emprego [et al.] – vol. 1 (2008) – Brasília: MTE :
MPS, 2009. 892 p.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 18 - Condições e meio


ambiente de trabalho na indústria da construção. Disponível em:
http://www.mte.gov.br Acesso em: 22 fev. 2010d.

CARDELLA, Benedito. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes:


uma abordagem holística: segurança integrada à missão organizacional
com produtividade, qualidade, preservação ambiental e
desenvolvimento de pessoas. São Paulo, Atlas, 2008.

SESI - Departamento Nacional. Dicas de Prevenção de Acidentes e


Doenças no Trabalho: SESI - SEBRAE - Saúde e Segurança no
Trabalho: Micro e Pequenas Empresas / Luiz Augusto Damasceno Brasil
(org.). - Brasília: SESI-DN, 2005.

ZOCCHIO, Álvaro. Prática da prevenção de acidentes: ABC da segurança48


do trabalho. – 7. Ed. Rev. E ampl. – São Paulo: Atlas, 2002.

Você também pode gostar