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ECOLOGIA

O amor do ENEM (na verdade,


cerca de 40% do amor)
Relações Ecológicas
• Intraespecíficas
1. Colônias: unidade estrutural formada por
indivíduos anatomicamente ligados. Ex.:
Caravela Portuguesa
2. Sociedade: organização cooperativa de
indivíduos de mesma espécie. Ex.:
formigueiro, colméia
3. Canibalismo
4. Competição Intraespecífica
Relações Ecológicas
• Interespecíficas Harmônicas
1. Mutualismo (+/+): coexistência obrigatória com
auxílio mútuo. Ex.: líquen, micorrizas
2. Protocooperação (+/+): coexistência não
obrigatória com auxílio mútop. Ex.: paguro e
anêmona
3. Comensalismo (+/0): associação com benefício
para apenas uma parte. Ex.: rêmora e tubarão
4. Inquilinismo (+/0): peixe-agulha e pepino do
mar
Relações Ecológicas
• Interespecíficas Desarmônicas
1. Predatismo (+/-): envolve a morte da presa
2. Parasitismo (+/-): aumentam a taxa de mortalidade
dos hospedeiros de forma indireta
3. Competição (-/-): se for muito acentuada, pode
eliminar uma das espécies
4. Amensalismo (antibiose): eliminação de substâncias
que inibem o crescimento, prejudicam o
desenvolvimento ou matam outras espécies
5. Esclavagismo (sinfilia) (+/-): benefício através do
trabalho de outra espécie
No Brasil, cerca de 80% da energia elétrica advém de hidrelétricas,
cuja construção implica o represamento de rios. A formação de um
reservatório para esse fim, por sua vez, pode modificar a ictiofauna
local. Um exemplo é o represamento do Rio Paraná, onde se
observou o desaparecimento de peixes cascudos quase que
simultaneamente ao aumento do número de peixes de espécies
exóticas introduzidas, como o mapará e a corvina, as três espécies
com nichos ecológicos semelhantes.
PETESSE, M. L.; PETRERE JR., M. Ciência Hoje, São Paulo, n. 293, v.
49, jun. 2012 (adaptado).
Nessa modificação da ictiofauna, o desaparecimento de cascudos é
explicado pelo(a)
A) redução do fluxo gênico da espécie nativa.
B) diminuição da competição intraespecífica.
C) aumento da competição interespecífica.
D) isolamento geográfico dos peixes.
E) extinção de nichos ecológicos
As fêmeas de algumas espécies de aranhas, escorpiões e de outros
invertebrados predam os machos após a cópula e inseminação. Como
exemplo, fêmeas canibais do inseto conhecido como louva-a-deus, Tenodera
aridofolia, possuem até 63% da sua dieta composta por machos parceiros.
Para as fêmeas, o canibalismo sexual pode assegurar a obtenção de
nutrientes importantes na reprodução. Com esse incremento na dieta, elas
geralmente produzem maior quantidade de ovos.

Apesar de ser um comportamento aparentemente desvantajoso para os


machos, o canibalismo sexual evoluiu nesses táxons animais porque

A) promove a maior ocupação de diferentes nichos ecológicos pela espécie.

B) favorece o sucesso reprodutivo individual de ambos os parentais.

C) impossibilita a transmissão de genes do macho para a prole.

D) impede a sobrevivência e reprodução futura do macho.

E) reduz a variabilidade genética da população.


Os vaga-lumes machos e fêmeas emitem sinais luminosos para se
atraírem para o acasalamento. O macho reconhece a fêmea de sua
espécie e, atraído por ela, vai ao seu encontro. Porém, existe um tipo
de vaga-lume, o Photuris, cuja fêmea engana e atrai os machos de
outro tipo, o Photinus, fingindo ser desse gênero. Quando o
macho Photinus se aproxima da fêmea Photuris, muito maior que
ele, é atacado e devorado por ela.
BERTOLDI, O.G.; VASCONCELOS, J.R. Ciências & Sociedade: a
aventura da vida, a aventura da tecnologia. São Paulo: Scipione,
2000 (adaptado).

A relação descrita no texto, entre a fêmea do gênero Photuris e o


macho do gênero Photinus, é um exemplo de
A) comensalismo
B) inquilinismo
C) cooperação
D) predatismo
E) mutualismo
Na Região Amazônica, diversas espécies de aves se alimentam da ucuúba (Virola sebifera),
uma árvore que produz frutos com polpa carnosa, vermelha e nutritiva. Em locais onde
essas árvores são abundantes, as aves se alternam no consumo dos frutos maduros, ao
passo que em locais onde elas são escassas, tucanos-de-papo-branco (Ramphastus tucanos
cuvieri) permanecem forrageando nas árvores por mais tempo. Por serem de grande porte,
os tucanos-de-papo-branco não permitem a aproximação de aves menores, nem mesmo de
outras espécies de tucanos. Entretanto, um tucano de porte menor (Ramphastus vitellinus
ariel), ao longo de milhares de anos, apresentou modificação da cor do seu papo, do
amarelo para o branco, de maneira que se tornou semelhante ao seu parente maior. Isso
permite que o tucano menor compartilhe as ucuúbas com a espécie maior sem ser expulso
por ela ou sofrer as agressões normalmente observadas nas áreas onde a espécie apresenta
o papo amarelo.
O fenômeno que envolve as duas espécies de tucano constitui um caso de

(A) mutualismo, pois as duas espécies compartilham os mesmos recursos.

(B) parasitismo, pois a espécie menor consegue se alimentar das ucuúbas.

(C) relação intraespecífica, pois ambas as espécies apresentam semelhanças físicas.

(D) sucessão ecológica, pois a espécie menor está ocupando o espaço da espécie maior.

(E) mimetismo, pois uma espécie está fazendo uso de uma semelhança física em benefício
próprio.
Populações
• Taxa bruta de crescimento (TBC)
TBC = Nf – Ni Nf: nº final Ni: nº inicial
T T: tempo

• Taxa de crescimento relativa


TCR = Nf – Ni
Ni

• Influências positivas: taxa de nascimento e imigração


• Influências negativas: taxa de mortalidade e emigração
Um pesquisador investigou o papel da predação por
peixes na densidade e tamanho das presas, como possível
controle de populações de espécies exóticas em costões
rochosos. No experimento colocou uma tela sobre uma
área da comunidade, impedindo o acesso dos peixes ao
alimento, e comparou o resultado com uma área
adjacente na qual os peixes tinham acesso livre. O quadro
apresenta os resultados encontrados após 15 dias de
experimento.
Área com tela Área sem tela

Espécie exótica Tamanho Tamanho


Densidade Densidade
médio dos médio dos
(indivíduos/m2) (indivíduos/m2)
indivíduos (cm) indivíduos (cm)

Alga 100 15 110 18


Craca 300 2 150 1,5
Mexilhão 380 3 200 6
Ascídia 55 4 58 3,8

O pesquisador concluiu corretamente que os peixes controlam a


densidade dos(as)
A. algas, estimulando seu crescimento,
B. cracas, predando especialmente animais pequenos.
C. mexilhões, predando especialmente animais pequenos.
D. quatro espécies testadas, predando indivíduos pequenos
E. ascídias, apesar de não representarem os menores organismos.
Programas de reintrodução de animais consistem em soltar indivíduos,
criados em cativeiro, em ambientes onde sua espécie se encontra ameaçada
ou extinta. O mico-leão-dourado da Mata Atlântica faz parte de um desses
programas. Como faltam aos micos criados em cativeiro habilidades para
sobreviver em seu habitat, são formados grupos sociais desses micos com
outros capturados na natureza, antes de soltá-los coletivamente. O gráfico
mostra o número total de animais, em uma certa região, a cada ano, ao longo
de um programa de reintrodução desse tipo.
A análise do gráfico permite concluir que o sucesso do programa deveu-
se

a) à adaptação dos animais nascidos em cativeiro ao ambiente natural,


mostrada pelo aumento do número de nascidos na natureza.

b) ao aumento da população total, resultante da reintrodução de um


número cada vez maior de animais.

c) à eliminação dos animais nascidos em cativeiro pelos nascidos na


natureza, que são mais fortes e selvagens.

d) ao pequeno número de animais reintroduzidos, que se mantiveram


isolados da população de nascidos na natureza.

e) à grande sobrevivência dos animais reintroduzidos, que compensou a


mortalidade dos nascidos na natureza.
Um produtor de larvas aquáticas para alimentação de peixes
ornamentais usou veneno paracombater parasitas, mas suspendeu o
uso do produto quando os custos se revelaram antieconômicos.

O gráfico registra a evolução das populações de larvas e parasitas.


O aspecto biológico, ressaltado a partir da leitura do gráfico,
que pode ser considerado o melhor argumento para que o
produtor não retome o uso do veneno é:

(A) A densidade populacional das larvas e dos parasitas não é


afetada pelo uso do veneno.
(B) A população de larvas não consegue se estabilizar durante
o uso do veneno.
(C) As populações mudam o tipo de interação estabelecida ao
longo do tempo.
(D) As populações associadas mantêm um comportamento
estável durante todo o período.
(E) Os efeitos das interações negativas diminuem ao longo do
tempo, estabilizando as populações.
O crescimento da população de uma praga agrícola está
representado em função do tempo, no gráfico a seguir, onde a
densidade populacional superior a P causa prejuízo à lavoura. No
momento apontado pela seta (1), um agricultor introduziu uma
espécie de inseto que é inimigo natural da praga, na tentativa de
controlá-la biologicamente. No momento indicado pela seta (2),
o agricultor aplicou grande quantidade de inseticida, na tentativa
de eliminar totalmente a praga.
A análise do gráfico permite concluir que:
a) se o inseticida tivesse sido usado no momento marcado pela seta
(1), a praga teria sido controlada definitivamente, sem
necessidade de um tratamento posterior.
b) se não tivesse sido usado o inseticida no momento marcado pela
seta (2), a população de praga continuaria aumentando
rapidamente e causaria grandes danos à lavoura.
c) o uso do inseticida tornou-se necessário, uma vez que o controle
biológico aplicado no momento (1) não resultou na diminuição da
densidade da população da praga.
d) o inseticida atacou tanto as pragas quanto os seus predadores;
entretanto, a população de pragas recuperou-se mais rápido,
voltando a causar dano à lavoura.
e) o controle de pragas por meio do uso de inseticidas é muito mais
eficaz que o controle biológico, pois os seus efeitos são muito
mais rápidos e têm maior durabilidade.
No inicio do século XX, com a finalidade de possibilitar o crescimento
da população de veados no planalto de Kaibab, no Arizona (EUA),
moveu-se uma caçada impiedosa aos seus predadores – pumas, coiotes
e lobos. No gráfico abaixo, a linha cheia indica o crescimento real da
população de veados, no período de1905 a 1940; a linha pontilhada
indica a expectativa quanto ao crescimento da população de veados,
nesse mesmo período, caso o homem não tivesse interferindo em
Kaibab.
Para explicar o fenômeno que ocorreu com a população de veados após a
interferência do homem, um estudante elaborou as seguintes hipóteses
e/ou conclusões:
I. Lobos, pumas e coiotes não eram, certamente, os únicos e mais vorazes
predadores dos veados; quando esses predadores, até então
despercebidos, foram favorecidos pela eliminação de seus competidores,
aumentaram numericamente e quase dizimaram a população de veados.
II. A falta de alimentos representou para os veados um mal menor que a
predação.
III. Ainda que a atuação dos predadores pudesse representar a morte para
muitos veados, a predação demonstrou-se um fator positivo para o
equilíbrio dinâmico e sobrevivência da população como um todo.
IV. A morte dos predadores acabou por permitir um crescimento
exagerado da população de veados; isto levou à degradação excessiva das
pastagens, tanto pelo consumo excessivo como pelo seu pisoteamento.
O estudante acertou se indicou as alternativas:
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.

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