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UNIVERSIDADE PAULISTA

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Gerenciamento
de Recursos
Materiais

Prof. Cassimiro Nogueira Junior


GESTÃO DE RECURSOS
MATERIAIS NA SAÚDE
CONJUNTO DE PRÁTICAS QUE ASSEGUREM
MATERIAIS EM QUANTIDADE E QUALIDADE
DE MODO A QUE OS PROFISSIONAIS
POSSAM ESTAR DESENVOLVENDO SEU
TRABALHO SEM CORRER RISCOS E SEM
COLOCAR EM RISCO OS USUÁRIOS DOS
SERVIÇOS.
(CASTILHO & GONÇALVES, 1991)
RECURSOS MATERIAIS X
PATRIMONIAIS
MATERIAIS
São de pouca permanência e necessitam
ser repostos mensalmente.
PATRIMONIAIS
São todos os bens necessários para a
empresa operar, criar valor e
proporcionar satisfação ao cliente. São
as instalações, máquinas, equipamentos
e veículos que fazem possível a existência
e a operação da organização.
OUTROS CONCEITOS
 LOGÍSTICA: é a área da gestão
responsável por prover recursos,
equipamentos e informações para a
execução de todas as atividades de
uma empresa. A logística está
intimamente ligada às ciências
humanas, tais como a administração,
a economia, a contabilidade, a
estatística e o marketing, envolvendo
diversos recursos da engenharia,
tecnologia, do transporte e dos
recursos humanos.
OUTROS CONCEITOS
SUPRIMENTOS: é o item
administrado, movimentado,
armazenado, processado e
transportado pela logística.
O termo nasceu junto com a
logística, derivado da palavra
cadeia de suprimentos utilizado
para definir diversos materiais.
Como devem
ser efetuadas
as compras
de recursos
materiais nas
organizações
de saúde?
GESTÃO DE RECURSOS MATERIAIS

 GASTOS COM RECURSOS MATERIAIS -


75% EM OUTRAS EMPRESAS E 30 A 45%
DOS GASTOS NA SAÚDE
 LEI Nº 8.666/93 - normas para licitações
e contratos da Administração Pública
 LEI Nº 10.520/02 - modalidade de
licitação denominada pregão, para
aquisição de bens e serviços comuns
PROGRAMAÇÃO
Consiste no processo inicial para a
promoção da organização dos recursos
materiais. São eles:
1. Classificação
2. Padronização
3. Especificação
4. Previsão
Classificação
Realizada institucionalmente.

 Insumos ou materiais de consumo ou


assistenciais;
 Permanente (equipamentos e imobiliários);
 Por finalidade: medicamentos, materiais
médico-hospitalares, escritório, informática,
higiene e alimentícios.
Padronização
Determinação do produto específico para
procedimentos específicos. Tem a
participação da enfermagem.
Critérios:

I. Benefício para o cliente;


II. Risco ocupacional;
III. Impacto ambiental;
IV. Disponibilidade de recursos financeiros.
Especialização
Descrição minuciosa do material.
Possibilita a comunicação entre a
área técnica e administrativa.

I. Nome do produto;
II. Dimensões;
III. Matéria-prima;
IV. Método de esterilização.
Previsão

Quantidade requisitada pelas unidades


ao almoxarifado, a partir do perfil de
consumo de cada unidade.

CM (Cota Mensal) = CMM (Consumo Médio


do mês) + ES (Estoque de Segurança).

Onde: CMM = Soma do consumo dos 3 meses


3 meses

ES = 10 a 20% do CMM.
EXEMPLO
MATERIAL\MÊS ABRIL MAIO JUNHO
Seringa 200 250 180

CM( cota mensal) = CMM (cota média mensal) +


ES (estoque de segurança).

ES= 10 a 20% CMM

CMM = _____
630 = 210
3

CM = 210 + 21 = 231 seringas.


COMPRAS
Contato direto com os
fornecedores
 negocia preços e reduz os custos
da organização.
 Controle de qualidade (enfermeiro
participa);
 Administração Pública.
MODALIDADES DE COMPRA EM INSTITUIÇÕES
PUBLICAS OU CONVENIADAS COM O SETOR
PÚBLICO

 A compra de materiais devem seguir os princípios


da licitação (Lei n 8.666/93 e Lei nº 10.520/02) que
tem como modalidades de compra:

 concorrência pública
 tomada de preços
 carta-convite
 pregão
 leilão
 concurso
MODALIDADES DE COMPRA
 Carta-convite: é a modalidade de licitação entre
interessados ao seu objeto, cadastrados ou não,
escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três)
pela unidade administrativa (Até R$ 150.000,00 - obras e
serviços e R$ 80.000, 00 demais bens);
 Tomada de Preço: é a modalidade de licitação entre
interessados devidamente cadastrados ou que
atenderem a todas as condições (Até R$ 1.500.000,00 –
obras e serviços e R$ 650.000, 00 demais bens);
 Concorrência Pública: é a modalidade de licitação
entre quaisquer interessados que, na fase inicial de
habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos
mínimos de qualificação exigidos no edital para
execução de seu objeto (Acima de R$ 1.500.000,00 –
obras e serviços e acima de R$ 650.000,00 demais bens).
MODALIDADES DE COMPRA
 Concurso: é a modalidade de licitação entre
quaisquer interessados para escolha de trabalho
técnico, científico ou artístico, mediante a instituição
de prêmios ou remuneração aos vencedores,
conforme critérios constantes de edital publicado na
imprensa oficial com antecedência mínima de 45
(quarenta e cinco) dias.
 Leilão: é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados para a venda de bens móveis inservíveis
para a administração ou de produtos legalmente
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de
bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.
MODALIDADES DE COMPRA
 Pregão: é realizado em lances sucessivos e
decrescentes, no chamado "quem dá menos".
Desta forma, a Administração Publica, que está
comprando, gera economia, o que significa o
bom uso do dinheiro público.

 Obs.:
Dispensa-se licitação em caso de
calamidade pública.
RECEPÇÃO E
ARMAZENAMENTO
 RECEBIMENTO: Conferência da nota fiscal com
a nota de empenho.
 REGISTRO: Codificação do material.
DISTRIBUIÇÃO DOS MATERIAIS
E CONTROLE DO ESTOQUE
 Controle de entrada e saída dos
materiais por codificação.
A gerência dos materiais envolve
as funções de provisão,
organização, controle e
manutenção.
PROVISÃO DE MATERIAIS
 CONSISTE NUM DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA
UNIDADE:
 EX: BISTURI PARA O CENTRO CIRÚRGICO
 OBSERVAR O CONSUMO LOCAL POR PELO
MENOS TRÊS MESES, CARACTERÍSTICA DA
CLIENTELA, TEMPO DE USO, DURABILIDADE.
 ACRESCIMO DE 30%
ORGANIZAÇÃO
 Modo centralizado, fácil acesso e controle
(SEGURANÇA!)
 ARMAZENAR: evitando umidade, poeira, ferrugem,
corrosões, roubos e adequação dos produtos
inflamáveis.
Como organizar?
 Observar a visualização dos funcionários;
 Evitar riscos de contaminação (poeira,
umidade, luz...);
 Garantir a facilidade de inventários e
reposição;
 Evitar sub-estoques e descentralização,
pois dificulta o controle.
CONTROLE DE MATERIAL
 1-AQUISIÇÃO / COMPRA DE MATERIAL
 2-ARMAZENAGEM/ ALMOXARIFADO
 3-MOVIMENTAÇÃO DO MATERIAL
 4-INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO
 5-CADASTRO
CONTROLE

 Envolve
desde a
quantidade,
qualidade,
conservação,
reparos, além
de roubos e
extravios.
MANUTENÇÃO DE MATERIAIS

 Pode ser feita de forma preventiva ou


reparadora:
 MANUTENÇÃO PREVENTIVA
 MANUTENÇÃO CORRETIVA

 MANUSEIO CORRETO
O Método 5S
 Surgiuno Japão, nas décadas de 50 e 60,
após a Segunda Guerra Mundial, quando
o país vivia a chamada crise de
competitividade. Além disso, havia muita
sujeira nas fábricas japonesas, sendo
necessária uma reestruturação e uma
“limpeza”.
O Método 5S
 1.º S - SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO
CONCEITO: "separar o útil do inútil, eliminando o
desnecessário".
 2.º S - SEITON - SENSO DE ARRUMAÇÃO
CONCEITO: "identificar e arrumar tudo, para que qualquer
pessoa possa localizar facilmente".
 3.º S - SEISO - SENSO DE LIMPEZA
CONCEITO: "manter um ambiente sempre limpo, eliminando
as causas da sujeira e aprendendo a não sujar".
 4.º S - SEIKETSU - SENSO DE SAÚDE E HIGIENE
CONCEITO: "manter um ambiente de trabalho sempre
favorável a saúde e higiene".
 5.º S - SHITSUKE - SENSO DE AUTO-DISCIPLINA
CONCEITO: "fazer dessas atitudes, ou seja, da metodologia,
um hábito, transformando os 5s's num modo de vida".
OBJETIVOS DA GESTÃO DE
MATERIAIS NA SAÚDE
 GARANTIR A EXISTÊNCIA
CONTÍNUA DE UM ESTOQUE,
ORGANIZADO DE MODO NUNCA
FALTAR NENHUM DOS ITENS QUE O
COMPÕEM, SEM TORNAR
EXCESSIVO O INVESTIMENTO
TOTAL.
 TEMPO OPORTUNO.
 QUANTIDADE NECESSÁRIA.
 QUALIDADE E SEGURANÇA NA
ASSISTENCIA
OBJETIVOS DA GESTÃO DE
MATERIAIS NA SAÚDE

• CONSISTÊNCIA DA QUALIDADE
• PREÇO BAIXO
• ALTO GIRO DE ESTOQUES
• BAIXO CUSTO DE AQUISIÇÃO E POSSE
• CONTINUIDADE DE FORNECIMENTO
• CONSISTÊNCIA DA QUALIDADE
• DESPESA COM PESSOAL
• APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL
• BONS REGISTROS
• RELAÇÕES FAVORÁVEIS COM OS FORNECEDORES
PAPEL DO ENFERMEIRO
Papel fundamental na
administração de materiais,
como coordenador da equipe
deve treinar seus funcionários
para diminuir os gastos de forma
que não prejudique o
atendimento ao paciente.
Portanto deve coordenar as
atividades relativas a
administração de materiais e
delegar aos demais membros da
equipe, funções burocráticas
como preenchimento de
requisições, controle e guarda.
Avaliação da enfermagem
 Avaliar a qualidade;
 Compreender a necessidade da instituição
fazendo uma provisão para três meses;
 Capacitar a equipe quanto ao usos dos
equipamentos e materiais;
 Sensibilizar a equipe quanto ao usos de EPIs;
 Solicitar os materiais em tempo a lista de
materiais;
 Indicar novas marcas;
 Registrar qualquer intercorrência e toda a
solicitação e recebimento.
EXEMPLOS IMPORTANTES...
 SOLICITAÇÃO MENSAL DE IMUNOBIOLÓGICOS;
 CONTROLE DE MEDICAMENTOS DE
TUBERCULOE E HANSENÍASE;
 SOLICITAÇÃO DE INSULINAS;
 SOLICITAÇÃO DE SERINGAS, GAZES, AGULHAS,
LUVAS, ENTRE OUTROS.
E aí? Qual nosso
desafio para a Gestão
com Qualidade dos
Materiais?

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