Você está na página 1de 453

EsSA

Cursos de Formação de Sargentos

1) Teoria dos conjuntos e conjuntos numéricos a) Representação de conjuntos e subconjuntos: união,


interseção e diferença de conjuntos. b) Razões e proporções: razão de duas grandezas, proporção e suas
propriedades, escala, divisão em partes direta e inversamente proporcionais, regra de três simples e
composta, porcentagem, juros simples e juros compostos. c) Números Naturais e Inteiros: divisibilidade,
mínimo múltiplo comum, máximo divisor comum, decomposição em fatores primos, operações e
propriedades. d) Números Racionais e Reais: operações e propriedades, representação decimal,
desigualdades, intervalos reais. ............................................................................................................... 1

2) Funções a) Domínio, contradomínio e imagem. b) Raiz de uma função. c) Funções injetoras,


sobrejetoras e bijetoras. d) Funções crescentes, decrescentes e constantes. e) Funções compostas e
inversas. 3) Função afim e função quadrática a) Gráfico, domínio, imagem e características. b) Variações
de sinal. c) Máximos e mínimos. d) Resolução de equações e inequações. e) Inequação produto e
inequação quociente. ........................................................................................................................... 113

4) Função exponencial a) Gráfico, domínio, imagem e características. b) Equações e inequações


exponenciais. ....................................................................................................................................... 173

5) Função logarítmica: a) Definição de logaritmo, propriedades operatórias e mudança de base. b)


Gráfico, domínio, imagem e características da função logarítmica. c) Equações e inequações
logarítmicas. ......................................................................................................................................... 182

6) Trigonometria a) Trigonometria no triângulo retângulo. b) Trigonometria num triângulo qualquer. c)


Unidades de medidas de arcos e ângulos: graus e radianos. d) Círculo trigonométrico, razões
trigonométricas, redução ao 1º quadrante. e) Funções trigonométricas: seno, cosseno e tangente;
relações e identidades. f) Fórmulas de adição de arcos e arcos duplos. .............................................. 195

7) Análise combinatória a) Fatorial: definição e operações. b) Princípio Fundamental da Contagem. c)


Arranjos, permutações e combinações. ................................................................................................ 226

8) Probabilidade a) Experimento aleatório, espaço amostral, evento. b) Probabilidade em espaços


amostrais equiprováveis. c) Probabilidade da união e interseção de eventos. d) Probabilidade condicional.
e) Eventos independentes. ................................................................................................................... 238

9) Noções de estatística a) População e amostra. b) Frequência absoluta e frequência relativa. c)


Medidas de tendência central: média aritmética, média aritmética ponderada, mediana e moda. ........ 247

. 1
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
10) Sequências numéricas a) Lei de formação de uma seqüência. b) Progressões aritméticas e
geométricas: termo geral, soma dos termos e propriedades. ............................................................... 281

11) Matrizes, determinantes e sistemas lineares a) Matrizes: conceito, tipos especiais, operações e
matriz inversa. b) Determinantes: conceito, resolução e propriedades. c) Sistemas lineares: resolução,
classificação e discussão. .................................................................................................................... 290

12) Geometria plana a) Congruência de figuras planas. b) Semelhança de triângulos. c) Relações


métricas nos triângulos, polígonos regulares e círculos. d) Inscrição e circunscrição de polígonos
regulares. e) Áreas de polígonos, círculo, coroa e setor circular........................................................... 327

13) Geometria espacial a) Retas e planos no espaço: paralelismo e perpendicularismo. b) Prismas,


pirâmides, cilindros e cones: conceito, elementos, classificação, áreas, volumes e troncos. c) Esfera:
elementos, seção da esfera, área e volume. ........................................................................................ 378

14) Geometria analítica a) Ponto: o plano cartesiano, distância entre dois pontos, ponto médio de um
segmento, condição de alinhamento de três pontos. b) Estudo da reta: equação geral e reduzida;
interseção, paralelismo e perpendicularismo entre retas; distância de um ponto a uma reta; área de um
triângulo. c) Estudo da circunferência: equação geral e reduzida; posições relativas entre ponto e
circunferência, reta e circunferência e duas circunferências; tangência................................................ 405

15) Números complexos a) O número "i". b) Conjugado e módulo de um número complexo. c)


Representação algébrica e trigonométrica de um número complexo. d) Operações nas formas algébrica
e trigonométrica.................................................................................................................................... 431

16) Polinômios a) Função polinomial; polinômio identicamente nulo; grau de um polinômio; identidade
de um polinômio, raiz de um polinômio; operações com polinômios; valor numérico de um polinômio. b)
Divisão de polinômios, Teorema do Resto, Teorema de D'Alembert, dispositivo de Briot-Ruffini. 17)
Equações polinomiais a) Definição, raízes e multiplicidade. b) Teorema Fundamental da Álgebra. c)
Relações entre coeficientes e raízes. d) Raízes reais e complexas. ..................................................... 437

Candidatos ao Concurso Público,


O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom
desempenho na prova.
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar
em contato, informe:
- Apostila (concurso e cargo);
- Disciplina (matéria);
- Número da página onde se encontra a dúvida; e
- Qual a dúvida.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la.
Bons estudos!

. 2
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
1) Teoria dos conjuntos e conjuntos numéricos a) Representação de
conjuntos e subconjuntos: união, interseção e diferença de conjuntos.
b) Razões e proporções: razão de duas grandezas, proporção e suas
propriedades, escala, divisão em partes direta e inversamente
proporcionais, regra de três simples e composta, porcentagem, juros
simples e juros compostos. c) Números Naturais e Inteiros:
divisibilidade, mínimo múltiplo comum, máximo divisor comum,
decomposição em fatores primos, operações e propriedades. d)
Números Racionais e Reais: operações e propriedades, representação
decimal, desigualdades, intervalos reais.

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas, enviar material complementar (caso tenha
tempo excedente para isso e sinta necessidade de aprofundamento no assunto) e receber suas
sugestões. Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer
erros de digitação ou dúvida conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso
serviço de atendimento ao cliente para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-
mail: professores @maxieduca.com.br

CONJUNTOS

Conjunto é uma reunião, agrupamento de pessoas, seres, objetos, classes…, que possuem a
mesma característica, nos dá ideia de coleção.

Noções Primitivas
Na teoria dos conjuntos três noções são aceitas sem definições:
- Conjunto;
- Elemento;
- E a pertinência entre um elemento e um conjunto.

Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma porção de livros são todos exemplos de
conjuntos.
Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm elementos. Um elemento de um conjunto pode
ser uma banana, um peixe ou um livro. Convém frisar que um conjunto pode ele mesmo ser elemento
de algum outro conjunto.
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras
minúsculas a, b, c, ..., x, y, ..., embora não exista essa obrigatoriedade.
A relação de pertinência que nos dá um relacionamento entre um elemento e um conjunto.

Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos x A.


Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A.

Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos x  A.


Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A.

Como representar um conjunto

1) Pela designação de seus elementos:


Escrevemos os elementos entre chaves, separando os por vírgula.
Exemplos:
{a, e, i, o, u} indica o conjunto formado pelas vogais
{1, 2, 5,10} indica o conjunto formado pelos divisores naturais de 10.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
1
2) Pela sua característica
Escrevemos o conjunto enunciando uma propriedade ou característica comum de seus elementos.
Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a propriedade P é indicado por:
{x, | (tal que) x tem a propriedade P}
Exemplos:
- {x| x é vogal} é o mesmo que {a, e, i, o, u}
- {x | x são os divisores naturais de 10} é o mesmo que {1, 2, 5,10}

3) Pelo diagrama de Venn-Euler


Os elementos do conjunto são colocados dentro de uma figura em forma de elipse, chamada
diagrama de Venn.

Exemplos:
- Conjunto das vogais

- Conjunto dos divisores naturais de 10

Igualdade de Conjuntos
Dois conjuntos A = B são ditos iguais (ou idênticos) se todos os seus elementos são iguais, e
escrevemos A = B. Caso haja algum que não o seja dizemos que estes conjuntos são distintos e
escrevemos A ≠ B.
Exemplos:
1) A = {3, 5, 7} e B = {x| x é primo e 3 ≤ x ≤ 7}, então A = B.
2) B = {6, 9,10} e C = {10, 6, 9}, então B = C, note que a ordem dos elementos não altera a igualdade
dos conjuntos.

Tipos de Conjuntos

- Conjunto Universo
Reunião de todos os conjuntos que estamos trabalhando.
Exemplo:
Quando falamos de números naturais, temos como Conjunto Universo os números inteiros positivos.

- Conjunto Vazio
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos. Representa-se por 0 ou, simplesmente { }.
Exemplo:
A = {x| x é natural e menor que 0}

- Conjunto Unitário
Conjunto caracterizado por possuir apenas um único elemento.
Exemplos:
- Conjunto dos números naturais compreendidos entre 2 e 4. A = {3}

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
2
- Conjunto dos números inteiros negativos compreendidos entre -5 e -7. B = {- 6}

- Conjuntos Finitos e Infinitos


Finito = quando podemos enumerar todos os seus elementos. Exemplo: Conjuntos dos Estados da
Região Sudeste, S= {Rio de Janeiro, São Paulo, Espirito Santo, Minas Gerais}
Infinito = contrário do finito. Exemplo: Conjunto dos números inteiros, Z = {..., -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5,
...}. A reticências representa o infinito.

Relação de Pertinência
A pertinência é representada pelo símbolo ∈ (pertence) ou não pertence). Ele relaciona elemento
com conjunto.
Exemplo:
Seja o conjunto B={1, 3, 5, 7}
* 1ϵ B, 3 ϵ B, 5 ϵ B
* 2 B, 6  B , 9 B

Subconjuntos
Quando todos os elementos de um conjunto A são também elementos de um outro conjunto B,
dizemos que A é subconjunto de B.
Podemos dizer ainda que subconjunto é quando formamos vários conjuntos menores com as
mesmas caraterísticas de um conjunto maior.
Exemplos:
- B = {2, 4}  A = {2, 3, 4, 5, 6}, pois 2  {2, 3, 4, 5, 6} e 4  {2, 3, 4, 5 ,6}

- C = {2, 7, 4}  A = {2, 3, 4, 5, 6}, pois 7  {2, 3, 4, 5, 6}


- D = {2, 3}  E = {2, 3}, pois 2 ϵ {2, 3} e 3 ϵ {2, 3}

1) Todo conjunto A é subconjunto dele próprio;


2) O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de qualquer conjunto;
3) O conjunto das partes é o conjunto formado por todos os subconjuntos de A.

Exemplo: Pegando o conjunto B acima, temos as partes de B:


B= {{ },{2},{4},B}
Podemos concluir com essa propriedade que: Se B tem n elementos então B possui 2n
subconjuntos e, portanto, P(B) possui 2n elementos.
Se quiséssemos saber quantos subconjuntos tem o conjunto A (exemplo acima), basta
calcularmos aplicando o fórmula:
Números de elementos(n)= 5 → 2n = 25 = 32 subconjuntos, incluindo o vazio e ele próprio.

Relação de inclusão
Deve ser usada para estabelecer relação entre conjuntos com conjuntos, verificando se um conjunto
é subconjunto ou não de outro conjunto.
Representamos as relações de inclusão pelos seguintes símbolos:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
3
Está contido  Contém
Não está contido Não contém

Operações com Conjuntos

- União de conjuntos
A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem
a A ou a B. Representa-se por A  B.
Simbolicamente: A  B = {x | x  A ou x B}

Exemplos:
- {2, 3}  {4, 5, 6} = {2, 3, 4, 5, 6}
- {2, 3, 4}  {3, 4, 5} = {2, 3, 4, 5}
- {2, 3}  {1, 2, 3, 4} = {1, 2, 3, 4}
- {a, b}   = {a, b}

- Intersecção de conjuntos
A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem,
simultaneamente, a A e a B. Representa-se por A  B. Simbolicamente: A  B = {x | x  A e x  B}

Exemplos:
- {2, 3, 4}  {3, 5} = {3}
- {1, 2, 3}  {2, 3, 4} = {2, 3}
- {2, 3}  {1, 2, 3, 5} = {2, 3}
- {2, 4}  {3, 5, 7} = 

Observação: Se A  B =  , dizemos que A e B são conjuntos disjuntos.

- Propriedades dos conjuntos disjuntos


1) A U (A ∩ B) = A
2) A ∩ (A U B) = A
3) Distributiva da reunião em relação à intersecção: A U (B U C) = (A U B) ∩ (A U C)
4) Distributiva da intersecção em relação à união: A ∩ (B U C) = (A ∩ B) U (A ∩ C)

- Número de Elementos da União e da Intersecção de Conjuntos


Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, podemos estabelecer uma relação entre
os respectivos números de elementos.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
4
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)

Note que ao subtrairmos os elementos comuns (𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)) evitamos que eles sejam contados duas
vezes.
Observações:
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo um deles estiver contido no outro, ainda assim
a relação dada será verdadeira.
b) Podemos ampliar a relação do número de elementos para três ou mais conjuntos com a mesma
eficiência.

Observe o diagrama e comprove:

𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) + 𝑛(𝐶) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐶) − 𝑛(𝐵 ∩ 𝐶) + 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶)

- Propriedades da União e Intersecção de Conjuntos


Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, valem as seguintes propriedades:
1) Idempotente: A U A = A e A ∩ A= A
2) Elemento Neutro: A U Ø = A e A ∩ U = A
3) Comutativa: A U B = B U A e A ∩ B = B ∩ A
4) Associativa: A U (B U C) = (A U B) U C e A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C

- Diferença
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a
A e não pertencem a B. Representa-se por A – B. Para determinar a diferença entre conjuntos, basta
observamos o que o conjunto A tem de diferente de B.
Simbolicamente: A – B = {x | x  A e x  B}

Exemplos:
- A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2}  A – B = {1, 3} e B – A = 
- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4}  A – B = {1} e B – A = {4}
- A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5}  A – B = {0, 2, 4} e B – A = {1, 3, 5}

Note que A – B ≠ B - A

- Complementar
Dados dois conjuntos A e B, tais que B ⊂ A (B é subconjunto de A), chama-se complementar de B
em relação a A o conjunto A - B, isto é, o conjunto dos elementos de A que não pertencem a B.

Dizemos complementar de B em relação a A.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
5
Exemplos:
Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então:
a) A = {2, 3, 4}  A = {0, 1, 5, 6}
b) B = {3, 4, 5, 6 }  B = {0, 1, 2}
c) C =   C = S

Resolução de Problemas Utilizando Conjuntos


Muitos dos problemas constituem- se de perguntas, tarefas a serem executadas. Nos utilizaremos
dessas informações e dos conhecimentos aprendidos em relação as operações de conjuntos para
resolvê-los.

Exemplos:
1) Numa pesquisa sobre a preferência por dois partidos políticos, A e B, obteve-se os seguintes
resultados. Noventa e duas disseram que gostam do partido A, oitenta pessoas disseram que gostam
do partido B e trinta e cinco pessoas disseram que gostam dos dois partidos. Quantas pessoas
responderam a pesquisa?
Resolução pela Fórmula
» n(A U B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)
» n(A U B) = 92 + 80 – 35
» n(A U B) = 137

Resolução pelo diagrama:


- Se 92 pessoas responderam gostar do partido A e 35 delas responderam que gostam de ambos,
então o número de pessoas que gostam somente do partido A é: 92 – 35 = 57.
- Se 80 pessoas responderam gostar do partido B e 35 delas responderam gostar dos dois partidos,
então o número de operários que gostam somente do partido B é: 80 – 35 = 45.
- Se 57 gostam somente do partido A, 45 responderam que gostam somente do partido B e 35
responderam que gostam dos dois partidos políticos, então o número de pessoas que responderam à
pesquisa foi: 57 + 35 + 45 = 137.

2) Num grupo de motoristas, há 28 que dirigem automóvel, 12 que dirigem motocicleta e 8 que dirigem
automóveis e motocicleta. Quantos motoristas há no grupo?
(A) 16 motoristas
(B) 32 motoristas
(C) 48 motoristas
(D) 36 motoristas
Resolução:

Os que dirigem automóveis e motocicleta: 8


Os que dirigem apenas automóvel: 28 – 8 = 20
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
6
Os que dirigem apenas motocicleta: 12 – 8 = 4
A quantidade de motoristas é o somatório: 20 + 8 + 4 = 32 motoristas.
Resposta: B

3) Em uma cidade existem duas empresas de transporte coletivo, A e B. Exatamente 70% dos
estudantes desta cidade utilizam a Empresa A e 50% a Empresa B. Sabendo que todo estudante da
cidade é usuário de pelo menos uma das empresas, qual o % deles que utilizam as duas empresas?
(A) 20%
(B) 25%
(C) 27%
(D) 33%
(E) 35%
Resolução:

70 – 50 = 20.
20% utilizam as duas empresas.
Resposta: A.

Questões

01. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) Dos 43 vereadores


de uma cidade, 13 dele não se inscreveram nas comissões de Educação, Saúde e Saneamento Básico.
Sete dos vereadores se inscreveram nas três comissões citadas. Doze deles se inscreveram apenas
nas comissões de Educação e Saúde e oito deles se inscreveram apenas nas comissões de Saúde e
Saneamento Básico. Nenhum dos vereadores se inscreveu em apenas uma dessas comissões. O
número de vereadores inscritos na comissão de Saneamento Básico é igual a
(A) 15.
(B) 21.
(C) 18.
(D) 27.
(E) 16.

02. (EBSERH/HU-UFS/SE - Tecnólogo em Radiologia - AOCP /2014) Em uma pequena cidade,


circulam apenas dois jornais diferentes. O jornal A e o jornal B. Uma pesquisa realizada com os
moradores dessa cidade mostrou que 33% lê o jornal A, 45% lê o jornal B, e 7% leem os jornais A e B.
Sendo assim, quantos por centos não leem nenhum dos dois jornais?
(A) 15%
(B) 25%
(C) 27%
(D) 29%
(E) 35%

03. (TRT 19ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) Dos 46 técnicos que estão aptos para arquivar
documentos 15 deles também estão aptos para classificar processos e os demais estão aptos para
atender ao público. Há outros 11 técnicos que estão aptos para atender ao público, mas não são
capazes de arquivar documentos. Dentre esses últimos técnicos mencionados, 4 deles também são
capazes de classificar processos. Sabe-se que aqueles que classificam processos são, ao todo, 27
técnicos. Considerando que todos os técnicos que executam essas três tarefas foram citados
anteriormente, eles somam um total de
(A) 58.
(B) 65.
(C) 76.
(D) 53.
(E) 95.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
7
04. (METRÔ/SP – OFICIAL LOGISTICA –ALMOXARIFADO I – FCC/2014) O diagrama indica a
distribuição de atletas da delegação de um país nos jogos universitários por medalha conquistada. Sabe-
se que esse país conquistou medalhas apenas em modalidades individuais. Sabe-se ainda que cada
atleta da delegação desse país que ganhou uma ou mais medalhas não ganhou mais de uma medalha
do mesmo tipo (ouro, prata, bronze). De acordo com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação
desse país ganharam, cada um, apenas uma medalha de ouro.

A análise adequada do diagrama permite concluir corretamente que o número de medalhas


conquistadas por esse país nessa edição dos jogos universitários foi de
(A) 15.
(B) 29.
(C) 52.
(D) 46.
(E) 40.

05. (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚDE NM – AOCP/2014) Qual é o número


de elementos que formam o conjunto dos múltiplos estritamente positivos do número 3, menores que
31?
(A) 9
(B) 10
(C) 11
(D) 12
(E) 13

06. (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚDE NM – AOCP/2014) Considere dois


conjuntos A e B, sabendo que 𝐴 ∩ 𝐵 = {3}, 𝐴 ∪ 𝐵 = {0; 1; 2; 3; 5} 𝑒 𝐴 − 𝐵 = {1; 2}, assinale a alternativa
que apresenta o conjunto B.
(A) {1;2;3}
(B) {0;3}
(C) {0;1;2;3;5}
(D) {3;5}
(E) {0;3;5}

07. (INES – Técnico em Contabilidade – MAGNUS CONCURSOS/2014) Numa biblioteca são lidos
apenas dois livros, K e Z. 80% dos seus frequentadores leem o livro K e 60% o livro Z. Sabendo-se que
todo frequentador é leitor de pelo menos um dos livros, a opção que corresponde ao percentual de
frequentadores que leem ambos, é representado:
(A) 26%
(B) 40%
(C) 34%
(D) 78%
(E) 38%

08. (METRÔ/SP – ENGENHEIRO SEGURANÇA DO TRABALHO – FCC/2014) Uma pesquisa, com


200 pessoas, investigou como eram utilizadas as três linhas: A, B e C do Metrô de uma cidade. Verificou-
se que 92 pessoas utilizam a linha A; 94 pessoas utilizam a linha B e 110 pessoas utilizam a linha C.
Utilizam as linhas A e B um total de 38 pessoas, as linhas A e C um total de 42 pessoas e as linhas B e
C um total de 60 pessoas; 26 pessoas que não se utilizam dessas linhas. Desta maneira, conclui-se
corretamente que o número de entrevistados que utilizam as linhas A e B e C é igual a
(A) 50.
(B) 26.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
8
(C) 56.
(D) 10.
(E) 18.

09. (INES – Técnico em Contabilidade – MAGNUS CONCURSOS/2014) Numa recepção, foram


servidos os salgados pastel e casulo. Nessa, estavam presentes 10 pessoas, das quais 5 comeram
pastel, 7 comeram casulo e 3 comeram as duas. Quantas pessoas não comeram nenhum dos dois
salgados?
(A) 0
(B) 5
(C) 1
(D) 3
(E) 2

10. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT/2014) Em


uma pesquisa realizada com alunos de uma universidade pública sobre a utilização de operadoras de
celular, constatou-se que 300 alunos utilizam a operadora A, 270 utilizam a operadora B, 150 utilizam
as duas operadoras (A e B) e 80 utilizam outras operadoras distintas de A e B. Quantas pessoas foram
consultadas?
(A) 420
(B) 650
(C) 500
(D) 720
(E) 800
Respostas

01. Resposta: C.
De acordo com os dados temos:
7 vereadores se inscreveram nas 3.
APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o 12 não deve ser tirado de 7 como costuma
fazer nos conjuntos, pois ele já desconsidera os que se inscreveram nos três)
APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento básico.
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comissões, pois 13 dos 43 não se inscreveram.
Portanto, 30 – 7 – 12 – 8 = 3
Se inscreveram em educação e saneamento 3 vereadores.

Em saneamento se inscreveram: 3 + 7 + 8 = 18

02. Resposta: D.

26 + 7 + 38 + x = 100
x = 100 - 71

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
9
x = 29%

03. Resposta: B.
Técnicos arquivam e classificam: 15
Arquivam e atendem: 46 – 15 = 31
Classificam e atendem: 4
Classificam: 15 + 4 = 19 como são 27 faltam 8
Dos 11 técnicos aptos a atender ao público 4 são capazes de classificar processos, logo apenas 11
- 4 = 7 técnicos são aptos a atender ao público.
Somando todos os valores obtidos no diagrama teremos: 31 + 15 + 7 + 4 + 8 = 65 técnicos.

04. Resposta: D.
O diagrama mostra o número de atletas que ganharam medalhas.
No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2 por ser 2 medalhas e na intersecção das três
medalhas multiplica-se por 3.
Intersecções:
6 ∙ 2 = 12
1∙2=2
4∙2=8
3∙3=9
Somando as outras:
2 + 5 + 8 + 12 + 2 + 8 + 9 = 46

05. Resposta: B.
Se nos basearmos na tabuada do 3, teremos o seguinte conjunto
A = {3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30}
10 elementos.

06. Resposta: E.
A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é elemento de B.
A – B são os elementos que tem em A e não em B.
Então de A  B, tiramos que B = {0; 3; 5}.

07. Resposta: B.

80 – x + x + 60 – x = 100
- x = 100 - 140
x = 40%

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
10
08. Resposta: E.

92-[38-x+x+42-x]+94-[38-x+x+60-x]+110-[42-x+x+60-x]+(38-x)+x+(42-x)+(60-x)+26=200
92 - [80 - x] + 94 - [98 - x] + 110 - [102 - x] + 38 + 42 – x + 60 – x + 26 = 200
92 – 80 +x + 94 – 98 +x + 110 – 102 + x + 166 -2x = 200
x + 462 – 280 = 200  x + 182 = 200  x = 200-182  x = 18

09. Resposta: C.

2 + 3 + 4 + x = 10
x = 10 - 9
x=1

10. Resposta: C.

300 – 150 = 150


270 – 150 = 120
Assim: 150 + 120 + 150 + 80 = 500(total)

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS

Grandeza é tudo aquilo que pode ser contado e medido. Do dicionário, tudo o que pode aumentar ou
diminuir (medida de grandeza.).
As grandezas proporcionais são aquelas que relacionadas a outras, sofrem variações. Elas podem
ser diretamente ou inversamente proporcionais.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
11
Exemplos:
1 - Uma picape para ir da cidade A para a cidade B gasta dois tanques e meio de óleo diesel. Se a
distância entre a cidade A e a cidade B é de 500 km e neste percurso ele faz 100 km com 25 litros de
óleo diesel, quantos litros de óleo diesel cabem no tanque da picape?
A) 60
B) 50
C) 40
D) 70
E) 80

Observe que há uma relação entre as grandezas distância (km) e óleo diesel (litros). Equacionando
temos:
100 km ------- 25 litros Observe que:
500 km ------- x litros
Se aumentarmos a Km aumentaremos também a
Resolvendo: quantidade de litros gastos. Logo as grandezas são
100 25 diretamente proporcionais.
= → 100. 𝑥
500 𝑥
= 500.25

100x = 12500  x = 12500/100  x = 125


Este valor representa a quantidade em litros gasta para ir da cidade A à B. Como sabemos que ele
gasta 2,5 tanques para completar esse percurso, vamos encontrar o valor que cabe em 1 tanque:
2,5 tanques ------ 125 litros
1 tanque ------- x litros
2,5x = 1.125  x = 125/2,5  x = 50 litros.
Logo 1 tanque dessa picape cabe 50 litros , a resposta correta esta na alternativa B.

2 – A tabela a seguir mostra a velocidade de um trem ao percorrer determinado percurso:

Velocidade (km/h) 40 80 120 ...


Tempo (horas) 6 3 2 ...

Se sua velocidade aumentar para 240 km/h, em quantas horas ele fará o percurso?

Podemos pegar qualquer velocidade para acharmos o novo tempo:


40 km ------ 6 horas
240 km ----- x horas

Observe que:
Se aumentarmos a velocidade, diminuímos de forma
proporcional ao tempo. Logo as grandezas são inversamente
proporcionais.

40 𝑥
= → 240𝑥 = 40.6 → 240𝑥 = 240 → 𝑥 = 1 ∴ 𝐿𝑜𝑔𝑜 𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑚 𝑓𝑎𝑟á 𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜 𝑒𝑚 1 ℎ𝑜𝑟𝑎.
240 6

Observe que invertemos os valores de uma das duas proporções (km ou tempo), neste exemplo
optamos por inverter a grandeza tempo.

- Grandezas diretamente proporcionais (GDP)


São aquelas em que, uma delas variando, a outra varia na mesma razão da outra. Isto é, duas
grandezas são diretamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra;
triplicando uma delas, a outra também triplica, divididas à terça parte a outra também é dividida à terça
parte... E assim por diante.
Matematicamente podemos escrever da seguinte forma:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
12
𝒂𝟏 𝒂𝟐 𝒂𝟑
= = =⋯=𝒌
𝒃𝟏 𝒃𝟐 𝒃𝟑

Onde a grandeza A ={a1,a2,a3...} , a grandeza B= {b1,b2,b3...} e os valores entre suas razões são
iguais a k (constante de proporcionalidade).

Exemplos:
1 - Uma faculdade irá inaugurar um novo espaço para sua biblioteca, composto por três salões.
Estima-se que, nesse espaço, poderão ser armazenados até 120.000 livros, sendo 60.000 no salão
maior, 15.000 no menor e os demais no intermediário. Como a faculdade conta atualmente com apenas
44.000 livros, a bibliotecária decidiu colocar, em cada salão, uma quantidade de livros diretamente
proporcional à respectiva capacidade máxima de armazenamento. Considerando a estimativa feita, a
quantidade de livros que a bibliotecária colocará no salão intermediário é igual a
A) 17.000.
B) 17.500.
C) 16.500.
D) 18.500.
E) 18.000.

Como é diretamente proporcional, podemos analisar da seguinte forma:


No salão maior, percebe-se que é a metade dos livros, no salão menor é 1/8 dos livros.
Então, como tem 44.000 livros, o salão maior ficará com 22.000 e o salão menor com 5.500 livros.
22000+5500=27500
Salão intermediário:44.000-27.500=16.500 livros.
Resposta C

2 - Um mosaico foi construído com triângulos, quadrados e hexágonos. A quantidade de polígonos


de cada tipo é proporcional ao número de lados do próprio polígono. Sabe-se que a quantidade total de
polígonos do mosaico é 351. A quantidade de triângulos e quadrados somada supera a quantidade de
hexágonos em
A) 108.
B) 27.
C) 35.
D) 162.
E) 81.

𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝑠: 3𝑥
𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜: 4𝑥
ℎ𝑒𝑥á𝑔𝑜𝑛𝑜: 6𝑥

3𝑥 + 4𝑥 + 6𝑥 = 351
13𝑥 = 351
𝑥 = 27
3𝑥 + 4𝑥 = 3.27 + 4.27 = 81 + 108 = 189
6𝑥 = 6.27 = 162  189-162= 27
Resposta B

*Se uma grandeza aumenta e a outra também , elas são diretamente


proporcionais.
*Se uma grandeza diminui e a outra também , elas também são diretamente
proporcionais.

- Grandezas inversamente proporcionais (GIP)


São aquelas quando, variando uma delas, a outra varia na razão inversa da outra. Isto é, duas
grandezas são inversamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra se reduz pela
metade; triplicando uma delas, a outra se reduz para à terça parte... E assim por diante.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
13
Matematicamente podemos escrever da seguinte forma:

𝒂𝟏. 𝒃𝟏 = 𝒂𝟐. 𝒃𝟐 = 𝒂𝟑. 𝒃𝟑 = ⋯ = 𝒌

Uma grandeza A ={a1,a2,a3...} será inversamente a outra B= {b1,b2,b3...} , se e somente se, os


produtos entre os valores de A e B são iguais.

Exemplos:
1 - Carlos dividirá R$ 8.400,00 de forma inversamente proporcional à idade de seus dois filhos:
Marcos, de12 anos, e Fábio, de 9 anos. O valor que caberá a Fábio será de:
A) R$ 3.600,00
B) R$ 4.800,00
C) R$ 7.000,00
D) R$ 5.600,00

Marcos: a
Fábio: b
a + b = 8400
𝑎 𝑏 𝑎+𝑏
+ =
1 1 1 1
12 9 12 + 9
𝑏 8400
=
1 3 4
9 36 + 36
8400
7 8400 9 → 𝑏 = 8400 . 36 → 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒: 1200 . 4 = 4800
𝑏= →𝑏=
36 9 7 9 7 1 1
36
Resposta B

2 - Três técnicos judiciários arquivaram um total de 382 processos, em quantidades inversamente


proporcionais as suas respectivas idades: 28, 32 e 36 anos. Nessas condições, é correto afirmar que o
número de processos arquivados pelo mais velho foi:
A) 112
B) 126
C) 144
D) 152
E) 164

1 1 1
382 Somamos os inversos dos números, ou seja: 28 + 32 + 36. Dividindo-se os denominadores por
1 1 1 72+63+53 191
4, ficamos com: 7 + 8 + 9 = 504 = 504. Eliminando-se os denominadores, temos 191 que corresponde
a uma soma. Dividindo-se a soma pela soma:
382 / 191 = 2.56 = 112

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
14
*Se uma grandeza aumenta e a outra diminui , elas são inversamente
proporcionais.
*Se uma grandeza diminui e a outra aumenta , elas também são
inversamente proporcionais.

INTERPRETAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS


O uso de tabela e gráficos vem sido cobrado em várias provas e para interpreta-los devemos ter em
mente algumas considerações:

 Observar primeiramente quais informações/dados estão presentes nos eixos vertical e


horizontal, para então fazer a leitura adequada do gráfico;
 Fazer a leitura isolada dos pontos.
 Leia com atenção o enunciado e esteja atento ao que pede o enunciado.

Exemplos:

(Enem 2011) O termo agronegócio não se refere apenas à agricultura e à pecuária, pois as
atividades ligadas a essa produção incluem fornecedores de equipamentos, serviços para a zona
rural, industrialização e comercialização dos produtos.
O gráfico seguinte mostra a participação percentual do agronegócio no PIB brasileiro:

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).


Almanaque abril 2010. São Paulo: Abril, ano 36 (adaptado)

Esse gráfico foi usado em uma palestra na qual o orador ressaltou uma queda da participação do
agronegócio no PIB brasileiro e a posterior recuperação dessa participação, em termos percentuais.
Segundo o gráfico, o período de queda ocorreu entre os anos de
A) 1998 e 2001.
B) 2001 e 2003.
C) 2003 e 2006.
D) 2003 e 2007.
E) 2003 e 2008.

Resolução:
Segundo o gráfico apresentado na questão, o período de queda da participação do agronegócio no
PIB brasileiro se deu no período entre 2003 e 2006. Esta informação é extraída através de leitura
direta do gráfico: em 2003 a participação era de 28,28%, caiu para 27,79% em 2004, 25,83% em
2005, chegando a 23,92% em 2006 – depois deste período, a participação volta a aumentar.
Resposta: C

(Enem 2012) O gráfico mostra a variação da extensão média de gelo marítimo, em milhões de
quilômetros quadrados, comparando dados dos anos 1995, 1998, 2000, 2005 e 2007. Os dados
correspondem aos meses de junho a setembro. O Ártico começa a recobrar o gelo quando termina o
verão, em meados de setembro. O gelo do mar atua como o sistema de resfriamento da Terra, refletindo
quase toda a luz solar de volta ao espaço. Águas de oceanos escuros, por sua vez, absorvem a luz
solar e reforçam o aquecimento do Ártico, ocasionando derretimento crescente do gelo.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
15
Com base no gráfico e nas informações do texto, é possível inferir que houve maior aquecimento
global em
A)1995.
B)1998.
C) 2000.
D)2005.
E)2007.

Resolução:
O enunciado nos traz uma informação bastante importante e interessante, sendo chave para a
resolução da questão. Ele associa a camada de gelo marítimo com a reflexão da luz solar e
consequentemente ao resfriamento da Terra. Logo, quanto menor for a extensão de gelo marítimo,
menor será o resfriamento e portanto maior será o aquecimento global.
O ano que, segundo o gráfico, apresenta a menor extensão de gelo marítimo, é 2007.

Resposta: E

Mais alguns exemplos:


1) Todos os objetos estão cheios de água.

Qual deles pode conter exatamente 1 litro de água?


(A) A caneca
(B) A jarra
(C) O garrafão
(D) O tambor

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
16
O caminho é identificar grandezas que fazem parte do dia a dia e conhecer unidades de medida, no
caso, o litro. Preste atenção na palavra exatamente, logo a resposta está na alternativa B.

2) No gráfico abaixo, encontra-se representada, em bilhões de reais, a arrecadação de impostos


federais no período de 2003 a 2006. Nesse período, a arrecadação anual de impostos federais:

(A) nunca ultrapassou os 400 bilhões de reais.


(B) sempre foi superior a 300 bilhões de reais.
(C) manteve-se constante nos quatro anos.
(D) foi maior em 2006 que nos outros anos.
(E) chegou a ser inferior a 200 bilhões de reais.
Analisando cada alternativa temos que a única resposta correta é a D.

Questões

01. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC/2014) Na tabela abaixo, a


sequência de números da coluna A é inversamente proporcional à sequência de números da coluna B.

A letra X representa o número


(A) 90.
(B) 80.
(C) 96.
(D) 84.
(E) 72.

02. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB/ 2014) Um pintor gastou duas horas para pintar um
quadrado com 1,5 m de lado. Quanto tempo ele gastaria, se o mesmo quadrado tivesse 3 m de lado?
(A) 4 h
(B) 5 h
(C) 6 h
(D) 8 h
(E) 10 h

03 . (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP/2014) A tabela, com dados relativos à cidade
de São Paulo, compara o número de veículos da frota, o número de radares e o valor total, em reais,
arrecadado com multas de trânsito, relativos aos anos de 2004 e 2013:

Ano Frota Radares Arrecadação


2004 5,8 milhões 260 328 milhões
2013 7,5 milhões 601 850 milhões
(Veja São Paulo, 16.04.2014)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
17
Se o número de radares e o valor da arrecadação tivessem crescido de forma diretamente
proporcional ao crescimento da frota de veículos no período considerado, então em 2013 a quantidade
de radares e o valor aproximado da arrecadação, em milhões de reais (desconsiderando-se correções
monetárias), seriam, respectivamente,
(A) 336 e 424.
(B) 336 e 426.
(C) 334 e 428.
(D) 334 e 430.
(E) 330 e 432.

04. (Instituto de Pesquisas Tecnológicas – Secretária – VUNESP/2014) Um centro de imprensa


foi decorado com bandeiras de países participantes da Copa do Mundo de 2014. Sabe-se que as
medidas de comprimento e largura da bandeira brasileira são diretamente proporcionais a 10 e 7,
enquanto que as respectivas medidas, na bandeira alemã, são diretamente proporcionais a 5 e 3. Se
todas as bandeiras foram confeccionadas com 1,5 m de comprimento, então a diferença, em
centímetros, entre as medidas da largura das bandeiras brasileira e alemã, nessa ordem, é igual a
(A) 9.
(B) 10.
(C) 12.
(D) 14.
(E) 15.

05. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Foram construídos dois reservatórios


de água. A razão entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2 para 5, e a soma desses
volumes é 14m³. Assim, o valor absoluto da diferença entre as capacidades desses dois reservatórios,
em litros, é igual a
(A) 8000.
(B) 6000.
(C) 4000.
(D) 6500.
(E) 9000.

06. (Instituto de Pesquisas Tecnológicas – Secretária – VUNESP/2014) Moradores de certo


município foram ouvidos sobre um projeto para implantar faixas exclusivas para ônibus em uma avenida
de tráfego intenso. A tabela, na qual alguns números foram substituídos por letras, mostra os resultados
obtidos nesse levantamento.

Se a razão entre o número de mulheres e o número de homens, ambos contrários à implantação da


faixa exclusiva para ônibus é de 3/10, então o número total de pessoas ouvidas nesse levantamento,
indicado por T na tabela, é
(A) 1 140.
(B) 1 200.
(C) 1 280.
(D) 1 300.
(E) 1 320.

07. (PRODEST/ES – Assistente de Tecnologia da Informação – VUNESP/2014) O gráfico


apresenta informações sobre a relação entre o número de mulheres e o número de homens atendidos
em uma instituição, nos anos de 2012 e 2013.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
18
Mantendo-se a mesma relação de atendimentos observada em 2012 e 2013, essa instituição
pretende atender, em 2014, 110 homens. Dessa forma, o número total de pessoas que essa instituição
pretende atender em 2014 e o número médio anual de atendimentos a mulheres que se pretende atingir,
considerando-se os anos de 2012, 2013 e 2014, são, respectivamente,
(A) 160 e 113,3.
(B) 160 e 170.
(C) 180 e 120.
(D) 275 e 115.
(E) 275 e 172,2.

08. (Câmara Municipal de Sorocaba/SP – Telefonista – VUNESP/2014) O copeiro prepara suco


de açaí com banana na seguinte proporção: para cada 500 g de açaí, ele gasta 2 litros de leite e 10
bananas. Na sua casa, mantendo a mesma proporção, com apenas 25 g de açaí, ele deve colocar leite
e banana nas seguintes quantidades, respectivamente,
(A) 80 ml e 1
(B) 100 ml e 1 / 2
(C) 120 ml e 1 / 2
(D) 150 ml e 1 / 4
(E) 200 ml e 1

09. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC/2014) Uma engrenagem circular P, de 20


dentes, está acoplada a uma engrenagem circular Q, de 18 dentes, formando um sistema de
transmissão de movimento. Se a engrenagem P gira 1 / 5 de volta em sentido anti-horário, então a
engrenagem Q irá girar
(A) 2 / 9 de volta em sentido horário.
(B) 9 / 50 de volta em sentido horário.
(C) 6 / 25 de volta em sentido horário.
(D) 1 / 4 de volta em sentido anti-horário.
(E) 6 / 25 de volta em sentido anti-horário.

10. (SEGPLAN-GO - Auxiliar de Autópsia - FUNIVERSA/2015) A geladeira, para conservação de


cadáveres, do necrotério de determinada cidade possui 12 gavetas de mesma medida. Para a limpeza
de 7 dessas gavetas, o auxiliar de autópsia gasta 3,5 kg de sabão. Então, para a limpeza das 12 gavetas,
ele gastará
(A) 5 kg de sabão.
(B) 6 kg de sabão.
(C) 7 kg de sabão.
(D) 8 kg de sabão.
(E) 9 kg de sabão.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
19
Respostas

01. Resposta: B.
16 12
1 = 1
60 𝑋
16 ∙ 60 = 12 ∙ 𝑋
X=80

02. Resposta: D.
Como a medida do lado dobrou (1,5 . 2 = 3), o tempo também vai dobrar (2 . 2 = 4), mas, como se
trata de área, o valor vai dobrar de novo (2 . 4 = 8h).

03. Resposta: A.
Chamando os radares de 2013 de ( x ), temos que:
5,8 260
=
7,5 𝑥

5,8 . x = 7,5 . 260


x = 1950 / 5,8
x = 336,2 (aproximado)
Por fim, vamos calcular a arrecadação em 2013:
5,8 328
7,5
= 𝑥

5,8 . x = 7,5 . 328


x = 2460 / 5,8
x = 424,1 (aproximado)

04. Resposta: E.
1,5 m = 150 cm
𝑪 𝟏𝟎
* Bandeira Brasileira: 𝑳 = 𝟕 , ou seja, 10.L = 7.C
10.L = 7 . 150
L = 1050 / 10
L = 105 cm
𝑪′ 𝟓
* Bandeira Alemã: 𝑳′ = 𝟑 , ou seja, 5.L’ = 3.C’
5.L’ = 3 . 150
L’ = 450 / 5
L’ = 90 cm
Então a diferença é: 105 – 90 = 15 cm

05. Resposta: B.
Primeiro:2k
Segundo:5k
2k+5k=14
7k=14
K=2
Primeiro=2.2=4
Segundo=5.2=10
Diferença=10-4=6m³
1m³------1000L
6--------x
X=6000 l

06. Resposta: B.
𝒑 𝟑
𝟔𝟎𝟎
= 𝟏𝟎

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
20
10.p = 3 . 600
p = 1800 / 10
p = 180 mulheres
* Total de Mulheres: q = 300 + 180 = 480
* Total Geral: T = 480 + 720 = 1200 pessoas

07. Resposta: D.
Primeiramente, vamos calcular a razão entre mulheres e homens (observe que os dados do gráfico
se mantém na mesma proporção, logo são diretamente proporcionais):
𝒎 𝟔𝟎
𝒉
= 𝟒𝟎

* Número total em 2014: (h = 110)


𝒎 𝟔𝟎
𝟏𝟏𝟎
= 𝟒𝟎

40.m = 60 . 110
m = 6600 / 40
m = 165 mulheres (em 2014)
Assim, 110 + 165 = 275 pessoas (em 2014).

* Número médio anual de mulheres:


𝟔𝟎+𝟏𝟐𝟎+𝟏𝟔𝟓 𝟑𝟒𝟓
𝑴= 𝟑
= 𝟑 = 𝟏𝟏𝟓 𝒎𝒖𝒍𝒉𝒆𝒓𝒆𝒔

08. Resposta: B.
Sabendo que se mantém a proporção, temos grandezas diretamente proporcionais. Vamos utilizar a
Regra de Três Simples Direta duas vezes:
* Açaí e leite:
açaí leite
500 --------- 2000
25 ------------ x
𝟓𝟎𝟎 𝟐𝟎𝟎𝟎
=
𝟐𝟓 𝒙
𝟓𝟎𝟎. 𝒙 = 𝟐𝟓 . 𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟓𝟎𝟎𝟎𝟎
𝒙 = 𝟓𝟎𝟎
𝒙 = 𝟏𝟎𝟎 𝒎𝑳 𝒅𝒆 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒆

* Açaí e banana:
açaí banana
500 --------- 10
25 ---------- y
𝟓𝟎𝟎 𝟏𝟎
=
𝟐𝟓 𝒚
𝟓𝟎𝟎. 𝒚 = 𝟐𝟓 . 𝟏𝟎
𝟐𝟓𝟎
𝒙 = 𝟓𝟎𝟎
𝟏
𝒙= 𝒃𝒂𝒏𝒂𝒏𝒂
𝟐

09. Resposta: A.
Observe que as grandezas são inversamente proporcionais (pois quanto mais dentes, menos voltas
serão dadas). Vamos utilizar a Regra de Três Simples para resolução:
Dentes Volta
20 ----------- 1 / 5
18 ----------- x
Invertendo uma das Grandezas, teremos:
18 . x = 1/5 . 20
x = 4 / 18 (: 2/2)
x=2/9
Será no sentido horário porque a outra engrenagem está no sentido anti-horário.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
21
10. Resposta: B.
Observa-se que se aumentarmos o número de gavetas iremos gastar mais sabão, logo as grandezas
são diretamente proporcionais.
Gavetas Sabão(kg)
12 x
7 3,5
12 𝑥 42
= → 7𝑥 = 12.3,5 → 7𝑥 = 42 → 𝑥 = → 𝑥 = 6 𝑘𝑔
7 3,5 7

Logo, será gasto 6kg de sabão para limpeza de 12 gavetas.


Logo
RAZÃO

É o quociente entre dois números (quantidades, medidas, grandezas).


Sendo a e b dois números a sua razão, chama-se razão de a para b:
𝑎
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
𝑏
Onde:

Exemplos:
1 - Em um vestibular para o curso de marketing, participaram 3600 candidatos para 150 vagas. A
razão entre o número de vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1


= =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24

Lemos a fração como: Um vinte e quatro avós.

2 - Em um processo seletivo diferenciado, os candidatos obtiveram os seguintes resultados:


− Alana resolveu 11 testes e acertou 5
− Beatriz resolveu 14 testes e acertou 6
− Cristiane resolveu 15 testes e acertou 7
− Daniel resolveu 17 testes e acertou 8
− Edson resolveu 21 testes e acertou 9
O candidato contratado, de melhor desempenho, (razão de acertos para número de testes), foi:
5
𝐴𝑙𝑎𝑛𝑎: = 0,45
11
6
𝐵𝑒𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧: = 0,42
14
7
𝐶𝑟𝑖𝑠𝑡𝑖𝑎𝑛𝑒: = 0,46
15
8
𝐷𝑎𝑛𝑖𝑒𝑙: 17 = 0,47

9
𝐸𝑑𝑠𝑜𝑛: 21 = 0,42

Daniel teve o melhor desempenho.

- Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza, essas devem ser expressas na mesma
unidade.

- Razões Especiais

Escala  Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias muito grandes de forma reduzida, então
utilizamos a escala, que é a razão da medida no mapa com a medida real (ambas na mesma unidade).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
22
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎
𝐸=
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙

Velocidade média  É a razão entre a distância percorrida e o tempo total de percurso. As unidades
utilizadas são km/h, m/s, entre outras.
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎
𝑉=
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Densidade É a razão entre a massa de um corpo e o seu volume. As unidades utilizadas são g/cm³,
kg/m³, entre outras.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝐷=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

PROPORÇÃO

É uma igualdade entre duas razões.


𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
Dada as razões 𝑏 e 𝑑 , à setença de igualdade 𝑏
= 𝑑 chama-se proporção.
Onde:

Exemplo:

1 - O passageiro ao lado do motorista observa o painel do veículo e vai anotando, minuto a minuto,
a distância percorrida. Sua anotação pode ser visualizada na tabela a seguir:

Distância percorrida (em km) 2 4 6 8 ...


Tempo gasto (em min) 1 2 3 4 ...

Nota-se que a razão entre a distância percorrida e o tempo gasto para percorrê-la é sempre igual a
2:
2 4 6 8
=2; =2 ; =2 ; =2
1 2 3 4
Então:

2 4 6 8
= = =
1 2 3 4

Dizemos que os números da sucessão (2,4,6,8,...) são diretamente proporcionais aos números da
sucessão (1,2,3,3,4,...).

- Propriedades da Proporção

1 - Propriedade Fundamental
O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é, a . d = b . c
Exemplo:
45 9
Na proporção 30 = 6 ,(lê-se: “45 esta para 30 , assim como 9 esta para 6.), aplicando a propriedade
fundamental , temos: 45.6 = 30.9 = 270

2 - A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro (ou para o segundo termo), assim como a
soma dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑


= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
23
Exemplo:
2 6 2 + 3 6 + 9 5 15 2 + 3 6 + 9 5 15
= → = → = = 30 𝑜𝑢 = → = = 45
3 9 2 6 2 6 3 9 3 9

3 - A diferença entre os dois primeiros termos está para o primeiro (ou para o segundo termo), assim
como a diferença entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

Exemplo:
2 6 2 − 3 6 − 9 −1 −3 2 − 3 6 − 9 −1 −3
= → = → = = −6 𝑜𝑢 = → = = −9
3 9 2 6 2 6 3 9 3 9

4 - A soma dos antecedentes está para a soma dos consequentes, assim como cada antecedente
está para o seu consequente.
𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑

Exemplo:
2 6 2+6 2 8 2 2+6 6 8 6
= → = → = = 24 𝑜𝑢 = → = = 72
3 9 3+9 3 12 3 3+9 9 12 9

5 - A diferença dos antecedentes está para a diferença dos consequentes, assim como cada
antecedente está para o seu consequente.
𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑

Exemplo:
6 2 6−2 6 4 6 6−2 2 4 2
= → = → = = 36 𝑜𝑢 = → = = 12
9 3 9−3 9 6 9 9−3 3 6 3

- Problemas envolvendo razão e proporção


1 - Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o número de atendimentos a usuários internos
e o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um determinado dia, nessa
ordem, foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir que,
no total, o número de usuários atendidos foi:
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280
E) 350

Resolução:
Usuários internos: I
Usuários externos : E
Sabemos que neste dia foi atendidos 140 externos  E = 140
𝐼 3 𝐼
𝐼+𝐸
= 5 = 𝐼+140 , usando o produto dos meios pelos extremos temos 

5I = 3(I + 140)
5I = 3I + 420
5I – 3I = 420
2I = 420
I = 420 / 2
I = 210
I + E = 210 + 140 = 350
Resposta “E”

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
24
2 – Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas 1800. A razão do número de
candidatos aprovados para o total de candidatos participantes do concurso é:
A) 2/3
B) 3/5
C) 5/10
D) 2/7
E) 6/7

Resolução:

Resposta “B”

3 - Em um dia de muita chuva e trânsito caótico, 2/5 dos alunos de certa escola chegaram atrasados,
sendo que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atraso. Sabendo que todos os demais
alunos chegaram no horário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão entre o número de
alunos que chegaram com mais de 30 minutos de atraso e número de alunos que chegaram no horário,
nessa ordem, foi de:
A) 2:3
B) 1:3
C) 1:6
D) 3:4
E) 2:5

Resolução:
Se 2/5 chegaram atrasados
2 3
1 − = 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜
5 5
2 1 1
∙ = 𝑡𝑖𝑣𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜
5 4 10
1
𝑡𝑖𝑣𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 30 min 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜 10
𝑟𝑎𝑧ã𝑜 = =
𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 3
5
1 5 1
𝑟𝑎𝑧ã𝑜 = 10 ∙ 3 = 6 𝑜𝑢 1: 6

Resposta “C”

Questões

01. (SEPLAN/GO – Perito Criminal – FUNIVERSA/2015) Em uma ação policial, foram apreendidos
1 traficante e 150 kg de um produto parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou
que o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma mistura da Cannabis sativa com outras
ervas. Interrogado, o traficante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava apenas 2 kg
da Cannabis sativa; o restante era composto por várias “outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar
que, para fabricar todo o produto apreendido, o traficante usou
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
(E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.

02. (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMARUÍ/2014) De cada dez alunos de uma
sala de aula, seis são do sexo feminino. Sabendo que nesta sala de aula há dezoito alunos do sexo
feminino, quantos são do sexo masculino?
(A) Doze alunos.
(B) Quatorze alunos.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
25
(C) Dezesseis alunos.
(D) Vinte alunos.

03. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Foram construídos dois reservatórios


de água. A razão entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2 para 5, e a soma desses
volumes é 14m³. Assim, o valor absoluto da diferença entre as capacidades desses dois reservatórios,
em litros, é igual a
(A) 8000.
(B) 6000.
(C) 4000.
(D) 6500.
(E) 9000.

04. (EBSERH/ HUPAA-UFAL - Técnico em Informática – IDECAN/2014) Entre as denominadas


razões especiais encontram-se assuntos como densidade demográfica, velocidade média, entre outros.
Supondo que a distância entre Rio de Janeiro e São Paulo seja de 430 km e que um ônibus, fretado
para uma excursão, tenha feito este percurso em 5 horas e 30 minutos. Qual foi a velocidade média do
ônibus durante este trajeto, aproximadamente, em km/h?
(A) 71 km/h
(B) 76 km/h
(C) 78 km/h
(D) 81 km/h
(E) 86 km/h.

05. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP/2014) Um restaurante comprou pacotes de


guardanapos de papel, alguns na cor verde e outros na cor amarela, totalizando 144 pacotes. Sabendo
que a razão entre o número de pacotes de guardanapos na cor verde e o número de pacotes de
5
guardanapos na cor amarela, nessa ordem, é 7, então, o número de pacotes de guardanapos na cor
amarela supera o número de pacotes de guardanapos na cor verde em
(A) 22.
(B) 24.
(C) 26.
(D) 28.
(E) 30.

06. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP/2014) Uma gráfica produz blocos de papel em dois
tamanhos diferentes: médios ou pequenos e, para transportá-los utiliza caixas que comportam
exatamente 80 blocos médios. Sabendo que 2 blocos médios ocupam exatamente o mesmo espaço
que 5 blocos pequenos, então, se em uma caixa dessas forem colocados 50 blocos médios, o número
de blocos pequenos que poderão ser colocados no espaço disponível na caixa será:
(A) 60.
(B) 70.
(C) 75.
(D) 80.
(E) 85.

07. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2014) Em uma edição de março de 2013,


um telejornal apresentou uma reportagem com o título “Um em cada quatro jovens faz ou já fez trabalho
voluntário no Brasil”. Com base nesse título, conclui-se corretamente que a razão entre o número de
jovens que fazem ou já fizeram trabalho voluntário no Brasil e o número de jovens que não fazem parte
desse referido grupo é
3
(A)
4

2
(B) 3

1
(C) 2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
26
1
(D) 3

1
(E) 4

08. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP/2014) Uma cidade A, com 120 km de
vias, apresentava, pela manhã, 51 km de vias congestionadas. O número de quilômetros de vias
congestionadas numa cidade B, que tem 280 km de vias e mantém a mesma proporção que na cidade
A, é
(A) 119 km.
(B) 121 km.
(C) 123 km.
(D) 125 km.
(E) 127 km.

09. (FINEP – Assistente – Apoio administrativo – CESGRANRIO/2014) Maria tinha 450 ml de tinta
vermelha e 750 ml de tinta branca. Para fazer tinta rosa, ela misturou certa quantidade de tinta branca
com os 450 ml de tinta vermelha na proporção de duas partes de tinta vermelha para três partes de tinta
branca. Feita a mistura, quantos ml de tinta branca sobraram?
(A) 75
(B) 125
(C) 175
(D) 375
(E) 675

10. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria I – Administrativo – VUNESP/2014) A medida do


comprimento de um salão retangular está para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No
piso desse salão, foram colocados somente ladrilhos quadrados inteiros, revestindo-o totalmente. Se
cada fileira de ladrilhos, no sentido do comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número
mínimo de ladrilhos necessários para revestir totalmente esse piso foi igual a
(A) 588.
(B) 350.
(C) 454.
(D) 476.
(E) 382.
Respostas

01. Resposta: C.
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg da Cannabis sativa e os demais
2
outras ervas. Podemos escrever em forma de razão 5, logo :
2
. 150 = 60𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑛𝑛𝑎𝑏𝑖𝑠 𝑠𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 ∴ 150 − 60 = 90𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑟𝑣𝑎𝑠
5

02. Resposta: A.
6
Como 6 são do sexo feminino, 4 são do sexo masculino (10-6 = 4) .Então temos a seguinte razão: 4
6 18
4
= 𝑥
 6x = 72  x = 12

03. Resposta: B.
Primeiro:2k
Segundo:5k
2k + 5k = 14
7k = 14
k=2
Primeiro: 2.2 = 4
Segundo5.2=10
Diferença: 10 – 4 = 6 m³

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
27
1m³------1000L
6--------x
x = 6000 l

04. Resposta: C.
5h30 = 5,5h, transformando tudo em hora e suas frações.
430
= 78,18 𝑘𝑚/ℎ
5,5

05. Resposta: B.
Vamos chamar a quantidade de pacotes verdes de (v) e, a de amarelos, de (a). Assim:
v + a = 144 , ou seja, v = 144 – a ( I )
𝑣 5
= , ou seja, 7.v = 5.a ( II )
𝑎 7

Vamos substituir a equação ( I ) na equação ( II ):


7 . (144 – a) = 5.a
1008 – 7a = 5a
– 7a – 5a = – 1008 . (– 1)
12a = 1008
a = 1008 / 12
a = 84 amarelos
Assim: v = 144 – 84 = 60 verdes
Supera em: 84 – 60 = 24 guardanapos.

06. Resposta: C.
Chamemos de (m) a quantidade de blocos médios e de (p) a quantidade de blocos pequenos.
𝑚 2
= , ou seja , 2p = 5m
𝑝 5

- 80 blocos médios correspondem a:


2p = 5.80  p = 400 / 2  p = 200 blocos pequenos
- Já há 50 blocos médios: 80 – 50 = 30 blocos médios (ainda cabem).
2p = 5.30  p = 150 / 2  p = 75 blocos pequenos

07. Resposta: D.
Jovens que fazem ou fizeram trabalho voluntário: 1 / 4
Jovens que não fazem trabalho voluntário: 3 / 4
1
1.4 1
𝑅𝑎𝑧ã𝑜 = 4 = =
3 3.4 3
4

08. Resposta: A.
51 𝑥
=
120 280

120.x = 51 . 280  x = 14280 / 120  x = 119 km

09. Resposta: A.
2 450
3
= 𝑥

2x = 450. 3  x = 1350 / 2  x = 675 ml de tinta branca


Sobraram: 750 ml – 675 ml = 75 ml

10. Resposta: A.
𝐶 4
= , que fica 4L = 3C
𝐿 3

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
28
Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos:
28 4
=
𝐿 3

4L = 28 . 3  L = 84 / 4  L = 21 ladrilhos
Assim, o total de ladrilhos foi de 28 . 21 = 588

DIVISÃO PROPORCIONAL

Uma forma de divisão no qual determinam-se valores(a,b,c,..) que, divididos por quocientes(x,y,z..)
previamente determinados, mantêm-se uma razão que não tem variação.

 Divisão Diretamente Proporcional

- Divisão em duas partes diretamente proporcionais


Para decompor um número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a p e q, montamos
um sistema com duas equações e duas incógnitas, de modo que a soma das partes seja A + B = M,
mas
𝐴 𝐵
=
𝑝 𝑞
A solução segue das propriedades das proporções:
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀
= = = =𝑲
𝑝 𝑞 𝑝+𝑞 𝑝+𝑞

O valor de K é que proporciona a solução pois: A = K.p e B = K.q

Exemplos:
1) Para decompor o número 200 em duas partes A e B diretamente proporcionais a 2 e 3, montaremos
o sistema de modo que A + B = 200, cuja solução segue de:
𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 200
= = = = 𝟒𝟎
2 3 5 5

Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 40.2 = 80 e B=40.3 = 120

2) Determinar números A e B diretamente proporcionais a 8 e 3, sabendo-se que a diferença entre


eles é 40. Para resolver este problema basta tomar A – B = 40 e escrever:
𝐴 𝐵 𝐴 − 𝐵 40
= = = =𝟖
8 3 5 5

Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 8.8 = 64 e B = 8.3 = 24

3) Repartir dinheiro proporcionalmente às vezes dá até briga. Os mais altos querem que seja divisão
proporcional à altura. Os mais velhos querem que seja divisão proporcional à idade. Nesse caso,
Roberto com 1,75 m e 25 anos e Mônica, sua irmã, com 1,50 m e 20 anos precisavam dividir
proporcionalmente a quantia de R$ 29.250,00. Decidiram, no par ou ímpar, quem escolheria um dos
critérios: altura ou idade. Mônica ganhou e decidiu a maneira que mais lhe favorecia. O valor, em reais,
que Mônica recebeu a mais do que pela divisão no outro critério, é igual a
A) 500.
B) 400.
C) 300.
D) 250.
E) 50.

Resolução:
Pela altura:
R + M = 29250
𝑅 𝑀 29250 29250
+ = = = 9000
1,75 1,50 1,75 + 1,5 3,25
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
29
Mônica:1,5.9000=13500
Pela idade:
𝑅 𝑀 29250
+ = = 650
25 20 45

Mônica:20.650 = 13000
13500 – 13000 = 500
Resposta A

- Divisão em várias partes diretamente proporcionais


Para decompor um número M em partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-
se montar um sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas x1 + x2 + ... + xn= M e p1 + p2 +
... + pn = P.
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛

A solução segue das propriedades das proporções:


𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 𝑀
= =⋯= = = =𝑲
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 + 𝑝2 + ⋯ 𝑝𝑛 𝑃

Observa-se que partimos do mesmo princípio da divisão em duas partes proporcionais.

Exemplos:
1) Para decompor o número 240 em três partes A, B e C diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-
se montar um sistema com 3 equações e 3 incógnitas tal que A + B + C = 240 e 2 + 4 + 6 = P. Assim:
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 240
= = = = = 𝟐𝟎
2 4 6 𝑃 12

Logo: A = 20.2 = 40; B = 20.4 = 80 e C = 20.6 =120

2) Determinar números A, B e C diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C =


480
A solução segue das propriedades das proporções:
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 480
= = = = = −𝟔𝟎
2 4 6 2.2 + 3.4 − 4.6 −8

Logo: A = - 60.2 = -120 ; B = - 60.4 = - 240 e C = - 60.6 = - 360.


Também existem proporções com números negativos.
 Divisão Inversamente Proporcional

- Divisão em duas partes inversamente proporcionais


Para decompor um número M em duas partes A e B inversamente proporcionais a p e q, deve-se
decompor este número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a 1/p e 1/q, que são,
respectivamente, os inversos de p e q.
Assim basta montar o sistema com duas equações e duas incógnitas tal que A + B = M. Desse modo:

𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
= = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞

O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q.

Exemplos:

1) Para decompor o número 120 em duas partes A e B inversamente proporcionais a 2 e 3, deve-se


montar o sistema tal que A + B = 120, de modo que:
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 120 120.6
= = = = = 144
1/2 1/3 1/2 + 1/3 5/6 5

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
30
Assim A = K/p  A = 144/2 = 72 e B = K/q  B = 144/3 = 48

2 - Determinar números A e B inversamente proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a diferença entre


eles é 10. Para resolver este problema, tomamos A – B = 10. Assim:
𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 10
= = = = 240
1/6 1/8 1/6 − 1/8 1/24

Assim A = K/p  A = 240/6 = 40 e B = K/q  B = 240/8 = 30

- Divisão em várias partes inversamente proporcionais


Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn,
basta decompor este número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas, assume que x1 + x2 + ... + xn= M e além
disso
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
1/𝑝1 1/𝑝2 1/𝑝𝑛

Cuja solução segue das propriedades das proporções:

𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 𝑀
= =⋯= = = =𝑲
1/𝑝1 1/𝑝2 1 1 1 1 1 1 1
+ +⋯ + + ⋯+
𝑝𝑛 𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛

Exemplos:
1-Para decompor o número 220 em três partes A, B e C inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-
se montar um sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que A + B + C = 220. Desse modo:
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 220
= = = = = 240
1/2 1/4 1/6 1/2 + 1/4 + 1/6 11/12

A solução é A = K/p1  A = 240/2 = 120, B = K/p2  B = 240/4 = 60 e C = K/p3  C = 240/6 = 40

2-Para obter números A, B e C inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C =


10, devemos montar as proporções:
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 120
= = = = =
1/2 1/4 1/6 2/2 + 3/4 − 4/6 13/12 13

logo A = 60/13, B = 30/13 e C = 20/13


Existem proporções com números fracionários!

 Divisão em partes direta e inversamente proporcionais

- Divisão em duas partes direta e inversamente proporcionais


Para decompor um número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a, c e d e inversamente
proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em duas partes A e B diretamente proporcionais
a c/q e d/q, basta montar um sistema com duas equações e duas incógnitas de forma que A + B = M e
além disso:
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
= = = = =𝑲
𝑐/𝑝 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐. 𝑞 + 𝑝. 𝑑

O valor de K proporciona a solução pois: A = K.c/p e B = K.d/q.

Exemplos:
1) Para decompor o número 58 em duas partes A e B diretamente proporcionais a 2 e 3, e,
inversamente proporcionais a 5 e 7, deve-se montar as proporções:
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 58
= = = = 70
2/5 3/7 2/5 + 3/7 29/35

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
31
Assim A = K.c/p = (2/5).70 = 28 e B = K.d/q = (3/7).70 = 30

2) Para obter números A e B diretamente proporcionais a 4 e 3 e inversamente proporcionais a 6 e


8, sabendo-se que a diferença entre eles é 21. Para resolver este problema basta escrever que A – B =
21 resolver as proporções:
𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 21
= = = = 72
4/6 3/8 4/6 − 3/8 7/24

Assim A = K.c/p = (4/6).72 = 48 e B = K.d/q = (3/8).72 = 27

Divisão em n partes direta e inversamente proporcionais


Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn e
inversamente proporcionais a q1, q2, ..., qn, basta decompor este número M em n partes x1, x2, ..., xn
diretamente proporcionais a p1/q1, p2/q2, ..., pn/qn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas exige que x1 + x2 + ... + xn = M e além disso
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑝𝑛 /𝑞𝑛

A solução segue das propriedades das proporções:

𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥𝑛 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛
= =⋯= 𝑝 =𝑝 𝑝 𝑝 =𝑲
𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑛 1
+ 2 + ⋯+ 𝑛
𝑞𝑛 𝑞1 𝑞2 𝑞𝑛

Exemplos:
1) Para decompor o número 115 em três partes A, B e C diretamente proporcionais a 1, 2 e 3 e
inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um sistema com 3 equações e 3 incógnitas de
forma de A + B + C = 115 e tal que:
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 115
= = = = = 100
1/4 2/5 3/6 1/4 + 2/5 + 3/6 23/20

Logo A = K.p1/q1 = (1/4)100 = 25, B = K.p2/q2 = (2/5)100 = 40 e C = K.p3/q3 = (3/6)100 = 50

2) Determinar números A, B e C diretamente proporcionais a 1, 10 e 2 e inversamente proporcionais


a 2, 4 e 5, de modo que 2A + 3B - 4C = 10.
A montagem do problema fica na forma:
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 100
= = = = =
1/2 10/4 2/5 2/2 + 30/4 − 8/5 69/10 69

A solução é A = K.p1/q1 = 50/69, B = K.p2/q2 = 250/69 e C = K.p3/q3 = 40/69

 Problemas envolvendo Divisão Proporcional

1) As famílias de duas irmãs, Alda e Berta, vivem na mesma casa e a divisão de despesas mensais
é proporcional ao número de pessoas de cada família. Na família de Alda são três pessoas e na de
Berta, cinco. Se a despesa, num certo mês foi de R$ 1.280,00, quanto pagou, em reais, a família de
Alda?
A) 320,00
B) 410,00
C) 450,00
D) 480,00
E) 520,00

Resolução:
Alda: A = 3 pessoas
Berta: B = 5 pessoas
A + B = 1280
𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 1280
+ = = = 160
3 5 3+5 8
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
32
A = K.p = 160.3 = 480
Resposta D

2) Dois ajudantes foram incumbidos de auxiliar no transporte de 21 caixas que continham


equipamentos elétricos. Para executar essa tarefa, eles dividiram o total de caixas entre si, na razão
inversa de suas respectivas idades. Se ao mais jovem, que tinha 24 anos, coube transportar 12 caixas,
então, a idade do ajudante mais velho, em anos era?
A) 32
B) 34
C) 35
D) 36
E) 38

Resolução:
v = idade do mais velho
Temos que a quantidade de caixas carregadas pelo mais novo:
Qn = 12
Pela regra geral da divisão temos:
Qn = k.1/24  12 = k/24  k = 288
A quantidade de caixas carregadas pelo mais velho é: 21 – 12 = 9
Pela regra geral da divisão temos:
Qv = k.1/v  9 = 288/v  v = 32 anos
Resposta A

3) Em uma seção há duas funcionárias, uma com 20 anos de idade e a outra com 30. Um total de
150 processos foi dividido entre elas, em quantidades inversamente proporcionais às suas respectivas
idades. Qual o número de processos recebido pela mais jovem?
A) 90
B) 80
C) 60
D) 50
E) 30

Estamos trabalhando aqui com divisão em duas partes inversamente proporcionais, para a resolução
da mesma temos que:
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
= = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞

O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q.


Vamos chamar as funcionárias de p e q respectivamente:
p = 20 anos (funcionária de menor idade)
q = 30 anos
Como será dividido os processos entre as duas, logo cada uma ficará com A e B partes que totalizam
150:
A + B = 150 processos
𝐴 𝐵 150 150 150.20.30 90000
= = = = = = 𝟏𝟖𝟎𝟎
1/𝑝 1/𝑞 1/20 + 1/30 1/20 + 1/30 20 + 30 50

A = k/p  A = 1800 / 20  A = 90 processos.

Questões

01. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática – IMA/2014) Uma herança de R$ 750.000,00


deve ser repartida entre três herdeiros, em partes proporcionais a suas idades que são de 5, 8 e 12
anos. O mais velho receberá o valor de:
(A) R$ 420.000,00
(B) R$ 250.000,00
(C) R$ 360.000,00

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
33
(D) R$ 400.000,00
(E) R$ 350.000,00

02. (TRF 3ª – Técnico Judiciário – FCC/2014) Quatro funcionários dividirão, em partes diretamente
proporcionais aos anos dedicados para a empresa, um bônus de R$36.000,00. Sabe-se que dentre
esses quatro funcionários um deles já possui 2 anos trabalhados, outro possui 7 anos trabalhados, outro
possui 6 anos trabalhados e o outro terá direito, nessa divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa maneira,
o número de anos dedicados para a empresa, desse último funcionário citado, é igual a
(A) 5.
(B) 7.
(C) 2.
(D) 3.
(E) 4.

03. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC/2014) Uma prefeitura destinou a
quantia de 54 milhões de reais para a construção de três escolas de educação infantil. A área a ser
construída em cada escola é, respectivamente, 1.500 m², 1.200 m² e 900 m² e a quantia destinada à
cada escola é diretamente proporcional a área a ser construída. Sendo assim, a quantia destinada à
construção da escola com 1.500 m² é, em reais, igual a
(A) 22,5 milhões.
(B) 13,5 milhões.
(C) 15 milhões.
(D) 27 milhões.
(E) 21,75 milhões.

04. (SABESP – Atendente a Clientes 01 – FCC/2014) Uma empresa quer doar a três funcionários
um bônus de R$ 45.750,00. Será feita uma divisão proporcional ao tempo de serviço de cada um deles.
Sr. Fortes trabalhou durante 12 anos e 8 meses. Sra. Lourdes trabalhou durante 9 anos e 7 meses e
Srta. Matilde trabalhou durante 3 anos e 2 meses. O valor, em reais, que a Srta. Matilde recebeu a
menos que o Sr. Fortes é
(A) 17.100,00.
(B) 5.700,00.
(C) 22.800,00.
(D) 17.250,00.
(E) 15.000,00.

05. (SESP/MT – Perito Oficial Criminal - Engenharia Civil/Engenharia


Elétrica/Física/Matemática – FUNCAB/2014) Maria, Júlia e Carla dividirão R$ 72.000,00 em partes
inversamente proporcionais às suas idades. Sabendo que Maria tem 8 anos, Júlia,12 e Carla, 24,
determine quanto receberá quem ficar com a maior parte da divisão.
(A) R$ 36.000,00
(B) R$ 60.000,00
(C) R$ 48.000,00
(D) R$ 24.000,00
(E) R$ 30.000,00

06. (PC/SP – Fotógrafo Perito – VUNESP/2014) Uma verba de R$ 65.000,00 será alocada a três
projetos diferentes. A divisão desse dinheiro será realizada de forma diretamente proporcional aos graus
de importância dos projetos, que são, respectivamente, 2, 4 e 7. Dessa maneira, a quantia que o projeto
mais importante receberá ultrapassa a metade do total da verba em
(A) R$ 2.500,00.
(B) R$ 9.000,00.
(C) R$ 1.000,00.
(D) R$ 5.000,00.
(E) R$ 7.500,00.

07. (PC/SP – Atendente de Necrotério Policial – VUNESP/2014) No ano de 2008, a Secretaria


Nacional de Segurança Pública divulgou o Relatório Descritivo com o Perfil dos Institutos de Medicina
Legal (IML) brasileiros. Nesse relatório, consta que, em 2006, as quantidades de IMLs nos Estados do

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
34
Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e de São Paulo eram, respectivamente, 2, 20, 9 e
64. Supondo-se que uma verba federal de R$ 190 milhões fosse destinada aos IMLs desses Estados,
e a divisão dessa verba fosse feita de forma diretamente proporcional a essas quantidades de IMLs por
estado, o Estado de São Paulo receberia o valor, em milhões, de
(A) R$ 128.
(B) R$ 165,5.
(C) R$ 98.
(D) R$ 156.
(E) R$ 47,5.

08. (UFABC/SP – TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LINGUAGENS DE SINAIS – VUNESP/2013)


Alice, Bianca e Carla trabalharam na organização da biblioteca da escola e, juntas, receberam como
pagamento um total de R$900,00. Como cada uma delas trabalhou um número diferente de horas, as
três decidiram que a divisão do dinheiro deveria ser proporcional ao tempo trabalhado. Alice trabalhou
por 4 horas, e Bianca, que trabalhou 30 minutos menos do que Alice, recebeu R$210,00. A parte devida
a Carla foi de
(A) R$400,00.
(B) R$425,00.
(C) R$450,00.
(D) R$475,00.
(E) R$500,00.

09. (EMTU/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO – CAIPIMES/2013) Uma calçada retilínea com 171
metros precisa ser dividida em três pedaços de comprimentos proporcionais aos números 2, 3 e 4. O
maior pedaço deverá medir:
(A) 78 metros.
(B) 82 metros.
(C) 76 metros.
(D) 80 metros.

10. (METRÔ/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA I - FCC/2013) Repartir dinheiro


proporcionalmente às vezes dá até briga. Os mais altos querem que seja divisão proporcional à altura.
Os mais velhos querem que seja divisão proporcional à idade. Nesse caso, Roberto com 1,75 m e 25
anos e Mônica, sua irmã, com 1,50 m e 20 anos precisavam dividir proporcionalmente a quantia de R$
29.250,00. Decidiram, no par ou ímpar, quem escolheria um dos critérios: altura ou idade. Mônica
ganhou e decidiu a maneira que mais lhe favorecia. O valor, em reais, que Mônica recebeu a mais do
que pela divisão no outro critério, é igual a
(A) 500.
(B) 400.
(C) 300.
(D) 250.
(E) 50.

Respostas

01. Resposta: C.
5x + 8x + 12x = 750.000
25x = 750.000
x = 30.000
O mais velho receberá: 1230000=360000

02. Resposta: D.
2x + 7x + 6x + 6000 = 36000
15x = 30000
x = 2000
Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se dedicou 3 anos a empresa, pois 2000.3 =
6000

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
35
03. Resposta: A.
1500x + 1200x + 900x = 54000000
3600x = 54000000
x = 15000
Escola de 1500 m²: 1500.15000 = 22500000 = 22,5 milhões.

04. Resposta: A.
* Fortes: 12 anos e 8 meses = 12.12 + 8 = 144 + 8 = 152 meses
* Lourdes: 9 anos e 7 meses = 9.12 + 7 = 108 + 7 = 115 meses
* Matilde: 3 anos e 2 meses = 3.12 + 2 = 36 + 2 = 38 meses
* TOTAL: 152 + 115 + 38 = 305 meses
* Vamos chamar a quantidade que cada um vai receber de F, L e M.
𝑭 𝑳 𝑴 𝑭+𝑳+𝑴 𝟒𝟓𝟕𝟓𝟎
= = = = = 𝟏𝟓𝟎
𝟏𝟓𝟐 𝟏𝟏𝟓 𝟑𝟖 𝟏𝟓𝟐 + 𝟏𝟏𝟓 + 𝟑𝟖 𝟑𝟎𝟓

Agora, vamos calcular o valor que M e F receberam:


𝑴
= 𝟏𝟓𝟎
𝟑𝟖
M = 38 . 150 = R$ 5 700,00
𝑭
= 𝟏𝟓𝟎
𝟏𝟓𝟐
F = 152 . 150 = R$ 22 800,00

Por fim, a diferença é: 22 800 – 5700 = R$ 17 100,00

05. Resposta: A.
M + J + C = 72000
𝑀 𝐽 𝐶 𝑀 +𝐽+𝐶 72000
72000 .24
1
1 = 1
1 = 1
1 = 1
3+2+1 = 1
6 = = 72000 . 4 = 288000
6 .1
8 12 24 24 24

A maior parte ficará para a mais nova (grandeza inversamente proporcional).


Assim:
8.𝑀
= 288000
1

8.M = 288 000  M = 288 000 / 8  M = R$ 36 000,00

06. Resposta: A.
Temos que A + B + C = 65 000, por grau de importância temos:
A = K.2
B = K.4
C = K.7
Aplicando na propriedade da divisão proporcional:
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 65 000
+ + = = = 5000
2 4 7 2+4+7 13

Temos que K = 5000, aplicando acima, vamos descobrir o valor atribuído a cada um projeto:
A = 5000 .2 = 10 000
B = 5000.4 = 20 000
C = 5000.7 = 35 000
Como ele quer saber quanto o projeto de maior importância superou a metade da verba total, temos:
Metade da verba total = 65 000/2 = 32 500
Como o valor do projeto de maior importância é 35 000, logo 35 000 – 32 500 = 2 500

07. Resposta: A.
Temos que E + M + R + S = 190 milhões
Então:
𝐸 𝑀 𝑅 𝑆 𝐸+𝑀+𝑅+𝑆 190 000 0000
+ + + = = = 2 000 000
2 20 9 64 2 + 20 + 9 + 64 95

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
36
Como queremos saber de o valor de São Paulo:
S = 2 000 000 . 64 = 128 000 000 ou 128 milhões.

08. Resposta: C.
Alice: 4horas = 240 minutos
Bianca: 3 horas 30 minutos = 210 minutos
K: constante
210.k = 210
k = 1, cada hora vale R$ 1,00
Carla: Y
240 + 210 + Y = 900
Y = 900 - 450
Y = 450

09. Resposta: C.
𝑥 𝑦 𝑧 171
+ + = = 19
2 3 4 9

y = 19.4 = 76
ou
2x + 3x + 4x = 171
9x = 171
x = 19
Maior pedaço: 4x = 4.19 = 76 metros

10. Resposta: A.
Pela altura:
R + M = 29250
𝑅 𝑀 29250 29250
+ = = = 9000
1,75 1,50 1,75 + 1,5 3,25
Mônica:1,5.9000=13500
Pela idade
𝑅 𝑀 29250
+ = = 650
25 20 45
Mônica:20.650 = 13000
13500 – 13000 = 500

ESCALAS
É um número que mostra a relação entre as medidas do desenho e as medidas reais, ou seja, é a
razão de semelhança entre a planta e o terreno.

𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒇𝒆𝒊𝒕𝒂 𝒏𝒐 𝒅𝒆𝒔𝒆𝒏𝒉𝒐


𝒆𝒒𝒖𝒂çã𝒐 =
𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒓𝒆𝒂𝒍

Exemplo:
A planta de um terreno deve vir acompanhada de uma informação muito importante a escala. Abaixo
temos uma planta de situação acompanhado da escala 1/500.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
37
Planta de situação de um terreno

A escala é utilizada em mapas, projetos arquitetônicos, elétricos, plantas baixas, etc... em tudo aquilo
que precisamos representar uma área muito grande, fazendo com que ela caiba em um papel.
Exemplos:

Mapa do Rio de Janeiro escalado 1:450.000. A cada 1 cm no mapa corresponde a 450.000 cm no real.

Planta Baixa de uma Casa

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
38
- Escala Gráfica
É a representação gráfica de várias distâncias do terreno sobre uma linha reta graduada.
É constituída de um segmento à direita da referência zero, conhecida como escala primária.
Consiste também de um segmento à esquerda da origem denominada de Talão ou escala de
fracionamento, que é dividido em submúltiplos da unidade escolhida graduadas da direita para a
esquerda.
A Escala Gráfica nos permite realizar as transformações de dimensões gráficas em dimensões
reais sem efetuarmos cálculos. Para sua construção, entretanto, torna-se necessário o emprego da
escala numérica.
O seu emprego consiste nas seguintes operações:
1º) Tomamos na carta a distância que pretendemos medir (pode-se usar um compasso).
2º) Transportamos essa distância para a Escala Gráfica.
3º) Lemos o resultado obtido.

(Fonte site IBGE)

Questões

01. (UFCE) Em um mapa cartográfico, 4 cm representam 12 km. Nesse mesmo mapa, 10 cm


representam quantos quilômetros?
(A) 60 km
(B) 30 km
(C) 15 km
(D) 18 km
(E) 25 km

02. (IBGE – Agente de Pesquisa e Mapeamentos – CESGRANRIO/2014) Num cartograma de


escala 1:200.000, a distância medida em linha reta entre duas cidades é de 4 cm. A distância real entre
essas cidades, medida em quilômetros e em linha reta, é
(A) 10
(B) 2
(C) 8
(D) 4
(E) 6

03. (UNICAMP-SP) Na planta de edifício em construção, cuja escala é 1:50. As dimensões de sala
retangular são 10 cm e 8 cm. Calcule a área total da sala projetada.
(A) 20 m2
(B) 22 m2
(C) 25 m2
(D) 36 m2
(E) 42 m2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
39
Respostas

01. Resposta: B.
Vamos fazer uma regra de 3 simples:
cm mapa km real
4 cm 12 km
10 cm x
4.x = 10.12
x= 120
4
x= 30 km

Logo 10 cm no mapa corresponde a 30 km.

02. Resposta: C.
Mapa (cm) real(cm)
1 200 000
4 x

x = 200 000 . 4  x = 800 000 , como a questão pede a resposta em km, vamos converter de cm
para km.
Sabemos que 1 km = 100 000 cm
Km cm
1 100 000
x 800 000
100 000.x = 800 000  x = 800 000/ 100 000  x = 8 km

03. Resposta: A.
Vamos calcular cada medida procurando achar a real.
No papel(cm) Real(cm)
1 50
10 x
x = 10.50  x = 500 cm , transformando para metro(para facilitar os cálculos) x = 5 m

No papel(cm) Real(cm)
1 50
8 x
x = 8.50  x = 400 cm , transformando para metro(para facilitar os cálculos) x = 4 m
Como a área do retângulo é dada pela multiplicação das suas medidas(b.h), temos que:
A = b.h  A = 5 . 4  A = 20 m2

REGRA DE TRÊS SIMPLES

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou inversamente proporcionais podem ser
resolvidos através de um processo prático, chamado regra de três simples.
Vejamos a tabela abaixo:

Grandezas Relação Descrição


Nº de funcionário x MAIS funcionários contratados demanda MAIS serviço
Direta
serviço produzido
Nº de funcionário x MAIS funcionários contratados exigem MENOS tempo de
Inversa
tempo trabalho
Nº de funcionário x MAIS eficiência (dos funcionários) exige MENOS funcionários
Inversa
eficiência contratados
Nº de funcionário x Quanto MAIOR o grau de dificuldade de um serviço, MAIS
Direta
grau dificuldade funcionários deverão ser contratados
Serviço x tempo Direta MAIS serviço a ser produzido exige MAIS tempo para realiza-lo

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
40
Quanto MAIOR for a eficiência dos funcionários, MAIS serviço
Serviço x eficiência Direta
será produzido
Serviço x grau de Quanto MAIOR for o grau de dificuldade de um serviço, MENOS
Inversa
dificuldade serviços serão produzidos
Quanto MAIOR for a eficiência dos funcionários, MENOS tempo
Tempo x eficiência Inversa
será necessário para realizar um determinado serviço
Tempo x grau de Quanto MAIOR for o grau de dificuldade de um serviço, MAIS
Direta
dificuldade tempo será necessário para realizar determinado serviço

Exemplos:
1) Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer
210 km?

O problema envolve duas grandezas: distância e litros de álcool.


Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser consumido.
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas de espécies
diferentes que se correspondem em uma mesma linha:

Distância (km) Litros de álcool


180 15
210 x

Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”), vamos colocar uma flecha:

Distância (km) Litros de álcool


180 15
210 x

Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de álcool também duplica. Então, as grandezas
distância e litros de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que estamos montando,
indicamos esse fato colocando uma flecha na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna
“litros de álcool”:

Distância (km) Litros de álcool


180 15
210 x
As setas estão no mesmo sentido

Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:

180 15 180: 30 15
= → 𝑐𝑜𝑚𝑜 180 𝑒 210 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 30, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: =
210 𝑥 210: 30 𝑥

1806 15
= → 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑢𝑧𝑎𝑑𝑜(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠) → 6𝑥 = 7.15
2107 𝑥
105
6𝑥 = 105 → 𝑥 = = 𝟏𝟕, 𝟓
6

Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.

2) Viajando de automóvel, à velocidade de 50 km/h, eu gastaria 7 h para fazer certo percurso.


Aumentando a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse percurso?

Indicando por x o número de horas e colocando as grandezas de mesma espécie em uma mesma
coluna e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha, temos:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
41
Velocidade (km/h) Tempo (h)
50 7
80 x

Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos colocar uma flecha:

Velocidade (km/h) Tempo (h)


50 7
80 x

Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica reduzido à metade. Isso significa que as
grandezas velocidade e tempo são inversamente proporcionais. No nosso esquema, esse fato é
indicado colocando-se na coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha da coluna
“tempo”:

Velocidade (km/h) Tempo (h)


50 7
80 x
As setas estão em sentido contrário

Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das flechas. Assim, temos:


7 80 7 808 35
= , 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑙𝑎𝑑𝑜 → = 5 → 7.5 = 8. 𝑥 → 𝑥 = → 𝑥 = 4,375 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑥 50 𝑥 50 8

Como 0,375 corresponde 22 minutos (0,375 x 60 minutos), então o percurso será feito em 4 horas e
22 minutos aproximadamente.

3) Ao participar de um treino de fórmula Indy, um competidor, imprimindo a velocidade média de 180


km/h, faz o percurso em 20 segundos. Se a sua velocidade fosse de 300 km/h, que tempo teria gasto
no percurso?

Vamos representar pela letra x o tempo procurado.


Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade (180 km/h e 300 km/h) com dois valores
da grandeza tempo (20 s e x s).
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os outros três.

Velocidade (km/h) Tempo (s)


180 20
300 x

Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto para fazer o percurso cairá para a
metade; logo, as grandezas são inversamente proporcionais. Assim, os números 180 e 300 são
inversamente proporcionais aos números 20 e x.
Daí temos:
3600
180.20 = 300. 𝑥 → 300𝑥 = 3600 → 𝑥 = → 𝑥 = 12
300

Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em 300 km/h, teria gasto 12 segundos para
realizar o percurso.

Questões

01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP/2014) Em 3 de maio de 2014, o jornal Folha de S.


Paulo publicou a seguinte informação sobre o número de casos de dengue na cidade de Campinas.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
42
De acordo com essas informações, o número de casos registrados na cidade de Campinas, até 28
de abril de 2014, teve um aumento em relação ao número de casos registrados em 2007,
aproximadamente, de
(A) 70%.
(B) 65%.
(C) 60%.
(D) 55%.
(E) 50%.

02. (FUNDUNESP – Assistente Administrativo – VUNESP/2014) Um título foi pago com 10% de
desconto sobre o valor total. Sabendo-se que o valor pago foi de R$ 315,00, é correto afirmar que o
valor total desse título era de
(A) R$ 345,00.
(B) R$ 346,50.
(C) R$ 350,00.
(D) R$ 358,50.
(E) R$ 360,00.

03. (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMARUÍ/2014) Manoel vendeu seu carro por
R$27.000,00(vinte e sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre o valor de custo do
tal veículo, por quanto Manoel adquiriu o carro em questão?
(A) R$24.300,00
(B) R$29.700,00
(C) R$30.000,00
(D)R$33.000,00
(E) R$36.000,00

04. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES/2014) Em um mapa, cuja


escala era 1:15.104, a menor distância entre dois pontos A e B, medida com a régua, era de 12
centímetros. Isso significa que essa distância, em termos reais, é de aproximadamente:
(A) 180 quilômetros.
(B) 1.800 metros.
(C) 18 quilômetros.
(D) 180 metros.

05. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO/2014) A Bahia (...) é o maior produtor


de cobre do Brasil. Por ano, saem do estado 280 mil toneladas, das quais 80 mil são exportadas.
O Globo, Rio de Janeiro: ed. Globo, 12 mar. 2014, p. 24.

Da quantidade total de cobre que sai anualmente do Estado da Bahia, são exportados,
aproximadamente,
(A) 29%
(B) 36%
(C) 40%
(D) 56%
(E) 80%

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
43
06. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP/2014) Um comerciante comprou uma caixa com 90
balas e irá vender cada uma delas por R$ 0,45. Sabendo que esse comerciante retirou 9 balas dessa
caixa para consumo próprio, então, para receber o mesmo valor que teria com a venda das 90 balas,
ele terá que vender cada bala restante na caixa por:
(A) R$ 0,50.
(B) R$ 0,55.
(C) R$ 0,60.
(D) R$ 0,65.
(E) R$ 0,70.

07. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP/2014) Em 25 de maio de 2014, o jornal Folha de


S. Paulo publicou a seguinte informação sobre a capacidade de retirada de água dos sistemas de
abastecimento, em metros cúbicos por segundo (m3/s):

De acordo com essas informações, o número de segundos necessários para que o sistema Rio
Grande retire a mesma quantidade de água que o sistema Cantareira retira em um segundo é:
(A) 5,4.
(B) 5,8.
(C) 6,3.
(D) 6,6.
(E) 6,9.

08. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2014) Certo material para laboratório foi
adquirido com desconto de 10% sobre o preço normal de venda. Sabendo-se que o valor pago nesse
material foi R$ 1.170,00, é possível afirmar corretamente que seu preço normal de venda é
(A) R$ 1.285,00.
(B) R$ 1.300,00.
(C) R$ 1.315,00.
(D) R$ 1.387,00.
(E) R$ 1.400,00.

09. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP/2014) A mais antiga das funções do Instituto Médico
Legal (IML) é a necropsia. Num determinado período, do total de atendimentos do IML, 30% foram
necropsias. Do restante dos atendimentos, todos feitos a indivíduos vivos, 14% procediam de acidentes
no trânsito, correspondendo a 588. Pode-se concluir que o total de necropsias feitas pelo IML, nesse
período, foi
(A) 2500.
(B) 1600.
(C) 2200.
(D) 3200.
(E) 1800.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
44
10. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP/2014) A expectativa de vida do Sr. Joel
é de 75 anos e, neste ano, ele completa 60 anos. Segundo esta expectativa, pode-se afirmar que a
fração de vida que ele já viveu é
4
(A) 7

5
(B) 6

4
(C)
5

3
(D) 4

2
(E) 3

11. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP/2014) Foram digitados 10 livros de 200
páginas cada um e armazenados em 0,0001 da capacidade de um microcomputador. Utilizando-se a
capacidade total desse microcomputador, o número de livros com 200 páginas que é possível armazenar
é
(A) 100.
(B) 1000.
(C) 10000.
(D) 100000.
(E) 1000000.

12. (IF/GO – Assistente de Alunos – UFG/2014) Leia o fragmento a seguir

A produção brasileira de arroz projetada para 2023 é de 13,32 milhões de toneladas, correspondendo
a um aumento de 11% em relação à produção de 2013.
Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/projecoes-ver saoatualizada.pdf>.
Acesso em: 24 fev. 2014. (Adaptado).

De acordo com as informações, em 2023, a produção de arroz excederá a produção de 2013, em


milhões de toneladas, em:
(A) 1,46
(B) 1,37
(C) 1,32
(D) 1,22

13. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB/2014) Numa transportadora, 15 caminhões


de mesma capacidade transportam toda a carga de um galpão em quatro horas. Se três deles
quebrassem, em quanto tempo os outros caminhões fariam o mesmo trabalho?
(A) 3 h 12 min
(B) 5 h
(C) 5 h 30 min
(D) 6 h
(E) 6 h 15 min

14. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC/2014) Uma receita para fazer 35
bolachas utiliza 225 gramas de açúcar. Mantendo-se as mesmas proporções da receita, a quantidade
de açúcar necessária para fazer 224 bolachas é
(A) 14,4 quilogramas.
(B) 1,8 quilogramas.
(C) 1,44 quilogramas.
(D) 1,88 quilogramas.
(E) 0,9 quilogramas.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
45
15. (METRÔ/SP – Usinador Ferramenteiro – FCC/2014) Laerte comprou 18 litros de tinta látex que,
de acordo com as instruções na lata, rende 200m² com uma demão de tinta. Se Laerte seguir
corretamente as instruções da lata, e sem desperdício, depois de pintar 60 m² de parede com duas
demãos de tinta látex, sobrarão na lata de tinta comprada por ele
(A) 6,8L.
(B) 6,6L.
(C) 10,8L.
(D) 7,8L.
(E) 7,2L.
Respostas

01. Resposta: E.
Utilizaremos uma regra de três simples:
ano %
11442 ------- 100
17136 ------- x

11442.x = 17136 . 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8% (aproximado)


149,8% – 100% = 49,8%
Aproximando o valor, teremos 50%

02. Resposta: C.
Se R$ 315,00 já está com o desconto de 10%, então R$ 315,00 equivale a 90% (100% - 10%).
Utilizaremos uma regra de três simples:
$ %
315 ------- 90
x ------- 100
90.x = 315 . 100 x = 31500 / 90 = R$ 350,00

03. Resposta: C.
Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é 90% do valor total.
Valor %
27000 ------ 90
X ------- 100

27000 909 27000 9


𝑥
= 10010  𝑥
= 10  9.x = 27000.10  9x = 270000  x = 30000.

04. Resposta: C.
1: 15.104 equivale a 1:150000, ou seja, para cada 1 cm do mapa, teremos 150.000 cm no tamanho
real. Assim, faremos uma regra de três simples:

mapa real
1 --------- 150000
12 --------- x
1.x = 12 . 150000 x = 1.800.000 cm = 18 km

05. Resposta: A.
Faremos uma regra de três simples:
cobre %
280 --------- 100
80 ---------- x
280.x = 80 . 100 x = 8000 / 280 x = 28,57%

06. Resposta: A.
Vamos utilizar uma regra de três simples:
Balas $
1 ----------- 0,45
90 ---------- x

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
46
1.x = 0,45 . 90
x = R$ 40,50 (total)
* 90 – 9 = 81 balas
Novamente, vamos utilizar uma regra de três simples:
Balas $
81 ----------- 40,50
1 ------------ y
81.y = 1 . 40,50
y = 40,50 / 81
y = R$ 0,50 (cada bala)

07. Resposta: D.
Utilizaremos uma regra de três simples INVERSA:
m3 seg
33 ------- 1
5 ------- x
5.x = 33 . 1 x = 33 / 5 = 6,6 seg

08. Resposta: B.
Utilizaremos uma regra de três simples:
$ %
1170 ------- 90
x ------- 100
90.x = 1170 . 100 x = 117000 / 90 = R$ 1.300,00

09. Resposta: E.
O restante de atendimento é de 100% – 30% = 70% (restante)
Utilizaremos uma regra de três simples:
Restante:
atendimentos %
588 ------------ 14
x ------------ 100
14.x = 588 . 100 x = 58800 / 14 = 4200 atendimentos (restante)
Total:
atendimentos %
4200 ------------ 70
x ------------ 30
70.x = 4200 . 30 x = 126000 / 70 = 1800 atendimentos

10. Resposta: C.
Considerando 75 anos o inteiro (1), utilizaremos uma regra de três simples:
idade fração
75 ------------ 1
60 ------------ x
75.x = 60 . 1 x = 60 / 75 = 4 / 5 (simplificando por 15)

11. Resposta: D.
Neste caso, a capacidade total é representada por 1 (inteiro).
Assim, utilizaremos uma regra de três simples:
livros capacidade
10 ------------ 0,0001
x ------------ 1
0,0001.x = 10 . 1 x = 10 / 0,0001 = 100.000 livros

12. Resposta: C.
Toneladas %
13,32 ----------- 111
x ------------- 11
111 . x = 13,32 . 11

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
47
x = 146,52 / 111
x = 1,32

13. Resposta: B.
Vamos utilizar uma Regra de Três Simples Inversa, pois, quanto menos caminhões tivermos, mais
horas demorará para transportar a carga:
caminhões horas
15 ---------------- 4
(15 – 3) ------------- x
12.x = 4 . 15
x = 60 / 12
x=5h

14. Resposta: C.
Bolachas açúcar
35----------------225
224----------------x
224.225
𝑥= = 1440 𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠 = 1,44 𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠
35

15. Resposta: E.
18L----200m²
x-------120
x=10,8L
Ou seja, pra 120m²(duas demãos de 60 m²) ele vai gastar 10,8 l, então sobraram:
18-10,8=7,2L

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

O processo usado para resolver problemas que envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou
inversamente proporcionais, é chamado regra de três composta.

Exemplos:
1) Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras
produziriam 300 dessas peças?
Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma só coluna
e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha. Na coluna em que
aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma flecha:

Máquinas Peças Dias


8 160 4
6 300 x

Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.

As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais. No nosso esquema isso será indicado
colocando-se na coluna “peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna “dias”:

Máquinas Peças Dias


8 160 4
6 300 x
Mesmo sentido

As grandezas máquinas e dias são inversamente proporcionais (duplicando o número de máquinas,


o número de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna
(máquinas) uma flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
48
Máquinas Peças Dias
8 160 4
6 300 x

Sentido contrários

4
Agora vamos montar a proporção, igualando a razão que contém o x, que é , com o produto das
x
 6 160 
outras razões, obtidas segundo a orientação das flechas  . :
 8 300 

Simplificando as proporções obtemos:

4 2 4.5
= → 2𝑥 = 4.5 → 𝑥 = → 𝑥 = 10
𝑥 5 2

Resposta: Em 10 dias.

2) Uma empreiteira contratou 210 pessoas para pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após
4 meses de serviço, apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos empregados ainda devem ser
contratados para que a obra seja concluída no tempo previsto?
1 1
Em 3 de ano foi pavimentada 4 de estrada.

Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.

Pessoas Estrada Tempo


210 75 4
x 225 8

Sentido contrários

As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente proporcionais (duplicando o número de


pessoas, o tempo fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado colocando-se na
coluna “tempo” uma flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “pessoas”:

Pessoas Estrada Tempo


210 75 4
x 225 8
Mesmo sentido

As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente proporcionais. No nosso esquema isso será
indicado colocando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna
“pessoas”:

Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210 = 105 pessoas.

Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
49
Questões

01. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O trabalho de


varrição de 6.000 m² de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 varredores trabalhando 5 horas
por dia. Mantendo-se as mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de calçadas, em um dia,
trabalhando por dia, o tempo de
(A) 8 horas e 15 minutos.
(B) 9 horas.
(C) 7 horas e 45 minutos.
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos.

02. (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL/2014) Uma equipe constituída por 20 operários,
trabalhando 8 horas por dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 m². Se essa
equipe fosse constituída por 15 operários, trabalhando 10 horas por dia, durante 80 dias, faria o
calçamento de uma área igual a:
(A) 4500 m²
(B) 5000 m²
(C) 5200 m²
(D) 6000 m²
(E) 6200 m²

03. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Dez funcionários de uma repartição


trabalham 8 horas por dia, durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. Se um funcionário
doente foi afastado por tempo indeterminado e outro se aposentou, o total de dias que os funcionários
restantes levarão para atender o mesmo número de pessoas, trabalhando uma hora a mais por dia, no
mesmo ritmo de trabalho, será:
(A) 29.
(B) 30.
(C) 33.
(D) 28.
(E) 31.

04. (TRF 3ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) Sabe-se que uma máquina copiadora imprime
80 cópias em 1 minuto e 15 segundos. O tempo necessário para que 7 máquinas copiadoras, de mesma
capacidade que a primeira citada, possam imprimir 3360 cópias é de
(A) 15 minutos.
(B) 3 minutos e 45 segundos.
(C) 7 minutos e 30 segundos.
(D) 4 minutos e 50 segundos.
(E) 7 minutos.

05. (METRÔ/SP – Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas –


FCC/2014) Para inaugurar no prazo a estação XYZ do Metrô, o prefeito da cidade obteve a informação
de que os 128 operários, de mesma capacidade produtiva, contratados para os trabalhos finais,
trabalhando 6 horas por dia, terminariam a obra em 42 dias. Como a obra tem que ser terminada em 24
dias, o prefeito autorizou a contratação de mais operários, e que todos os operários (já contratados e
novas contratações) trabalhassem 8 horas por dia. O número de operários contratados, além dos 128
que já estavam trabalhando, para que a obra seja concluída em 24 dias, foi igual a
(A) 40.
(B) 16.
(C) 80.
(D) 20.
(E) 32.

06. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB/ 2014) Para digitalizar 1.000 fichas de cadastro, 16
assistentes trabalharam durante dez dias, seis horas por dia. Dez assistentes, para digitalizar 2.000
fichas do mesmo modelo de cadastro, trabalhando oito horas por dia, executarão a tarefa em quantos
dias?

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
50
(A) 14
(B) 16
(C) 18
(D) 20
(E) 24

07. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO/2014) No Brasil, uma família de 4


pessoas produz, em média, 13 kg de lixo em 5 dias. Mantida a mesma proporção, em quantos dias uma
família de 5 pessoas produzirá 65 kg de lixo?
(A) 10
(B) 16
(C) 20
(D) 32
(E) 40

08. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST/2014) Na safra passada, um fazendeiro usou


15 trabalhadores para cortar sua plantação de cana de 210 hectares. Trabalhando 7 horas por dia, os
trabalhadores concluíram o trabalho em 6 dias exatos. Este ano, o fazendeiro plantou 480 hectares de
cana e dispõe de 20 trabalhadores dispostos a trabalhar 6 horas por dia. Em quantos dias o trabalho
ficará concluído? Obs.: Admita que todos os trabalhadores tenham a mesma capacidade de trabalho.
(A) 10 dias
(B) 11 dias
(C) 12 dias
(D) 13 dias
(E) 14 dias

09. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP/2014) Dez funcionários de uma repartição


trabalham 8 horas por dia, durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. Se um funcionário
doente foi afastado por tempo indeterminado e outro se aposentou, o total de dias que os funcionários
restantes levarão para atender o mesmo número de pessoas, trabalhando uma hora a mais por dia, no
mesmo ritmo de trabalho, será
(A) 29.
(B) 30.
(C) 33.
(D) 28.
(E) 31.

10. (BNB – Analista Bancário – FGV/2014) Em uma agência bancária, dois caixas atendem em
média seis clientes em 10 minutos. Considere que, nesta agência, todos os caixas trabalham com a
mesma eficiência e que a média citada sempre é mantida. Assim, o tempo médio necessário para que
cinco caixas atendam 45 clientes é de:
(A) 45 minutos;
(B) 30 minutos;
(C) 20 minutos;
(D) 15 minutos;
(E) 10 minutos.

Respostas

01. Resposta: D.
Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta o x.
M² varredores horas
6000--------------18-------------- 5
7500--------------15--------------- x

Quanto mais a área, mais horas (diretamente proporcionais)


Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente proporcionais)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
51
5 6000 15
= ∙
𝑥 7500 18

6000 ∙ 15 ∙ 𝑥 = 5 ∙ 7500 ∙ 18
90000𝑥 = 675000
𝑥 = 7,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 horas e 30 minutos.

02. Resposta: D.
Operários horas dias área
20-----------------8-------------60-------4800
15----------------10------------80-------- x
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:
4800 20 8 60
𝑥
= 15 ∙ 10 ∙ 80
20 ∙ 8 ∙ 60 ∙ 𝑥 = 4800 ∙ 15 ∙ 10 ∙ 80
9600𝑥 = 57600000
𝑥 = 6000𝑚²

03. Resposta: B.
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamento esse número passou para 8. Se eles
trabalham 8 horas por dia , passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo um total de 9 horas, nesta
condições temos:
Funcionários horas dias
10---------------8--------------27
8----------------9-------------- x

Quanto menos funcionários, mais dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).

Funcionários horas dias


8---------------9-------------- 27
10----------------8----------------x
27 8 9
𝑥
= 10 ∙ 8  x.8.9 = 27.10.8  72x = 2160  x = 30 dias.

04. Resposta: C.
Transformando o tempo para segundos: 1 min e 15 segundos = 75 segundos
Quanto mais máquinas menor o tempo (flecha contrária) e quanto mais cópias, mais tempo (flecha
mesma posição)

Máquina cópias tempo


1----------------80-----------75 segundos
7--------------3360-----------x

Devemos deixar as 3 grandezas da mesma forma, invertendo os valores de” máquina”.


Máquina cópias tempo
7----------------80----------75 segundos
1--------------3360--------- x
75 7 80
𝑥
= 1 ∙ 3360  x.7.80 = 75.1.3360  560x = 252000  x = 450 segundos

Transformando
1minuto-----60segundos
x-------------450
x = 7,5 minutos = 7 minutos e 30segundos.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
52
05. Resposta: A.
Vamos utilizar a Regra de Três Composta:

Operários  horas dias


128 ----------- 6 -------------- 42
x ------------- 8 -------------- 24

Quanto mais operários, menos horas trabalhadas (inversamente)


Quanto mais funcionários, menos dias (inversamente)

 Operários  horas dias


x -------------- 6 -------------- 42
128 ------------ 8 -------------- 24

𝑥 6 42
= ∙
128 8 24
𝑥 1 42
= ∙
128 8 4
𝑥 1 21
= ∙
128 8 2
16𝑥 = 128 ∙ 21
𝑥 = 8 ∙ 21 = 168

168 – 128 = 40 funcionários a mais devem ser contratados.

06. Resposta: E.
Fichas Assistentes dias horas
1000 --------------- 16 -------------- 10 ------------ 6
2000 -------------- 10 -------------- x -------------- 8

Quanto mais fichas, mais dias devem ser trabalhados (diretamente proporcionais).
Quanto menos assistentes, mais dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias (inversamente proporcionais).
Fichas Assistentes dias horas
1000 --------------- 10 -------------- 10 ------------ 8
2000 -------------- 16 -------------- x -------------- 6
10 1000 10 8
𝑥
= 2000 ∙ 16 . 6

10 80000
𝑥
= 192000

80. 𝑥 = 192.10
1920
𝑥= 80

𝑥 = 24 𝑑𝑖𝑎𝑠

07. Resposta: C.
Faremos uma regra de três composta:
Pessoas Kg dias
4 ------------ 13 ------------ 5
5 ------------ 65 ------------ x

Mais pessoas irão levar menos dias para produzir a mesma quantidade de lixo (grandezas
inversamente proporcionais).
Mais quilos de lixo levam mais dias para serem produzidos (grandezas diretamente proporcionais).
5 5 13
= .
𝑥 4 65

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
53
5 65
𝑥
= 260

65.x = 5 . 260
x = 1300 / 65
x = 20 dias

08. Resposta: C.
Faremos uma regra de três composta:
Trabalhadores Hectares h / dia dias
15 ------------------ 210 ---------------- 7 ----------------- 6
20 ------------------ 480 ---------------- 6 ----------------- x

Mais trabalhadores irão levar menos dias para concluir o trabalho (grandezas inversamente
proporcionais).
Mais hectares levam mais dias para se concluir o trabalho (grandezas diretamente proporcionais).
Menos horas por dia de trabalho serão necessários mais dias para concluir o trabalho (grandezas
inversamente proporcionais).
6 20 210 6
𝑥
= 15 . 480 . 7

6 25200
𝑥
= 50400

25200.x = 6 . 50400
x = 302400 / 25200
x = 12 dias

09. Resposta: B.
Funcionários horas dias
10 ----------------- 8 ----------- 27
8 ------------------ 9 ----------- x

Quanto menos funcionários, mais dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias (inversamente proporcionais).
Funcionários horas dias
10 ----------------- 8 ----------- x
8 ------------------ 9 ----------- 27
𝑥 10 8
27
= 8 ∙9
72𝑥 = 2160
𝑥 = 30 𝑑𝑖𝑎𝑠

10. Resposta: B.
caixas clientes minutos
2 ----------------- 6 ----------- 10
5 ----------------- 45 ----------- x

Quanto mais caixas, menos minutos levará para o atendimento (inversamente proporcionais).
Quanto mais clientes, mais minutos para o atendimento (diretamente proporcionais).
caixas clientes minutos
5 ----------------- 6 ----------- 10
2 ----------------- 45 ----------- x
10 5 6 10 30
𝑥
= 2 ∙ 45 𝑥
= 90
900
30. 𝑥 = 90.10 𝑥 = 30
𝑥 = 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
54
PORCENTAGEM

Razões de denominador 100 que são chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
simplesmente de porcentagem. Servem para representar de uma maneira prática o "quanto" de um
"todo" se está referenciando.
Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo % (Lê-se: “por cento”).
𝒙
𝒙% =
𝟏𝟎𝟎

Exemplos:
1) A tabela abaixo indica, em reais, os resultados das aplicações financeiras de Oscar e Marta entre
02/02/2013 e 02/02/2014.

Banco Saldo em 02/02/2013 Saldo em 02/02/2014 Rendimento


Oscar A 500 550 50
Marta B 400 450 50

Notamos que a razão entre os rendimentos e o saldo em 02/02/2013 é:


50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐴;
500
50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐵.
400

Quem obteve melhor rentabilidade?

Uma das maneiras de compará-las é expressá-las com o mesmo denominador (no nosso caso o
100), para isso, vamos simplificar as frações acima:
50 10
𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟 ⇒ = , = 10%
500 100
50 12,5
𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 ⇒ = , = 12,5%
400 100

Com isso podemos concluir, Marta obteve uma rentabilidade maior que Oscar ao investir no Banco
B.

2) Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são moças. Qual é a taxa percentual de
rapazes na classe?
Resolução:
18
A razão entre o número de rapazes e o total de alunos é . Devemos expressar essa razão na forma
30
centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:
18 𝑥
= ⟹ 𝑥 = 60
30 100

E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter divido 18 por 30, obtendo:
18
= 0,60(. 100%) = 60%
30

- Lucro e Prejuízo
É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja negativa, temos prejuízo(P).

Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).


Podemos ainda escrever:
C + L = V ou L = V - C
P = C – V ou V = C - P

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
55
A forma percentual é:

Exemplos:
1) Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00. Determinar:
a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.

Resolução:

Preço de custo + lucro = preço de venda  75 + lucro =100  Lucro = R$ 25,00

a) b)

2) O preço de venda de um bem de consumo é R$ 100,00. O comerciante tem um ganho de 25%


sobre o preço de custo deste bem. O valor do preço de custo é:
A) R$ 25,00
B) R$ 70,50
C) R$ 75,00
D) R$ 80,00
E) R$ 125,00

Resolução:
𝐿
. 100% = 25% ⇒ 0,25 , o lucro é calculado em cima do Preço de Custo(PC).
𝐶

C + L = V  C + 0,25.C = V  1,25 . C = 100  C = 80,00


Resposta D

- Aumento e Desconto Percentuais


𝒑
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎).V .
Logo:
𝒑
VA = (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎).V

Exemplos:
1 - Aumentar um valor V de 20% , equivale a multiplicá-lo por 1,20, pois:
20
(1 + 100).V = (1+0,20).V = 1,20.V

2 - Aumentar um valor V de 200% , equivale a multiplicá-lo por 3 , pois:


200
(1 + 100).V = (1+2).V = 3.V

3) Aumentando-se os lados a e b de um retângulo de 15% e 20%, respectivamente, a área do


retângulo é aumentada de:
A)35%
B)30%
C)3,5%
D)3,8%
E) 38%

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
56
Resolução:
Área inicial: a.b
Com aumento: (a.1,15).(b.1,20)  1,38.a.b da área inicial. Logo o aumento foi de 38%.
Resposta E
𝒑
B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎).V.
Logo:
𝒑
V D = (𝟏 − ).V
𝟏𝟎𝟎

Exemplos:
1) Diminuir um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo por 0,80, pois:
20
(1 − 100). V = (1-0,20). V = 0, 80.V

2) Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por 0,60, pois:


40
(1 − ). V = (1-0,40). V = 0, 60.V
100

3) O preço do produto de uma loja sofreu um desconto de 8% e ficou reduzido a R$ 115,00. Qual
era o seu valor antes do desconto?

Temos que V D = 115, p = 8% e V =? é o valor que queremos achar.


𝑝
V D = (1 − 100). V  115 = (1-0,08).V  115 = 0,92V  V = 115/0,92  V = 125
O valor antes do desconto é de R$ 125,00.

𝒑 𝒑
A esse valor final de (𝟏 + ) ou (𝟏 − ), é o que chamamos de fator de multiplicação, muito
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎
útil para resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou
decréscimo no valor do produto.

Abaixo a tabela com alguns fatores de multiplicação:

% Fator de multiplicação - Acréscimo Fator de multiplicação - Decréscimo


10% 1,1 0,9
15% 1,15 0,85
18% 1,18 0,82
20% 1,2 0,8
63% 1,63 0,37
86% 1,86 0,14
100% 2 0

- Aumentos e Descontos Sucessivos


São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos
ou aumentos, fazemos uso dos fatores de multiplicação.

Vejamos alguns exemplos:


1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um único aumento de...?
𝑝
Utilizando VA = (1 + 100).V  V. 1,1 , como são dois de 10% temos  V. 1,1 . 1,1  V. 1,21
Analisando o fator de multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos significam um único
aumento de 21%.

Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a 21% e não a 20%.

2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um único desconto de:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
57
𝑝
Utilizando VD = (1 − 100).V  V. 0,8 . 0,8  V. 0,64 . . Analisando o fator de multiplicação 0,64,
observamos que esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim o valor pago com o
desconto. Para sabermos o valor que representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36%

Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a 36% e não a 40%.

3) Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida,
um desconto de 20%. Qual o preço desse produto após esse acréscimo e desconto?
𝑝 𝑝
Utilizando VA = (1 + 100).V para o aumento e VD = (1 − 100).V, temos:
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar
tudo em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

Questões

01. (EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - Técnico em Informática – AOCP/2014) Uma loja de camisas


oferece um desconto de 15% no total da compra se o cliente levar duas camisas. Se o valor de cada
camisa é de R$ 40,00, quanto gastará uma pessoa que aproveitou essa oferta?
(A) R$ 68,00.
(B) R$ 72,00.
(C) R$ 76,00.
(D) R$ 78,00.
(E) R$ 80,00.

02. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista Técnico Legislativo – Designer
Gráfico – VUNESP/2014) O departamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcionários,
sendo que 15% deles são estagiários. O departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários,
sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a fração de
estagiários é igual a
(A) 1/5.
(B) 1/6.
(C) 2/5.
(D) 2/9.
(E) 3/5.

03. (EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – Analista Administrativo – Administração – AOCP/2014)


Quando calculamos 32% de 650, obtemos como resultado
(A) 198.
(B) 208.
(C) 213.
(D) 243.
(E) 258.

04. (ALMG – Analista de Sistemas – Administração de Rede – FUMARC/2014) O Relatório


Setorial do Banco do Brasil publicado em 02/07/2013 informou:
[...] Após queda de 2,0% no mês anterior, segundo o Cepea/Esalq, as cotações do açúcar fecharam
o último mês com alta de 1,2%, atingindo R$ 45,03 / saca de 50 kg no dia 28. De acordo com
especialistas, o movimento se deve à menor oferta de açúcar de qualidade, além da firmeza nas
negociações por parte dos vendedores. Durante o mês de junho, o etanol mostrou maior recuperação
que o açúcar, com a cotação do hidratado chegando a R$ 1,1631/litro (sem impostos), registrando alta
de 6,5%. A demanda aquecida e as chuvas que podem interromper mais uma vez a moagem de cana-
de-açúcar explicam cenário mais positivo para o combustível.
Fonte: BB-BI Relatório Setorial: Agronegócios-junho/2013 - publicado em 02/07/2013.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
58
Com base nos dados apresentados no Relatório Setorial do Banco do Brasil, é CORRETO afirmar
que o valor, em reais, da saca de 50 kg de açúcar no mês de maio de 2013 era igual a
(A) 42,72
(B) 43,86
(C) 44,48
(D) 54,03

05. (Câmara de Chapecó/SC – Assistente de Legislação e Administração – OBJETIVA/2014)


Em determinada loja, um sofá custa R$ 750,00, e um tapete, R$ 380,00. Nos pagamentos com cartão
de crédito, os produtos têm 10% de desconto e, nos pagamentos no boleto, têm 8% de desconto. Com
base nisso, realizando-se a compra de um sofá e um tapete, os valores totais a serem pagos pelos
produtos nos pagamentos com cartão de crédito e com boleto serão, respectivamente:
(A) R$ 1.100,00 e R$ 1.115,40.
(B) R$ 1.017,00 e R$ 1.039,60.
(C) R$ 1.113,00 e R$ 1.122,00.
(D) R$ 1.017,00 e R$ 1.010,00.

06. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST/2014) Um vendedor recebe comissões


mensais da seguinte maneira: 5% nos primeiros 10.000 reais vendidos no mês, 6% nos próximos
10.000,00 vendidos, e 7% no valor das vendas que excederem 20.000 reais. Se o total de vendas em
certo mês foi de R$ 36.000,00, quanto será a comissão do vendedor?
(A) R$ 2.120,00
(B) R$ 2.140,00
(C) R$ 2.160,00
(D) R$ 2.180,00
(E) R$ 2.220,00

07. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST/2014) Uma loja compra televisores por R$
1.500,00 e os revende com um acréscimo de 40%. Na liquidação, o preço de revenda do televisor é
diminuído em 35%. Qual o preço do televisor na liquidação?
(A) R$ 1.300,00
(B) R$ 1.315,00
(C) R$ 1.330,00
(D) R$ 1.345,00
(E) R$ 1.365,00

08. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC/2014) O preço de venda de um


produto, descontado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra
em 40%, os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o
preço de venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

09. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB/2014) Numa liquidação de bebidas, um atacadista fez
a seguinte promoção:

Cerveja em lata: R$ 2,40 a unidade.


Na compra de duas embalagens com 12 unidades cada, ganhe 25% de desconto no valor da
segunda embalagem.

Alexandre comprou duas embalagens nessa promoção e revendeu cada unidade por R$3,50. O lucro
obtido por ele com a revenda das latas de cerveja das duas embalagens completas foi:
(A) R$ 33,60
(B) R$ 28,60
(C) R$ 26,40

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
59
(D) R$ 40,80
(E) R$ 43,20

10. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB/2014) Na queima de estoque de uma loja, uma família
comprou dois televisores, três aparelhos de ar-condicionado, uma geladeira e uma máquina de lavar.

Produtos Valores unitários antes da liquidação Desconto


Televisor R$ 2.000,00 20%
Ar condicionado R$ 1.000,00 10%
Geladeira R$ 900,00 30%
Máquina de lavar R$ 1.500,00 40%

Calcule o valor total gasto por essa família.


(A) R$ 7.430,00
(B) R$ 9.400,00
(C) R$ 5.780,00
(D) R$ 6.840,00
(E) R$ 8.340,00

Respostas
01. Resposta: A.
Como são duas camisas 40.2 = 80,00
O desconto é dado em cima do valor das duas camisas. Usando o fator de multiplicação temos 1-
0,15 = 0,85 (ele pagou 85% do valor total): 80 .0,85 = 68,00

02. Resposta: B.
15 30
* Dep. Contabilidade: 100 . 20 = 10 = 3  3 (estagiários)

20 200
* Dep. R.H.: . 10 = = 2  2 (estagiários)
100 100

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6

03. Resposta: B.
32 32 .65 2080
. 650 = 10 = = 208
100 10

04. Resposta: C.
1,2
1,2% de 45,03 = 100 . 45,03 = 0,54
Como no mês anterior houve queda, vamos fazer uma subtração.
45,03 – 0,54 = 44,49

05. Resposta: B.
Cartão de crédito: 10/100 . (750 + 380) = 1/10 . 1130 = 113
1130 – 113 = R$ 1017,00
Boleto: 8/100 . (750 + 380) = 8/100 . 1130 = 90,4
1130 – 90,4 = R$ 1039,60

06. Resposta: E.
5% de 10000 = 5 / 100 . 10000 = 500
6% de 10000 = 6 / 100 . 10000 = 600
7% de 16000 (= 36000 – 20000) = 7 / 100 . 16000 = 1120
Comissão = 500 + 600 + 1120 = R$ 2220,00

07. Resposta: E.
Preço de revenda: 1500 + 40 / 100 . 1500 = 1500 + 600 = 2100
Preço com desconto: 2100 – 35 / 100 . 2100 = 2100 – 735 = R$ 1365,00

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
60
08. Resposta: A.
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C
𝑉 1,4
= = 1,67
𝐶 0,84
O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.

09. Resposta: A.
2,40 ∙ 12 = 28,80
𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑒𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑚: 28,80 ∙ 0,75 = 21,60
𝑎𝑠 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑒𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠: 28,80 + 21,60 = 50,40
𝑟𝑒𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎: 3,5 ∙ 24 = 84,00
𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜: 𝑅$84,00 − 𝑅$50,40 = 𝑅$33,60
O lucro de Alexandre foi de R$ 33,60

10. Resposta: A.
Como é desconto, devemos fazer cada porcentagem: 1-desconto, assim teremos o valor de cada
item.
Televisor:1-0,2=0,8
Ar-condicionado:1-0,1=0,9
Geladeira:1-0,3=0,7
Máquina:1-04=0,6
𝑡𝑒𝑙𝑒𝑣𝑖𝑠𝑜𝑟: 2.000 ∙ 0,8 = 1.600
𝑎𝑟 − 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜: 1.000 ∙ 0,9 = 900
𝑔𝑒𝑙𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎: 900 ∙ 0,7 = 630
𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎: 1.500 ∙ 0,6 = 900
1600 ∙ 2 + 900 ∙ 3 + 630 + 900 = 7430
O valor total gasto pela família foi de R$7.430,00.

JUROS SIMPLES

Em regime de juros simples (ou capitalização simples), o juro é determinado tomando como base
de cálculo o capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que empresta) no final da
operação. As operações aqui são de curtíssimo prazo, exemplo: desconto simples de duplicata, entre
outros.
No juros simples o juro de cada intervalo de tempo sempre é calculado sobre o capital inicial
emprestado ou aplicado.

- Os juros são representados pela letra J.


- O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de capital e é representado pela letra C
(capital) ou P(principal) ou VP ou PV (valor presente) *.
- O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela letra t ou n.*
- A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um capital durante certo tempo. É
representado pela letra i e utilizada para calcular juros.

*Varia de acordo com a literatura estudada.

Chamamos de simples os juros que são somados ao capital inicial no final da aplicação.

Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa mesma unidade:


Taxa anual Tempo em anos
Taxa mensal Tempo em meses
Taxa diária Tempo em dias
E assim sucessivamente

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
61
Exemplo:
1) Uma pessoa empresta a outra, a juros simples, a quantia de R$ 4. 000,00, pelo prazo de 5 meses,
à taxa de 3% ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?
Resolução:
- Capital aplicado (C): R$ 4.000,00
- Tempo de aplicação (t): 5 meses
- Taxa (i): 3% ou 0,03 a.m. (= ao mês)

Fazendo o cálculo, mês a mês:


- No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,03 x R$ 4.000,00 = R$ 120,00
- No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$ 120,00 + R$ 120,00 = R$ 240,00
- No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$ 240,00 + R$ 120,00 = R$ 360,00
- No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$ 360,00 + R$ 120,00 = R$ 480,00
- No final do 5º período (5 meses), os juros serão: R$ 480,00 + R$ 120,00 = R$ 600,00

Desse modo, no final da aplicação, deverão ser pagos R$ 600,00 de juros.

Juros a serem Pagos


700,00 600,00
600,00 480,00
500,00
360,00
Juros(J)

400,00
240,00
300,00
200,00 120,00
100,00
0,00
1 2 3 4 5
Meses(t)

Fazendo o cálculo, período a período:


- No final do 1º período, os juros serão: i.C
- No final do 2º período, os juros serão: i.C + i.C
- No final do 3º período, os juros serão: i.C + i.C + i.C
------------------------------------------------------------------------------
- No final do período t, os juros serão: i.C + i.C + i.C + ... + i.C

Portanto, temos:
J=C.i.t

1) O capital cresce linearmente com o tempo;


2) O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J = C.i
3) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
4) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma decimal.
5) Chamamos de montante (M) ou FV (valor futuro) a soma do capital com os juros, ou seja:
Na fórmula J= C . i . t, temos quatro variáveis. Se três delas forem valores conhecidos, podemos
calcular o 4º valor.
M = C + J  M = C.(1+i.t)
Exemplos:
1) A que taxa esteve empregado o capital de R$ 25.000,00 para render, em 3 anos, R$ 45.000,00 de
juros? (Observação: Como o tempo está em anos devemos ter uma taxa anual.)

C = R$ 25.000,00
t = 3 anos
j = R$ 45.000,00
i = ? (ao ano)
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
62
C.i.t
j=
100
25000.i.3
45 000 =
100
45 000 = 750 . i
45.000
i=
750
i = 60
Resposta: 60% ao ano.

2) Qual o valor dos juros correspondentes a um empréstimo de R$ 10.000,00, pelo prazo de 15


meses, sabendo-se que a taxa cobrada é de 3% a m.?

Dados: Solução:
PV = 10.000,00
j = PV . i . n
n = 15 meses
j = 10.000,00 x 0,03 x 15
i = 3% a m.
j= 4.500,00
j =?

Quando o prazo informado for em dias, a taxa resultante dos cálculos será diária; se o prazo for
em meses, a taxa será mensal; se for em trimestre, a taxa será trimestral, e assim
sucessivamente.

Questões

01. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB/ 2014) Qual é o capital que, investido no sistema de
juros simples e à taxa mensal de 2,5 %, produzirá um montante de R$ 3.900,00 em oito meses?
(A) R$ 1.650,00
(B) R$ 2.225,00
(C) R$ 3.250,00
(D) R$ 3.460,00
(E) R$ 3.500,00

02. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2014) Por um empréstimo com período de


45 dias foram pagos R$ 18,75 de juros. Se o capital emprestado foi de R$ 1.500,00, então é verdade
que a taxa anual correspondente de juros simples cobrada foi de
(A) 8,35%.
(B) 9,0%.
(C) 9,5%.
(D) 10%.
(E) 10,37%.

03. (UNIFESP – Engenheiro Mecânico – VUNESP/2014) Certo capital C foi aplicado a juros simples,
a uma taxa de 9,6% ao ano, e o montante resgatado, ao final da aplicação, foi igual a 1,12 C. Esse
capital permaneceu aplicado durante
(A) 1 ano e 2 meses.
(B) 1 ano e 3 meses.
(C) 1 ano e 4 meses.
(D) 1 ano e 5 meses.
(E) 1 ano e meio.

04. (Instituto de Pesquisas Tecnológicas – Secretária – VUNESP/2014) Considere um


empréstimo de certo valor por 5 meses, contraído no sistema de juro simples, a uma taxa de 14,4% ao
ano. Sabendo-se que o montante a ser pago na data de vencimento do empréstimo será igual a R$
5.300,00, pode-se afirmar, corretamente, que o valor emprestado foi de
(A) R$ 4.900,00.
(B) R$ 4.950,00.
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
63
(C) R$ 5.000,00.
(D) R$ 5.050,00.
(E) R$ 5.100,00.

05. (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) Polícia autua 16 condutores durante blitz da
Lei Seca
No dia 27 de novembro, uma equipe da Companhia de Polícia de Trânsito(CPTran) da Polícia Militar
do Estado de Sergipe realizou blitz da Lei Seca na Avenida Beira Mar. Durante a ação, a polícia autuou
16 condutores.
Segundo o capitão Fábio <achado, comandante da CPTran, 12 pessoas foram notificadas por
infrações diversas e quatro por desobediência à Lei Seca[...].
O quarteto detido foi multado em R$1.910,54 cada e teve a Carteira Nacional de Trânsito (CNH)
suspensa por um ano.
(Fonte: PM/SE 28/11/13, modificada)

Investindo um capital inicial no valor total das quatros mulas durante um período de dez meses, com
juros de 5% ao mês, no sistema de juros simples, o total de juros obtidos será:
(A) R$2.768,15
(B) R$1.595,27
(C) R$3.821,08
(D) R$9.552,70
(E) R$1.910,54

06. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP/2014) Uma pessoa pegou emprestada certa quantia
por dez meses, à taxa de juros simples de 4% ao mês. O valor do empréstimo, acrescido dos juros,
deverá ser pago em 10 parcelas iguais de R$1.260,00. Nesse caso, o juro total desse empréstimo será
(A) R$4.800,00.
(B) R$3.800,00.
(C) R$4.600,00.
(D) R$3.600,00.
(E) R$4.200,00.

07. (COPASA – Agente de Saneamento – Técnico em Informática – FUNDEP/2014) Um capital


de R$ 100,00 foi aplicado, a juros simples de 1% ao mês, durante 1 trimestre. O montante produzido
nesse período foi de
(A) R$ 1,00.
(B) R$ 3,00.
(C) R$ 101,00.
(D) R$ 103,00.

08. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB/2014) Um capital de R$ 2.400,00 foi investido


no sistema de juros simples e gerou um montante de R$ 6.720,00 no período de 15 meses. A taxa
mensal de juros desse investimento foi:
(A) 5 %
(B) 6 %
(C) 8 %
(D) 12 %
(E) 15 %

09. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB/2014) Um capital de R$ 45.000,00 foi dividido


em duas parcelas, uma delas igual ao dobro da outra, e aplicado a taxas e prazos diferentes. A maior
parcela foi aplicada a juros simples de 10% ao mês durante oito meses, e a outra, a juros simples de
5% ao mês, durante um (01) ano.
O total de juros obtidos com as duas aplicações foi:
(A) R$ 22.500,00
(B) R$ 25.000,00
(C) R$ 27.000,00
(D) R$ 33.000,00
(E) R$ 36.000,00

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
64
10. (UNIFESP – Engenheiro Mecânico – VUNESP/2014) Certo capital C foi aplicado a juros simples,
a uma taxa de 9,6% ao ano, e o montante resgatado, ao final da aplicação, foi igual a 1,12 C. Esse
capital permaneceu aplicado durante
(A) 1 ano e 2 meses.
(B) 1 ano e 3 meses.
(C) 1 ano e 4 meses.
(D) 1 ano e 5 meses.
(E) 1 ano e meio.

Respostas

01. Resposta: C.
Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j = 3900 – C ( I )
Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples:
𝐶.𝑖.𝑡
𝑗=
100
𝐶.2,5.8
3900 − 𝐶 = 100
390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C
– 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1)
120.C = 390000
C = 390000 / 120
C = R$ 3250,00

02. Resposta: D.
𝐶.𝑖.𝑡
𝑗=
100
1500 .𝑖 .45 1875
18,75 = 1500.45. 𝑖 = 18,75 . 100 𝑖= = 0,0278 (ao dia)
100 67500
Ao ano: 0,0278 . 365 = 10,1%

03. Resposta: B.
M = C + j , ou seja, 1,12.C = C + j, que fica 1,12.C – C = j
j = 0,12.C
𝐶 .𝑖 .𝑡
𝑗 = 100
𝐶 .9,6 .𝑡
0,12. 𝐶 =
100
9,6 . 𝑡 . 𝐶 = 0,12 . 𝐶 . 100
t = 12 / 9,6
t = 1,25 ano = 1 ano + 0,25 de ano
0,25 . 12 = 3 meses
Portanto, t = 1 ano e 3 meses

04. Resposta: C.
Para fazer os cálculos, devemos trabalhar com meses. Assim:
14,4% a.a. / 12 = 1,2% a.m.
* Montante: 𝑴 = 𝑪 + 𝒋
5300 = C + j , ou seja, j = 5300 – C ( I )
𝑪 .𝒊 . 𝒕
𝒋 = 𝟏𝟎𝟎 ( II )
Vamos substituir a equação ( I ) na equação ( II ):
𝑪 . 𝟏,𝟐 . 𝟓
𝟓𝟑𝟎𝟎 − 𝑪 = 𝟏𝟎𝟎
6.C = 100 . (5300 – C)
6.C = 530000 – 100.C
6.C + 100.C = 530000
106.C = 530000
C = 530000 / 106
C = R$ 5000,00

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
65
05. Resposta: C.
𝐶 = 1910,54 ∙ 4 = 7642,16 ; 𝑖 = 5%𝑎. 𝑚 = 0,05 ; 𝑡 = 10𝑚
𝐽 = 𝐶. 𝑖. 𝑡
𝐽 = 7642,16 ∙ 0,05 ∙ 10 = 3821,08
O juros obtido será R$3.821,08.

06. Resposta: D.
M = C.(1 + i.n)
1260.10 = C.(1 + 0,04.10)
C = 9000
J = C.i.n
J = 9000.0,04.10 = 3600
Dica: para lembrar da fórmula do Juro Simples: J = Cin (JURO SIMples)

07. Resposta: D.
𝐶 .𝑖 .𝑡
Fórmula dos juros simples: 𝑗 = 100
100 . 1 . 3
𝑗= = 𝑅$ 3,00
100
Montante = 100 + 3 = R$ 103,000

08. Resposta: D.
Primeiramente, vamos calcular os juros:
M=C+j
6720 = 2400 + j
j = 6720 – 2400
j = R$ 4320,00
Agora, vamos calcular a taxa mensal:
𝐶 .𝑖 .𝑡
𝑗=
100
2400 .𝑖 .15
4320 =
100
36000 .𝑖
4320 = 100
360 . i = 4320
i = 4320 / 360
i = 12%

09. Resposta: D.
Vamos chamar o valor da menor parcela de ( x ). Assim:
2.x + x = 45000
3.x = 45000
x = 45000 / 3
x = R$ 15.000,00 (menor)
E a maior: 2 . 15000 = R$ 30.000,00 (maior)

* Maior parcela: juros simples de 10% a.m., durante 8 meses:


𝐶 .𝑖 .𝑡
𝑗=
100
30000 .10 . 8
𝑗= 100
j = R$ 24.000,00

* Menor parcela: juros simples de 5% a.m., durante 12 meses (1 ano):


𝐶 .𝑖 .𝑡
𝑗 = 100
15000 . 5 . 12
𝑗= 100
j = R$ 9.000,00
Total de juros: 24000 + 9000 = R$ 33.000,00

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
66
10. Resposta: B.
M = C + j , ou seja, 1,12.C = C + j, que fica 1,12.C – C = j
j = 0,12.C
𝐶 .𝑖 .𝑡
𝑗 = 100
𝐶 .9,6 .𝑡
0,12. 𝐶 = 100
9,6 . 𝑡 . 𝐶 = 0,12 . 𝐶 . 100
t = 12 / 9,6
t = 1,25 ano = 1 ano + 0,25 de ano
0,25 . 12 = 3 meses
Portanto, t = 1 ano e 3 meses

JUROS COMPOSTOS

O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos, devido aos juros, segundo duas
modalidades, a saber:

Juros simples (capitalização simples) – a taxa de juros incide sempre sobre o capital inicial.
Juros compostos (capitalização composta) – a taxa de juros incide sobre o capital de cada
período. Também conhecido como "juros sobre juros".

Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores particulares costumam reinvestir as


quantias geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego mais comum de juros
compostos na Economia. Na verdade, o uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos.

Exemplo:
Considere o capital inicial (C) $1500,00 aplicado a uma taxa mensal de juros compostos (i) de 10%
(i = 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (capital + juros), mês a mês:
Após o 1º mês, teremos: M1 = 1500 x 1,1 = 1650 = 1500(1 + 0,1)
Após o 2º mês, teremos: M2 = 1650 x 1,1 = 1815 = 1500(1 + 0,1)2
Após o 3º mês, teremos: M3 = 1815 x 1,1 = 1996,5 = 1500(1 + 0,1)3
.....................................................................................................
Após o nº (enésimo) mês, sendo M o montante, teremos evidentemente: M = 1500(1 + 0,1)t
De uma forma genérica, teremos para um capital C, aplicado a uma taxa de juros compostos (i)
durante o período (t):

M = C (1 + i)t
Onde:
M = montante,
C = capital,
i = taxa de juros e
t = número de períodos que o capital C (capital inicial) foi aplicado.
(1+i)t ou (1+i)n = fator de acumulação de capital

Na fórmula acima, as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e do período (t), tem de
ser necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo, que não pode ser esquecido! Assim,
por exemplo, se a taxa for 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar 2% ao mês durante
3x12=36 meses.

Graficamente temos, que o crescimento do principal(capital) segundo juros simples é LINEAR,


CONSTANTE enquanto que o crescimento segundo juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO
e, portanto tem um crescimento muito mais "rápido".

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
67
- O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de juros simples como para juros
compostos;
- Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros simples;
- Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros compostos.

 Juros Compostos e Logaritmos


Para resolução de algumas questões que envolvam juros compostos, precisamos ter conhecimento
de conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos achar o tempo/prazo. É muito
comum ver em provas o valor dado do logaritmo para que possamos achar a resolução da questão.
Exemplos:
1) Expresse o número de períodos t de uma aplicação, em função do montante M e da taxa de
aplicação i por período.

Solução:
Temos M = C(1+i)t
Logo, M/C = (1+i)t
Pelo que já conhecemos de logaritmos, poderemos escrever:
t = log (1+ i ) (M/C) . Portanto, usando logaritmo decimal (base 10), vem:

𝐥𝐨𝐠⟨𝑴|𝑪⟩ 𝐥𝐨𝐠 𝑴 − 𝐥𝐨𝐠 𝑪


𝒕= =
𝐥𝐨𝐠(𝟏 + 𝒊) 𝐥𝐨𝐠(𝟏 + 𝒊)

Temos também da expressão acima que: t.log(1 + i) = logM – logC

Deste exemplo, dá para perceber que o estudo dos juros compostos é uma aplicação prática do
estudo dos logaritmos.

2) Um capital é aplicado em regime de juros compostos a uma taxa mensal de 2% (2% a.m.). Depois
de quanto tempo este capital estará duplicado?

Solução:
Sabemos que M = C (1 + i)t. Quando o capital inicial estiver duplicado, teremos M = 2C.
Substituindo, vem: 2C = C(1+0,02)t [Obs: 0,02 = 2/100 = 2%]
Simplificando, fica:
2 = 1,02t , que é uma equação exponencial simples.
Teremos então: t = log1,022 = log2 /log1,02 = 0,30103 / 0,00860 = 35

Nota: log2 = 0,30103 e log1,02 = 0,00860; estes valores podem ser obtidos rapidamente em
máquinas calculadoras científicas. Caso uma questão assim caia no vestibular ou concurso, o
examinador teria de informar os valores dos logaritmos necessários, ou então permitir o uso de
calculadora na prova, o que não é comum no Brasil.
Portanto, o capital estaria duplicado após 35 meses (observe que a taxa de juros do problema é
mensal), o que equivale a 2 anos e 11 meses.
Resposta: 2 anos e 11 meses.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
68
- Em juros simples quando a taxa de juros(i) estiver em unidade diferente do tempo(t), pode-se
colocar na mesma unidade de (i) ou (t).
- Em juros compostos é preferível colocar o (t) na mesma unidade da taxa (i).

Fórmulas
Juros Simples Juros Compostos

J= C.i.t J= C.[(1+i)t -1]

M= C.(1+i.t) M= C.(1+i)t

Questões

01. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES/2014) Um capital foi


aplicado por um período de 3 anos, com taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que
essa aplicação rendeu juros que corresponderam a, exatamente:
(A) 30% do capital aplicado.
(B) 31,20% do capital aplicado.
(C) 32% do capital aplicado.
(D) 33,10% do capital aplicado.

02. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) José Luiz aplicou
R$60.000,00 num fundo de investimento, em regime de juros compostos, com taxa de 2% ao mês. Após
3 meses, o montante que José Luiz poderá sacar é
(A) R$63.600,00.
(B) R$63.672,48.
(C) R$63.854,58.
(D) R$62.425,00.
(E) R$62.400,00.

03. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Pretendendo aplicar em um fundo que rende juros
compostos, um investidor fez uma simulação. Na simulação feita, se ele aplicar hoje R$ 10.000,00 e R$
20.000,00 daqui a um ano, e não fizer nenhuma retirada, o saldo daqui a dois anos será de R$ 38.400,00.
Desse modo, é correto afirmar que a taxa anual de juros considerada nessa simulação foi de
(A) 12%.
(B) 15%.
(C) 18%.
(D) 20%.
(E) 21%.

04. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC/2013) Uma aplicação financeira


rende mensalmente 0,72%. Após 3 meses, um capital investido de R$ 14.000,00 renderá: (Considere
juros compostos)
(A) R$ 267,92
(B) R$ 285,49
(C) R$ 300,45
(D) R$ 304,58

05. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CESGRANRIO/2012) João tomou um empréstimo


de R$900,00 a juros compostos de 10% ao mês. Dois meses depois, João pagou R$600,00 e, um mês
após esse pagamento, liquidou o empréstimo.O valor desse último pagamento foi, em reais,
aproximadamente,
(A) 240,00
(B) 330,00
(C) 429,00
(D) 489,00
(E) 538,00
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
69
06. (FGV-SP) Uma aplicação financeira rende juros de 10% ao ano, compostos anualmente.
Utilizando para cálculos a aproximação de log 1,1 = 0,04, pode-se estimar que uma aplicação de R$
1.000,00 seria resgatada no montante de R$ 1.000.000,00 após:
(A) Mais de um século.
(B) 1 século
(C) 4/5 de século
(D) 2/3 de século
(E) ¾ de século

07. (COLÉGIO MILITAR DE BELO HORIZONTE/MG – PROFESSOR DE MATEMÁTICA –


EXÉRCITO BRASILEIRO/2013) Determine o tempo necessário para que um capital aplicado a 20 % a.
m. no regime de juros compostos dobre de valor. Considerando que log 2 = 0,3 e log 1,2 = 0,08.
(A) 3,75 meses.
(B) 3,5 meses.
(C) 2,7 meses.
(D) 3 meses.
(E) 4 meses.

08. (Banco do Brasil – Escriturário – FCC/2011) Saulo aplicou R$ 45 000,00 em um fundo de


investimento que rende 20% ao ano. Seu objetivo é usar o montante dessa aplicação para comprar uma
casa que, na data da aplicação, custava R$ 135 000,00 e se valoriza à taxa anual de 8%. Nessas
condições, a partir da data da aplicação, quantos anos serão decorridos até que Saulo consiga comprar
tal casa? Dado: (Use a aproximação: log 3 = 0,48)
(A) 15
(B) 12
(C) 10
(D) 9
(E) 6

09. (CESGRANRIO) Um investimento de R$1.000,00 foi feito sob taxa de juros compostos de 3% ao
mês. Após um período t, em meses, o montante foi de R$1.159,27. Qual o valor de t? (Dados: ln(1.000)
= 6,91; ln(1.159,27) = 7,06 ; ln(1,03) = 0,03)

Respostas

01. Resposta: D.
10% = 0,1
𝑀 = 𝐶 . (1 + 𝑖)𝑡
𝑀 = 𝐶 . (1 + 0,1)3
𝑀 = 𝐶 . (1,1)3
𝑀 = 1,331. 𝐶
Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos:
j = 1,331.C – C = 0,331 . C
0,331 = 33,10 / 100 = 33,10%

02. Resposta: B.
C=60.000 ; i = 2% a.m = 0,02 ; t = 3m
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡 ⇒ 𝑀 = 60000(1 + 0,02)3 ⇒ 𝑀 = 60000 + (1,02)3 ⇒ 𝑀 = 63672,48

O montante a ser sacado será de R$ 63.672,48.

03. Resposta: D.
C1º ano = 10.000 ; C2º ano = 20.000
𝑀1 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡
𝑀1 = 10000(1 + 𝑖)2 𝑀2 = 20000(1 + 𝑖)1
M1+M2 = 384000
38400 = 10000(1 + 𝑖)2 + 20000(1 + 𝑖) (: 400)
96 = 25(1 + 2𝑖 + 𝑖 2 ) + 50 + 50𝑖

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
70
96 = 25 + 50𝑖 + 25𝑖 2 + 50 + 50𝑖
25𝑖 2 + 100𝑖 − 21 = 0
Têm se uma equação do segundo grau, usa-se então a fórmula de Bháskara:
∆= 1002 − 4 ∙ 25 ∙ (−21) = 12100
−100±110
𝑖= 50
−100+110 10
𝑖1 = 50
= 50 = 0,2
−100−110
𝑖2 = 50
= −4,4
(𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚)
É correto afirmar que a taxa é de 20%

04. Resposta: D.
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡
𝑀 = 14.000(1 + 0,0072)3 = 14304,58
M=C+J
J=14304,58-14000=304,58

05. Resposta: E.
C = 900 ; i = 10% a.m=0,10 ; t = 2m ; pagou 2 meses depois R$ 600,00 e liquidou após 1 mês
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡
𝑀 = 900(1 + 0,1)2 → 𝑀 = 1089,00
Depois de dois meses João pagou R$ 600,00.
1089-600=489
𝑀 = 489(1 + 0,1)1 = 537,90

06. Resposta: E.
A fórmula de juros compostos é M = C(1 + i)t e do enunciado temos que M = 1.000.000, C = 1.000, i
= 10% = 0,1:

1.000.000 = 1.000(1 + 0,1)t


1.000.000
1.000
= (1,1)𝑡

(1,1)𝑡 = 1.000 (agora para calcular t temos que usar logaritmo no dois lados da equação para pode
utilizar a propriedade log 𝑎 𝑁 𝑚 = 𝑚. log 𝑎 𝑁, o expoente m passa multiplicando)

log(1,1)𝑡 = log 1.000

t.log 1,1 = log 103 (lembrando que 1000 = 103 e que o logaritmo é de base 10)

t.0,04 = 3
3 3 3
t = 0,04 = 4.10−2 = 4 . 102

3
t = 4 . 100 anos, portanto, ¾ de século.

07. Resposta: A.
M=C(1+i)t
2C=C(1+0,2)t
2=1,2t

Log2=log1,2t
Log2=t.log1,2
0,3=0,08t
T=3,75 meses

08. Resposta: B.
M = C. (1 + i)t
C = 45.000

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
71
i = 0,02
--------------------
C = 135.000
i= 0,08
45.000 (1+ i)t = 135.000 (1 + i)t
45.000 (1 + 0,2)t = 135.000 (1 + 0,08)t
45.000 (1,2)t = 135.000 (1,08)t
135.000/45.000 = (1,2/1,08)t
3 = (10/9)t
log3 = t.log (10/9)
0,48 = (log10 - log9).t
0,48 = (1 - 2log3).t
0,48 = (1 - 2.0,48).t
0,48 = (1 - 0,96).t
0,48 = 0,04.t
t = 0,48/0,04
t = 12

09. Resposta: 05.


M = C (1 + i) t
1159,27 = 1000 ( 1 + 0,03)t
1159,27 = 1000.1,03t
ln 1159,27 = ln (1000 . 1,03t)
7,06 = ln1000 + ln 1,03t
7,06 = 6,91 + t . ln 1,03
0,15 = t . 0,03
t=5

CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS - N

O conjunto dos números naturais é representado pela letra maiúscula N e estes números são
construídos com os algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos como algarismos
indo-arábicos. Embora o zero não seja um número natural no sentido que tenha sido proveniente de
objetos de contagens naturais, iremos considerá-lo como um número natural uma vez que ele tem as
mesmas propriedades algébricas que estes números.
Na sequência consideraremos que os naturais têm início com o número zero e escreveremos este
conjunto como: N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}

As reticências (três pontos) indicam que este conjunto não tem fim. N é um conjunto com infinitos
números.

Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o conjunto será representado por:
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...}

Subconjuntos notáveis em N:

1 – Números Naturais não nulos 2 – Números Naturais pares


N* ={1,2,3,4,...,n,...}; N* = N-{0} Np = {0,2,4,6,...,2n,...}; com n ∈ N
3 - Números Naturais ímpares 4 - Números primos
Ni = {1,3,5,7,...,2n+1,...} com n ∈ N P={2,3,5,7,11,13...}

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
72
A construção dos Números Naturais
- Todo número natural dado tem um sucessor (número que vem depois do número dado),
considerando também o zero.
Exemplos: Seja m um número natural.
a) O sucessor de m é m+1.
b) O sucessor de 0 é 1.
c) O sucessor de 3 é 4.

- Se um número natural é sucessor de outro, então os dois números juntos são chamados números
consecutivos.
Exemplos:
a) 1 e 2 são números consecutivos.
b) 7 e 8 são números consecutivos.
c) 50 e 51 são números consecutivos.

- Vários números formam uma coleção de números naturais consecutivos se o segundo é sucessor
do primeiro, o terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do terceiro e assim sucessivamente.
Exemplos:
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
b) 7, 8 e 9 são consecutivos.
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.

- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um antecessor (número que vem antes do número
dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.

O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais pares. Embora uma sequência
real seja outro objeto matemático denominado função, algumas vezes utilizaremos a denominação
sequência dos números naturais pares para representar o conjunto dos números naturais pares: P = {0,
2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais ímpares, às vezes também
chamados, a sequência dos números ímpares. I = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}

Operações com Números Naturais


Na sequência, estudaremos as duas principais operações possíveis no conjunto dos números
naturais. Praticamente, toda a Matemática é construída a partir dessas duas operações: adição e
multiplicação.

- Adição de Números Naturais


A primeira operação fundamental da Aritmética tem por finalidade reunir em um só número, todas as
unidades de dois ou mais números.
Exemplo:
5 + 4 = 9, onde 5 e 4 são as parcelas e 9 soma ou total

-Subtração de Números Naturais


É usada quando precisamos tirar uma quantia de outra, é a operação inversa da adição. A operação
de subtração só é válida nos naturais quando subtraímos o maior número do menor, ou seja quando a-
b tal que a≥ 𝑏.
Exemplo:
254 – 193 = 61, onde 254 é o Minuendo, o 193 Subtraendo e 061 a diferença.

Obs.: o minuendo também é conhecido como aditivo e o subtraendo como subtrativo.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
73
- Multiplicação de Números Naturais

É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro número denominado multiplicando ou
parcela, tantas vezes quantas são as unidades do segundo número denominadas multiplicador.
Exemplo:
2 x 5 = 10, onde 2 e 5 são os fatores e o 10 produto.

- 2 vezes 5 é somar o número 2 cinco vezes: 2 x 5 = 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 10. Podemos no lugar do “x”


(vezes) utilizar o ponto “. “, para indicar a multiplicação).

- Divisão de Números Naturais


Dados dois números naturais, às vezes necessitamos saber quantas vezes o segundo está contido
no primeiro. O primeiro número que é o maior é denominado dividendo e o outro número que é menor
é o divisor. O resultado da divisão é chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor pelo quociente
obteremos o dividendo.
No conjunto dos números naturais, a divisão não é fechada, pois nem sempre é possível dividir um
número natural por outro número natural e na ocorrência disto a divisão não é exata.

Relações essenciais numa divisão de números naturais:

- Em uma divisão exata de números naturais, o divisor deve ser menor do que o dividendo.
35 : 7 = 5

- Em uma divisão exata de números naturais, o dividendo é o produto do divisor pelo quociente.
35 = 5 x 7

- A divisão de um número natural n por zero não é possível pois, se admitíssemos que o quociente
fosse q, então poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0 x q = 0 o que não é correto!
Assim, a divisão de n por 0 não tem sentido ou ainda é dita impossível.

Propriedades da Adição e da Multiplicação dos números Naturais

Para todo a, b e c ∈ 𝑁
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b + a
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
4) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
5) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
6) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
7) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b +c ) = ab + ac
8) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração: a .(b –c) = ab –ac
9) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de um número natural por outro número natural,
continua como resultado um número natural.

Questões

01. (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) A partir de 1º de março, uma cantina escolar adotou um
sistema de recebimento por cartão eletrônico. Esse cartão funciona como uma conta corrente: coloca-
se crédito e vão sendo debitados os gastos. É possível o saldo negativo. Enzo toma lanche diariamente
na cantina e sua mãe credita valores no cartão todas as semanas. Ao final de março, ele anotou o seu
consumo e os pagamentos na seguinte tabela:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
74
No final do mês, Enzo observou que tinha
(A) crédito de R$ 7,00.
(B) débito de R$ 7,00.
(C) crédito de R$ 5,00.
(D) débito de R$ 5,00.
(E) empatado suas despesas e seus créditos.

02. (PREF. IMARUI/SC – AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS - PREF. IMARUI/2014) José,


funcionário público, recebe salário bruto de R$ 2.000,00. Em sua folha de pagamento vem o desconto
de R$ 200,00 de INSS e R$ 35,00 de sindicato. Qual o salário líquido de José?
(A) R$ 1800,00
(B) R$ 1765,00
(C) R$ 1675,00
(D) R$ 1665,00

03. (Professor/Pref.de Itaboraí) O quociente entre dois números naturais é 10. Multiplicando-se o
dividendo por cinco e reduzindo-se o divisor à metade, o quociente da nova divisão será:
(A) 2
(B) 5
(C) 25
(D) 50
(E) 100

04. (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ – OPERADOR DE MÁQUINAS – ALTERNATIVE


CONCURSOS) Em uma loja, as compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes sem juros.
Se João comprar uma geladeira no valor de R$ 2.100,00 em 12 vezes, pagará uma prestação de:
(A) R$ 150,00.
(B) R$ 175,00.
(C) R$ 200,00.
(D) R$ 225,00.

05. PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Ontem,


eu tinha 345 bolinhas de gude em minha coleção. Porém, hoje, participei de um campeonato com meus
amigos e perdi 67 bolinhas, mas ganhei outras 90. Sendo assim, qual a quantidade de bolinhas que
tenho agora, depois de participar do campeonato?
(A) 368
(B) 270
(C) 365
(D) 290
(E) 376

06. (Pref. Niterói) João e Maria disputaram a prefeitura de uma determinada cidade que possui
apenas duas zonas eleitorais. Ao final da sua apuração o Tribunal Regional Eleitoral divulgou a seguinte
tabela com os resultados da eleição. A quantidade de eleitores desta cidade é:
1ª Zona Eleitoral 2ª Zona Eleitoral
João 1750 2245
Maria 850 2320
Nulos 150 217
Brancos 18 25
Abstenções 183 175

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
75
(A) 3995
(B) 7165
(C) 7532
(D) 7575
(E) 7933

07. (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Durante


um mutirão para promover a limpeza de uma cidade, os 15.000 voluntários foram igualmente divididos
entre as cinco regiões de tal cidade. Sendo assim, cada região contou com um número de voluntários
igual a:
(A) 2500
(B) 3200
(C) 1500
(D) 3000
(E) 2000

08. EBSERH/HU-UFGD – Técnico em Informática – AOCP/2014) Joana pretende dividir um


determinado número de bombons entre seus 3 filhos. Sabendo que o número de bombons é maior que
24 e menor que 29, e que fazendo a divisão cada um dos seus 3 filhos receberá 9 bombons e sobrará
1 na caixa, quantos bombons ao todo Joana possui?
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28

09. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) O sucessor do dobro de determinado número


é 23. Esse mesmo determinado número somado a 1 e, depois, dobrado será igual a
(A) 24.
(B) 22.
(C) 20.
(D) 18.
(E) 16.

10. (Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto/SP – Agente de Administração – VUNESP/2014) Em


uma gráfica, a máquina utilizada para imprimir certo tipo de calendário está com defeito, e, após imprimir
5 calendários perfeitos (P), o próximo sai com defeito (D), conforme mostra o esquema.

Considerando que, ao se imprimir um lote com 5 000 calendários, os cinco primeiros saíram perfeitos
e o sexto saiu com defeito e que essa mesma sequência se manteve durante toda a impressão do lote,
é correto dizer que o número de calendários perfeitos desse lote foi
(A) 3 642.
(B) 3 828.
(C) 4 093.
(D) 4 167.
(E) 4 256.
Respostas

01. Resposta: B.
Crédito: 40 + 30 + 35 + 15 = 120
Débito: 27 + 33 + 42 + 25 = 127
120 – 127 = - 7
Ele tem um débito de R$ 7,00.

02. Resposta: B.
2000 – 200 = 1800 – 35 = 1765
O salário líquido de José é R$ 1.765,00.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
76
03. Resposta: E.
D= dividendo
d= divisor
Q = quociente = 10
R= resto = 0 (divisão exata)
Equacionando:
D = d.Q + R
D = d.10 + 0  D = 10d
Pela nova divisão temos:
𝑑 𝑑
5𝐷 = 2 . 𝑄 → 5. (10𝑑) = 2 . 𝑄 , isolando Q temos:
50𝑑 2
𝑄= → 𝑄 = 50𝑑. → 𝑄 = 50.2 → 𝑄 = 100
𝑑 𝑑
2
04. Resposta: B.
2100
12
= 175
Cada prestação será de R$175,00

05. Resposta: A.
345 – 67 = 278
Depois ganhou 90
278 + 90 = 368

06. Resposta: E.
Vamos somar a 1ª Zona: 1750 + 850 + 150 + 18 + 183 = 2951
2ª Zona: 2245 + 2320 + 217 + 25 + 175 = 4982
Somando os dois: 2951 + 4982 = 7933

07. Resposta: D.
15000
= 3000
5
Cada região terá 3000 voluntários.

08. Resposta: E.
Sabemos que 9. 3 = 27 e que, para sobrar 1, devemos fazer 27 + 1 = 28.

09. Resposta: A.
Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto o número é 11.
(11 + 1)2 = 24

10. Resposta: D.
Vamos dividir 5000 pela sequência repetida (6):
5000 / 6 = 833 + resto 2.
Isto significa que saíram 833. 5 = 4165 calendários perfeitos, mais 2 calendários perfeitos que
restaram na conta de divisão.
Assim, são 4167 calendários perfeitos.

CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS – Z

Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião do conjunto dos números naturais N = {0,
1, 2, 3, 4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto é denotado pela
letra Z (Zahlen = número em alemão).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
77
O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos notáveis:

- O conjunto dos números inteiros não nulos:


Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...};
Z* = Z – {0}

- O conjunto dos números inteiros não negativos:


Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N

- O conjunto dos números inteiros positivos:


Z*+ = {1, 2, 3, 4,...}

- O conjunto dos números inteiros não positivos:


Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}

- O conjunto dos números inteiros negativos:


Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1}

Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a distância ou afastamento desse número até o
zero, na reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |.
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.

Números Opostos: Dois números inteiros são ditos opostos um do outro quando apresentam soma
zero; assim, os pontos que os representam distam igualmente da origem.
Exemplo: O oposto do número 3 é -3, e o oposto de -3 é 3, pois 3 + (-3) = (-3) + 3 = 0
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de
zero é o próprio zero.

Adição de Números Inteiros


Para melhor entendimento desta operação, associaremos aos números inteiros positivos a ideia de
ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de perder.
Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7)
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3)
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (- 8) + (+ 5) = (- 3)

O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo
nunca pode ser dispensado.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
78
Subtração de Números Inteiros
A subtração é empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a outra.

A subtração é a operação inversa da adição.


Observe que em uma subtração o sinal do resultado é sempre do maior número!!!
4+5=9
4 – 5 = -1

Considere as seguintes situações:

1 - Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a
variação da temperatura?
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – (+3) = +3

2 - Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura
baixou de 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) = +3

Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Temos:
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3

Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o mesmo que adicionar o primeiro com o
oposto do segundo.

Fique Atento: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., entre outros, precedidos de sinal
negativo, tem o seu sinal invertido, ou seja, é dado o seu oposto.

Multiplicação de Números Inteiros


A multiplicação funciona como uma forma simplificada de uma adição quando os números são
repetidos. Poderíamos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma
quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar 30 objetos
e está repetição pode ser indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Observamos que a multiplicação é um caso particular da adição onde os valores são repetidos.
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem
nenhum sinal entre as letras.

Divisão de Números Inteiros

- Divisão exata de números inteiros.


Veja o cálculo:
(– 20): (+ 5) = q  (+ 5) . q = (– 20)  q = (– 4)
Logo: (– 20): (+ 5) = - 4

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
79
Considerando os exemplos dados, concluímos que, para efetuar a divisão exata de um número inteiro
por outro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo módulo do divisor.
Exemplo: (+7): (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não podem ser realizadas em Z, pois o resultado
não é um número inteiro.
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa e não tem a propriedade da existência
do elemento neutro.
- Não existe divisão por zero.
- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero, é zero, pois o produto de qualquer
número inteiro por zero é igual a zero.
Exemplo: 0: (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0

Regra de Sinais da Multiplicação e Divisão:


→ Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo.
→ Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre negativo.

Potenciação de Números Inteiros


A potência an do número inteiro a, é definida como um produto de n fatores iguais. O número a é
denominado a base e o número n é o expoente.an = a x a x a x a x ... x a , a é multiplicado por a n vezes

Exemplos:
33 = (3) x (3) x (3) = 27
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
(+9)² = (+9) x (+9) = 81

- Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.


Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9

- Toda potência de base negativa e expoente par é um número inteiro positivo.


Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64

- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um número inteiro negativo.


Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125

- Propriedades da Potenciação:

1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e somam-se os expoentes. (–


7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (–7)9

2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.


(-13)8 : (-13)6 = (-13)8 – 6 = (-13)2

3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes. [(-8)5]2 = (-8)5 . 2 = (-


10
8)

4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (-8)1 = -8 e (+70)1 = +70

5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual a 1.


Exemplo: (+3)0 = 1 e (–53)0 = 1

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
80
Radiciação de Números Inteiros
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é a operação que resulta em outro número inteiro
não negativo b que elevado à potência n fornece o número a. O número n é o índice da raiz enquanto
que o número a é o radicando (que fica sob o sinal do radical).
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a é a operação que resulta em outro número
inteiro não negativo que elevado ao quadrado coincide com o número a.

Atenção: Não existe a raiz quadrada de um número inteiro negativo no conjunto dos números
inteiros.

Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas
aparecimento de:
9 = ± 3, mas isto está errado. O certo é: 9 = +3

Observamos que não existe um número inteiro não negativo que multiplicado por ele mesmo resulte
em um número negativo.

A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a operação que resulta em outro número inteiro
que elevado ao cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os nossos cálculos somente aos
números não negativos.

Exemplos:
3
(a) 8 = 2, pois 2³ = 8.
(b)  8 = –2, pois (–2)³ = -8.
3

3
(c) 27 = 3, pois 3³ = 27.
(d)  27 = –3, pois (–3)³ = -27.
3

Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de números inteiros, concluímos que:
(1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número inteiro negativo.
(2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número inteiro.

Propriedades da Adição e da Multiplicação dos números Inteiros


Para todo a, b e c ∈ 𝑍
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b +a
3) Elemento neutro da adição : a + 0 = a
4) Elemento oposto da adição: a + (-a) = 0
5) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
6) Comutativa da multiplicação : a.b = b.a
7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b +c ) = ab + ac
9) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração: a .(b –c) = ab –ac
10) Elemento inverso da multiplicação: Para todo inteiro z diferente de zero, existe um inverso
z –1 = 1/z em Z, tal que, z x z–1 = z x (1/z) = 1
11) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de um número natural por outro número natural,
continua como resultado um número natural.

Questões

01 (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE EDUCACIONAL – VUNESP/2013) Para zelar pelos jovens


internados e orientá-los a respeito do uso adequado dos materiais em geral e dos recursos utilizados
em atividades educativas, bem como da preservação predial, realizou-se uma dinâmica elencando
“atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que
cada um classificasse suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo (+4) pontos a cada atitude

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
81
positiva e (-1) a cada atitude negativa. Se um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes
anotadas, o total de pontos atribuídos foi
(A) 50.
(B) 45.
(C) 42.
(D) 36.
(E) 32.

02. (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja
gastar a maior quantidade possível, sem ficar devendo na loja. Verificou o preço de alguns produtos:
TV: R$ 562,00
DVD: R$ 399,00
Micro-ondas: R$ 429,00
Geladeira: R$ 1.213,00

Na aquisição dos produtos, conforme as condições mencionadas, e pagando a compra em dinheiro,


o troco recebido será de:
(A) R$ 84,00
(B) R$ 74,00
(C) R$ 36,00
(D) R$ 26,00
(E) R$ 16,00

03. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2013) Multiplicando-se o maior


número inteiro menor do que 8 pelo menor número inteiro maior do que - 8, o resultado encontrado será
(A) - 72
(B) - 63
(C) - 56
(D) - 49
(E) – 42

04. (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Em um jogo


de tabuleiro, Carla e Mateus obtiveram os seguintes resultados:

Carla Mateus
1ª Partida Ganhou 520 pontos 1ª Partida Perdeu 280 pontos
2ª Partida Perdeu 220 pontos 2ª Partida Ganhou 675 pontos
3ª Partida Perdeu 485 pontos 3ª Partida Ganhou 295 pontos
4ª partida Ganhou 635 pontos 4ª partida Perdeu 1155 pontos

Ao término dessas quatro partidas,


(A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
(B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
(C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
(D) Carla e Mateus empataram.

05. (PREFEITURA DE PALMAS/TO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO EDUCACIONAL – COPESE -


UFT/2013) Num determinado estacionamento da cidade de Palmas há vagas para carros e motos.
Durante uma ronda dos agentes de trânsito, foi observado que o número total de rodas nesse
estacionamento era de 124 (desconsiderando os estepes dos veículos). Sabendo que haviam 12 motos
no estacionamento naquele momento, é CORRETO afirmar que estavam estacionados:
(A) 19 carros
(B) 25 carros
(C) 38 carros
(D) 50 carros

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
82
06. (CASA DA MOEDA) O quadro abaixo indica o número de passageiros num voo entre Curitiba e
Belém, com duas escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números positivos indicam a
quantidade de passageiros que subiram no avião e os negativos, a quantidade dos que desceram em
cada cidade.
Curitiba +240
-194
Rio de Janeiro
+158
-108
Brasília
+94

O número de passageiros que chegou a Belém foi:


(A) 362
(B) 280
(C) 240
(D) 190
(E) 135

07. (Pref.de Niterói) As variações de temperatura nos desertos são extremas. Supondo que durantes
o dia a temperatura seja de 45ºC e à noite seja de -10ºC, a diferença de temperatura entre o dia e noite,
em ºC será de:
(A) 10
(B) 35
(C) 45
(D) 50
(E) 55

08. (Pref.de Niterói) Um trabalhador deseja economizar para adquirir a vista uma televisão que custa
R$ 420,00. Sabendo que o mesmo consegue economizar R$ 35,00 por mês, o número de meses que
ele levará para adquirir a televisão será:
(A) 6
(B) 8
(C) 10
(D) 12
(E) 15

09. (Pref.de Niterói) Um estudante empilhou seus livros, obtendo uma única pilha 52cm de altura.
Sabendo que 8 desses livros possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem
espessura de 3cm, o número de livros na pilha é:
(A) 10
(B) 15
(C) 18
(D) 20
(E) 22

10. (FINEP – Assistente – Apoio administrativo – CESGRANRIO/2014) Um menino estava parado


no oitavo degrau de uma escada, contado a partir de sua base (parte mais baixa da escada). A escada
tinha 25 degraus. O menino subiu mais 13 degraus. Logo em seguida, desceu 15 degraus e parou
novamente. A quantos degraus do topo da escada ele parou?
(A) 8
(B) 10
(C) 11
(D) 15
(E) 19

Respostas

01. Resposta: A.
50-20=30 atitudes negativas

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
83
20.4=80
30.(-1)=-30
80-30=50

02. Resposta: D.
Geladeira + Micro-ondas + DVD = 1213 + 429 + 399 = 2041
Geladeira + Micro-ondas + TV = 1213 + 429 + 562 = 2204, extrapola o orçamento
Geladeira + TV + DVD = 1213 + 562 + 399 = 2174, é a maior quantidade gasta possível dentro do
orçamento.
Troco:2200 – 2174 = 26 reais

03. Resposta: D.
Maior inteiro menor que 8 é o 7
Menor inteiro maior que - 8 é o - 7.
Portanto: 7(- 7) = - 49

04. Resposta: C.
Carla: 520 – 220 – 485 + 635 = 450 pontos
Mateus: - 280 + 675 + 295 – 115 = 575 pontos
Diferença: 575 – 450 = 125 pontos

05. Resposta: B.
Moto: 2 rodas
Carro: 4
12.2=24
124-24=100
100/4=25 carros

06. Resposta: D.
240 - 194 + 158 - 108 + 94 = 190

07. Resposta: E.
45 – (- 10) = 55

08. Resposta: D.
420 : 35 = 12 meses

09. Resposta: D.
São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm
Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3 cm, temos:
52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm
36 : 3 = 12 livros de 3 cm
O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.

10. Resposta: E.
8 + 13 = 21
21– 15 = 6
25 – 6 = 19

MÚLTIPLOS E DIVISORES

Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30.


Podemos dizer então que:

“30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5) que multiplicado por 6 dá como resultado
30.”
Um número natural a é divisível por um número natural b, não-nulo, se existir um número natural c,
tal que c . b = a.
Ainda com relação ao exemplo 30 : 6 = 5, temos que:
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
84
30 é múltiplo de 6, e 6 é divisor de 30.

Conjunto dos múltiplos de um número natural: É obtido multiplicando-se esse número pela
sucessão dos números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,...
Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo, multiplicamos por 7 cada um dos números
da sucessão dos naturais:

7x0=0
7x1=7
7 x 2 = 14
7 x 3 = 21
7 x 4 = 28
7 x 5 = 35

O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7,
14, 21, 28,...}.

Observações:
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
- Todo número natural é múltiplo de 1.
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múltiplos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares, e a fórmula geral desses números é
2k (k  N). Os demais são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k + 1
(k  N).
O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k  Z.

Critérios de divisibilidade: São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número é ou não
divisível por outro, sem efetuarmos a divisão.

Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando


ele é par.

Exemplos:
a) 9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par.
b) 4321 não é divisível por 2, pois termina em 1, e não é par.

Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos é divisível por 3.

Exemplos:
a) 65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é divisível por 3.
b) 15443 não é divisível por 3, pois 1+ 5 + 4 + 4 + 3 = 17, e 17 não é divisível por 3.

Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando seus dois algarismos são 00 ou formam
um número divisível por 4.

Exemplos:
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00.
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é divisível por 4.
c) 76315 não é divisível por 4, pois termina em 15, e 15 não é divisível por 4.

Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5.

Exemplos:
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0.
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5.
c) 6324 não é divisível por 5, pois termina em 4.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
85
Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo.

Exemplos:
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4 + 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18).
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8 + 0 + 5 + 3 + 0 = 16).
c) 531561 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2.

Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando o último algarismo do número, multiplicado
por 2, subtraído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo de 7. Neste, o processo
será repetido a fim de diminuir a quantidade de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade
por 7.

Exemplo: 41909 é divisível por 7 conforme podemos conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172  2.2 =
4 ; 417 – 4 = 413  3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7.

Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando seus três últimos algarismos forem 000 ou
formarem um número divisível por 8.

Exemplos:
a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos são 000.
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 24, que é divisível por
8.
c) 34125 não é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 125, que não é
divisível por 8.

Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos formam um número divisível por 9.

Exemplos:
a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 = 27 é divisível por 9.
b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 = 14 não é divisível por 9.

Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10 quando seu algarismo da unidade termina em
zero.

Exemplos:
a) 563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
b) 246321 não é divisível por 10, pois não termina em zero.

Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11 quando a diferença entre a soma dos algarismos
de posição ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um número divisível por 11 ou
quando essas somas forem iguais.

Exemplos:
- 43813:
a) 1º 3º 5º  Algarismos de posição ímpar.(Soma dos algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3
= 15.)
4 3 8 1 3
2º 4º  Algarismos de posição par.(Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 = 4)

15 – 4 = 11  diferença divisível por 11. Logo 43813 é divisível por 11.

-83415721:
b) 1º 3º 5º 7º  (Soma dos algarismos de posição ímpar:8 + 4 + 5 + 2 = 19)
8 3 4 1 5 7 2 1
2º 4º 6º 8º  (Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 + 7 + 1 = 12)

19 – 12 = 7  diferença que não é divisível por 11. Logo 83415721 não é divisível por 11.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
86
Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo
tempo.

Exemplos:
a) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 ( 7 + 8 + 3 + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
b) 652011 não é divisível por 12, pois não é divisível por 4 (termina em 11).
c) 863104 não é divisível por 12, pois não é divisível por 3 ( 8 + 6 + 3 +1 + 0 + 4 = 22).

Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo
tempo.

Exemplos:
a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 ( 6 + 5 + 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
b) 723042 não é divisível por 15, pois não é divisível por 5 (termina em 2).
c) 673225 não é divisível por 15, pois não é divisível por 3 ( 6 + 7 + 3 + 2 + 2 + 5 = 25).

Fatoração numérica
Essa fatoração se dá através da decomposição em fatores primos. Para decompormos um número
natural em fatores primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo, após pegamos o quociente
e dividimos o pelo seu menor divisor, e assim sucessivamente até obtermos o quociente 1. O produto
de todos os fatores primos representa o número fatorado.
Exemplo:

Divisores de um número natural


Vamos pegar como exemplo o número 12 na sua forma fatorada:
12 = 22 . 31

O número de divisores naturais é igual ao produto dos expoentes dos fatores primos acrescidos de
1.
Logo o número de divisores de 12 são:
⏟2 . ⏟
2 31  (2 + 1).(1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais
(2+1) (1+1)

Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos cada fator da decomposição e seu
respectivo expoente natural que varia de zero até o expoente com o qual o fator se apresenta na
decomposição do número natural.

Exemplo:
12 = 22 . 31  22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
20 . 30=1
20 . 31=3
21 . 30=2
21 . 31=2.3=6
22 . 31=4.3=12
22 . 30=4

O conjunto de divisores de 12 são: D(12)={1, 2, 3, 4, 6, 12}


A soma dos divisores é dada por : 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28

Obs.: para sabermos o conjunto dos divisores inteiros de 12, basta multiplicarmos o resultado por 2
( dois divisores, um negativo e o outro positivo).
Assim teremos que D(12) = 6.2 = 12 divisores inteiros.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
87
Questões

01. (Fuvest-SP) O número de divisores positivos do número 40 é:


(A) 8
(B) 6
(C) 4
(D) 2
(E) 20

02. (Professor/Pref.Itaboraí) O máximo divisor comum entre dois números naturais é 4 e o produto
dos mesmos 96. O número de divisores positivos do mínimo múltiplo comum desses números é:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8
(E) 10

03. (Pedagogia/DEPEN) Considere um número divisível por 6, composto por 3 algarismos distintos
e pertencentes ao conjunto A={3,4,5,6,7}.A quantidade de números que podem ser formados sob tais
condições é:
(A) 6
(B) 7
(C) 9
(D) 8
(E) 10

04. (Pref.de Niterói) No número a=3x4, x representa um algarismo de a. Sabendo-se que a é


divisível, a soma dos valores possíveis para o algarismo x vale:
(A) 2
(B) 5
(C) 8
(D) 12
(E) 15

05. (BANCO DO BRASIL/CESGRANRIO/2014) Em uma caixa há cartões. Em cada um dos cartões


está escrito um múltiplo de 4 compreendido entre 22 e 82. Não há dois cartões com o mesmo número
escrito, e a quantidade de cartões é a maior possível. Se forem retirados dessa caixa todos os cartões
nos quais está escrito um múltiplo de 6 menor que 60, quantos cartões restarão na caixa?
(A)12
(B)11
(C)3
(D)5
(E) 10

06. (METRÔ/SP 2012 - FCC - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR) Seja o


número inteiro 5X7Y,em que X e Y representam os algarismos das centenas e das unidades
respectivamente. O total de pares de valores (X,Y),que tornam tal número divisível por 18,é
(A)8
(B)7
(C)6
(D)5
(E) 4

07. (BRDE-RS) Considere os números abaixo, sendo n um número natural positivo.


I) 10n + 2
II) 2 . 10n + 1
III) 10n+3 – 10n

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
88
Quais são divisíveis por 6?
(A) apenas II
(B) apenas III
(C) apenas I e III
(D) apenas II e III
(E) I, II e III

Respostas

01. Resposta: A.
Vamos decompor o número 40 em fatores primos.
40 = 23 . 51 ; pela regra temos que devemos adicionar 1 a cada expoente:
3 + 1 = 4 e 1 + 1 = 2 ; então pegamos os resultados e multiplicamos 4.2 = 8, logo temos 8 divisores
de 40.

02. Resposta: D.
Sabemos que o produto de MDC pelo MMC é:
MDC(A, B).MMC(A, B) = A.B, temos que MDC(A, B) = 4 e o produto entre eles 96, logo:
4 . MMC(A, B) = 96  MMC(A, B) = 96/4  MMC(A, B) = 24 , fatorando o número 24 temos:
24 = 23 .3 , para determinarmos o número de divisores, pela regra, somamos 1 a cada expoente e
multiplicamos o resultado:
(3 + 1).(1 + 1) = 4.2 = 8

03. Resposta: D.
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo, e por isso deverá ser par
também, e a soma dos seus algarismos deve ser um múltiplo de 3.
Logo os finais devem ser 4 e 6:
354, 456, 534, 546, 564, 576, 654, 756, logo temos 8 números.

04. Resposta: E.
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo. Um número é divisível por 3
quando a sua soma for múltiplo de 3.
3 + x + 4 = .... os valores possíveis de x são 2, 5 e 8, logo 2 + 5 + 8 = 15

05. Resposta: A.
Um número é divisível por 4 quando seus dois algarismos são 00 ou formam um número divisível por
4.
Vamos enumerar todos os múltiplos de 4: 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, 52, 56, 60, 64, 68, 72, 76, 78.
Retirando os múltiplos de 6 menores que 60 temos: 24, 36 e 48 (3 ao todo)
Logo : 15 – 3 = 12

06. Resposta: C.
Temos que para 5X7Y ser divisível por 18 ele também divisível por 9
5 + x + 7 + y = 9k  x = 9k – (12 + y), onde k é natural
Para ser divisível por 18 o algarismo da unidade tem que ser divisível por 2, logo precisa ser par.
Temos para y = 0, 2, 4, 6, 8
Fazendo cada caso temos:
y = 0; x = 9k – (12 + 0)  x = 9k – 12  k = 2, por que um número que multiplicado por 9 (para ser
múltiplo) que seja próximo de 12 é ; x = 9.2 – 12  x = 18 – 12  x = 6
y = 2 ; x = 9k – (12 + 2) x = 9k – 14, mantemos o raciocínio acima temos: k = 2; x = 18 – 14  x =
4
y = 4 ; x = 9k – (12 + 4)  x = 9k – (16); k = 2  x = 18 – 16  x = 2
y = 6 ; x = 9k – (12 + 6)  x = 9k – (18); k = 2 e o próximo múltiplo seria 27, então k = 3 ;
x = 18 – 18  x = 0 e x = 27 – 18  x = 9
y = 8 ; x = 9k – (12 + 8)  k = 3; x = 27 – 20  x = 7
Montando os pares temos: (6, 0); (4, 2); (2, 4); (0, 6); (9, 6); (7, 8) ao todo 6 pares.

07. Resposta: C.
n ∈ N divisíveis por 6:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
89
I) II) III)
N 10n+2 2 x 10n+1 10n+3 – 10n
1 10 + 2 = 12 20 + 1 = 21 999 x 10 = 9990
2 100 + 2 = 102 200 + 1 = 201 999 x 100 = 99900
3 1000 + 2 = 1002 2000 + 1 = 2001 999 x 1000 = 999000
4 10000 + 2 = 10002 20000 + 1 = 20001 999 x 10000 = 999000

I) É divisível por 2 e por 3, logo é por 6. (Verdadeira)


II) Os resultados são ímpares, logo não são por 2. (Falsa)
III) É Verdadeira, pela mesma razão que a I
MDC

O máximo divisor comum(MDC) de dois ou mais números é o maior número que é divisor comum de
todos os números dados. Consideremos:

- o número 18 e os seus divisores naturais:


D+ (18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}.

- o número 24 e os seus divisores naturais:


D+ (24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}.

Podemos descrever, agora, os divisores comuns a 18 e 24:


D+ (18) ∩ D+ (24) = {1, 2, 3, 6}.

Observando os divisores comuns, podemos identificar o maior divisor comum dos números 18 e 24,
ou seja: MDC (18, 24) = 6.

Outra técnica para o cálculo do MDC:

 Decomposição em fatores primos


Para obtermos o MDC de dois ou mais números por esse processo, procedemos da seguinte
maneira:

- Decompomos cada número dado em fatores primos.


- O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada um deles elevado ao seu menor expoente.
Exemplo:

MMC

O mínimo múltiplo comum(MMC) de dois ou mais números é o menor número positivo que é múltiplo
comum de todos os números dados. Consideremos:

- O número 6 e os seus múltiplos positivos:


M*+ (6) = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, ...}

- O número 8 e os seus múltiplos positivos:


M*+ (8) = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, ...}

Podemos descrever, agora, os múltiplos positivos comuns:


M*+ (6) M*+ (8) = {24, 48, 72, ...}

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
90
Observando os múltiplos comuns, podemos identificar o mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8,
ou seja: MMC (6, 8) = 24

Outra técnica para o cálculo do MMC:

 Decomposição isolada em fatores primos


Para obter o MMC de dois ou mais números por esse processo, procedemos da seguinte maneira:

- Decompomos cada número dado em fatores primos.


- O MMC é o produto dos fatores comuns e não-comuns, cada um deles elevado ao seu maior
expoente.
Exemplo:

O produto do MDC e MMC é dado pela fórmula abaixo:

MDC(A,B).MMC(A,B)= A.B

Questões

01. (SAAE/SP – Técnico em Informática – VUNESP/2014) Uma pessoa comprou um pote com
ovinhos de chocolate e, ao fazer pacotinhos, todos com a mesma quantidade de ovinhos, percebeu que,
colocando 8 ou 9 ou 12 ovinhos em cada pacotinho sempre sobrariam 3 ovinhos no pote. O menor
número de ovinhos desse pote é
(A) 38.
(B) 60.
(C) 75.
(D) 86.
(E) 97.

02. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB/2014) O policiamento em uma praça da cidade é


realizado por um grupo de policiais, divididos da seguinte maneira:

Toda vez que o grupo completo se encontra, troca informações sobre as ocorrências. O tempo
mínimo em minutos, entre dois encontros desse grupo completo será:
(A) 160
(B) 200
(C) 240
(D) 150
(E) 180

03. (METRÔ/SP – Usinador Ferramenteiro – FCC/2014) Na linha 1 de um sistema de Metrô, os


trens partem 2,4 em 2,4 minutos. Na linha 2 desse mesmo sistema, os trens partem de 1,8 em 1,8
minutos. Se dois trens partem, simultaneamente das linhas 1 e 2 às 13 horas, o próximo horário desse
dia em que partirão dois trens simultaneamente dessas duas linhas será às 13 horas,

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
91
(A) 10 minutos e 48 segundos.
(B) 7 minutos e 12 segundos.
(C) 6 minutos e 30 segundos.
(D) 7 minutos e 20 segundos.
(E) 6 minutos e 48 segundos.

04. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP/2014) Fernanda divide as despesas de


um apartamento com suas amigas. À Fernanda coube pagar a conta de água a cada três meses, a
conta de luz a cada dois meses e o aluguel a cada quatro meses. Sabendo-se que ela pagou as três
contas juntas em março deste ano, esses três pagamentos irão coincidir, novamente, no ano que vem,
em
(A) fevereiro.
(B) março.
(C) abril.
(D) maio.
(E) junho.

05. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB/2014) Marcelo é encarregado de dividir as


entregas da empresa em que trabalha. No início do seu turno, ele observou que todas as entregas do
dia poderão ser divididas igualmente entre 4, 6, 8, 10 ou 12 entregadores, sem deixar sobras. Assinale
a alternativa que representa o menor número de entregas que deverão ser divididas por ele nesse turno.
(A) 48
(B) 60
(C) 80
(D) 120
(E) 180

06. (Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto/SP – Agente de Administração – VUNESP/2014) Em


janeiro de 2010, três entidades filantrópicas (sem fins lucrativos) A, B e C, realizaram bazares
beneficentes para arrecadação de fundos para obras assistenciais. Sabendo-se que a entidade A realiza
bazares a cada 4 meses (isto é, faz o bazar em janeiro, o próximo em maio e assim sucessivamente), a
entidade B realiza bazares a cada 5 meses e C, a cada 6 meses, então a próxima vez que os bazares
dessas três entidades irão coincidir no mesmo mês será no ano de
(A) 2019.
(B) 2018.
(C) 2017.
(D) 2016.
(E) 2015.

07. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB/2014) Osvaldo é responsável pela


manutenção das motocicletas, dos automóveis e dos caminhões de sua empresa. Esses veículos são
revisados periodicamente, com a seguinte frequência:

Todas as motocicletas a cada 3 meses;


Todos os automóveis a cada 6 meses;
Todos os caminhões a cada 8 meses.

Se todos os veículos foram revisados, ao mesmo tempo, no dia 19 de maio de 2014, o número mínimo
de meses para que todos eles sejam revisados juntos novamente é:
(A) 48
(B) 32
(C) 24
(D) 16
(E) 12

08. (PRODEST/ES – Assistente de Tecnologia da Informação – VUNESP/2014) Dois produtos


líquidos A e B estão armazenados em galões separados. Em um dos galões há 18 litros do produto A e
no outro, há 42 litros do produto B. Carlos precisa distribuir esses líquidos, sem desperdiçá-los e sem

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
92
misturá-los, em galões menores, de forma que cada galão menor tenha a mesma quantidade e o maior
volume possível de cada produto. Após essa distribuição, o número total de galões menores será
(A) 6.
(B) 8.
(C) 10.
(D) 12.
(E) 14.

09. (UNIFESP – Mestre em Edificações - Infraestrutura – VUNESP/2014) Uma pessoa comprou


um pedaço de tecido de 3 m de comprimento por 1,40 m de largura para confeccionar lenços. Para isso,
decide cortar esse tecido em pedaços quadrados, todos de mesmo tamanho e de maior lado possível.
Sabendo que não ocorreu nenhuma sobra de tecido e que o tecido todo custou R$ 31,50, então o preço
de custo, em tecido, de cada lenço foi de
(A) R$ 0,30.
(B) R$ 0,25.
(C) R$ 0,20.
(D) R$ 0,15.
(E) R$ 0,10.

10. (UNIFESP – Engenheiro Mecânico – VUNESP/2014) Iniciando seu treinamento, dois ciclistas
partem simultaneamente de um mesmo ponto de uma pista. Mantendo velocidades constantes, Lucas
demora 18 minutos para completar cada volta, enquanto Daniel completa cada volta em 15 minutos.
Sabe-se que às 9 h 10 min eles passaram juntos pelo ponto de partida pela primeira vez, desde o início
do treinamento. Desse modo, é correto afirmar que às 8 h 25 min, Daniel já havia completado um número
de voltas igual a
(A) 2.
(B) 3.
(C) 4.
(D) 5
(E) 7.

Respostas

01. Resposta: C.
m.d.c. (8, 9, 12) = 72
Como sobram 3 ovinhos, 72 + 3 = 75 ovinhos

02. Resposta: C.
Devemos achar o mmc (40,60,80)

𝑚𝑚𝑐(40,60,80) = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 5 = 240

03. Resposta: B.
Como os trens passam de 2,4 e 1,8 minutos, vamos achar o mmc(18,24) e dividir por 10, assim
acharemos os minutos

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
93
Mmc(18,24)=72
Portanto, será 7,2 minutos
1 minuto---60s
0,2--------x
x = 12 segundos
Portanto se encontrarão depois de 7 minutos e 12 segundos

04. Resposta: B.
Devemos fazer o m.m.c. (3, 2, 4) = 12 meses
Como ela pagou as três contas juntas em MARÇO, após 12 meses, pagará as três contas juntas
novamente em MARÇO.

05. Resposta: D.
m.m.c. (4, 6, 8, 10, 12) = 120

06. Resposta: E.
m.m.c. (4, 5, 6) = 60 meses
60 meses / 12 = 5 anos
Portanto, 2010 + 5 = 2015

07. Resposta: C.
m.m.c. (3, 6, 8) = 24 meses

08. Resposta: C.
m.d.c. (18, 42) = 6
Assim:
* Produto A: 18 / 6 = 3 galões
* Produto B: 42 / 6 = 7 galões
Total = 3 + 7 = 10 galões

09. Resposta: A.
m.d.c. (140, 300) = 20 cm
* Área de cada lenço: 20 . 20 = 400 cm²
* Área Total: 300 . 140 = 42000 cm²
42000 / 400 = 105 lenços
31,50 / 105 = R$ 0,30 (preço de 1 lenço)

10. Resposta: B.
m.m.c. (15, 18) = 90 min = 1h30
Portanto, às 9h10, Daniel completou: 90 / 15 = 6 voltas.
Como 9h10 – 8h25 = 45 min, equivale à metade do que Daniel percorreu, temos que:
6 / 2 = 3 voltas.

CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q

m
Um número racional é o que pode ser escrito na forma , onde m e n são números inteiros, sendo
n
que n deve ser diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser obtidos através da razão entre dois números
inteiros, razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais é denotado por Q. Assim, é comum
encontrarmos na literatura a notação:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
94
m
Q={ : m e n em Z, n diferente de zero}
n

No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:


- Q* = conjunto dos racionais não nulos;
- Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos.

Representação Decimal das Frações


p
Tomemos um número racional , tal que p não seja múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal,
q
basta efetuar a divisão do numerador pelo denominador.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais
Exatos:
2
= 0,4
5
1
= 0,25
4
35
= 8,75
4
153
= 3,06
50

2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-
se periodicamente Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
1
= 0,333...
3
1
= 0,04545...
22
167
= 2,53030...
66

Existem frações muito simples que são representadas por formas decimais infinitas, com uma
característica especial: existe um período.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
95
Aproveitando o exemplo acima temos 0,333... = 3. 1/101 + 3 . 1/102 + 3 . 1/103 + 3 . 1/104 ...

Representação Fracionária dos Números Decimais


Trata-se do problema inverso: estando o número racional escrito na forma decimal, procuremos
escrevê-lo na forma de fração. Temos dois casos:
1º) Transformamos o número em uma fração cujo numerador é o número decimal sem a vírgula e o
denominador é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do
número decimal dado:

9
0,9 =
10
57
5,7 =
10
76
0,76 =
100
348
3,48 =
100
5 1
0,005 = =
1000 200

2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para tanto, vamos apresentar o procedimento
através de alguns exemplos:

Exemplos:
1) Seja a dízima 0, 333....
Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo 3)  então vamos colocar um 9 no
denominador e repetir no numerador o período.

3
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração .
9
2) Seja a dízima 5, 1717....
O período que se repete é o 17, logo dois noves no denominador (99). Observe também que o 5 é a
parte inteira, logo ele vem na frente:

17 512
5 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 → (5.99 + 17) = 512, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
99 99

512
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
99

Neste caso para transformarmos uma dízima periódica simples em fração basta
utilizarmos o dígito 9 no denominador para cada quantos dígitos tiver o período da dízima.

3) Seja a dízima 1, 23434...


O número 234 é a junção do ante período com o período. Neste caso temos um dízima periódica é
composta, pois existe uma parte que não se repete e outra que se repete. Neste caso temos um ante
período (2) e o período (34). Ao subtrairmos deste número o ante período(234-2), obtemos 232, o
numerador. O denominador é formado por tantos dígitos 9 – que correspondem ao período, neste caso
99(dois noves) – e pelo dígito 0 – que correspondem a tantos dígitos tiverem o ante período, neste caso
0(um zero).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
96
232 1222
1 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 − 𝑎 → (1.990 + 232) = 1222, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
990 990

611
Simplificando por 2, obtemos x = , a fração geratriz da dízima 1, 23434...
495

Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que representa esse número ao ponto de abscissa
zero.

Exemplos:
3 3 3 3
1) Módulo de – é . Indica-se  =
2 2 2 2
3 3 3 3
2) Módulo de + é . Indica-se  =
2 2 2 2

3 3
Números Opostos: Dizemos que – e são números racionais opostos ou simétricos e cada um
2 2
3 3
deles é o oposto do outro. As distâncias dos pontos – e ao ponto zero da reta são iguais.
2 2

Inverso de um Número Racional


𝒂 −𝒏 𝒃 𝒏
( ) ,𝒂 ≠ 𝟎 = ( ) ,𝒃 ≠ 𝟎
𝒃 𝒂

Representação geométrica dos Números Racionais

Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infinitos números racionais.

Soma (Adição) de Números Racionais


Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a
a c
adição entre os números racionais e , da mesma forma que a soma de frações, através de:
b d
a c ad  bc
+ =
b d bd

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
97
Subtração de Números Racionais
A subtração de dois números racionais p e q é a própria operação de adição do número p com o
oposto de q, isto é: p – q = p + (–q)
a c ad  bc
- =
b d bd

Multiplicação (Produto) de Números Racionais


Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o
a c
produto de dois números racionais e , da mesma forma que o produto de frações, através de:
b d
a c ac
x =
b d bd

O produto dos números racionais a/b e c/d também pode ser indicado por a/b × c/d, a/b.c/d . Para
realizar a multiplicação de números racionais, devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em
toda a Matemática:
Podemos assim concluir que o produto de dois números com o mesmo sinal é positivo, mas o
produto de dois números com sinais diferentes é negativo.

(+1) x (+1) = (+1)


(+1) x (-1) = (-1)
(-1) x (+1) = (-1)
(-1) x (-1) = (+1)

 Propriedades da Adição e Multiplicação de Números Racionais


1) Fechamento: O conjunto Q é fechado para a operação de adição e multiplicação, isto é, a soma e
a multiplicação de dois números racionais ainda é um número racional.
2) Associativa da adição: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = ( a + b ) + c
3) Comutativa da adição: Para todos a, b em Q: a + b = b + a
4) Elemento neutro da adição: Existe 0 em Q, que adicionado a todo q em Q, proporciona o próprio
q, isto é: q + 0 = q
5) Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, tal que q + (–q) = 0
6) Associativa da multiplicação: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = ( a × b ) × c
7) Comutativa da multiplicação: Para todos a, b em Q: a × b = b × a
8) Elemento neutro da multiplicação: Existe 1 em Q, que multiplicado por todo q em Q, proporciona
o próprio q, isto é: q × 1 = q
a
9) Elemento inverso da multiplicação: Para todo q = em Q, q diferente de zero, existe :
b
b a b
q-1 = em Q: q × q-1 = 1 x =1
a b a
10) Distributiva da multiplicação: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = ( a × b ) + ( a × c )

 Divisão(Quociente) de Números Racionais


A divisão de dois números racionais p e q é a própria operação de multiplicação do número p pelo
inverso de q, isto é: p ÷ q = p × q-1
𝒂 𝒄 𝒂 𝒅
: = .
𝒃 𝒅 𝒃 𝒄

Potenciação de Números Racionais


A potência qn do número racional q é um produto de n fatores iguais. O número q é denominado a
base e o número n é o expoente.
qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes)

Exemplos:
 2 2 2 2
3
8
a)   =  .  .  =
 5        125
5 5 5

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
98
 1  1  1  1
3
1
b)    =    .    .    = 
 2  2  2  2 8

- Propriedades da Potenciação:

1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1.


0
 2
  = 1
 5

2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.


1
 9 9
  = 
 4 4

3) Toda potência com expoente negativo de um número racional diferente de zero é igual a outra
potência que tem a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expoente
anterior.
2 2
 3  5 25
  =   =
 5  3 9

4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da base.


 2 2 2 2
3
8
  =  .  .  =
 3   3   3   3  27

5) Toda potência com expoente par é um número positivo.


 1   1   1 
2
1
  =   .   =
 5   5   5  25

6) Produto de potências de mesma base. Para reduzir um produto de potências de mesma base a
uma só potência, conservamos a base e somamos os expoentes.
2 3 23 5
 2  2  2 2 2 2 2  2 2
  .   =  . . . .      
 5  5   5 5 5 5 5  5 5

7) Quociente de potências de mesma base. Para reduzir um quociente de potências de mesma base
a uma só potência, conservamos a base e subtraímos os expoentes.
3 3 3 3 3
5 2 . . . . 5 2 3
3 3 2 2 2 2 2 3 3
  :      
2 2 3 3
. 2 2
2 2

8) Potência de Potência. Para reduzir uma potência de potência a uma potência de um só expoente,
conservamos a base e multiplicamos os expoentes.
3 3
 1  2  2 2
1 1 1
2
1
2 2 2
1
3 2
1
6
 1  2  1
3.2
1
6

      .  .           ou         
 2   2 2 2 2 2 2  2   2 2

Radiciação de Números Racionais


Se um número representa um produto de dois ou mais fatores iguais, então cada fator é chamado
raiz do número.
Exemplos:
2
1 1 1 1 1 1
1) Representa o produto . ou   .Logo, é a raiz quadrada de .
9 3 3 3 3 9
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
99
1 1
Indica-se =
9 3

2) 0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se
3
0,216 = 0,6.

Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o número zero ou um número racional positivo.
Logo, os números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q.
100 10 10
O número  não tem raiz quadrada em Q, pois tanto  como  , quando elevados ao
9 3 3
100
quadrado, dão .
9
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no conjunto dos números racionais se ele for um
quadrado perfeito.
2
O número não tem raiz quadrada em Q, pois não existe número racional que elevado ao quadrado
3
2
dê .
3
Questões

01. (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Na


escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a
matemática como favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração representa
os alunos que têm ciências como disciplina favorita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2

02. (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$


8,30, em cada uma delas. Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um desconto de 10 centavos.
Quantos reais ela recebeu de troco?
(A) R$ 40,00
(B) R$ 42,00
(C) R$ 44,00
(D) R$ 46,00
(E) R$ 48,00

03. (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERACIONAL – VUNESP/2013) De um total de


180 candidatos, 2/5 estudam inglês, 2/9 estudam francês, 1/3estuda espanhol e o restante estuda
alemão. O número de candidatos que estuda alemão é:
(A) 6.
(B) 7.
(C) 8.
(D) 9.
(E) 10.

04. (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERACIONAL – VUNESP/2013) Em um estado


do Sudeste, um Agente de Apoio Operacional tem um salário mensal de: salário-base R$ 617,16 e uma
gratificação de R$ 185,15. No mês passado, ele fez 8 horas extras a R$ 8,50 cada hora, mas precisou
faltar um dia e foi descontado em R$ 28,40. No mês passado, seu salário totalizou
(A) R$ 810,81.
(B) R$ 821,31.
(C) R$ 838,51.
(D) R$ 841,91.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
100
(E) R$ 870,31.

05. (Pref. Niterói) Simplificando a expressão abaixo


3
1,3333…+
2
Obtém-se 4 :
1,5+
3
(A) ½
(B) 1
(C) 3/2
(D) 2
(E) 3

06. (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em um jogo matemático, cada jogador tem direito a 5
cartões marcados com um número, sendo que todos os jogadores recebem os mesmos números. Após
todos os jogadores receberem seus cartões, aleatoriamente, realizam uma determinada tarefa que
também é sorteada. Vence o jogo quem cumprir a tarefa corretamente. Em uma rodada em que a tarefa
era colocar os números marcados nos cartões em ordem crescente, venceu o jogador que apresentou
a sequência
14
(𝐴) − 4; −1; √16; √25; 3
14
(𝐵) − 1; −4; √16; ; √25
3
14
(𝐶) − 1; −4; ; √16; ; √25
3
14
(𝐷) − 4; −1; √16; ; √25
3
14
(𝐸 ) − 4; −1; ; √16; √25
3

07. (Sabesp/SP – Agente de Saneamento Ambiental – FCC/2014) Somando-se certo número


positivo x ao numerador, e subtraindo-se o mesmo número x do denominador da fração 2/3 obtém-se
como resultado, o número 5. Sendo assim, x é igual a
(A) 52/25.
(B) 13/6.
(C) 7/3.
(D) 5/2.
(E) 47/23.

08. (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Mariana abriu seu cofrinho com 120 moedas e separou-as:
− 1 real: ¼ das moedas
− 50 centavos: 1/3 das moedas
− 25 centavos: 2/5 das moedas
− 10 centavos: as restantes

Mariana totalizou a quantia contida no cofre em


(A) R$ 62,20.
(B) R$ 52,20.
(C) R$ 50,20.
(D) R$ 56,20.
(E) R$ 66,20.

09. (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) Numa operação policial de rotina, que
abordou 800 pessoas, verificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já
entre as mulheres abordadas, 1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?
(A) 145
(B) 185
(C) 220
(D) 260
(E) 120

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
101
10. (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Quando
perguntado sobre qual era a sua idade, o professor de matemática respondeu: “O produto das frações
9/5 e 75/3 fornece a minha idade!”. Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem:
(A) 40 anos.
(B) 35 anos.
(C) 45 anos.
(D) 30 anos.
(E) 42 anos.
Respostas

01. Resposta: B.
Somando português e matemática:
1 9 5 + 9 14 7
+ = = =
4 20 20 20 10
O que resta gosta de ciências:
7 3
1− =
10 10

02. Resposta: B.
8,3 ∙ 7 = 58,1
Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pagou 58 reais
Troco:100 – 58 = 42 reais

03. Resposta: C.
2 2 1
5
+9+3
Mmc(3,5,9)=45
18+10+15 43
45
= 45
O restante estuda alemão: 2/45
2
180 ∙ = 8
45

04. Resposta: D.
𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙: 617,16 + 185,15 = 802,31
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑎𝑠: 8,5 ∙ 8 = 68
𝑚ê𝑠 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜: 802,31 + 68,00 − 28,40 = 841,91
Salário foi R$ 841,91.

05. Resposta: B.
1,3333...= 12/9 = 4/3
1,5 = 15/10 = 3/2
4 3 17
3+2= 6 =1
3 4 17
+
2 3 6

06. Resposta: D.
√16 = 4
√25 = 5
14
3
= 4,67
14
A ordem crescente é : −4; −1; √16; 3
; √25

07. Resposta B.
2+𝑥
=5
3−𝑥
15 − 5𝑥 = 2 + 𝑥

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
102
6𝑥 = 13
13
𝑥=
6

08. Resposta: A.
1
1 𝑟𝑒𝑎𝑙: 120 ∙ = 30 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
4
1
50 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 3 ∙ 120 = 40 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
2
25 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 5 ∙ 120 = 48 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
10 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 120 − 118 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠 = 2 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
30 + 40 ∙ 0,5 + 48 ∙ 0,25 + 2 ∙ 0,10 = 62,20

Mariana totalizou R$ 62,20.

09. Resposta: A.
3
800 ∙ 4 = 600 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠
1
600 ∙ 5 = 120 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 𝑑𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜𝑠
Como 3/4 eram homens, 1/4 eram mulheres
1
800 ∙ 4 = 200 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 ou 800-600=200 mulheres
1
200 ∙ 8 = 25 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑠 𝑑𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠
Total de pessoas detidas: 120+25=145

10. Resposta: C.
9 75 675
∙ = = 45 𝑎𝑛𝑜𝑠
5 3 15

CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS - I

Os números racionais, são aqueles que podem ser escritos na forma de uma
fração a/b onde a e b são dois números inteiros, com a condição de que b seja diferente de zero, uma
vez que sabemos da impossibilidade matemática da divisão por zero.
Vimos também, que todo número racional pode ser escrito na forma de um número decimal periódico,
também conhecido como dízima periódica.

Vejam os exemplos de números racionais a seguir:


3 / 4 = 0,75 = 0, 750000...
- 2 / 3 = - 0, 666666...
1 / 3 = 0, 333333...
2 / 1 = 2 = 2, 0000...
4 / 3 = 1, 333333...
- 3 / 2 = - 1,5 = - 1, 50000...
0 = 0, 000...

Existe, entretanto, outra classe de números que não podem ser escritos na forma de fração a/b,
conhecidos como números irracionais.

Exemplo:
O número real abaixo é um número irracional, embora pareça uma dízima periódica: x =
0,10100100010000100000...

Observe que o número de zeros após o algarismo 1 aumenta a cada passo. Existem infinitos números
reais que não são dízimas periódicas e dois números irracionais muito importantes, são:

e = 2,718281828459045...,
Pi (𝜋) = 3,141592653589793238462643...

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
103
Que são utilizados nas mais diversas aplicações práticas como: cálculos de áreas, volumes, centros
de gravidade, previsão populacional, etc.

 Classificação dos Números Irracionais

Existem dois tipos de números irracionais:

- Números reais algébricos irracionais: são raízes de polinômios com coeficientes inteiros. Todo
número real que pode ser representado através de uma quantidade finita de somas, subtrações,
multiplicações, divisões e raízes de grau inteiro a partir dos números inteiros é um número algébrico,
por exemplo:

.
A recíproca não é verdadeira: existem números algébricos que não podem ser expressos através de
radicais, conforme o teorema de Abel-Ruffini.

- Números reais transcendentes: não são raízes de polinômios com coeficientes inteiros. Várias
constantes matemáticas são transcendentes, como pi ( ) e o número de Euler ( ). Pode-se dizer que
existem mais números transcendentes do que números algébricos (a comparação entre conjuntos
infinitos pode ser feita na teoria dos conjuntos).
A definição mais genérica de números algébricos e transcendentes é feita usando-se números
complexos.

 Identificação de números irracionais

Fundamentado nas explanações anteriores, podemos afirmar que:


- Todas as dízimas periódicas são números racionais.
- Todos os números inteiros são racionais.
- Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.
- A soma de um número racional com um número irracional é sempre um número irracional.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser um número racional.

Exemplos:
1) √3 - √3 = 0 e 0 é um número racional.
- O quociente de dois números irracionais, pode ser um número racional.

2) √8 : √2 = √4 = 2 e 2 é um número racional.
- O produto de dois números irracionais, pode ser um número racional.

3) √5 . √5 = √25 = 5 e 5 é um número racional.


- A união do conjunto dos números irracionais com o conjunto dos números racionais, resulta num
conjunto denominado conjunto R dos números reais.
- A interseção do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números irracionais, não possui
elementos comuns e, portanto, é igual ao conjunto vazio ( ∅ ).
Simbolicamente, teremos:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
104
Q∪I=R
Q∩I=∅

Questões

01. (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Considere as seguintes afirmações:


I. Para todo número inteiro x, tem-se
4𝑥−1 + 4𝑥 + 4𝑥+1
= 16,8
4𝑥−2 + 4𝑥−1
1
11
II. (83 + 0,4444 … ) : 135 = 30

4 4
III. Efetuando-se ( √6 + 2√5) 𝑥( √6 − 2√5) obtém-se um número maior que 5.

Relativamente a essas afirmações, é certo que


(A) I,II, e III são verdadeiras.
(B) Apenas I e II são verdadeiras.
(C) Apenas II e III são verdadeiras.
(D) Apenas uma é verdadeira.
(E) I,II e III são falsas.

02. (DPE/RS – ANALISTA ADMINISTRAÇÃO – FCC/2013) A soma S é dada por:


𝑆 = √2 + √8 + 2√2 + 2√8 + 3√2 + 3√8 + 4√2 + 4√8 + 5√2 + 5√8

Dessa forma, S é igual a


(𝐴) √90
(𝐵) √405
(𝐶) √900
(𝐷) √4050
(𝐸) √9000

03. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC/2013) O resultado do produto: (2√2 +


1) ∙ (√2 − 1) é:
(𝐴) √2 − 1
(B) 2
(𝐶) 2√2
(𝐷) 3 − √2

04. (CBTU – METROREC – Analista de Gestão – Advogado – CONSULPLAN/2014) Sejam os


números irracionais: x = √3, y = √6, z = √12 e w = √24. Qual das expressões apresenta como resultado
um número natural?
(A) yw – xz.
(B) xw + yz.
(C) xy(w – z).
(D) xz(y + w).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
105
05. (DETRAN/RJ- Assistente Técnico de identificação Civil - MAKIYAMA/2013) Assinale a seguir
o conjunto a que pertence o número √2:
(A) Números inteiros.
(B) Números racionais.
(C) Números inteiros e naturais.
(D) Números racionais e irracionais.
(E) Números irracionais.

06. (UFES – Técnico em Contabilidade – UFES/2015) Sejam x e y números reais. É CORRETO


afirmar:
(A) Se x e y são números racionais e não inteiros, então y. x é um número racional e não inteiro.
(B) Se x é um número irracional e y é um número racional, então y+ x é um número irracional.
(C) Se x e y são números racionais e não inteiros, então y + x é um número racional e não inteiro.
(D) Se x é um número irracional e y é um número racional, então y. x é um número irracional.
(E) Se x e y são números irracionais, então y. x é um número irracional.

Respostas

01. Resposta: B.
4𝑥 (4−1 +1+4)
I
4 𝑥 (4 −2 +4 −1 )

1 1+20 21
+5 21 16 21∙4
4
1 1 = 4
1+4 = 4
5 = ∙ = = 16,8
+ 4 5 5
16 4 16 16

II
1
3
83 = √8 = 2
10x = 4,4444...
- x = 0,4444.....
9x = 4
x = 4/9

4 11 18+4 135 22 135 2∙135


(2 + 9) : 135 = 9
∙ 11 = 9
∙ 11 = 9
= 30

III
4 4
√62 − 20 = √16 = 2
Portanto, apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

02. Resposta: D.
𝑆 = 15√2 + 15√8
√8 = 2√2
𝑆 = 15√2 + 30√2 = 45√2
𝑆 = √452 . 2
𝑆 = √4050

03. Resposta: D.
2
(2√2 + 1) ∙ (√2 − 1) = 2(√2) − 2√2 + √2 − 1
= 4 − √2 − 1 = 3 − √2

04. Resposta: A.
Vamos testar as alternativas:
A) √6 . √24 − √3 . √12 = √6 . 24 − √3 . 12 = √144 − √36 = 12 − 6 = 6

05. Resposta: E.
Como √2, não tem raiz exata, logo é um número Irracional

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
106
06. Resposta: B.
Esta questão pede as propriedades dos números irracionais:
-A soma de um número racional r com um número irracional i é um número irracional r'.
-O produto de um número racional r, não nulo, por um número irracional i é um número irracional r'.
-Vejam que a D só estaria correta se cita-se "não nulo".
-Na letra E não é aplicável a propriedade do fechamento para os irracionais.

CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS - R

O conjunto dos números reais R é uma expansão do conjunto dos números racionais que engloba
não só os inteiros e os fracionários, positivos e negativos, mas também todos os números irracionais.
Assim temos:

R = Q U I , sendo Q ∩ I = Ø ( Se um número real é racional, não irracional, e vice-versa).

Lembrando que N Ϲ Z Ϲ Q , podemos construir o diagrama abaixo:

O conjunto dos números reais apresenta outros subconjuntos importantes:


- Conjunto dos números reais não nulos: R* = {x ϵ R| x ≠ 0}
- Conjunto dos números reais não negativos: R+ = {x ϵ R| x ≥ 0}
- Conjunto dos números reais positivos: R*+ = {x ϵ R| x > 0}
- Conjunto dos números reais não positivos: R- = {x ϵ R| x ≤ 0}
- Conjunto dos números reais negativos: R*- = {x ϵ R| x < 0}

Representação Geométrica dos números reais

Propriedades
É válido todas as propriedades anteriormente vistos nos outros conjuntos, assim como os conceitos
de módulo, números opostos e números inversos (quando possível).

Ordenação dos números Reais


A representação dos números Reais permite definir uma relação de ordem entre eles. Os números
Reais positivos são maiores que zero e os negativos, menores. Expressamos a relação de ordem da
seguinte maneira: Dados dois números Reais a e b,

a≤b↔b–a≥0
Exemplo: -15 ≤ ↔ 5 – (-15) ≥ 0
5 + 15 ≥ 0

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
107
 Operações com números Reais
Operando com as aproximações, obtemos uma sucessão de intervalos fixos que determinam um
número Real. É assim que vamos trabalhar as operações adição, subtração, multiplicação e divisão.
Relacionamos, em seguida, uma série de recomendações úteis para operar com números Reais.

Intervalos reais
O conjunto dos números reais possui também subconjuntos, denominados intervalos, que são
determinados por meio de desiguladades. Sejam os números a e b , com a < b.

Em termos gerais temos:


- A bolinha aberta = a intervalo aberto (estamos excluindo aquele número), utilizamos os símbolos:
> ;< ; ] ; [

- A bolinha fechada = a intervalo fechado (estamos incluindo aquele número), utilizamos os símbolos:
≥;≤;[;]

Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as extremidades abertas dos intervalos.
[a,b[ = [a,b) ; ]a,b] = (a,b] ; e ]a,b[ = (a,b)

Observações
Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as extremidades abertas dos intervalos.
[a,b[ = [a,b) ; ]a,b] = (a,b] ; e ]a,b[ = (a,b)

a) Às vezes, aparecem situações em que é necessário registrar numericamente variações de valores


em sentidos opostos, ou seja, maiores ou acima de zero (positivos), como as medidas de temperatura
ou reais em débito ou em haver etc... Esses números, que se estendem indefinidamente, tanto para o
lado direito (positivos) como para o lado esquerdo (negativos), são chamados números relativos.
b) Valor absoluto de um número relativo é o valor do número que faz parte de sua representação,
sem o sinal.
c) Valor simétrico de um número é o mesmo numeral, diferindo apenas o sinal.

Operações com Números Relativos

1) Adição e Subtração de números relativos


a) Se os numerais possuem o mesmo sinal, basta adicionar os valores absolutos e conservar o sinal.
b) Se os numerais possuem sinais diferentes, subtrai-se o numeral de menor valor e dá-se o sinal do
maior numeral.
Exemplos:
3+5=8
4-8=-4

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
108
- 6 - 4 = - 10
-2+7=5

2) Multiplicação e Divisão de Números Relativos


a) O produto e o quociente de dois números relativos de mesmo sinal são sempre positivos.
b) O produto e o quociente de dois números relativos de sinais diferentes são sempre negativos.
Exemplos:
- 3 x 8 = - 24
- 20 (-4) = + 5
- 6 x (-7) = + 42
28 2 = 14

Questões

01. (EBSERH/ HUPAA – UFAL – Analista Administrativo – Administração – IDECAN/2014) Mário


começou a praticar um novo jogo que adquiriu para seu videogame. Considere que a cada partida ele
conseguiu melhorar sua pontuação, equivalendo sempre a 15 pontos a menos que o dobro marcado na
partida anterior. Se na quinta partida ele marcou 3.791 pontos, então, a soma dos algarismos da
quantidade de pontos adquiridos na primeira partida foi igual a
(A) 4.
(B) 5.
(C) 7.
(D) 8.
(E) 10.

02. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES/2014) Considere m um


número real menor que 20 e avalie as afirmações I, II e III:
I- (20 – m) é um número menor que 20.
II- (20 m) é um número maior que 20.
III- (20 m) é um número menor que 20.

É correto afirmar que:


A) I, II e III são verdadeiras.
B) apenas I e II são verdadeiras.
C) I, II e III são falsas.
D) apenas II e III são falsas.

03. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES/2014) Na figura abaixo,


3 1
o ponto que melhor representa a diferença 4 − 2 na reta dos números reais é:

(A) P.
(B) Q.
(C) R.
(D) S.

04. (TJ/PR - Técnico Judiciário – TJ/PR/2014) Uma caixa contém certa quantidade de lâmpadas.
Ao retirá-las de 3 em 3 ou de 5 em 5, sobram 2 lâmpadas na caixa. Entretanto, se as lâmpadas forem
removidas de 7 em 7, sobrará uma única lâmpada. Assinale a alternativa correspondente à quantidade
de lâmpadas que há na caixa, sabendo que esta comporta um máximo de 100 lâmpadas.
(A) 36.
(B) 57.
(C) 78.
(D) 92.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
109
05. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria I – Administrativo – VUNESP/2014) Para ir de sua casa à
3
escola, Zeca percorre uma distância igual a da distância percorrida na volta, que é feita por um trajeto
4
7
diferente. Se a distância percorrida por Zeca para ir de sua casa à escola e dela voltar é igual a 5 de um
quilômetro, então a distância percorrida por Zeca na ida de sua casa à escola corresponde, de um
quilômetro, a
2
(A) 3

3
(B) 4

1
(C)
2

4
(D)
5

3
(E)
5

06. (TJ/SP - AUXILIAR DE SAÚDE JUDICIÁRIO - AUXILIAR EM SAÚDE BUCAL – VUNESP/2013)


Para numerar as páginas de um livro, uma impressora gasta 0,001 mL por cada algarismo impresso.
Por exemplo, para numerar as páginas 7, 58 e 290 gasta-se, respectivamente, 0,001 mL, 0,002 mL e
0,003 mL de tinta. O total de tinta que será gasto para numerar da página 1 até a página 1 000 de um
livro, em mL, será
(A) 1,111.
(B) 2,003.
(C) 2,893.
(D) 1,003.
(E) 2,561.

07. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC/2014) Um funcionário de uma


empresa deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcionário executou 3/8 da tarefa na 1a
semana. Na 2 a semana, ele executou 1/3 do que havia executado na 1a semana. Na 3a e 4a semanas,
o funcionário termina a execução da tarefa e verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia
executado na 4 a semana. Sendo assim, a fração de toda a tarefa que esse funcionário executou na 4ª
semana é igual a
(A) 5/16.
(B) 1/6.
(C) 8/24.
(D)1/ 4.
(E) 2/5.

08. (CODAR – Coletor de lixo reciclável – EXATUS/2016) Numa divisão com números inteiros, o
resto vale 5, o divisor é igual ao resto somado a 3 unidades e o quociente é igual ao dobro do divisor.
Assim, é correto afirmar que o valor do dividendo é igual a:
(A) 145.
(B) 133.
(C) 127.
(D) 118.

09. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC/2014) Quatro números inteiros serão
sorteados. Se o número sorteado for par, ele deve ser dividido por 2 e ao quociente deve ser acrescido
17. Se o número sorteado for ímpar, ele deve ser dividido por seu maior divisor e do quociente deve ser
subtraído 15. Após esse procedimento, os quatro resultados obtidos deverão ser somados. Sabendo
que os números sorteados foram 40, 35, 66 e 27, a soma obtida ao final é igual a
(A) 87.
(B) 59.
(C) 28.
(D) 65.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
110
(E) 63.

10. (UNESP – Assistente de Informática I – VUNESP/2014) O valor de uma aposta em certa loteria
foi repartido em cotas iguais. Sabe-se que a terça parte das cotas foi dividida igualmente entre Alex e
Breno, que Carlos ficou com a quarta parte das cotas, e que Denis ficou com as 5 cotas restantes. Essa
aposta foi premiada com um determinado valor, que foi repartido entre eles de forma diretamente
proporcional ao número de cotas de cada um. Dessa forma, se Breno recebeu R$ 62.000,00, então
Carlos recebeu
(A) R$ 74.000,00.
(B) R$ 93.000,00.
(C) R$ 98.000,00.
(D) R$ 102.000,00.
(E) R$ 106.000,00.

Respostas

01. Resposta: D.
Pontuação atual = 2 . partida anterior – 15
* 4ª partida: 3791 = 2.x – 15
2.x = 3791 + 15
x = 3806 / 2
x = 1903

* 3ª partida: 1903 = 2.x – 15


2.x = 1903 + 15
x = 1918 / 2
x = 959

* 2ª partida: 959 = 2.x – 15


2.x = 959 + 15
x = 974 / 2
x = 487
* 1ª partida: 487 = 2.x – 15
2.x = 487 + 15
x = 502 / 2
x = 251
Portanto, a soma dos algarismos da 1ª partida é 2 + 5 + 1 = 8.

02. Resposta: C.
I. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
II. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
III. Falso, pois m é Real e pode ser positivo.

03. Resposta: A.
3 1 3−2 1
− = = = 0,25
4 2 4 4

04. Resposta: D.
Vamos chamar as retiradas de r, s e w: e de T o total de lâmpadas.
Precisamos calcular os múltiplos de 3, 5 e de 7, separando um múltiplo menor do que 100 que sirva
nas três equações abaixo:
De 3 em 3: 3 . r + 2 = Total
De 5 em 5: 5 . s + 2 = Total
De 7 em 7: 7 . w + 1 = Total
Primeiramente, vamos calcular o valor de w, sem que o total ultrapasse 100:
7 . 14 + 1 = 99, mas 3 . r + 2 = 99 vai dar que r = 32,333... (não convém)
7 . 13 + 1 = 92, e 3 . r + 2 = 92 vai dar r = 30 e 5 . s + 2 = 92 vai dar s = 18.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
111
05. Resposta: E.
Ida + volta = 7/5 . 1
3 7
4
.𝑥 + 𝑥 = 5

5.3𝑥+ 20𝑥=7.4
20
15𝑥 + 20𝑥 = 28
35𝑥 = 28
28
𝑥 = 35 (: 7/7)
4
𝑥 = 5 (volta)
3 4 3
Ida: 4 . 5 = 5

06. Resposta: C.
1 a 9 = 9 algarismos = 0,0019 = 0,009 ml
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem.
99 – 10 + 1 = 90.
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o primeiro número.
90 números de 2 algarismos: 0,00290 = 0,18ml
De 100 a 999
999 – 100 + 1 = 900 números
9000,003 = 2,7 ml
1000 = 0,004ml
Somando: 0,009 + 0,18 + 2,7 + 0,004 = 2,893

07. Resposta: B.
Tarefa: x
Primeira semana: 3/8x
1 3 1
2 semana:3 ∙ 8 𝑥 = 8 𝑥
3 1 4 1
1ª e 2ª semana: 𝑥 + 𝑥 = 𝑥 = 𝑥
8 8 8 2
Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade.
3ªsemana: 2y
4ª semana: y
1
2𝑦 + 𝑦 = 𝑥
2
1
3𝑦 = 2 𝑥
1
𝑦= 𝑥
6

08. Resposta: B.
Tendo D = dividendo; d = divisor; Q = quociente e R = resto, podemos escrever essa divisão como:
D = d.Q + R
Sabemos que o R = 5
O divisor é o R + 3 → d = R + 3 = 5 + 3 = 8
E o quociente o dobro do divisor → Q = 2d = 2.8 = 16
Montando temos: D = 8.16 + 5 = 128 + 5 = 133.

09. Resposta: B.
* número 40: é par.
40 / 2 + 17 = 20 + 17 = 37
* número 35: é ímpar.
Seu maior divisor é 7.
35 / 35 – 15 = 1 – 15 = – 14
* número 66: é par.
66 / 2 + 17 = 33 + 17 = 50
* número 27: é ímpar.
Seu maior divisor é 27.
27 / 27 – 15 = 1 – 15 = – 14

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
112
* Por fim, vamos somar os resultados:
37 – 14 + 50 – 14 = 87 – 28 = 59

10. Resposta: B.
Vamos chamar o valor de cada cota de ( x ). Assim:
* Breno:
𝟏 𝟏
. . 𝒙 = 𝟔𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟐 𝟑
𝟏
𝟔
. 𝒙 = 𝟔𝟐𝟎𝟎𝟎
x = 62000 . 6
x = R$ 372000,00
* Carlos:
𝟏
𝟒
. 𝟑𝟕𝟐𝟎𝟎𝟎 = 𝑹$ 𝟗𝟑𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎

2) Funções a) Domínio, contradomínio e imagem. b) Raiz de uma


função. c) Funções injetoras, sobrejetoras e bijetoras. d) Funções
crescentes, decrescentes e constantes. e) Funções compostas e
inversas. 3) Função afim e função quadrática a) Gráfico, domínio,
imagem e características. b) Variações de sinal. c) Máximos e
mínimos. d) Resolução de equações e inequações. e) Inequação
produto e inequação quociente.

RELAÇÃO

Plano Cartesiano Ortogonal de Coordenadas


Foi criado por René Descartes, ao qual consiste em dois eixos perpendiculares:
1 - Horizontal denominado eixo das abscissas e
2 - Vertical denominado eixo das ordenadas.

Tem como objetivo localizarmos pontos determinados em um determinado espaço. Além do mais, o
plano cartesiano foi dividido em quadrantes aos quais apresentam as seguinte propriedades em relação
ao par ordenado (x, y) ou (a, b).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
113
Par Ordenado
Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) estamos, na verdade, representando o mesmo
conjunto, sem nos preocuparmos com a ordem dos elementos. Porém, em alguns casos, é conveniente
distinguir a ordem destes elementos.
Para isso, usamos a ideia de par ordenado que é conjunto de formado por dois elementos, onde o
primeiro é a ou x e o segundo é b ou y.

Propriedade
Dois pares ordenados (a, b) = (c, d) são iguais se e somente se, a = c e b = d
Ou
Dois pares ordenados (x, y) = (w, z) são iguais se e somente se, x = w e y = z

Exemplos:
1) (a,b) = (2,5)  a = 2 e b = 5.
2) (a + 1,6) = (5,2b)  a + 1 = 5 e 6 = 2b  a = 5 -1 e b = 6/2  a = 4 e b = 3.

Gráfico cartesiano do par ordenado

Todo par ordenado de números reais pode ser representado por um ponto no plano cartesiano.

Temos que:
- P é o ponto de coordenadas a e b;
- o número a é chamado de abscissa de P;
- o número b é chamado ordenada de P;
- a origem do sistema é o ponto O (0,0).

Vejamos a representação dos pontos abaixo:

A (4,3)
B (1,2)
C (-2,4)
D (-3,-4)
E (3,-3)
F (-4,0)
G (0,-2)

Produto Cartesiano
Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto cartesiano A x B ao conjunto de todos os possíveis
pares ordenados, de tal maneira que o 1º elemento pertença ao 1º conjunto (A) e o 2º elemento pertença
ao 2º conjunto (B).

𝐀 𝐱 𝐁 = {(𝐱, 𝐲)|𝐱 ∈ 𝐀 𝐞 𝐲 ∈ 𝐁}

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
114
Quando o produto cartesiano for efetuado entre o conjunto A e o conjunto A, podemos representar A
x A = A2. Vejamos, por meio de o exemplo a seguir, as formas de apresentação do produto cartesiano.

Exemplo:
Sejam A = {2,3,4} e B = {3,5}. Podemos efetuar o produto cartesiano A x B, também chamado A
cartesiano B, e apresentá-lo de várias formas.

a) Listagem dos elementos


Apresentamos o produto cartesiano por meio da listagem, quando escrevemos todos os pares
ordenados que constituam o conjunto. Assim, no exemplo dado, teremos:

A x B = {(2,3),(2,5),(3,3),(3,5),(4,3),(4,5)}

Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar o produto B e A (B cartesiano A):


B x A = {(3,2),(3,3),(3,4),(5,2),(5,3),(5,4)}.

Observando A x B e B x A, podemos notar que o produto cartesiano não tem o privilégio da


propriedade comutativa, ou seja, A x B é diferente de B x A. Só teremos a igualdade A x B = B x A
quando A e B forem conjuntos iguais.

Observação: Considerando que para cada elemento do conjunto A o número de pares ordenados
obtidos é igual ao número de elementos do conjunto B, teremos: n (A x B) = n(A) x n(B).
No nosso exemplo temos: n (A x B) = n (A) x n (B) = 3 x 2 = 6

b) Diagrama de flechas
Apresentamos o produto cartesiano por meio do diagrama de flechas, quando representamos cada
um dos conjuntos no diagrama de Euler-Venn, e os pares ordenados por “flechas” que partem do 1º
elemento do par ordenado (no 1º conjunto) e chegam ao 2º elemento do par ordenado (no 2º conjunto).
Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, o produto cartesiano A x B fica assim
representado no diagrama de flechas:

c) Plano cartesiano
Apresentamos o produto cartesiano, no plano cartesiano, quando representamos o 1º conjunto num
eixo horizontal, e o 2º conjunto num eixo vertical de mesma origem e, por meio de pontos, marcamos
os elementos desses conjuntos. Em cada um dos pontos que representam os elementos passamos
retas (horizontais ou verticais). Nos cruzamentos dessas retas, teremos pontos que estarão
representando, no plano cartesiano, cada um dos pares ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A).

Noção de Relação
Dado os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, temos:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
115
A x B = {(4,5), (4,6), (4,7), (4,8), (5,5), (5,6), (5,7), (5,8), (6,5), (6,6), (6,7), (6,8)}

Destacando o conjunto A x B, por exemplo, o conjunto R formado pelos pares (x,y) que satisfaçam a
seguinte lei de formação: x + y = 10, ou seja:
R = {(x,y) ϵ A x B| x + y = 10}
Vamos montar uma tabela para facilitar os cálculos.

x 4 4 4 4 5 5 5 5 6 6 6 6
y 5 6 7 8 5 6 7 8 5 6 7 8
x+y 9 10 11 12 10 11 12 13 11 12 13 14

Destacamos os pares que satisfazem a lei de formação:


R = {(4,6), (5,5)}, podemos com isso observar que R ⊂ A x B.

Dados dois conjuntos A e B, chama-se relação de A em B qualquer subconjunto de A x B, isto é:

R é uma relação de A em B ↔ R ⊂ A x B

Noção de Função
Dados os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, considerando o conjunto de pares (x,y), tais que x ϵ A
e y ϵ B.
Qualquer um desses conjuntos é chamado relação de A em B, mas se cada elemento dessa relação
associar cada elemento de A um único elemento de B, dizemos que ela é uma função de A em B.
Vale ressaltar que toda função é uma relação, mas nem toda relação é uma função.

Analisemos através dos diagramas de Venn.

Todos os elementos de A tem um único correspondente em B,


mesmo que existam elementos de B que sofram mais de uma
correspondência dos elementos de A.
Logo é função.

Existe um elemento em A não tem correspondência em B, logo:


Não é função.

Todos os elementos de A tem um único correspondente em B.


Logo é função.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
116
Existe elemento do conjunto A que se corresponde mais de uma
vez com o de B, logo:
Não é função.

Todos os elementos de A se correspondem com um único em


B; mesmo que sobrem elementos em B que não sofram
correspondência.
Logo é função.

Analisemos agora através dos gráficos:

Se observamos o gráfico, cada elemento de x, tem um único


correspondente em y.
Logo é função.

Observe que existem elementos de x que tem mais


de um correspondente em y. Logo não é função.

Um jeito prático de descobrirmos se o gráfico apresentado é ou não função, é traçarmos retas


paralelas ao eixo do y e se verificarmos se no eixo do x existem elementos com mais de uma
correspondência, aí podemos dizer se é ou não uma função, conforme os exemplos acima.

Elementos da função
Como já vimos nos conceitos acima, temos que dado dois conjuntos não vazios A e B chamamos de
função a relação que associa a cada elemento de x (ou a) de A um único elemento y (ou b) de B,
conhecida também como função de A em B.
Na figura abaixo está ilustrado os elementos de uma função.

Pelo diagrama de Venn:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
117
Representado no gráfico:

- Ao conjunto A dá-se o nome de domínio, ou conjunto partida, representado pela letra D.


Logo, D(f) = A.
- Ao conjunto B dá-se o nome de contradomínio, ou conjunto chegada, representado pelas letras
CD ou somente C. Logo, CD(f) = B ou C(f) = B.
- A cada elemento y de B que está associado a um x de A, denominamos imagem de x. Logo, y =
f(x). (Lê-se: y é igual a f de x).
- Ao conjunto dos elementos y de B, que são imagens dos elementos x de A dos elementos x de A,
dá-se o nome de conjunto imagem ou apenas imagem, representado por Im ou Im(f). Têm:-se que Im ⊂
B.
A notação para representar função é dada por:

Exemplo:
Dado A = {-2, -1, 0, 1, 2} vamos determinar o conjunto imagem da função f:A→ R, definida por f(x) =
x+3.
Vamos pegar cada elemento do conjunto A, aplicarmos a lei de associação e acharmos a imagem
deste conjunto.
F(-2) = -2 + 3 = 1
F(-1) = -1 + 3 = 2
F(0) = 0 + 3 = 3
F(1) = 1 + 3 = 4
F(2) = 2 + 3 = 5

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
118
Domínio de uma função real de variável real
Para definirmos uma função precisamos conhecer dois conjuntos (não vazios) A e B e a lei que
associa cada elemento x de A um único elemento y de B. Para nosso caso vamos considerar A e B
sendo subconjuntos de R e diremos que f é uma função real de variável real.
O conjunto A, domínio da função f, será formado por todos os elementos do conjunto real de x, para
os quais as operações indicadas na lei de associação sejam possíveis em R.
Exemplos:
1) y = x2 + 3x
Vamos substituir x por qualquer número real obtermos para y um valor real. Logo D(f) = R.
1
2) 𝑦 = 𝑥
Neste caso como o nosso denominador não pode ser igual a zero, temos que D(f) = R*
𝒙
3) 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟐
Como sabemos que o denominador tem que ser diferente de zero, logo x – 2 ≠ 0  x ≠ 2.
D(f) = R – {2} ou D(f) = {x ϵ R| x ≠ 2}

FUNÇÃO DO 1º GRAU OU FUNÇÃO AFIM OU POLINOMIAL DO 1º GRAU

Recebe ou é conhecida por um desses nomes, sendo por definição: Toda função f: R → R, definida
por:

Com a ϵ R* e b ϵ R.

O domínio e o contradomínio é o conjunto dos números reais (R) e o conjunto imagem coincide com
o contradomínio, Im = R.
Quando b = 0, chamamos de função linear.

Gráfico de uma função do 1º grau


Dada a função y = 2x + 3 (a = 2 > 0). Vamos montar o gráfico dessa função.
Para montarmos o gráfico vamos atribuir valores a x para acharmos y.

x y (x,y)
0 y = 2 .0 + 3 = 3 (0,3)
-2 y = 2 . (-2) + 3 = - 4 + 3 = -1 (-2,-1)
-1 y = 2 .(-1) + 3 = -2 + 3 = 1 (-1,1)

Vamos construir o gráfico no plano cartesiano

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
119
Observe que a reta de uma função do 1º
grau ou de uma função afim é sempre uma
reta.

E como a > 0 ela é função crescente, que


veremos mais a frente

Vejamos outro exemplo: f(x) = –x + 1. Montando o gráfico temos:

Observe que a < 0, logo é uma


função descrente.

Tipos de Função

 Função constante: é toda função definida f: R → R, para cada elemento de x, temos a mesma
imagem, ou seja, o mesmo f(x) = y. Podemos dizer que y = f(x) = k.

Observe os gráficos abaixo da função constante

A representação gráfica de uma função do constante, é uma reta paralela ao eixo das abscissas ou
sobre o eixo (igual ao eixo abscissas).

 Função Identidade

Se a = 1 e b = 0, então y = x. Quando temos este caso chamamos a função de identidade, notamos


que os valores de x e y são iguais, quando a reta corta os quadrantes ímpares e y = - x, quando corta
os quadrantes pares.
A reta que representa a função identidade é denominada de bissetriz dos quadrantes ímpares:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
120
E no caso abaixo a reta é a bissetriz dos quadrantes pares.

 Função Injetora: Quando para n elementos distintos do domínio apresentam imagens também
distintas no contradomínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando, uma reta horizontal, qualquer que seja
interceptar o gráfico da função, uma única vez.
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
121
Se traçarmos retas horizontais, paralelas ao eixo x,
notaremos que o mesmo cortará a reta formada pela
função em um único ponto (o que representa uma
imagem distinta), logo concluímos que se trata de uma
função injetora.

 Função Sobrejetora: Quando todos os elementos do contradomínio forem imagens de pelo


menos um elemento do domínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora quando, qualquer que seja a reta horizontal
que interceptar o eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma vez o gráfico da função.

Observe que todos os elementos do contradomínio


tem um correspondente em x. Logo é sobrejetora.

Im(f) = B

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
122
Observe que nem todos os elementos do
contradomínio tem um correspondente em x. Logo
não é sobrejetora.

Im(f) ≠ B

 Função Bijetora: uma função é dita bijetora quando é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.

Exemplo:
A função f : [1; 3] → [3; 5], definida por f(x) = x + 2, é uma função bijetora.

 Função Ímpar e Função Par


Dizemos que uma função é par quando para todo elemento x pertencente ao domínio temos 𝑓(𝑥) =
𝑓(−𝑥), ∀ 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓). Ou seja os valores simétricos devem possuir a mesma imagem. Par melhor
compreensão observe o diagrama abaixo:

A função é dita ímpar quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos f(-x) = -f(x) ∀ x є
D(f). Ou seja os elementos simétricos do domínio terão imagens simétricas. Observe o diagrama abaixo:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
123
 Função crescente e decrescente
A função pode ser classificada de acordo com o valor do coeficiente a (coeficiente angular da reta),
se a > 0, a função é crescente, caso a < 0, a função é decrescente. A função do 1º grau é
caracterizado por uma reta.

Observe que medida que os


valores de x aumentam, os
valores de y ou f(x) também
aumentam.

Observe que medida que os


valores de x aumentam, os
valores de y ou f(x) diminuem.

Através do gráfico da função do 1º grau notamos que:


-Para função é crescente o ângulo formado entre a reta da função e o eixo x (horizontal) é agudo
(< 90º) e
- Para função decrescente o ângulo formado é obtuso (> 90º).

Zero ou Raiz da Função do 1º grau


Chama-se zero ou raiz da função do 1º grau y = ax + b, o valor de x que anula a função, isto é, o
valor de x para que y ou f(x) seja igual à zero.

Para achar o zero da função y = ax + b, basta igualarmos y ou f(x) a valor de zero, então assim
teremos uma equação do 1º grau, ax + b = 0.

Exemplo:
Determinar o zero da função:
f(x) = x + 3
Igualamos f(x) = 0  0 = x + 3  x = -3

Graficamente temos:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
124
No plano cartesiano, o zero da função do 1º grau é representado pela abscissa do ponto onde a reta
corta o eixo x.
Observe que a reta f(x) = x+3 intercepta o eixo x no ponto (-3,0), ou seja, no ponto de abscissa -3,
que é o zero da função. Observamos que como a > 0, temos que a função é crescente.

Partindo equação ax + b = 0 podemos também escrever de forma simplificada uma outra maneira de
acharmos a raiz da função utilizando apenas os valores de a e b.

−𝒃
𝒂𝒙 + 𝒃 = 𝟎 → 𝒂𝒙 = −𝒃 → 𝒙 =
𝒂
Podemos expressar a fórmula acima graficamente:

Estudo do sinal da função do 1º grau:


Estudar o sinal da função do 1º grau y = ax + b é determinar os valores reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).

Vejamos abaixo o estudo do sinal:

Se a > 0 (função crescente)


−𝑏
𝑥< →𝑦<0
𝑎

−𝑏
𝑥> →𝑦>0
𝑎

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
125
Se a < 0 (função decrescente)
−𝑏
𝑥< →𝑦>0
𝑎

−𝑏
𝑥> →𝑦<0
𝑎

Exemplo:
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
1) Qual o valor de x que anula a função?
y=0
2x – 4 = 0
2x = 4
4
x=
2
x=2

A função se anula para x = 2.

2) Quais valores de x tornam positiva a função?


y>0
2x – 4 > 0
2x > 4
4
x>
2
x>2

A função é positiva para todo x real maior que 2.

3) Quais valores de x tornam negativa a função?


y<0
2x – 4 < 0
2x < 4
4
x<
2
x<2

A função é negativa para todo x real menor que 2.

Podemos também estudar o sinal da função por meio de seu gráfico:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
126
- Para x = 2 temos y = 0;
- Para x > 2 temos y > 0;
- Para x < 2 temos y < 0.

Questões

01. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) O gráfico abaixo representa o salário bruto (S) de um policial
militar em função das horas (h) trabalhadas em certa cidade. Portanto, o valor que este policial receberá
por 186 horas é

(A) R$ 3.487,50.
(B) R$ 3.506,25.
(C) R$ 3.534,00.
(D) R$ 3.553,00.

02. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA/2013) Em determinado estacionamento


cobra-se R$ 3,00 por hora que o veículo permanece estacionado. Além disso, uma taxa fixa de R$ 2,50
é somada à tarifa final. Seja t o número de horas que um veículo permanece estacionado e T a tarifa
final, assinale a seguir a equação que descreve, em reais, o valor de T:
(A) T = 3t
(B) T = 3t + 2,50
(C) T = 3t + 2.50t
(D) T = 3t + 7,50
(E) T = 7,50t + 3

03. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Dada a função f(x) = −4x +15 , sabendo que f(x) =
35, então
(A) x = 5.
(B) x = 6.
(C) x = -6.
(D) x = -5.

04. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2013) O gráfico abaixo apresenta o


consumo médio de oxigênio, em função do tempo, de um atleta de 70 kg ao praticar natação.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
127
Considere que o consumo médio de oxigênio seja diretamente proporcional à massa do atleta. Qual
será, em litros, o consumo médio de oxigênio de um atleta de 80 kg, durante 10 minutos de prática de
natação?
(A) 50,0
(B) 52,5
(C) 55,0
(D) 57,5
(E) 60,0

05. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR – CESGRANRIO/2012)

de domínio real, então, m − p é igual a


(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 64
(E) 7

06. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - Condução de Veículos Metroferroviários –


CONSULPLAN/2014) A função inversa de uma função f(x) do 1º grau passa pelos pontos (2, 5) e (3, 0).
A raiz de f(x) é
(A) 2.
(B) 9.
(C) 12.
(D) 15.
𝑥
07. (BRDE-RS) – Numa firma, o custo para produzir x unidades de um produto é C(x) = 2 + 10000, e
2
o faturamento obtido com a comercialização dessas x unidades é f(x) = 3 𝑥. Para que a firma não tenha
prejuízo, o faturamento mínimo com a comercialização do produto deverá ser de:
(A) R$ 10.000,00
(B) R$ 13.000,00
(C) R$ 15.000,00
(D) R$ 18.000,00
(E) R$ 20.000,00

08. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - Condução de Veículos Metroferroviários –


CONSULPLAN/2014) Qual dos pares de pontos a seguir pertencem a uma função do 1º grau
decrescente?
(A) Q(3, 3) e R(5, 5).
(B) N(0, –2) e P(2, 0).
(C) S(–1, 1) e T(1, –1).
(D) L(–2, –3) e M(2, 3).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
128
09. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - Condução de Veículos Metroferroviários –
CONSULPLAN/2014) A reta que representa a função f(x) = ax + b intercepta o eixo y no ponto (0, 4) e
passa pelo ponto (–1, 3). A raiz dessa função é
(A) –4.
(B) –2.
(C) 1.
(D) 2.

10. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT/2014) O


planeta Terra já foi um planeta incandescente segundo estudos e está se resfriando com o passar dos
anos, mas seu núcleo ainda está incandescente. Em certa região da terra onde se encontra uma mina
de carvão mineral, foi constatado que, a cada 80 metros da superfície, a temperatura no interior da Terra
aumenta 2 graus Celsius. Se a temperatura ambiente na região da mina é de 23° Celsius, qual a
temperatura no interior da mina num ponto a 1200 metros da superfície?
(A) 15º C
(B) 38º C
(C) 53º C
(D) 30º C
(E) 61º C

Respostas

01. Resposta: A.
300 750 𝑥
= =
16 40 186
40𝑥 = 750 ∙ 186
𝑥 = 3487,50

02. Resposta: B.
Equacionando as informações temos: 3 deve ser multiplicado por t, pois depende da quantidade de
tempo, e acrescentado 2,50 fixo
T = 3t + 2,50

03. Resposta: D.
35 = - 4x + 15
- 4x = 20
x=-5

04. Resposta: E.
A proporção de oxigênio/tempo:
10,5 21,0 𝑥
= =
2 4 10
4x = 210
x = 52,5 litros de oxigênio em 10 minutos para uma pessoa de 70 kg

52,5litros----70kg
x-------------80kg
x = 60 litros

05. Resposta: C.
Aplicando segundo as condições mencionadas:
x=1
f(1) = 2.1 - p
f(1) = m - 1
x=6
f(6) = 6m - 1
7.6+4 42+4
𝑓(6) = 2 = 2 = 23 ; igualando as duas equações:
23 = 6m - 1
m=4

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
129
Como queremos m – p , temos:
2 - p = m - 1 ; igualando as duas novamente.
2–p=4-1
p=-1
m – p = 4 - (- 1) = 5

06. Resposta: D.
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (2, 5) e V (3, 0) na equação. Assim:
( T ) 5 = a.2 + b , ou seja, 2.a + b = 5 ( I )
( V ) 0 = a.3 + b , ou seja, 3.a + b = 0 , que fica b = – 3.a ( II )
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:
2.a + (– 3.a) = 5
2.a – 3.a = 5
– a = 5 . (– 1)
a=–5
Para calcular o valor de b, vamos substituir os valores de um dos pontos e o valor de a na equação.
Vamos pegar o ponto V (3, 0) para facilitar os cálculos:
y = a.x + b
0 = – 5.3 + b
b = 15
Portanto, a função fica: y = – 5.x + 15 .
Agora, precisamos calcular a função inversa: basta trocar x por y e vice-versa. Assim:
x = – 5.y + 15
5.y = – x +15
y = – x / 5 + 15/5
y = – x / 5 + 3 (função inversa)
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0=–x/5+3
x/5=3
x=3.5
x = 15

07. Resposta: E.
𝑥
C(x) = + 10000
2
2
F(x) = 𝑥
3
f(x) > c(x)
2 𝑥
3
𝑥 > 2 + 10000

2 𝑥 4𝑥−3𝑥 4𝑥−3𝑥 10000


3
𝑥 − 2 > 10000  6
x > 10000  6
x > 10000 x > 1  x > 60000
6
Substituindo
𝑥 60000
C(x) = 2 + 10000 = 2 + 10000 = 30000 – 10000 = 20000

2
F(x) = 3 60000 = 40000

Fm = 40000 – 20000
Fm = 20000
Portanto o resultado final é de R$ 20.000,00.

08. Resposta: C.
Para pertencer a uma função polinomial do 1º grau decrescente, o primeiro ponto deve estar em uma
posição “mais alta” do que o 2º ponto.
Vamos analisar as alternativas:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
130
( A ) os pontos Q e R estão no 1º quadrante, mas Q está em uma posição mais baixa que o ponto R,
e, assim, a função é crescente.
( B ) o ponto N está no eixo y abaixo do zero, e o ponto P está no eixo x à direita do zero, mas N está
em uma posição mais baixa que o ponto P, e, assim, a função é crescente.
( D ) o ponto L está no 3º quadrante e o ponto M está no 1º quadrante, e L está em uma posição mais
baixa do que o ponto M, sendo, assim, crescente.
( C ) o ponto S está no 2º quadrante e o ponto T está no 4º quadrante, e S está em uma posição mais
alta do que o ponto T, sendo, assim, decrescente.

09. Resposta: A.
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (0, 4) e V (–1, 3) na equação. Assim:
( T ) 4 = a.0 + b , ou seja, b = 4
( V ) 3 = a.( – 1) + b
a=4–3=1
Portanto, a função fica: y = x + 4
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = x + 4 , ou seja, x = – 4

10. Resposta: C.
Vamos utilizar a função T(h) = 23 + 2.h, onde T é a temperatura e h é a profundidade. Assim:
A temperatura aumenta: 1200 / 80 = 15 partes
Assim: 15 . 2 = 30º C
Assim: 23º C + 30º C = 53º C

FUNÇÃO COMPOSTA

Função composta pode ser entendida pela determinação de uma terceira função C, formada pela
junção das funções A e B. Matematicamente falando, temos que f: A → B e g: B → C, denomina a
formação da função composta de g com f, h: A → C. Dizemos função g composta com a função f,
representada por gof.

Exemplos:
1) Dado uma função f(x) = x + 1 e g(x) = x2. Qual será o resultado final se tomarmos um x real e a ele
aplicarmos sucessivamente a lei de f e a lei de g?

O resultado final é que x é levado a (x +1)2. Essa função h de R em R que leva x até (x+1)2 é chamada
de função composta.

2) Dada f (x) = 2x – 3 e f (g (x)) = 6x + 11, calcular g (x).


Como f(g(x) = 6x + 11, então 2g(x) – 3 = 6x + 11  2g(x) = 6x + 14  g(x) = 3x + 7

Na função composta você aplica as propriedades da primeira na segunda ou vice-versa, ou até


mesmo ambas juntas.
Se observamos o exemplo 1 vemos que somamos: +1, a segunda função, como o exemplo pedia
que fosse aplicada as propriedades da segunda, então elevamos tudo ao quadrado.

Questões

01. (PREF. CARIACICA/ES – AGENTE TRÂNSITO – FAFIPA/2012) Sejam f e g funções reais, tais
que f(x)= 2x + 3 e g(x)= x3 . Então f(g(2)) é igual a:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
131
(A) 8
(B) 9
(C) 7
(D) 17
(E) 19

02. (SEDUC/RJ – Professor de Matemática – CEPERJ/2013) O gráfico da função f, uma parábola


cujo vértice é o ponto (2, 3), é mostrado a seguir:

O gráfico que representa a função g, cuja lei de formação é g(x) = 2f(x–3) – 4, é:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
132
03. (PREF. SÃO PAULO – PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO –
MATEMÁTICA – FCC/2012) Sejam as funções f: R → R, definida por f(x) = ax + b, cujo gráfico é
esboçado abaixo, e g: R → R, definida por g(x) = 3x – 2.

O valor de f (g(–2)) é
(A) –12
(B) –10
(C) –8
(D) –6
(E) –5

04. (FEI-SP) Dadas as funções reais f(x) = 2x + 3 e g(x) = ax + b, se f(g(x)) = 8x + 7, o valor de a + b


é:
(A) 13
(B) 12
(C) 15
(D) 6
(E) 5

05. (MACK-SP) As funções f(x) = 3 – 4x e g(x) = 3x + m são tais que f(g(x)) = g(f(x)), qualquer que
seja x real. O valor de m é:
(A) 9/4
(B) 5/4
(C) – 6/5
(D) 9/5
(E) – 2/3

x2 −1
06. (PUC-PR) Considere f(x) = x−2
e g(x) = x – 1. Calcule f(g(x)) para x = 4:
(A) 6
(B) 8
(C) 2
(D) 1
(E) 4

07. (PREF. CARIACICA/ES – AGENTE ADMINISTRATIVO – FAFIPA/2012) Sendo e Calcule


f(x)=2x-10 e g(x)=x2-100. Calcule x para que a igualdade (g(f(x)))=0 seja satisfeita:.
(A) x=1 ou x=√10.
(B) x=0 ou x=5.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
133
(C) x=0 ou x=10.
(D) x=1 ou x=10.
(E) x=0 ou x=√10.

08. (Acafe-SC) Dadas as funções f(x) = 2x – 6 e g(x) = ax + b, se f(g(x)) = 12x + 8, o valor de a + b


é:
(A) 10
(B) 13
(C) 12
(D) 20

09. (CBTU/ METROREC – Técnico de Gestão – Administração – CONSUPLAN/2014) Sejam f(x)


e g(x) funções do 1º grau representadas no gráfico a seguir. A raiz da função composta f(g(x)) é

(A) 3.
(B) 6.
(C) 9.
(D) 12.

10. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - Condução de Veículos Metroferroviários –


CONSULPLAN/2014) Sejam as funções f(x) = 2x – 4 e g(x) = x + 5. A raiz da função composta f(g(x)) é
igual a
(A) –3.
(B) –1.
(C) 2.
(D) 4.

Respostas

01. Resposta: E.
G(2)=2³=8
F(8)=2.8+3=16+3=19

02. Resposta: D.
Observando com atenção a função f(x), temos:
f (x) = (10x + 4) / (5x + 2)
f (x) = 2 [(5x + 2) / (5x + 2)]
f(x) = 2
Assim, g(f(x)) = 2² - 2(2) + 1 = 4 - 4 + 1 = 1 = h(x)
Logo o gráfico que representa a função h(x) é uma constante passando pelo ponto y = 1.

03. Resposta: E.
a=1/2
b=-1
f(x)=1/2 x-1
G(-2)=3(-2)-2=-8
F(-8)=-4-1=-5

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
134
04. Resposta: D.
Temos que f(x) = 2x + 3 e f(g(x)) = 8x + 7
Para calcular f(g(x)) temos que substituir g(x) no lugar de x na função f:
2.g(x) + 3 = 8x + 7 (agora isolamos g(x))
2.g(x) = 8x + 7 – 3
2.g(x) = 8x + 4 (dividindo por 2)
g(x) = 4x + 2, onde a = 4 e b = 2
a+b=4+2=6

05. Resposta: C.
Temos que substituir g(x) no lugar de x na função f e substituir f(x) no lugar de x na função g:
f(g(x)) = g(f(x))
3 – 4.g(x) = 3.f(x) + m
3 – 4.(3x + m) = 3.(3 – 4x) + m
3 – 12x – 4m = 9 – 12x + m
3 – 12x – 9 + 12x = m + 4m
- 6 = 5m
m = - 6/5

06. Resposta: B.
Calcular f(g(x)) para x = 4, temos f(g(4)):
então, calculamos primeiro g(4) = 4 – 1 = 3, substituindo:
32 −1 9−1
f(3) = 3−2
= 1
=8

07. Resposta: C.
G(f(x))=(2x-10)²-100=0
4x²-40x+100-100=0
4x²-40x=0
X²-10x=0
X(x-10)=0
X=0 ou x-10=0
X=10

08. Resposta: B.
f(g(x)) = 12x + 8
substituindo g(x) em f:
2.g(x) – 6 = 12 + 8
2.(ax + b) – 6 = 12x + 8
2ax + 2b – 6 = 12x + 8, dois polinômios são iguais quando tem os mesmos coeficientes. Então:
2a = 12  a = 12/2  a = 6
2b – 6 = 8  2b = 8 + 6  b = 14/2  b = 7
a + b = 6 + 7 = 13

09. Resposta: C.
O gráfico representa as funções do 1º grau. Como sabemos que a fórmula geral da função é:
f(x) = ax + b, vamos descobrir os valores de a e b para que possamos montar a sentença matemática
que expresse a função f(x)
Analisando o gráfico de f(x), temos que b = 1 (onde x = 0 e y = 1) a = -b/x  a = ¼ e b = 1, montando
temos: f(x) = 1/4x + 1
Agora vamos equacionar g(x) , b = 2 e a = -2/3  g(x) = -2/3x + 2
Fazendo f(gx) ¼.(-2/3x + 2) + 1  -2/12x + 2/4 + 1  fazendo o mmc entre 4 e 12

−2𝑥 + 3.2 + 12.1


= −2𝑥 + 6 + 12, 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝑟𝑎í𝑧 𝑑𝑎 𝑓𝑢𝑛çã𝑜, 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝑧𝑒𝑟𝑜
12

-2x + 6 + 12 = 0  -2x = -18  x = 9


Logo a raíz da função composta é 9.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
135
10. Resposta: A.
f(g(x)) = f (x + 5) = 2 . (x + 5) – 4 = 2.x + 10 – 4 = 2.x + 6
Por fim, a raiz é calculada fazendo f(g(x)) = 0. Assim:
0 = 2.x + 6
2.x = – 6
x=–6/2
x=–3

FUNÇÃO INVERSA

A inversa de uma função f, denotada por f-1, é a função que desfaz a operação executada pela função
f. Vejamos a figura abaixo:

Observe que:
1 - a função f "leva" o valor - 2 até o valor - 16, enquanto que a inversa f-1, "traz de volta" o valor - 16
até o valor - 2, desfazendo assim o efeito de f sobre - 2.
2 - outra maneira de entender essa ideia é: a função f associa o valor -16 ao valor -2, enquanto que
a inversa, f-1, associa o valor -2 ao valor -16.
3 - dada uma tabela de valores funcionais para f(x), podemos obter uma tabela para a inversa f -1,
invertendo as colunas x e y.
4 - se aplicarmos, em qualquer ordem, f e também f-1 a um número qualquer, obtemos esse número
de volta.

 Definição:

Seja uma função bijetora com domínio A e imagem B. A função inversa f -1 é a função
, com domínio B e imagem A tal que:

f-1(f(a)) = a para a ∈ A e f(f-1(b)) = b para b∈ B

Assim, podemos definir a função inversa f-1 por: , para y em B.

Exemplo:
A ideia de trocar x por y para escrever a função inversa, nos fornece um método para obter o gráfico
de f-1 a partir do gráfico de f. Vejamos então como isso é possível...Levando em conta que:

Podemos concluir que:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
136
 Propriedade:
Os gráficos cartesianos de f e f -1 são simétricos em relação a bissetriz dos quadrantes 1 e 3 do plano
cartesiano.

Regra prática para determinar a inversa de uma função:


- primeiramente temos que toda função ( f(x), g(x), h(x), ....) representa o “y”.

Para determinar a inversa temos dois passos:

1° Passo: isolamos o x.
2° passo: trocamos x por y e y por x.

Exemplo: Determinar a inversa da função f(x) = 3x + 1, sabendo que é bijetora.


Então, temos que:
y = 3x + 1

1° passo:
y−1
y – 1 = 3x  x = (isolamos o x)
3

2º passo:
x−1 𝑥−1
y= (trocamos x por y e y por x), temos a inversa de f(x)  𝑓 −1 (𝑥) = .
3 3

Questão

01. (PUC-SP) Estudando a viabilidade de uma campanha de vacinação, os técnicos da Secretaria de


Saúde de um município verificaram que o custo de vacinação de x por cento da população era de,
300𝑥
aproximadamente, 𝑦 = 400−𝑥 milhares de reais. Nessa expressão, escrevendo-se x em função de y,
obtém-se x igual a:
4
(A) 3
300𝑦
(B) 400−𝑦
300𝑦
(C) 400+𝑦
400𝑦
(D) 300−𝑦
400𝑦
(E) 300+𝑦

Resposta

01. Resposta: E.
Basta isolar o x:
y 300x
= (multiplicando em cruz)
1 400 − x
300x = y(400 − x)
300x = 400y − xy
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
137
300x + xy = 400y (colocando − se o x em evidência)
x(300 + y) = 400y
400y
x=
300 + y

FUNÇÃO DO 2º GRAU

Chama-se função do 2º grau, função quadrática, função polinomial do 2º grau ou função trinômio do
2º grau é toda função f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da forma:

Com a, b e c reais e a ≠ 0.

Onde:
a é o coeficiente de x2
b é o coeficiente de x
c é o termo independente

Exemplos:
y = x2 – 5x + 6, sendo a = 1, b = – 5 e c = 6
y = x2 – 16, sendo a = 1, b = 0 e c = – 16
f(x) = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
f(x) = 3x2 + 3x, sendo a = 3 , b = 3 e c = 0

Representação gráfica da Função do 2º grau


O gráfico da função do 2º grau é constituído de uma curva aberta chamada de parábola.

Vejamos a trajetória de um projétil lançado obliquamente em relação ao solo horizontal, ela é uma
parábola cuja concavidade está voltada para baixo.

Exemplo:
Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 + x. Atribuindo à variável x qualquer valor real,
obteremos em correspondência os valores de y, vamos construir o gráfico da função:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
138
x y
-3 6
-2 2
-1 0
- -1/4
1/2
0 0
1 2
2 6

1) Como o valor de a > 0 a concavidade está voltada para cima;


2) -1 e 0 são as raízes de f(x);
3) c é o valor onde a curva corta o eixo y neste caso, no 0 (zero)
4) O valor do mínimo pode ser observado nas extremidades (vértice) de cada parábola: -1/2 e -1/4

Concavidade da Parábola
No caso das funções do 2º grau, a parábola pode ter sua concavidade voltada para cima (a > 0) ou
voltada para baixo (a < 0). A concavidade é determinada pelo valor do a (positivo ou maior que zero /
negativo ou menor que zero). Esta é uma característica geral para a função do 2º grau.

Vértice da parábola
Toda parábola tem um ponto de ordenada máxima ou ponto de ordenada mínima, a esse ponto
denominamos vértice. Dado por V (xv , yv).

- Eixo de simetria
É aquele que dado o domínio a imagem é a mesma. Isso faz com que possamos dizer que a parábola
é simétrica a reta que passa por xv, paralela ao eixo y, na qual denominamos eixo de simetria. Vamos
entender melhor o conceito analisando o exemplo: y = x2 + 2x – 3 (início do assunto).
Atribuímos valores a x, achamos valores para y. Temos que:
f (-3) = f (1) = 0
f (-2) = f (0) = -3

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
139
Conjunto Domínio e Imagem
Toda função do 2º grau com Domínio nos Reais (R) que possui a > 0, sua concavidade está voltada
para cima, e o seu conjunto imagem é dado por:

−∆ −∆
𝑰𝒎 = {𝒚 ∈ 𝑹| 𝒚 ≥ 𝟒𝒂
} 𝒐𝒖 𝑰𝒎 = [ 𝟒𝒂 ; +∞[

Logo se a < 0, a concavidade estará voltada para baixo, o seu conjunto imagem é dado por:

−∆ −∆
𝑰𝒎 = {𝒚 ∈ 𝑹| 𝒚 ≤ 𝟒𝒂
} 𝒐𝒖 𝑰𝒎 = ]−∞; 𝟒𝒂 ]

Coordenadas do vértice da parábola


Como visto anteriormente a função do 2º grau apresenta como eixo de simetria uma reta vertical que
intercepta o gráfico num ponto chamado de vértice.
As coordenadas do vértice são dadas por:

Onde:
x1 e x2 são as raízes da função.

Valor máximo e valor mínimo da função do 2º grau


- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada mínima. Nesse caso, o vértice é
chamado ponto de mínimo e a ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
140
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada máxima. Nesse caso, o vértice é ponto
de máximo e a ordenada do vértice é chamada valor máximo da função.

Exemplo:
Dado a função y = x2 – 2x – 3 vamos construir a tabela e o gráfico festa função, determinando também
o valor máximo ou mínimo da mesma.

Como a = 1 > 0, então a função possui um valor mínimo como pode ser observado pelo gráfico. O
valor de mínimo ocorre para x = 1 e y = -4. Logo o valor de mínimo é -4 e a imagem da função é dada
por: Im = { y ϵ R | y ≥ -4}.

Raízes ou zeros da função do 2º grau


As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c são os valores de x reais tais que f(x) = 0,
ou seja são valores que deixam a função nula. Com isso aplicamos o método de resolução da equação
do 2º grau.

ax2 + bx + c = 0

A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o auxílio da chamada “fórmula de Bháskara”.

b 
x , onde, = b2 – 4.a.c
2.a
As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com o eixo y são fundamentais para traçarmos
um esboço do gráfico de uma função do 2º grau.

Forma fatorada das raízes: f (x) = a (x – x1) (x – x2).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
141
Esta fórmula é muito útil quando temos as raízes e precisamos montar a sentença matemática que
expresse a função.

Estudo da variação do sinal da função do 2º grau


Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os valores reais de x que tornam a função
positiva, negativa ou nula.
Abaixo podemos resumir todos os valores assumidos pela função dado a e Δ (delta).

Observe que:

- Quando Δ > 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em dois pontos distintos, e temos duas raízes
reais distintas.
- Quando Δ = 0, o gráfico corta e tangencia o eixo dos x em um ponto e temos duas raízes iguais.
- Quando Δ < 0, o gráfico não corta e não tangencia o eixo dos x em nenhum ponto e não temos
raízes reais.

Exemplos
1) Considere a função quadrática representada pelo gráfico abaixo, vamos determinar a sentença
matemática que a define.

Resolução:
Como conhecemos as raízes x1 e x2 (x1= -4 e x2 = 0), podemos nos da forma fatorada temos:
f (x) = a.[ x – (-4)].[x – 0] ou f (x) = a(x + 4).x .
O vértice da parábola é (-2,4), temos:
4 = a.(-2 + 4).(-2)  a = -1
Logo, f(x) = - 1.(x + 4).x  (-x – 4x).x  -x2 – 4x

2) Vamos determinar o valor de k para que o gráfico cartesiano de f(x) = -x2 + (k + 4). x – 5 ,passe
pelo ponto (2;3).
Resolução:

Como x = 2 e f(x) = y = 3, temos:


3 = -(2)2 + (k + 4).2 – 5  3 = -4 + 2k + 8 – 5  2k + 8 – 9 = 3  2 k – 1 = 3  2k = 3 + 1  2k = 4
 k = 2.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
142
Questões

01. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC/2014) Duas cidades A e B estão separadas
por uma distância d. Considere um ciclista que parte da cidade A em direção à cidade B. A distância d,
em quilômetros, que o ciclista ainda precisa percorrer para chegar ao seu destino em função do tempo
100−𝑡 2
t, em horas, é dada pela função 𝑑(𝑡) = 𝑡+1 . Sendo assim, a velocidade média desenvolvida pelo
ciclista em todo o percurso da cidade A até a cidade B é igual a
(A) 10 Km/h
(B) 20 Km/h
(C) 90 Km/h
(D) 100 Km/h

02. (ESPCEX – CADETES DO EXÉRCITO – EXÉRCITO BRASILEIRO/2013) Uma indústria produz


mensalmente x lotes de um produto. O valor mensal resultante da venda deste produto é V(x)=3x²-12x
e o custo mensal da produção é dado por C(x)=5x²-40x-40. Sabendo que o lucro é obtido pela diferença
entre o valor resultante das vendas e o custo da produção, então o número de lotes mensais que essa
indústria deve vender para obter lucro máximo é igual a
(A) 4 lotes.
(B) 5 lotes.
(C) 6 lotes.
(D) 7 lotes.
(E) 8 lotes.

03. (IPEM – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE – VUNESP/2013) A figura ilustra um arco


decorativo de parábola AB sobre a porta da entrada de um salão:

Considere um sistema de coordenadas cartesianas com centro em O, de modo que o eixo vertical
(y) passe pelo ponto mais alto do arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos de apoio desse
arco sobre a porta (A e B). Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse arco é f(x) = – x²+
c, e que V = (0; 0,81), pode-se afirmar que a distância ̅̅̅̅
𝐴𝐵 , em metros, é igual a
(A) 2,1.
(B) 1,8.
(C) 1,6.
(D) 1,9.
(E) 1,4.

04. (POLICIA MILITAR/MG – SOLDADO – POLICA MILITAR/2013) A interseção entre os gráficos


das funções y = - 2x + 3 e y = x² + 5x – 6 se localiza:
(A) no 1º e 2º quadrantes
(B) no 1º quadrante
(C) no 1º e 3º quadrantes
(D) no 2º e 4º quadrantes

05. (PARANAEDUCAÇÃO – MOTORISTA – UEL/COPS/2013) Considere o gráfico da função f a


seguir.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
143
Com base no gráfico, assinale a alternativa correta.
(A) f(-2) < 0
(B) f(0) = -3
(C) f(1/2) > 0
(D) f(1) = 1
(E) f(2) < 0

06. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Sabe-se que, sob um certo ângulo de tiro, a altura
h atingida por uma bala, em metros, em função do tempo t, em segundos, é dada por h(t)=-3t²+15t.
Portanto, é correto afirmar que, depois de 3s, a bala atingirá
(A) 18 metros.
(B) 20 metros.
(C) 27 metros.
(D) 32 metros.

07. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR – CESGRANRIO/2012) Sejam f(x)=-


2x²+4x+16 e g(x)=ax²+bx+c funções quadráticas de domínio real, cujos gráficos estão representados
acima. A função f(x) intercepta o eixo das abscissas nos pontos P(xP,0) e M(xM,0) e g(x), nos pontos
(1,0) e Q(xQ,0).

Se g(x) assume valor máximo quando x=xM, conclui-se que xQ é igual a:


(A) 3
(B) 7
(C) 9
(D) 11
(E) 13

08. (TRANSPETRO – TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE JÚNIOR –


CESGRANRIO/2012) A raiz da função f(x) = 2x − 8 é também raiz da função quadrática g(x) = ax²+ bx
+ c. Se o vértice da parábola, gráfico da função g(x), é o ponto V(−1, −25), a soma a + b + c é igual a:
(A) − 25
(B) − 24
(C) − 23
(D) − 22
(E) – 21

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
144
09. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Na figura, tem-se o gráfico de uma parábola.

Os vértices do triângulo AVB estão sobre a parábola, sendo que os vértices A e B estão sobre o eixo
das abscissas e o vértice V é o ponto máximo da parábola. A área do triângulo AVB, cujas medidas dos
lados estão em centímetros, é, em centímetros quadrados, igual a
(A) 8.
(B) 9.
(C) 12.
(D) 14.
(E) 16.

10. (CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO – FUNDATEC/2013) Supondo que o valor d (em


milhares de reais) gasto com cimento por uma prefeitura, de janeiro a dezembro de 2011, pode ser
aproximado pelo modelo d(t)= − t2 + 12t + 13, 1 ≤ t ≤ 12, em que t representa o mês, com t=1
correspondendo a janeiro, qual o mês em que a prefeitura teve o maior gasto com cimento?
(A) Janeiro.
(B) Maio.
(C) Junho.
(D) Setembro.
(E) Dezembro.

11. (BRB – Escriturário – CESPEUnB/2011) Ao vender x milhares unidades de determinado


produto, a receita, em reais, obtida pela fábrica é expressa pela função f(x) = -10.000(x2– 14x + 13). O
custo de produção desses x milhares de unidades, também em reais, é estimado em g(x) = 20.000(x +
3,5). Considerando apenas a receita e o custo relativos a esse produto, julgue o próximo item. Com a
venda de qualquer quantia do produto, superior a 2.000 unidades, o lucro líquido da fábrica será sempre
positivo.
(certo) (errado)

12. (BRB – Escriturário – CESPEUnB/2011) Ao vender x milhares unidades de determinado


produto, a receita, em reais, obtida pela fábrica é expressa pela função f(x) = -10.000(x2 – 14x + 13). O
custo de produção desses x milhares de unidades, também em reais, é estimado em g(x) = 20.000(x +
3,5). Considerando apenas a receita e o custo relativos a esse produto, julgue o próximo item. O lucro
líquido máximo da fábrica será obtido quando forem vendidas 6.000 unidades do produto.
(certo) (errado)

Respostas

01. Resposta: A.
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0:
100−02
𝑑(0) = 0+1
= 100𝑘𝑚

Agora, vamos substituir na função:


100−𝑡 2
0 = 𝑡+1
100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1)
t² = 100
𝑡 = √100 = 10𝑘𝑚/ℎ

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
145
02. Resposta: D.
L(x)=3x²-12x-5x²+40x+40
L(x)=-2x²+28x+40
𝑏 28
𝑥𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = − = − = 7 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
2𝑎 −4

03. Resposta: B.
C=0,81, pois é exatamente a distância de V
F(x)=-x²+0,81
0=-x²+0,81
X²=0,81
X=0,9
A distância AB é 0,9+0,9=1,8

04. Resposta: A.
-2x+3=x²+5x-6
X²+7x-9=0
=49+36=85
−7 ± √85
𝑥=
2
−7 + 9,21
𝑥1 = = 1,105
2
−7 − 9,21
𝑥2 = = −8,105
2
Para x=1,105
Y=-2.1,105+3=0,79
Para x=-8,105
Y=19,21
Então a interseção ocorre no 1º e no 2º quadrante.

05. Resposta: B.
f(-2)>0
f(0)=-3
F(1/2)<0
F(1)<0
F(2)=0

06. Resposta: A.
ℎ(3) = −3 ∙ 32 + 15 ∙ 3 = 18

07. Resposta: B.
∆= 16 + 128 = 144
−4 ± 12
𝑥=
−4
𝑥1 = −2
𝑥2 = 4
𝑏
− =4
2𝑎
−𝑏 = 8𝑎

A soma das raízes é –b/a


𝑏
− =8
𝑎

Se já sabemos que uma raiz é 1:


1 + 𝑥𝑄 = 8
𝑥𝑄 = 7

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
146
08. Resposta: E.
2x-8=0
2x=8
X=4
𝑥1 + 𝑥2
𝑥𝑣 =
2
4 + 𝑥2
−1 =
2

𝑥2 = −2 − 4 = −6
Lembrando que para encontrar a equação, temos:
(x - 4)(x + 6) = x² + 6x - 4x - 24 = x² + 2x - 24
a=1
b=2
c=-24
a + b + c = 1 + 2 – 24 = -21

09. Resposta: A.
As raízes são -1 e 3
Sendo função do 2º grau: -(x²-Sx+P)=0(concavidade pra baixo a<0)
-x²+Sx-P=0
S=-1+3=2
P=-13=-3
-𝑥 2 + 2𝑥 + 3 = 0

ℎ𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 𝑉𝑦 = −
4𝑎
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = 4 + 12 = 16
ℎ𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 4
Base: -1até 0 e 0 até 3
Base: 1+3=4
ℎ 4
𝐴𝑡𝑟𝑖Â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 𝑏 ∙ = 4 ∙ = 8𝑐𝑚²
2 2

10. Resposta: C.
Maior gasto corresponde ao maior valor de X.

𝑏 12
𝑥𝑣 = − =− =6
2𝑎 −2
6 corresponde ao mês de junho.

11. Resposta: ERRADO.


O lucro da fábrica é obtido pela diferença entre receita e custo:
L(x) = R(x) – C(x)
L(x) = f(x) – g(x)
L(x) = - 10.000(x2 – 14x + 3) – 20.000(x + 3,5)
L(x) = - 10.000x2 + 140.000x – 130.000 – 20.000x – 7.000x
L(x) = - 10.000x2 + 120.000x – 200.000
Resolvendo a equação:
- 10.000x2 + 120.000x – 200.000 = 0 (cortando 4 zeros)
- x2 + 12x – 20 = 0 , a = -1, b = 12 e c = -20
∆ = b2 – 4ac
∆ = 122 – 4.(- 1).(- 20)
∆ = 144 – 80
∆ = 64
−𝑏±√∆
𝑥= 2𝑎

−12±√64 −12±8 −12+8 −4 −12−8 −20


𝑥= 2.(−1)
= −2
𝑥= −2
= −2 = 2 ou 𝑥 = −2
= −2
= 10

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
147
Como, pelo enunciado, x está em milhares: x = 2.000 ou x= 10.000, temos que fazer o gráfico da
função. O a da função é negativo, a concavidade parábola é voltada para baixo.

Como podemos ver pelo gráfico com a venda de x milhares entre 2000 e 10000 o lucro será positivo,
acima de 10000 o lucro será negativo.

12. Resposta: CERTO.


Mesma equação do exercício anterior, o lucro máximo será alcançado quando forem vendidas xv
milhares de unidades.
−𝑏 −120.000 −120.000
𝑥𝑣 = 2𝑎
= 2.(−10.000) = −20.000
= 6, como x é em milhares, x = 6.000

EQUAÇÃO DO 1º GRAU OU LINEAR

Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade e uma incógnita
ou variável (x, y, z,...).
Observe a figura:

A figura acima mostra uma equação (uma igualdade), onde precisamos achar o valor da variável x,
para manter a balança equilibrada. Equacionando temos:
x + x + 500 + 100 = x + 250 + 500  2x + 600 = x + 750.
Exemplos:
2x + 8 = 0
5x – 4 = 6x + 8
3a – b – c = 0

- Não são equações:


4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta)
x – 5 < 3 (Não é igualdade)
5 ≠ 7 (não é sentença aberta, nem igualdade)

 Termo Geral da equação do 1º grau


Onde a e b (a≠0) são números conhecidos e a diferença de 0, se resolve de maneira simples:
subtraindo b dos dois lados obtemos:

ax +b – b = 0 – b  ax = -b  x = -b/a

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
148
 Termos da equação do 1º grau

 Resolução da equação do 1º grau


O método que usamos para resolver a equação de 1º grau é isolando a incógnita, isto é, deixar a
incógnita sozinha em um dos lados da igualdade. O método mais utilizado para isso é invertermos as
operações. Vejamos

Resolvendo a equação 2x + 600 = x + 750, passamos os termos que tem x para um lado e os números
para o outro invertendo as operações.
2x – x = 750 – 600, com isso eu posso resolver minha equação.  x = 150

Outros exemplos:

1) Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações.

Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a


subtração). Se 3x é igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos a multiplicação por
3).
Registro:
3x – 2 = 16
3x = 16 + 2
3x = 18
18
x=
3
x=6

2 1
2) Resolução da equação: 1 – 3x + =x+ , efetuando a mesma operação nos dois lados da
5 2
igualdade(outro método de resolução).

Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois lados da equação pelo mmc (2;5) = 10. Dessa
forma, são eliminados os denominadores. Fazemos as simplificações e os cálculos necessários e
isolamos x, sempre efetuando a mesma operação nos dois lados da igualdade. No registro, as
operações feitas nos dois lados da igualdade são indicadas com as setas curvas verticais.
Registro:
1 – 3x + 2/5 = x + 1 /2

1. (10) − 3𝑥. (10) + 2. (2) 𝑥. (10) + 1. (5)


=
10 10

10 – 30x + 4 = 10 x + 5
-30x -10x = 5 – 10 – 4
-40x = -9 (-1)
40x = 9
x = 9/40
x = 0,225

Há também um processo prático, bastante usado, que se baseia nessas ideias e na percepção de
um padrão visual.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
149
- Se a + b = c, conclui-se que a = c – b.

Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no lado esquerdo; na segunda, a parcela b


aparece subtraindo no lado direito da igualdade.
- Se a . b = c, conclui-se que a = c : b, desde que b ≠ 0.

Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando no lado esquerdo; na segunda, ele aparece
dividindo no lado direito da igualdade.

O processo prático pode ser formulado assim:

- Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com incógnita de um lado da igualdade e os
demais termos do outro lado.

- Sempre que mudar um termo de lado, inverta a operação.


Questões

01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP/2014) O gráfico mostra o número de gols marcados,
por jogo, de um determinado time de futebol, durante um torneio.

Sabendo que esse time marcou, durante esse torneio, um total de 28 gols, então, o número de jogos
em que foram marcados 2 gols é:
(A) 3.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 6.
(E) 7.

02. (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMARUÍ/2014) Certa quantia em dinheiro foi
dividida igualmente entre três pessoas, cada pessoa gastou a metade do dinheiro que ganhou e 1/3(um
terço) do restante de cada uma foi colocado em um recipiente totalizando R$900,00(novecentos reais),
qual foi a quantia dividida inicialmente?
(A) R$900,00
(B) R$1.800,00
(C) R$2.700,00
(D) R$5.400,00

03. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB/2014) Um grupo formado por 16 motoristas


organizou um churrasco para suas famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram de participar.
Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes pagou R$ 57,00 a mais. O valor total pago
por eles, pelo churrasco, foi:
(A) R$ 570,00
(B) R$ 980,50
(C) R$ 1.350,00
(D) R$ 1.480,00
(E) R$ 1.520,00

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
150
04. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC/2014) Uma linha de Metrô inicia-se na 1ª
estação e termina na 18ª estação. Sabe-se que a distância dentre duas estações vizinhas é sempre a
mesma, exceto da 1ª para a 2ª, e da 17ª para a 18ª, cuja distância é o dobro do padrão das demais
estações vizinhas. Se a distância da 5ª até a 12ª estação é de 8 km e 750 m, o comprimento total dessa
linha de Metrô, da primeira à última estação, é de
(A) 23 km e 750 m.
(B) 21 km e 250 m.
(C) 25 km.
(D) 22 km e 500 m.
(E) 26 km e 250 m.

05. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) Um funcionário de


uma empresa deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcionário executou 3/8 da tarefa na 1 a
semana. Na 2a semana, ele executou 1/3 do que havia executado na 1a semana. Na 3a e 4a semanas,
o funcionário termina a execução da tarefa e verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia
executado na 4a semana. Sendo assim, a fração de toda a tarefa que esse funcionário executou na 4ª
semana é igual a
(A) 5/16.
(B) 1/6.
(C) 8/24.
(D)1/ 4.
(E) 2/5.

06. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) Bia tem 10 anos
a mais que Luana, que tem 7 anos a menos que Felícia. Qual é a diferença de idades entre Bia e Felícia?
(A) 3 anos.
(B) 7 anos.
(C) 5 anos.
(D) 10 anos.
(E) 17 anos.

07. (DAE AMERICANAS/SP – ANALISTA ADMINSTRATIVO – SHDIAS/2013) Em uma praça,


Graziela estava conversando com Rodrigo. Graziela perguntou a Rodrigo qual era sua idade, e ele
respondeu da seguinte forma: - 2/5 de minha idade adicionados de 3 anos correspondem à metade de
minha idade. Qual é a idade de Rodrigo?
(A) Rodrigo tem 25 anos.
(B) Rodrigo tem 30 anos.
(C) Rodrigo tem 35 anos.
(D) Rodrigo tem 40 anos.

08. (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA I - FCC/2013) Dois amigos foram a


3
uma pizzaria. O mais velho comeu 8 da pizza que compraram. Ainda da mesma pizza o mais novo
7
comeu 5 da quantidade que seu amigo havia comido. Sendo assim, e sabendo que mais nada dessa
pizza foi comido, a fração da pizza que restou foi
3
(𝐴)
5
7
(𝐵)
8
1
(𝐶)
10
3
(𝐷)
10
36
(𝐸)
40

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
151
09. (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA I - FCC/2013) Glauco foi à livraria e
comprou 3 exemplares do livro J. Comprou 4 exemplares do livro K, com preço unitário de 15 reais a
mais que o preço unitário do livro J. Comprou também um álbum de fotografias que custou a terça parte
do preço unitário do livro K. Glauco pagou com duas cédulas de 100 reais e recebeu o troco de 3 reais.
Glauco pagou pelo álbum o valor, em reais, igual a
(A) 33.
(B) 132.
(C) 54.
(D) 44.
(E) 11.

10. AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA I - FCC/2013) Hoje, a soma das idades de três
irmãos é 65 anos. Exatamente dez anos antes, a idade do mais velho era o dobro da idade do irmão do
meio, que por sua vez tinha o dobro da idade do irmão mais novo. Daqui a dez anos, a idade do irmão
mais velho será, em anos, igual a
(A) 55.
(B) 25.
(C) 40.
(D) 50.
(E) 35.

Respostas

01. Resposta: E.
0.2 + 1.8 + 2.x + 3.2 = 28
0 + 8 + 2x + 6 = 28
2x = 28 – 14
x = 14 / 2
x=7

02. Resposta: D.
Quantidade a ser recebida por cada um: x
Se 1/3 de cada um foi colocado em um recipiente e deu R$900,00, quer dizer que cada uma colocou
R$300,00.
𝑥
𝑥 3
= + 300
3 2
𝑥 𝑥
= + 300
3 6
𝑥 𝑥
− = 300
3 6
2𝑥 − 𝑥
= 300
6
𝑥
= 300
6
x = 1800
Recebida: 1800.3=5400

03. Resposta: E.
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570
16.x – 10.x = 570
6.x = 570
x = 570 / 6

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
152
x = 95
O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.

04. Resposta: A.

Sabemos que da 5ª até a 12ª estação = 8 km + 750 m = 8750 m.


A quantidade de “espaços” da 5ª até a 12ª estação é: (12 – 5). x = 7.x
Assim: 7.x = 8750
x = 8750 / 7
x = 1250 m
Por fim, vamos calcular o comprimento total:
17 – 2 = 15 espaços
2.x + 2.x + 15.x =
= 2.1250 + 2.1250 + 15.1250 =
= 2500 + 2500 + 18750 = 23750 m 23 km + 750 m

05. Resposta: B.
Tarefa: x
Primeira semana: 3/8x
1 3 1
2 semana: ∙ 𝑥 = 𝑥
3 8 8
3 1 4 1
1ª e 2ª semana:8 𝑥 + 8 𝑥 = 8 𝑥 = 2 𝑥

Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade, pois ele executou a metade na 1ª e 2ª semana
como consta na fração acima (1/2x).
3ªsemana: 2y
4ª semana: y
1
2𝑦 + 𝑦 = 2 𝑥
1
3𝑦 = 2 𝑥
1
𝑦 = 6𝑥

06. Resposta: A.
Luana: x
Bia: x + 10
Felícia: x + 7
Bia – Felícia = x + 10 – x – 7 = 3 anos.

07. Resposta: B.
Idade de Rodrigo: x
2 1
𝑥+3 = 𝑥
5 2
2 1
5
𝑥 − 2 𝑥 = −3

Mmc(2,5)=10
4𝑥−5𝑥
10
= −3
4𝑥 − 5𝑥 = −30
𝑥 = 30

08. Resposta: C.
𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎: 𝑥 ∴ 𝑦: 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜𝑢 𝑑𝑎 𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
153
3
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑣𝑒𝑙ℎ𝑜: 𝑥
8
7 3 21
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜 ∶ ∙ 𝑥 = 𝑥
5 8 40
3 21
𝑥+ 𝑥+𝑦 =𝑥
8 40
3 21
𝑦=𝑥− 𝑥− 𝑥
8 40
40𝑥 − 15𝑥 − 21𝑥 4𝑥 1
𝑦= = = 𝑥
40 40 10
Sobrou 1/10 da pizza.

09. Resposta: E.
Preço livro J: x
Preço do livro K: x+15
𝑥 + 15
á𝑙𝑏𝑢𝑚:
3
Valor pago:197 reais (2.100 – 3)

𝑥 + 15
3𝑥 + 4(𝑥 + 15) + = 197
3

9𝑥 + 12(𝑥 + 15) + 𝑥 + 15
= 197
3
9𝑥 + 12𝑥 + 180 + 𝑥 + 15 = 591
22𝑥 = 396
𝑥 = 18
𝑥 + 15 18 + 15
á𝑙𝑏𝑢𝑚: = = 11
3 3

O valor pago pelo álbum é de R$ 11,00.

10. Resposta: C.
Irmão mais novo: x
Irmão do meio: 2x
Irmão mais velho:4x
Hoje:
Irmão mais novo: x + 10
Irmão do meio: 2x + 10
Irmão mais velho:4x + 10
x + 10 + 2x + 10 + 4x + 10 = 65
7x = 65 – 30
7x = 35
x=5
hoje:
Irmão mais novo: x + 10 = 5 + 10 = 15
Irmão do meio: 2x + 10 = 10 + 10 = 20
Irmão mais velho:4x + 10 = 20 + 10 = 30
Daqui a dez anos
Irmão mais novo: 15 + 10 = 25
Irmão do meio: 20 + 10 = 30
Irmão mais velho: 30 + 10 = 40
O irmão mais velho terá 40 anos.

EQUAÇÃO DO 2º GRAU

Uma equação é uma expressão matemática que possui em sua composição incógnitas, coeficientes,
expoentes e um sinal de igualdade. As equações são caracterizadas de acordo com o maior expoente
de uma das incógnitas.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
154
Em que a, b, c são números reais e a ≠ 0.

Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os números reais expressos por a, b, c são chamados
coeficientes da equação:

Equação completa e incompleta:


- Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.

Exemplos:
x2 - 5x + 6 = 0= 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 5, c = 6).
-3y2 + 2y - 15 = 0 é uma equação completa (a = -3, b = 2, c = -15).

- Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se diz incompleta.

Exemplos:
x² - 36 = 0 é uma equação incompleta (b=0).
x² - 10x = 0 é uma equação incompleta (c = 0).
4x² = 0 é uma equação incompleta (b = c = 0).

Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0, que é denominada forma normal ou
forma reduzida de uma equação do 2º grau com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio
de transformações convenientes, em que aplicamos o princípio aditivo e o multiplicativo, podemos
reduzi-las a essa forma.

Exemplo: Pelo princípio aditivo.


2x2 – 7x + 4 = 1 – x2
2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x2 – 7x + 3 = 0

Exemplo: Pelo princípio multiplicativo.


2 1 x
 
x 2 x4

4.x  4  xx  4 2x 2

2 x x  4  2 x x  4 
4(x – 4) – x(x – 4) = 2x2
4x – 16 – x2 + 4x = 2x2
– x2 + 8x – 16 = 2x2
– x2 – 2x2 + 8x – 16 = 0
– 3x2 + 8x – 16 = 0

 Raízes de uma equação do 2º grau


Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma equação, transforma-a numa sentença
verdadeira. As raízes formam o conjunto verdade ou solução de uma equação.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
155
 Resolução das equações incompletas do 2º grau com uma incógnita.
Primeiramente devemos saber duas importante propriedades dos números Reais que é o nosso
conjunto Universo.

1º) Se x ϵ R, y ϵ R e x.y=0, então x= 0 ou y=0

2º) Se x ϵ R, y ϵ R e x2=y, então x= √y ou x=-√y

1º Caso) A equação é da forma ax2 + bx = 0.


x2 – 9x = 0  colocamos x em evidência
x . (x – 9) = 0 , aplicando a 1º propriedade dos reais temos:

x=0 ou x–9=0
x=9
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação.

2º Caso) A equação é da forma ax2 + c = 0.


x2 – 16 = 0  Fatoramos o primeiro membro, que é uma diferença de dois quadrados.
(x + 4) . (x – 4) = 0, aplicando a 1º propriedade dos reais temos:
x+4=0 x–4=0
x=–4 x=4
ou
x2 – 16 = 0  x2 = 16  √x2 = √16  x = ± 4, (aplicando a segunda propriedade).
Logo, S = {–4, 4}.

 Resolução das equações completas do 2º grau com uma incógnita.


Para este tipo de equação utilizaremos a Fórmula de Bháskara.
Usando o processo de Bháskara e partindo da equação escrita na sua forma normal, foi possível
chegar a uma fórmula que vai nos permitir determinar o conjunto solução de qualquer equação do 2º
grau de maneira mais simples.

Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou fórmula de Bháskara.

Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai depender do discriminante Δ; temos então, três
casos a estudar.

Duas raízes reais distintas.


b 
Δ>0 x' 
1º caso 2.a
(Positivo)
b 
x '' 
2.a
Duas raízes reais iguais.
Δ=0 b
2º caso x’ = x” =
(Nulo)
2a
Δ<0
3º caso Não temos raízes reais.
(Negativo)

A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem duas ou uma única dependem,
exclusivamente, do discriminante Δ = b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa expressão.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
156
Exemplos:
1) Resolver a equação 3x2 + 7x + 9 = 0 no conjunto R.
Temos: a = 3, b = 7 e c = 9

−7 ± √−59
𝑥=
6
Como Δ < 0, a equação não tem raízes reais.
Então: S = ᴓ

2) Resolver a equação 5x2 – 12x + 4=0


Temos que a= 5, b= -12 e c = 4.
Aplicando na fórmula de Bháskara:
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −(−12) ± √(−12)2 − 4.5.4 12 ± √144 − 80 12 ± √64
𝑥= = = =
2𝑎 2.5 10 10

Como Δ > 0, logo temos duas raízes reais distintas:


12 ± 8 12 + 8 20 12 − 8 4: 2 2
𝑥= → 𝑥′ = = = 2 𝑒 𝑥 ′′ = = =
10 10 10 10 10: 2 5
S= {2/5, 2}

 Relação entre os coeficientes e as raízes

As equações do 2º grau possuem duas relações entre suas raízes, são as chamadas relações de
Girard, que são a Soma (S) e o Produto (P).

𝒃
1) Soma das raízes é dada por: 𝑺 = 𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 = − 𝒂

𝒄
2) Produto das raízes é dada por: 𝑷 = 𝒙𝟏 . 𝒙𝟐 = 𝒂

Logo podemos reescrever a equação da seguinte forma:


x2 – Sx + P=0
Exemplos:
1) Determine uma equação do 2º grau cujas raízes sejam os números 2 e 7.
Resolução:
Pela relação acima temos:
S = 2+7 = 9 e P = 2.7 = 14  Com esses valores montamos a equação: x2 -9x +14 =0

2) Resolver a equação do 2º grau: x2 -7x +12 =0


Observe que S=7 e P=12, basta agora pegarmos dois números aos quais somando obtemos 7 e
multiplicados obtemos 12.
S= 3+4 = 7 e P = 4.3=12, logo o conjunto solução é: S={3,4}

Questões

01. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA/2013) Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0


seja uma equação de segundo grau, o valor de m deverá, necessariamente, ser diferente de:
(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 0.
(E) 9.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
157
02. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC/2013) Qual a equação do 2º grau
cujas raízes são 1 e 3/2?
(A) x²-3x+4=0
(B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0
(D) 2x²-5x+3=0

03. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC/2013) O dobro da menor raiz da


equação de 2º grau dada por x²-6x=-8 é:
(A) 2
(B) 4
(C) 8
(D) 12

04. (CGU – ADMINISTRATIVA – ESAF/2012) Um segmento de reta de tamanho unitário é dividido


em duas partes com comprimentos x e 1-x respectivamente. Calcule o valor mais próximo de x de
maneira que x = (1-x) / x, usando 5=2,24.
(A) 0,62
(B) 0,38
(C) 1,62
(D) 0,5
(E) 1/ 𝜋

05. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB/ 2014) Hoje João tem oito anos a mais que sua irmã, e
o produto das suas idades é 153. Daqui a dez anos, a soma da idade de ambos será:
(A) 48 anos.
(B) 46 anos.
(C) 38 anos.
(D) 36 anos.
(E) 32 anos.

06. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – IMA/2014) Temos que a raiz do


polinômio p(x) = x² – mx + 6 é igual a 6. O valor de m é:
(A) 15
(B) 7
(C) 10
(D) 8
(E) 5

07. (CBTU – METROREC – Analista de Gestão – Advogado – CONSULPLAN/2014) Considere a


seguinte equação do 2º grau: ax2 + bx + c = 0. Sabendo que as raízes dessa equação são x’ = 6 e x’’ =
–10 e que a + b = 5, então o discriminante dessa equação é igual a
(A) 196.
(B) 225.
(C) 256.
(D) 289.

08. (SAAE/SP - Fiscal Leiturista – VUNESP/2014) O dono de uma papelaria comprou 98 cadernos
e ao formar pilhas, todas com o mesmo número de cadernos, notou que o número de cadernos de uma
pilha era igual ao dobro do número de pilhas. O número de cadernos de uma pilha era
(A) 12.
(B) 14.
(C) 16.
(D) 18.
(E) 20.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
158
09. (Prefeitura de São Paulo - SP - Guarda Civil Metropolitano - MS CONCURSOS) Se x1 > x2
1 1
são as raízes da equação x2 - 27x + 182 = 0, então o valor de - é:
𝑥2 𝑥1
1
(A) .
27

1
(B) .
13
(C) 1.
1
(D) 182.

1
(E) 14.

10. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) A soma das raízes da equação (k -
2)x² - 3kx + 1 = 0, com k ≠ 2, é igual ao produto dessas raízes. Nessas condições. Temos:
(A) k = 1/2.
(B) k = 3/2.
(C) k = 1/3.
(D) k = 2/3.
(E) k = -2.

Respostas

01. Resposta: C.
Neste caso o valor de a ≠ 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜:
3m-9≠0
3m≠9
m≠3

02. Resposta: D.
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas raízes somadas resultam no valor
numérico de b; e P= duas raízes multiplicadas resultam no valor de c.
3 5
𝑆 =1+ = =𝑏
2 2
3 3
𝑃=1∙ = = 𝑐 ; 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜
2 2
5 3
𝑥2 − 𝑥 + = 0
2 2

2𝑥 2 − 5𝑥 + 3 = 0

03. Resposta: B.
x²-6x+8=0
∆= (−6)2 − 4.1.8 ⇒ 36 − 32 = 4
−(−6)±√4 6±2
𝑥= 2.1
⇒𝑥= 2

6+2
𝑥1 = =4
2

6−2
𝑥2 = 2
=2

Dobro da menor raiz: 22=4

04. Resposta: A.
1−𝑥
𝑥=
𝑥
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
159
x² = 1-x
x² + x -1 =0
∆= (1)2 − 4.1. (−1) ⇒ ∆= 1 + 4 = 5
−1 ± √5
𝑥=
2
(−1 + 2,24)
𝑥1 = = 0,62
2
−1 − 2,24
𝑥2 = = −1,62 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚)
2

05. Resposta: B.
Hoje:
J = IR + 8 ( I )
J . IR = 153 ( II )
Substituir ( I ) em ( II ):
(IR + 8). IR = 153
IR² + 8.IR – 153 = 0 (Equação do 2º Grau)
𝛥 = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝛥 = 82 − 4.1. (−153)
𝛥 = 64 + 612
𝛥 = 676

−𝑏±√𝛥
𝑥= 2𝑎

−8±√676 −8±26
𝑥= 2.1
= 2

−8+26 18
𝑥1 = = =9
2 2

−8−26 34
𝑥2 = = = 17
2 2

Portanto, hoje, as idades são 9 anos e 17 anos.


Daqui a 10 anos, serão 19 anos e 27 anos, cuja soma será 19 + 27 = 46 anos.

06. Resposta: B.
Lembrando que a fórmula pode ser escrita como :x²-Sx+P, temos que P(produto)=6 e se uma das
raízes é 6, a outra é 1.
Então a soma é 6+1=7
S=m=7

07. Resposta: C.
O discriminante é calculado por ∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
Antes, precisamos calcular a, b e c.
* Soma das raízes = – b / a
– b / a = 6 + (– 10)
– b / a = – 4 . (– 1)
b=4.a
Como foi dado que a + b = 5, temos que: a + 4.a = 5. Assim:
5.a = 5 e a = 1
*b=4.1=4
Falta calcular o valor de c:
* Produto das raízes = c / a
c / 1 = 6 . (– 10)
c = – 60
Por fim, vamos calcular o discriminante:
∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆ = 42 − 4.1. (−60) = 16 + 240 = 256

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
160
08. Resposta: B.
Chamando de (c o número de cadernos em cada pilha, e de ( p ) o número de pilhas, temos:
c = 2.p (I)
p.c = 98 (II)
Substituindo a equação (I) na equação (II), temos:
p.2p = 98
2.p² = 98
p² = 98 / 2
p = √49
p = 7 pilhas
Assim, temos 2.7 = 14 cadernos por pilha.

09. Resposta: D.
Primeiro temos que resolver a equação:
a = 1, b = - 27 e c = 182
∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (-27)2 – 4.1.182
∆ = 729 – 728
∆=1
−𝑏±√∆ −(−27)±√1 27±1
𝑥= 2𝑎
= 2.1
= 2
 x1 = 14 ou x2 = 13

O mmc entre x1 e x2 é o produto x1.x2


1 1 𝑥1 − 𝑥2 14 − 13 1
− = = =
𝑥2 𝑥1 𝑥2 . 𝑥1 14.13 182

10. Resposta: C.
−𝑏 𝑐
Vamos usar as fórmulas da soma e do produto: S = 𝑎 e P = 𝑎.
(k – 2)x2 – 3kx + 1 = 0; a = k – 2, b = - 3k e c = 1
S=P
−𝑏 𝑐
=  - b = c  -(-3k) = 1  3k = 1  k = 1/3
𝑎 𝑎

INEQUAÇÃO DO 1º GRAU

Inequação é toda sentença aberta expressa por uma desigualdade.


Uma inequação do 1º grau pode ser expressa por:

ax + b > 0 ; ax + b ≥ 0 ; ax + b < 0 ; ax + b ≤ 0 , onde a ∈ R* e b ∈ R.

A expressão à esquerda do sinal de desigualdade chama-se primeiro membro da inequação. A


expressão à direita do sinal de desigualdade chama-se segundo membro da inequação.

Propriedades
- Aditiva: Uma desigualdade não muda de sentido quando adicionamos ou subtraímos um mesmo
número aos seus dois membros.

- Multiplicativa: Aqui teremos duas situações que devemos ficar atentos:


1º) Uma desigualdade não muda de sentido quando multiplicamos ou dividimos seus dois membros
por um mesmo número positivo.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
161
2º) Uma desigualdade muda de sentido quando multiplicamos ou dividimos seus dois membros por
um mesmo número negativo.

Resolução prática de inequações do 1º grau: resolver uma inequação é determinar o seu conjunto
verdade a partir de um conjunto universo dado. A resolução de inequações do 1º grau é feita procedendo
de maneira semelhante à resolução de equações, ou seja, transformando cada inequação em outra
inequação equivalente mais simples, até se obter o conjunto verdade.

Exemplo:
Resolver a inequação 4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5, sendo U = Q.
1º passo: vamos aplicar a propriedade distributiva
4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5 → 4x – 8 ≤ 6x + 2 + 5

2º passo: agrupamos os termos semelhantes da desigualdade e reduzimos os mesmos.


4x – 6x ≤ 2 + 5 + 8 → -2x ≤ 15

3º passo: multiplicamos por -1, e invertemos o sentido da desigualdade.


-2x ≤ 15 → -2x ≥ 15

4º passo: passamos o -2 para o outro lado da desigualdade dividindo


15
𝑥≥−
2

Logo:
U = {x ϵ Q | x ≥ -15/2}

Vejamos mais um exemplo:

Resolver a inequação – 5x + 10 ≥ 0 em U = R
-5x + 10 ≥ 0 → -5x ≥ -10, como o sinal do algarismo que acompanha x é negativo, multiplicamos por
(-1) ambos os lados da desigualdade → 5x ≤ 10 (ao multiplicarmos por -1 invertemos o sinal da
desigualdade) → x ≤ 2.
S = {x є R | x ≤ 2}

Um outro modo de resolver o mesmo exemplo é através do estudo do sinal da função:


y = -5x + 10, fazemos y = 0 (como se fossemos achar o zero da função)
-5x + 10 = 0 → -5x = -10 → 5x = 10 → x = 2.
Temos uma função do 1º grau decrescente, pois a < 0 (a = -5 < 0).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
162
Como queremos os valores maiores e iguais, pegamos os valores onde no gráfico temos o sinal de (
+ ) , ou seja os valores que na reta são menores e iguais a 2; x ≤ 2.

- Inequações do 1º grau com duas variáveis


Denominamos inequação toda sentença matemática aberta por uma desigualdade.
As inequações podem ser escritas das seguintes formas:
ax + b > 0;
ax + b < 0;
ax + b ≥ 0;
ax + b ≤ 0.
Onde a, b são números reais com a ≠ 0.

- Representação gráfica de uma inequação do 1º grau com duas variáveisMétodo prático:

1) Substituímos a desigualdade por uma igualdade.


2) Traçamos a reta no plano cartesiano.
3) Escolhemos um ponto auxiliar, de preferência o ponto (0, 0) e verificamos se o mesmo satisfaz
ou não a desigualdade inicial.

3.1) Em caso positivo, a solução da inequação corresponde ao semiplano ao qual pertence o ponto
auxiliar.

3.2) Em caso negativo, a solução da inequação corresponde ao semiplano oposto aquele ao qual
pertence o ponto auxiliar.

Exemplo:
Vamos representar graficamente a inequação 2x + y ≤ 4.

Substituindo o ponto auxiliar (0, 0) na inequação 2x + y ≤ 4.


Verificamos:
2.0 + 0 ≤ 4 → 0 ≤ 4, a afirmativa é positiva, pois o ponto auxiliar satisfaz a inequação. A solução da
inequação corresponde ao semiplano ao qual pertence o ponto auxiliar (0, 0).

Questões

01. (OBM) Quantos são os números inteiros x que satisfazem à inequação 3 < √x < 7?
(A) 13;
(B) 26;
(C) 38;
(D) 39;
(E) 40.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
163
02. (ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A pontuação numa prova de 25 questões é a seguinte: + 4
por questão respondida corretamente e –1 por questão respondida de forma errada. Para que um aluno
receba nota correspondente a um número positivo, deverá acertar no mínimo:
(A) 3 questões
(B) 4 questões
(C) 5 questões
(D) 6 questões
(E) 7 questões

03. (Tec.enfermagem/PM) O menor número inteiro que satisfaz a inequação 4x + 2 (x-1) > x – 12 é:
(A) -2.
(B) -3.
(C) -1.
(D) 4.
(E) 5.

04. (AUX. TRT 6ª/FCC) Uma pessoa, brincando com uma calculadora, digitou o número 525. A
seguir, foi subtraindo 6, sucessivamente, só parando quando obteve um número negativo. Quantas
vezes ela apertou a tecla correspondente ao 6?
(A) 88.
(B) 87.
(C) 54.
(D) 53.
(E) 42.

05. (CFSD/PM/2012) Baseado na figura abaixo, o menor valor inteiro par que o número x pode
assumir para que o perímetro dessa figura seja maior que 80 unidades de comprimento é:

(A) 06.
(B) 08.
(C) 10.
(D) 12.
(E) 14.

06. (MACK) – Em N, o produto das soluções da inequação 2x – 3 ≤ 3 é:


(A) maior que 8.
(B) 6.
(C) 2.
(D) 1.
(E) 0.

07. (SEE/AC – Professor de Ciências da Natureza Matemática e suas Tecnologias –


FUNCAB/2014) Determine os valores de que satisfazem a seguinte inequação:
3𝑥 𝑥
+2≤ −3
2 2

(A) x > 2
(B) x ≤ - 5
(C) x > - 5
(D) x < 2
(E) x ≤ 2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
164
08. (UEAP – Técnico em Planejamento, Orçamento e Finanças – Ciências Contábeis – CS-
UFG/2014) O dono de um restaurante dispõe de, no máximo, R$ 100,00 para uma compra de batata
e feijão. Indicando por X e Y os valores gastos, respectivamente, na compra de batata e de feijão,
a inequação que representa esta situação é:
(A) X + Y > 100
(B) X + Y ≤ 100
𝑋
(C) > 100
𝑌
𝑋
(D) ≤ 100
𝑌

Respostas

01. Resposta: D.
Como só estamos trabalhando com valores positivos, podemos elevar ao quadrado todo mundo e ter
9 < x < 49, sendo então que x será 10, 11, 12, 13, 14, ..., 48.
Ou seja, poderá ser 39 valores diferentes.

02. Resposta: D.
Se a cada x questões certas ele ganha 4x pontos então quando erra (25 – x) questões ele perde (25
– x)(-1) pontos, a soma desses valores será positiva quando:
4X + (25 -1 )(-1) > 0 → 4X – 25 + x > 0 → 5x > 25 → x > 5
O aluno deverá acertar no mínimo 6 questões.

03. Resposta: C.
4x + 2 – 2 > x -12
4x + 2x – x > -12 +2
5x > -10
x > -2
Se enumerarmos nosso conjunto verdade teremos: V= {-1,0,1, 2,...}, logo nosso menor número inteiro
é -1.

04. Resposta: A.
Vamos chamar de x o número de vezes que ele apertou a calculadora
525 – 6x < 0 (pois o resultado é negativo)
-6x < -525. (-1) → 6x > 525 → x > 87,5; logo a resposta seria 88(maior do que 87,5).

05. Resposta: B.
Perímetro soma de todos os lados de uma figura:
6x – 8 + 2. (x+5) + 3x + 8 > 80
6x – 8 + 2x + 10 + 3x + 8 > 80
11x + 10 > 80
11x > 80 -10
x > 70/11
x > 6,36
Como tem que ser o menor número inteiro e par, logo teremos 8.

06 . Resposta: E.
2x ≤ 3+3
2x ≤ 6
x≤3
Como ele pede o produto das soluções, teremos: 3.2.1.0,...= 0; pois todo número multiplicado por
zero será ele mesmo.

07. Resposta: B.
3𝑥 𝑥 3𝑥 𝑥 2𝑥
+2 ≤ −3→ − ≤ −3 − 2 → ≤ −5 → 𝑥 ≤ −5
2 2 2 2 2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
165
08. Resposta: B.
Batata = X
Feijão = Y
O dono não pode gastar mais do que R$ 100,00(ele pode gastar todo o valor e menos do que o valor),
logo:
X + Y ≤ 100

INEQUAÇÃO DO 2º GRAU

Chamamos de inequação do 2º toda desigualdade pode ser representada da seguinte forma:

ax2 + bx + c > 0 , ax2 + bx + c < 0 , ax2 + bx + c ≥ 0 ou ax2 + bx + c ≤ 0

A sua resolução depende do estudo do sinal da função y = ax2 + bx + c , para que possamos
determinar os valores reais de x para que tenhamos, respectivamente:
y > 0 , y < 0 , y ≥ 0 ou y ≤ 0.

E para o estudo do sinal, temos os gráficos abaixo:

a>0 a<0

Para melhor entendimento vejamos alguns exemplos:

1) Resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.


Δ = b2 – 4.a.c → Δ = 102 – 4.3.7 = 100 – 84 = 16
−10 + 4 −6
−10 ± √16 −10 ± 4 𝑥′ = = = −1
𝑥= →𝑥= →{ 6 6
2.3 6 −10 − 6 14 7
𝑥 ′′ = =− =−
6 6 3

Agora vamos montar graficamente o valor para que assim achemos os valores que satisfaçam a
mesma.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
166
Como queremos valores menores que zero, vamos utilizar o intervalo onde os mesmos satisfaçam a
inequação, logo a solução para equação é:
S = {x ϵ R | -7/3 < x < -1}

2) Determine a solução da inequação x² – 4x ≥ 0.


4+4
−(−4) ± √16 4 ± 4 𝑥′ = 2 = 4
𝑥= →𝑥= {
2 2 4−4
𝑥 ′′ = =0
2
Graficamente temos:

Observe que ao montarmos no gráfico conseguimos visualizar o intervalo que corresponde a solução
que procuramos. Logo:
S = {x ϵ R | x ≤ 0 ou x ≥ 4}

Questões

01. (VUNESP) O conjunto solução da inequação 9x2 – 6x + 1 ≤ 0, no universo do números reais é:


(A) ∅
(B) R
1
(C) { }
3
1
(D) {𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 ≥ 3}
1
(E) {𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 ≠ }
3

02. (PUC-MG) O produto dos elementos do conjunto 𝐴 = {𝑥 ∈ 𝑁|(𝑥 − 2). (7 − 𝑥) > 0} é:


(A) 60
(B) 90
(C) 120
(D) 180
(E) 360
1
03. Em R, o domínio mais amplo possível da função, dada por 𝑓(𝑥) = , é o intervalo:
√9−𝑥 2
(A) [0; 9]
(B) ]0; 3[
(C) ]- 3; 3[
(D) ]- 9; 9[
(E) ]- 9; 0[

Respostas

01. Resposta: C.
Resolvendo por Bháskara:
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆= (−6)2 − 4.9.1
∆= 36 − 36 = 0
−𝑏±√∆
𝑥=
2𝑎
−(−6)±√0
𝑥=
2.9
6±0 6 1
𝑥= 18
= 18 = 3 (delta igual a zero, duas raízes iguais)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
167
Fazendo o gráfico, a > 0 parábola voltada para cima:

1
S = {3}

02. Resposta: E.
(x – 2).(7 – x) > 0 (aplicando a distributiva)
7x – x2 – 14 + 2x > 0
- x2 + 9x – 14 > 0
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆= 92 − 4. (−1). (−14)
∆= 81 − 56 = 25
−9±√25
𝑥= 2.(−1)
−9±5 −9+5 −4 −9−5 −14
𝑥= −2
 𝑥1 = −2
= −2 = 2 ou 𝑥2 = −2
= −2
=7

Fazendo o gráfico, a < 0 parábola voltada para baixo:

a solução é 2 < x < 7, neste intervalo os números naturais são: 3, 4, 5 e 6.


3.4.5.6 = 360

03. Resposta: C.
Para que exista a raiz quadrada da função temos que ter 9 – x2 ≥ 0. Porém como o denominador da
fração tem que ser diferente de zero temos que 9 – x2 > 0.
- x2 + 9 >0
As soluções desta equação do 2° grau são 3 e – 3.
Fazendo o gráfico, a < 0, parábola voltada para baixo:

A solução é – 3 < x < 3 ou ]- 3; 3[

INEQUAÇÃO PRODUTO E QUOCIENTE

→ Inequação Produto
Chama-se inequação-produto toda inequação do tipo:
𝒇(𝒙). 𝒈(𝒙) < 𝟎, 𝒇(𝒙). 𝒈(𝒙) ≤ 𝟎, 𝒇(𝒙). 𝒈(𝒙) > 𝟎 𝒐𝒖 𝒇(𝒙). 𝒈(𝒙) ≥ 𝟎

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
168
Resolver uma inequação produto consiste em encontrar os valores de x que satisfazem a condição
estabelecida pela inequação. Para isso devemos estudar o sinal de cada função e também do conjunto
solução:

Exemplos:
1) Resolver a inequação (x + 2). (-2x + 3) ≥0.

Método para resolução:


1º) Vamos resolver cada função (encontrar o zero de cada função):

f(x) = x + 2 g(x) = -2x + 3


x + 2 = 0 → x = -2 -2x + 3 = 0 → -2x = -3 → x = -3 / -2 →
Como o valor de a > 0, logo a função é x = 3/2
crescente. Como o valor de a < 0, logo a função é
decrescente.

2º) Colocamos em um chamado quadro de sinais, cada função e resolvemos através do sinal
(aplicando a regra do sinais válida para multiplicação e divisão) do produto f(x). g(x), temos:

𝟑
Solução: 𝑺 = {𝒙 ∈ 𝑹| − 𝟐 ≤ 𝒙 ≤ 𝟐}

Observar os intervalos, se são aberto (< ou >) / fechados (≤ ou ≥), para que a resolução
satisfaça a solução.

2) (2 - x). (-x2 + 6x - 5) ≤ 0

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
169
S = {x ϵ R| 1 ≤ x ≤ 2 e x 5}

→ Inequação Quociente
Chama-se inequação-quociente toda inequação do tipo:

𝒇(𝒙) 𝒇(𝒙) 𝒇(𝒙) 𝒇(𝒙)


> 𝟎, ≥ 𝟎, < 𝟎 𝒐𝒖 ≤ 𝟎 , 𝒄𝒐𝒎 𝒈(𝒙) ≠ 𝟎.
𝒈(𝒙) 𝒈(𝒙) 𝒈(𝒙) 𝒈(𝒙)

A regra de resolução e sinais da inequação produto é a mesma para quociente.

Exemplos:
𝟑𝒙 − 𝟒
1) >𝟎
𝒙−𝟐

f(x) = 3x - 4 g(x) = x - 2
3x – 4 = 0 → 3x = 4 → x = 4/3 x–2=0→x=2
Como o valor de a > 0, logo a função é Como o valor de a > 0, logo a função é
crescente. crescente.

No quadro de sinais:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
170
𝑥+5
2) 𝑥−2 ≥ 0

f(x) = x + 5 = 0 → x = -5
g(x) = x – 2 = 0 → x = 2

Observe que no 2 a “bolinha fica aberta”, pois se incluirmos o mesmo na resolução teremos g(x) = 0,
e como por lei de formação, nosso denominador não pode ser zero.
Solução: S= {x ϵ R | x ≤ -5 e x > 2}

Questões

01. (PUC – PR) Determine a solução da inequação (x – 2). (– x² + 3x + 10) > 0, em relação ao conjunto
dos números reais.

02. (FGV–SP) Determine os valores reais de x para os quais (x² – 8x +12). (x² – 5x) < 0.

03. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB/2014) O maior número inteiro que pertence ao conjunto

Solução da inequação é:
(A) 0
(B) -1
(C) - 3
(D) - 6
(E) - 7

Respostas

01. Resposta: S = {x ϵ R / x < -2 ou 2< x < 5}


f(x) = x – 2
f(x) = 0
x–2=0→x=2

g(x) = -x2 + 3x + 10
Δ = 49
x' = -2 ou x’’ = 5

Montando o produto teremos:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
171
02. Resposta: S = {x ϵ R /0 < x < 2 ou 5 < x < 6}
f(x) = x2 – 8x + 12
Δ = 16
x' = 2 e x’’ = 6

g(x) = x2 – 5x
x.(x – 5) = 0 → x’ = 0 e x’’ = 5

Montando o produto temos:

03. Resposta: E.
Resolvendo: f(x) = x2 + 9x + 18 →

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −9 ± √92 − 4.1.18 −9 ± √81 − 72 −9 ± √9 −9 ± 3


𝑥= →𝑥= → → →
2𝑎 2.1 2 2 2
−9 + 3 −6 −9 − 3 −12
𝑥′ = = = −3 𝑜𝑢 𝑥 ′′ = = = −6
2 2 2 2

g(x) = -x – 3 → -x – 3 = 0 → -x = 3 .(-1) → x = - 3

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
172
No quadro de sinais:

Solução: S = {x ϵ R | x < -6}, então o inteiro maior da resolução é -7, pois -6 não faz parte do intervalo.

4) Função exponencial a) Gráfico, domínio, imagem e características.


b) Equações e inequações exponenciais.

EQUAÇÃO EXPONENCIAL

Chama-se equação exponencial, toda equação onde a variável x se encontra no expoente.

Exemplos:
3𝑥 = 1 ; 5.22𝑥+2 = 20

Para resolução precisamos achar os valores da variável que a tornem uma sentença numérica
verdadeira. Vamos relembrar algumas das propriedades da potenciação para darmos continuidade:

Vamos ver o passo a passo para resolução de uma equação exponencial:

Exemplos:

1) 2x = 8
1º) Algumas equações podem ser transformadas em outras equivalentes, as quais possuem nos dois
membros potências de mesma base. Neste caso o 8 pode ser transformado em potência de base 2.
Fatorando o 8 obtemos 23 = 8
2º) Aplicando a propriedade da potenciação: 2x = 23  base iguais, igualamos os expoentes, logo
x=3

2) 2m . 24 = 210
2 m + 4 = 210  m + 4 = 10  m = 10 - 4  m = 6
S = {6}

3) 6 2m – 1 : 6 m – 3 = 64
6 (2m – 1 ) – (m – 3) = 64  2m – 1 – m + 3 = 4  2m – m = 4 + 1 – 3  m = 5 – 3  m = 2
S = {2}

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
173
4) (3x)2 + 4.3x + 3 = 0.
A expressão dada pode ser escrita na forma:
(3x)2 – 4.3x + 3 = 0
Criamos argumentos para resolução da equação exponencial.
Fazendo 3x = y, temos:
y2 – 4y + 3 = 0 y = 1 ou y = 3
Como 3x= y, então 3x = 1 = 0 ou
3x = 3 x = 1
S = {0,1}

Questões

01. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) O valor de x na equação é 5 ∙ 3𝑥+1 + 3𝑥−2 = 408 é


(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 4.

02. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) É correto afirmar que a solução da equação
exponencial 3 ∙ 9x − 4 ∙ 3x + 1 = 0 é
(A) S = {0, 1}.
(B) S = {-1, 0}.
(C) S = {-2, 1}.
(D) S = {1/3,1}

03. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO


– EXÉRCITO BRASILEIRO/2012) Se 5x+2=100, então 52x é igual a:
(A) 4.
(B) 8.
(C) 10.
(D) 16.
(E) 100.

04. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS –MÚSICA– EXÉRCITO BRASILEIRO/2012) O


conjunto solução da equação exponencial 4x-2x=56 é:
(A) {-7,8}
(B) {3,8}
(C) {3}
(D) {2,3}
(E) {8}

05. (BANESE – TÉCNICO BANCÁRIO I – FCC/2012) Uma empresa utiliza a função y = (1,2)x − 1
para estimar o volume de vendas de um produto em um determinado dia. A variável y representa o
volume de vendas em milhares de reais. A variável x é um número real e representa a quantidade de
horas que a empresa dedicou no dia para vender o produto (0 ≤ x ≤ 6). Em um dia em que o volume de
vendas estimado foi de R$ 500,00, o valor utilizado para x, em horas, é tal que
(A) 1 < x ≤ 2.
(B) 2 < x ≤ 3.
(C) 3 < x ≤ 4.
(D) 4 < x ≤ 5.
(E) 5 < x ≤ 6.

06. (PREF. ARARAQUARA/SP – AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE


2
SANEAMENTO – CETRO/2012) O conjunto solução da equação:(16𝑥−1 )𝑥+1 = 4𝑥 +𝑥+4 é
(A) S = {-2, 3}
(B) S = {-1, 4}
(C) S = {0, 6}
(D) S = {-4, 1}

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
174
07. (TJ/PR - Técnico Judiciário – TJ/PR/2014) Após o processo de recuperação de uma reserva
ambiental, uma espécie de aves, que havia sido extinta nessa reserva, foi reintroduzida. Os biólogos
responsáveis por essa área estimam que o número P de aves dessa espécie, t anos após ser
reintroduzida na reserva, possa ser calculado pela expressão
300
𝑃=
7 + 8 × (0,5)𝑡

De acordo com essa estimativa, quantos anos serão necessários para dobrar a população
inicialmente reintroduzida?
(A) 2 anos.
(B) 4 anos.
(C) 8 anos.
(D) 16 anos.

08. (CREA/PR – ADMINISTRADOR – FUNDATEC/2013) Se 5n + 5-n = 10, o valor de 25n + 25-n é


(A) 100.
(B) 98.
(C) 75.
(D) 50.
(E) 68.

09. (SANEAR – FISCAL - FUNCAB/2013) Sendo 23X+1 = 128 e y = 5 . x - 3, o valor de y² , é:


(A) 49
(B) 36
(C) 25
(D) 16
(E) 9
Respostas

01. Resposta: C.
3𝑥+1 (5 + 3−3 ) = 408
1
3𝑥+1 (5 + ) = 408
27
𝑥+1 136
3 ( ) = 408
27
𝑥+1 27
3 = 408 ∙
136
𝑥+1
3 = 81
3𝑥 . 3 = 81
3𝑥 = 27
3 𝑥 = 33
𝑥=3

02. Resposta: B.
3. (3𝑥 )² − 4 ∙ 3𝑥 + 1 = 0
3𝑥 = 𝑦
3𝑦 2 − 4𝑦 + 1 = 0
∆= 16 − 12 = 4
(4 ± 2)
𝑦=
6
1
𝑦1 = 1 𝑦2 =
3
Voltando:
3𝑥 = 1
3 𝑥 = 30
𝑥=0
1
3𝑥 =
3
3𝑥 = 3−1
𝑥 = −1
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
175
03. Resposta: E.
1 1
+ =8
𝑋1 𝑋2

(𝑋2 + 𝑋1 )
=8
𝑋1 ∙ 𝑋2

Sendo x1+x2=-b/a
E x1.x2=c/a
𝑏
(− )
𝑎 = −𝑏 = 8
𝑐 𝑐
𝑎
-b = 8
b = -8

04. Resposta: D.
5𝑥 ∙ 25 = 100
5𝑥 = 4
52𝑥 = (5𝑥 )2 = 42 = 16

05. Resposta: B.
0,5 = (1,2)x − 1
1,5 = 1,2x
1,2²=1,44
1,2³=1,728
Portanto, 2 < x ≤ 3.

06. Resposta: A.
2
(42𝑥−2 )𝑥+1 = 4𝑥 +𝑥+4
(2x-2)(x+1)=x²+x+4
2x²+2x-2x-2=x²+x+4
x²-x-6=0
=1+24=25
1±5
𝑥= 2
1+5
𝑥1 = =3
2
1−5
𝑥2 = = −2
2

07. Resposta: B.
Vamos verificar quantos animais foram reintroduzidos inicialmente (t = 0):
300 300 300
𝑃 = 7+8×(0,5)0 = 7+8 𝑋 1 = 15 = 20 (população inicial)

População dobrada: 2 . 20 = 40
Assim:
300
40 = 7+8×(0,5)𝑡
40 . (7 + 8 . 0,5𝑡 ) = 300
300
7 + 8 . 0,5𝑡 = 40
8 . 0,5𝑡 = 7,5 − 7
0,5
0,5𝑡 = 8
0,5𝑡 = 0,0625 = 0,54
Excluindo as bases (0,5), temos que t = 4 anos.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
176
08. Resposta: B.
Elevando ao quadrado:
(5𝑛 + 5−𝑛 )2 = 102
52𝑛 + 2.5𝑛 . 5−𝑛 + 5−2𝑛 = 100
5𝑛 . 5−𝑛 = 50 = 1
52𝑛 + 5−2𝑛 = 100 − 2
52𝑛 + 5−2𝑛 = 98
25 = 5²

09. Resposta: A.
128=27
23X+1 = 27
3X-1=7
X=2
Y=5.2-3=7
Y²=7²=49

INEQUAÇÃO EXPONENCIAL

Assim como as equações exponenciais, as inequações são aquelas cujo a variável se encontra no
expoente. São representadas por uma desigualdade > , < , ≤ ou ≥.

Exemplos:

 Resolução de inequação exponencial


Resolver uma inequação exponencial é achar valores para variável que satisfaça a sentença
matemática.
Antes de resolver uma inequação exponencial, deve-se observar a situação das bases nos dois
membros, caso as bases sejam diferentes, reduza-as a uma mesma base e, em seguida, forme uma
inequação com os expoentes. Atente-se as regras dos sinais:

Caso a > 1, mantenha o sinal original.

Caso 0 < a < 1, inverta o sinal.

Exemplos:
A) 2x ≥ 128
Por fatoração, 128 = 27.
2x ≥ 27  como as bases são iguais e a > 1, basta formar uma inequação com os expoentes  x ≥
7
S = {x ∈ R | x ≥ 7}
𝟏 𝒙 𝟏 𝟐
𝑩) ( ) < ( )
𝟑 𝟑

Como as bases são iguais então igualamos os expoentes: x < 2. E como as bases estão
compreendidas entre 0 e 1, inverte-se o sinal, logo: x > 2.
S = {x ϵ R | x > 2}

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
177
C) 4x + 4 > 5 . 2x
Perceba que, por fatoração, 4x = 22x e 22x é o mesmo que (2x)². Vamos reescrever a inequação,
temos:
(2x)² + 4 > 5 . 2x
Chamando 2x de t, para facilitar a resolução, ficamos com:
t2 + 4 > 5t
t2 – 5t + 4 > 0, observe que caímos em uma equação do 2º grau, resolvendo a equação encontramos
as raízes da mesma t’ = 1 e t’’ = 4. Como a > 0, concavidade fica para cima; e isto também significa que
estamos procurando valores que tornem a inequação positiva, ficamos com:
t < 1 ou t > 4
Retornando a equação inicial:
t = 2x
2x < 1  x < 0  lembre-se que todo número elevado a 1 é igual ao próprio número, e que todo
número elevado a zero é igual a 1.
2x > 4  2x > 22  x > 2.
S = {x ∈ R | x < 0 ou x > 2}
Questões

01. A soma das raízes da equação 5x2– 2x+1 = 5625 é:


(A) -4
(B) -2
(C) -1
(D) 2
(E) 4

02. (PUC-SP) Na função exponencial


y = 2x2 – 4x , determine os valores de x para os quais 1<y<32.

Respostas

01. Resposta: D.
2
5𝑥 −2𝑥+1 = 54 → 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 = 4 → 𝑥 2 − 2𝑥 − 3 = 0 →
𝑏 −2
𝐴 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 é 𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 − → − =2
𝑎 1
02 . Devemos determinar esta inequação obtendo números em mesma base numérica.

Como agora temos somente números na base numérica 2, podemos escrever essa desigualdade em
relação aos expoentes.
0 < x2 – 4x < 5  Vamos fazer cada desigualdade separadamente:
0 < x2 – 4x  Devemos encontrar as raízes da equação do segundo grau x2-4x=0 e comparar o
intervalo de valores em relação à desigualdade.
x2 – 4x = 0  x’ = 0 e x’’ = 4
Devemos comparar a desigualdade em três intervalos, (o intervalo menor que o x’, o intervalo entre
x’ e x’’ e o intervalo maior que x’’).
Para valores menores que x’’, teremos o seguinte:

Portanto, os valores menores que x = 0 satisfazem essa inequação. Vejamos valores entre 0 e 4.

Portanto, não é um intervalo válido. Agora os valores maiores que 4.

Portanto para a desigualdade 0 < x2 – 4x a solução é:


S = { x ϵ R| x < 0 e x > 4}

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
178
FUNÇÃO EXPONENCIAL

Uma função é uma maneira de associar a cada valor do argumento x um único valor da função f(x).
Isto pode ser feito especificando através de uma fórmula um relacionamento gráfico entre diagramas
representando os dois conjuntos, e/ou uma regra de associação, mesmo uma tabela de correspondência
pode ser construída; entre conjuntos numéricos é comum representarmos funções por seus gráficos,
cada par de elementos relacionados pela função determina um ponto nesta representação, a restrição
de unicidade da imagem implica em um único ponto da função em cada linha de chamada do valor
independente x.
Como um termo matemático, "função" foi introduzido por Leibniz em 1694, para descrever
quantidades relacionadas a uma curva; tais como a inclinação da curva ou um ponto específico da dita
curva. Funções relacionadas à curvas são atualmente chamadas funções diferenciáveis e são ainda o
tipo de funções mais encontrado por não-matemáticos. Para este tipo de funções, pode-se falar em
limites e derivadas; ambos sendo medida da mudança nos valores de saída associados à variação dos
valores de entrada, formando a base do cálculo infinitesimal.
A palavra função foi posteriormente usada por Euler em meados do século XVIII para descrever uma
expressão envolvendo vários argumentos; i.e:y = F(x). Ampliando a definição de funções, os
matemáticos foram capazes de estudar "estranhos" objetos matemáticos tais como funções que não
são diferenciáveis em qualquer de seus pontos. Tais funções, inicialmente tidas como puramente
imaginárias e chamadas genericamente de "monstros", foram já no final do século XX, identificadas
como importantes para a construção de modelos físicos de fenômenos tais como o movimento
Browniano.
Durante o Século XIX, os matemáticos começaram a formalizar todos os diferentes ramos da
matemática. Weierstrass defendia que se construisse o cálculo infinitesimal sobre a Aritmética ao invés
de sobre a Geometria, o que favorecia a definição de Euler em relação à de Leibniz (veja aritmetização
da análise). Mais para o final do século, os matemáticos começaram a tentar formalizar toda a
Matemática usando Teoria dos conjuntos, e eles conseguiram obter definições de todos os objetos
matemáticos em termos do conceito de conjunto. Foi Dirichlet quem criou a definição "formal" de função
moderna.

Função Exponencial
Conta a lenda que um rei solicitou aos seus súditos que lhe inventassem um novo jogo, a fim de
diminuir o seu tédio. O melhor jogo teria direito a realizar qualquer desejo. Um dos seus súditos inventou,
então, o jogo de xadrez. O Rei ficou maravilhado com o jogo e viu-se obrigado a cumprir a sua promessa.
Chamou, então, o inventor do jogo e disse que ele poderia pedir o que desejasse. O astuto inventor
pediu então que as 64 casas do tabuleiro do jogo de xadrez fossem preenchidas com moedas de ouro,
seguindo a seguinte condição: na primeira casa seria colocada uma moeda e em cada casa seguinte
seria colocado o dobro de moedas que havia na casa anterior. O Rei considerou o pedido fácil de ser
atendido e ordenou que providenciassem o pagamento. Tal foi sua surpresa quando os tesoureiros do
reino lhe apresentaram a suposta conta, pois apenas na última casa o total de moedas era de 263, o
que corresponde a aproximadamente 9 223 300 000 000 000 000 = 9,2233.1018. Não se pode esquecer
ainda que o valor entregue ao inventor seria a soma de todas as moedas contidas em todas as casas.
O rei estava falido!
A lenda nos apresenta uma aplicação de funções exponenciais, especialmente da função y = 2x.
As funções exponenciais são aquelas que crescem ou decrescem muito rapidamente. Elas
desempenham papéis fundamentais na Matemática e nas ciências envolvidas com ela, como: Física,
Química, Engenharia, Astronomia, Economia, Biologia, Psicologia e outras.

 Definição

A função exponencial é a definida como sendo a inversa da função logarítmica natural, isto é:

Podemos concluir, então, que a função exponencial é definida por:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
179
 Gráficos da Função Exponencial

Função exponencial Função exponencial


0<a<1 a>1

- Domínio = lR - Domínio = lR
- Contradomínio = lR + - Contradomínio = lR+
- f é injetora - f é injetiva
- f(x) > 0 , ⍱ x Є lR - f(x) > 0 , ⍱ x Є lR
- f é continua e diferenciável em lR - f é continua e diferenciável em lR
- A função é estritamente decrescente. A função é estritamente crescente.
-
- limx→ -∞ ax = + ∞ - limx→ +∞ ax = + ∞
- limx→ +∞ ax = 0 - limx→ -∞ ax = 0
- y = 0 é assíntota horizontal - y = 0 é assíntota horizontal

 Propriedades da Função Exponencial

Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um número racional, então:


- ax ay= ax + y
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax

Estas relações também são válidas para exponenciais de base e (e = número de Euller = 2,718...)
- y = ex se, e somente se, x = ln(y)
- ln(ex) =x
- ex+y= ex.ey
- ex-y = ex/ey
- ex.k = (ex)k

 A Constante de Euler

Existe uma importantíssima constante matemática definida por


e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em função da definição da função exponencial, temos
que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783),
um dos primeiros a estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é:
e = 2,718281828459045235360287471352662497757
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com
expoente x, isto é:
ex = exp(x)

 Construção do Gráfico de uma Função Exponencial

Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função 𝑦 = 2𝑥
Vamos atribuir valores a x, para que possamos traçar os pontos no gráfico.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
180
X Y
1
-3
8
1
-2
4
1
-1
2
0 1
1 2
2 4
3 8

Questões

01. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT/2014) As


funções exponenciais são muito usadas para modelar o crescimento ou o decaimento populacional de
uma determinada região em um determinado período de tempo. A função 𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡 modela
o comportamento de uma determinada cidade quanto ao seu crescimento populacional em um
determinado período de tempo, em que P é a população em milhares de habitantes e t é o número de
anos desde 1980. Qual a taxa média de crescimento populacional anual dessa cidade?
(A) 1,023%
(B) 1,23%
(C) 2,3%
(D) 0,023%
(E) 0,23%

02. (Polícia Civil/SP – Desenhista Técnico-Pericial – VUNESP/2014) Uma população P cresce em


função do tempo t (em anos), segundo a sentença 𝑷 = 𝟐𝟎𝟎𝟎 . 𝟓𝟎,𝟏 .𝒕. Hoje, no instante t = 0, a população
é de 2 000 indivíduos. A população será de 50 000 indivíduos daqui a
(A) 20 anos.
(B) 25 anos.
(C) 50 anos.
(D) 15 anos.
(E) 10 anos.

Respostas

01. Resposta: C.
𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡
Primeiramente, vamos calcular a população inicial, fazendo t = 0:
𝑃(0) = 234 . (1,023)0 = 234 . 1 = 234 mil
Agora, vamos calcular a população após 1 ano, fazendo t = 1:
𝑃(1) = 234 . (1,023)1 = 234 . 1,023 = 239,382

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
181
Por fim, vamos utilizar a Regra de Três Simples:
População %
234 --------------- 100
239,382 ------------ x
234.x = 239,382 . 100
x = 23938,2 / 234
x = 102,3%
102,3% = 100% (população já existente) + 2,3% (crescimento)

02. Resposta: A.
𝟓𝟎𝟎𝟎𝟎 = 𝟐𝟎𝟎𝟎 . 𝟓𝟎,𝟏 .𝒕
𝟓𝟎𝟎𝟎𝟎
𝟓𝟎,𝟏 .𝒕 = 𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟓𝟎,𝟏 .𝒕 = 𝟓𝟐
Vamos simplificar as bases (5), sobrando somente os expoentes. Assim:
0,1 . t = 2
t = 2 / 0,1
t = 20 anos

5) Função logarítmica a) Definição de logaritmo, propriedades


operatórias e mudança de base. b) Gráfico, domínio, imagem e
características da função logarítmica. c) Equações e inequações
logarítmicas.

LOGARITMO

Sendo a um número real, positivo e diferente de 1 e N um número real positivo, chama-se logaritmo
de N na base a o número ao qual devemos elevar a base a para obtermos N.

Definição: log a N = x <=> ax = N, onde:


- N é chamado de logaritmando e N > 0.
- a é chamado de base e a > 0 e a ≠ 1.

Exemplo: log 8 64 = 2 <=> 82 = 64

- Casos particulares:
1) log 𝑎 𝑎 = 1, pois a1 = a
2) log 𝑎 𝑎𝑛 = 𝑛, pois na = na
3) log 𝑎 1 = 0, pois a0 = 1

- Propriedades dos logaritmos


I) Logaritmo do Produto: o logaritmo de um produto é igual à soma de logaritmos.
Log 𝑎 𝑀. 𝑁 = log 𝑎 𝑀 + log 𝑎 𝑁

II) Logaritmo da Divisão: o logaritmo da divisão é igual à subtração de dois logaritmos.


𝑀
Log 𝑎 = log 𝑎 𝑀 − log 𝑎 𝑁
𝑁

III) Logaritmo da Potência: o expoente passa multiplicando.


Log 𝑎 𝑁 𝑚 = 𝑚. log 𝑎 𝑁

- Mudança de Base
Em alguns casos é necessário efetuar uma mudança na base que foi dada, para isto temos a seguinte
fórmula:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
182
log 𝑏 𝑁
log 𝑎 𝑁 =
log 𝑏 𝑎

Questões

01. (CPTM - Médico do trabalho – Makiyama/2011) Uma bactéria se espalhava no ambiente em


que estava seguindo uma função logarítmica 𝑓(𝑥) = log 2 𝑥(x >1), em que x é o tempo medido em
minutos e F(x) é a área que possui a presença da bactéria em m². Após 32 minutos, a área ocupada
será de:
(A) 1 m².
(B) 2 m².
(C) 3 m².
(D) 4 m².
(E) 5 m².

02. (BRB – Escriturário – CESPEUnB/2011) Um estudo constatou que a população de uma


comunidade é expressa pela função P(t) = 5.000e0,18t, em que P(t) é a população t anos após a contagem
inicial, que ocorreu em determinado ano, e considerado t = 0. Com referência a esse estudo e
considerando 1,2 e 1,8 como os valores aproximados para e0,18e ln 6, respectivamente, julgue o item a
seguir. A população será de 30.000 indivíduos 5 anos após a contagem inicial.
(certo) (errado)

03. (BRB – Escriturário – CESPEUnB/2011) Um estudo constatou que a população de uma


comunidade é expressa pela função P(t) = 5.000e0,18t, em que P(t) é a população t anos após a contagem
inicial, que ocorreu em determinado ano, e considerado t = 0. Com referência a esse estudo e
considerando1,2 e 1,8 como os valores aproximados para e0,18e ln 6, respectivamente, julgue o item a
seguir. Um ano após a contagem inicial, a população da comunidade aumentou em 20%.
(certo) (errado)

04. (SAEB-BA – Professor – Matemática – CESPE/2011)

A obra acima foi pintada por Pablo Picasso em um único dia do ano de 1932. Em 1951, a tela foi
adquirida por US$ 20 milhões e, em maio de 2010, foi vendida, em Nova Iorque, em um leilão que durou
apenas 9 minutos, por US$ 95 milhões, sem incluir as comissões.
A respeito dessa situação, considere que o investimento tenha evoluído a uma taxa de juros R,
compostos continuamente, de acordo com o modelo C (t) =C0eRt , em que C(t) é o valor da tela, em
milhões de dólares, t anos após 1951. Nesse caso, assumindo 1,56 como o valor aproximado de
ln(4,75), é correto afirmar que a taxa de juros de tal investimento foi
(A) superior a 5% e inferior a 10%.
(B) inferior a 5%.
(C) superior a 20%.
(D) superior a 10% e inferior a 20%.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
183
05. (CBM/ES – Oficial Bombeiro Militar Combatente – CESPE/2011) A soma dos logaritmos na
base 10 de 2 números é 6, e o dobro de um desses logaritmos é 4. Com relação a esses números,
julgue o item a seguir.
O produto desses números é igual a 1 milhão.
(certo) (errado)

06. (CBM/ES - Oficial Bombeiro Militar Combatente – CESPE/2011) A soma dos logaritmos na
base 10 de 2 números é 6, e o dobro de um desses logaritmos é 4. Com relação a esses números,
julgue o item a seguir.
A soma desses números é igual a 2.000.
(certo) (errado)

07. (EsSA - Sargento - Conhecimentos Gerais - Todas as Áreas – EB/2011) Se 𝑓(𝑥) = log √5 𝑥 2 ,
com x real e maior que zero, então o valor de f(f(5)) é:
2𝑙𝑜𝑔2
(A) 1+𝑙𝑜𝑔2

𝑙𝑜𝑔2
(B) 𝑙𝑜𝑔2+2

5𝑙𝑜𝑔2
(C)
𝑙𝑜𝑔2+1

8𝑙𝑜𝑔2
(D)
1−𝑙𝑜𝑔2

5𝑙𝑜𝑔2
(E) 1−𝑙𝑜𝑔2

08. (PREVIC – Técnico Administrativo – Básicos – CESPEUnB/2011) Com o objetivo de despertar


mais interesse de seus alunos para a resolução das expressões algébricas que com frequência ocorrem
nos problemas, um professor de matemática propôs uma atividade em forma de desafio. Os estudantes
deveriam preencher retângulos dispostos em forma triangular de modo que cada retângulo fosse o
resultado da soma das expressões contidas nos dois retângulos imediatamente embaixo dele, exceto
para aqueles da base do triângulo. Portanto, na figura a seguir, D = A + B, E = B + C e F = D + E.

Com base nos dados acima, julgue o item que se segue.


Os estudantes que preencheram corretamente os retângulos em branco encontraram F = In (4x) +
4x √x.
(certo) (errado)

09. (Petrobras – Engenheiro de Petróleo Júnior – CESGRANRIO/2011) Dado log3(2) = 0,63, tem-
se que log6(24) é igual a
(A) 1,89.
(B) 1,77.
(C) 1,63.
(D) 1,51.
(E) 1,43.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
184
10. (Pref. Chupinguaia/RO - Professor – Matemática – MSCONCURSOS/2011)
O conjunto solução da equação log (x² - 8) = 0:
(A) ∅.
(B) {0}.
(C) {– 3, 3}.
(D) {– 9, 9}.
Respostas
01. Resposta: E.
Fazendo x = 32, temos:
𝐹(𝑥) = log 2 32 , fatorando o 32 temos 25. Então:
𝐹(𝑥) = log 2 25 , pela propriedade log 𝑎 𝑎𝑛 = 𝑛, temos que F(x) = 5 m2

02. Resposta: CERTO.


Pelo enunciado que saber o valor de t quando P(t) = 30.000:
P(t) = 30.000
5.000.𝑒 0,18𝑡 = 30.000
30.000
𝑒 0,18𝑡 =
5.000
𝑒 0,18𝑡 = 6 , colocando logaritmo (ln) nos dois membros:
ln 𝑒 0,18𝑡 = ln 6 , pela propriedade log 𝑏 𝑎𝑛 = 𝑛. log 𝑏 𝑎
0,18t = 1,8  t = 1,8 : 0,18 = 10

03. Resposta: CERTO.


Se após u 1 ano houve um aumento de 20% temos 100% + 20% = 120% = 120 : 100 = 1,2. Fazendo
t = 1 nós teremos:
P(1) = 1.2.P(0)
5000 e0,18.1 = 5000 e0,18.0
e0,18 = 1,2.e0
1,2 = 1,2 – Certo

04. Resposta: B.
Do enunciado: preço em 2010 (final) 95 mi, preço em 1951 (inicial) 20 mi, tempo t = 2010 – 1951 =
59 anos e C(t) é preço final e C0 preço inicial.
C(t) = C0.eRt
95 = 20.eR.59
95 : 20 = e59R
4,75 = e59R , neste ponto para calcularmos o valor de R temos que utilizar logaritmo, já que temos a
seguinte propriedade log 𝑎 𝑁 𝑚 = 𝑚. log 𝑎 𝑁, então colocaremos logaritmo nos dois membros da equação.
E, pelo enunciado, usaremos ln (log. Neperiano de base e). Então:
ln4,75 = lne59R
1,56 = 59R
R = 1,56 : 59 = 0,02644 (x100)  R = 2,644%

05. Resposta: CERTO.


Sendo x e y os logaritmandos, temos:
log 𝑥 + log 𝑦 = 6
2. log 𝑥 = 4

Para esta questão só precisamos para soma (1ª equação) e da propriedade que diz: a soma de dois
logaritmos é igual ao logaritmo do produto. Então:
log 𝑥 + log 𝑦 = 6  log 𝑥𝑦 = 6  como a base é 10  106 = x.y
x.y = 1.000.000

06. Resposta: ERRADO.


Sendo x e y os logaritmandos, temos:
log 𝑥 + log 𝑦 = 6
2. log 𝑥 = 4
4
log 𝑥 =  log 𝑥 = 2  102 = x  x = 100
2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
185
Da questão anterior xy = 1.000.000, então:
100.y = 1.000.000  y = 1.000.000 : 100  y = 10.000
x + y = 100 + 10.000 = 10.100

07. Resposta: D.
f(x) = log √5 𝑥 2 calcular f(f(5)), primeiro vamos calcular f(5):
2
f(5) = log √5 52 = log 1 52 = 1 = 2.2 = 4
52 2
log𝑏 𝑁
f(f(5)) = f(4) = log √5 42 = 2. log √5 4, agora usamos a mudança de base log 𝑎 𝑁 = log𝑏 𝑎
, mudando para
base 10:
log 4 log 22 2.log 2 2.log 2 2
2. log √5 4 = 2. (log ) = 2. ( 1 ) = 2. ( 1 ) = 2. (1 10 )  lembrando que 1 = 4:
√5 52 .log 5 .log
2 2 2 2
4.log 2 8.log 2
2. (log 10−log 2) = 1−log 2

08. Resposta: CERTO.


x
D = A + B → D = ln(2) + x√x + B
E=B+C
-x√x + 2.ln(2) = B – 5x√x + ln(2)
-x√x + 2.ln(2) + 5x√x - ln(2) = B
B = 4x√x + ln(2)
F = D +E
𝑥
𝐹 = 𝑙𝑛 ( ) + 𝑥 √𝑥 + 𝐵 − 𝑥 √𝑥 + 2. ln(2) → 𝐹 = ln(𝑥) − ln(2) + 4𝑥 √𝑥 + ln(2) + ln(22 )
2
F = 4x√x + ln(x) + ln(4)
F = ln(4x) + 4x√x

09. Resposta: B.
Sabemos que log 3 2 = 0,6. O log que foi dado está na base 3 e o que pede para calcular na base 6.
log 𝑁
Primeiro precisamos mudar de base e para isto temos a fórmula log 𝑎 𝑁 = 𝑏 .
log𝑏 𝑎
log3 24
log 6 24 = =
log3 6

log3 23 .3 log3 23 +log3 3


= = =
log6 2.3 log3 2+log3 3

3.log3 2+1 3.0,63+1 2,89


= = = ≅ 1,77
0,63+1 1,63 1,63

10. Resposta: C.
Temos um logaritmo de base 10.
log10 (𝑥 2 − 8) = 0 , pela definição de logaritmo, temos:
100 = x2 – 8
1 = x2 – 8
1 + 8 = x2
x2 = 9 → x = ±√9 → x = 3 ou x = - 3.

EQUAÇÃO LOGARÍTIMICA

Existem equações que não podem ser reduzidas a uma igualdade de mesma base pela simples
aplicação das propriedades das potências. A resolução de uma equação desse tipo baseia-se na
definição de logaritmo.
𝒂𝒙 = 𝒃 → 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒃 , 𝒄𝒐𝒎 𝟎 < 𝒂 ≠ 𝟏 𝒆 𝒃 > 𝟎.

Existem quatro tipos de equações logarítmicas:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
186
1º) Equações redutíveis a uma igualdade entre dois logaritmos de mesma base:
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒈(𝒙)

A solução pode ser obtida impondo-se f(x) = g(x) > 0.

Exemplo:
𝐥𝐨𝐠 𝟓 𝟐𝒙 + 𝟒 = 𝐥𝐨𝐠 𝟓 𝟑𝒙 + 𝟏
Temos que:
2x + 4 = 3x + 1
2x – 3x = 1 – 4
–x=–3
x=3
Portanto, S = {3}

2º) Equações redutíveis a uma igualdade entre dois logaritmos e um número real:
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) = 𝒓

A solução pode ser obtida impondo-se f(x) = ar.

Exemplo:
𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟓𝒙 + 𝟐 = 𝟑
Pela definição de logaritmo temos:
5x + 2 = 33
5x + 2 = 27
5x = 27 – 2
5x = 25
x=5
Portanto S = {5}.

3º) Equações que são resolvidas por meio de uma mudança de incógnita:
Exemplo:
(𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒙)𝟐 − 𝟑. 𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒙 = 𝟒
Vamos fazer a seguinte mudança de incógnita:
𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒙 = 𝒚

Substituindo na equação inicial, ficaremos com:

4º) Equações que envolvem utilização de propriedades ou de mudança de base:

Exemplo:
𝐥𝐨𝐠(𝟐𝒙 + 𝟑) + 𝐥𝐨𝐠(𝒙 + 𝟐) = 𝟐 𝐥𝐨𝐠 𝒙

Usando as propriedades do logaritmo, podemos reescrever a equação acima da seguinte forma:


log[(2𝑥 + 3)(𝑥 + 2)] = log 𝑥 2

Note que para isso utilizamos as seguintes propriedades:


log 𝑥. 𝑦 = log 𝑥 + log 𝑦
log 𝑥 𝑛 = 𝑛. log 𝑥

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
187
Vamos retornar à equação:

Como ficamos com uma igualdade entre dois logaritmos, segue que:
(2x +3)(x + 2) = x2
ou
2x2 + 4x + 3x + 6 = x2
2x2 – x2 + 7x + 6 = 0
x2 + 7x + 6 = 0

x = -1 ou x = - 6

Lembre-se que para o logaritmo existir o logaritmando e a base devem ser positivos. Com os valores
encontrados para x, o logaritmando ficará negativo. Sendo assim, a equação não tem solução ou S = ø.

INEQUAÇÃO LOGARÍTMICA

A forma de se resolver a inequação logarítmica é a mesma da equação, mas é preciso ter muito
cuidado quando a base for 0 < a < 1.
São dois tipos de inequação logarítmica.

1º) Inequações redutíveis a uma desigualdade entre logaritmos de mesma base:


𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) < 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒈(𝒙)

Neste caso há ainda dois casos a considerar

a>1 0<a<1

Nesse caso, a relação entre f(x) e g(x) tem o Nesse caso, a relação entre f(x) e g(x) tem
mesmo sentido que a desigualdade entre os sentido contrário a desigualdade entre os
logaritmos. logaritmos.
𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑓(𝑥) < 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑔(𝑥) ⟹ 0 < 𝑓(𝑥) < 𝑔(𝑥) 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑓(𝑥) < 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑔(𝑥) ⟹ 𝑓(𝑥) > 𝑔(𝑥) > 0

Exemplo:
A inequação 𝐥𝐨𝐠 𝟑 (𝟑𝒙 − 𝟐) ≤ 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝒙
Temos a seguinte condição: 0 < 3x – 2 ≤ x.
Fazendo cada membro da equação separadamente:
0 < 3x – 2  x > 2/3 (I)
3x – 2 ≤ x  2x ≤ 2  x ≤ 1 (II)
Da interseção de (I) com (II), resulta:
S = { x ϵ R| 2/3 < x ≤ 1}.
2º) Inequações redutíveis a uma desigualdade entre um logaritmo e um número real:
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) > 𝒓 𝒐𝒖 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) < 𝒓

Para resolver uma inequação desse tipo, basta substituir r por log 𝑎 𝑎𝑟 ; assim teremos:
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) < 𝒓 𝒆𝒒𝒖𝒊𝒗𝒂𝒍𝒆 𝒂 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) < 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒂𝒓
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) > 𝒓 𝒆𝒒𝒖𝒊𝒗𝒂𝒍𝒆 𝒂 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) > 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒂𝒓

Exemplo:
A inequação 𝐥𝐨𝐠 𝟑 (𝟒𝒙 − 𝟏) < 𝟑.
1
log 3 (4𝑥 − 1) < 3 → log 3 (4𝑥 − 1) < log 3 33 → 0 < 4𝑥 − 1 < 27 → 1 < 4𝑥 < 28 → <𝑥<7
4
S = { x ϵ R| 1/4 < x < 7}.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
188
Questões

01. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO


– EXÉRCITO BRASILEIRO/2013) O logaritmo de um produto de dois fatores é igual à soma dos
logaritmos de cada fator, mantendo-se a mesma base. Identifique a alternativa que representa a
propriedade do logaritmo anunciada.
(A) Logb(a.c )= logba + logbc
(B) Logb(a.c) = logb(a + c)
(C) Logb(a + c) = logba.logbc
(D) Logb(a + c) = logb(a.c)
(E) Loge(a.c) = logba + logfc

02. (FUSA/PR – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – UNIUV/2013) Aplicando as propriedades


de logaritmo na equação log A - log B = 0, teremos:
(A) A . B = 0
(B) A . B > 0
(C) A = B
(D) A / B = 0
(E) A é o inverso de B

03. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS –MÚSICA – EXÉRCITO BRASILEIRO/2012) Sabendo


que log P = 3loga - 4logb + 1/2logc, assinale a alternativa que representa o valor de P. (dados: a = 4, b
= 2 e c = 16)
(A) 12
(B) 52
(C) 16
(D) 24
(E) 73

04. (SESI/PA – NUTRICIONISTA – FIDESA/2012) Para calcular o pH de um efluente, os técnicos do


1
departamento de controle ambiental utilizam a fórmula: 𝑝𝐻 = log (|𝐻 +|), onde |H+|é a concentração de
íons H+ nas amostras do efluente. Considerando que a concentração de íons é |H +|=5x10-5 e log 2 =
0,3, o pH das amostras coletadas desse efluente é de:
(A) 3,6
(B) 4,3
(C) 6,4
(D) 7,2

05. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2012) Qual é o produto das


raízes da equação [log(x)]² - log(x²) - 3 = 0 ?
(A) - 3.000
(B) - 3
(C) 0,001
(D) 100
(E) 1.000

Respostas

01. Resposta: A.
Logb(a.c )= logba + logbc

02. Resposta: C.
log(A/B)=0
Pela propriedade do log:
A/B=1
A=B

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
189
03. Resposta: C.
1
log P = log a3 − logb4 + logc 2
1
c2
log P = log (a3 . 4 )
b
43 √16
P= 24
= 16

04. Resposta: B.
1
pH = log ( )
|5x10−5 |
pH = log(0,2x105 )
pH = log 0,2 + log105
2
pH = log ( ) + 5log10
10
pH = log 2 − log 10 + 5log10
pH=0,3-1+5=4,3

05. Resposta: D.
[log(x)]²- 2logx - 3 = 0
Fazendo logx=y
y²-2y-3=0
=4+12=16
2±4
𝑦=
2
y1 = 3
y2 = −1

Substituindo:
Log x=3
X=10³=1000
Log x=-1
X=10-1=0,1
Produto das raízes: 10000,1=100

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Toda equação que contém a incógnita na base ou no logaritmando de um logaritmo é denominada


equação logarítmica. Abaixo temos alguns exemplos de equações logarítmicas:
log 2 𝑥 = 3
log 𝑥 100 = 2
7log 5 625𝑥 = 42
3log 2𝑥 64 = 9
log −6−𝑥 2𝑥 = 1

Perceba que nestas equações a incógnita encontra-se ou no logaritmando, ou na base de um


logaritmo. Para solucionarmos equações logarítmicas recorremos a muitas das propriedades dos
logaritmos.

- Solucionando Equações Logarítmicas


Vamos solucionar cada uma das equações acima, começando pela primeira:
log 2 𝑥 = 3
Segundo a definição de logaritmo nós sabemos que:
log 2 𝑥 = 3 ⟺ 23 = 𝑥

Logo x é igual a 8: 23 = x ⇒ x = 2.2.2 ⇒ x = 8

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
190
De acordo com a definição de logaritmo o logaritmando deve ser um número real positivo e já que
8 é um número real positivo, podemos aceitá-lo como solução da equação. A esta restrição damos o
nome de condição de existência.
log 𝑥 100 = 2

Pela definição de logaritmo a base deve ser um número real e positivo além de ser diferente de 1.
Então a nossa condição de existência da equação acima é que: x ϵ R*+ - {1}

Em relação a esta segunda equação nós podemos escrever a seguinte sentença:


log 𝑥 100 = 2 ⟺ 𝑥 2 = 100

Que nos leva aos seguintes valores de x:


𝑥 = −10
𝑥 2 = 100 ⟹ 𝑥 = ±√100 ⟹ {
𝑥 = 10

Note que x = -10 não pode ser solução desta equação, pois este valor de x não satisfaz a condição
de existência, já que -10 é um número negativo.
Já no caso de x = 10 temos uma solução da equação, pois 10 é um valor que atribuído a x satisfaz
a condição de existência, visto que 10 é positivo e diferente de 1.
7log 5 625𝑥 = 42

Neste caso temos a seguinte condição de existência:


0
625𝑥 > 0 ⟹ 𝑥 > ⟹𝑥>0
625
Voltando à equação temos:
42
7log 5 625𝑥 = 42 ⟹ log 5 625𝑥 = ⟹ log 5 625𝑥 = 6
7

Aplicando a mesma propriedade que aplicamos nos casos anteriores e desenvolvendo os cálculos
temos: Como 25 satisfaz a condição de existência, então S = {25} é o conjunto solução da equação. Se
quisermos recorrer a outras propriedades dos logaritmos também podemos resolver este exercício
assim:
⇒ log 5 𝑥 = 2 ⟺ 52 = 𝑥 ⟺ 𝑥 = 25

Lembre-se que:
log 𝑏 (𝑀. 𝑁) = log 𝑏 𝑀 + log 𝑏 𝑁 e que log5 625 = 4, pois 54 = 625.
3 log 2𝑥 64 = 9

Neste caso a condição de existência em função da base do logaritmo é um pouco mais complexa:
1
2𝑥 > 0 ⟹ 𝑥 > ⟹ 𝑥 > 0
2

E, além disto, temos também a seguinte condição: 2x ≠ 1 ⇒ x ≠ 1/2


Portanto a condição de existência é: x ϵ R*+ - {1/2}

Agora podemos proceder de forma semelhante ao exemplo anterior: Como x = 2 satisfaz a condição
de existência da equação logarítmica, então 2 é solução da equação. Assim como no exercício anterior,
este também pode ser solucionado recorrendo-se à outra propriedade dos logaritmos:
log −6−𝑥 2𝑥 = 1

Neste caso vamos fazer um pouco diferente. Primeiro vamos solucionar a equação e depois vamos
verificar quais são as condições de existência: Então x = -2 é um valor candidato à solução da equação.
Vamos analisar as condições de existência da base -6 - x:
Veja que embora x ≠ -7, x não é menor que -6, portanto x = -2 não satisfaz a condição de existência
e não pode ser solução da equação. Embora não seja necessário, vamos analisar a condição de
existência do logaritmando 2x: 2x > 0 ⇒ x > 0

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
191
Como x = -2, então x também não satisfaz esta condição de existência, mas não é isto que eu quero
que você veja. O que eu quero que você perceba, é que enquanto uma condição diz que x < -6, a outra
diz que x > 0. Qual é o número real que além de ser menor que -6 é também maior que 0?
Como não existe um número real negativo, que sendo menor que -6, também seja positivo para que
seja maior que zero, então sem solucionarmos a equação nós podemos perceber que a mesma não
possui solução, já que nunca conseguiremos satisfazer as duas condições simultaneamente. O conjunto
solução da equação é portanto S = { }, já que não existe nenhuma solução real que satisfaça as
condições de existência da equação.

- Função Logarítmica
A função logaritmo natural mais simples é a função y=f0(x)=lnx. Cada ponto do gráfico é da forma (x,
lnx) pois a ordenada é sempre igual ao logaritmo natural da abscissa.

O domínio da função ln é R*+=]0,∞[ e a imagem é o conjunto R=]-∞,+∞[.


O eixo vertical é uma assíntota ao gráfico da função. De fato, o gráfico se aproxima cada vez mais da
reta x=0
O que queremos aqui é descobrir como é o gráfico de uma função logarítmica natural geral, quando
comparado ao gráfico de y=ln x, a partir das transformações sofridas por esta função. Consideremos
uma função logarítmica cuja expressão é dada por y=f 1(x)=ln x+k, onde k é uma constante real. A
pergunta natural a ser feita é: qual a ação da constante k no gráfico dessa nova função quando
comparado ao gráfico da função inicial y=f0(x)=ln x ?
Ainda podemos pensar numa função logarítmica que seja dada pela expressão y=f2(x)=a.ln x onde a
é uma constante real, a 0. Observe que se a=0, a função obtida não será logarítmica, pois será a
constante real nula. Uma questão que ainda se coloca é a consideração de funções logarítmicas do tipo
y=f3(x)=ln(x+m), onde m é um número real não nulo. Se g(x)=3.ln(x-2) + 2/3, desenhe seu gráfico,
fazendo os gráficos intermediários, todos num mesmo par de eixos.
y=a.ln(x+m)+k

Conclusão: Podemos, portanto, considerar funções logarítmicas do tipo y = f 4(x) = a In (x + m) + k,


onde o coeficiente a não é zero, examinando as transformações do gráfico da função mais simples y =
f0 (x) = In x, quando fazemos, em primeiro lugar, y=ln(x+m); em seguida, y=a.ln(x+m) e, finalmente,
y=a.ln(x+m)+k.

Analisemos o que aconteceu:


- em primeiro lugar, y=ln(x+m) sofreu uma translação horizontal de -m unidades, pois x=-m exerce o
papel que x=0 exercia em y=ln x;
- a seguir, no gráfico de y=a.ln(x+m) ocorreu mudança de inclinação pois, em cada ponto, a ordenada
é igual àquela do ponto de mesma abscissa em y=ln(x+m) multiplicada pelo coeficiente a;
- por fim, o gráfico de y=a.ln(x+m)+k sofreu uma translação vertical de k unidades, pois, para cada
abscissa, as ordenadas dos pontos do gráfico de y=a.ln(x+m)+k ficaram acrescidas de k, quando
comparadas às ordenadas dos pontos do gráfico de y=a.ln(x+m).

O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia na resolução de equações ou inequações, pois
as operações algébricas a serem realizadas adquirem um significado que é visível nos gráficos das
funções esboçados no mesmo referencial cartesiano.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
192
Função logarítmica de base a é toda função f:R*+ → R, definida por 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 com a ϵ R*+ e a
≠ 1.
Podemos observar neste tipo de função que a variável independente x é um logaritmando, por isto a
denominamos função logarítmica. Observe que a base a é um valor real constante, não é uma variável,
mas sim um número real.

A função logarítmica de R*+ → R é inversa da função exponencial de R*+ → R e vice-versa, pois:


log 𝑏 𝑎 = 𝑥 ⟺ 𝑏 𝑥 = 𝑎

- Representação da Função Logarítmica no Plano Cartesiano


Podemos representar graficamente uma função logarítmica da mesma forma que fizemos com a
função exponencial, ou seja, escolhendo alguns valores para x e montando uma tabela com os
respectivos valores de f(x). Depois localizamos os pontos no plano cartesiano e traçamos a curva do
gráfico. Vamos representar graficamente a função 𝑓(𝑥) = log 𝑥 e como estamos trabalhando com um
logaritmo de base 10, para simplificar os cálculos vamos escolher para x alguns valores que são
potências de 10:
0,001, 0,01, 0,1, 1, 10 e 2.
Temos então seguinte a tabela:

x y = log x
0,001 y = log 0,001 = -3
0,01 y = log 0,01 = -2
0,1 y = log 0,1 = -1
1 y = log 1 = 0
10 y = log 10 = 1

Ao lado temos o gráfico desta função logarítmica, no qual localizamos cada um dos pontos obtidos
da tabela e os interligamos através da curva da função: Veja que para valores de y < 0,01 os pontos
estão quase sobre o eixo das ordenadas, mas de fato nunca chegam a estar. Note também que neste
tipo de função uma grande variação no valor de x implica numa variação bem inferior no valor de y. Por
exemplo, se passarmos de x = 100 para x = 1000000, a variação de y será apenas de 2 para 6. Isto
porque:

𝑓(100) = log 100 = 2


{
𝑓(1000000) = log 1000000 = 6

 Função Crescente e Decrescente

Assim como no caso das funções exponenciais, as funções logarítmicas também podem ser
classificadas como função crescente ou função decrescente. Isto se dará em função da base a ser
maior ou menor que 1. Lembre-se que segundo a definição da função logarítmica f:R*+ → R, definida
por 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 , temos que a > 0 e a ≠ 1.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
193
- Função Logarítmica Crescente

Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente, qualquer que seja o valor real positivo de x. No
gráfico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y.
Graficamente vemos que a curva da função é crescente. Também podemos observar através do
gráfico, que para dois valor de x (x1 e x2), que log 𝑎 𝑥2 > log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números
reais positivos, com a > 1.

- Função Logarítmica Decrescente

Se 0 < a < 1 temos uma função logarítmica decrescente em todo o domínio da função. Neste outro
gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a
curva da função é decrescente. No gráfico também observamos que para dois valores de x (x1 e x2),
que log 𝑎 𝑥2 < log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais positivos, com 0 < a < 1. É importante
frisar que independentemente de a função ser crescente ou decrescente, o gráfico da função sempre
cruza o eixo das abscissas no ponto (1, 0), além de nunca cruzar o eixo das ordenadas e que o
log 𝑎 𝑥2 = log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 = 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais positivos, com a ≠ 1.

Questões

01. (PETROBRAS-GEOFISICO JUNIOR – CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo na base


10 de x, então o valor de n tal que log n = 3 - log 2 é:
(A) 2000
(B) 1000
(C) 500
(D) 100
(E) 10

02. (MF – Assistente Técnico Administrativo – ESAF/2014) Sabendo-se que log x representa o
logaritmo de x na base 10, calcule o valor da expressão log 20 + log 5.
(A) 5
(B) 4
(C) 1
(D) 2
(E) 3

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
194
Respostas

01. Resposta: C.
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 * 1
onde 1 = log 10 então:
log (n * 2) = 3 * log 10
log(n*2) = log 10 ^3
2n = 10^3
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500

02. Resposta: D.
E = log20 + log5
E = log(2 x 10) + log5
E = log2 + log10 + log5
E = log10 + log (2 x 5)
E = log10 + log10
E = 2 log10
E=2

6) Trigonometria a) Trigonometria no triângulo retângulo. b)


Trigonometria num triângulo qualquer. c) Unidades de medidas de
arcos e ângulos: graus e radianos. d) Círculo trigonométrico, razões
trigonométricas, redução ao 1º quadrante. e) Funções
trigonométricas: seno, cosseno e tangente; relações e identidades. f)
Fórmulas de adição de arcos e arcos duplos.

TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

A palavra trigonometria significa: tri (três), gono (ângulo) e metria (medida), traduzido mais ou menos
para estudo das medidas de três ângulos. A figura que tem três ângulos chama-se Triângulo. No início
estudaremos a trigonometria no triângulo retângulo, ao final deste estudo temos duas leis: Lei dos senos
e Lei dos cossenos que “jogam” a trigonometria para os demais triângulos que não são retângulos.

Em todo triângulo retângulo os lados recebem nomes especiais. O maior lado (oposto do ângulo de
90°) é chamado de Hipotenusa e os outros dois lados menores (opostos aos dois ângulos agudos) são
chamados de Catetos.
Observe a figura:

- a é a hipotenusa.

- b e c são os catetos.

Para estudo de Trigonometria, são definidos no triângulo retângulo, três razões chamadas
trigonométricas: seno, cosseno e tangente.
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
- 𝑠𝑒𝑛 = 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
195
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
- 𝑐𝑜𝑠 = 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜


- 𝑡𝑔 = 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒

No triângulo acima, temos:

Como podemos notar, 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑐𝑜𝑠𝛽 e 𝑠𝑒𝑛𝛽 = 𝑐𝑜𝑠𝛼.


Em todo triângulo a soma dos ângulos internos é igual a 180°.
No triângulo retângulo um ângulo mede 90°, então:
90° + α + β = 180°
α + β = 180° - 90°
α + β = 90°

Quando a soma de dois ângulos é igual a 90°, eles são chamados de Ângulos Complementares. E,
neste caso, sempre o seno de um será igual ao cosseno do outro.

 Valores Notáveis
A tabela a seguir representa os valores de seno, cosseno e tangente dos ângulos de 30°, 45° e 60°,
considerados os três ângulos notáveis da trigonometria.

30° 45° 60°


1 √2 √3
sen
2 2 2
√3 √2 1
cos
2 2 2
√3
tg 1 √3
3

 Relações Fundamentais da Trigonometria


I) 𝑠𝑒𝑛2 + 𝑐𝑜𝑠 2 = 1
𝑠𝑒𝑛
II) 𝑡𝑔𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑥

𝑐𝑜𝑠𝑥
III) 𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥 =
𝑠𝑒𝑛𝑥

1
VI) 𝑠𝑒𝑐𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑥

1
V) 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
196
Nestas relações, além do senx e cosx, temos: tg (tangente), cotg (cotangente), sec (secante) e cossec
(cossecante).

Questões

01. Um avião levanta voo formando um ângulo de 30° com a horizontal. Sua altura, em metros, após
ter percorridos 600 m será:
(A) 100
(B) 200
(C) 300
(D) 400
(E) 500

02. (UDESC) Sobre um plano inclinado deverá ser construída uma escadaria.

Sabendo-se que cada degrau da escada deverá ter um altura de 20 cm e que a base do plano
inclinado medem 280√3 cm, conforme mostra a figura acima, então, a escada deverá ter:
(A) 10 degraus
(B) 28 degraus
(C) 14 degraus
(D) 54 degraus
(E) 16 degraus

03. (FUVEST) A uma distância de 40 m, uma torre é vista sob um ângulo 𝛼, como mostra a figura.

Sabendo que sen20° = 0,342 e cos20° = 0,940, a altura da torre, em metros, será aproximadamente:
(A) 14,552
(B) 14,391
(C) 12,552
(D) 12,391
(E) 16,552

04. (U. Estácio de Sá) Simplificando a expressão 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛17º. 𝑐𝑜𝑡𝑔17°. 𝑐𝑜𝑡𝑔73°. 𝑠𝑒𝑐73°, encontramos:
(A) – 2
(B) – 1
(C) 2
(D) 1
(E) 5

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
197
05. Qual das afirmativas abaixo é falsa:
(A) sen3x + cos3x = 1
𝑠𝑒𝑛𝑥
(B) 𝑡𝑔𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑥
(C) sen2x + cos2x = 1
1
(D) 𝑠𝑒𝑐𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑥
1
(E) 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥

06. (SEDUC/RJ - Professor – Matemática – CEPERJ/2011) A figura abaixo mostra o perfil de um


muro construído para conter uma encosta pouco estável. A primeira parte da rampa tem 10m de
comprimento e inclinação de 25° com a horizontal, e a segunda parte tem 10 m de comprimento e
inclinação de 50° com a horizontal.

Considerando sen25° = 0, 42 e cos25° = 0,91, o valor da altura total do muro (h) é, aproximadamente:
(A) 11,1m.
(B) 11,8m.
(C) 12,5m.
(D) 13,2m.
(E) 13,9m.

07. (EPCAR – Cadete – EPCAR/2011) Uma coruja está pousada em R, ponto mais alto de um poste,
a uma altura h do ponto P, no chão. Ela é vista por um rato no ponto A, no solo, sob um ângulo de 30°,
conforme mostra figura abaixo.

O rato se desloca em linha reta até o ponto B, de onde vê a coruja, agora sob um ângulo de 45° com
o chão e a uma distância BR de medida 6√2 metros. Com base nessas informações, estando os pontos
A, B e P alinhados e desprezando-se a espessura do poste, pode-se afirmar então que a medida do
deslocamento AB do rato, em metros, é um número entre
(A) 3 e 4.
(B) 4 e 5.
(C) 5 e 6.
(D) 6 e 7.

08. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade – FUMARC/2011) As


medidas dos catetos de um triângulo retângulo com a hipotenusa medindo 10 cm e com o seno de um
dos ângulos agudos valendo 0,8 são:
(A) 5cm e 4cm.
(B) 3cm e 5cm.
(C) 6cm e 8cm.
(D) 4cm e 6cm.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
198
Respostas

01. Resposta: C.
Do enunciado temos a seguinte figura.

600 m é a hipotenusa e h é o cateto oposto ao ângulo dado, então temos que usar o seno.
cat. oposto
sen30° = hipotenusa
1 h
2
= 600  2h = 600  h = 600 : 2 = 300 m

02. Resposta: C.
Para saber o número de degraus temos que calcular a altura BC ̅̅̅̅ do triângulo e dividir por 20 (altura
̅̅̅̅ e AC
de cada degrau). No triângulo ABC, BC ̅̅̅̅ são catetos, a relação entre os dois catetos é a tangente.
cat.oposto ̅̅̅̅
BC
tg30° = = ̅̅̅̅
cat.adjacente AC

Número de degraus = 280 : 20 = 14

03. Resposta: A.
Observando a figura, nós temos um triângulo retângulo, vamos chamar os vértices de A, B e C.

Como podemos ver h e 40 m são catetos, a relação a ser usada é a tangente. Porém no enunciado
foram dados o sen e o cos. Então, para calcular a tangente, temos que usar a relação fundamental:
𝑠𝑒𝑛𝛼 0,342
𝑡𝑔𝛼 = 𝑐𝑜𝛼𝑥  𝑡𝑔𝛼 = 0,940  tg𝛼 = 0,3638

̅̅̅̅
𝐴𝐶 ℎ
𝑡𝑔𝛼 = ̅̅̅̅
𝐴𝐵
 0,363 = 40  h = 40.0,363  h = 14,552 m

04. Resposta: D.
Temos que usar as relações fundamentais.

𝑐𝑜𝑠17°
𝑦=
𝑠𝑒𝑛73°

Sendo 17° + 73° = 90° (ângulos complementares), lembrando que quando dois ângulos são
complementares o seno de um deles é igual ao cosseno do outro, resulta que sen73° = cos17°. Então:
𝑐𝑜𝑠17°
𝑦= =1
𝑐𝑜𝑠17°
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
199
05. Resposta: A.

06. Resposta: B.
Observando a figura, temos: h = x + y

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
𝑠𝑒𝑛𝑥 = ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
e 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) = 2. 𝑠𝑒𝑛𝑥. 𝑐𝑜𝑠𝑥

𝑥 𝑥
𝑠𝑒𝑛𝑥25º = 10  0,42 = 10  x = 10.042  x = 4,2

𝑦 𝑦 𝑦 𝑦
𝑠𝑒𝑛50º = 10  𝑠𝑒𝑛(2.25º) = 10  2. 𝑠𝑒𝑛25º. 𝑐𝑜𝑠25º = 10  2.0,42.0,91 = 10

𝑦
0,76 =  y = 10.076  y = 7,6
10

h = 4,2 + 7,6 = 11,8

07. Resposta: B.
Do enunciado temos a seguinte figura:

BR = 6√2
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 √2 ℎ
𝑠𝑒𝑛45° = ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
 2
=6  2ℎ = 6√2. √2  2h = 12  h = 6
√2

O ângulo BRP = 45º, logo o triângulo BRP é isósceles  BP = PR = h = 6


𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 ℎ
No triângulo APR: 𝑡𝑔30º = 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑥+6

√3 6 18
3
= 𝑥+6  √3. (𝑥 + 6) = 18  𝑥 + 6 = . Racionalizando, temos:
√3

18.√3 18√3
𝑥+6= 𝑥+6=  𝑥 + 6 = 6√3 (√3 ≅ 1,7)
√3.√3 3

x = 6.1,7 – 6
x = 10,2 – 6 = 4,2

08. Resposta: C.
Pelo enunciado a hipotenusa mede 10 e o seno de um dos ângulos (vamos chamar este ângulo de
α) mede 0,8.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
200
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑥
𝑠𝑒𝑛 ∝=  0,8 =  x = 10.0,8  x = 8 cm
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 10

Pelo Teorema de Pitágoras:


x2 + y2 = 102
82 + y2 = 100  64 + y2 = 100  y2 = 100 – 64  y2 = 36  y = 6 cm

TRIGONOMETRIA EM UM TRIÂNGULO QUALQUER

As relações trigonométricas se restringem somente a situações que envolvem triângulos retângulos.


Na situação abaixo, PÔR é um triângulo obtusângulo, então não podemos utilizar das relações
trigonométricas conhecidas. Para situações como essa, utilizamos a lei dos senos ou a lei dos cossenos,
de acordo com o mais conveniente.
Importante sabermos que:
sen x = sen (180º - x)
cos x = - cos (180º - x)

 Lei dos senos:

Resolvendo a situação da figura, temos:


Iremos aplicar a lei dos senos:

100 𝑥 100 𝑥
= ⟶ =
𝑠𝑒𝑛 120° 𝑠𝑒𝑛 45° 𝑠𝑒𝑛 60° 𝑠𝑒𝑛 45°

Pela tabela de razões trigonométricas:


√2 √3
𝑠𝑒𝑛 45° = ∴ 𝑠𝑒𝑛 60° =
2 2
 Lei dos cossenos
a² = b² + c² - 2.b.c.cosA
b² = a² + c² - 2.a.c.cosB
c² = a² + b² - 2.a.b.cosC

Exemplo:
Analise o esquema abaixo:
Se optarmos pelo bombeamento da água direto para a casa, quantos metros de cano seriam gastos?

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
201
x² = 50² + 80² - 2*50*80*cos60º
x² = 2500 + 6400 – 8000*0,5
x² = 8900 – 4000
x² = 4900
x = 70 m
Seriam gastos 70 metros de cano.

Questões

01. Em um triângulo, os lados de medidas 6√3 cm e 8 cm formam um ângulo de 30º. Determine a


medida do terceiro lado.

02. Determine o valor do lado oposto ao ângulo de 60º. Observe figura a seguir:

03. No triângulo abaixo, pede-se determinar o valor de x:

Respostas

01. De acordo com a situação, o lado a ser determinado é oposto ao ângulo de 30º. Dessa forma,
aplicamos a fórmula da lei dos cossenos da seguinte maneira:
x² = (6√3)² + 8² - 2 * 6√3 * 8 * cos 30º
x² = 36 * 3 + 64 – 2 * 6√3 * 8 * √3/2
x² = 108 + 64 – 96 * √3 * √3/2
x² = 172 – 48 * 3
x² = 172 – 144
x² = 28
x = 2√7 cm

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
202
02. Pela lei dos cossenos
x² = 6² + 8² - 2 * 6 * 8 * cos 60º
x² = 36 + 64 – 96 * 1/2
x² = 100 – 48
x² = 52
√x² = √52
x = 2√13

03. Pela lei dos senos:


𝑥 8
=
𝑠𝑒𝑛45° 𝑠𝑒𝑛30°

𝑥. 𝑠𝑒𝑛30° = 8. 𝑠𝑒𝑛45°
1 √2
𝑥. = 8.
2 2
𝑥 = 8√2 𝑐𝑚

CICLO TRIGONOMÉTRICO

Dada uma circunferência trigonométrica contendo o ponto A=(1,0) e um número real x, existe sempre
um arco orientado AM sobre esta circunferência, cuja medida algébrica corresponde a x radianos.
Seno: No plano cartesiano, consideremos uma circunferência trigonométrica, de centro em (0,0) e
raio unitário. Seja M=(x',y') um ponto desta circunferência, localizado no primeiro quadrante, este ponto
determina um arco AM que corresponde ao ângulo central a. A projeção ortogonal do ponto M sobre o
eixo OX determina um ponto C=(x',0) e a projeção ortogonal do ponto M sobre o eixo OY determina
outro ponto B=(0,y').
A medida do segmento OB coincide com a ordenada y' do ponto M e é definida como o seno do arco
AM que corresponde ao ângulo a, denotado por sen(AM) ou sen(a).

Como temos várias determinações para o mesmo ângulo, escreveremos sen(AM)=sen(a)=sen(a+2k


)=y'

Para simplificar os enunciados e definições seguintes, escreveremos sen(x) para denotar o seno do
arco de medida x radianos.

Cosseno: O cosseno do arco AM correspondente ao ângulo a, denotado por cos(AM) ou cos(a), é a


medida do segmento 0C, que coincide com a abscissa x' do ponto M.

Como antes, existem várias determinações para este ângulo, razão pela qual, escrevemos cos(AM)
= cos(a) = cos(a+2k ) = x'

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
203
Tangente
Seja a reta t tangente à circunferência trigonométrica no ponto A=(1,0). Tal reta é perpendicular ao
eixo OX. A reta que passa pelo ponto M e pelo centro da circunferência intersecta a reta tangente t no
ponto T=(1,t'). A ordenada deste ponto T, é definida como a tangente do arco AM correspondente ao
ângulo a.

Assim a tangente do ângulo a é dada pelas suas várias determinações: tan(AM) = tan(a) = tan(a+k
) = µ(AT) = t'
Podemos escrever M=(cos(a),sen(a)) e T=(1,tan(a)), para cada ângulo a do primeiro quadrante. O
seno, o cosseno e a tangente de ângulos do primeiro quadrante são todos positivos.
Um caso particular importante é quando o ponto M está sobre o eixo horizontal OX. Neste caso:
cos(0)=1, sen(0)=0 e tan(0)=0
Ampliaremos estas noções para ângulos nos outros quadrantes

Ângulos no segundo quadrante


Se na circunferência trigonométrica, tomamos o ponto M no segundo quadrante, então o ângulo a
entre o eixo OX e o segmento OM pertence ao intervalo /2<a< . Do mesmo modo que no primeiro
quadrante, o cosseno está relacionado com a abscissa do ponto M e o seno com a ordenada deste
ponto. Como o ponto M=(x,y) possui abscissa negativa e ordenada positiva, o sinal do seno do ângulo
a no segundo quadrante é positivo, o cosseno do ângulo a é negativo e a tangente do ângulo a é
negativa.

Outro caso particular importante é quando o ponto M está sobre o eixo vertical OY e neste caso: cos(
/2)=0 e sen( /2)=1
A tangente não está definida, pois a reta OM não intercepta a reta t, pois elas são paralelas.

Ângulos no terceiro quadrante


O ponto M=(x,y) está localizado no terceiro quadrante, o que significa que o ângulo pertence ao
intervalo: <a<3 /2. Este ponto M=(x,y) é simétrico ao ponto M'=(-x,-y) do primeiro quadrante, em
relação à origem do sistema, indicando que tanto a sua abscissa como a sua ordenada são negativos.
O seno e o cosseno de um ângulo no terceiro quadrante são negativos e a tangente é positiva.

Em particular, se a= radianos, temos que cos( )=-1, sen( )=0 e tg( )=0
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
204
Ângulos no quarto quadrante
O ponto M está no quarto quadrante, 3 /2<a< 2 . O seno de ângulos no quarto quadrante é
negativo, o cosseno é positivo e a tangente é negativa.

Quando o ângulo mede 3 /2, a tangente não está definida pois a reta OP não intercepta a reta t,
estas são paralelas. Quando a=3 /2, temos: cos(3 /2)=0, sen(3 /2)=-1

Simetria em relação ao eixo OX


Em uma circunferência trigonométrica, se M é um ponto no primeiro quadrante e M' o simétrico de M
em relação ao eixo OX, estes pontos M e M' possuem a mesma abscissa e as ordenadas possuem
sinais opostos.

Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo correspondente ao arco AM e b o ângulo


correspondente ao arco AM', obtemos:
sen(a) = - sen(b)
cos(a) = cos(b)
tg(a) = - tg(b)

Simetria em relação ao eixo OY


Seja M um ponto da circunferência trigonométrica localizado no primeiro quadrante, e seja M'
simétrico a M em relação ao eixo OY, estes pontos M e M' possuem a mesma ordenada e as abscissa
são simétricas.

Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo correspondente ao arco AM e b o ângulo


correspondente ao arco AM'. Desse modo:
sen(a) = sen(b)
cos(a) = - cos(b)
tg(a) = - tg(b)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
205
Simetria em relação à origem
Seja M um ponto da circunferência trigonométrica localizado no primeiro quadrante, e seja M'
simétrico de M em relação a origem, estes pontos M e M' possuem ordenadas e abscissas simétricas.

Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo correspondente ao arco AM e b o ângulo


correspondente ao arco AM'. Desse modo:
sen(a) = -sen(b)
cos(a) = - cos(b)
tg(a) = tg(b)

Senos e cossenos de alguns ângulos notáveis


Uma maneira de obter o valor do seno e cosseno de alguns ângulos que aparecem com muita
frequência em exercícios e aplicações, sem necessidade de memorização, é através de simples
observação no círculo trigonométrico.

Primeira relação fundamental


Uma identidade fundamental na trigonometria, que realiza um papel muito importante em todas as
áreas da Matemática e também das aplicações é: sin²(a) + cos²(a) = 1 que é verdadeira para todo ângulo
a.
Necessitaremos do conceito de distância entre dois pontos no plano cartesiano, que nada mais é do
que a relação de Pitágoras. Sejam dois pontos, A=(x',y') e B=(x",y").

Definimos a distância entre A e B, denotando-a por d(A,B), como:

Se M é um ponto da circunferência trigonométrica, cujas coordenadas são indicadas por


(cos(a),sen(a)) e a distância deste ponto até a origem (0,0) é igual a 1. Utilizando a fórmula da distância,
aplicada a estes pontos, d(M,0)=[(cos(a)-0)²+(sen(a)-0)²]1/2, de onde segue que 1=cos²(a)+sin²(a).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
206
Segunda relação fundamental
Outra relação fundamental na trigonometria, muitas vezes tomada como a definição da função
tangente, é dada por:
sen(a)
tg(a) =
cos(a)

Deve ficar claro, que este quociente somente fará sentido quando o denominador não se anular.
Se a=0, a= ou a=2 , temos que sen(a)=0, implicando que tg(a)=0, mas se a= /2 ou a=3 /2,
segue que cos(a)=0 e a divisão acima não tem sentido, assim a relação tg(a)=sen(a)/cos(a) não é
verdadeira para estes últimos valores de a.
Para a 0, a ,a 2 ,a /2 e a 3 /2, considere novamente a circunferência
trigonométrica na figura seguinte.

Os triângulos OMN e OTA são semelhantes, logo:


AT OA
=
MN ON
Como AT=|tg(a)|, MN=|sen(a)|, AO = 1 e ON = |cos(a)|, para todo ângulo a, 0 < a < 2 com a
/2 e a 3 /2 temos
sen(a)
tg(a) =
cos(a)

Forma polar dos números complexos


Um número complexo não nulo z = x + yi, pode ser representado pela sua forma polar:
z = r [cos(c) + i sen(c)]
onde r=|z|=R[x²+y²], i²=-1 e c é o argumento (ângulo formado entre o segmento Oz e o eixo OX) do
número complexo z.

A multiplicação de dois números complexos na forma polar:


Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
207
A = |A| [cos(a)+isen(a)]
B = |B| [cos(b)+isen(b)]

é dada pela Fórmula de De Moivre:


AB = |A||B| [cos(a+b)+isen(a+b)]
Isto é, para multiplicar dois números complexos em suas formas trigonométricas, devemos multiplicar
os seus módulos e somar os seus argumentos.
Se os números complexos A e B são unitários então |A|=1 e |B|=1, e nesse caso
A = cos(a) + i sen(a)
B = cos(b) + i sen(b)

Multiplicando A e B, obtemos
AB = cos(a+b) + i sen(a+b)

Existe uma importantíssima relação matemática, atribuída a Euler (lê-se "óiler"), garantindo que para
todo número complexo z e também para todo número real z:
eiz = cos(z) + i sen(z)

Tal relação, normalmente é demonstrada em um curso de Cálculo Diferencial, e, ela permite uma
outra forma para representar números complexos unitários A e B, como:
A = eia = cos(a) + i sen(a)
B = eib = cos(b) + i sen(b)

onde a é o argumento de A e b é o argumento de B. Assim, ei(a+b) = cos(a+b)+isen(a+b)

Por outro lado ei(a+b) = eia . eib = [cos(a)+isen(a)] [cos(b)+isen(b)]

e desse modo ei(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b) + i [cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)]

Para que dois números complexos sejam iguais, suas partes reais e imaginárias devem ser iguais,
logo
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
sen(a+b) = cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)

Para a diferença de arcos, substituímos b por -b nas fórmulas da soma


cos(a+(-b)) = cos(a)cos(-b) - sen(a)sen(-b)
sen(a+(-b)) = cos(a)sen(-b) + cos(-b)sen(a)

para obter
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
sen(a-b) = cos(b)sen(a) - cos(a)sen(b)

Seno, cosseno e tangente da soma e da diferença


Na circunferência trigonométrica, sejam os ângulos a e b com 0<a<2 e 0<b<2 , a>b, então;
sen(a+b) = sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)

Dividindo a expressão de cima pela de baixo, obtemos:


sen(a)cos(b)+cos(a)sen(b)
tg(a+b)=
cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)

Dividindo todos os quatro termos da fração por cos(a)cos(b), segue a fórmula:


tg(a) + tg(b)
tg(a+b)=
1 - tg(a)tg(b)
Como
sen(a-b) = sen(a)cos(b) - cos(a)sen(b)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
208
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
podemos dividir a expressão de cima pela de baixo, para obter:

tg(a) - tg(b)
tg(a-b)=
1 + tg(a)tg(b)

Arcos côngruos (ou congruentes)


Os arcos no círculo trigonométrico possuem origem e extremidade. Uma volta completa no círculo
trigonométrico corresponde a 360º ou 2π rad. mas nem todos os arcos possuem o mesmo comprimento,
pois eles podem ter número de voltas completas diferentes. Com isso podemos definir que:

1º quadrante: abscissa positiva e ordenada positiva → 0º < α < 90º.


2º quadrante: abscissa negativa e ordenada positiva → 90º < α < 180º.
3º quadrante: abscissa negativa e ordenada negativa → 180º < α < 270º.
4º quadrante: abscissa positiva e ordenada negativa → 270º < α < 360º.

Dois arcos são côngruos (ou congruentes) quando têm a mesma extremidade e diferem entre si
apenas pelo número de voltas inteiras.

Uma regra prática e eficiente para determinar se dois arcos são côngruos consiste em verificar se a
diferença entre eles é um número divisível ou múltiplo de 360º, isto é, a diferença entre as medidas dos
arcos dividida por 360º precisa ter resto igual a zero.
Exemplo:
Verificar se os arcos de medidas 6230º e 8390º são côngruos.
8390º – 6230º = 2160
2160º / 360º = 6 e resto igual a zero. Portanto, os arcos medindo 6230º e 8390º são côngruos.

De maneira geral:

a) Se um arco mede α graus, a expressão geral dos arcos côngruos a ele é dada por αº + k.360º,
com k ϵ Z.
b) Se um arco mede α radianos, a expressão geral dos arcos côngruos a ele é dada por α + 2kπ,
com k ϵ Z.

Exemplos:
1) Um móvel partindo do ponto A, origem dos arcos, percorreu um arco de 1690°. Quantas voltas
completas deu e qual quadrante parou?

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
209
Logo, o móvel deu 4 voltas completas no sentido anti-horário. Como 180º < 250º < 270º, o móvel
parou no 3º quadrante.

2) Verifique se são côngruos os seguintes arcos: 22π/5 rad e 52π/5 rad.


22𝜋
5 = 22 = 20 + 2 = 2 + 1
2𝜋 10 10 10 5
22𝜋 1 2𝜋 2𝜋
= (2 + ) . 2𝜋 = 4𝜋 + = 2.2𝜋 +
5 5 5 5

52𝜋
5 = 52 = 50 + 2 = 5 + 1
2𝜋 10 10 10 5
52𝜋 1 2𝜋 2𝜋
= (5 + ) . 2𝜋 = 10𝜋 + = 5.2𝜋 +
5 5 5 5
2𝜋
Os arcos são côngruos, pois ambos são expressos pela forma 5
+ 2𝑘𝜋.

FUNÇÃO TRIGONOMÉTRICA

No círculo trigonométrico temos arcos que realizam mais de uma volta, considerando que o
intervalo do círculo é [0, 2π], por exemplo, o arco dado pelo número real x = 5π/2, quando
desmembrado temos: x = 5π/2 = 4π/2 + π/2 = 2π + π/2. Note que o arco dá uma volta completa (2π =
2*180º = 360º), mais um percurso de 1/4 de volta (π/2 = 180º/2 = 90º). Podemos associar o número x
= 5π/2 ao ponto P da figura, o qual é imagem também do número π/2. Existem outros infinitos
números reais maiores que 2π e que possuem a mesma imagem. Observe:

9π/2 = 2 voltas e 1/4 de volta


13π/2 = 3 voltas e 1/4 de volta
17π/2 = 4 voltas e 1/4 de volta

Podemos generalizar e escrever todos os arcos com essa característica na seguinte forma: π/2 +
2kπ, onde k Є Z. E de uma forma geral abrangendo todos os arcos com mais de uma volta, x + 2kπ.
Estes arcos são representados no plano cartesiano através de funções circulares como: função seno,
função cosseno e função tangente.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
210
 Características da função seno
É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu seno, então f(x) = senx. O sinal da
função f(x) = senx é positivo no 1º e 2º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 3º e 4º quadrantes.
Observe:

Gráfico da função f(x) = senx

 Características da função cosseno

É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu cosseno, então f(x) = cosx. O sinal
da função f(x) = cosx é positivo no 1º e 4º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 2º e 3º
quadrantes. Observe:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
211
Gráfico da função f(x) = cosx

 Características da função tangente


É uma função f : R → R que associa a cada número real x a sua tangente, então f(x) = tgx.
Sinais da função tangente:
- Valores positivos nos quadrantes ímpares.
- Valores negativos nos quadrantes pares.
- Crescente em cada valor.

Gráfico da função tangente

 Função trigonométrica inversa


As funções trigonométricas não são invertíveis em todo o seu domínio. Mas, para cada uma delas,
podemos restringir o domínio de forma conveniente e definir uma função inversa.

- A função inversa do seno, denotada por arcsen, é definida como:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
212
- Gráfico do Domínio e Imagem do Arsec

- A função inversa do cosseno, denotada por arccos, é definida como:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
213
- Gráfico do Domínio e Imagem do Arccos

- A função inversa da tangente, denotada por arctan, é definida como:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
214
- Gráfico do Domínio e Imagem do Arctan

Questões

01. Qual o domínio e o conjunto imagem da função y = arcsen 4x?

02. Calcule y = tg(arcsen 2/3)

03. Resolver a equação 2*sen(3x) + 1 = 0

04. Ache o o conjunto solução da equação sen (5x) + sen (2x) = 0

Respostas

01. Podemos escrever: 4x = seny. Daí, vem:


Para x: -1 < 4x < 1 Þ -1/4 < x < 1/4. Portanto, Domínio = D = [-1/4, 1/4].Para y: Da definição vista
acima, deveremos ter -p /2 < y < p /2.
Resposta: D = [-1/4, 1/4] e Im = [-p /2, p /2].
Analogamente definiríamos as funções arco coseno e arco tangente.

02. Seja w = arcsen 2/3.


Podemos escrever senw = 2/3. Precisamos calcular o cosw. Vem: sen2w + cos2w = 1 (Relação
Fundamental da Trigonometria). Substituindo o valor de senw vem:
(2/3)2 + cos2w = 1 de onde conclui-se: cos2w = 1 – 4/9 = 5/9.
Logo:
cosw = ± Ö 5 / 3. Mas como w = arcsen 2/3, sabemos que o arco w pode variar de –90º a +90º,
intervalo no qual o coseno é positivo. Logo: cosw = +Ö 5 /3.
Temos então: y = tg(arcsen 2/3) = tgw = senw / cosw = [(2/3) / (Ö 5/3)] = 2/Ö 5
Racionalizando o denominador, vem finalmente y = (2Ö 5)/ 5 que é o valor de y procurado.

03. Seja 2*sen(3x) + 1 = 0


A solução é 3x = 7π/6 rad, pois sen 7π/6 = - 1/2. Assim, temos: sen 3x = sen 7π/6
Entao: 3x = 7π/6 + 2kπ ou 3x = - π/6 + 2kπ , k E R.
x = 7π/18 + 2kπ/3 ou x = - π/18 + 2kπ/3
Concluímos que o conjunto solução é:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
215
S = {x E R/x = 7π/18 + 2kπ/3 ou x = - π/18 + 2kπ/3, k E Z}

04. Observe que é possível transformar o 1º membro em um produto; além disso, o 2º membro é
zero. Assim sendo, lembrando que sen p + sen q = 2*sen p + q / 2* cos p - q / 2, temos:
2*sen 5x + 2x /2*cos 5x - 2x /2 = 0  sen 7x / 2*cos3x /2 = 0  sen 7x/ 2 = 0 ou cos 3x /2 = 0
Para sen 7x/ 2 = sen 0, temos: 7x/ 2 = kπ, k E Z. Portanto: 7x = 2kπ  x = 2kπ / 7, k E Z
Para cos 3x/ 2 = cos π/2, temos: 3x / 2 = π/ 2 + kπ, k E Z.
Entao: 3x = π + 2kπ  x = π/ 3 + 2kπ/ 3, k E Z.
O conjunto solução é: S = {x E R/ x = π/3 + 2kπ/ 3 ou x = 2kπ/ 7, k E Z}
Obs: esse mesmo problema poderia ser resolvido assim:
sen (5x) + sen (2x) = 0  sen (5x) = - sen (2x)
como: - sen (2x) = sen (- 2x) desse modo temos:
5x = - 2x + 2kπ ou 5x = π - (-2x) + 2kπ, k E Z, daí obtemos:
x = 2kπ/ 7 ou x = π/ 3 + 2kπ/ 3, k E Z

IDENTIDADES OU RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS FUNDAMENTAIS

Aqui aprenderemos relações que são fundamentais para a resolução de questões trigonométricas.

Relação I – sen2 x + cos2 x = 1, para todo x ϵ [0 , 2π[


Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo OPP2, obtermos a fórmula acima.

Exemplo:
Dado sem x = 1/3 , com π/2 < x < π , obter cos x.
Usando a relação fundamental, temos:
1 2 1 8 8 2√2
( ) + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 → 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 − = → 𝑐𝑜𝑠𝑥 = ±√ = ±
3 9 9 9 3
Como o intervalo esta compreendido π/2 < x < π, notamos que x está no 2º quadrante, e
2√2
consequentemente, cos x < 0. , assim teremos 𝑐𝑜𝑠𝑥 = − 3

𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝝅
Relação II - 𝒕𝒈𝒙 = 𝐜𝐨𝐬 𝒙 , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒙 ≠ 𝟐 + 𝒌𝝅, 𝒌 𝝐 𝒁
O eixo (vertical) das tangentes é obtido ao se tangenciar, por uma reta, o ciclo no ponto A, origem da
contagem dos arcos.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
216
 Valores Notáveis

𝝅
𝒕𝒈
𝟒
Pela relação fundamental II, temos:
𝜋 √2
𝜋 𝑠𝑒𝑛 4
𝑡𝑔 = = 2 =1
4 𝑐𝑜𝑠 𝜋 √2
4 2

Se observamos a figura ao lado, o quadrilátero formado confirma


o valor acima encontrado.
𝝅 𝝅
𝒕𝒈 𝒆 𝒕𝒈
𝟑 𝟔

Pela relação fundamental II, temos:


𝜋 √3
𝜋 𝑠𝑒𝑛 3
𝑡𝑔 = = 2 = √3
3 𝑐𝑜𝑠 𝜋 1
3 2
𝜋 1
𝜋 𝑠𝑒𝑛 6 2 = √3
𝑡𝑔 = =
6 𝑐𝑜𝑠 𝜋 √3 3
6 2

Exemplo:
3𝜋
Para calcular 𝑡𝑔 4 , devemos unir o centro à extremidade do arco, prolongando esse segmento até o
eixo das tangentes.

Notando a congruência entre os três ângulos assinalados, concluímos que:


3𝜋 𝜋
𝑡𝑔 = −𝑡𝑔 = −1
4 4

Podemos resolver também pela relação fundamental II:


3𝜋 √2
3𝜋 𝑠𝑒𝑛 4
𝑡𝑔 = = 2 = −1
4 3𝜋 √2
𝑐𝑜𝑠 4 − 2

7𝜋 √2
7𝜋 𝑠𝑒𝑛 4 − 2
𝑡𝑔 = = = −1
4 7𝜋 √2
𝑐𝑜𝑠 4
2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
217
OUTRAS IDENTIDADES OU RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS
𝒄𝒐𝒔 𝒙
Relação III - 𝒄𝒐𝒕𝒈𝒙 = 𝒔𝒆𝒏 𝒙
, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒙 ≠ 𝒌𝝅, 𝒌 𝝐 𝒁

Assim como para a tangente para a cotangente também é necessário acoplar um eixo externo, porém
ele é feito no ponto B, que corresponde a π/2 radianos.

𝟏 𝝅
Relação IV – 𝐬𝐞𝐜 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝒙
, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒙 ≠ 𝟐 + 𝒌𝝅, 𝒌 𝝐 𝒁

1
Relação V – cossec 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑥 ≠ 𝑘𝜋, 𝑘 𝜖 𝑍

Exemplos:
5𝜋 1 1
1) 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 = = = −√2
4 5𝜋 √2
𝑠𝑒𝑛 4 − 2

5𝜋 1 1
2) 𝑠𝑒𝑐 = = =2
3 5𝜋 1
𝑐𝑜𝑠 2
3
5𝜋 √3
5𝜋 𝑐𝑜𝑠 6 −
2 = −√3
3) 𝑐𝑜𝑡𝑔 = =
6 5𝜋 1
𝑠𝑒𝑛 6 2

Questões

π √5−1 𝜋
01. (SAMAE – CONTADOR – FUNTEF/PR/2013) Considerando que sen 10 = 4
, o valor de 𝑐𝑜𝑠 10
é:
√10 + 2√5
(𝐴)
4
√10 − 2√5
(𝐵)
4

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
218
√12√5
(𝐶)
4
(D) -1/2
(E) 1/4

02. (SANEAR – FISCAL - FUNCAB/2013) Sendo cos x =1/2 com 0° < x < 90°, determine o valor da
expressão E = sen² x + tg² x.
(A) 9/4
(B) 11/4
(C) 13/4
(D) 15/4
(E) 17/4

03. (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDADE – FCC/2012) O gráfico da função f(x)


= cos²x – sen²x + cos x, no intervalo [0,2π], intercepta o eixo das abscissas em três pontos distintos
(a,0), (b,0) e (c,0), sendo a < b < c. Nessas condições, a diferença (c − b) vale
(A) π /3
(B) 2π /3
(C) π
(D) π /6
(E) 5π /6

04. (COBRA TECNOLOGIA – TÉCNICO DE OPERAÇÕES – DOCUMENTOS/QUALIDADE -


ESPP/2012) O valor da expressão sec(180º) +[ sen(-45º)]2 cossec(450º)+ cos2(315º) é igual a:
(A) 2
(B) -1
(C) 1
(D) 0

05. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO


– EXÉRCITO BRASILEIRO/2012) A soma dos valores de m que satisfazem a ambas as igualdades
senx=(m+1)/m e cos x=(m+2)/m é
(A) 5
(B) 6
(C) 4
(D) -4
(E) -6

Respostas

01. Resposta: A.
Sen²x + cos²x = 1
2
√5 − 1
( ) + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1
4
2
2 √5 − 1
𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 1 − ( )
4
5 − 2√5 + 1
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 −
16
6 − 2√5
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 −
16
16 6 − 2√5
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = −
16 16
10 − 2√5
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 =
16
√10 + 2√5
𝑐𝑜𝑠𝑥 =
4
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
219
02. Resposta: D.
Sen²x + cos²x = 1
1 2
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + ( ) = 1
2
2
1
𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 1 −
4
3
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 =
4
√3
𝑠𝑒𝑛𝑥 = ±
2
Como está no primeiro quadrante
√3
𝑠𝑒𝑛𝑥 = +
2
2
√3 3
2 (2)
2 2
𝑠𝑒𝑛2 𝑥
2 √3 3 4 3 15
𝐸 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + =( ) + = + = +3=
2
𝑐𝑜𝑠 𝑥 2 1 2 4 1 4 4
(2) 4
03. Resposta: B.
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 = 1 − 𝑐𝑜𝑠²𝑥
Substituindo na função:
f(x) = cos²x - (1 - cos²x) + cosx
f(x)=cos²x + cos²x + cosx - 1
f(x)=2cos²x + cosx - 1
f(x)=0=2cos²x + cosx -1

∆= 1 + 8 = 9
−1±3
𝑐𝑜𝑠𝑥 = 4
−1+3 1
cos 𝑥 = 4
=2
−1−3
cos 𝑥 = 4
= −1

5𝜋
𝑐= 3
𝑏=𝜋
5𝜋 2𝜋
𝑐−𝑏 = 3 −𝜋 = 3

04. Resposta: D.
1
sec 180° = = −1
cos 180°
√2
𝑠𝑒𝑛(−45) = −𝑠𝑒𝑛 45 = −
2

1 1
𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 450° = = =1
𝑠𝑒𝑛450 𝑠𝑒𝑛90
360 – 315 = 45
√2
cos 315° = cos 45 =
2
Substituindo:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
220
2 2
√2 √2 2 2
−1 + (− ) . 1 + ( ) = −1 + + = −1 + 1 = 0
2 2 4 4

05. Resposta: E.
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1

𝑚+1 2 𝑚+2 2
( ) +( ) =1
𝑚 𝑚

𝑚2 + 2𝑚 + 1 𝑚2 + 4𝑚 + 4
+ −1=0
𝑚2 𝑚2

𝑚2 + 2𝑚 + 1 + 𝑚2 + 4𝑚 + 4 − 𝑚2 = 0
𝑚2 + 6𝑚 + 5 = 0

S = -b/a
S = -6/1 = -6

TRANSFORMAÇÕES

Estaremos aqui obtendo fórmulas que possibilitem encontrar funções circulares da soma e diferença
de dois arcos, dobro (ou triplo) de arco e transformações em produto.

- Fórmulas de Adição e Subtração de Arcos


Observe a figura abaixo:
Considerando dois arcos, a e b, cos (a + b):

̂ e 𝑅𝐴𝑃
Os arcos 𝐴𝑃𝑄 ̂ possuem a mesma medida (a + b) e, consequentemente, as cordas ̅̅̅̅
𝐴𝑄 e ̅̅̅̅
𝑃𝑅
também têm medidas iguais.
As coordenadas dos pontos acimas são:
A (1,0);
P (cos a, sen a);
Q (cos (a + b), sen (a + b) e
R (cosb, - sen b).

Aplicando as fórmulas da distância entre dois pontos chegamos a:

∗ 𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏) ≡ 𝑠𝑒𝑛 𝑎. cos 𝑏 + 𝑠𝑒𝑛 𝑏. 𝑐𝑜𝑠


𝑎⇒ 𝑠𝑒𝑛 2𝑥 ≡ 2. 𝑠𝑒𝑛 𝑥. cos 𝑥
𝑎=𝑏=𝑥

∗ 𝑠𝑒𝑛(𝑎 − 𝑏) ≡ 𝑠𝑒𝑛 𝑎. cos 𝑏 − 𝑠𝑒𝑛 𝑏. cos 𝑎

∗ 𝑐𝑜𝑠(𝑎 + 𝑏) ≡ cos 𝑎. cos 𝑏 − 𝑠𝑒𝑛 𝑏. 𝑠𝑒𝑛 𝑎


⇒ 𝑐𝑜𝑠 2𝑥 ≡ 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛2 𝑥
𝑎=𝑏=𝑥

∗ 𝑐𝑜𝑠(𝑎 − 𝑏) ≡ cos 𝑎. cos 𝑏 + 𝑠𝑒𝑛 𝑏. 𝑠𝑒𝑛 𝑎

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
221
𝑡𝑔 𝑎 + 𝑡𝑔 𝑏 2. 𝑡𝑔 𝑥
∗ 𝑡𝑔(𝑎 + 𝑏) ≡ ⇒ 𝑡𝑔 2𝑥 ≡
1 − 𝑡𝑔 𝑎. 𝑡𝑔 𝑏 𝑎=𝑏=𝑥 1 − 𝑡𝑔2 𝑥

𝑡𝑔 𝑎 − 𝑡𝑔 𝑏
∗ 𝑡𝑔(𝑎 − 𝑏) ≡
1 + 𝑡𝑔 𝑎. 𝑡𝑔 𝑏

Exemplos:
1) sen 105º = sen (60º + 45º) = sen 60º . cos 45º + sen 45º . cos 60º

2) cos 135º = cos (90º + 45º) = cos 90º . cos 45º – sen 90º . sen 45º

3) Demonstre que cos (2π + x) = cos x.


cos (2π + x) = cos 2π . cos x – sen 2π . sen x = 1 . cos x – 0 . sen x = cos x

4) Utilizando as fórmulas da adição, desenvolva a expressão tg (π + x).

- Arcos Duplos
Utilizado quando as fórmulas do seno, cosseno e tangente do arco (a + b), fazemos b = a.

sen 2a = 2.sen a. cos a

cos 2a = cos2 a – sen2 a

𝟐𝒕𝒈 𝒂 𝝅
𝒕𝒈 𝟐𝒂 = (𝒂 ≠ + 𝒌𝝅)
𝟏 − 𝒕𝒈𝟐 𝒂 𝟒

Exemplos:
Observe o ciclo trigonométrico:

̂ que mede a.
Nele é mostrado um arco 𝐴𝑀

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
222
Vamos determinar:
1) sen 2a.
2) cos 2a.
3) O quadrante que está o arco que mede 2a.
4) sen 3a.

Resolvendo temos:
1) sen 2a.
Como sen 2a = 2.sen a. cos a e sabemos que sen a = 3/5 , com a no 2º quadrante, encontramos o
cos através de: sen2 a + cos2 a = 1  cos2 a = 1 – 9/25  cos2 a = 16/25, como sabemos que a pertence
ao 2º quadrante, logo o seu cosseno é negativo: cos a = -4/5.
Com isso fazemos:
3 4 24
𝑠𝑒𝑛 2𝑎 = 2. . (− ) → 𝑠𝑒𝑛 2𝑎 = −
5 5 25

2) cos 2a.
Como cos 2a = cos2 a – sen2 a, teremos:
16 9 7
cos 2𝑎 = − → cos 2𝑎 =
25 25 25

3) O quadrante que está o arco que mede 2a.


Vamos analisar, como sen 2a < 0 e cos 2a >o , podemos concluir que o arco que mede 2ª tem
extremidade no 4º quadrante.

4) sen 3a.
Como sen 3a = sen (2a + a)  sen 3a = sen 2a . cos a + sen a . cos 2a 

24 4 3 7 117
𝑠𝑒𝑛 3𝑎 = (− ) . (− ) + ( ) . ( ) → 𝑠𝑒𝑛 3𝑎 =
25 5 5 25 125

- Arco Metade
Vamos achar valores que mede a/2, conhecendo os valores das funções trigonométricas do arco que
mede a.
Vamos determinar os valores partindo do cos a, partindo dele determinamos os valores de
𝑎 𝑎 𝑎
𝑠𝑒𝑛 2 , 𝑐𝑜𝑠 2 𝑒 𝑡𝑔 2 .

Para isso utilizaremos a seguinte fórmula: cos 2x = cos2 x – sen2 x

Vamos primeiramente ajusta-la ao nosso problema fazendo 2x = a  cos a = cos2 a/2 – sen2 a/2 (I)
Como temos que o cos2 a/2 = 1 – sen2 a/2:
𝑎 𝑎 𝑎 1 − cos 𝑎 𝒂 𝟏 − 𝐜𝐨𝐬 𝒂
cos 𝑎 = 1 − 𝑠𝑒𝑛2 → 2𝑠𝑒𝑛2 = 1 − cos 𝑎 → 𝑠𝑒𝑛2 = = 𝒔𝒆𝒏 = ±√
2 2 2 2 𝟐 𝟐

Se em (I) substituirmos sen2 a/2 por 1 – cos2 a/2


𝑎 𝑎 𝑎 1 + cos 𝑎 𝒂 𝟏 + 𝐜𝐨𝐬 𝒂
cos 𝑎 = 𝑐𝑜𝑠 2 − (1 − 𝑐𝑜𝑠 2 ) → cos 𝑎 = 2𝑐𝑜𝑠 2 = → 𝒄𝒐𝒔 = ±√
2 2 2 2 𝟐 𝟐

E como:
𝑎
𝑎 𝑠𝑒𝑛 𝑎 𝜋
𝑡𝑔 2 = 2
𝑎 ( 𝑐𝑜𝑚 2
≠ 2 + 𝑘. 𝜋, 𝑘 𝜖 𝑍) , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:
𝐶𝑂𝑆
2

𝒂 𝟏 − 𝐜𝐨𝐬 𝒂
𝒕𝒈 = ±√
𝟐 𝟏 + 𝐜𝐨𝐬 𝒂

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
223
- Funções trigonométricas de arco que mede a, em função da tangente do arco metade.

- Transformação da soma em produto


As fórmulas abaixo relacionadas nos permitirão transformar somas em produtos.

𝑝+𝑞 𝑝−𝑞
∗ 𝑠𝑒𝑛 𝑝 + 𝑠𝑒𝑛 𝑞 = 2. 𝑠𝑒𝑛 . 𝑐𝑜𝑠
2 2
𝑝−𝑞 𝑝+𝑞
∗ 𝑠𝑒𝑛 𝑝 − 𝑠𝑒𝑛 𝑞 = 2. 𝑠𝑒𝑛 . 𝑐𝑜𝑠
2 2
𝑝+𝑞 𝑝−𝑞
∗ 𝑐𝑜𝑠 𝑝 + cos 𝑞 = 2. 𝑐𝑜𝑠 . 𝑐𝑜𝑠
2 2
𝑝+𝑞 𝑝−𝑞
∗ 𝑐𝑜𝑠 𝑝 − cos 𝑞 = −2. 𝑠𝑒𝑛 . 𝑠𝑒𝑛
2 2

Exemplos:
Vamos transformar em produtos:
1) N = sen 4x + sen 6x
Vamos chamar 4x = p e 6x = q
Usando a primeira das fórmulas vistas, obtemos:
4𝑥 + 6𝑥 4𝑥 − 6𝑥
𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛 . 𝑐𝑜𝑠 → 𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛(5𝑥). cos(−𝑥) → 𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛 5𝑥. 𝑐𝑜𝑠 𝑥
2 2

2) N = 1 – sen 4x
𝜋
Vamos substituir 1 por sen π/2, obtemos: 𝑁 = 𝑠𝑒𝑛 2 − 𝑠𝑒𝑛 4𝑥
Onde: π/2 = p e 4x = q
𝜋 𝜋
2 − 4𝑥 + 4𝑥 𝜋 𝜋
𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛 ( ) . 𝑐𝑜𝑠 (2 ) → 𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛 ( − 2𝑥) . 𝑐𝑜𝑠 ( + 2𝑥)
2 2 4 4

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
224
Questões

01. (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ/SC – FARMACÊUTICO – ALTERNATIVE CONCURSOS/2013)


O valor de (sen 90º + cos 180º) é igual a:
(A) 0
(B) 3
(C) -1
(D) -2

02. (SANEAR – FISCAL - FUNCAB/2013) Sendo cos x =1/2 com 0° < x < 90°, determine o valor da
expressão E = sen² x + tg² x.
(A) 9/4
(B) 11/4
(C) 13/4
(D) 15/4
(E) 17/4

03. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO


– EXÉRCITO BRASILEIRO/2012) A soma dos valores de m que satisfazem a ambas as igualdades
senx=(m+1)/m e cos x=(m+2)/m é
(A) 5
(B) 6
(C) 4
(D) -4
(E) -6

04. (PUC – SP) Se tg (x + y) = 33 e tg x = 3, então tg y é igual a:


(A) 0,2
(B) 0,3
(C) 0,4
(D) 0,5
(E) 0,6

Respostas

01. Resposta: A.
sen 90°=1
cos〖180°〗= -1
1+(-1)=0

02. Resposta: D.
Sen²x+cos²x=1
1 2
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + ( ) = 1
2
2
1
𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 1 −
4
2
3
𝑠𝑒𝑛 𝑥 =
4
√3
𝑠𝑒𝑛𝑥 = ±
2
Como está no primeiro quadrante
√3
𝑠𝑒𝑛𝑥 = +
2
2
√3 3
2 (2)
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 √3 3 4 3 15
𝐸 = 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 𝑡𝑔2 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + =( ) + = + = +3=
2
𝑐𝑜𝑠 𝑥 2 1 2 4 1 4 4
(2) 4

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
225
03. Resposta: E.
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1

𝑚+1 2 𝑚+2 2
( ) +( ) =1
𝑚 𝑚

𝑚2 + 2𝑚 + 1 𝑚2 + 4𝑚 + 4
+ −1=0
𝑚2 𝑚2

𝑚2 + 2𝑚 + 1 + 𝑚2 + 4𝑚 + 4 − 𝑚2 = 0
𝑚2 + 6𝑚 + 5 = 0

S=-b/a
S=-6/1=-6

04. Resposta: B.
O cálculo da adição de arcos da tangente é dado por:
tg x + tg y
𝑡𝑔(𝑥 + 𝑦) =
1 – tg x . tg y

Sabendo que tg (x + y) = 33 e tg x = 3, temos:


3 + tg y
33 =
1 – 3 . tg y
33 – 99.tg y = 3 + tg y
100.tg y = 30
tg y = 30/100
tg y = 0,3

7) Análise combinatória a) Fatorial: definição e operações.


b) Princípio Fundamental da Contagem. c) Arranjos, permutações e
combinações.

A Análise Combinatória é a parte da Matemática que desenvolve meios para trabalharmos com
problemas de contagem. Ela também é o suporte da Teoria das Probabilidades, e de vital importância
para as ciências aplicadas, como a Medicina, a Engenharia, a Estatística entre outras.

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM-PFC (PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO)

O princípio multiplicativo ou fundamental da contagem constitui a ferramenta básica para


resolver problemas de contagem sem que seja necessário enumerar seus elementos, através da
possibilidades dadas. É uma das técnicas mais utilizadas para contagem, mas também dependendo da
questão pode se tornar trabalhosa.

Exemplos:
1) Imagine que, na cantina de sua escola, existem cinco opções de suco de frutas: pêssego, maçã,
morango, caju e mamão. Você deseja escolher apenas um desses sucos, mas deverá decidir também
se o suco será produzido com água ou leite. Escolhendo apenas uma das frutas e apenas um dos
acompanhamentos, de quantas maneiras poderá pedir o suco?

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
226
2) Para ir da sua casa (cidade A) até a casa do seu de um amigo Pedro (que mora na cidade C) João
precisa pegar duas conduções: A1 ou A2 ou A3 que saem da sua cidade até a B e B1 ou B2 ou A3 que
o leva até o destino final C. Vamos montar o diagrama da árvore para avaliarmos todas as possibilidades:

De forma resumida, e rápida podemos também montar através do princípio multiplicativo o número
de possibilidades:

2x3=6

3) De sua casa ao trabalho, Silvia pode ir a pé, de ônibus ou de metrô. Do trabalho à faculdade, ele
pode ir de ônibus, metrô, trem ou pegar uma carona com um colega.
De quantos modos distintos Silva pode, no mesmo dia, ir de casa ao trabalho e de lá para a
faculdade?
Vejamos, o trajeto é a junção de duas etapas:

1º) Casa → Trabalho: ao qual temos 3 possibilidades


2º) Trabalho → Faculdade: 4 possibilidades.
Multiplicando todas as possibilidades (pelo PFC), teremos: 3 x 4 = 12.
No total Silvia tem 12 maneiras de fazer o trajeto casa – trabalho – faculdade.

Podemos dizer que, um evento B pode ser feito de n maneiras,


então, existem m • n maneiras de fazer e executar o evento B.

FATORIAL DE UM NÚMERO NATURAL


É comum aparecerem produtos de fatores naturais sucessivos em problemas de análise
combinatória, tais como: 3. 2 . 1 ou 5. 4 . 3 . 2 . 1, por isso surgiu a necessidade de simplificarmos este

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
227
tipo de notação, facilitando os cálculos combinatórios. Assim, produtos em que os fatores chegam
sucessivamente até a unidade são chamados fatoriais.
Matematicamente:
Dado um número natural n, sendo n є N e n ≥ 2, temos:

n! = n. (n – 1 ). (n – 2). ... . 1

Onde:
n! é o produto de todos os números naturais de 1 até n (lê-se: “n fatorial”)
Por convenção temos que:
0! = 1
1! = 1

Exemplos:
1) De quantas maneiras podemos organizar 8 alunos em uma fila.
Observe que vamos utilizar a mesma quantidade de alunos na fila nas mais variadas posições:

Temos que 8! = 8.7.6.5.4.3.2.1 = 40320


9!
2) Dado , qual o valor dessa fração?
5!

Observe que o denominador é menor que o numerador, então para que possamos resolver vamos
levar o numerador até o valor do denominador e simplificarmos:
9! 9.8.7.6.5!
= = 3024
5! 5!

TIPOS DE AGRUPAMENTO
Os agrupamentos que não possuem elementos repetidos, são chamamos de agrupamentos
simples. Dentre eles temos aqueles onde a ordem é importante e os que a ordem não é importante.
Vamos ver detalhadamente cada um deles.

- Arranjo simples: agrupamentos simples de n elementos distintos tomados(agrupados) p a p. Aqui


a ordem dos seus elementos é o que diferencia.

Exemplos:
1) Dados o conjunto S formado pelos números S= {1,2,3,4,5,6} quantos números de 3 algarismos
podemos formar com este conjunto?

Observe que 123 é diferente de 321 e assim sucessivamente, logo é um Arranjo.

Se fossemos montar todos os números levaríamos muito tempo, para facilitar os cálculos vamos
utilizar a fórmula do arranjo.
Pela definição temos: A n,p (Lê-se: arranjo de n elementos tomados p a p).
Então:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
228
𝒏!
𝑨𝒏, 𝒑 =
(𝒏 − 𝒑)!

Utilizando a fórmula:
Onde n = 6 e p = 3
n! 6! 6! 6.5.4.3!
An, p = → A6,3 = = = = 120
(n − p)! (6 − 3)! 3! 3!

Então podemos formar com o conjunto S, 120 números com 3 algarismos.

2) Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um
coordenador pedagógico. Quantas as possibilidades de escolha?
n = 18 (professores)
p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógico)

n! 18! 18! 18.17.16.15!


An, p = → A18,3 = = = = 4896 grupos
(n − p)! (18 − 3)! 15! 15!

- Permutação simples: sequência ordenada de n elementos distintos (arranjo), ao qual utilizamos


todos os elementos disponíveis, diferenciando entre eles apenas a ordem. A permutação simples é
um caso particular do arranjo simples.
É muito comum vermos a utilização de permutações em anagramas (alterações da sequência das
letras de uma palavra).
Pn! = n!

Exemplos:
1) Quantos anagramas podemos formar com a palavra CALO?

Utilizando a fórmula da permutação temos:


n = 4 (letras)
P4! = 4! = 4 . 3 . 2 . 1! = 24 . 1! (como sabemos 1! = 1)  24 . 1 = 24 anagramas

2) Utilizando a palavra acima, quantos são os anagramas que começam com a letra L?

P3! = 3! = 3 . 2 . 1! = 6 anagramas que começam com a letra L.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
229
- Combinação simples: agrupamento de n elementos distintos, tomados p a p, sendo p ≤ n. O que
diferencia a combinação do arranjo é que a ordem dos elementos não é importante.
Vemos muito o conceito de combinação quando queremos montar uma comitiva, ou quando temos
também de quantas maneiras podemos cumprimentar um grupo ou comitiva, entre outros.

Exemplos:
1) Uma escola tem 7 professores de Matemática. Quatro deles deverão representar a escola em um
congresso. Quantos grupos de 4 professores são possíveis?

Observe que sendo 7 professores, se invertermos um deles de posição não alteramos o grupo
formado, os grupos formados são equivalentes. Para o exemplo acima temos ainda as seguintes
possibilidades que podemos considerar sendo como grupo equivalentes.
P1, P2, P4, P3 – P2, P1, P3, P4 – P3, P1, P2, P4 – P2, P4, P3, P4 – P4, P3, P1, P2 ...

Com isso percebemos que a ordem não é importante!

Vamos então utilizar a fórmula para agilizar nossos cálculos:

𝑨𝒏, 𝒑 𝒏!
𝑪𝒏, 𝒑 = → 𝑪𝒏, 𝒑 =
𝒑! (𝒏 − 𝒑)! 𝒑!

Aqui dividimos novamente por p, para desconsiderar todas as sequências repetidas (P1, P2, P3, P4
= P4, P2, P1, P3= P3, P2, P4, P1=...).
Aplicando a fórmula:
n! 7! 7! 7.6.5.4! 210 210
Cn, p = → C7,4 = = = = = = 35 grupos de professores
(n − p)! p! (7 − 4)! 4! 3! 4! 3! 4! 3.2.1 6

2) Considerando dez pontos sobre uma circunferência, quantas cordas podem ser construídas com
extremidades em dois desses pontos?

Uma corda fica determinada quando escolhemos dois pontos


entre os dez.
Escolher (A,D) é o mesmo que escolher (D,A), então sabemos
que se trata de uma combinação.
Aqui temos então a combinação de 10 elementos tomados 2 a
2.
n! 10! 10! 10.9.8! 90
C10,2 = = = = = =
(n − p)! p! (10 − 2)! 2! 8! 2! 8! 2! 2
45 cordas

AGRUPAMENTOS COM REPETIÇÃO


Existem casos em que os elementos de um conjunto repetem-se para formar novos subconjuntos.
Nestes casos, devemos usar fórmulas de agrupamentos com repetição. Assim, teremos:
A) arranjo com repetição;
B) permutação com repetição;
C) combinação com repetição.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
230
Vejamos:

A) Arranjo com repetição: ou arranjo completo, é um grupo de p elementos de um dado conjunto,


com n elementos distintos, onde a mudança de ordem determina grupos diferentes, podendo porém ter
elementos repetidos.
Indicamos por AR n,p

No arranjo com repetição, temos todos os elementos do conjunto à disposição a cada escolha, por
isso, pelo Princípio Fundamental da Contagem, temos:

𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑

Exemplo:
Quantas chapas de automóvel compostas de 2 letras nas duas primeiras posições, seguidas por 4
algarismos nas demais posições (sendo 26 letras do nosso alfabeto e sendo os algarismos do sistema
decimal) podem ser formadas?

O número de pares de letras que poderá ser utilizado é:

Pois podemos repetir eles. Aplicando a fórmula de Arranjo com repetição temos:

𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟐𝟔, 𝟐 = 𝟐𝟔𝟐 = 𝟔𝟕𝟔

Para a quantidade de números temos (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 – 10 algarismos):

𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟏𝟎, 𝟒 = 𝟏𝟎𝟒 = 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎

Assim o número de chapas que podemos ter é dado pela multiplicação dos valores achados:
676 . 10 000 = 6 760 000 possibilidades de placas.

Observação: Caso não pudesse ser utilizada a placa com a sequência de zeros, ou seja, com 4
zeros teríamos:

𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟏𝟎, 𝟒 = 𝟔𝟕𝟔. 𝟏𝟎𝟒 − 𝟏𝟎𝟒 = 𝟏𝟎𝟒 . (𝟔𝟕𝟔 − 𝟏)

B) Permutação com repetição: a diferença entre arranjo e permutação é que esta faz uso de todos
os elementos do conjunto. Na permutação com repetição, como o próprio nome indica, as repetições
são permitidas e podemos estabelecer uma fórmula que relacione o número de elementos, n, e as vezes
em que o mesmo elemento aparece.

𝒏!
𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = …
𝜶! 𝜷! 𝜸!

Com α + β + γ + ... ≤ n

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
231
Exemplo:
Quantos são os anagramas da palavra ARARA?
n=5
α = 3 (temos 3 vezes a letra A)
β = 2 (temos 2 vezes a letra R)

Equacionando temos:
𝒏! 𝟓! 𝟓. 𝟒. 𝟑! 𝟓. 𝟒 𝟐𝟎
𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = … → 𝒑𝟓(𝟑,𝟐) = = = = = 𝟏𝟎 𝒂𝒏𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂𝒔
𝜶! 𝜷! 𝜸! 𝟑! 𝟐! 𝟑! 𝟐! 𝟐. 𝟏 𝟐

B.1) Permutação circular: a permutação circular com repetição pode ser generalizada através da
seguinte forma:

𝑷𝒄𝒏 = (𝒏 − 𝟏)!

Vejamos o exemplo como chegar na fórmula, para aplicação.

- De quantas maneiras 5 meninas que brincam de roda podem formá-la?


Fazendo um esquema, observamos que são posições iguais:

O total de posições é 5! e cada 5 representa uma só permutação circular. Assim, o total de


permutações circulares será dado por:
5! 5.4!
𝑃𝑐 5 = = = 4! = 4.3.2.1 = 24
5 5

C) Combinação com repetição: dado um conjunto com n elementos distintos, chama-se


combinação com repetição, classe p (ou combinação completa p a p) dos n elementos desse conjunto,
a todo grupo formado por p elementos, distintos ou não, em qualquer ordem.

𝑪𝑹𝒏, 𝒑 = 𝑪 𝒏 + 𝒑 − 𝟏, 𝒑

Exemplo:
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b, c}, quantas combinações obtemos?
Ilustrando temos:

Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verificamos o mesmo resultado sem necessidade
de enumerar todas as possibilidades:
n=3ep=2
𝟒! 𝟒! 𝟒. 𝟑. 𝟐! 𝟏𝟐
𝑪𝑹𝒏, 𝒑 = 𝑪 𝒏 + 𝒑 − 𝟏, 𝒑 → 𝑪𝑹 𝟑 + 𝟐 − 𝟏, 𝟐 → 𝑪𝑹𝟒, 𝟐 = = = = =𝟔
𝟐! (𝟒 − 𝟐)! 𝟐! 𝟐! 𝟐! 𝟐! 𝟐

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
232
Questões

01. (Câmara de Chapecó/SC – Assistente de Legislação e Administração – OBJETIVA/2014)


Quantos são os gabaritos possíveis para uma prova com 6 questões, sendo que cada questão possui 4
alternativas, e apenas uma delas é a alternativa correta?
(A) 1.296
(B) 3.474
(C) 2.348
(D) 4.096

02. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC/2014) São lançados dois dados e
multiplicados os números de pontos obtidos em cada um deles. A quantidade de produtos distintos que
se pode obter nesse processo é
(A) 36.
(B) 27.
(C) 30.
(D) 21.
(E) 18.

03. (PREF. NEPOMUCENO/MG – PORTEIRO – CONSULPLAN/2013) Uma dona de casa troca a


toalha de rosto do banheiro diariamente e só volta a repeti-la depois que já tiver utilizado todas as
toalhas. Sabe-se que a dona de casa dispõe de 8 toalhas diferentes. De quantas maneiras ela pode ter
utilizado as toalhas nos primeiros 5 dias de um mês?
(A) 4650.
(B) 5180.
(C) 5460.
(D) 6720.
(E) 7260.

04. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2013) Uma empresa de propaganda


pretende criar panfletos coloridos para divulgar certo produto. O papel pode ser laranja, azul, preto,
amarelo, vermelho ou roxo, enquanto o texto é escrito no panfleto em preto, vermelho ou branco. De
quantos modos distintos é possível escolher uma cor para o fundo e uma cor para o texto se, por uma
questão de contraste, as cores do fundo e do texto não podem ser iguais?
(A) 13
(B) 14
(C) 16
(D) 17
(E) 18

05. (TCE/BA – Analista de Controle Externo – FGV/2013) Um heptaminó é um jogo formado por
diversas peças com as seguintes características:
• Cada peça contém dois números do conjunto {0, 1, 2, 3, 4, 5,6, 7}.
• Todas as peças são diferentes.
• Escolhidos dois números (iguais ou diferentes) do conjunto acima, existe uma, e apenas uma, peça
formada por esses números.
A figura a seguir mostra exemplos de peças do heptaminó.

O número de peças do heptaminó é


(A) 36.
(B) 40.
(C) 45.
(D) 49.
(E) 56.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
233
06. (SANEAR – FISCAL - FUNCAB/2013) Os números dos segredos de um determinado modelo de
cadeado são compostos por quatro algarismos do conjunto C = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9}. O número
máximo de segredos distintos, desse modelo de cadeado, que começam com um algarismo ímpar e
terminam com um algarismo par, é:
(A) 1.120
(B) 1.750
(C) 2.255
(D) 2.475
(E) 2.500

07. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Uma lei de certo país determinou que as placas das viaturas
de polícia deveriam ter 3 algarismos seguidos de 4 letras do alfabeto grego (24 letras). Sendo assim, o
número de placas diferentes será igual a
(A) 175.760.000.
(B) 183.617.280.
(C) 331.776.000.
(D) 358.800.000.

08. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012)


O Tribunal de Justiça está utilizando um código de leitura de barras composto por 5 barras para
identificar os pertences de uma determinada seção de trabalho. As barras podem ser pretas ou brancas.
Se não pode haver código com todas as barras da mesma cor, o número de códigos diferentes que se
pode obter é de
(A) 10.
(B) 30.
(C) 50.
(D) 150.
(E) 250.

09. (SEED/SP – AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR – VUNESP/2012) Um restaurante possui


pratos principais e individuais. Cinco dos pratos são com peixe, 4 com carne vermelha, 3 com frango, e
4 apenas com vegetais. Alberto, Bianca e Carolina pretendem fazer um pedido com três pratos principais
individuais, um para cada. Alberto não come carne vermelha nem frango, Bianca só come vegetais, e
Carolina só não come vegetais. O total de pedidos diferentes que podem ser feitos atendendo as
restrições alimentares dos três é igual a
(A) 384.
(B) 392.
(C) 396.
(D) 416.
(E)432.

10. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA/2013) Dentre os nove competidores de um


campeonato municipal de esportes radicais, somente os quatro primeiros colocados participaram do
campeonato estadual. Sendo assim, quantas combinações são possíveis de serem formadas com
quatro desses nove competidores?
(A) 126
(B)120
(C) 224
(D) 212
(E) 156

11. (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR SOCIAL – IDECAN/2013) Renato é mais


velho que Jorge de forma que a razão entre o número de anagramas de seus nomes representa a
diferença entre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
234
12. (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO –
CONSULPLAN/2013) Numa sala há 3 ventiladores de teto e 4 lâmpadas, todos com interruptores
independentes. De quantas maneiras é possível ventilar e iluminar essa sala mantendo, pelo menos, 2
ventiladores ligados e 3 lâmpadas acesas?
(A) 12.
(B) 18.
(C) 20.
(D) 24.
(E) 36.

13. (CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO – FUNDATEC/2013) A fim de vistoriar a obra de um


estádio de futebol para a copa de 2014, um órgão público organizou uma comissão composta por 4
pessoas, sendo um engenheiro e 3 técnicos. Sabendo-se que em seu quadro de funcionários o órgão
dispõe de 3 engenheiros e de 9 técnicos, pode-se afirmar que a referida comissão poderá ser formada
de _____ maneiras diferentes. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do trecho
acima.
(A) 252
(B) 250
(C) 243
(D) 127
(E) 81

14. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – MÚSICA – EXÉRCITO BRASILEIRO/2013)


Colocando-se em ordem alfabética os anagramas da palavra FUZIL, que posição ocupará o anagrama
ZILUF.
(A) 103
(B) 104
(C) 105
(D) 106
(E) 107

15. (CODEMIG – Analista de Administração – Gestão de Concursos/2013) Oito amigos


encontraram-se em uma festa. Se cada um dos amigos trocar um aperto de mão com cada um dos
outros, quantos apertos de mão serão trocados?
(A) 22.
(B) 25.
(C) 27.
(D) 28.

Respostas

01. Resposta: D.
4 . 4 . 4 . 4 . 4 . 4 = 4096

02. Resposta: E.
__
6.6=36
Mas, como pode haver o mesmo produto por ser dois dados, 36/2=18

03. Resposta: D.
_____
8.7.6.5.4=6720

04. Resposta: C.
__
6.3=18
Tirando as possibilidades de papel e texto iguais:
P P e V V=2 possibilidades
18-2=16 possiblidades

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
235
05. Resposta: A.
Teremos 8 peças com números iguais.

Depois, cada número com um diferente


7+6+5+4+3+2+1
8+7+6+5+4+3+2+1=36

06. Resposta: E.
O primeiro algarismo tem 5 possibilidades: 1,3,5,7,9
Os dois do meio tem 10 possibilidades, pois pode repetir os números
E o último tem 5: 0,2,4,6,8
____
5.10.10.5=2500

07. Resposta: C.
Algarismos possíveis: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9=10 algarismos
_ _ _ _ _ _ _
101010  242424 24=331.776.000

08. Resposta: B.
_____
22222=32 possibilidades se pudesse ser qualquer uma das cores
Mas, temos que tirar código todo preto e todo branco.
32-2=30

09. Resposta: E.
Para Alberto:5+4=9
Para Bianca:4
Para Carolina: 12
___
9.4.12=432

10. Resposta: A.
1001.
C_9,4 = 9! / 5!4! = (9∙8∙7∙6∙5!) / (5!∙24) = 126

11. Resposta: C.
Anagramas de RENATO
______
6.5.4.3.2.1=720
Anagramas de JORGE
_____
5.4.3.2.1=120
720
Razão dos anagramas: 120 = 6
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos

12. Resposta: C.
1ª possibilidade:2 ventiladores e 3 lâmpadas
3!
𝐶3,2 = 1!2! = 3

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
236
4!
𝐶4,3 = 1!3! = 4
𝐶3,2 ∙ 𝐶4,3 = 3 ∙ 4 = 12

2ª possibilidade:2 ventiladores e 4 lâmpadas


3!
𝐶3,2 = 1!2! = 3
4!
𝐶4,4 = =1
0!4!
𝐶3,2 ∙ 𝐶4,4 = 3 ∙ 1 = 3

3ª possibilidade:3 ventiladores e 3 lâmpadas


3!
𝐶3,3 = 0!3! = 1
4!
𝐶4,3 = 1!3! = 4
𝐶3,3 ∙ 𝐶4,3 = 1 ∙ 4 = 4

4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas


3!
𝐶3,3 = 0!3! = 1
4!
𝐶4,4 = =1
0!4!
𝐶3,3 ∙ 𝐶4,4 = 1 ∙ 1 = 1
Somando as possibilidades: 12 + 3 + 4 + 1 = 20

13. Resposta: A.
Engenheiros
3!
𝐶3,1 = =3
2! 1!

Técnicos
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6!
𝐶9,3 = = = 84
3! 6! 6 ∙ 6!

3 . 84 = 252 maneiras

14. Resposta: D.
F _ _ _ _ P4 = 4!
I _ _ _ _ P4 = 4!
L _ _ _ _p4 = 4!
U_ _ _ _P4 = 4!
ZF_ _ _P3 = 3!
ZIF_ _P2 = 2!
ZILFU-1
ZILUF
4 . 4! + 3! + 2! + 1 = 105
Portanto, ZILUF está na 106 posição.

15. Resposta: D.
A primeira pessoa apertará a mão de 7
A Segunda, de 6, e assim por diante.
Portanto, haverá: 7+6+5+4+3+2+1=28

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
237
8) Probabilidade a) Experimento aleatório, espaço amostral, evento.
b) Probabilidade em espaços amostrais equiprováveis.
c) Probabilidade da união e interseção de eventos. d) Probabilidade
condicional. e) Eventos independentes.

PROBABILIDADE

A teoria das probabilidades surgiu no século XVI, com o estudo dos jogos de azar, tais como jogos
de cartas e roleta. Atualmente ela está intimamente relacionada com a Estatística e com diversos ramos
do conhecimento.

Definições:
A teoria da probabilidade é o ramo da Matemática que cria e desenvolve modelos matemáticos
para estudar os experimentos aleatórios. Alguns elementos são necessários para efetuarmos os
cálculos probabilísticos.

- Experimentos aleatórios: fenômenos que apresentam resultados imprevisíveis quando repetidos,


mesmo que as condições sejam semelhantes.
Exemplos:
a) lançamento de 3 moedas e a observação das suas faces voltadas para cima
b) jogar 2 dados e observar o número das suas faces
c) abrir 1 livro ao acaso e observar o número da suas faces.

- Espaço amostral: conjunto de todos os resultados possíveis de ocorrer em um determinado


experimento aleatório. Indicamos esse conjunto por uma letra maiúscula: U, S , A, Ω ... variando de
acordo com a bibliografia estudada.
Exemplo:
a) quando lançamos 3 moedas e observamos suas faces voltadas para cima, sendo as faces da
moeda cara (c) e coroa (k), o espaço amostral deste experimento é:
S = {(c,c,c); (c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}, onde o número de elementos do
espaço amostral n(A) = 8

- Evento: é qualquer subconjunto de um espaço amostral (S); muitas vezes um evento pode ser
caracterizado por um fato. Indicamos pela letra E.

Exemplo:
a) no lançamento de 3 moedas:
E1→ aparecer faces iguais
E1 = {(c,c,c);(k,k,k)}
O número de elementos deste evento E1 é n(E1) = 2

E2→ aparecer coroa em pelo menos 1 face


E2 = {(c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}
Logo n(E2) = 7

Veremos agora alguns eventos particulares:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
238
- Evento certo: que possui os mesmos elementos do espaço amostral (todo conjunto é subconjunto
de si mesmo); E = S.
E: a soma dos resultados nos 2 dados ser menor ou igual a 12.

- Evento impossível: evento igual ao conjunto vazio.


E: o número de uma das faces de um dado ser 7.
E: Ø

- Evento simples: evento que possui um único elemento.


E: a soma do resultado de dois dados ser igual a 12.
E: {(6,6)}

- Evento complementar: se E é um evento do espaço amostral S, o evento complementar de E


indicado por C tal que C = S – E. Ou seja, o evento complementar é quando E não ocorre.
E1: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser menor ou igual a 2.
E2: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser maior que 2.
S: espaço amostral é dado na tabela abaixo:

E: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3) (2,4), (2,5), (2,6)}
Como, C = S – E
C = {(3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4),
(5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

- Eventos mutuamente exclusivos: dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos quando a
ocorrência de um deles implica a não ocorrência do outro. Se A e B são eventos mutuamente exclusivos,
então: A ∩ B = Ø.
Sejam os eventos:
A: quando lançamos um dado, o número na face voltada para cima é par.
A = {2,4,6}
B: quando lançamos um dado, o número da face voltada para cima é divisível por 5.
B = {5}
Os eventos A e B são mutuamente exclusivos, pois A ∩ B = Ø.

Probabilidade em espaços equiprováveis


Considerando um espaço amostral S, não vazio, e um evento E, sendo E ⊂ S, a probabilidade de
ocorrer o evento E é o número real P (E), tal que:

𝐧(𝐄)
𝐏(𝐄) =
𝐧(𝐒)

Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja, todos os elementos têm a mesma


“chance de acontecer.
Onde:
n(E) = número de elementos do evento E.
n(S) = número de elementos do espaço amostral S.

Exemplo:
Lançando-se um dado, a probabilidade de sair um número ímpar na face voltada para cima é obtida
da seguinte forma:
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n(S) = 6
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
239
E = {1, 3, 5} n(E) = 3
n(E) 3 1
P(E) = = = = 0,5 𝑜𝑢 50%
n(S) 6 2

Probabilidade da união de dois eventos


Vamos considerar A e B dois eventos contidos em um mesmo espaço amostral A, o número de
elementos da reunião de A com B é igual ao número de elementos do evento A somado ao número de
elementos do evento B, subtraindo o número de elementos da intersecção de A com B.

Sendo n(S) o número de elementos do espaço amostral, vamos dividir os dois membros da equação
por n(S) a fim de obter a probabilidade P (A U B).

𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) 𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)


= + −
𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆)

P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)

Para eventos mutuamente exclusivos, onde A ∩ B = Ø, a equação será:

P (A U B) = P(A) + P(B)

Exemplo:
A probabilidade de que a população atual de um país seja de 110 milhões ou mais é de 95%. A
probabilidade de ser 110 milhões ou menos é de 8%. Calcule a probabilidade de ser 110 milhões.
Sendo P(A) a probabilidade de ser 110 milhões ou mais: P(A) = 95% = 0,95
Sendo P(B) a probabilidade de ser 110 milhões ou menos: P(B) = 8% = 0,08
P (A ∩ B) = a probabilidade de ser 110 milhões: P (A ∩ B) = ?
P (A U B) = 100% = 1
Utilizando a regra da união de dois eventos, temos:
P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)
1 = 0,95 + 0,08 - P (A ∩ B)
P (A ∩ B) = 0,95 + 0,08 + 1
P (A ∩ B) = 0,03 = 3%

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
240
Probabilidade condicional
Vamos considerar os eventos A e B de um espaço amostral S, definimos como probabilidade
𝐴
condicional do evento A, tendo ocorrido o evento B e indicado por P(A | B) ou 𝑃 (𝐵), a razão:
𝒏(𝑨 ∩ 𝑩) 𝑷(𝑨 ∩ 𝑩)
𝑷(𝑨|𝑩) = =
𝒏(𝑩) 𝑷(𝑩)

Lemos P (A | B) como: a probabilidade de A “dado que” ou “sabendo que” a probabilidade de B.


Exemplo:
No lançamento de 2 dados, observando as faces de cima, para calcular a probabilidade de sair o
número 5 no primeiro dado, sabendo que a soma dos 2 números é maior que 7.
Montando temos:
S = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4),
(3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3),
(6,4), (6,5), (6,6)}
Evento A: o número 5 no primeiro dado.
A = {(5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}

Evento B: a soma dos dois números é maior que 7.


B = {(2,6), (3,5), (3,6), (4,4), (4,5), (4,6), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

A ∩ B = {(5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}


P (A ∩ B) = 4/36
P(B) = 15/36
Logo:
4
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) 36 4 36 4
𝑃(𝐴|𝐵) = = = . =
𝑃(𝐵) 15 36 15 15
36

Probabilidade de dois eventos simultâneos (ou sucessivos)


A probabilidade de ocorrer P (A ∩ B) é igual ao produto de um deles pela probabilidade do outro em
relação ao primeiro. Isto significa que, para se avaliar a probabilidade de ocorrem dois eventos
simultâneos (ou sucessivos), que é P (A ∩ B), é preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles
P(B) pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo que o primeiro já ocorreu P (A | B).
Sendo:
𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁)
𝐏(𝐀|𝐁) = 𝐨𝐮 𝐏(𝐁|𝐀) =
𝐏(𝐁) 𝐏(𝐀)

- Eventos independentes: dois eventos A e B de um espaço amostral S são independentes quando


P(A|B) = P(A) ou P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:

P (A ∩ B) = P(A). P(B)

Exemplo:
Lançando-se simultaneamente um dado e uma moeda, determine a probabilidade de se obter 3 ou 5
na dado e cara na moeda.
Sendo, c = coroa e k = cara.

S = {(1,c), (1,k), (2,c), (2,k), (3,c), (3,k), (4,c), (4,k), (5,c), (5,k), (6,c), (6,k)}
Evento A: 3 ou 5 no dado
A = {(3,c), (3,k), (5,c), (5,k)}
4 1
𝑃(𝐴) = =
12 3

Evento B: cara na moeda


B = {(1,k), (2,k), (3,k), (4,k), (5,k), (6,k)}
6 1
𝑃(𝐵) = =
12 2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
241
Os eventos são independentes, pois o fato de ocorrer o evento A não modifica a probabilidade de
ocorrer o evento B. Com isso temos:
P (A ∩ B) = P(A). P(B)
1 1 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = . =
3 2 6

Observamos que A ∩ B = {(3,k), (5,k)} e a P (A ∩ B) poder ser calculada também por:


𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) 2 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = = =
𝑛(𝑆) 12 6
No entanto nem sempre chegar ao n(A ∩ B) nem sempre é fácil dependendo do nosso espaço
amostral.

Lei Binomial de probabilidade


Vamos considerar um experimento que se repete n número de vezes. Em cada um deles temos:
P(E) = p , que chamamos de probabilidade de ocorrer o evento E com sucesso.
P(𝐸̅ ) = 1 – p , probabilidade de ocorrer o evento E com insucesso (fracasso).

A probabilidade do evento E ocorrer k vezes, das n que o experimento se repete é dado por uma lei
binomial.

A probabilidade de ocorrer k vezes o evento E e (n - k) vezes o evento 𝐸̅ é o produto: pk . (1 – p)n - k

As k vezes do evento E e as (n – k) vezes do evento 𝐸̅ podem ocupar qualquer ordem. Então,


precisamos considerar uma permutação de n elementos dos quais há repetição de k elementos e de (n
– k) elementos, em outras palavras isso significa:
𝑛!
𝑃𝑛 [𝑘,(𝑛−𝑘)] = = (𝑛𝑘), logo a probabilidade de ocorrer k vezes o evento E no n experimentos é
𝑘.(𝑛−𝑘)!
dada:
𝒏
𝒑 = ( ) . 𝒑𝒌 . 𝒒𝒏−𝒌
𝒌
A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:

- O experimento deve ser repetido nas mesmas condições as n vezes.


- Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e 𝐸̅ .
- A probabilidade do E deve ser constante em todas as n vezes.
- Cada experimento é independente dos demais.

Exemplo:
Lançando-se uma moeda 4 vezes, qual a probabilidade de ocorrência 3 caras?
Está implícito que ocorrerem 3 caras deve ocorrer uma coroa. Umas das possíveis situações, que
satisfaz o problema, pode ser:

Temos que:
n=4
k=3
1 1
̅̅̅ = 1 −
𝑃(𝐸) = , 𝑃(𝐸)
2 2
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
242
Logo a probabilidade de que essa situação ocorra é dada por:
1 3 1 1
(2) . (1 − 2) , como essa não é a única situação de ocorre 3 caras e 1 coroa. Vejamos:

4! 4
𝑃4 3!.1! = =( )=4
3! .1! 3

1 3 1 1
Podemos também resolver da seguinte forma: (43) maneiras de ocorrer o produto ( ) . (1 − ) ,
2 2
portanto:
4 1 3 1 1 1 1 1
𝑃(𝐸) = ( ) . ( ) . (1 − ) = 4. . =
3 2 2 8 2 4

Questões

01. (ENEM - CESGRANRIO/2015) Em uma escola, a probabilidade de um aluno compreender e falar


inglês é de 30%. Três alunos dessa escola, que estão em fase final de seleção de intercâmbio,
aguardam, em uma sala, serem chamados para uma entrevista. Mas, ao invés de chamá-los um a um,
o entrevistador entra na sala e faz, oralmente, uma pergunta em inglês que pode ser respondida por
qualquer um dos alunos. A probabilidade de o entrevistador ser entendido e ter sua pergunta oralmente
respondida em inglês é
(A) 23,7%
(B) 30,0%
(C) 44,1%
(D) 65,7%
(E) 90,0%

02. (ENEM - CESGRANRIO/2015) Uma competição esportiva envolveu 20 equipes com 10 atletas
cada. Uma denúncia à organização dizia que um dos atletas havia utilizado substância proibida. Os
organizadores, então, decidiram fazer um exame antidoping. Foram propostos três modos diferentes
para escolher os atletas que irão realizá-lo:
Modo I: sortear três atletas dentre todos os participantes;
Modo II: sortear primeiro uma das equipes e, desta, sortear três atletas;
Modo III: sortear primeiro três equipes e, então, sortear um atleta de cada uma dessas três equipes.

Considere que todos os atletas têm igual probabilidade de serem sorteados e que P(I), P(II) e P(III)
sejam as probabilidades de o atleta que utilizou a substância proibida seja um dos escolhidos para o
exame no caso do sorteio ser feito pelo modo I, II ou III. Comparando-se essas probabilidades, obtém-
se
(A) P(I) < P(III) < P(II)
(B) P(II) < P(I) < P(III)
(C) P(I) < P(II) = P(III)
(D) P(I) = P(II) < P(III)
(E) P(I) = P(II) = P(III)

03. (ENEM - CESGRANRIO/2015) Em uma central de atendimento, cem pessoas receberam senhas
numeradas de 1 até 100. Uma das senhas é sorteada ao acaso. Qual é a probabilidade de a senha
sorteada ser um número de 1 a 20?
(A) 1/100
(B) 19/100
(C) 20/100
(D) 21/100
(E) 80/100

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
243
04. (Pref. Niterói – Agente Fazendário – FGV/2015) O quadro a seguir mostra a distribuição das
idades dos funcionários de certa repartição pública:

Faixa de idades (anos) Número de funcionários


20 ou menos 2
De 21 a 30 8
De 31 a 40 12
De 41 a 50 14
Mais de 50 4

Escolhendo ao acaso um desses funcionários, a probabilidade de que ele tenha mais de 40 anos é:
(A) 30%;
(B) 35%;
(C) 40%;
(D) 45%;
(E) 55%.

05. (Pref. Niterói – Fiscal de Posturas – FGV/2015) Uma urna contém apenas bolas brancas e
bolas pretas. São vinte bolas ao todo e a probabilidade de uma bola retirada aleatoriamente da urna ser
branca é 1/5. Duas bolas são retiradas da urna sucessivamente e sem reposição. A probabilidade de as
duas bolas retiradas serem pretas é:
(A) 16/25;
(B) 16/19;
(C) 12/19;
(D) 4/5;
(E) 3/5.

06. (TJ/RO – Técnico Judiciário – FGV/2015) Um tabuleiro de damas tem 32 quadradinhos pretos
e 32 quadradinhos brancos.

Um desses 64 quadradinhos é sorteado ao acaso. A probabilidade de que o quadradinho sorteado


seja um quadradinho preto da borda do tabuleiro é:
(A) ½;
(B) ¼;
(C) 1/8;
(D) 9/16;
(E) 7/32.

07. (Pref. Jucás/CE – Professor de Matemática – INSTITUTO NEO EXITUS/2014) Fernanda


organizou um sorteio de amigo secreto entre suas amigas. Para isso, escreveu em pedaços de papel o
nome de cada uma das 10 pessoas (incluindo seu próprio nome) que participariam desse sorteio e
colocou dentro de um saco. Fernanda, como organizadora, foi a primeira a retirar um nome de dentro
do saco. A probabilidade de Fernanda retirar seu próprio nome é:
(A) 3/5.
(B) 2/10.
(C) 1/10.
(D) ½.
(E) 2/3.

08. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT/2014) Uma
loja de eletrodoméstico tem uma venda mensal de sessenta ventiladores. Sabe-se que, desse total, seis
apresentam algum tipo de problema nos primeiros seis meses e precisam ser levados para o conserto
em um serviço autorizado.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
244
Um cliente comprou dois ventiladores. A probabilidade de que ambos não apresentem problemas
nos seis primeiros meses é de aproximadamente:
(A) 90%
(B) 81%
(C) 54%
(D) 11%
(E) 89%

09. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT/2014) Em


uma caixa estão acondicionados uma dúzia e meia de ovos. Sabe-se, porém, que três deles estão
impróprios para o consumo. Se forem escolhidos dois ovos ao acaso, qual a probabilidade de ambos
estarem estragados?
(A) 2/153
(B) 1/9
(C) 1/51
(D) 1/3
(E) 4/3

10. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT/2014) O


jogo da memória é um clássico jogo formado por peças que apresentam uma figura em um dos lados.
Cada figura se repete em duas peças diferentes. Para começar o jogo, as peças são postas com a figura
voltada para baixo, para que não possam ser vistas. Cada participante deve, na sua vez, virar duas
peças e deixar que todos as vejam. Caso as figuras sejam iguais, o participante deve recolher consigo
esse par e jogar novamente. Se forem peças diferentes, estas devem ser viradas novamente e a vez
deve ser passada ao participante seguinte. Ganha o jogo quem tiver descoberto mais pares, quando
todos eles tiverem sido recolhidos.
Fonte:<http:// www.wikipedia.org/wiki/Jogo_de_memoria>. Acesso em: 13.mar.2014.

Suponha que o jogo possua 2n cartas, sendo n pares distintos. Qual é a probabilidade de, na primeira
tentativa, o jogador virar corretamente um par igual?
1
(A)
2𝑛−1

1
(B) 𝑛

1
(C)
2𝑛

1
(D) 𝑛−1

1
(E) 𝑛+1

Respostas

01. Resposta: D.
A probabilidade de nenhum dos três alunos responder à pergunta feita pelo entrevistador é
0,70 . 0,70 . 0,70 = 0,343 = 34,3%
Portanto, a possibilidade dele ser entendido é de: 100% – 34 ,3% = 65,7%

02. Resposta: E.
Em 20 equipes com 10 atletas, temos um total de 200 atletas, dos quais apenas um havia utilizado
substância proibida.
A probabilidade desse atleta ser um dos escolhidos pelo:
Modo I é
1 199 198 3
𝑃(𝐼) = 3 ∙ ∙ ∙ =
200 199 198 200

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
245
Modo II é
1 1 9 8 3
𝑃(𝐼𝐼) = ∙3∙ ∙ ∙ =
20 10 9 8 200

Modo III é
1 19 18 1 10 10 3
𝑃(𝐼𝐼𝐼) = 3 ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ =
20 19 18 10 10 10 200

A equipe dele pode ser a primeira, a segunda ou a terceira a ser sorteada e a probabilidade dele ser
o sorteado na equipe é 1/10
P(I)=P(II)=P(III)

03. Resposta: C.
A probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20 é 20/100, pois são 20 números entre
100.

04. Resposta: D.
O espaço amostral é a soma de todos os funcionário:
2 + 8 + 12 + 14 + 4 = 40
O número de funcionário que tem mais de 40 anos é: 14 + 4 = 18
Logo a probabilidade é:
18
𝑃(𝐸) = = 0,45 = 45%
40

05. Resposta: C.
B = bolas brancas
T = bolas pretas
Total 20 bolas = S (espaço amostral)
P(B) = 1/5
𝑛(𝐵) 1 𝑛(𝐵) 20
𝑃(𝐵) = → = → 𝑛(𝐵) = =4
𝑛(𝑆) 5 20 5

Logo 20 – 4 = 16 bolas pretas


𝑛(𝑇) 16 4
𝑃(𝑇1) = = =
𝑛(𝑆) 20 5

Como não há reposição a probabilidade da 2º bola ser preta é:


𝑛(𝑇) 15
𝑃(𝑇2) = =
𝑛(𝑆) 19

Como os eventos são independentes multiplicamos as probabilidades:


4 15 60 12
. = =
5 19 95 19

06. Resposta: E.
Como são 14 quadrinhos pretos na borda e 32 quadradinhos pertos, logo a probabilidade será de:
14 7
𝑃(𝐸) = =
64 32

07. Resposta: C.
𝑟𝑒𝑡𝑖𝑟𝑎𝑑𝑜
A probabilidade é calculada por 𝑃 = 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
1
Assim, 𝑃 = 10

08. Resposta: B.
6 / 60 = 0,1 = 10% de ter problema
Assim, se 10% tem problemas, então 90% não apresentam problemas.
90 90 8100
𝑃 = 100 . 100 = 10000 = 81%

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
246
09. Resposta: C.
3 2 6 1
𝑃 = 18 . 17 = 306 = 51
(: 6 / 6)

10. Resposta: A.
Como a primeira carta pode ser qualquer uma, as chances são certas ( 1 ). Após, a segunda carta
precisa ser igual à primeira, e só há 1 igual. Assim:
1 1 1
𝑃= 1
. 2𝑛−1 = 2𝑛−1

9) Noções de estatística a) População e amostra. b) Frequência


absoluta e frequência relativa. c) Medidas de tendência central:
média aritmética, média aritmética ponderada, mediana e moda.

CONCEITOS BÁSICOS DE ESTATÍSTICA

Panorama Histórico
Todas as ciências têm suas raízes na história do homem.
Desde a Antiguidade muitos povos já faziam uso dos recursos da Estatística, através de registro de
número de óbitos, nascimentos, número de habitantes, além das estimativas das riquezas individuais e
sociais, entre muitas outras.
Na Idade Média as informações colhidas tinham como finalidade tributária e bélica.
Somente a partir do século XVI começaram a surgir as primeiras análises sistemáticas de fatos
sócias, originando as primeiras tábuas e tabelas e os primeiros números relativos.
No século XVII o estudo de tais fatos foi adquirido, aos poucos, feição verdadeiramente científica.
Godofredo Achenwall batizou a nova ciência (ou método) com o nome de Estatística, determinando o
seu objetivo e suas relações com as ciências.
A estatística é, hoje em dia, um instrumento útil e, em alguns casos, indispensável para tomadas de
decisão em diversos campos: científico, econômico, social, político…
Todavia, antes de chegarmos à parte de interpretação para tomadas de decisão, há que proceder a
um indispensável trabalho de recolha e organização de dados, sendo a recolha feita através de
recenseamentos (ou censos ou levantamentos estatísticos) ou sondagens.
Estatística pode ser pensada como a ciência de aprendizagem a partir de dados. No nosso cotidiano,
precisamos tomar decisões, muitas vezes decisões rápidas.

Em linhas gerais a Estatística fornece métodos que auxiliam o processo de tomada de decisão
através da análise dos dados que possuímos.
Podemos ainda dizer que a Estatística é:

É a ciência que se ocupa de coletar, organizar, analisar e interpretar dados para que se
tomem decisões.

Divisão da estatística

- Estatística Descritiva: coleta, organização e descrição dos dados.

- Estatística Indutiva ou Inferencial: análise e a interpretação desses dados.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
247
Método Estatístico

Atualmente quase todo acréscimo de conhecimento resulta da observação e do estudo. A verdade é


que desenvolvemos processos científicos para seu estudo e para adquirirmos tais conhecimentos, ou
seja desenvolvemos maneiras ou métodos para tais fins.

Método é um conjunto de meios dispostos convenientemente para se chegar a um fim que


se deseja.

- Método experimental: consiste em manter constantes todas as causas (fatores), menos uma, e
variar esta causa de modo que o pesquisador possa descobrir seus efeitos, caso existam.
Muito utilizado no estudo da Física, da Química etc

- Método estatístico: diante da impossibilidade de manter as causas constantes, admite todas essas
causas presentes variando-as, registrando essas variações e procurando determinar, no resultado final,
que influências cabem a cada uma delas.

Fases do método estatístico

- Coleta de dados: após cuidadoso planejamento e a devida determinação das características


mensuráveis do fenômeno que se quer pesquisar, damos início à coleta de dados numéricos
necessários à sua descrição.

Direta: quando é feita sobre elementos informativos de registro obrigatório (nascimento,


casamentos e óbitos, importação e exportação de mercadorias), dados coletados pelo
próprio pesquisador através de inquéritos e questionários, como por exemplo o censo
demográfico. A coleta direta de dados pode ser classificada em fator do tempo:
(i) contínua (registro) – quando feita continuamente.
A coleta (ii) periódica – quando feita em intervalos constantes de tempo (exemplo o censo de 10
pode em 10 anos, etc)
ser (iii) ocasional – quando feita extemporaneamente, a fim de atender uma conjuntura ou a
uma emergência (caso de epidemias)
Indireta: quando é indeferida de elementos conhecidos (coleta direta) e/ou de
conhecimento de outros fenômenos relacionados com o fenômeno estudado. Exemplo:
pesquisas de mortalidade infantil, que é feita através de dados colhidos por uma coleta
direta (número de nascimentos versus números de obtidos de crianças)

- Crítica dos dados: depois de obtidos os dados, os mesmos devem ser cuidadosamente criticados,
à procura de possível falhas e imperfeições, a fim de não incorrermos em erros grosseiros ou de certo
vulto, que possam influir sensivelmente nos resultados.
A crítica é externa quando visa às causas dos erros por parte do informante, por distração ou má
interpretação das perguntas que lhe foram feitas.
A crítica é interna quando visa observar os elementos originais dos dados da coleta.

- Apuração dos dados: soma e processamento dos dados obtidos e a disposição mediante critérios
de classificação, que pode ser manual, eletromecânica ou eletrônica.

- Exposição ou apresentação de dados: os dados devem ser apresentados sob forma adequada
(tabelas ou gráficos), tornando mais fácil o exame daquilo que está sendo objeto de tratamento
estatístico.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
248
- Análise dos resultados: realizadas anteriores (Estatística Descritiva), fazemos uma análise dos
resultados obtidos, através dos métodos da Estatística Indutiva ou Inferencial, que tem por base a
indução ou inferência, e tiramos desses resultados conclusões e previsões.

Mais alguns conceitos devem ser aprendidos para darmos continuidade ao nosso entendimento
sobre Estatística.

- Variáveis: conjunto de resultados possíveis de um fenômeno.


As variáveis podem ser:
1) Qualitativas – quando seus valores são expressos por atributos: sexo (masculino ou feminino),
cor da pele, entre outros. Dizemos que estamos qualificando.
2) Quantitativas – quando seus valores são expressos em números (salários dos operários, idade
dos alunos, etc). Uma variável quantitativa que pode assumir qualquer valor entre dois limites recebe o
nome de variável contínua; e uma variável que só pode assumir valores pertencentes a um conjunto
enumerável recebe o nome de variável discreta.

- População estatística ou universo estatístico: conjunto de entes portadores de, pelo menos, uma
característica comum.
Exemplos: estudantes (os que estudam), concurseiros (os que prestam concursos), ...
Podemos ainda pesquisar uma ou mais características dos elementos de alguma população, as quais
devem ser perfeitamente definidas. É necessário existir um critério de constituição da população, válido
para qualquer pessoa, no tempo ou no espaço.

- Amostra: é um subconjunto finito de uma população.

A Estatística Indutiva tem por objetivo tirar conclusões sobre as populações, com base em resultados
verificados em amostras retiradas dessa população. É preciso garantir que a amostra possua as
mesmas características da população, no que diz respeito ao fenômeno que desejamos pesquisar.

Censo: é uma avaliação direta de um parâmetro, utilizando-se todos os componentes da população.


Principais propriedades:
- Admite erros processual zero e tem 100% de confiabilidade;
- É caro;
- É lento;
- É quase sempre desatualizado (visto que se realizam em períodos de anos 10 em 10 anos);
- Nem sempre é viável.

Dados brutos: quando observamos ou fazemos n perguntas as quais nos dão n dados ou respostas,
obtemos uma sequência de n valores numéricos. A toda sequência denominamos dados brutos.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
249
Dados brutos é uma sequência de valores numéricos não organizados, obtidos diretamente da
observação de um fenômeno coletivo.

Rol: é uma sequência ordenada dos dados brutos.


Exemplo: Um aluno obteve as seguintes notas no ano letivo em Matemática: 5,5 ; 7 ; 6,5 ; 9
Os dados brutos é a sequência descrita acima
Rol: 5,5 – 6,5 – 7 – 9 (ordenação crescente das notas).

SERIES ESTATÍSTICAS

A Estatística tem objetivo sintetizar os valores que uma ou mais variáveis possam assumir, para que
tenhamos uma visão global da variação dessa ou dessas variáveis. Esses valores irão fornecer
informações rápidas e seguras.

 Tabela: é um quadro que resume um conjunto de observações. Uma tabela compõe-se de:

1) Corpo – conjunto de linhas e colunas que contém informações sobre a variável em estudo;

2) Cabeçalho – parte superior da tabela que especifica o conteúdo das colunas;

3) Coluna indicadora – parte da tabela que especifica o conteúdo das linhas;

4) Linhas – retas imaginárias que facilitam a leitura, no sentido horizontal;

5) Casa ou célula – espaço destinado a um só número;

6) Título – Conjunto de informações, as mais completas possíveis, que satisfazem as seguintes


perguntas: O quê? Quando? Onde? localizando-se no topo da tabela.

Elementos complementares: de preferência colocados no rodapé.


- Fonte;
- Notas;
- Chamadas.

 Séries Estatísticas: toda tabela que apresenta a distribuição de um conjunto de dados estatísticos
em função da época, do local ou da espécie.
Observamos três elementos:
- tempo;
- espaço;
- espécie.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
250
Conforme varie um dos elementos da série, podemos classifica-la em:
- Histórica;
- Geográfica;
- Específica.

- Séries históricas, cronológicas, temporais ou marchas: Os valores da variável são descritos


em, determinado local, em intervalos de tempo.

- Séries geográficas, espaciais, territoriais ou de localização: valores da variável, em


determinado instante, discriminados segundo regiões.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
251
- Séries específicas ou categóricas: aquelas que descrevem valores da variável, em determinado
tempo e local, segundo especificações ou categorias.

- Séries conjugadas – Tabela de dupla entrada: utilizamos quando temos a necessidade de


apresentar, em uma única tabela, variações de mais de uma variável. Com isso conjugamos duas séries
em uma única tabela, obtendo uma tabela de dupla entrada, na qual ficam criadas duas ordens de
classificação: uma horizontal e uma vertical.

Na tabela abaixo vamos a variável região e tempo.

 Dados absolutos e dados relativos


Aos dados resultantes da coleta direta da fonte, sem manuseio senão contagem ou medida, são
chamados dados absolutos. Não é dado muito importância a estes dados, utilizando-se de os dados
relativos.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
252
Dados relativos são o resultado de comparações por quociente (razões) que estabelecem entre
dados absolutos e têm por finalidade facilitar as comparações entre quantidades. Os mesmos podem
ser traduzidos por meio de percentagens, índices, coeficientes e taxas.

- Percentagens:
Considerando a série:
MATRÍCULAS NAS ESCOLAS DA CIDADE A - 1995
CATEGORIAS NÚMERO DE ALUNOS
1º grau 19.286
2º grau 1.681
3º grau 234
Total 21.201
Dados fictícios.

Calculando os percentagens dos alunos de cada grau:

19.286𝑥100
1º 𝑔𝑟𝑎𝑢 → = 90,96 = 91,0
21.201
1.681𝑥100
2º 𝑔𝑟𝑎𝑢 → = 7,92 = 7,9
21.201
234𝑥100
3º 𝑔𝑟𝑎𝑢 → = 1,10 = 1,1
21.201

Formamos com os dados uma nova coluna na série em estudo:

MATRÍCULAS NAS ESCOLAS DA CIDADE A - 1995


CATEGORIAS NÚMERO DE ALUNOS %
1º grau 19.286 91,0
2º grau 1.681 7,9
3º grau 234 1,1
Total 21.201 100,0

Esses novos valores nos dizem que, de cada 100 alunos da cidade A, 91 estão matriculados no 1º
grau, 8 (aproximadamente) no 2º grau e 1 no 3º grau.

- Índices: razões entre duas grandezas tais que uma não inclui a outra.

Exemplos:

𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙
𝑄𝑢𝑜𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑙𝑒𝑡𝑢𝑎𝑙 = 𝑥100
𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑐𝑟𝑜𝑛𝑜𝑙ó𝑔𝑖𝑐𝑎

𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑚𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎 =
𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒

Econômicos:
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑝𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎 =
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜

𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑝𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎 =
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜

- Coeficientes: razões entre o número de ocorrências e o número total (ocorrências e não


ocorrências).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
253
Exemplos:
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Educacionais:
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑢𝑛𝑜𝑠 𝑒𝑣𝑎𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑣𝑎𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙𝑎𝑟 =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑟í𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠

- Taxas: coeficientes multiplicados por um potência de 10 (10,100, 1000, ...) para tornar o resultado
mais inteligível.

Exemplos:

Taxa de mortalidade = coeficiente de mortalidade x 1000.


Taxa de natalidade = coeficiente de natalidade x 1000.

1) Em cada 200 celulares vendidos, 4 apresentam defeito.


Coeficiente de defeitos: 4/200 = 0,02
Taxa de defeitos = 2% (0,02 x 100)

Questão

01. O estado A apresentou 733.986 matriculas no 1º ano no início de 2009 e 683.816 no final do ano.
O estado B apresentou, respectivamente, 436.127 e 412.457 matriculas. Qual estado apresentou maior
evasão escolar?

Resposta

01. Resposta: Evasão estado A: 6,8% e Evasão estado B: 5,5%.

683816
𝑬𝒔𝒕𝒂𝒅𝒐 𝑨: 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑣𝑎𝑠ã𝑜: = 0,931647𝑥100 = 93,16472 𝑠𝑢𝑏𝑡𝑟𝑎𝑖𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑒 100 = 6,8%
733986
412457
𝑬𝒔𝒕𝒂𝒅𝒐 𝑩: 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑣𝑎𝑠ã𝑜: = 0,945727𝑥100 = 94,57268 𝑠𝑢𝑏𝑡𝑟𝑎𝑖𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑒 100 = 5,4%
436127

DISTRIBUIÇÕES DE FREQUÊNCIA

Distribuição de Frequência: Quando da análise de dados, é comum procurar conferir certa ordem
aos números tornando-os visualmente mais amigáveis. O procedimento mais comum é o de divisão por
classes ou categorias, verificando-se o número de indivíduos pertencentes a cada classe.
- Determina-se o menor e o maior valor para o conjunto.
- Definir o limite inferior da primeira classe (Li) que deve ser igual ou ligeiramente inferior ao menor
valor das observações:
- Definir o limite superior da última classe (Ls) que deve ser igual ou ligeiramente superior ao maior
valor das observações.
- Definir o número de classes (K), que será calculado usando . Obrigatoriamente deve estar
compreendido entre 5 a 20.
- Conhecido o número de classes define-se a amplitude de cada classe:
- Com o conhecimento da amplitude de cada classe, define-se os limites para cada classe (inferior e
superior)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
254
Exemplo:

Regras para elaboração de uma distribuição de frequências:

- Determina-se o menor e o maior valor para o conjunto:


Valor mínimo: 5,1
Valor máximo: 14,9

- Definir o limite inferior da primeira classe (Li) que deve ser igual ou ligeiramente inferior ao menor
valor das observações: LI: 5,1

- Definir o limite superior da última classe (Ls) que deve ser igual ou ligeiramente superior ao maior
valor das observações: LS:15
- Definir o número de classes (K), que será calculado usando . Obrigatoriamente deve estar
compreendido entre 5 a 20. Neste caso, K é igual a 8,94, aproximadamente, 8.

- Conhecido o número de classes define-se a amplitude de cada classe:


No exemplo, será igual a: 1,23.

- Com o conhecimento da amplitude de cada classe, define-se os limites para cada classe (inferior e
superior), onde limite Inferior será 5,1 e o limite superior será 15 + 1,23.

Distribuições Simétricas: A distribuição das frequências faz-se de forma aproximadamente


simétrica, relativamente a uma classe média.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
255
Caso especial de uma distribuição simétrica: Quando dizemos que os dados obedecem a uma
distribuição normal, estamos tratando de dados que distribuem-se em forma de sino.

Distribuições Assimétricas: A distribuição das frequências apresenta valores menores num dos
lados:

Distribuições com "caudas" longas: Observamos que nas extremidades há uma grande
concentração de dados em relação aos concentrados na região central da distribuição.

Distribuição Normal: A distribuição normal é a mais importante distribuição estatística,


considerando a questão prática e teórica. Já vimos que esse tipo de distribuição apresenta-se em
formato de sino, unimodal, simétrica em relação a sua média. Considerando a probabilidade de
ocorrência, a área sob sua curva soma 100%. Isso quer dizer que a probabilidade de uma observação
assumir um valor entre dois pontos quaisquer é igual à área compreendida entre esses dois pontos.

68,26% => 1 desvio


95,44% => 2 desvios
99,73% => 3 desvios

Na figura acima, tem as barras na vertical representando os desvios padrões. Quanto mais afastado
do centro da curva normal, mais área compreendida abaixo da curva haverá. A um desvio padrão, temos
68,26% das observações contidas. A dois desvios padrões, possuímos 95,44% dos dados
compreendidos e finalmente a três desvios, temos 99,73%. Podemos concluir que quanto maior a
variabilidade dos dados em relação à média, maior a probabilidade de encontrarmos o valor que
buscamos embaixo da normal.
Propriedade 1: "f(x) é simétrica em relação à origem, x = média = 0;
Propriedade 2: "f(x) possui um máximo para z=0, e nesse caso sua ordenada vale 0,39;
Propriedade3: "f(x) tende a zero quando x tende para + infinito ou - infinito;
Propriedade4: "f(x) tem dois pontos de inflexão cujas abscissas valem média + DP e média - DP, ou
quando z tem dois pontos de inflexão cujas abscissas valem +1 e -1.
Para se obter a probabilidade sob a curva normal, utilizamos a tabela de faixa central. Exemplo:

As alturas de grupo de crianças são tidas como normais em sua distribuição, com desvio padrão em
0,30m e média em 1,60. Qual a probabilidade de um aluno medir (1) entre 1,50 e 1,80, (2) mais de 1,75
e menos de 1,48?

(1)
z1= (1,50-1,60)/0,30=-0,33

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
256
z2= (1,80-1,60)/0,30= 0,67
Então, z1 (0,1293) + z2 (0,2486) = 37,79%

(2)
z1= (1,75-1,60)/0,30=0,30
0,500-0,1915 = 30,85%

(3)
Z1= (1,48-1,50)/0,30 =-0,4
0,500-0,1554 = 34,46%

Questões

01. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO


– EXÉRCITO BRASILEIRO/2013) Identifique a alternativa que apresenta a frequência absoluta (fi) de
um elemento (xi) cuja frequência relativa (fr) é igual a 25 % e cujo total de elementos (N) da amostra é
igual a 72.
(A) 18.
(B) 36.
(C) 9.
(D) 54.
(E) 45.

02. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2013) Em uma faculdade, uma


amostra de 120 alunos foi coletada, tendo-se verificado a idade e o sexo desses alunos. Na amostra,
apurou-se que 45 estão na faixa de 16 a 20 anos, 60, na faixa de 21 a 25 anos, e 15 na faixa de 26 a
30 anos. Os resultados obtidos encontram-se na Tabela abaixo.

Quais são, respectivamente, os valores indicados pelas letras P, Q, R e S?


(A) 40 ; 28 ; 64 E 0
(B) 50 ; 28 ; 64 E 7
(C) 50 ; 40 ; 53,3 E 7
(D) 77,8 ; 28 ; 53,3 E 7
(E) 77,8 ; 40 ; 64 E 0

03. (IMESC – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2013) Na tabela a seguir, constam


informações sobre o número de filhos dos 25 funcionários de uma pequena empresa.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
257
Com base nas informações contidas na tabela, é correto afirmar que o número total de filhos dos
funcionários dessa pequena empresa é necessariamente
(A) menor que 41.
(B) igual a 41.
(C) maior que 41 e menor que 46.
(D) igual a 46.
(E) maior ou igual a 46.

Respostas

01. Resposta: A.
f_r=f_i/N
f_i=0,25∙72=18

02. Resposta: B.
Pela pesquisa 45 alunos estão na faixa de 16 a 20
São 10 do sexo masculino, portanto são 45-10=35 do sexo feminino.
70---100%
35----P
P=50%
70---100%
Q---40%
Q=28
35+28+S=70
S=7
Pela última coluna(% de sexo masculino):
20+R+16=100
R=64
P=50; Q=28; R=64; S=7

03. Resposta: E.
1 filho: 7 pessoas -7 filhos
2 filhos: 5 pessoas – 5.2=10 filhos
3 filhos: 3 pessoas – 3.3=9
Já são 26 filhos.
Temos mais 5 pessoas que tem mais de 3 filhos, o número mínimo são 4 filhos.
5.4=20
26+20=46 filhos no mínimo.

DADOS, TABELAS E GRÁFICOS

Tipos de gráficos: Os dados podem então ser representados de várias formas:

Pictogramas
Desenhos ilustrativos

Tabela de Frequências: Como o nome indica, conterá os valores da variável e suas respectivas
contagens, as quais são denominadas frequências absolutas ou simplesmente, frequências. No caso
de variáveis qualitativas ou quantitativas discretas, a tabela de frequência consiste em listar os valores

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
258
possíveis da variável, numéricos ou não, e fazer a contagem na tabela de dados brutos do número de
suas ocorrências. A frequência do valor i será representada por ni, a frequência total por n e a frequência
relativa por fi = ni/n.
Para variáveis cujos valores possuem ordenação natural (qualitativas ordinais e quantitativas em
geral), faz sentido incluirmos também uma coluna contendo as frequências acumuladas f ac, obtidas
pela soma das frequências de todos os valores da variável, menores ou iguais ao valor considerado.
No caso das variáveis quantitativas contínuas, que podem assumir infinitos valores diferentes, é
inviável construir a tabela de frequência nos mesmos moldes do caso anterior, pois obteríamos
praticamente os valores originais da tabela de dados brutos. Para resolver este problema, determinamos
classes ou faixas de valores e contamos o número de ocorrências em cada faixa. Por ex., no caso da
variável peso de adultos, poderíamos adotar as seguintes faixas: 30 |— 40 kg, 40 |— 50 kg, 50 |— 60,
60 |— 70, e assim por diante. Apesar de não adotarmos nenhuma regra formal para estabelecer as
faixas, procuraremos utilizar, em geral, de 5 a 8 faixas com mesma amplitude.
Eventualmente, faixas de tamanho desigual podem ser convenientes para representar valores nas
extremidades da tabela. Exemplo:

Gráfico de Barras: Para construir um gráfico de barras, representamos os valores da variável no


eixo das abscissas e suas as frequências ou porcentagens no eixo das ordenadas. Para cada valor da
variável desenhamos uma barra com altura correspondendo à sua frequência ou porcentagem. Este tipo
de gráfico é interessante para as variáveis qualitativas ordinais ou quantitativas discretas, pois permite
investigar a presença de tendência nos dados. Exemplo:

Título do principal
10
8
6 Coluna 1

4 Coluna 2

2 Coluna 3

0
Fila 1 Fila 2 Fila 3 Fila 4

Diagrama Circular: Para construir um diagrama circular ou gráfico de pizza, repartimos um disco em
setores circulares correspondentes às porcentagens de cada valor (calculadas multiplicando-se a
frequência relativa por 100). Este tipo de gráfico adapta-se muito bem para as variáveis qualitativas
nominais. Exemplo:

35,52% 29,38%

15,71%
18,39%

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
259
Histograma: O histograma consiste em retângulos contíguos com base nas faixas de valores da
variável e com área igual à frequência relativa da respectiva faixa. Desta forma, a altura de cada
retângulo é denominada densidade de frequência ou simplesmente densidade definida pelo quociente
da área pela amplitude da faixa. Alguns autores utilizam a frequência absoluta ou a porcentagem na
construção do histograma, o que pode ocasionar distorções (e, consequentemente, más interpretações)
quando amplitudes diferentes são utilizadas nas faixas. Exemplo:

Gráfico de Linha ou Sequência: Adequados para apresentar observações medidas ao longo do


tempo, enfatizando sua tendência ou periodicidade. Exemplo:

16
Rodadas do Brasileirão 2011
Corinthians
14
São Paulo
12
Flamengo
10
Pontos

8
6
4
2
0
1 2 3 4 5
Rodadas

Polígono de Frequência:
Semelhante ao histograma, mas construído a partir dos pontos médios das classes. Exemplo:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
260
Gráfico de Ogiva:
Apresenta uma distribuição de frequências acumuladas, utiliza uma poligonal ascendente utilizando
os pontos extremos.

Questões

01. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE/2015)


02.

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Nacional


— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias – InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Brasileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adaptações)

A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos no sistema penitenciário brasileiro por


região em 2013. Nesse ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela razão entre o déficit
de vagas no sistema penitenciário e a quantidade de detentos no sistema penitenciário —
registrado em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na média nacional, havia 277,5 detentos por
100 mil habitantes.
Com base nessas informações e na tabela apresentada, julgue o item a seguir.
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Brasil se encontrava na região Sudeste.

( )certo ( ) errado

02. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) A distribuição de salários de uma empresa


com 30 funcionários é dada na tabela seguinte.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
261
Salário (em salários mínimos) Funcionários
1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1

Pode-se concluir que


(A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
(B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3 salários.
(C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
(D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda total.
(E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda total.

03. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) Considere a tabela de distribuição de


frequência seguinte, em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta dos dados.

xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40

Assinale a alternativa em que o histograma é o que melhor representa a d istribuição de


frequência da tabela.

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

04. (SEJUS/ES – Agente Penitenciário – VUNESP/2013) Observe os gráficos e analise as


afirmações I, II e III.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
262
I. Em 2010, o aumento percentual de matrículas em cursos tecnológicos, comparado com 2001,
foi maior que 1000%.
II. Em 2010, houve 100,9 mil matrículas a mais em cursos tecnológicos que no ano anterior.
III. Em 2010, a razão entre a distribuição de matrículas no curso tecnológico presencial e à
distância foi de 2 para 5.

É correto o que se afirma em


(A) I e II, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

05. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE/2015)

A partir das informações e do gráfico apresentados, julgue o item que se segue.


Se os percentuais forem representados por barras verticais, conforme o gráfico a seguir, então
o resultado será denominado histograma.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
263
( ) Certo ( ) Errado

Respostas

01. Resposta: CERTA.


555----100%
306----x
X=55,13%

02. Resposta: D.
(A) 1,8*10+2,5*8+3,0*5+5,0*4+8,0*2+15,0*1=104 salários
(B) 60% de 30, seriam 18 funcionários, portanto essa alternativa é errada, pois seriam 12.
(C)10% são 3 funcionários
(D) 40% de 104 seria 41,6
20% dos funcionários seriam 6, alternativa correta, pois5*3+8*2+15*1=46, que já é maior.
(E) 6 dos trabalhadores: 18
30% da renda: 31,20, errada pois detêm mais.

03. Resposta: A.
A menor deve ser a da primeira 30-35
Em seguida, a de 55
Depois de 45-50 na ordem 40-45 e 35-40

04. Resposta: E.
I- 69,8------100%
781,6----x
X=1119,77

II- 781,6-680,7=100,9
10 2
III- 25 = 5

05. Resposta: ERRADO.


Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no eixo x e não simplesmente um dado.

MEDIA ARITMÉTICA E PONDERADA

MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES

Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} e efetue uma certa operação com todos os
elementos de A.
Se for possível substituir cada um dos elementos do conjunto A por um número x de modo que o
resultado da operação citada seja o mesmo diz-se, por definição, que x será a média dos elementos de
A relativa a essa operação.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
264
 Média Aritmética Simples
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adição é chamada média aritmética.

- Cálculo da média aritmética


Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por
definição:

A média aritmética(x) dos n elementos do conjunto numérico A é a soma de todos os seus


elementos, dividida pelo número de elementos n.

Exemplos:
1) Calcular a média aritmética entre os números 3, 4, 6, 9, e 13.
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto (3, 4, 6, 9, 13), então x será a soma dos 5
elementos, dividida por 5. Assim:
3 + 4 + 6 + 9 + 13 35
𝑥= ↔𝑥= ↔𝑥=7
5 5

A média aritmética é 7.

2) Os gastos (em reais) de 15 turistas em Porto Seguro estão indicados a seguir:


65 – 80 – 45 – 40 – 65 – 80 – 85 – 90
75 – 75 – 70 – 75 – 75 – 90 – 65

Se somarmos todos os valores teremos:


65 + 80 + 45 + 40 + 65+, , , +90 + 65 1075
𝑥= = = 71,70
15 15

Assim podemos concluir que o gasto médio do grupo de turistas foi de R$ 71,70.

 Média aritmética ponderada


A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adição e na qual cada elemento tem um
“determinado peso” é chamada média aritmética ponderada.

- Cálculo da média aritmética ponderada


Se x for a média aritmética ponderada dos elementos do conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com
“pesos” P1; P2; P3; ...; Pn, respectivamente, então, por definição:

P1 . x + P2 . x + P3 . x + ... + Pn . x =
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn ↔ (P1 + P2 + P3 + ... + Pn) . x =
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn e, portanto,

𝑥1 ; 𝑥2 ; 𝑥3 ; …; 𝑥𝑛
Observe que se P1 = P2 = P3 = ... = Pn = 1, então 𝑥 = 𝑛
: que é a média aritmética simples.

A média aritmética ponderada dos n elementos do conjunto numérico A é a soma dos produtos
de cada elemento multiplicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos.

Exemplos:
1) Calcular a média aritmética ponderada dos números 35, 20 e 10 com pesos 2, 3, e 5,
respectivamente.

Se x for a média aritmética ponderada, então:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
265
2 .35 + 3 .20 + 5 .10 70 + 60 + 50 180
𝑥= ↔𝑥= ↔𝑥= ↔ 𝑥 = 18
2+3+5 10 10

A média aritmética ponderada é 18.

2) Em um dia de pesca nos rios do pantanal, uma equipe de pescadores anotou a quantidade de
peixes capturada de cada espécie e o preço pelo qual eram vendidos a um supermercado em Campo
Grande.

Tipo de peixe Quilo de peixe pescado Preço por quilo


Peixe A 18 R$ 3,00
Peixe B 10 R$ 5,00
Peixe C 6 R$ 9,00

Vamos determinar o preço médio do quilograma do peixe vendido pelos pescadores ao


supermercado.
Considerando que a variável em estudo é o preço do quilo do peixe e fazendo a leitura da tabela,
concluímos que foram pescados 18 kg de peixe ao valor unitário de R$ 3,00, 10 kg de peixe ao valor
unitário de R$ 5,00 e 6 kg de peixe ao valor de R$ 9,00.
Vamos chamar o preço médio de p:

18𝑥3,00 + 10𝑥5,00 + 6𝑥9,00 54 + 50 + 54 158


𝑝= = = = 4,65 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠
18 + 10 + 6 34 34

Neste caso o fator de ponderação foi a quantidade de peixes capturadas de cada espécie.

A palavra média, sem especificações (aritmética ou ponderada), deve ser entendida como média
aritmética.

Questões

01. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista Técnico Legislativo – Designer
Gráfico – VUNESP/2014) Na festa de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam
presentes. A idade de João nessa ocasião representava 2 vezes a média aritmética da idade de seus
filhos, e a razão entre a soma das idades deles e a idade de João valia
(A) 1,5.
(B) 2,0.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
(E) 3,5.

02. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar TJ-SC) Os censos populacionais produzem informações
que permitem conhecer a distribuição territorial e as principais características das pessoas e dos
domicílios, acompanhar sua evolução ao longo do tempo, e planejar adequadamente o uso sustentável
dos recursos, sendo imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões de
investimento. Constituem a única fonte de referência sobre a situação de vida da população nos
municípios e em seus recortes internos – distritos, bairros e localidades, rurais ou urbanos – cujas
realidades socioeconômicas dependem dos resultados censitários para serem conhecidas.

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.shtm
(Acesso dia 29/08/2011)

Um dos resultados possíveis de se conhecer, é a distribuição entre homens e mulheres no território


brasileiro. A seguir parte da pirâmide etária da população brasileira disponibilizada pelo IBGE.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
266
http://www.ibge.gov.br/censo2010/piramide_etaria/index.php
(Acesso dia 29/08/2011)

O quadro abaixo, mostra a distribuição da quantidade de homens e mulheres, por faixa etária de uma
determinada cidade. (Dados aproximados)
Considerando somente a população masculina dos 20 aos 44 anos e com base no quadro abaixo a
frequência relativa, dos homens, da classe [30, 34] é:

(A) 64%.
(B) 35%.
(C) 25%.
(D) 29%.
(E) 30%.

03. (EPCAR – Cadete – EPCAR) Um líquido L1 de densidade 800 g/l será misturado a um líquido L2
de densidade 900 g/l Tal mistura será homogênea e terá a proporção de 3 partes de L 1 para cada 5
partes de L2 A densidade da mistura final, em g/l, será
(A) 861,5.
(B) 862.
(C) 862,5.
(D) 863.

04. (EsSA - Sargento - Conhecimentos Gerais - Todas as Áreas – EB) Em uma turma a média
aritmética das notas é 7,5. Sabe-se que a média aritmética das notas das mulheres é 8 e das notas dos
homens é 6. Se o número de mulheres excede o de homens em 8, pode-se afirmar que o número total
de alunos da turma é
(A) 4.
(B) 8.
(C) 12.
(D) 16.
(E) 20.

05. (SAP/SP - Oficial Administrativo – VUNESP) A altura média, em metros, dos cinco ocupantes
de um carro era y. Quando dois deles, cujas alturas somavam 3,45 m, saíram do carro, a altura média
dos que permaneceram passou a ser 1,8 m que, em relação à média original y, é
(A) 3 cm maior.
(B) 2 cm maior.
(C) igual.
(D) 2 cm menor.
(E) 3 cm menor.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
267
06. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP/2014) Em uma empresa com 5 funcionários, a soma
dos dois menores salários é R$ 4.000,00, e a soma dos três maiores salários é R$ 12.000,00. Excluindo-
se o menor e o maior desses cinco salários, a média dos 3 restantes é R$ 3.000,00, podendo-se concluir
que a média aritmética entre o menor e o maior desses salários é igual a
(A) R$ 3.500,00.
(B) R$ 3.400,00.
(C) R$ 3.050,00.
(D) R$ 2.800,00.
(E) R$ 2.500,00.

07. (TJM-SP – Oficial de Justiça – VUNESP) Ao encerrar o movimento diário, um atacadista, que
vende à vista e a prazo, montou uma tabela relacionando a porcentagem do seu faturamento no dia com
o respectivo prazo, em dias, para que o pagamento seja efetuado.

PORCENTUAL DO FATURAMENTO PRAZO PARA PAGAMENTO (DIAS)


15% À vista
20% 30
35% 60
20% 90
10% 120

O prazo médio, em dias, para pagamento das vendas efetuadas nesse dia, é igual a
(A) 75.
(B) 67.
(C) 60.
(D) 57.
(E) 55.

08. (SEDUC/RJ - Professor – Matemática – CEPERJ) Uma loja de roupas de malha vende
camisetas com malha de três qualidades. Cada camiseta de malha comum custa R$15,00, de malha
superior custa R$24,00 e de malha especial custa R$30,00. Certo mês, a loja vendeu 180 camisetas de
malha comum, 150 de malha superior e 70 de malha especial. O preço médio, em reais, da venda de
uma camiseta foi de:
(A) 20.
(B) 20,5.
(C) 21.
(D) 21,5.
(E) 11.

09. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – Programador de Computador –


FIP) A média semestral de um curso é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a 1
na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira. Qual a média de um aluno que tirou
8,0 na primeira, 6,5 na segunda e 9,0 na terceira?
(A) 7,0
(B) 8,0
(C) 7,8
(D) 8,4
(E) 7,2

10. (SESP/MT – Perito Oficial Criminal - Engenharia Civil/Engenharia


Elétrica/Física/Matemática – FUNCAB/2014) A tabela abaixo mostra os valores mensais do Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU) pagos pelos apartamentos de um condomínio. Determine a média
aritmética desses valores.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
268
Número de Apartamentos Valor de IPTU Pago
5 R$ 180,00
5 R$ 200,00
10 R$ 220,00
10 R$ 240,00
4 R$ 300,00
6 R$ 400,00

(A) R$ 248,50
(B) R$ 252,50
(C) R$ 255,50
(D) R$ 205,50
(E) R$ 202,50

11. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Em


uma seção de uma empresa com 20 funcionários, a distribuição dos salários mensais, segundo os
cargos que ocupam, é a seguinte:

Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é de R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário
de cada um dos dois gerentes é de
(A) R$ 2.900,00.
(B) R$ 4.200,00.
(C) R$ 2.100,00.
(D) R$ 1.900,00.
(E) R$ 3.400,00.

12. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST/2014) Em um concurso existem provas de


Português, Matemática, Informática e Conhecimentos Específicos, com pesos respectivos 2, 3, 1 e 4.
Um candidato obteve as seguintes notas nas provas de Português, Matemática e Informática:

Disciplina Nota
Português 77
Matemática 62
Informática 72

Se a nota do candidato no concurso foi 80, qual foi a sua nota na prova de Conhecimentos
Específicos?
(A) 95
(B) 96
(C) 97
(D) 98
(E) 99

13. (VUNESP – 2014 – FUNDUNESP – Assistente Administrativo) Um concurso teve duas fases,
e, em cada uma delas, os candidatos foram avaliados com notas que variaram de zero a dez. Para efeito
de classificação, foram consideradas as médias ponderadas de cada candidato, uma vez que os pesos
da 1.ª e da 2.ª fases foram 2 e 3, respectivamente. Se um candidato tirou 8 na 1.ª fase e 5 na 2.ª, então
é verdade que sua média ponderada foi
(A) 6,2.
(B) 6,5.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
269
(C) 6,8.
(D) 7,1.
(E) 7,4.

14. (SAAE/SP - Fiscal Leiturista – VUNESP/2014) A tabela mostra os valores de algumas latinhas
de bebidas vendidas em um clube e a quantidade consumida por uma família, em certo dia.

Bebidas (latinha) Valor unitário Quantidade Consumida


Refrigerante R$ 4,00 8
Suco R$ 5,00 6
Cerveja X 4

Considerando-se o número total de latinhas consumidas por essa família nesse dia, na média, o
preço de uma latinha saiu por R$ 5,00. Então, o preço de uma latinha de cerveja era
(A) R$ 5,00.
(B) R$ 5,50.
(C) R$ 6,00.
(D) R$ 6,50.
(E) R$ 7,00.

15. (Instituto de Pesquisas Tecnológicas – Secretária – VUNESP/2014) Em um edifício


residencial, 14 unidades pagam uma taxa mensal de condomínio no valor de 930 reais. Para as 28
unidades restantes, que são menores, a taxa mensal de condomínio também é menor. Sabendo-se que
o valor médio da taxa mensal de condomínio, nesse edifício, é de 750 reais, é correto afirmar que o valor
em reais que cada unidade menor paga mensalmente de condomínio é igual a
(A) 600.
(B) 620.
(C) 660.
(D) 700.
(E) 710.

Respostas

01. Resposta: E.
Foi dado que: J = 2.M
𝑎+𝑏+⋯+𝑔
𝐽= 7
= 2. 𝑀 ( I )

𝑎+𝑏+⋯+𝑔
Foi pedido: 𝐽
=?

Na equação ( I ), temos que:


𝑎+𝑏+⋯+𝑔
7= 𝐽
7 𝑎+𝑏+⋯+𝑔
2
= 𝑀
𝑎 +𝑏 + ⋯+ 𝑔
= 3,5
𝑀

02. Resposta: E.
[30, 34] = 600, somatória de todos os homens é: 300+400+600+500+200= 2000
600 600
= = 0,3 . (100) = 30%
300+400+600+500+200 2000

03. Resposta: C.
3.800+5.900 2400+4500 6900
= = = 862,5
3+5 8 8

04. Resposta: D.
Do enunciado temos m = h + 8 (sendo m = mulheres e h = homens).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
270
𝑆
A média da turma é 7,5, sendo S a soma das notas: = 7,5  𝑆 = 7,5(𝑚 + ℎ)
𝑚+ℎ

𝑆1
A média das mulheres é 8, sendo S1 a soma das notas: 𝑚
= 8  𝑆1 = 8𝑚

𝑆2
A média dos homens é 6, sendo S2 a soma das notas: = 6  𝑆2 = 6ℎ

Somando as notas dos homens e das mulheres:


S1 + S2 = S
8m + 6h = 7,5(m + h)
8m + 6h = 7,5m + 7,5h
8m – 7,5m = 7,5h – 6h
0,5m =1,5h
1,5ℎ
𝑚 = 0,5
𝑚 = 3ℎ
h + 8 = 3h
8 = 3h – h
8 = 2h  h = 4
m = 4 + 8 = 12
Total de alunos = 12 + 4 = 16

05. Resposta: A.
Sendo S a soma das alturas e y a média, temos:
𝑆
5
= 𝑦  S = 5y

𝑆−3,45
3
= 1,8  S – 3,45 = 1,8.3
S – 3,45 = 5,4
S = 5,4 + 3,45
S = 8,85, então:
5y = 8,85
y = 8,85 : 5 = 1,77
1,80 – 1,77 = 0,03 m = 3 cm a mais.

06. Resposta: A.
x1 + x2 + x3 + x4 + x5
x1 + x2 = 4000
x3 + x4 + x5 = 12000
𝑥2 + 𝑥3 + 𝑥4
= 3000
3

x2 + x3 + x4 = 9000
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 + 𝑥4 + 𝑥5 = 4000 + 12000 = 16000

Sendo 𝑥1 𝑒 𝑥5 o menor e o maior salário, respectivamente:


𝑥1 + 9000 + 𝑥5 = 16000

𝑥1 + 𝑥5 = 16000 − 9000 = 7000

Então, a média aritmética:


𝑥1 + 𝑥2 7000
= = 3500
2 2

07. Resposta: D.
Média aritmética ponderada: multiplicamos o porcentual pelo prazo e dividimos pela soma dos
porcentuais.
15.0+20.30+35.60+20.90+10.120
=
15+20+35+20+10

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
271
600+2100+1800+1200
= =
100

5700
= 100
= 57

08. Resposta: C.
Também média aritmética ponderada.
180.15+150.24+70.30
180+150+70
=

2700+3600+2100
= =
400

8400
= 400
= 21

09. Resposta: B.
Na média ponderada multiplicamos o peso da prova pela sua nota e dividimos pela soma de todos
os pesos, assim temos:
8.1 + 6,5.2 + 9.3 8 + 13 + 27 48
𝑀𝑃 = = = = 8,0
1+2+3 6 6

10. Resposta: B.
5.180 + 5.200 + 10.220 + 10.240 + 4.300 + 6.400 10100
𝑀= = = 252,50
5 + 5 + 10 + 10 + 4 + 6 40

11. Resposta: C.
2𝑥 + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
20
2𝑥 + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
1490 =
20

2𝑥 + 13600 + 12000 = 29800


2𝑥 = 4200
𝑥 = 2100
Cada um dos gerentes recebem R$ 2100,00

12. Resposta: C.
2.77 + 3.62 + 1.72 + 4. 𝑥
= 80
2+3+1+4
412 + 4. 𝑥
= 80
10

4x + 412 = 80 . 10
4x = 800 – 412
x = 388 / 4
x = 97

13. Resposta: A.
2.8 + 3.5 16 + 15 31
𝑀𝑝 = = = = 6,2
2+3 5 5

14. Resposta: E.
8.4 + 6.5 + 4. 𝑥
=5
8+6+4
62 + 4. 𝑥
=5
18

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
272
4.x = 90 – 62
x = 28 / 4
x = R$ 7,00

15. Resposta: C.
𝟏𝟒 . 𝟗𝟑𝟎 + 𝟐𝟖 . 𝒙
= 𝟕𝟓𝟎
𝟏𝟒 + 2𝟖
𝟏𝟑𝟎𝟐𝟎 + 𝟐𝟖 . 𝒙
= 𝟕𝟓𝟎
𝟒𝟐

13020 + 28.x = 42 . 750


28.x = 31500 – 13020
x = 18480 / 28
x = R$ 660,00

MEDIANA, MODA E QUARTIS

Mediana: é o valor que tem tantos dados antes dele, como depois dele. Para se medir a mediana,
os valores devem estar por ordem crescente ou decrescente. No caso do número de dados ser ímpar,
existe um e só um valor central que é a mediana. Se o número de dados é par, toma-se a média
aritmética dos dois valores centrais para a mediana.
É uma medida de localização do centro da distribuição dos dados, definida do seguinte
modo: Ordenados os elementos da amostra, a mediana é o valor (pertencente ou não à amostra) que a
divide ao meio, isto é, 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais à mediana e os outros
50% são maiores ou iguais à mediana.
Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, depois de ordenada a amostra de n
elementos: Se n é ímpar, a mediana é o elemento médio. Se n é par, a mediana é a semi-soma dos dois
elementos médios.
A mediana, m, é uma medida de localização do centro da distribuição dos dados, definida do seguinte
modo:
Ordenados os elementos da amostra, a mediana é o valor (pertencente ou não à amostra) que a
divide ao meio, isto é, 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais à mediana e os outros
50% são maiores ou iguais à mediana.
Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, depois de ordenada a amostra de n elementos:
- Se n é ímpar, a mediana é o elemento médio.
- Se n é par, a mediana é a semi-soma dos dois elementos médios.

Se se representarem os elementos da amostra ordenada com a seguinte notação: X1:n, X2:n, ..., Xn:n;
então uma expressão para o cálculo da mediana será:

Como medida de localização, a mediana é mais robusta do que a média, pois não é tão sensível aos
dados. Consideremos o seguinte exemplo: um aluno do 10º ano obteve as seguintes notas: 10, 10, 10,
11, 11, 11, 11, 12. A média e a mediana da amostra anterior são respectivamente.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
273
Admitamos que uma das notas de 10 foi substituída por uma de 18. Neste caso a mediana continuaria
a ser igual a 11, enquanto que a média subiria para 11.75.

Média e Mediana: Se se representarmos os elementos da amostra ordenada com a seguinte


notação: X1:n, X2:n, ..., Xn: “n” então uma expressão para o cálculo da mediana será:
Como medida de localização, a mediana é mais robusta do que a média, pois não é tão sensível aos
dados.
- Quando a distribuição é simétrica, a média e a mediana coincidem.
- A mediana não é tão sensível, como a média, às observações que são muito maiores ou muito
menores do que as restantes (outliers). Por outro lado a média reflete o valor de todas as observações.
A média ao contrário da mediana, é uma medida muito influenciada por valores "muito grandes" ou
"muito pequenos", mesmo que estes valores surjam em pequeno número na amostra. Estes valores são
os responsáveis pela má utilização da média em muitas situações em que teria mais significado utilizar
a mediana.
A partir do exposto, deduzimos que se a distribuição dos dados:
- for aproximadamente simétrica, a média aproxima-se da mediana.
- for enviesada para a direita (alguns valores grandes como "outliers"), a média tende a ser maior que
a mediana.
- for enviesada para a esquerda (alguns valores pequenos como "outliers"), a média tende a ser
inferior à mediana.

Dado um histograma é fácil obter a posição da mediana, pois esta está na posição em que passando
uma linha vertical por esse ponto o histograma fica dividido em duas partes com áreas iguais.

Como medida de localização, a mediana é mais resistente do que a média, pois não é tão sensível
aos dados.
- Quando a distribuição é simétrica, a média e a mediana coincidem.
- A mediana não é tão sensível, como a média, às observações que são muito maiores ou muito
menores do que as restantes (outliers). Por outro lado a média reflete o valor de todas as observações.

Assim, não se pode dizer em termos absolutos qual destas medidas de localização é preferível,
dependendo do contexto em que estão a ser utilizadas.
Exemplo: Os salários dos 160 empregados de uma determinada empresa, distribuem-se de acordo
com a seguinte tabela de frequências:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
274
Calcular a média e a mediana e comentar os resultados obtidos.
Resolução: = (75.23 + 100.58 +...+ 400.7 + 1700.2)/160 = 156,10
Resolução: euros. m = semi-soma dos elementos de ordem 80 e 81 = 100 euros.
Comentário: O fato de termos obtido uma média de 156,10 e uma mediana de 100, é reflexo do fato
de existirem alguns, embora poucos, salários muito altos, relativamente aos restantes. Repare-se que,
numa perspectiva social, a mediana é uma característica mais importante do que a média. Na realidade
50% dos trabalhadores têm salário menor ou igual a 100 €, embora a média de 156,10 € não transmita
essa ideia.

Vejamos de uma outra forma: Sabes, quando a distribuição dos dados é simétrica ou
aproximadamente simétrica, as medidas de localização do centro da amostra (média e mediana)
coincidem ou são muito semelhantes. O mesmo não se passa quando a distribuição dos dados é
assimétrica, fato que se prende com a pouca resistência da média.

Representando as distribuições dos dados (esta observação é válida para as representações gráficas
na forma de diagramas de barras ou de histograma) na forma de uma mancha, temos, de um modo
geral:

Moda: é o valor que ocorre mais vezes numa distribuição, ou seja, é o de maior efetivo e, portanto,
de maior frequência. Define-se moda como sendo: o valor que surge com mais frequência se os dados
são discretos, ou, o intervalo de classe com maior frequência se os dados são contínuos. Assim, da
representação gráfica dos dados, obtém-se imediatamente o valor que representa a moda ou a classe
modal. Esta medida é especialmente útil para reduzir a informação de um conjunto de dados qualitativos,
apresentados sob a forma de nomes ou categorias, para os quais não se pode calcular a média e por
vezes a mediana.
Para um conjunto de dados, define-se moda como sendo: o valor que surge com mais frequência se
os dados são discretos, ou, o intervalo de classe com maior frequência se os dados são contínuos.
Assim, da representação gráfica dos dados, obtém-se imediatamente o valor que representa a moda ou
a classe modal.

Esta medida é especialmente útil para reduzir a informação de um conjunto de dados qualitativos,
apresentados sob a forma de nomes ou categorias, para os quais não se pode calcular a média e por
vezes a mediana (se não forem susceptíveis de ordenação).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
275
Quartis: Generalizando a noção de mediana m, que como vimos anteriormente é a medida de
localização, tal que 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais a m, e os outros 50% são
maiores ou iguais a m, temos a noção de quartil de ordem p, com 0<p<1, como sendo o valor Qp tal que
100p% dos elementos da amostra são menores ou iguais a Qp e os restantes 100 (1-p)% dos elementos
da amostra são maiores ou iguais a Qp.
Tal como a mediana, é uma medida que se calcula a partir da amostra ordenada.
Um processo de obter os quartis é utilizando a Função Distribuição Empírica.
Generalizando ainda a expressão para o cálculo da mediana, temos uma expressão análoga para o
cálculo dos quartis:

Qp =

onde representamos por [a], o maior inteiro contido em a.


Aos quartis de ordem 1/4 e 3/4 , damos respectivamente o nome de 1º quartil e 3º quartil. Exemplo:
Tendo-se decidido registrar os pesos dos alunos de uma determinada turma prática do 10º ano,
obtiveram-se os seguintes valores (em kg):

52 56 62 54 52 51 60 61 56 55 56 54 57 67 61 49

a) Determine os quartis de ordem 1/7, 1/2 e os 1º e 3º quartis.


b) Um aluno com o peso de 61 kg, pode ser considerado "normal", isto é nem demasiado magro, nem
demasiado gordo?

Resolução: Ordenando a amostra anterior, cuja dimensão é 16, temos:

49 51 52 52 54 54 55 56 56 56 57 60 61 61 62 67

a) 16 . 1/7 = 16/7, onde [16/7] = 2 e Q1/7 = x3 : 16 = 52


16 . 1/4 = 4, onde Q1/2 = [x8 : 16 + x9 : 16]/2 = 56
16 . 1/2 = 8, onde Q1/4 = [x4 : 16 + x5 : 16]/2 = 53
16 . 3/4 = 12, onde Q3/4 = [x12 : 16 + x13 : 16]/2 = 60.5

b) Um aluno com 61 kg pode ser considerado um pouco "forte", pois naquela turma só 25% dos
alunos é que têm peso maior ou igual a 60.5 kg.

Questões
01. (SESP/MT – Perito Oficial Criminal - Engenharia Civil/Engenharia
Elétrica/Física/Matemática – FUNCAB/2014) Determine a mediana do conjunto de valores (10, 11, 12,
11, 9, 8, 10, 11, 10, 12).
(A) 8,5
(B) 9
(C) 10,5
(D) 11,5
(E) 10

02. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES/2014) As massas de 5


amigos são 63,5; 70,3; 82,2; 59 e 71,5 quilogramas. A média e a mediana das massas são,
respectivamente:
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
276
(A) 69,3 e 70,3 quilogramas.
(B) 172,25 e 82,2 quilogramas.
(C) 69,3 e 82,2 quilogramas.
(D) 172, 70,3 quilogramas.

03. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2014) O gráfico apresenta informações


sobre o número médio de anos de estudo da população brasileira, com base na Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios de 2011, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com base nas informações do gráfico, é verdade que


(A) o número de homens com estudo é menor que o número de mulheres com estudo, nos anos de
2009 e 2011.
(B) de 2009 para 2011 houve um aumento no número de homens com estudo.
(C) em 2010, a média de anos de estudo das mulheres era de 7,4 anos.
(D) em 2009, a média de anos de estudos das mulheres era de exatos 7 anos e 3 meses.
(E) a média de anos de estudo das mulheres não ultrapassou a 5 meses a dos homens, nos anos de
2009 e 2011.

04. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2014) Um concurso é composto por três


fases, com pesos 1, 2 e 3, respectivamente. Pedro ficou sabendo que na 1.ª fase desse concurso sua
nota foi 7,0 e que na 2.ª fase sua nota foi 4,0. Sabendo-se que para ser aprovado a média aritmética
ponderada final tem que ser, no mínimo, 5, que as notas apresentadas ainda não estão multiplicadas
pelos respectivos fatores, e que em cada fase as notas variam de zero a dez, pode-se afirmar
corretamente que
(A) não há como Pedro ser aprovado no concurso.
(B) Pedro já está aprovado no concurso, independentemente da nota que tirar na 3.ª fase.
(C) se Pedro tirar 5,0 ou mais na 3.ª fase, então ele estará aprovado no concurso.
(D) Pedro precisa tirar, no mínimo, 7,0 na 3.ª fase, para ser aprovado no concurso.
(E) tirando 4,0, Pedro estará aprovado no concurso.

05. (IF/GO – Assistente de Alunos – UFG/2014) A tabela a seguir apresenta o índice de


desenvolvimento humano (IDH) de alguns países da América Latina referente ao ano 2012.

Países IDH
Argentina 0,811
Bolívia 0,645
Brasil 0,730
Chile 0,819
Colômbia 0,719
Cuba 0,780
México 0,775
Uruguai 0,792
Venezuela 0,758

Disponível em: <http://www.abinee.org.br/abinee/decon/decon55a.htm>. Acesso em: 24 fev. 2014. (Adaptado).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
277
Dentre os países listados, aquele cujo IDH representa a mediana dos dados apresentados é:
(A) Brasil
(B) Colômbia
(C) México
(D) Venezuela

06. (QC – Segundo Tenente – Ciências Contábeis – MB/2014) Analise a tabela a seguir.

Classe Velocidade (em nós) Tempo(h)


1 0 |------- 5 1
2 5 |------ 10 7
3 10 |------ 15 15
4 15 |------ 20 9
5 20 |------ 25 3
6 25 |------ 30 2

Dos registros de navegação de um determinado navio, foi obtido o quadro acima. Após análise dos
registros, determine a média das velocidades do navio na série observada e assinale a opção correta.
(A) 13,43 nós
(B) 13,92 nós
(C) 14,12 nós
(D) 14,69 nós
(E) 15,26 nós

07. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática – IMA/2014) Considere o conjunto de dados


abaixo, referente ao salário médio dos funcionários de uma empresa.

O valor da Mediana é:
(A) 1240
(B) 1500
(C) 1360
(D) 1600
(E) 1420

08. (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP/2014) Na tabela, as letras q, p e m substituem


as alturas, relacionadas em ordem crescente, de seis alunos do Curso de Formação de Oficiais da
Polícia Militar avaliados em um exame biométrico, sendo que, nessa tabela, letras iguais correspondem
a alturas iguais.

Nome Altura (em centímetros)


Gonçalves q
Camargo q
Pacheco q
Mendes p
Santos m
Ferreira m

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
278
Sabendo-se que a moda, a mediana e a média aritmética das alturas desses alunos são,
respectivamente, 173 cm, 174,5 cm e 175,5 cm, pode-se concluir que a altura do aluno Ferreira é igual,
em centímetros, a
(A) 177.
(B) 178.
(C) 179.
(D) 180.
(E) 182.

09. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2013) Considere o seguinte conjunto:


{15; 17; 21; 25; 25; 29; 33; 35} . A média, a mediana e a moda desse conjunto de dados são,
respectivamente,
(A) 1, 2 e 3
(B) 5, 7 e 9
(C) 7, 9 e 5
(D) 25, 25 e 25
(E) 25, 27 e 29

(SEFAZ/RJ – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO – CEPERJ/2013) Observe os números


relacionados a seguir, e responda às questões de números 10 e 11.

10. A mediana desses valores vale:


(A) 6
(B) 6,5
(C) 7
(D) 7,5
(E) 8

11. A moda desses valores vale:


(A) 8
(B) 7
(C) 6
(D) 5
(E) 4

Respostas

01. Resposta: C.
Coloquemos os valores em ordem crescente:
8, 9, 10, 10, 10, 11, 11, 11, 12, 12

Como a Mediana é o elemento que se encontra no meio dos valores colocados em ordem crescente,
temos que:
10 + 11 21
𝑀= = = 10,5
2 2

02. Resposta: A.
63,5+70,3+82,2 + 59+71,5 346,5
A média é: 𝑀 = 5
= 5 = 69,3
Para verificar a mediana, basta colocar os valores em ordem crescente e verificar o elemento que se
encontra no meio deles:
59 63,5 70,3 71,5 82,2

03. Resposta: E.
7,3+7,5 14,8
Média das mulheres: 2 = 2
= 7,4 anos = 7,4 . 12 = 88,8 meses

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
279
7+7,1 14,1
Média dos homens: 2 = 2 = 7,05 anos = 7,05 . 12 = 84,6 meses
Assim, 88,8 – 84,6 = 4,2 meses

04. Resposta: C.
Pesos 1, 2 e 3, respectivamente. Pedro ficou sabendo que na 1.ª fase desse concurso sua nota foi
7,0 e que na 2.ª fase sua nota foi 4,0.
Sabendo-se que para ser aprovado a média aritmética ponderada final tem que ser, no mínimo, 5
1.7 + 2.4 + 3. 𝑥
𝑀= =5
1+2+3
15 + 3. 𝑥
=5
6

15 + 3𝑥 = 6 . 5

3𝑥 = 30 − 15

15
𝑥= =5
3

05. Resposta: C.
Vamos colocar os números em ordem crescente:
0,645 0,719 0,730 0,758 0,775 0,780 0,792 0,811 0,819
O número que se encontra no meio é 0,775 (México).

06. Resposta: C.
Vamos calcular a média de cada classe:
* Classe 1: (0 + 5) / 2 = 5 / 2 = 2,5
2,5 . 1 = 2,5
* Classe 2: (5 + 10) / 2 = 15 / 2 = 7,5
7,5 . 7 = 52,5
* Classe 3: (10 + 15) / 2 = 25 / 2 = 12,5
12,5 . 15 = 187,5
* Classe 4: (15 + 20) / 2 = 35 / 2 = 17,5

17,5 . 9 = 157,5
* Classe 5: (20 + 25) / 2 = 45 / 2 = 22,5
22,5 . 3 = 67,5
* Classe 6: (25 + 30) / 2 = 55 / 2 = 27,5
27,5 . 2 = 55
* Soma das médias = 522,5
* Total de horas = 37h
Por final: 522,5 / 37 = 14,12

07. Resposta: C.
Colocando na ordem crescente:
1100;1200;1210;1250;1300;1420;1450;1500;1600;1980
A mediana é o número que se encontra no meio. Nesse caso que tem 10 números(par) é a média do
5º e 6º números:

1300 + 1420 2720


= = 1360
2 2

08. Resposta: C.
* Se a moda é 173 cm, então q = 173 cm (Gonçalves, Camargo e Pacheco).
* Se a mediana é 174,5 cm, então (q + p) / 2 = 174,5.
q + p = 174,5 . 2
q + p = 349 cm

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
280
* Se a média aritmética é 175,5 cm, então:
3.𝑞+𝑝+2.𝑚
𝑀= 6
= 175,5

2.𝑞+𝑞 + 𝑝 +2.𝑚
6
= 175,5

2.173 + 349 + 2.m = 175,5 . 6


346 + 349 + 2.m = 1053
2.m = 1053 – 695
m = 358 / 2
m = 179 cm

09. Resposta: D.
15 + 17 + 21 + 25 + 25 + 29 + 33 + 35
𝑀é𝑑𝑖𝑎 = = 25
8

A mediana é a média entre o 4º e 5º termo:


25 + 25
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 = = 25
2
Moda é o número que mais aparece: 25

10. Resposta: C.
Colocando em ordem crescente:
3; 4; 6; 7; 7; 8; 8; 8; 9

São 9 elementos, então a mediana é o quinto elemento(9+1/2)


Mediana 7

11. Resposta: A.
Moda é o elemento que aparece com mais frequência: 8

10) Sequências numéricas a) Lei de formação de uma seqüência. b)


Progressões aritméticas e geométricas: termo geral, soma dos termos
e propriedades.

SEQUÊNCIAS

Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas sequências como, por exemplo, a sucessão de
cidades que temos numa viagem de automóvel entre Brasília e São Paulo ou a sucessão das datas de
aniversário dos alunos de uma determinada escola.
Podemos, também, adotar para essas sequências uma ordem numérica, ou seja, adotando a1 para
o 1º termo, a2 para o 2º termo até an para o n-ésimo termo. Dizemos que o termo an é também chamado
termo geral das sequências, em que n é um número natural diferente de zero. Evidentemente, daremos
atenção ao estudo das sequências numéricas.
As sequências podem ser finitas, quando apresentam um último termo, ou, infinitas, quando não
apresentam um último termo. As sequências infinitas são indicadas por reticências no final.

Exemplos:
- Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma
sequência infinita com a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc.
- Sequência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, 7, 9, 11, ...). Notemos que esta é uma sequência
infinita com a1 = 1; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 etc.
- Sequência dos algarismos do sistema decimal de numeração: (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos
que esta é uma sequência finita com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 = 4; a6 = 5; a7 = 6; a8 = 7; a9 = 8;
a10 = 9.

1. Igualdade

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
281
As sequências são apresentadas com os seus termos entre parênteses colocados de forma
ordenada. Sucessões que apresentarem os mesmos termos em ordem diferente serão consideradas
sucessões diferentes.
Duas sequências só poderão ser consideradas iguais se, e somente se, apresentarem os mesmos
termos, na mesma ordem.

Exemplo
A sequência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à sequência (5, 8, 15, 17) se, e somente se, x
= 5; y = 8; z = 15; e t = 17.

Notemos que as sequências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3, 2, 1, 0) são diferentes, pois, embora


apresentem os mesmos elementos, eles estão em ordem diferente.

2. Formula Termo Geral


Podemos apresentar uma sequência através de uma determina o valor de cada termo an em função
do valor de n, ou seja, dependendo da posição do termo. Esta formula que determina o valor do termo
an e chamada formula do termo geral da sucessão.

Exemplos:
- Determinar os cincos primeiros termos da sequência cujo termo geral e igual a:
an = n – 2n,com n ∈ N*.

Teremos:
- se n = 1 ⇒ a1 = 12 – 2 . 1 ⇒ a1 = 1 – 2 = - 1
- se n = 1 ⇒ a2 = 22 – 2 . 2 ⇒ a2 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3 = 32 – 2 . 3 ⇒ a3 = 9 – 6 = 3
- se n = 4 ⇒ a4 = 42 – 4 . 2 ⇒ a4 =16 – 8 = 8
- se n = 5 ⇒ a5 = 55 – 5 . 2 ⇒ a5 = 25 – 10 = 15

- Determinar os cinco primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:


an = 3n + 2, com n ∈ N*.

- se n = 1 ⇒ a1 = 3.1 + 2 ⇒ a1 = 3 + 2 = 5
- se n = 2 ⇒ a2 = 3.2 + 2 ⇒ a2 = 6 + 2 = 8
- se n = 3 ⇒ a3 = 3.3 + 2 ⇒ a3 = 9 + 2 = 11
- se n = 4 ⇒ a4 = 3.4 + 2 ⇒ a4 = 12 + 2 = 14
- se n = 5 ⇒ a5 = 3.5 + 2 ⇒ a5 = 15 + 2 = 17

- Determinar os termos a12 e a23 da sequência cujo termo geral é igual a:


an = 45 – 4n, com n ∈ N*.

Teremos:
- se n = 12 ⇒ a12 = 45 – 4.12 ⇒ a12 = 45 – 48 = - 3
- se n = 23 ⇒ a23 = 45 – 4.23 ⇒ a23 = 45 – 92 = - 47

3. Lei de Recorrências
Uma sequência pode ser definida quando oferecemos o valor do primeiro termo e um “caminho” (uma
fórmula) que permite a determinação de cada termo conhecendo-se o seu antecedente. Essa forma de
apresentação de uma sucessão é chamada lei de recorrências.

Exemplos:
- Escrever os cinco primeiros termos de uma sequência em que:
a1 = 3 e an+1 = 2an – 4 , em que n ∈ N*.

Teremos: o primeiro termo já foi dado.


- a1 = 3
- se n = 1 ⇒ a1+1 = 2.a1 – 4 ⇒ a2 = 2.3 – 4 ⇒ a2 = 6 – 4 = 2
- se n = 2 ⇒ a2+1 = 2.a2 – 4 ⇒ a3 = 2.2 – 4 ⇒ a3 = 4 – 4 = 0

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
282
- se n = 3 ⇒ a3+1 = 2.a3 – 4 ⇒ a4 = 2.0 – 4 ⇒ a4 = 0 – 4 = - 4
- se n = 4 ⇒ a4+1 = 2.a4 – 4 ⇒ a5 = 2.(-4) – 4 ⇒ a5 = - 8 – 4 = - 12

- Determinar o termo a5 de uma sequência em que:


a1 = 12 e an+ 1 = an – 2, em que n ∈ N*.

- a1 = 12
- se n = 1 ⇒ a1+1 = a1 – 2 ⇒ a2 = 12 – 2 ⇒ a2=10
- se n = 2 ⇒ a2+1 = a2 – 2 ⇒ a3 = 10 – 2 ⇒ a3 = 8
- se n = 3 ⇒ a3+1 = a3 – 2 ⇒ a4 = 8 – 2 ⇒ a4 = 6
- se n = 4 ⇒ a4+1 = a4 – 2 ⇒ a5 = 6 – 2 ⇒ a5 = 4

Observação 1
Devemos observar que a apresentação de uma sequência através do termo geral é mais pratica,
visto que podemos determinar um termo no “meio” da sequência sem a necessidade de determinarmos
os termos intermediários, como ocorre na apresentação da sequência através da lei de recorrências.

Observação 2
Algumas sequências não podem, pela sua forma “desorganizada” de se apresentarem, ser definidas
nem pela lei das recorrências, nem pela formula do termo geral. Um exemplo de uma sequência como
esta é a sucessão de números naturais primos que já “destruiu” todas as tentativas de se encontrar uma
formula geral para seus termos.

Observação 3
Em todo exercício de sequência em que n ∈ N*, o primeiro valor adotado é n = 1. No entanto de no
enunciado estiver n > 3, temos que o primeiro valor adotado é n = 4. Lembrando que n é sempre um
número natural.
A Matemática estuda dois tipos especiais de sequências, uma delas a Progressão Aritmética.

PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)

Definição: é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao
termo anterior somado com uma constante que é chamada de razão (r).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4,.......,an,....

Cálculo da razão: a razão de uma P.A. é dada pela diferença de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1

Exemplos:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25,......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r = 4
- (2, 9, 16, 23, 30,.....) é uma P.A. onde a1 = 2 e razão r = 7
- (23, 21, 19, 17, 15,....) é uma P.A. onde a1 = 23 e razão r = - 2.

Classificação: uma P.A. é classificada de acordo com a razão.

1- Se r > 0 ⇒ a P.A. é crescente.


2- Se r < 0 ⇒ a P.A. é decrescente.
3- Se r = 0 ⇒ a P.A. é constante.

Fórmula do Termo Geral


Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1 + r
3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
. . . . . .
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
283
n° termo é:

𝐚𝐧 = 𝐚𝟏 + (𝐧 − 𝟏). 𝐫

Fórmula da soma dos n primeiros termos

(𝐚𝟏 + 𝐚𝐧 ). 𝐧
𝐒𝐧 =
𝟐

Propriedades:
1- Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.

Exemplo 1: (1, 3, 5, 7, 9, 11,......)

Exemplo 2: (2, 8, 14, 20, 26, 32, 38,......)

- como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou
um termo no meio (20) que é chamado de termo médio e é igual a metade da soma dos extremos.
Porém, só existe termos médio se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.A. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média aritmética dos
a
anterior com o posterior. Ou seja, (a1, a2, a3,...) <==> a2 = a3 .
1
Exemplo:

P.G. – PROGRESSÃO GEOMETRICA

Definição: é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao
termo anterior multiplicado por uma constante que é chamada de razão (q).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4,.......,an,....

Cálculo da razão: a razão de uma P.G. é dada pelo quociente de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
𝑎 𝑎 𝑎 𝑎
𝑞 = 𝑎2 = 𝑎3 = 𝑎4 = ⋯ … … … = 𝑎 𝑛
1 2 3 𝑛−1

Exemplos:
- (3, 6, 12, 24, 48,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 3 e razão q = 2
−9 −9 1
- (-36, -18, -9, , ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 36 e razão q =
2 4 2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
284
5 5 1
- (15, 5, 3, 9,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 15 e razão q = 3
- (- 2, - 6, -18, - 54, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 2 e razão q = 3
- (1, - 3, 9, - 27, 81, - 243, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 1 e razão q = - 3
- (5, 5, 5, 5, 5, 5,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 5 e razão q = 1
- (7, 0, 0, 0, 0, 0,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 7 e razão q = 0
- (0, 0, 0, 0, 0, 0,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 0 e razão q indeterminada

Classificação: uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.

1- Crescente: quando cada termo é maior que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando
a1 < 0 e 0 < q < 1.
2- Decrescente: quando cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1
ou quando a1 < 0 e q > 1.
3- Alternante: quando cada termo apresenta sinal contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
4- Constante: quando todos os termos são iguais. Isto ocorre quando q = 1. Uma PG constante é
também uma PA de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG estacionaria.
5- Singular: quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.

Fórmula do termo geral


Em toda P.G. cada termo o anterior multiplicado pela razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4
. . . . .

n° termo é:

an = a1.qn – 1

Soma dos n primeiros termos

𝐚𝟏 . (𝐪𝐧 − 𝟏)
𝐒𝐧 =
𝐪−𝟏

Soma dos infinitos termos (ou Limite da soma)

Vamos ver um exemplo:


1
Seja a P.G. (2, 1, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32,.....) de a1 = 2 e q = 2 se colocarmos na forma decimal, temos
(2; 1; 0,5; 0,125; 0,0625; 0,03125;.....) se efetuarmos a somas destes termos:
2+1=3
3 + 0,5 = 3,5
3,5 + 0,25 = 3,75
3,75 + 0,125 = 3,875
3,875 + 0,0625 = 3,9375
3,9375 + 0,03125 = 3,96875
.
Como podemos observar o número somado vai ficando cada vez menor e a soma tende a um certo
limite. Então temos a seguinte fórmula:

𝐚𝟏
𝐒= → −𝟏 < 𝐪
𝟏−𝐪
<𝟏

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
285
2 2
Utilizando no exemplo acima: 𝑆 = 1 = 1 = 4, logo dizemos que esta P.G. tem um limite que tenda
1−
2 2
a 4.

Produto da soma de n termos

|𝐏𝐧 | = √(𝐚𝟏 . 𝐚𝐧 )𝐧

Temos as seguintes regras para o produto, já que esta fórmula está em módulo:
1- O produto de n números positivos é sempre positivo.
2- No produto de n números negativos:
a) se n é par: o produto é positivo.
b) se n é ímpar: o produto é negativo.

Propriedades
1- Numa P.G., com n termos, o produto de dois termos equidistantes dos extremos é igual ao produto
destes extremos.

Exemplos 1: (3, 6, 12, 24, 48, 96, 192, 384,....)

Exemplo 2: (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64,....)

- como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou
um termo no meio (8) que é chamado de termo médio e é igual a raiz quadrada do produto dos
extremos. Porém, só existe termos médio se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.G. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média geométrica do
termo anterior com o termo posterior. Ou seja, (a1, a2, a3,...) <==> a2 = √a3 . a1.

Exemplo:

Questões

01. (Pref. Amparo/SP – Agente Escolar – CONRIO/2014) Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48,
51,...)
(A) 339
(B) 337
(C) 333
(D) 331

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
286
02. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC/2014) Uma sequência inicia-se
com o número 0,3. A partir do 2º termo, a regra de obtenção dos novos termos é o termo anterior menos
0,07. Dessa maneira o número que corresponde à soma do 4º e do 7º termos dessa sequência é
(A) –6,7.
(B) 0,23.
(C) –3,1.
(D) –0,03.
(E) –0,23.

03. Os termos da sequência (10; 8; 11; 9; 12; 10; 13; …) obedecem a uma lei de formação. Se a n,
em que n pertence a N*, é o termo de ordem n dessa sequência, então a30 + a55 é igual a:
(A) 58
(B) 59
(C) 60
(D) 61
(E) 62

04. A soma dos elementos da sequência numérica infinita (3; 0,9; 0,09; 0,009; …) é:
(A) 3,1
(B) 3,9
(C) 3,99
(D) 3, 999
(E) 4

05. (EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – Analista Administrativo – Administração – AOCP/2014)


Observe a sequência: 1; 2; 4; 8;...
Qual é a soma do sexto termo com o oitavo termo?
(A) 192
(B) 184
(C) 160
(D) 128
(E) 64

06. (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO –


CONSULPLAN/2013) O primeiro e o terceiro termos de uma progressão geométrica crescente são,
respectivamente, 4 e 100. A soma do segundo e quarto termos dessa sequência é igual a
(A) 210.
(B) 250.
(C) 360.
(D) 480.
(E) 520.

07. (TRF 3ª – Analista Judiciário - Informática – FCC/2014) Um tabuleiro de xadrez possui 64


casas. Se fosse possível colocar 1 grão de arroz na primeira casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na
terceira, 64 grãos na quarta, 256 na quinta, e assim sucessivamente, o total de grãos de arroz que
deveria ser colocado na 64ª casa desse tabuleiro seria igual a
(A) 264.
(B) 2126.
(C) 266.
(D) 2128.
(E) 2256.

08. (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP/2014) Planejando uma operação de


policiamento ostensivo, um oficial desenhou em um mapa três círculos concêntricos de centro P,
conforme mostrado na figura.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
287
Sabe-se que as medidas dos raios r, r1 e r2 estão, nessa ordem, em progressão geométrica. Se r + r1
+ r2 = 52 cm, e r . r2 = 144 cm, então r + r2 é igual, em centímetros, a
(A) 36.
(B) 38.
(C) 39.
(D) 40.
(E) 42.

09. (EBSERH/HU-UFGD – Técnico em Informática – AOCP/2014) Observe a sequência numérica


a seguir: 11; 15; 19; 23;...
Qual é o sétimo termo desta sequência?
(A) 27.
(B) 31.
(C) 35.
(D) 37.
(E) 39

10. (METRÔ/SP – USINADOR FERRAMENTEIRO – FCC/2014) O setor de almoxarifado do Metrô


necessita numerar peças de 1 até 100 com adesivos. Cada adesivo utilizado no processo tem um único
algarismo de 0 a 9. Por exemplo, para fazer a numeração da peça número 100 são gastos três adesivos
(um algarismo 1 e dois algarismos 0). Sendo assim, o total de algarismos 9 que serão usados no
processo completo de numeração das peças é igual a
(A) 20.
(B) 10.
(C) 19.
(D) 18.
(E) 9.

11. (MPE/AM – AGENTE DE APOIO- ADMINISTRATIVO – FCC/2013) Considere a sequência


numérica formada pelos números inteiros positivos que são divisíveis por 4, cujos oito primeiros
elementos são dados a seguir. (4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32,...). O último algarismo do 234º elemento
dessa sequência é
(A) 0
(B) 2
(C) 4
(D) 6
(E) 8

Respostas

01. Resposta: A.
r = 48 – 45 = 3
𝑎1 = 45
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎99 = 45 + 98 ∙ 3 = 339

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
288
02. Resposta: D.
𝑎𝑛 = 𝑎1 − (𝑛 − 1)𝑟
𝑎4 = 0,3 − 3.0,07 = 0,09
𝑎7 = 0,3 − 6.0,07 = −0,12
𝑆 = 𝑎4 + 𝑎7 = 0,09 − 0,12 = −0,03

03. Resposta: B.
Primeiro, observe que os termos ímpares da sequência é uma PA de razão 1 e primeiro termo 10 -
(10; 11; 12; 13; …). Da mesma forma os termos pares é uma PA de razão 1 e primeiro termo igual a 8 -
(8; 9; 10; 11; …).
Assim, as duas PA têm como termo geral o seguinte formato:
(1) ai = a1 + (i - 1).1 = a1 + i – 1
Para determinar a30 + a55 precisamos estabelecer a regra geral de formação da sequência, que está
intrinsecamente relacionada às duas progressões da seguinte forma:
- Se n (índice da sucessão) é ímpar temos que n = 2i - 1, ou seja, i = (n + 1)/2;
- Se n é par temos n = 2i ou i = n/2.
Daqui e de (1) obtemos que:
an = 10 + [(n + 1)/2] - 1 se n é ímpar
an = 8 + (n/2) - 1 se n é par
Logo:
a30 = 8 + (30/2) - 1 = 8 + 15 - 1 = 22 e
a55 = 10 + [(55 + 1)/2] - 1 = 37
E, portanto:
a30 + a55 = 22 + 37 = 59.

04. Resposta: E.
Sejam S as somas dos elementos da sequência e S1 a soma da PG infinita (0,9; 0,09; 0,009;…) de
razão q = 0,09/0,9 = 0,1. Assim:
S = 3 + S1
Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma PG infinita para obter S1:
S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4

05. Resposta: C.
Esta sequência é do tipo 𝑎𝑛 = 2𝑛−1 .
Assim:
𝑎6 = 26−1 = 25 = 32
𝑎8 = 28−1 = 27 = 128
A soma fica: 32 + 128 = 160.

06. Resposta: E.
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1
𝑎3 = 𝑎1 ∙ 𝑞 2
100 = 4 ∙ 𝑞 2
𝑞 2 = 25
𝑞=5

𝑎2 = 𝑎1 ∙ 𝑞 = 4 ∙ 5 = 20
𝑎4 = 𝑎3 ∙ 𝑞 = 100 ∙ 5 = 500
𝑎2 + 𝑎4 = 20 + 500 = 520

07. Resposta: B.
Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4
A64 = ?
a1 = 1
q=4
n = 64
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1
𝑎𝑛 = 1 ∙ 463 = (22 )63 = 2126

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
289
08. Resposta: D.
𝑟1 𝑟2
Se estão em Progressão Geométrica, então: 𝑟
= 𝑟1
, ou seja, 𝑟1 . 𝑟1 = 𝑟 . 𝑟2.
Assim: 𝑟1 2 = 144
𝑟1 = √144 = 12 𝑐𝑚
Sabemos que r + r1 + r2 = 52. Assim:
𝑟 + 12 + 𝑟2 = 52
𝑟 + 𝑟2 = 52 − 12
𝑟 + 𝑟2 = 40

09. Resposta: C.
Trata-se de uma Progressão Aritmética, cuja fórmula do termo geral é
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1). 𝑟
𝑛 = 7; 𝑎1 = 11; 𝑟 = 15 − 11 = 4
Assim, 𝑎7 = 11 + (7 − 1). 4 = 11 + 6.4 = 11 + 24 = 35

10. Resposta: A.
99 = 9 + (𝑛 − 1)10
10𝑛 − 10 + 9 = 99
𝑛 = 10
Vamos tirar o 99 pra ser contato a parte: 10-1=9
99 = 90 + (𝑛 − 1)
𝑛 = 99 − 90 + 1 = 10
São 19 números que possuem o algarismo 9, mas o 99 possui 2
19+1=20

11. Resposta: D.
r=4
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎234 = 4 + 233 ∙ 4 = 936
Portanto, o último algarismo é 6.

11) Matrizes, determinantes e sistemas lineares


a) Matrizes: conceito, tipos especiais, operações e matriz inversa.
b) Determinantes: conceito, resolução e propriedades.
c) Sistemas lineares: resolução, classificação e discussão.

MATRIZ

A tabela seguinte mostra a situação das equipes no Campeonato Paulista de Basquete masculino.

Campeonato Paulista – Classificação


Time Pontos
1º Tilibra/Copimax/Bauru 20
2º COC/Ribeirão Preto 20
3º Unimed/Franca 19
4º Hebraica/Blue Life 17
5º Uniara/Fundesport 16
6º Pinheiros 16
7º São Caetano 16
8º Rio Pardo/Sadia 15
9º Valtra/UBC 14
10º Unisanta 14

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
290
11º Leitor/Casa Branca 14
12º Palmeiras 13
13º Santo André 13
14º Corinthians 12
15º São José 12
Fonte: FPB (Federação Paulista de Basquete)
Folha de S. Paulo – 23/10/01

Observando a tabela, podemos tirar conclusões por meio de comparações das informações
apresentadas, por exemplo:

 COC/Ribeirão lidera a classificação com 20 pontos juntamente com Tilibra/Bauru


 Essa informação encontra-se na 2ª linha e 3ª coluna.

 Definições
.
Chamamos de matriz m x n (m Є N* e n Є N*) qualquer tabela formada por m n elementos
(informações) dispostos em m linhas e n colunas

Exemplos:

O nome de uma matriz é dado utilizando letras maiúsculas do alfabeto latino, A, por exemplo,
enquanto os elementos da matriz são indicados por letras latinas minúsculas, a mesma do nome de
matriz, afetadas por dois índices, que indicam a linha e a coluna que o elemento ocupa na matriz.
Assim, um elemento genérico da matriz A é representado por aij.
O primeiro índice, i, indica a linha que esse elemento ocupa na matriz, e o segundo índice, j, a coluna
desse comando.

Exemplo:
Na matriz B de ordem 2 x 3 temos:
1 0 3
𝐵=[ ]
2 −1 4

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
291
b11 = 1; b12 = 0; b13 = 3;
b21 = 2; b22 = -1; b23 = 4

Observação: O elemento b23, por exemplo, lemos assim: “b dois três”

De uma forma geral, a matriz A, de ordem m x n, é representada por:

 Matrizes Especiais

Apresentamos aqui a nomenclatura de algumas matrizes especiais:

- Matriz Linha
É a matriz que possui uma única linha.
Exemplos:
𝐴 = [2 3 5]
𝐵 = [−1 0]

- Matriz Coluna
É a matriz que possui uma única coluna.

Exemplos:
𝟎
𝑨 = [−𝟏]
𝟑
𝟎
𝑩=[ ]
𝟐

- Matriz Nula
É a matriz que possui todos os elementos iguais a zero.

Exemplos:
𝟎 𝟎
𝑨=[ ]
𝟎 𝟎
𝟎 𝟎 𝟎
𝑩=[ ]
𝟎 𝟎 𝟎

- Matriz Quadrada
É a matriz que possui o número de linhas igual ao número de linhas igual ao número de colunas.

Exemplo:

𝟏 𝟑
𝑨=[ ], matriz quadrada de ordem 2.
𝟐 −𝟏

Observações: Quando uma matriz não é quadrada, ela é chamada de retangular.


Dada uma matriz quadrada de ordem n, chamamos de diagonal principal da matriz ao conjunto dos
elementos que possuem índices iguais.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
292
Exemplos:

1) {a11, a22, a33, a44} é a diagonal principal da matriz A.


3ª) Dada a matriz quadrada de ordem n, chamamos de diagonal secundária da matriz ao conjunto
dos elementos que possuem a soma dos dois índices igual a n + 1.

2) {a14, a23, a32, a41} é a diagonal secundária da matriz A.

- Matriz Diagonal
É a matriz quadrada que apresenta todos os elementos, não pertencentes à diagonal principal, iguais
a zero.

Exemplo:

- Matriz Identidade
É a matriz diagonal que apresenta todos os elementos da diagonal principal iguais a 1.
Representamos a matriz identidade de ordem n por In.

Exemplos:

Observação: Para uma matriz identidade In = (aij)n x n

- Matriz Transposta

Dada uma matriz A, chamamos de matriz transposta de A à matriz obtida de A trocando-se


“ordenadamente”, suas linhas por colunas. Indicamos a matriz transposta de A por At.

Exemplo:

𝟏 𝟐
𝟏 𝟎 𝟑
𝑨=[ ] , 𝒆𝒏𝒕ã𝒐 𝑨𝒕 = [𝟎 𝟏]
𝟐 𝟏 𝟒
𝟑 𝟒

Observação: Se uma matriz A é de ordem m x n, a matriz At, transposta de A, é de ordem n x m.

 Igualdade de Matrizes

Sendo A e B duas matriz de mesma ordem, dizemos que um elemento de matriz A é correspondente
a um elemento de B quando eles ocupam a mesma posição nas respectivas matrizes.

Exemplo:

Sendo A e B duas matrizes de ordem 2 x 2,

𝑎11 𝑎12 𝑏11 𝑏12


𝐴 = [𝑎 𝑎22 ] 𝑒 𝐵 = [𝑏21 ]
21 𝑏22

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
293
São elementos correspondentes de A e B, os pares:

a11 e b11; a12 e b12; a21 e b21; a22 e b22.

- Definição
Duas matrizes A e B são iguais se, e somente se, têm a mesma ordem e os elementos
correspondentes são iguais.
Indica-se:
A=B
Então:

A = (aij)n x n e B = (bij)p x q

Observações: Dada uma matriz A = (aij)m x n , dizemos que uma matriz B = (bij)m x n é oposta de A
quando bij = -aij para todo i, Ī ≤ i ≤ m, e todo j, Ī ≤ j ≤ n.
Indicamos que B = -A.

Exemplo:

3 −1 −3 1
𝐴=[ ] 𝑒𝐵=[ ]
2 4 −2 −4

- Dizemos que uma matriz quadrada A = (aij)m x n é simétrica quando aij = aji para todo i, Ī ≤ i ≤ m, e
todo j, Ī ≤ j ≤ n. Isto é, A = At.
- Dizemos que uma matriz quadrada A = (aij)m x n é anti-simétrica quando aij = -aij para todo i, Ī ≤ i ≤ m,
e todo j, Ī ≤ j ≤ n. Isto é, A é anti-simétrica quando At = -A.

 Adição e Subtração de Matrizes

- Definição da Adição
Dadas duas matrizes A e B, de mesma ordem m x n, denominamos soma da matriz A com a matriz
B à matriz C, de ordem m x n, cujos elementos são obtidos quando somamos os elementos
correspondentes das matrizes A e B. Indicamos:

C=A+B

Assim:

- Propriedades da Adição
Sendo A, B e C matrizes m x n e O a matriz nula m s n, valem as seguintes propriedades.
- A + B = B + A (comutativa)
- (A + B) + C = A + (B + C) (associativa)
- A + O = O + A = A (elemento neutro)
- A + (-A) = (-A) + A = O (elemento oposto)
- (A + B)t = At + Bt

- Definição da Subtração
Consideremos duas matrizes A e B, ambas de mesma ordem m x n. Chamamos de diferença entre
A e B (indicamos com A – B) a soma de A com a oposta de B.

A – B = A + (B)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
294
Exemplo:

Observação: Na prática, para obtermos a subtração de matrizes de mesma ordem, basta subtrairmos
os elementos correspondentes.

 Multiplicação de Matrizes por um Número Real

- Definição
Consideremos uma matriz A, de ordem m x n, e um número real. O produto de por A é uma matriz B,
de ordem m x n, obtida quando multiplicamos cada elemento de A por.
Indicamos:
B= .A

Exemplo:

Sendo
, temos
A

2
=
A

 Matrizes – Produtos

- Multiplicação de Matrizes
O produto (linha por coluna) de uma matriz A = (aij)m x p por uma matriz B = (bij)p x n é uma matriz C =
(cij)m x n, de modo que cada elemento cij é obtido multiplicando-se ordenadamente os elementos da linha
i de A pelos elementos da coluna j de B, e somando-se os produtos assim obtidos. Indicamos:

B= .A

Da definição, decorre que:

- Só existe o produto de uma matriz A por uma matriz B se o número de colunas de A é igual ao
número de linhas de B.

- A matriz C, produto de Am x p por BP x n, é do tipo m x n.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
295
Propriedades
Sendo A uma matriz de ordem m x n, B e C matrizes convenientes e, são válidas as seguintes
propriedades.
- ( A . B) . C = A . (B . C) (associativa)
- C . (A + B) = C . A + C . B (distributiva pela esquerda)
- (A + B) . C = A . C + B (distributiva pela direita)
- A . In = Im . A = A (elemento neutro)
- ( . A) . B = A . ( . B ) = . (A . B)
- A . On x p = Om x p e Op x m . A = Op x n
- (A . B)t = Bt . At

Observação: Para a multiplicação de matrizes não vale a propriedade comutativa (A . B ≠ B . A). Esta
propriedade só é verdadeira em situações especiais, quando dizemos que as matrizes são comutáveis.

Devemos levar em consideração os fatos seguintes:

1º) (A + B) ≠ A2 + 2AB + B2, pois (A + B)2 = (A + B)(A+B) + A2 + AB + BA + B2


2º) (A . B)t ≠ At . Bt, pois, pela 7ª propriedade, devemos ter (A . B)t = Bt . At

 Matriz Inversa
No conjunto dos números reais, para todo a ≠ 0, existe um número b, denominado inverso de a,
satisfazendo a condição:
a.b=b.a=1
1
Normalmente indicamos o inverso de a por ou a-1.
a
Analogamente para as matrizes temos o seguinte:

- Definição
Uma matriz A, quadrada de ordem n, diz-se inversível se, e somente se, existir uma matriz B,
quadrada de ordem n, tal que:

A . B = B . A = In

A matriz B é denominada inversa de A e indicada por A-1.

Exemplos:
4  3 1 3
- Verifique que a matriz B=   é a inversa da matriz A=  
 1 1  1 4 
Resolução

1 3 4  3 1 0
A.B=  .  = 
1 4   1 1  0 1

4  3 1 3 1 0
B.A=   . = 
 1 1  1 4  0 1

Como A . B = B . A = 12, a matriz B é a inversa de A, isto é, B = A-1.

Observação: É bom obser4varmos que, de acordo com a definição, a matriz A também é a inversa
de B, isto é, A=B-1, ou seja, A=(A-1)-1.

3 1
- Encontre a matriz inversa da matriz A=   , se existir.
2 1

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
296
Resolução
a b 
Supondo que B=   é a matriz inversa de A, temos:
c d 

3 1 a b  1 0
A.B= 
1 c d  0 1
. =
2

3a  c 3b  d  1 0
2a  c 2b  d  = 0 1
   

Assim:
3a  c  1 3b  d  0
 e 
2a  c  0 2b  d  1

Resolvendo os sistemas, encontramos:


A = 1,b = -1,c = -2 e d = 3

1 1
Assim, B=  
 2 3

Por outro lado:

 1  1  3 1 1 0
B.A=   . = 
 2 3 2 1 0 1

Portanto, a matriz A é inversível e sua inversa é a matriz:

1 1
B=A-1=  
 2 3

Observação: Quando uma matriz é inversível, dizemos que ela é uma matriz não-singular; caso a
matriz não seja inversível, dizemos que ela é uma matriz singular.

Propriedades
Sendo A e B matrizes quadradas de ordem n e inversíveis, temos as seguintes propriedades:
- (A-1)-1 = A
- (A-1)t = At)-1
- (A.B)-1=B-1..A-1
- Dada A, se existir A-1, então A-1 é única.

Exemplo
Sendo A, B e X matrizes inversíveis de ordem n, isolar X em (X.A)-1-=B.

Resolução
(X.A)-1=B  A-1.X-1=B
Multiplicando os dois membros à esquerda por A, encontramos:

A.A-1.X-1=A.B
Como A.A-1=In, então:

In.X-1=A.B
Como In é elemento neutro na multiplicação de matrizes, temos:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
297
X-1=A.B
Elevando os dois membros da igualdade, ao expoente -1, temos:

(X-1)-1=(A.B)-1

Assim, X=(A.B)-1, ou então X=B-1.A-1


O sistema obtido está escalonado e é do 2º

Questões

01. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB/2014) A matriz abaixo registra as ocorrências policiais
em uma das regiões da cidade durante uma semana.

Sendo M=(aij)3x7 com cada elemento aij representando o número de ocorrência no turno i do dia j da
semana. O número total de ocorrências no 2º turno do 2º dia, somando como 3º turno do 6º dia e com
o 1º turno do 7º dia será:
(A) 61
(B) 59
(C) 58
(D) 60
(E) 62

02. (SEAP /PR – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – PUC/PR/2013) As planilhas eletrônicas


facilitaram vários procedimentos em muitas áreas, sejam acadêmicas ou profissionais. Na matemática,
para obter o determinante de uma matriz quadrada, com um simples comando, uma planilha fornece
rapidamente esse valor. Em uma planilha eletrônica, temos os valores armazenados em suas células:

Para obter o determinante de uma matriz utiliza-se o comando “=MATRIZ.DETERM(A1:D4)” e essa


planilha fornece o valor do determinante:

Se em uma outra planilha forem armazenados os valores representados a seguir,

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
298
ao acionar o comando “=MATRIZ.DETERM(A1:C3)” o valor do determinante é:
(A) 1512
(B) 7
(C) 4104
(D) 2376
(E) 8424

03. (CPTM – ANALISTA DE COMUNICAÇÃO JÚNIOR – MAKIYAMA/2013) Para que a soma de


𝑎 𝑏
uma matriz 𝐴 = [ ] e sua respectiva matriz transposta At em uma matriz identidade, são condições
𝑐 𝑑
a serem cumpridas:
(A) a=0 e d=0
(B) c=1 e b=1
(C) a=1/c e b=1/d
(D) a²-b²=1 e c²-d²=1
(E) b=-c e a=d=1/2

04. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) Assinale a alternativa que apresente o resultado


da multiplicação das matrizes A e B abaixo:
2 1 0 4 −2
𝐴=( ) ∙𝐵 =( )
3 −1 1 −3 5

−1 −5 1
(A) ( )
1 15 11
1 51
(B) ( )
−1 15 − 11
1 5 −1
(C) ( )
1 −15 11

1 51
(D) ( )
1 15 11

−1 5 − 1
(E) ( )
1 15 − 11

05. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Considere a seguinte sentença envolvendo


matrizes:

6 𝑦 1 −3 7 7
( )+( )=( )
7 2 8 5 15 7

Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta o valor de y que torna a sentença verdadeira.
(A) 4.
(B) 6.
(C) 8.
(D) 10.

06. (TRANSPETRO – ENGENHEIRO JÚNIOR – AUTOMAÇÃO – CESGRANRIO/2012) Um sistema


dinâmico, utilizado para controle de uma rede automatizada, forneceu dados processados ao longo do
tempo e que permitiram a construção do quadro abaixo.

1 3 2 0
3 1 0 2
2 3 0 1
0 2 1 3

A partir dos dados assinalados, mantendo-se a mesma disposição, construiu-se uma matriz M. O
valor do determinante associado à matriz M é

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
299
(A) 42
(B) 44
(C) 46
(D) 48
(E) 50

Respostas

01. Resposta: E.
Turno i –linha da matriz
Turno j- coluna da matriz
2º turno do 2º dia – a22=18
3º turno do 6º dia-a36=25
1º turno do 7º dia-a17=19
Somando:18+25+19=62

02. Resposta: A.

A.B=I
1 0 1 𝑎 𝑏 𝑐 1 0 0
( 2 1 0 )∙( 𝑑 𝑒 𝑓 )=( 0 1 0 )
0 1 1 𝑔 ℎ 𝑖 0 0 1

𝑎+𝑔 𝑏+ℎ 𝑐+𝑖 1 0 0


( 2𝑎 + 2𝑑 2𝑏 + 𝑒 2𝑐 + 𝑓 ) = ( 0 1 0 )
𝑑+𝑔 𝑒+ℎ 𝑓+ 𝑖 0 0 1

Como queremos saber o elemento da segunda linha e terceira coluna(f):


𝑐+𝑖 = 0
{2𝑐 + 𝑓 = 0
𝑓+𝑖 =1

Da primeira equação temos:


c=-i
substituindo na terceira:
f-c=1

2𝑐 + 𝑓 = 0(𝑥 − 1)
{
𝑓−𝑐 =1

−2𝑐 − 𝑓 = 0
{
𝑓−𝑐 =1

Somando as equações:
-3c=1
C=-1/3
f=2/3

03. Resposta: E.
𝑎 𝑏 𝑎 𝑐 2𝑎 𝑏+𝑐 1 0
𝐴 + 𝐴𝑡 = [ ]+[ ]=[ ]=[ ]
𝑐 𝑑 𝑏 𝑑 𝑏+𝑐 2𝑑 0 1
2a=1
a=1/2
b+c=0
b=-c
2d=1
D=1/2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
300
04. Resposta: B.
2∙0+1∙1 2 ∙ 4 + 1 ∙ (−3 ) 2 ∙ (−2) + 1 ∙ 5
𝐴∙𝐵 =( )
3 ∙ 0 + (−1) ∙ 1 3 ∙ 4 + (−1) ∙ (−3) 3 ∙ (−2) + (−1) ∙ 5

1 51
𝐴∙𝐵 =( )
−1 15 − 11

05. Resposta: D.
6+1=7 𝑦−3=7
( )
7 + 8 = 15 2 + 5 = 7

y=10

06. Resposta: D.
1 3 2 0
𝑀 = ( 3 1 0 2)
2 3 0 1
0 2 1 3

Como é uma matriz 4x4 vamos achar o determinante através do teorema de Laplace. Para isso
precisamos, calcular os cofatores. Dica: pela fileira que possua mais zero. O cofator é dado pela fórmula:
𝐶𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷. Para o determinante é usado os números que sobraram tirando a linha e a coluna.
3 1 2
𝐶13 = (−1)4 ∙ | 2 3 1 |
0 2 3

𝐶13 = 27 + 8 − 6 − 6 = 23
A13=2.23=46

1 3 0
𝐶43 = (−1)7 | 3 1 2 |
2 3 1

𝐶43 = −(1 + 12 − 6 − 9) = 2
A43=1.2=2
D = 46 + 2 = 48

DETERMINANTES

Chamamos de determinante a teoria desenvolvida por matemáticos dos séculos XVII e XVIII, como
Leibniz e Seki Shinsuke Kowa, que procuravam uma fórmula para determinar as soluções de um
“Sistema linear”, assunto que estudaremos a seguir.
Esta teoria consiste em associar a cada matriz quadrada A, um único número real que denominamos
determinante de A e que indicamos por det A ou colocamos os elementos da matriz A entre duas barras
verticais, como no exemplo abaixo:
1 2  12
A=   → det A=
 4 5 45

Definições

Determinante de uma Matriz de Ordem 1


Seja a matriz quadrada de ordem 1: A = [a11]
Chamamos determinante dessa matriz o número:
det A = [ a11] = a11

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
301
Exemplos

- A = [-2] → det A = - 2
- B = [5] → det B = 5
- C=[0] → det C=0

Determinante de uma Matriz de ordem 2


Seja a matriz quadrada de ordem 2:

a11 a12 
A=  
a 21 a 22 

Chamamos de determinante dessa matriz o número:


a11 a12
det A= =a11.a22-a21.a12
a 21 a 22

Para facilitar a memorização desse número, podemos dizer que o determinante é a diferença entre
o produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária.
Esquematicamente:

a11 a12
det A= = a11.a22-a21.a12
a 21 a 22

Exemplos
1 2
- A=  
5 3
det A= 1.3-5.2 = - 7

2  1
- B=  
2 3 
det B= 2.3-2.(-1) = 8

Determinante de uma Matriz de Ordem 3

Seja a matriz quadrada de ordem 3:


a11 a12 a13 

A= a21 a22 a23

 
a31 a32 a33 
Chamamos determinante dessa matriz o numero:

detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 +
-a12 a21 a33 - a32 a23 a11
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
302
Para memorizarmos a definição de determinante de ordem 3, usamos a regra prática denominada
Regra de Sarrus:

- Repetimos a 1º e a 2º colunas às direita da matriz.


a11 a12 a13 a11 a12
a21 a22 a23 a21 a22
a31 a32 a33 a31 a32

- Multiplicando os termos entre si, seguindo os traços em diagonal e associando o sinal indicado dos
produtos, temos:

detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32 - a13 a22 a31
- a11 a23 a32 - a12 a21 a33

Observação: A regra de Sarrus também pode ser utilizada repetindo a 1º e 2º linhas, ao invés de
repetirmos a 1º e 2º colunas.

Determinantes – Propriedades - I

Apresentamos, a seguir, algumas propriedades que visam a simplificar o cálculo dos determinantes:

Propriedade 1: O determinante de uma matriz A é igual ao de sua transposta At.

Exemplo

a b  a c 
A=    At=  
c d  b d 
det A  ad  bc 
  det A  det A
t

det A  ad  bc
t

Propriedade 2: Se B é a matriz que se obtém de uma matriz quadrada A, quando trocamos entre si
a posição de duas filas paralelas, então:
detB = - detA

Exemplo

a b c d
A= 
d  a b 
e B=
c 
B foi obtida trocando-se a 1º pela 2º linha de A.
detA = ad - bc
debt = bc - ad = - (ad - bc) = - detA

Assim,
detB = - detA

Consequência da Propriedade 2: Uma matriz A que possui duas filas paralelas “iguais”tem
determinante igual a zero.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
303
Justificativa: A matriz que obtemos de A, quando trocamos entre si as duas filas (linha ou coluna
“iguais”, é igual a A. Assim, de acordo com a propriedade 2, escrevemos que detA = -detA

Assim: detA = 0

Propriedade 3: Sendo B uma matriz que obtemos de uma matriz quadrada A, quando multiplicamos
uma de sua filas (linha ou coluna) por uma constante k, então detB = k.detA

Consequência da Propriedade 3: Ao calcularmos um determinante, podemos “colocar em


evidência” um “fator comum” de uma fila (linha ou coluna).

Exemplo

- Sendo A uma matriz quadrada de ordem n, a matriz k. A é obtida multiplicando todos os elementos
de A por k, então:

det(k.A) = kn.detA

Exemplo

Assim:
det(k.A) = k3.detA

Propriedade 4: Se A, B e C são matrizes quadradas de mesma ordem, tais que os elementos


correspondentes de A, B e C são iguais entre si, exceto os de uma fila, em que os elementos de C são
iguais às somas dos seus elementos correspondentes de A e B, então.

detC = detA + detB

Exemplos:

ab x abr a b xr
c d y +c d s =c d ys
e f z e f t e f z t

 Propriedades dos Determinantes

- Propriedades 5 (Teorema de Jacobi)


O determinante não se altera, quando adicionamos uma fila qualquer com outra fila paralela
multiplicada por um número.
Exemplo:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
304
abc
Considere o determinante detA= d e f
g hi

Somando a 3ª coluna com a 1ª multiplicada por m, teremos:

Exemplo:
Vamos calcular o determinante D abaixo.
1 0 3 1 0 3 1 0
D=  2 4  1 =  2 4  1  2 4
5 0 2 5 0 2 5 0
D = 8 + 0 + 0 – 60 – 0 – 0 = -52

Em seguida, vamos multiplicar a 1ª coluna por 2, somar com a 3ª coluna e calcular:

1 0 5 1 0 5 1 0
D1=  2 4  5 =  2 4  5  2 4
5 0 12 5 0 12 5 0
D1 = 48 + 0 + 0 – 100 – 0 – 0 = -52

Observe que D1=D, de acordo com a propriedade.

- Consequência
Quando uma fila de um determinante é igual à soma de múltiplos de filas paralelas (combinação
linear de filas paralelas), o determinante é igual a zero.
Exemplo:

1 2 8
Seja D= 3 2 12
4  1 05

Observe que cada elemento de 3ª coluna é igual à 1ª coluna multiplicada por 2 somada com a 2ª
coluna multiplicada por 3.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
305
8 = 2(1) + 3(2) = 2 + 6
12 = 2(3) + 3(2) = 6 + 6
5 = 2(4) + 3(-1) = 8 - 3
Portanto, pela consequência da propriedade 5, D = 0
Use a regra de Sarrus e verifique.

- Propriedade 6 (Teorema de Binet)


Sendo A e B matrizes quadradas de mesma ordem, então:
det(A.B) = detA . detB

Exemplo:

1 2 
A=    detA=3
 0 3
 4 3
B=    detB=-2
 
2 1
8 5 
A.B=    det(A.B)=-6
 6 3

Logo, det(AB)=detA. detB

Consequências: Sendo A uma matriz quadrada e n  N*, temos:


det(Na) = (detA)n

Sendo A uma matriz inversível, temos:


1
detA-1=
det A

Justificativa: Seja A matriz inversível.


A-1.A=I
det(A-1.A) = det I
detA-1.detA = det I
1
detA-1=
det A

Uma vez que det I=1, onde i é a matriz identidade.

 Determinantes – Teorema de Laplace

- Menor complementar e Co-fator

Dada uma matriz quadrada A=(aij)nxn (n  2), chamamos menor complementar do elemento aij e
indicamos por Mij o determinante da matriz quadrada de ordem n-1, que se obtém suprimindo a linha i
e a coluna j da matriz A.

Exemplo:
1 2 3

Sendo A= 4 1 0 , temos:

2 1 2
1 0
M11= =2
1 2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
306
4 0
M12= =8
2 2
4 1
M13= =2
2 1

Chamamos co-fator do elemento aij e indicamos com Aij o número (-1)i+j.Mij, em que Mij é o menor
complementar de aij.

Exemplo:

 3 1 4
Sendo A  2 1 3  , temos:
 
 1 3 0

1+1 2
13
A11=(-1) .M11=(-1) . =-9
3 0
2 3
A12=(-1)1+2.M12=(-1)3. =-3
1 0
3 1
A33=(-1)3+3.M33=(-1)6. =5
2 1

Dada uma matriz A=(aij)nxm, com n  2, chamamos matriz co-fatora de A a matriz cujos elementos são
os co-fatores dos elementos de A; indicamos a matriz co-fatora por cof A. A transposta da matriz co-
fatora de A é chamada de matriz adjunta de A, que indicamos por adj. A.

Exemplo:
 1 3 2
Sendo A=  1 0  1 , temos:
 
 4 2 1 

0 1
A11=(-1)1+1. =2
2 1

1 1
A12=(-1)1+2. =-5
4 1
1 0
A13=(-1)1+3. =2
4 2

3 2
A21=(-1)2+1. =1
2 1

1 2
A22=(-1)2+2. =-7
4 1

1 3
A23=(-1)2+3. =10
4 2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
307
3 2
A31=(-1)3+1. =-3
0 1

1 2
A32=(-1)3+2. =3
1 1
1 3
A33=(-1)3+3. =-3
1 0

Assim:
 2 5 2  2 1 3
  
cof A= 1  7 10 e adj A=  5  7 3
  
 3 3  3   2 10  3

 Determinante de uma Matriz de Ordem n

-Definição
Vimos até aqui a definição de determinante para matrizes quadradas de ordem 1, 2 e 3.

Seja A uma matriz quadrada de ordem n.

Então:

- Para n = 1
A=[a11]  det A=a11

- Para n  2:

a11 a12 .... a1n 


a a22 ... a2 n  n
A=  21
 det A   a1 j . A1 j
.......................  j 1
 
an1 an 2 ... ann 

ou seja:
detA = a11.A11+a12.A12+…+a1n.A1n

Então, o determinante de uma matriz quadrada de ordem n, n  2 é a soma dos produtos dos
elementos da primeira linha da matriz pelos respectivos co-fatores.

Exemplos:
a11 a12 
Sendo A=   , temos:
a21 a22 
detA = a11.A11 + a12.A12, onde:
A11 = (-1)1+1.|a22| = a22
A12 = (-1)1+2.|a21| = a21

Assim:
detA = a11.a22 + a12.(-a21)

detA = a11.a22 - a21.a12

Nota: Observamos que esse valor coincide com a definição vista anteriormente.
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
308
 3 0 0 0
 1 2 3 2 
- Sendo A=  , temos:
 23 5 4 3
 
 9 3 0 2

detA = 3.A11 + 0. A12  0. A13  0. A14




zero

 2 3 2
A11 = (-1) . 1 4 3 =-11
1+1
 
3 0 2 
Assim: det A=-33
detA = 3.(-11) 

Nota: Observamos que quanto mais “zeros” aparecerem na primeira linha, mais o cálculo é
facilitado.

- Teorema de Laplace

Seja A uma matriz quadrada de ordem n, n  2, seu determinante é a soma dos produtos dos
elementos de uma fila (linha ou coluna) qualquer pelos respectivos co-fatores.

Exemplo:
5 0 1 2
3 2 1 0 
Sendo A= 
4 1 0 0
 
3  2 2 0

Devemos escolher a 4ª coluna para a aplicação do teorema de Laplace, pois, neste caso, teremos
que calcular apenas um co-fator.

Assim:
detA = 2.A14 + 0.A24 + 0.A34 + 0.A44
3 2 1
A14=(-1) 1+4 4 1 0  =+21
 
3  2 2 
detA = 2 . 21 = 42

Observações Importantes: No cálculo do determinante de uma matriz de ordem n, recaímos em


determinantes de matrizes de ordem n-1, e no cálculo destes, recaímos em determinantes de ordem n-
2, e assim sucessivamente, até recairmos em determinantes de matrizes de ordem 3, que calculamos
com a regra de Sarrus, por exemplo.
- O cálculo de um determinante fica mais simples, quando escolhemos uma fila com a maior
quantidade de zeros.
- A aplicação sucessiva e conveniente do teorema de Jacobi pode facilitar o cálculo do determinante
pelo teorema de Laplace.

Exemplo:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
309
 1 2 3 1
 0 1 2 1 
Calcule det A sendo A= 
 2 3 1 2
 
 3 4 6 3

A 1ª coluna ou 2ª linha tem a maior quantidade de zeros. Nos dois casos, se aplicarmos o teorema
de Laplace, calcularemos ainda três co-fatores.
Para facilitar, vamos “fazer aparecer zero” em A31=-2 e A41=3 multiplicando a 1ª linha por 2 e somando
com a 3ª e multiplicando a 1ª linha por -3 e somando com a 4ª linha; fazendo isso, teremos:

 1 2 1 3
 0  1 2 1 
A= 
 0 7 7 4
 
 0  2  3 0

Agora, aplicamos o teorema de Laplace na 1ª coluna:


 1 2 1   1 2 1
detA=1.(-1)1+1.  7 7 4  =  7 7 4 

  2  3 0   2  3 0

Aplicamos a regra de Sarrus,


1 2 1 1 2
7 7 4 7 7
2 3 0 2 3
+ + +

det A = (0 – 16 – 21) - ( - 14 + 12 + 0)
detA = 0 – 16 – 21 + 14 – 12 – 0 = -49 + 14
detA = -35

- Uma aplicação do Teorema de Laplace

Sendo A uma matriz triangular, o seu determinante é o produto dos elementos da diagonal principal;
podemos verificar isso desenvolvendo o determinante de A através da 1ª coluna, se ela for triangular
superior, e através da 1ª linha, se ela for triangular superior, e através da 1ª linha, se ela for triangular
inferior.
Assim:

1ª. A é triangular superior

a11 a12 a13 .... a1n 


0 a22 a23 ... a2 n 

A= 0 0 a33 ... a3n 
 
 ... ... ... ... ... 
 0 0 ... ann 
 0
detA=a11.a22.a33. …
.ann

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
310
2ª. A é triangular inferior

a11 a12 a13 .... a1n 


 
a21 a22 0 ... a2 n 
A= a31 a32 a33 ... a3n 
 
 ... ... ... ... ... 
a an 3 ... ann 
 n1 an 2
detA=a11.a22.a33. …
.ann
1 0 0  0
 0 1 0  0 

In=  0 0 1  0
 
    
 0 0 0  1

detIn=1

- Determinante de Vandermonde e Regra de Chió


Uma determinante de ordem n  2 é chamada determinante de Vandermonde ou determinante das
potências se, e somente se, na 1ª linha (coluna) os elementos forem todos iguais a 1; na 2ª, números
quaisquer; na 3ª, os seus quadrados; na 4ª, os seus cubos e assim sucessivamente.

Exemplos:
- Determinante de Vandermonde de ordem 3

1 1 1
a b c
a 2 b2 c2

- Determinante de Vandermonde de ordem 4

1 1 1 1
a b c d
a2 b2 c2 d 2
a3 b3 c3 d 3

Os elementos da 2ª linha são denominados elementos característicos.

- Propriedade
Um determinante de Vandermonde é igual ao produto de todas as diferenças que se obtêm
subtraindo-se de cada um dos elementos característicos os elementos precedentes, independente da
ordem do determinante.

Exemplo:
Calcule o determinante:
1 2 4
detA= 1 4 16
1 7 49

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
311
Sabemos que detA = detAt, então:
1 1 1
detAt= 2 4 7
1 16 49
Que é um determinante de Vandermonde de ordem 3, então:
detA = (4 – 2).(7 – 2).(7 – 4)=2 . 5 . 3 = 30

Questões

01. (COBRA Tecnologia S-A (BB) - Analista Administrativo - ESPP/2013) O valor de b para que
𝑏
𝑥 2
o determinante da matriz [ ] seja igual a 8, em que x e y são as coordenadas da solução do sistema
2 𝑦
𝑥 + 2𝑦 = 7
{ , é igual a:
2𝑥 + 𝑦 = 8

(A) 2.
(B) –2.
(C) 4.
(D) –1.

1 𝑥
02. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) É correto afirmar que o determinante | |é igual
−2 4
a zero para x igual a
(A) 1.
(B) 2.
(C) -2.
(D) -1.
𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥
03. (CGU – ADMINISTRATIVA – ESAF/2012) Calcule o determinante da matriz: ( )
𝑠𝑒𝑛 𝑥 cos 𝑥
(A) 1
(B) 0
(C) cos 2x
(D) sen 2x
(E) sen x/2

04. (PREF. ARARAQUARA/SP – AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE


2, 𝑠𝑒 𝑖 > 𝑗
SANEAMENTO – CETRO/2012) Dada a matriz 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥3, onde 𝑎𝑖𝑗 = { , assinale a
−1, 𝑠𝑒 𝑖 ≤ 𝑗
alternativa que apresenta o valor do determinante de A é
(A) -9.
(B) -8.
(C) 0.
(D) 4.

05. (COBRA TECNOLOGIA – TÉCNICO DE OPERAÇÕES – DOCUMENTOS/QUALIDADE -


𝑏
𝑥 2
ESPP/2012) O valor de b para que o determinante da matriz [ ] seja igual a 8, em que x e y são as
2 𝑦
𝑥 + 2𝑦 = 7
coordenadas da solução do sistema { é igual a:
2𝑥 + 𝑦 = 8
(A) 2.
(B) -2.
(C) 4.
(C) -1.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
312
Respostas

01. Resposta: B.
𝑥 + 2𝑦 = 7 (𝑥 − 2)
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

−2𝑥 − 4𝑦 = −14
{
2𝑥 + 𝑦 = 8
- 3y = - 6
y=2
x = 7 - 2y
x=7–4=3

𝑏
|3 2| = 8
2 2
6–b=8
B=-2

02. Resposta: C.
D = 4 - (-2x)
0 = 4 + 2x
x=-2

03. Resposta: C.
det = cos²x - sen²x
det = cos(2x)

04. Resposta: A.
−1 −1 −1
𝐴 = ( 2 −1 −1 )
2 2 −1
−1 −1 −1
𝐷𝑒𝑡 𝐴 = | 2 −1 −1|
2 2 −1

detA = - 1 – 4 + 2 - (2 + 2 + 2) = - 9

05. Resposta: B.
𝑥 + 2𝑦 = 7 (𝑥 − 2)
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

−2𝑥 − 4𝑦 = −14
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

Somando as equações:
- 3y = - 6
y=2
x=7–4=3
𝑏
𝐷𝑒𝑡 = |3 2 |
2 2

6–b=8
b=-2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
313
SISTEMAS LINEARES

Um Sistema de Equações Lineares é um conjunto ou uma coleção de equações com as quais é


possível resolvermos tudo de uma só vez. Sistemas Lineares são úteis para todos os campos da
matemática aplicada, em particular, quando se trata de modelar e resolver numericamente problemas
de diversas áreas. Nas engenharias, na física, na biologia, na química e na economia, por exemplo, é
muito comum a modelagem de situações por meio de sistemas lineares.

Definição
Toda equação do tipo a1x1 + a2x2 + a3x3+...anxn = b, onde a1, a2, a3,.., an e b são números reais e x1,
x2, x3,.., xn são as incógnitas.
Os números reais a1, a2, a3..., an são chamados de coeficientes e b é o termo independente.

Observamos também que todos os expoentes de todas as variáveis são sempre iguais a 1.

Solução de uma equação linear


Na equação 4x – y = 2, o par ordenado (3,10) é uma solução, pois ao substituirmos esses valores na
equação obtemos uma igualdade.
4 . 3 – 10 → 12 – 10 = 2

Já o par (3,0) não é a solução, pois 4.3 – 0 = 2 → 12 ≠ 2

Sistema Linear
Um conjunto de m equações lineares na variáveis x1,x2, ..., xn é dito sistema linear de m equações
e n variáveis.

Dessa forma temos:


2𝑥 − 3𝑦 = 5
𝑎) { é 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 2 𝑒𝑞𝑢𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒 2 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑥+𝑦 =4

𝑥−𝑦+𝑧 = 2
𝑏) { é 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 2 𝑒𝑞𝑢𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒 3 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠
−3𝑥 + 4𝑦 = 1

𝑐){𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 − 𝑤 = 0 é 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 1 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑒 4 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠

Matrizes associadas a um sistema


Podemos associar a um sistema linear 2 matrizes (completas e incompletas) cujos elementos são os
coeficientes das equações que formam o sistema.
Exemplo:
4𝑥 + 3𝑦 = 1
𝑎) {
2𝑥 − 5𝑦 = −2

Temos que:
4 3 4 3 1
𝐴=( ) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎 𝑒 𝐵 = ( ) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎.
2 −5 2 −5 −2

Solução de um sistema
Dizemos que a1,a2,...,an é a solução de um sistema linear de n variáveis quando é solução de cada
uma das equações do sistema.

Exemplo:
A tripla ordenada (-1,-2,3) é solução do sistema:
3𝑥 − 𝑦 + 𝑧 = 2
{ 𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = 0
2𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 2

1º equação → 3.(-1) – (-2) + 3 = -3 + 2 + 3 = 2 (V)


2º equação → -1 -2.(-2) – 3 = -1 + 4 – 3 = 0 (V)
3º equação → 2.(-1) + (-2) + 2.3 = -2 – 2 + 6 = 2 (V)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
314
Classificação de um sistema linear
Um sistema linear é classificado de acordo com seu números de soluções.

Exemplos:
2𝑥 − 𝑦 = −1
A) O par ordenado (1,3) é a única solução do sistema {
7𝑥 − 3𝑦 = −2
Temos que o sistema é possível e determinado (SPD)

3𝑥 − 3𝑦 + 3𝑧 = 3
B) O sistema { apresenta infinitas soluções, como por exemplo (0,1,2), (1,0,0),(2,-
𝑥−𝑦+𝑧 =1
1,-2). Dizemos que o sistema é possível e indeterminado (SPI)

𝑥−𝑦+𝑧 =4
C) O sistema {−4𝑥 + 2𝑦 − 𝑧 = 0 não apresenta nenhuma solução, pois a primeira e a terceira
𝑥−𝑦+𝑧 =2
equações não podem satisfeitas ao mesmo tempo. Dizemos que o sistema é impossível (SI).

Sistemas escalonados
Considerando um sistema linear S no qual, em cada equação, existe pelo menos um coeficiente não
nulo.
Dizemos que S está na forma escalonada (ou é escalonado) se o número de coeficientes nulos, antes
do 1º coeficiente não nulo, aumenta de equação para equação.

Exemplos de sistemas escalonados:

𝟒𝒙 − 𝒚 + 𝟓𝒛 = 𝟑𝟔 𝟒𝒙 + 𝒚 − 𝒛 − 𝒕 − 𝒘 = 𝟏
𝟑𝒙 − 𝒚 + 𝒛 = 𝟐 { { 𝒛 + 𝒕 + 𝟐𝒘 = 𝟎
𝟑𝒚 − 𝟐𝒛 = 𝟏
𝟐𝒘 = −𝟑
𝟐𝒚 − 𝟑𝒛 = −𝟏
{ −𝒛 = 𝟓

Observe que o 1º sistema temos uma redução de números de coeficientes nulos: da 1ª para a 2ª
equação temos 1 e da 1ª para a 3ª temos 2; logo dizemos que ele é escalonado.

- Resolução de um sistema na forma escalonado


Temos dois tipos de sistemas escalonados.

1º) Número de equações igual ao número de variáveis

3𝑥 + 7𝑦 + 5𝑧 = −3
{ 𝑦 + 𝑧 = −2
−2𝑧 = 8

Vamos partir da última equação, onde obtemos o valor de z. Substituindo esse valor na segunda
equação obtemos y. Por fim, substituímos y e z na primeira equação, obtendo x.
Assim temos:
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
315
-2z = 8 → z = -4
y + z = -2 → y – 4 = -2 → y = 2
3x + 7y + 5z = -3 → 3x + 7.2 + 5.(-4) = -3 →3x + 14 – 20 = -3 →3x = -3 + 6 →3x = 3 → x = 1

Logo a solução para o sistema é (1,2,-4).


O sistema tem uma única solução logo é SPD.

2º) Número de equações menor que o número de variáveis.

𝑥 − 𝑦 + 3𝑧 = 5
{
𝑦+𝑧 =2

Sabemos que não é possível determinar x,y e z de maneira única, pois há três variáveis e apenas
duas “informações” sobre as mesmas. A solução se dará em função de uma de suas variáveis, que será
chamada de variável livre do sistema.
Vamos ao passo a passo:

1º passo → a variável que não aparecer no início de nenhuma das equações do sistema será
convencionada como variável livre, neste caso, a única variável livre é z.

2º passo → transpomos a variável livre z para o 2º membro em cada equação e obtemos:


𝑥 − 𝑦 = 5 − 3𝑧
{
𝑦 =2−𝑧

3º passo → para obtermos x como função de z, substituímos y = 2 – z, na equação:


x - (2 – z) = 5 – 3z → x = 7 – 4z

Assim, toda tripla ordenada da forma (7 – 4z, 2 – z, z), sendo z ϵ R, é solução do sistema. Para cada
valor real que atribuirmos a z, chegaremos a uma solução do sistema.

z = 0 → (7,2,0) z = 1 → (3,1,1)
1 3 1
z = -1 → (11,3, -1) z = 2 → (5,2 , 2 )

Este tipo de sistema é dado por infinitas soluções, por isso chamamos de SPI.

Sistemas equivalentes e escalonamento


Dizemos que dois sistemas lineares, S1 e S2, são equivalentes quando a solução de S1 também é
solução de S2.
Dado um sistema linear qualquer, nosso objetivo é transforma-lo em outro equivalente, pois como
vimos é fácil resolver um sistema de forma escalonada. Para isso, vamos aprender duas propriedades
que nos permitirá construir sistemas equivalentes.

1ª Propriedade: quando multiplicamos por k, k ϵ R*, os membros de uma equação qualquer de


um sistema linear S, obtemos um novo sistema S’ equivalente a S.
𝑥−𝑦 =4
𝑆{ , 𝑐𝑢𝑗𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 é (3, −1)
2𝑥 + 3𝑦 = 3

Multiplicando-se a 1ª equação de S por 3, por exemplo, obtemos:


3𝑥 − 3𝑦 = 12
𝑆′ { , 𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑎 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 (3, −1)
6𝑥 + 9𝑦 = 9

2ª Propriedade: quando substituímos uma equação de um sistema linear S pela soma, membro a
membro, dele com outra, obtemos um novo sistema S’, equivalente a S.
−𝑥 + 𝑦 = −2
𝑆{ , 𝑐𝑢𝑗𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 é (5,3)
2𝑥 − 3𝑦 = 1

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
316
Substituindo a 2ª equação pela soma dela com a 1ª:
−𝑥 + 𝑦 = −2
−𝑥 + 𝑦 = −2 (2ª 𝑒𝑞.)+(1ª 𝑒𝑞.) 2𝑥 − 3𝑦 = 1
𝑆′ { ← (+)
2𝑥 − 3𝑦 = 1
𝑥 − 2𝑦 = −1

O par (5,3) é também solução de S’, pois a segunda também é verificada:


x – 2y = 5 – 2. 3 = 5 – 6 = -1

Escalonamento de um sistema
Para escalonarmos um sistema linear qualquer vamos seguir o passo a passo abaixo:

1º passo: Escolhemos, para 1º equação, uma em que o coeficiente da 1ª incógnita seja não nulo. Se
possível, fazemos a escolha a fim de que esse coeficiente seja igual a -1 ou 1, pois os cálculos ficam,
em geral, mais simples.
2º passo: Anulamos o coeficiente da 1ª equação das demais equações, usando as propriedades 1 e
2.
3º passo: Desprezamos a 1ª equação e aplicamos os 2 primeiros passos com as equações restantes.
4º passo: Desprezamos a 1ª e a 2ª equações e aplicamos os dois primeiros passos nas equações,
até o sistema ficar escalonado.

Vejamos um exemplo:

Escalone e resolva o sistema:


−𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = −9
{ 2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 6
−2𝑥 − 2𝑦 + 𝑧 = 1

Primeiramente precisamos anular os coeficientes de x na 2ª e na 3ª equação:

Deixando de lado a 1ª equação, vamos repetir o processo para a 2ª e a 3ª equação. Convém,


entretanto, dividir os coeficientes da 2ª equação por 3, a fim de facilitar o escalonamento:
−𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = −9
{ 𝑦 − 𝑧 = −4
−4𝑦 + 5𝑧 = 19

Que é equivalente a:
-Substituímos a 3ª equação pela soma
dela com a 2ª equação, multiplicada por 4:
−𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = −9
{ 𝑦 − 𝑧 = −4 4𝑦−4𝑧=−16
−4𝑦+5𝑧=19
𝑧=3
𝑧=3

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
317
O sistema obtido está escalonado é do tipo SPD.
A solução encontrada para o mesmo é (2,-1,3)

Observação: Quando, durante o escalonamento, encontramos duas equações com coeficientes


ordenadamente iguais ou proporcionais, podemos retirar uma delas do sistema.

Exemplo:

Escalone e resolva o sistema:


3𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = 0
{ 𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1
8𝑥 − 6𝑦 + 2𝑧 = 2

𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1
{ 3𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = 0
8𝑥 − 6𝑦 + 2𝑧 = 2
(-3) x (1ª eq.) + (2ª eq.):
-3x + 3y – 6z = -3
3x – 2y – z = 0
y – 7z = -3
𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1
{ 𝑦 − 7𝑧 = −3
2𝑦 − 14𝑧 = −6
(-8) x (1eq.) + (3ª eq.)
-8x + 8y – 16z = -8
8x - 6y + 2z = 2
2y – 14z = -6

Deixamos a 1ª equação de lado e repetimos o processo para a 2ª e 3ª equação:

(-2) x (2ª eq.) + (3ª eq.)


𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1
-2y + 14z = 6
{ 𝑦 − 7𝑧 = −3
2y – 14z = -6
0=0 0 =0

A 3ª equação pode ser retirada do sistema, pois, apesar de ser sempre verdadeira, não traz
informação sobre os valores das variáveis. Assim, obtemos os sistema escalonado:
𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1 (𝐼)
{ , 𝑞𝑢𝑒 é 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑆𝑃𝐼.
𝑦 − 7𝑧 = −3 (𝐼𝐼)

A variável livre do sistema é z, então temos:


(I) y = 7z – 3
(II) x – (7z – 3) + 2z = 1 → x = 5z – 2

Assim, S = [(5z – 2, 7z – 3, z); z ϵ R]

Sistemas homogêneos
Observe as equações lineares seguintes:

x – y + 2z = 0 4x – 2y + 5z = 0 -x1 – x2 – x3 = 0

O coeficiente independente de cada uma delas é igual a zero, então denominamos de equações
homogêneas.
Note que a tripla ordenada (0,0,0) é uma possível solução dessas equações, na qual chamamos de
solução nula, trivial ou imprópria.
Ao conjunto de equações homogêneas denominamos de sistemas homogêneos. Este tipo de sistema
é sempre possível, pois a solução nula satisfaz cada uma de suas equações.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
318
Exemplo:
𝑥+𝑦−𝑧 = 0
Escalonando o sistema {2𝑥 + 3𝑦 + 𝑧 = 0 , 𝑣𝑒𝑚:
5𝑥 + 7𝑦 + 𝑧 = 0

𝑥+𝑦−𝑧 =0
{ 𝑦 + 3𝑧 = 0 ← (−2)𝑥(1ª 𝑒𝑞. ) + (2ª 𝑒𝑞. )
2𝑦 + 6𝑧 = 0 ← (−5)𝑥(1ª 𝑒𝑞. ) + (3ª 𝑒𝑞. )

Dividindo os coeficientes da 3ª equação por 2, notamos que ela ficará igual à 2ª equação e , portanto
poderá ser retirada do sistema.

𝑥+𝑦−𝑧 = 0
Assim, o sistema se reduz à forma escalonada { 𝑒 é 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑆𝑃𝐼.
𝑦 + 3𝑧 = 0

Resolvendo-o vem y = -3z e x = 4z. Se z = α, α ϵ R, segue a solução geral (4α,-3α, α).


Vamos ver algumas de suas soluções:
- α = 0 → (0,0,0): solução nula ou trivial.
- α = 1 → (4,-3,1)
- α = -2 → (-8,6,-2)

As soluções onde α = 1 e – 2 são próprias ou diferentes da trivial.

Regra de Cramer
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒
Consideramos os sistema { . Suponhamos que a ≠ 0. Observamos que a matriz
𝑐𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑓
𝑎 𝑏
incompleta desse sistema é 𝑀 = ( ), cujo determinante é indicado por D = ad – bc.
𝑐 𝑑
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 =𝑒
Escalonando o sistema, obtemos: { (∗)
(𝑎𝑑 − 𝑏𝑐). 𝑦 = (𝑎𝑓 − 𝑐𝑒)
Se substituirmos em M a 2ª coluna (dos coeficientes de y) pela coluna dos coeficientes
𝑎 𝑒
independentes, obteremos ( 𝑐 𝑓 ),cujo determinante é indicado por Dy = af – ce.
𝐷𝑦
Assim, em (*), na 2ª equação, obtemos D. y = Dy. Se D ≠ 0, segue que 𝑦 = 𝐷 .

𝑒 𝑏
Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e considerando a matriz ( ), cujo determinante
𝑓 𝑑
𝐷𝑥
é indicado por Dx = ed – bf, obtemos 𝑥 = 𝐷 , D ≠ 0.

Resumindo:

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒 𝑎 𝑏
Um sistema { é possível e determinado quando 𝐷 = | | ≠ 0, e a solução desse
𝑐𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑐 𝑑
sistema é dada por :

𝑫𝒙 𝑫𝒚
𝒙= 𝒆𝒚=
𝑫 𝑫

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
319
Estes resultados são conhecidos como Regra de Cramer e podem ser generalizados para um
sistema n x n (n equações e n incógnitas). Esta regra é um importante recurso na resolução de sistemas
lineares possíveis e determinados, especialmente quando o escalonamento se torna trabalhoso (por
causa dos coeficientes das equações) ou quando o sistema é literal.

Exemplo:
𝑥+𝑦+𝑧 =0
Vamos aplicar a Regra de Cramer para resolver os sistema { − 𝑦 − 5𝑧 = −6
4𝑥
2𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = −3

1 1 1
De início temos que |4 −1 −5| = −9 ≠ 0. Temos, dessa forma, SPD.
2 1 2
0 1 1 𝐷𝑥 18
𝐷𝑥 = |−6 −1 −5| = 15 − 6 − 3 + 12 = 18; 𝑥 = = = −2
𝐷 −9
−3 1 2
1 0 1 𝐷𝑦 −27
𝐷𝑦 = |4 −6 −5| = −12 − 12 + 12 − 15 = −27; 𝑦 = = =3
𝐷 −9
2 −3 2
1 1 0 𝐷𝑧 9
𝐷𝑧 = |4 −1 −6| = 3 − 12 + 6 + 12 = 9; 𝑧 = = = −1
𝐷 −9
2 1 −3

Uma alternativa para encontrar o valor de z seria substituir x por -2 e y por 3 em qualquer uma das
equações do sistema.
Assim, S = {(-2,3-1)}.

Discussão de um sistema
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒
Consideremos novamente o sistema { , cuja forma escalonada é:
𝑐𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑓

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒
{⏟
(𝑎𝑑 − 𝑏𝑐) . 𝑦 = (𝑎𝑓 − 𝑐𝑒)(∗)
𝐷

𝑎 𝑏
em que 𝐷 = | | é o determinante da matriz incompleta do sistema.
𝑐 𝑑

Como vimos, se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado e a solução pode ser obtida através da
Regra de Cramer.
Se D = 0, o 1º membro de (*) se anula. Dependendo do anulamento, ou não, do 2º membro de (*),
temos SPI ou SI.
Em geral, sendo D o determinante da matriz incompleta dos coeficientes de um sistema linear, temos:

D ≠ 0 → SPD
D = 0 → (SPI ou SI)

Esses resultados são válidos para qualquer sistema linear de n equações e n incógnitas, n ≥ 2. Temos
que discutir um sistema linear em função de um ou mais parâmetros significa dizer quais valores do(s)
parâmetro(s) temos SPD, SPI ou SI.
Exemplo:

𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
Vamos discutir, em função de m, o sistema { 3𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 2
2𝑥 + 3𝑦 + 𝑚𝑧 = 2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
320
1 −2 3
Temos: 𝐷 = |3 1 1 | = 𝑚 − 4 + 27 − 6 − 3 + 6𝑚 − 7𝑚 + 14
2 3 𝑚

- Se 7m + 14 ≠ 0, isto é, se m ≠ - 2, temos SPD.


- Se 7m + 14 = 0, isto é, se m = -2 , podemos ter SI ou SPI. Então vamos substituir m por -2 no
sistema e resolvê-lo:

𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0 𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
{ 3𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 2 ⟺ { 7𝑦 − 8𝑧 = 2 ⟵ (−3)𝑥 (1ª 𝑒𝑞. ) + (2ª 𝑒𝑞. )
2𝑥 + 3𝑦 − 2𝑧 = 2 7𝑦 − 8𝑧 = 2 ⟵ (−2)𝑥 (1ª 𝑒𝑞. ) + (3ª 𝑒𝑞. )

𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
ou ainda { , 𝑞𝑢𝑒 é 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑙𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑒 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑆𝑃𝐼.
7𝑦 − 8𝑧 = 2

Assim:
m ≠ - 2 → SPD
m = -2 → SPI

Observações:
- Para um sistema homogêneo, a condição D = 0, é necessária para que tenhamos SPI, mas não é
suficiente (pois existe a possibilidade de se ter SI).
- Para um sistema homogêneo, a condição D = 0 é suficiente para que tenhamos SPI.

Questões

2 x  3 y  8
01. Resolver e classificar o sistema: 
3x  2 y  1
2 x  3 y  5
02. Determinar m real, para que o sistema seja possível e determinado: 
 x  my  2
3x  y  z  5

03. Resolver e classificar o sistema: x  3 y  7
2 x  y  2 z  4

x  2 y  z  5

04. Determinar m real para que o sistema seja possível e determinado. 2 x  y  2 z  5
3x  y  mz  0

05. Se o terno ordenado (2, 5, p) é solução da equação linear 6x - 7y + 2z = 5, qual o valor de p?

06. Escreva a solução genérica para a equação linear 5x - 2y + z = 14, sabendo que o terno ordenado
(𝛼, 𝛽, 𝛾) é solução.

07. Determine o valor de m de modo que o sistema de equações abaixo,


2x - my = 10
3x + 5y = 8, seja impossível.

08. Se os sistemas:
S1: x + y = 1 e S2: ax – by = 5
X – 2y = -5 ay – bx = -1
São equivalentes, então o valor de a2 + b2 é igual a:
(A) 1
(B) 4
(C) 5
(D) 9
(E) 10

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
321
09. Resolva o seguinte sistema usando a regra de Cramer:
x + 3y - 2z = 3
2x - y + z = 12
4x + 3y - 5z = 6

2 x  y  7
10. Resolver o sistema  .
 x  5 y  2

11. (UNIOESTE – ANALISTA DE INFORMÁTICA – UNIOESTE/2013) Considere o seguinte sistema


de equações lineares

3 3
𝑥 + 2𝑦 + 2 𝑧 = 2
( 2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 2 )
2𝑥 + 4𝑦 + 3𝑧 = 3

Assinale a alternativa correta.


(A) O determinante da matriz dos coeficientes do sistema é um número estritamente positivo.
(B) O sistema possui uma única solução (1, 1, -1).
(C) O sistema possui infinitas soluções.
(D) O posto da matriz ampliada associada ao sistema é igual a 3.
(E) Os vetores linha (1, 2, 3/2) e (2, 4, 3) não são colineares.

12. (SEDUC/RJ - Professor – Matemática – CEPERJ) Sabendo-se que 2a + 3b + 4c = 17 e que 4a


+ b - 2c = 9, o valor de a + b + c é:
(A) 3.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 6.
(E) 7.

Respostas

01. Resposta: S= {(1, 2)}.


Calculemos inicialmente D, Dx e Dy:
2 3
D  4  9  13
3 2

8 3
Dx   16  3  13
1 2

2 8
Dy   2  24  26
3 1

Como D =-13 ≠ 0, o sistema é possível e determinado e:


Dx  13 Dy  26
x  1 e y  2
D  13 D  13
Assim: S= {(1, 2)} e o sistema são possíveis e determinados.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
322
 3
02. Resposta: m  R / m   .
 2
Segundo a regra de Cramer, devemos ter D ≠ 0, em que:

2 3
D  2m  3
1 m
3
Assim: 2m -3 ≠ 0 → m ≠
2
Então, os valores reais de m, para que o sistema seja possível e determinado, são dados pelos
elementos do conjunto:
 3
m  R / m  
 2

03. Resposta: S = {(1, 2, 4)}.


Calculemos inicialmente D, Dx, Dy e Dz

3 1 1

D1 3 0  18  0  1  6  0  2  25

2 1 2

5 1 1

Dx  7 3 0  30  0  7  12  0  14  25

2 1 2

3 5 1

Dy  1 7 0  42  0  4  14  0  10  50
242

3 1 5

Dz  1 3 7  36  14  5  30  21  4  100

2 1 4

Como D= -25 ≠ 0, o sistema é possível e determinado e:


 25
Dy  50
D
x x   1; y   2; z  Dz  100  4
D  25 D  25 D  25

Assim: S = {(1, 2, 4)} e o sistema são possíveis e determinados.

04. Resposta: m  R / m  3.


Segundo a regra de Cramer, devemos ter D ≠ 0.
Assim:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
323
1 2 1

D  2 1 2  m  12  2  3  2  4m

3 1 m
D = -5m + 15

Assim: -5m + 15 ≠ 0 → m ≠ 3
Então, os valores reais de m, para que o sistema seja possível e determinado, são dados pelos
elementos do conjunto:
m  R / m  3

05. Resposta: 14.


Teremos por simples substituição, observando que x = 2, y = 5 e z = p, 6 . 2 – 7 . 5 + 2 . p = 5.
Logo, 12 - 35 + 2p = 5.
Daí vem imediatamente que 2p = 28 e, portanto, p = 14.

06. Resposta: S = (1,3,15).


Podemos escrever: 5α - 2β + γ = 14. Daí, tiramos: γ = 14 - 5α + 2β. Portanto, a solução genérica será
o terno ordenado (α, β, 14 - 5α + 2β ).
Observe que se arbitrando os valores para α e β, a terceira variável ficará determinada em função
desses valores.
Por exemplo, fazendo-se α = 1, β = 3, teremos:
γ = 14 - 5 α + 2 β = 14 – 5 . 1 + 2 . 3 = 15,
ou seja, o terno (1, 3, 15) é solução, e assim, sucessivamente.

Verificamos, pois que existem infinitas soluções para a equação linear dada, sendo o terno
ordenado (α, β, 14 - 5 α + 2 β) a solução genérica.

07. Resposta: m = -10/3.


Teremos, expressando x em função de m, na primeira equação:
x = (10 + my) / 2

Substituindo o valor de x na segunda equação, vem:


3[(10+my) / 2] + 5y = 8

Multiplicando ambos os membros por 2, desenvolvendo e simplificando, vem:


3(10+my) + 10y = 16
30 + 3my + 10y = 16
(3m + 10)y = -14
y = -14 / (3m + 10)

Ora, para que não exista o valor de y e, em consequência não exista o valor de x, deveremos ter o
denominador igual a zero, já que , como sabemos, não existe divisão por zero.
Portanto, 3m + 10 = 0, de onde se conclui m = -10/3, para que o sistema seja impossível, ou seja,
não possua solução.

08. Resposta: E.
Como os sistemas são equivalentes, eles possuem a mesma solução. Vamos resolver o sistema:
S1: x + y = 1
x - 2y = -5
Subtraindo membro a membro, vem: x - x + y - (-2y) = 1 - (-5).
Logo, 3y = 6 \ y = 2.

Portanto, como x + y = 1, vem, substituindo: x + 2 = 1 \ x = -1.


O conjunto solução é, portanto S = {(-1, 2)}.
Como os sistemas são equivalentes, a solução acima é também solução do sistema S2.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
324
Logo, substituindo em S2 os valores de x e y encontrados para o sistema S1, vem:
a(-1) - b(2) = 5 → - a - 2b = 5
a(2) - b (-1) = -1 → 2 a + b = -1

Multiplicando ambos os membros da primeira equação por 2, fica:


-2 a - 4b = 10

Somando membro a membro esta equação obtida com a segunda equação, fica:
-3b = 9 \ b = - 3

Substituindo o valor encontrado para b na equação em vermelho acima (poderia ser também na outra
equação em azul), teremos:
2 a + (-3) = -1 \ a = 1.
Portanto, a2 + b2 = 12 + (-3)2 = 1 + 9 = 10.

09. Resposta: S = {(5, 2, 4)}.


Teremos:

Portanto, pela regra de Cramer, teremos:


x1 = D x1 / D = 120 / 24 = 5
x2 = D x2 / D = 48 / 24 = 2
x3 = D x3 / D = 96 / 24 = 4

Logo, o conjunto solução do sistema dado é S = {(5, 2, 4)}.

10. Resposta: S  3,1


2  1
A   det A  11
1 5 
 7  1
A1     det A1  33
 2 5 
2 7 
A2     det A2  11
1  2
det A1 33 det A2  11
x  3 y   1
det A 11 det A 11

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
325
11. Resposta: C.
3
1 2
𝐷 = | 2 1 2 | = 3 + 12 + 4 − 3 − 4 − 12 = 0
1
2 4 3
O sistema pode ser SI(sistema impossível) ou SPI(sistema possível indeterminado)

Para ser SI Dx = 0 e SPI Dx  0


3 3
2 9 9
𝐷𝑥 = | 2 2 | = + 6 + 24 − − 6 − 12 = 12
2 1 1 2 2
3 4 3
Dx  0, portanto o sistema tem infinitas soluções.

12. Reposta: D.
(I) 2a + 3b + 4c = 17 x(-2)
(II) 4a + b – 2c = 9

Multiplicamos a primeira equação por – 2 e somamos com a segunda, cancelando a variável a:


(I) 2a + 3b + 4c = 17
(II) – 5b – 10c = - 25 : (- 5)

Então:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
(II) b +2c = 5

Um sistema com três variáveis e duas equações é possível e indeterminado (tem infinitas soluções),
então fazendo a variável c = α (qualquer letra grega).

Substituímos c em (II):
b + 2α = 5
b = 5 - 2α

substituímos b e c em (I):
2a + 3(5 - 2α) + 4α = 17
2a + 15 - 6α + 4α = 17
2a = 17 – 15 + 6α - 4α
2a = 2 + 2α : (2)
a=1+α

Logo a solução do sistema é a = 1 + α. b = 5 - 2α e c = α, então:


a + b + c = 1 + α + 5 - 2α + α = 6

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
326
12) Geometria plana a) Congruência de figuras planas. b)
Semelhança de triângulos. c) Relações métricas nos triângulos,
polígonos regulares e círculos. d) Inscrição e circunscrição de
polígonos regulares. e) Áreas de polígonos, círculo, coroa e setor
circular.

POLÍGONOS

Um polígono é uma figura geométrica fechada, simples, formada por segmentos consecutivos e não
colineares.

Elementos de um polígono

Um polígono possui os seguintes elementos:

- Lados: cada um dos segmentos de reta que une vértices consecutivos: ̅̅̅̅
AB, ̅̅̅̅
BC, ̅̅̅̅ DE e ̅̅̅̅
CD, ̅̅̅̅ AE.

- Vértices: ponto de intersecção de dois lados consecutivos: A, B, C, D e E.

- Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não consecutivos: ̅̅̅̅


AC, ̅̅̅̅ BD, ̅̅
AD, ̅̅̅̅ ̅̅ e ̅̅̅̅
CE BE.

- Ângulos internos: ângulos formados por dois lados consecutivos (assinalados em azul na figura):
, , , , .

- Ângulos externos: ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo
(assinalados em vermelho na figura): , , , , .

Classificação: os polígonos são classificados de acordo com o número de lados, conforme a


tabela abaixo.
N° de lados Nome
3 Triângulo
4 Quadrilátero
5 Pentágono
6 Hexágono
7 Heptágono
8 Octógono
9 Eneágono
10 Decágono
11 Undecágono
12 Dodecágono
15 Pentadecágono
20 Icoságono

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
327
Fórmulas: na relação de fórmulas abaixo temos a letra n que representa o números de lados ou de
ângulos ou de vértices de um polígonos, pois um polígono de 5 lados tem também e vértices e 5 ângulos.

1 – Diagonais de um vértice: dv = n – 3.

(𝐧−𝟑).𝐧
2 - Total de diagonais: 𝐝 = .
𝟐

3 – Soma dos ângulos internos: Si = (n – 2).180°.

4 – Soma dos ângulos externos: para qualquer polígono o valor da soma dos ângulos externos é uma
constante, isto é, Se = 360°.

Polígonos Regulares: um polígono é chamado de regular quando tem todos os lados congruentes
(iguais) e todos os ângulos congruentes. Exemplo: o quadrado tem os 4 lados iguais e os 4 ângulos de
90°, por isso é um polígono regular. E para polígonos regulares temos as seguintes fórmulas, além das
quatro acima:

(𝐧−𝟐).𝟏𝟖𝟎° 𝐒
1 – Ângulo interno: 𝐚𝐢 = 𝐧
ou 𝐚𝐢 = 𝐧𝐢.

𝟑𝟔𝟎° 𝐒𝐞
2 - Ângulo externo: 𝐚𝐞 = 𝐧
ou 𝐚𝐞 = 𝐧
.

Semelhança de Polígonos: Dois polígonos são semelhantes quando os ângulos correspondentes


são congruentes e os lados correspondentes são proporcionais.
Vejamos:

Fonte: http://www.somatematica.com.br

1) Os ângulos correspondentes são congruentes:

2) Os lados correspondentes (homólogos) são proporcionais:


𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴
= = = 𝑜𝑢
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′
3,8 4 2,4 2
= = =
5,7 6 3,6 3

Podemos dizer que os polígonos são semelhantes. Mas a semelhança só será válida se ambas
condições existirem simultaneamente.

A razão entre dois lados correspondentes em polígonos semelhante denomina-se razão de


semelhança, ou seja:
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴 2
= = = = 𝑘 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑘 =
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′ 3

Outras figuras semelhantes (formas iguais e tamanhos diferentes):

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
328
Fonte: http://www.somatematica.com.br

Questões

01. A soma dos ângulos internos de um heptágono é:


(A) 360°
(B) 540°
(C) 1400°
(D) 900°
(E) 180°

02. Qual é o número de diagonais de um icoságono?


(A) 20
(B) 70
(C) 160
(D) 170
(E) 200

03. O valor de x na figura abaixo é:

(A) 80°
(B) 90°
(C) 100°
(D) 70°
(E) 50°

04. Um joalheiro recebe uma encomenda para uma joia poligonal. O comprador exige que o número
de diagonais seja igual ao número de lados. Sendo assim, o joalheiro deve produzir uma joia:
(A) Triangular
(B) Quadrangular
(C) Pentagonal
(D) Hexagonal
(E) Decagonal

05. Num polígono convexo, a soma dos ângulos internos é cinco vezes a soma dos ângulos externos.
O número de lados e diagonais desse polígono, respectivamente, são:
(A) 54 e 12
(B) 18 e 60
(C) 12 e 54
(D) 60 e 18
(E) 15 e 30

06. Cada um dos ângulos externos de um polígono regular mede 15°. Quantos lados tem esse
polígono?
(A) 20
(B) 24
(C) 26
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
329
(D) 30
(E) 32

Respostas

01. Resposta: D.
Heptágono (7 lados)  n = 7
Si = (n – 2).180°
Si = (7 – 2).180°
Si = 5.180° = 900°

02. Resposta: D.
Icoságono (20 lados)  n = 20
(𝑛−3).𝑛
𝑑= 2
(20−3).20
𝑑= 2
= 17.10
d = 170

03. Resposta: A.
A soma dos ângulos internos do pentágono é:
Si = (n – 2).180º
Si = (5 – 2).180º
Si = 3.180º → Si = 540º
540º = x + 3x / 2 + x + 15º + 2x – 20º + x + 25º
540º = 5x + 3x / 2 + 20º
520º = 10x + 3x / 2
1040º = 13x
X = 1040º / 13 → x = 80º

04. Resposta: C.
Sendo d o números de diagonais e n o número de lados, devemos ter:
d=n

(𝑛−3).𝑛
2
= 𝑛 (passando o 2 multiplicando)
(n – 3).n = 2n
n–3=2
n=2+3
n = 5  pentagonal

05. Resposta: C.
Do enunciado, temos:
Si = 5.Se
(n – 2).180º = 5.360°
(n – 2).180° = 1800°
1800
n–2=
180
n – 2 = 10
n = 10 + 2 = 12 lados
(𝑛−3).𝑛
𝑑= 2
(12−3).12
𝑑=
2
d = 9.6 = 54 diagonais

06. Resposta: B.
Temos que ae = 15°
360°
𝑎𝑒 =
𝑛

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
330
360°
15° =
𝑛
15n = 360
n = 360 : 15
n = 24 lados

POLÍGONOS REGULARES

Todo polígono regular pode ser inscrito em uma circunferência. E temos fórmulas para calcular o lado
e o apótema desse triângulo em função do raio da circunferência. Apótema e um segmento que sai do
centro das figuras regulares e divide o lado em duas partes iguais.

I) Triângulo Equilátero:

- Lado: l = r√3
r
- Apótema: a =
2

II) Quadrado:
- Lado: l = r√2

r√2
- Apótema: a =
2

III) Hexágono Regular

- Lado: l = r

r√3
- Apótema: a =
2

Questões

01. O apótema de um hexágono regular inscrito numa circunferência de raio 8 cm, vale, em
centímetros:
(A) 4
(B) 4√3
(C) 8
(D) 8√2
(E) 12

02. O apótema de um triângulo equilátero inscrito em uma circunferência mede 10 cm, o raio dessa
circunferência é:
(A) 15 cm

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
331
(B) 10 cm
(C) 8 cm
(D) 20 cm
(E) 25 cm

03. O apótema de um quadrado mede 6 dm. A medida do raio da circunferência em que esse
quadrado está inscrito, em dm, vale:
(A) 4√2 dm
(B) 5√2 dm
(C) 6√2 dm
(D) 7√2 dm
(E) 8√2 dm

Respostas

01. Resposta: B.
Basta substituir r = 8 na fórmula do hexágono
𝑟√3 8√3
𝑎= 2
𝑎 = 2
= 4√3 cm

02. Resposta: D.
Basta substituir a = 10 na fórmula do triangulo equilátero.
𝑟 𝑟
𝑎 = 2  10 = 2  r = 2.10  r = 20 cm

03. Resposta: C.
Sendo a = 6, temos:
𝑟√2
𝑎= 2

𝑟 √2
6= 2
 𝑟√2 = 2.6  𝑟√2 = 12 (√2 passa dividindo)
12
r= (temos que racionalizar, multiplicando em cima e em baixo por √2)
√2

12.√2 12√2
𝑟= 𝑟=  𝑟 = 6√2 dm
√2.√2 2

RAZÃO ENTRE ÁREAS

- Razão entre áreas de dois triângulos semelhantes

Vamos chamar de S1 a área do triângulo ABC = S1 e de S2 a do triângulo A’B’C’ = S2


𝑏1 ℎ1
Δ ABC ~ Δ A’B’C’ → 𝑏2 = ℎ2 = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)

𝑏.ℎ
Sabemos que a área do triângulo é dada por 𝑆 = 2

Aplicando as razões temos que:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
332
𝑏1. ℎ1
𝑆1 𝑏1 ℎ1 𝑆1
= 2 = . = 𝑘. 𝑘 = 𝑘 2 → = 𝑘2
𝑆2 𝑏2. ℎ2 𝑏2 ℎ2 𝑆2
2

A razão entre as áreas de dois triângulos semelhantes é igual ao quadrado da razão de


semelhança.

- Razão entre áreas de dois polígonos semelhantes

Área de ABCDE ... MN = S1 Área de A’B’C’D’ ... M’N’ = S2

ABCDE ... MN = S1 ~ A’B’C’D’ ... M’N’ = S2 → ΔABC ~ ΔA’B’C’ e ΔACD ~ ΔAMN →


𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝑀𝑁
= ′ ′ = ⋯ = ′ ′ = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)
𝐴′𝐵′ 𝐵 𝐶 𝑀𝑁

Fazendo:

Área ΔABC = t1, Área ΔACD = t2, ..., Área ΔAMN = tn-2

Área ΔA’B’C’ = T1, Área ΔA’C’D’ = T2, ..., Área ΔA’M’N’ = Tn-2

Anteriormente vimos que:


𝑡𝑖
= 𝑘 2 → 𝑡𝑖 = 𝑘 2 𝑇𝑖 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 = 1,2,3, … , 𝑛 − 2
𝑇𝑖

Então:
𝑆1 𝑡1 + 𝑡2 + 𝑡3 + ⋯ + 𝑡𝑛−2 𝑆1
= → = 𝑘2
𝑆2 𝑇1 + 𝑇2 + 𝑇3 + ⋯ + 𝑇𝑛−2 𝑆2

A razão entre as áreas de dois polígonos semelhantes é igual ao quadrado da razão de


semelhança.

Observação: A propriedade acima é extensiva a quaisquer superfícies semelhantes e, por isso, vale

A razão entre as áreas de duas superfícies semelhantes é igual ao quadrado da razão de


semelhança.

QUADRILÁTEROS

Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:


- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
333
Observação: é o único polígono em que Si = Se

No quadrilátero acima, observamos alguns elementos geométricos:


- Os vértices são os pontos: A, B, C e D.
- Os ângulos internos são A, B, C e D.
- Os lados são os segmentos ̅̅̅̅
AB, ̅̅̅̅
BC, ̅̅̅̅
CD e ̅̅̅̅
AD.

Observação: Ao unir os vértices opostos de um quadrilátero qualquer, obtemos sempre dois


triângulos e como a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus, concluímos
que a soma dos ângulos internos de um quadrilátero é igual a 360 graus.

 Quadriláteros Notáveis:

Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.

- ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
AB é paralelo a CD

Os trapézios podem ser:


- Retângulo: dois ângulos retos.
- Isósceles: lados não paralelos congruentes (iguais).
- Escaleno: os quatro lados diferentes.

Paralelogramo: É o quadrilátero que tem lados opostos paralelos. Num paralelogramo, os ângulos
opostos são congruentes e os lados apostos também são congruentes.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
334
- ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ e ̅̅̅̅
AB//CD AD//BC̅̅̅̅
- AB = CD e AD = ̅̅̅̅
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ BC (lados opostos iguais)
-Â = Ĉ e B ̂=D ̂ (ângulos opostos iguais)
- ̅̅̅̅
AC ≠ ̅̅̅̅
BD (duas diagonais diferentes)

Os paralelogramos mais importantes recebem nomes especiais:

- Losango: 4 lados congruentes


- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Observações:
- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes (iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares entre si (formam ângulo de 90°) e são
bissetrizes dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio).

Fórmulas da área dos quadriláteros:


(B+b).h
1- Trapézio: A = 2 , onde B é a medida da base maior, b é a medida da base menor e h é
medida da altura.
2- Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da base e h é a medida da altura.
3- Retângulo: A = b.h
D.d
4- Losango: A = 2 , onde D é a medida da diagonal maior e d é a medida da diagonal menor.
5- Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.

Questões

01. Determine a medida dos ângulos indicados:


a)

b)

c)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
335
02. Com relação aos quadriláteros, assinale a alternativa incorreta:
(A) Todo quadrado é um trapézio.
(B) Todo retângulo é um paralelogramo.
(C) Todo quadrado é um losango.
(D) Todo trapézio é um paralelogramo.
(E) Todo losango é um paralelogramo.

03. Corta-se um arame de 30 metros em duas partes. Com cada uma das partes constrói-se um
quadrado. Se S é a soma das áreas dos dois quadrados, assim construídos, então o menor valor
possível para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.
(B) uma parte é o dobro da outra.
(C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

04. Um terreno retangular de perímetro 200m está à venda em uma imobiliária. Sabe-se que sua
largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro quadrado cobrado nesta região é de R$
50,00, qual será o valor pago por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

05. Na figura, ABCD é um trapézio isósceles, onde AD = 4, CD = 1, A = 60° e a altura vale 2√3. A
área desse trapézio é

(A) 4.
(B) (4√3)/3.
(C) 5√3.
(D) 6√3.
(E) 7.

06. Uma pessoa comprou 30 m2 de piso para colocar em uma sala retangular de 4 m de largura,
porém, ao medir novamente a sala, percebeu que havia comprado 3,6 m2 de piso a mais do que o
necessário. O perímetro dessa sala, em metros, é de:
(A) 21,2.
(B) 22,1.
(C) 23,4.
(D) 24,3.
(E) 25,6.

07. A figura abaixo é um trapézio isósceles, onde a, b, c representam medidas dos ângulos internos
desse trapézio. Determine a medida de a, b, c.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
336
(A) a = 63°, b = 117° e c = 63°
(B) a = 117°, b = 63° e c = 117°
(C) a = 63°, b = 63° e c = 117°
(D) a = 117°, b = 117° e c = 63°
(E) a = b = c = 63°

08. Sabendo que x é a medida da base maior, y é a medida da base menor, 5,5 cm é a medida da
base média de um trapézio e que x - y = 5 cm, as medidas de x e y são, respectivamente:
(A) 3 e 8
(B) 5 e 6
(C) 4 e 7
(D) 6 e 5
(E) 8 e 3

Respostas

01. Respostas: a = 70º; b = 162º e c = 18º.


a) x + 105° + 98º + 87º = 360º
x + 290° = 360°
x = 360° - 290°
x = 70º

b) x + 80° + 82° = 180°


x + 162° = 180°
x = 180º - 162º
x = 18°
18º + 90º + y + 90º = 360°
y + 198° = 360°
y = 360º - 198°
y = 162º

c) 3a / 2 + 2a + a / 2 + a = 360º
(3a + 4a + a + 2a) / 2 = 720° /2
10a = 720º
a = 720° / 10
a = 72°
72° + b + 90° = 180°
b + 162° = 180°
b = 180° - 162°
b = 18°.

02. Resposta: D.
Trata-se de uma pergunta teórica.
a) V  o quadrado tem dois lados paralelos, portanto é um trapézio.
b) V  o retângulo tem os lados opostos paralelos, portanto é um paralelogramo.
c) V  o quadrado tem os lados opostos paralelos e os 4 lados congruentes, portanto é um losango.
d) F
e) V  o losango tem lados opostos paralelos, portanto é um paralelogramo.

03. Resposta: A.

x
- um quadrado terá perímetro x  o lado será l = 4 e o outro quadrado terá perímetro 30 – x  o
30−x
lado será l1 = 4
, sabendo que a área de um quadrado é dada por S = l2, temos:
S = S1 + S2  S = l2 + l1 2
x 2 30−x 2 x2 (30−x)2
S = (4) + ( 4
)  S = 16 + 16
, como temos o mesmo denominador 16:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
337
x2 +302 −2.30.x+x2 x2 +900−60x+x2 2x2 60x 900
S=  S=  S= − + , sendo uma equação do 2º
16 16 16 16 16
grau onde a = 2/16; b = -60/16 e c = 900/16 e o valor de x será o x do vértice que e dado pela fórmula:
−b
x = 2a , então:

−60 60
−( ) 60 16 60
16
xv = 2 = 16
4  xv = 16 . 4
= 4
= 15, logo l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15.
2. 16
16

04. Resposta: D.
Comprimento: x
Largura: x – 28
Perímetro = 200
x + x + x – 28 + x – 28 = 200
4x – 56 = 200
4x = 200 + 56
x = 256 : 4
x = 64
Comprimento: 64
Largura: 64 – 28 = 36
Área: A = 64.36 = 2304 m2
Preço = 2304.50,00 = 115.200,00

05. Resposta: D.
De acordo com e enunciado, temos:

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 √3 ℎ
- sen60º = ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
 2
= 4  2h = 4√3  h = 2√3

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 1 𝑥
- cos60º = ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
 2 = 4  2x = 4  x = 2

- base maior AB = x + 1 + x = 2 + 1 + 2 = 5

- base menor CD = 1

(𝐵+𝑏).ℎ (5+1).2√3
A= 2
A= 2
 A = 6√3

06. Resposta: A.
Do enunciado temos que foram comprados 30 m2 de piso e que a sala tem 4 m de largura. Para saber
o perímetro temos que calcular o comprimento desta sala.

- houve uma sobra de 3,6 m2, então a área da sala é:


A = 30 – 3,6
A = 26,4 m2

- sendo x o comprimento:
x.4 = 26,4
x = 26,4 : 4
x = 6,6 m (este é o comprimento da sala)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
338
- o perímetro (representado por 2p na geometria) é a soma dos 4 lados da sala:
2p = 4 + 4 + 6,6 + 6,6 = 21,2 m

07. Resposta: C.
Em um trapézio isósceles como o da figura, os ângulos da base são congruentes e os ângulos
superiores também são congruentes. E a soma de uma superior mais um da base é igual a 180°.
c = 117°
a + 117° = 180°
a = 180° - 117°
a = 63°
b = 63°

08. Resposta: E.

x + y = 11
x-y=5
_________

2x + 0 = 16
2x = 16/2
x=8

x + y = 11
8 + y = 11
y = 11 – 8
y=3

TRIÂNGULOS

Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono que possui o menor número de lados. É o único
polígono que não tem diagonais. Todo triângulo possui alguns elementos e os principais são: vértices,
lados, ângulos, alturas, medianas e bissetrizes.

1. Vértices: A, B e C.
2. Lados: ̅̅̅̅
AB,BC̅̅̅̅ e AC
̅̅̅̅.
3. Ângulos internos: a, b e c.

Altura: É um segmento de reta traçada a partir de um vértice de forma a encontrar o lado oposto ao
̅̅̅̅ é uma altura do triângulo.
vértice formando um ângulo reto. BH

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
339
̅̅̅̅ é uma mediana.
Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto médio do lado oposto. BM

̂ está dividido ao
Bissetriz: É a semi-reta que divide um ângulo em duas partes iguais. O ângulo B
meio e neste caso Ê = Ô.

̂, B
Ângulo Interno: Todo triângulo possui três ângulos internos, na figura são A ̂ e Ĉ

Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triângulo e pelo prolongamento do lado adjacente
̂, E
a este lado, na figura são D ̂ e F̂ (na cor em destaque).

 Classificação

O triângulo pode ser classificado de duas maneiras:

1- Quanto aos lados:

̅̅̅̅) = m(BC
Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas iguais, m(AB ̅̅̅̅) = m(AC
̅̅̅̅) e os três ângulos
iguais.

̅̅̅̅) = m(AC
Triângulo Isósceles: Tem dois lados com medidas iguais, m(AB ̅̅̅̅) e dois ângulos iguais.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
340
̅̅̅̅) ≠ m(AC
Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas diferentes, m(AB ̅̅̅̅) ≠ m(BC
̅̅̅̅) e os três
ângulos diferentes.

2- Quanto aos ângulos:

Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são agudos, isto é, as medidas dos ângulos são
menores do que 90º.

Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtuso, isto é, possui um ângulo com medida maior
do que 90º.

Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto (90° graus).

 Propriedade dos ângulos

1- Ângulos Internos: a soma dos três ângulos internos de qualquer triângulo é igual a 180°.

a + b + c = 180º
2- Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC onde as letras minúsculas representam os
ângulos internos e as respectivas letras maiúsculas os ângulos externos. Temos que em todo triângulo
cada ângulo externo é igual à soma de dois ângulos internos apostos.

̂ = b̂ + ĉ; B
A ̂ = â + ĉ e Ĉ = â + b̂

Semelhança de triângulos
Dois triângulos são semelhantes se tiverem, entre si, os lados correspondentes proporcionais e os
ângulos congruentes (iguais).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
341
Dados os triângulos acima, onde:
̅̅̅̅
AB ̅̅̅̅BC ̅̅̅̅AC
= =
̅̅̅̅
DE EF ̅̅̅̅
̅̅̅̅ DF

̂=D
eA ̂ ̂=E
B ̂ Ĉ = F̂, então os triângulos ABC e DEF são
semelhantes e escrevemos ABC~DEF.

 Critérios de semelhança
1- Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem, entre si, dois ângulos correspondentes
congruentes iguais, então os triângulos são semelhantes.

̂=D
Nas figuras ao lado: A ̂ e Ĉ = F̂

então: ABC ~ DEF

2- Dois lados congruentes: Se dois triângulos tem dois lados correspondentes proporcionais e os
ângulos formados por esses lados também são congruentes, então os triângulos são semelhantes.

Nas figuras ao lado:


̅̅̅̅
AB BC ̅̅̅̅ 6 8
= → = =2
̅̅̅̅ ̅̅̅̅
EF FG 3 4
então: ABC ~ EFG

3- Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os três lados correspondentes proporcionais,
então os triângulos são semelhantes.

Nas figuras ao lado:


̅̅̅̅ 𝐴𝐵
𝐴𝐶 ̅̅̅̅ 𝐵𝐶
̅̅̅̅ 3 5 4
= = → = = =2
̅̅̅̅ 𝑅𝑆
𝑅𝑇 ̅̅̅̅ 𝑆𝑇
̅̅̅̅ 1,5 2,5 2

então: ABC ~ RST

Observação: temos três critérios de semelhança, porém o mais utilizado para resolução de
exercícios, isto é, para provar que dois triângulos são semelhantes, basta provar que eles tem dois
ângulos correspondentes congruentes (iguais).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
342
Questões

01. O valor de x na figura abaixo é:

(A) 30°
(B) 40°
(C) 50°
(D) 60°
(E) 70°

02. Na figura abaixo ̅̅̅̅


AB = ̅̅̅̅
AC, ̅̅̅̅
CB = ̅̅̅̅
CD, a medida do ângulo DĈB é:

(A) 34°
(B) 72°
(C) 36°
(D) 45°
(E) 30°

̂ C é reto. O valor em graus do ângulo CB


03. Na figura seguinte, o ângulo AD ̂D é igual a:

(A) 120°
(B) 110°
(C) 105°
(D) 100°
(E) 95°

04. Na figura abaixo, o triângulo ABC é retângulo em A, ADEF é um quadrado, AB = 1 e AC = 3.


Quanto mede o lado do quadrado?

(A) 0,70
(B) 0,75
(C) 0,80
(D) 0,85
(E) 0,90

05. Em uma cidade do interior, à noite, surgiu um objeto voador não identificado, em forma de disco,
que estacionou a aproximadamente 50 m do solo. Um helicóptero do Exército, situado a
aproximadamente 30 m acima do objeto iluminou-o com um holofote, conforme mostra a figura seguinte.
A sombra projetada pelo disco no solo tinha em torno de 16 m de diâmetro.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
343
Sendo assim, pode-se concluir que a medida, em metros, do raio desse disco-voador é
aproximadamente:
(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

Respostas

01. Resposta: B.
Da figura temos que 3x é um ângulo externo do triângulo e, portanto, é igual à soma dos dois
internos opostos, então:
3x = x + 80º
3x – x = 80º
2x = 80°
x = 80° : 2
x = 40°

02. Resposta: C.
Na figura dada, temos três triângulos: ABC, ACD e BCD. Do enunciado AB = AC, o triângulo ABC
tem dois lados iguais, então ele é isósceles e tem dois ângulos iguais:
AĈB = AB̂C = x. A soma dos três ângulos é igual a 180°.
36° + x + x = 180°
2x = 180° - 36°
2x = 144
x = 144 : 2
x = 72
Logo: AĈB = AB̂C = 72°
Também temos que CB = CD, o triângulo BCD é isósceles:
CB̂D = CD̂ B = 72°, sendo y o ângulo DĈB, a soma é igual a 180°.
72° + 72° + y = 180°
144° + y = 180°
y = 180° - 144°
y = 36º

03. Resposta: D.
̂ C = 90° (reto).
Na figura temos três triângulos. Do enunciado o ângulo AD
O ângulo BD ̂ C = 30°  AD̂ B = 60º.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
344
O ângulo CB̂D (x) é ângulo externo do triângulo ABD, então:
x = 60º + 40° (propriedade do ângulo externo)
x = 100°

04. Resposta: B.
Sendo x o lado do quadrado:

Temos que provar que dois dos triângulos da figura são semelhantes.
O ângulo BA ̂ C é reto, o ângulo CF̂E é reto e o ângulo AĈB é comum aos triângulos ABC e CEF, logo
estes dois triângulos são semelhantes. As medidas de seus lados correspondentes são proporcionais:
̅̅̅̅
AB ̅̅̅̅
AC
̅̅̅̅
EF
= ̅̅̅̅
CF
1 3
x
= 3−x
(multiplicando em “cruz”)
3x = 1.(3 – x)
3x = 3 – x
3x + x = 3
4x = 3
x=¾
x = 0,75

05. Resposta: A.
Da figura dada, podemos observar os seguintes triângulos:

Os triângulos ABC e ADE são isósceles. A altura divide as bases em duas partes iguais. E esses dois
triângulos são semelhantes, pois os dois ângulos das bases de cada um são congruentes. Então:
̅̅̅̅
CG ̅̅̅̅
AG
̅̅̅̅
EF
= ̅̅̅̅
AF

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
345
8 80
=
r 30

8r = 8.3
r=3m

FÓRMULA DE HERON

Heron de Alexandria é o responsável por elaborar uma fórmula matemática que calcula a área de um
triângulo em função das medidas dos seus três lados. A fórmula de Heron de Alexandria é muito útil nos
casos em que não sabemos a altura do triângulo, mas temos a medida dos lados.
Em um triângulo de lados medindo a, b e c podemos calcular a sua área utilizando a fórmula de
Heron:

Exemplos:

1) Calcule a área do triângulo a seguir:

p = (9 + 7 + 14) / 2
p = 30 / 2
p = 15

A = √15(15 – 9)(15 – 7)(15 – 14)


A = √15 . 6 . 8 . 1
A = √720
A = 26,83 cm2(aproximadamente)

2) Utilizando a Fórmula de Heron, calcule a área da região com as seguintes medidas:


26cm, 26cm e 20cm
p = (26 + 26 + 20) / 2
p = 72 / 2
p = 36
A = √36(36 – 26)(36 – 26)(36 – 20)
A = √36 * 10 * 10 * 16
A = √57600
A = 240 cm2

TEOREMA DE STEWART

O Teorema de Stewart relaciona os comprimentos dos lados de um triângulo com o comprimento de


uma ceviana, sendo aplicável a uma ceviana qualquer.
Recordando, ceviana é todo seguimento de reta que tem um das extremidades num vértice de um
triângulo e a outra num ponto qualquer da reta suporte ao lado oposto ao vértice.
Teorema: Seja um triângulo ABC qualquer, cujos lados medem a, b e c. Seja d uma ceviana e D o
ponto pertencente à reta suporte. O teorema de Stewart afirma que:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
346
Exemplo:
Sejam 3 circunferências tangentes duas a duas inscritas em uma quarta circunferências tangente às
três primeiras. Calcular o raio x, conforme mostra a figura abaixo:

Do triângulo ABC, podemos construir as seguintes relações:

Aplicamos o Teorema de Stewart:

RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

Na figura abaixo temos um triângulo retângulo cuja hipotenusa é a base e h é a altura relativa a essa
hipotenusa:

Sendo:
A= hipotenusa
b e c = catetos
h= altura
m e n = projeções do catetos
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
347
Por semelhança de triângulos temos quatro relações métricas válidas somente para triângulos
retângulos que são:

I) Teorema de Pitágoras: O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.
HIP2 = CAT2 + CAT2

II) O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa pela projeção do cateto.


CAT2 = HIP.PROJ

III) O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos catetos.


ALT2 = PROJ.PROJ

IV) O produto da hipotenusa pela altura é igual ao produto dos catetos.


HIP.ALT = CAT.CAT
Questões

01. A área de um triângulo retângulo é 12 dm2. Se um dos catetos é 2/3 do outro, calcule a medida
da hipotenusa desse triângulo.

02. (UEL) Pedrinho não sabia nadar e queria descobrir a medida da parte mais extensa (AC) da
"Lagoa Funda". Depois de muito pensar, colocou 3 estacas nas margens da lagoa, esticou cordas de A
até B e de B até C, conforme figura abaixo. Medindo essas cordas, obteve: AB = 24 m e BC = 18 m.
Usando seus conhecimentos matemáticos, Pedrinho concluiu que a parte mais extensa da lagoa mede:

(A) 30
(B) 28
(C) 26
(D) 35
(E) 42

03. Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 10 cm e um dos catetos mede 6 cm, pede-se
determinar as medidas do outro cateto, a altura e as projeções dos catetos.

04. Em um triângulo ABC, figura a seguir, as medianas que partem de A e de B são perpendiculares.
Se BC = 8 e AC = 6, o valor de AB é:

(A) 3 6
(B) 4 3
(C) 12 7
(D) 2 5
(E) 4 2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
348
05. Em um triângulo retângulo os catetos medem 6 cm e 8 cm. Determinar a medida da hipotenusa,
da altura e das projeções dos catetos desse triângulo.

Respostas

01. Resposta: 𝟐√𝟏𝟑


2𝑥
Do enunciado se um cateto é x o outro é 3 , e em um triângulo retângulo para calcular a área, uma
𝑏.ℎ
cateto é a base e o outro é a altura, e a fórmula da área é 𝐴 = 2
, então:
A = 12
2𝑥
𝑥.
2
3
= 12

2𝑥 2
6
= 12 → 2x2 = 12.6 → 2x2 = 72 → x2 = 72 : 2

x2 = 36 → 𝑥 = √36 = 6
2.6
Uma cateto mede 6 e o outro 3
= 4, pelo teorema de Pitágoras, sendo a a hipotenusa:
a2 = 62 + 42
a2 = 36 + 16
a2 = 52
𝑎 = √52
𝑎 = √13.4
𝑎 = 2√13

02. Resposta: A.
Pelo teorema de Pitágoras:
̅̅̅̅ 2 = 242 + 182
𝐴𝐶
̅̅̅̅
𝐴𝐶 2 = 576 + 324
̅̅̅̅
𝐴𝐶 2 = 900
̅̅̅̅
𝐴𝐶 = √900
̅̅̅̅
𝐴𝐶 = 30

03. Resposta 8 cm
Do enunciado um cateto mede 6 cm e a hipotenusa 10 cm, pelo teorema de Pitágoras:
102 = x2 + 62
100 = x2 + 36
100 – 36 = x2
x2 = 64
x = √64
x = 8 cm

04. Resposta: D.
Mediana divide o lado oposto em duas partes iguais.

Pelo teorema de Pitágoras:


x2 = (2a)2 + (2b)2
x2 = 4a2 + 4b2 (colocando o 4 em evidência)
x2 = 4.(a2 + b2) (I)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
349
32 = (2a2) +b2
9 = 4a2 + b2 (II)

42 = a2 + (2b)2
16 = a2 + 4b2 (III)

Somando, membro a membro, as equações (II) e (III):


9 = 4a2 + b2
+
16 = a2 + 4b2
25 = 5a2 + 5b2 (dividindo por 5)

5 = a2 + b2 (substituindo em (I)):
x2 = 4.5
x2 = 20
x = √20
x = 2√5

05. Respostas: 10 cm, 4,8 cm, 3,6 cm e 6,4 cm


Utilizando as relações métricas, temos:

Teorema de Pitágoras:
a2 = 82 + 62
a2 = 64 + 36
a2 = 100
a = √100
a = 10 cm
HIP.ALT = CAT.CAT
10.h = 8.6
10h = 48 → h = 48 : 10 = 4,8 cm
CAT2 = HIP.PROJ
62 = 10.n
36 = 10 n
n = 36 : 10 = 3,6 cm

82 = 10.m
64 = 10m
m = 64 : 10 = 6,4 cm

RELAÇÕES MÉTRICAS EM UM TRIÂNGULO QUALQUER

1 - Lado oposto a um ângulo agudo do Triangulo.

Temos a seguinte relação: “Num triângulo qualquer, o quadrado da medida do lado a um ângulo
agudo é igual à soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados menos duas vezes o produto
de um desses lados pela medida da projeção do outro lado sobre ele”.

No triângulo da figura ao lado:


a2 = b2 + c2 - 2cm

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
350
2 - Lado oposto a um ângulo obtuso do Triângulo.

Temos a seguinte relação: “Num triângulo obtusângulo, o quadrado da medida do lado oposto ao
ângulo obtuso é igual à soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados mais duas vezes o
produto de um desses lados pela medida da projeção do outro lado sobre ele”.

No triângulo da figura ao lado:


a2 = b2 + c2 + 2cm

3 - Outras relações (relações métricas no Triângulo Retângulo)

h² = m . n
b² = m . a
c² = a . n
b.c=a.h

 Natureza dos Triângulos

Quantos aos ângulos, um triângulo pode ser classificado em Acutângulo (tem os três ângulos
agudos), Obtusângulo (tem um ângulo obtuso) e Retângulo (tem um ângulo reto).
Sendo a, b e c os três lados de um triângulo e, a é o maior lado, temos:

I) a2 = b2 + c2  o triângulo é retângulo (Teorema de Pitágoras).

II) a2 < b2 + c2  o triângulo é acutângulo.

III) a2 > b2 + c2 o triângulo é obtusângulo.

Questões

01. Na figura abaixo, o valor de x é:


(A)10
(B)11
(C)12
(D)13
(E)14

02. O valor de x na figura seguinte é:

(A)10,775
(B)10

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
351
(C)11,775
(D)11
(E)12

03. O valor de x na figura abaixo é:

(A)14√2
(B)15√2
(C)16√2
(D)17√2
(E)18√2

04. Qual é o valor de x na figura dada?

(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

05. Um triângulo tem lados medindo 10 cm, 4 cm e 9 cm. Esse triângulo é:


(A) Isósceles
(B) Equilátero
(C) Acutângulo
(D) Retângulo
(E) Obtusângulo

06. Os lados de um triângulo são iguais a 13, 5 e 12. Esse triângulo é:


(A) Isósceles
(B) Acutângulo
(C) Equilátero
(D) Retângulo
(E) Obtusângulo
Respostas

01. Resposta: C.
x2 = 82 + 102 – 2.8.1,25
x2 = 64 + 100 – 20
x2 = 144
x = √144
x = 12

02. Resposta: A.
152 = 202 + 162 – 2.20.x
115 = 400 + 256 – 40x
40x = 656 – 225
40x = 431
x = 431 : 40
x = 10,775

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
352
03. Resposta: B.
x2 = 122 + 92 + 2.12.9,375
x2 = 144 + 81 + 225
x2 = 450
x = √450 (dividindo 450 por 2 obtemos 225 que tem raiz exata e é 15)
x = √225.2
x = 15√2

04. Resposta: A.
72 = 42 + 52 + 2.4.x
49 = 16 + 25 + 8x
49 – 16 – 25 = 8x
8x = 8
x=8:8
x=1

05. Resposta: E.
O maior lado do triângulo é 10 cm, então:
102 = 100
42 + 92 = 16 + 81 = 97
100 > 97 → triângulo obtusângulo.

06. Resposta: D.
O maior lado do triângulo é 13, então:
132 = 169
52 + 122 = 25 + 144 = 169
169 = 169 → triângulo retângulo (Teorema de Pitágoras)

TEOREMA DE PITÁGORAS

Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipotenusa e os outros dois lados são os
catetos.

No exemplo ao lado:
- a é a hipotenusa.
- b e c são os catetos.

- “Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”.

a2 = b2 + c2

Questões

01. Millôr Fernandes, em uma bela homenagem à Matemática, escreveu um poema do qual extraímos
o fragmento abaixo:
Às folhas tantas de um livro de Matemática, um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma
Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do Ápice à Base: uma figura Ímpar; olhos romboides, boca
trapezoide, corpo retangular, seios esferoides.
Fez da sua uma vida paralela à dela, até que se encontraram no Infinito.
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
353
“Quem és tu” – indagou ele em ânsia Radical.
“Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
(Millôr Fernandes – Trinta Anos de Mim Mesmo).

A Incógnita se enganou ao dizer quem era. Para atender ao Teorema de Pitágoras, deveria dar a
seguinte resposta:
(A) “Sou a soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
(B) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
(C) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da Hipotenusa.”
(D) “Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da Hipotenusa.”
(E) Nenhuma das anteriores.

02. Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o oeste chegando a um ponto B, depois
5 milhas para o sul chegando a um ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D e
finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o barco parou relativamente ao ponto
de partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.

03. Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 13 cm e um dos catetos mede 5 cm, qual é a
medida do outro cateto?
(A) 10
(B) 11
(C) 12
(D) 13
(E) 14

04. A diagonal de um quadrado de lado l é igual a:


(A) 𝑙√2
(B) 𝑙√3
(C) 𝑙√5
(D) 𝑙√6
(E) Nenhuma das anteriores.

05. Durante um vendaval, um poste de iluminação de 9 m de altura quebrou-se em um ponto a certa


altura do solo. A parte do poste acima da fratura inclinou-se e sua extremidade superior encostou no
solo a uma distância de 3 m da base dele, conforme a figura abaixo. A que altura do solo se quebrou o
poste?

(A) 4 m
(B) 4,5 m
(C) 5 m
(D) 5,5 m
(E) 6 m

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
354
Respostas

01. Resposta: D.

02. Resposta: E.

x2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
x2 = 25
x = √25 = 5

03. Resposta: C.
132 = x2 + 52
169 = x2 + 25
169 – 25 = x2
x2 = 144
x = √144 = 12 cm

04. Resposta: A.

𝑑2 = 𝑙2 + 𝑙2
𝑑2 = 2𝑙 2
𝑑 = √2𝑙 2
𝑑 = 𝑙√2

05. Resposta: A.
(9 – x)2 = x2 + 33
92 – 2.9.x + x2 = x2 + 9
81 – 18x = 9
81 – 9 = 18x
72 = 18x
72
x = 18
x=4m
CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO

Circunferência: A circunferência é o lugar geométrico de todos os pontos de um plano que estão


localizados a uma mesma distância r de um ponto fixo denominado o centro da circunferência. Esta
talvez seja a curva mais importante no contexto das aplicações.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
355
Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos de um plano cuja distância a um ponto fixo O é
menor ou igual que uma distância r dada. Quando a distância é nula, o círculo se reduz a um ponto. O
círculo é a reunião da circunferência com o conjunto de pontos localizados dentro da mesma. No gráfico
acima, a circunferência é a linha de cor verde escuro que envolve a região verde claro, enquanto o
círculo é toda a região pintada de verde reunida com a circunferência.

Pontos interiores de um círculo e exteriores a um círculo

Pontos interiores: Os pontos interiores de um círculo são os pontos do círculo que não estão na
circunferência.

Pontos exteriores: Os pontos exteriores a um círculo são os pontos localizados fora do círculo.

Raio, Corda e Diâmetro

Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é um segmento de reta com uma extremidade
no centro da circunferência (ou do círculo) e a outra extremidade num ponto qualquer da circunferência.
Na figura abaixo, os segmentos de reta ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ e OC
OA, OB ̅̅̅̅ são raios.

Corda: Corda de uma circunferência é um segmento de reta cujas extremidades pertencem à


circunferência (ou seja, um segmento que une dois pontos de uma circunferência). Na figura abaixo, os
segmentos de reta AC̅̅̅̅ e DE
̅̅̅̅ são cordas.

Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um círculo) é uma corda que passa pelo centro da
circunferência. Observamos que o diâmetro é a maior corda da circunferência. Na figura abaixo, o
segmento de reta ̅̅̅̅
AC é um diâmetro.

Posições relativas de uma reta e uma circunferência

Reta secante: Uma reta é secante a uma circunferência se essa reta intercepta a circunferência em
dois pontos quaisquer, podemos dizer também que é a reta que contém uma corda.

Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferência é uma reta que intercepta a circunferência
em um único ponto P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência ou ponto de contato. Na figura
ao lado, o ponto P é o ponto de tangência e a reta que passa pelos pontos E e F é uma reta tangente à
circunferência.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
356
Reta externa (ou exterior): é uma reta que não tem ponto em comum com a circunferência. Na figura
abaixo a reta t é externa.

Propriedades das secantes e tangentes


Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, intercepta a circunferência em dois pontos
distintos A e B e se M é o ponto médio da corda AB, então o segmento de reta OM é perpendicular à
reta secante s.

Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, intercepta a circunferência em dois pontos
distintos A e B, a perpendicular às retas que passam pelo centro O da circunferência, passa também
pelo ponto médio da corda AB.

Seja OP um raio de uma circunferência, onde O é o centro e P um ponto da circunferência. Toda reta
perpendicular ao raio OP é tangente à circunferência no ponto de tangência P.

Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicular ao raio no ponto de tangência.

Posições relativas de duas circunferências

Reta tangente comum: Uma reta que é tangente a duas circunferências ao mesmo tempo é
denominada uma tangente comum. Há duas possíveis retas tangentes comuns: a interna e a externa.

Ao traçar uma reta ligando os centros de duas circunferências no plano, esta reta separa o plano em
dois semi-planos. Se os pontos de tangência, um em cada circunferência, estão no mesmo semi-plano,
temos uma reta tangente comum externa. Se os pontos de tangência, um em cada circunferência, estão
em semi-planos diferentes, temos uma reta tangente comum interna.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
357
Circunferências internas: Uma circunferência C1 é interna a uma circunferência C2, se todos os
pontos do círculo C1 estão contidos no círculo C2. Uma circunferência é externa à outra se todos os
seus pontos são pontos externos à outra.

Circunferências concêntricas: Duas ou mais circunferências com o mesmo centro, mas com raios
diferentes são circunferências concêntricas.

Circunferências tangentes: Duas circunferências que estão no mesmo plano, são tangentes uma
à outra, se elas são tangentes à mesma reta no mesmo ponto de tangência.

As circunferências são tangentes externas uma à outra se os seus centros estão em lados opostos
da reta tangente comum e elas são tangentes internas uma à outra se os seus centros estão do mesmo
lado da reta tangente comum.

Circunferências secantes: são aquelas que possuem somente dois pontos distintos em comum.

Segmentos tangentes: Se AP e BP são segmentos de reta tangentes à circunferência nos ponto A


e B, então esses segmentos AP e BP são congruentes.

ÂNGULOS (OU ARCOS) NA CIRCURFERÊNCIA

Ângulo central: é um ângulo cujo vértice coincide com o centro da circunferência. Este ângulo
determina um arco na circunferência, e a medida do ângulo central e do arco são iguais.

̂ e sua medida é igual a esse arco.


O ângulo central determina na circunferência um arco𝐴𝐵
̂
α = AB

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
358
Ângulo Inscrito: é um ângulo cujo vértice está sobre a circunferência.

̂ e sua medida é igual à metade do arco.


O ângulo inscrito determina na circunferência um arco 𝐴𝐵
̂
AB
α=
2

Ângulo Excêntrico Interno: é formado por duas cordas da circunferência.

O ângulo excêntrico interno determina na circunferência dois arcos AB e CD e sua medida é igual à
metade da soma dos dois arcos.
̂ + CD
AB ̂
α=
2

Ângulo Excêntrico Externo: é formado por duas retas secantes à circunferência.

̂ e 𝐶𝐷
O ângulo excêntrico externo determina na circunferência dois arcos 𝐴𝐵 ̂ e sua medida é igual à
metade da diferença dos dois arcos.
̂ − CD
AB ̂
α=
2

Questões

01. O valor de x na figura abaixo é:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
359
(A) 90°
(B) 92°
(C) 96°
(D) 98°
(E) 100°

02. Na figura abaixo, qual é o valor de y?

(A) 30°
(B) 45°
(C) 60°
(D) 35°
(E) 25°

03. Na figura seguinte, a medida do ângulo x, em graus, é:

(A) 80°
(B) 82°
(C) 84°
(D) 86°
(E) 90°

04. A medida do arco x na figura abaixo é:

(A) 15°
(B) 20°
(C) 25°
(D) 30°
(E) 45°

05. Uma reta é tangente a uma circunferência quando:


(A) tem dois pontos em comum.
(B) tem três pontos em comum.
(C) não tem ponto em comum.
(D) tem um único ponto em comum.
(E) nda

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
360
Respostas

01. Resposta: B.
O ângulo dado na figura (46°) é um ângulo inscrito, portanto é igual à metade do arco x:
𝑥
46° =
2
x = 46°.2
x = 92°

02. Resposta: D.
O ângulo da figura é um ângulo excêntrico externo, portanto é igual à metade da diferença dos dois
arcos dados.
110° − 40°
𝑦=
2
70°
𝑦= = 35°
2

03. Resposta: C.
O ângulo x é um ângulo excêntrico interno, portanto é igual à metade da soma dos dois arcos.
108° + 60°
𝑥=
2
168°
𝑥= = 84°
2

04. Resposta: A.
O ângulo de 55 é um ângulo excêntrico interno, portanto é igual à metade da soma dos dois arcos.
95° + 𝑥
55° =
2
55°. 2 = 95° + 𝑥
110° − 95° = 𝑥
𝑥 = 15°

05. Resposta: D.
Questão teórica

MEDIDAS DE ARCOS E ÂNGULOS

Arcos (e ângulos) na circunferência


Se forem tomados dois pontos A e B sobre uma circunferência, ela ficará dividida em duas partes
chamadas arcos. Estes dois pontos A e B são as extremidades dos arcos.

Usamos a seguinte representação: AB.


Observação: quando A e B são pontos coincidentes, um arco é chamado de nulo e o outro arco de
uma volta.

Unidades de medidas de arcos (e ângulos)


I) Grau: para medir ângulos a circunferência foi dividida em 360° partes iguais, e cada uma dessas
partes passou a ser chamada de 1 grau (1°).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
361
1
1° = (𝑢𝑚 𝑡𝑟𝑒𝑧𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑎𝑣𝑜𝑠) 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎.
360

- submúltiplos do grau
O grau tem dois submúltiplos (medidas menores que o grau). São o minuto e o segundo, de forma
que:
1° = 60′ ou seja 1 minutos é igual a 1/60 do grau.
1’ = 60” ou seja 1 segundo é igual a 1/60 do minuto.

II) Radiano
A medida de um arco, em radianos, é a razão (divisão) entre o comprimento do arco e o raio da
circunferência sobre a qual está arco está determinado.

l
α
r

Sendo α o ângulo (ou arco), r o raio e l o comprimento do arco, temos:


l
α=
r
O arco l terá seu comprimento máximo (ou maior) quando for igual ao comprimento total de uma
circunferência (C = 2πr – fórmula do comprimento da circunferência), ou seja lmáximo = C  lmax = 2πr.
Então, o valor máximo do ângulo α em radianos será:
2πr
α= ==> α = 2π rad
r

Observação: uma volta na circunferência é igual a 360° ou 2π rad.

Conversões
- graus para radianos: para converter grau para radianos usamos uma regra de três simples.

exemplo:
Converter 150° para radianos.
180° π rad
150° x rad
180° π
=
150° x
180𝑥 = 150𝜋
150π
x = 180 (simplificando)

x= 6
rad

- radianos para graus: basta substituir o π por 180°.

exemplo:

Converter 2 rad para graus (ou podemos usar regra de três simples também).
3𝜋 3.180 540
= = = 270°
2 2 2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
362
Questões

01. Um ângulo de 120° equivale a quantos radianos?


5𝜋
02. Um ângulo de 4
rad equivale a quantos graus?

03. (FUVEST) Quantos graus, mede aproximadamente, um arco de 0,105 rad? (usar π = 3,14)

Respostas
𝟐𝝅
01. Resposta: 𝟑
𝒓𝒂𝒅
180° π rad
120° x rad
180° 𝜋
120°
=𝑥

180x = 120π
120𝜋
𝑥 = 180 (simplificando)
2𝜋
𝑥= 3
𝑟𝑎𝑑

02. Resposta: 225°


5𝜋 5.180° 900°
= = = 225°
4 4 4

03. Resposta: 6°
Neste caso, usamos regra de três:
180° π rad
x 0,105 rad
180° 𝜋
𝑥
= 0,105

π.x = 180°.0,105
3,14x = 18,9
x = 18,9 : 3,14 ≅ 6,01
x ≅ 6°

RELAÇÕES MÉTRICAS NA CIRCUNFERÊNCIA (OU POTÊNCIA DE PONTO)

Numa circunferência de centro o e raio r temos as seguintes definições:

a) Corda: segmento que une dois pontos quaisquer de uma circunferência.


b) Diâmetro: é qualquer corda que passa pelo centro de uma circunferência. É a maior corda
possível. A medida do diâmetro é igual ao dobro do raio.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
363
Posições de reta em relação a uma circunferência:

a) Reta secante: é uma reta que tem dois pontos em comum com a circunferência.
b) Reta tangente: é uma reta que tem um único ponto em comum com a circunferência.
c) Reta exterior (ou externa): é uma reta que não tem pontos em comum com a circunferência.

Relação métrica em uma circunferência (ou potência de ponto) é uma característica do ponto em
relação à circunferência, e portanto não depende da reta escolhida, desde que intercepte a
circunferência. E é importante destacar:

I) Duas cordas: sendo AB e CD duas cordas e P o ponto de intersecção, temos:

II) Duas secantes: sendo PD e PB duas secantes e P o ponto de intersecção, temos:

III) Secante e tangente:

Questões

01. (CESGRANRIO) Na figura a seguir, AB = 8 cm, BC = 10 cm, AD = 4 cm e o ponto O é o centro


da circunferência. O perímetro do triângulo AOC mede, em centímetros:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
364
(A) 36
(B) 45
(C) 48
(D) 50
(E) 54

02. (FUVEST) O valor de x na figura abaixo é:

(A) 20/3
(B) 3/5
(C) 1
(D) 4
(E) 15

03. De um ponto exterior a uma circunferência são traçadas uma tangente e uma secante, conforme
a figura seguinte. A tangente ̅̅̅̅
AB mede 10 m e as medidas AC ̅̅̅̅ e CD
̅̅̅̅ são iguais. Assim, o comprimento
̅̅̅̅ é igual a:
da secante AD

(A) 10 m
(B) 5√2 m
(C) 10√2 m
(D) 15√2 m
(E) 15 m
Respostas

01. Resposta: E.
Para calcular o perímetro do triângulo, temos que calcular o raio r da circunferência. Temos que
prolongar o segmento AO até interceptar a circunferência, determinando um ponto E.

De acordo com as relações, temos:


AD.AE = AB.AC
4.(4 + 2r) = 8(10 + 8)
16 + 8r = 8.18
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
365
8r = 144 – 16
8r = 128
r = 128/8
r = 16.
Então:
AO = 4 + 16 = 20
OC = 16
AC = 18
Perímetro = 20 + 16 + 18 = 54

02. Resposta: B.
De acordo com a relação entre duas cordas:
x.10 = 2.3
10x = 6
6 3
x = 10 = 5

03. Resposta: C.

̅̅̅̅
𝐴𝐵2 = ̅̅̅̅
𝐴𝐶 . ̅̅̅̅
𝐴𝐷
2
10 = x.2x
100 = 2x2
x2 = 100/2
x2 = 50
x = √50
x = 5√2

̅̅̅̅ = 2x  AD
AD ̅̅̅̅ = 2.5√2  AD
̅̅̅̅ = 10√2 m

PERÍMETRO E ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

Perímetro: é a soma de todos os lados de uma figura plana.


Exemplo:

Perímetro = 10 + 10 + 9 + 9 = 38 cm

Perímetros de algumas das figuras planas:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
366
Área é a medida da superfície de uma figura plana.
A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é, uma superfície correspondente a um
quadrado que tem 1 m de lado.

Fórmulas de área das principais figuras planas:

1) Retângulo
- sendo b a base e h a altura:

2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura:

3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:

4. Losango
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:

5. Quadrado
- sendo l o lado:

6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área, dependendo dos dados do problema a ser
resolvido.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
367
I) sendo dados a base b e a altura h:

II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c:

III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo formado entre eles:

IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais):

V) circunferência inscrita:

VI) circunferência circunscrita:

Questões

01. A área de um quadrado cuja diagonal mede 2√7 cm é, em cm2, igual a:


(A) 12
(B) 13
(C) 14
(D) 15
(E) 16

02. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FUMARC/2011) Corta-se um arame de 30 metros em


duas partes. Com cada uma das partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma das áreas dos dois
quadrados, assim construídos, então o menor valor possível para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.
(B) uma parte é o dobro da outra.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
368
(C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

03. (TJM-SP - Oficial de Justiça – VUNESP/2011) Um grande terreno foi dividido em 6 lotes
retangulares congruentes, conforme mostra a figura, cujas dimensões indicadas estão em metros.

Sabendo-se que o perímetro do terreno original, delineado em negrito na figura, mede x + 285,
conclui-se que a área total desse terreno é, em m2, igual a:
(A) 2 400.
(B) 2 600.
(C) 2 800.
(D) 3000.
(E) 3 200.

04. (TRT/4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária – FCC/2011) Ultimamente tem havido
muito interesse no aproveitamento da energia solar para suprir outras fontes de energia. Isso fez com
que, após uma reforma, parte do teto de um salão de uma empresa fosse substituída por uma superfície
retangular totalmente revestida por células solares, todas feitas de um mesmo material. Considere que:
- células solares podem converter a energia solar em energia elétrica e que para cada centímetro
quadrado de célula solar que recebe diretamente a luz do sol é gerada 0,01 watt de potência elétrica;
- a superfície revestida pelas células solares tem 3,5m de largura por 8,4m de comprimento.

Assim sendo, se a luz do sol incidir diretamente sobre tais células, a potência elétrica que elas serão
capazes de gerar em conjunto, em watts, é:
(A) 294000.
(B) 38200.
(C) 29400.
(D) 3820.
(E) 2940.

05. (CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA/2011) Um terreno retangular de perímetro 200m


está à venda em uma imobiliária. Sabe-se que sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento.
Se o metro quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

06. Uma pessoa comprou 30 m2 de piso para colocar em uma sala retangular de 4 m de largura,
porém, ao medir novamente a sala, percebeu que havia comprado 3,6 m2 de piso a mais do que o
necessário. O perímetro dessa sala, em metros, é de:
(A) 21,2.
(B) 22,1.
(C) 23,4.
(D) 24,3.
(E) 25,6

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
369
07. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES/2011) A pipa, também conhecida como
papagaio ou quadrado, foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. Para
montar a pipa, representada na figura, foram utilizados uma vareta de 40 cm de comprimento, duas
varetas de 32 cm de comprimento, tesoura, papel de seda, cola e linha. As varetas são fixadas conforme
a figura, formando a estrutura da pipa. A linha é passada em todas as pontas da estrutura, e o papel é
colado de modo que a extremidade menor da estrutura da pipa fique de fora.

Na figura, a superfície sombreada corresponde ao papel de seda que forma o corpo da pipa. A área
dessa superfície sombreada, em centímetros quadrados, é:
(A) 576.
(B) 704.
(C) 832.
(D) 1 150.
(E) 1 472.

08. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP/2014) Para efeito decorativo, um


arquiteto dividiu o piso de rascunho um salão quadrado em 8 regiões com o formato de trapézios
retângulos congruentes (T), e 4 regiões quadradas congruentes (Q), conforme mostra a figura:

Se a área de cada região com a forma de trapézio retângulo é igual a 24 m², então a área total
desse piso é, em m², igual a
(A) 324
(B) 400
(C) 225
(D) 256
(E) 196
Respostas

01.Resposta: C.
Sendo l o lado do quadrado e d a diagonal:

Utilizando o Teorema de Pitágoras:


d2 = l2 + l2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
370
2
(2√7) = 2l2
4.7 = 2l2
2l2 = 28
28
l2 =
2
A = 14 cm2

02. Resposta: A.
- um quadrado terá perímetro x
x
o lado será l = 4 e o outro quadrado terá perímetro 30 – x
30−x
o lado será l1 = 4
, sabendo que a área de um quadrado é dada por S = l2, temos:
S = S1 + S2
S=l²+l1²
x 2 30−x 2
S = (4) + ( 4
)
x2 (30−x) 2
S = 16 + 16
, como temos o mesmo denominador 16:

x 2 + 302 − 2.30. x + x 2
S=
16
x 2 + 900 − 60x + x 2
S=
16
2x2 60x 900
S= − + ,
16 16 16

sendo uma equação do 2º grau onde a = 2/16; b = -60/16 e c = 900/16 e o valor de x será o x do
−b
vértice que e dado pela fórmula: x = , então:
2a
−60 60
−( )
xv = 16 = 16
2 4
2. 16
16
60 16 60
xv = 16 . 4 = 4 = 15,

logo l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15.

03. Resposta: D.
Observando a figura temos que cada retângulo tem lados medindo x e 0,8x:
Perímetro = x + 285
8.0,8x + 6x = x + 285
6,4x + 6x – x = 285
11,4x = 285
x = 285:11,4
x = 25

Sendo S a área do retângulo:


S= b.h
S= 0,8x.x
S = 0,8x2

Sendo St a área total da figura:


St = 6.0,8x2
St = 4,8.252
St = 4,8.625
St = 3000

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
371
04. Resposta: E.
Retângulo com as seguintes dimensões:
Largura: 3,5 m = 350 cm
Comprimento: 8,4 m = 840 cm

A = 840.350
A = 294.000 cm2
Potência = 294.000.0,01 = 2940

05. Resposta: D.
Comprimento: x
Largura: x – 28
Perímetro = 200
x + x + x – 28 + x – 28 = 200
4x – 56 = 200
4x = 200 + 56
x = 256 : 4
x = 64

Comprimento: 64
Largura: 64 – 28 = 36

Área: A = 64.36 = 2304 m2


Preço = 2304.50,00 = 115.200,00

06. Resposta: A.
Do enunciado temos que foram comprados 30 m2 de piso e que a sala tem 4 m de largura. Para saber
o perímetro temos que calcular o comprimento desta sala.

- houve uma sobra de 3,6 m2, então a área da sala é:


A = 30 – 3,6
A = 26,4 m2

- sendo x o comprimento:
x.4 = 26,4
x = 26,4 : 4
x = 6,6 m (este é o comprimento da sala)

- o perímetro (representado por 2p na geometria) é a soma dos 4 lados da sala:


2p = 4 + 4 + 6,6 + 6,6 = 21,2 m

07. Resposta: C.
A área procurada é igual a área de um triângulo mais a área de um retângulo.
A = AT + AR
32.20
A = 2 + 16.32
A = 320 + 512 = 832

08. Resposta: D.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
372
O destaque da figura corresponde a base maior do nosso trapézio, e podemos perceber que equivale
a 2x e a base menor x, portanto:
𝑏+𝐵
𝐴= ∙ℎ
2
𝑥 + 2𝑥
24 = ∙𝑥
2

48 = 3𝑥 2
X²=16
Substituindo: Atotal =4x 4x=16x²=1616=256 m²

ÁREA DO CIRCULO E SUAS PARTES

I- Círculo:
Quem primeiro descreveu a área de um círculo foi o matemático grego Arquimedes (287/212 a.C.),
de Siracusa, mais ou menos por volta do século II antes de Cristo. Ele concluiu que quanto mais lados
tem um polígono regular mais ele se aproxima de uma circunferência e o apótema (a) deste polígono
tende ao raio r. Assim, como a fórmula da área de um polígono regular é dada por A = p.a (onde p é
2𝜇𝑟
semiperímetro e a é o apótema), temos para a área do círculo 𝐴 = 2 . 𝑟, então temos:

II- Coroa circular:


É uma região compreendida entre dois círculos concêntricos (tem o mesmo centro). A área da coroa
circular é igual a diferença entre as áreas do círculo maior e do círculo menor. A = 𝜋R2 – 𝜋r2, como temos
o 𝜋 como fator comum, podemos colocá-lo em evidência, então temos:

III- Setor circular:


É uma região compreendida entre dois raios distintos de um círculo. O setor circular tem como
elementos principais o raio r, um ângulo central 𝛼 e o comprimento do arco l, então temos duas fórmulas:

IV- Segmento circular:


É uma região compreendida entre um círculo e uma corda (segmento que une dois pontos de uma
circunferência) deste círculo. Para calcular a área de um segmento circular temos que subtrair a área
de um triângulo da área de um setor circular, então temos:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
373
Questões

01. (SEDUC/RJ – Professor – Matemática – CEPERJ/2011) A figura abaixo mostra três círculos,
cada um com 10 cm de raio, tangentes entre si.

Considerando √3 ≅ 1,73 e 𝜋 ≅ 3,14, o valor da área sombreada, em cm2, é:


(A) 320.
(B) 330.
(C) 340.
(D) 350.
(E) 360.

02. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade – FUMARC/2011) A área


de um círculo, cuja circunferência tem comprimento 20𝜋 cm, é:
(A) 100𝜋 cm2.
(B) 80 𝜋 cm2.
(C) 160 𝜋 cm2.
(D) 400 𝜋 cm2.

03. (Petrobrás - Inspetor de Segurança - CESGRANRIO/2011) Quatro tanques de armazenamento


de óleo, cilíndricos e iguais, estão instalados em uma área retangular de 24,8 m de comprimento por
20,0 m de largura, como representados na figura abaixo.

2
Se as bases dos quatro tanques ocupam 5
da área retangular, qual é, em metros, o diâmetro da
base de cada tanque?
Dado: use 𝜋=3,1
(A) 2.
(B) 4.
(C) 6.
(D) 8.
(E) 16.

04. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES/2011) Na figura a seguir, OA = 10 cm,


OB = 8 cm e AOB = 30°.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
374
Qual, em cm², a área da superfície hachurada. Considere π = 3,14?
(A) 5,44 cm².
(B) 6,43 cm².
(C) 7,40 cm².
(D) 8,41 cm².
(E) 9,42 cm².

05. (U. F. de Uberlândia-MG) Uma indústria de embalagens fábrica, em sua linha de produção,
discos de papelão circulares conforme indicado na figura. Os discos são produzidos a partir de uma
folha quadrada de lado L cm. Preocupados com o desgaste indireto produzido na natureza pelo
desperdício de papel, a indústria estima que a área do papelão não aproveitado, em cada folha utilizada,
é de (100 - 25π) cm2.

Com base nas informações anteriores, é correto afirmar que o valor de L é:


(A) Primo
(B) Divisível por 3.
(C) Ímpar.
(D) Divisível por 5.

06. Na figura abaixo está representado um quadrado de lado 4 cm e um arco de circunferência com
centro no vértice do quadrado. Qual é a área da parte sombreada?

(A) 2(4 – π) cm2


(B) 4 – π cm2
(C) 4(4 – π) cm2
(D) 16 cm2
(E) 16π cm2

07. Calcular a área do segmento circular da figura abaixo, sendo r = 6 cm e o ângulo central do setor
igual a 60°:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
375
Respostas

01. Resposta: B.
Unindo os centros das três circunferências temos um triângulo equilátero de lado 2r ou seja l = 2.10
= 20 cm. Então a área a ser calculada será:

𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴 = 𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐 + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔 +
2
𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2
𝜋𝑟 2
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2
𝜋𝑟 2 𝑙 2 √3
𝐴= +
2 4
(3,14 ∙ 102 ) 202 ∙ 1,73
𝐴= +
2 4
400 ∙ 1,73
𝐴 = 1,57 ∙ 100 +
4
𝐴 = 157 + 100 ∙ 1,73 = 157 + 173 = 330

02. Resposta: A.
A fórmula do comprimento de uma circunferência é C = 2π.r, Então:
C = 20π
2π.r = 20π
20π
r = 2π
r = 10 cm
A = π.r2
A = π.102
A = 100π cm2

03. Resposta: D.
Primeiro calculamos a área do retângulo (A = b.h)
Aret = 24,8.20
Aret = 496 m2
2
4.Acirc = 5.Aret
2
4.πr2 = 5.496
992
4.3,1.r2 =
5
12,4.r2 = 198,4
r2 = 198,4 : 12, 4
r2 = 16
r=4
d = 2r =2.4 = 8

04. Resposta: E.
OA = 10 cm (R = raio da circunferência maior), OB = 8 cm (r = raio da circunferência menor). A área
hachurada é parte de uma coroa circular que é dada pela fórmula Acoroa = π(R2 – r2).
Acoroa = 3,14.(102 – 82)
Acoroa = 3,14.(100 – 64)
Acoroa = 3,14.36 = 113,04 cm2
- como o ângulo dado é 30°
360° : 30° = 12 partes iguais.
Ahachurada = 113,04 : 12 = 9,42 cm2
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
376
05. Resposta: D.
A área de papelão não aproveitado é igual a área do quadrado menos a área de 9 círculos. Sendo
que a área do quadrado é A = L2 e a área do círculo A = π.r2. O lado L do quadrado, pela figura dada, é
igual a 6 raios do círculo. Então:

06. Resposta: C.
A área da região sombreada é igual a área do quadrado menos ¼ da área do círculo (setor com
ângulo de 90°).

07. Resposta: 3(2π - 3√𝟑) cm2.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
377
13) Geometria espacial a) Retas e planos no espaço: paralelismo e
perpendicularismo. b) Prismas, pirâmides, cilindros e cones: conceito,
elementos, classificação, áreas, volumes e troncos. c) Esfera:
elementos, seção da esfera, área e volume.

GEOMETRIA DE POSIÇÃO

A geometria de posição estuda os três entes primitivos da geometria ponto, reta e plano no espaço.
Temos o estudo dos postulado, das posições relativas entre estes entes.
Na matemática nós temos afirmações que são chamadas de postulados e outras são chamadas de
teoremas.
Postulado: são afirmações que são aceitas sem demonstração. Isto é, sabemos que são
verdadeira, porém não tem como ser demonstradas.
Teorema: são afirmações que tem demonstração.

 Estudo dos Postulados


Na Geometria de Posição, os postulado se dividem em quatro categorias:

I) Postulados da existência:
a) No espaço existem infinitos pontos, retas e planos. (este postulado também é chamado de
postulado fundamental da geometria de posição).
b) Numa reta e fora dela existem infinitos pontos.
c) Num plano e fora dele existem infinitos pontos e retas.
d) Entre dois pontos distintos, sempre existe um outro ponto.

II) Postulados da determinação:


a) Dois pontos distintos determinam uma única reta. (Observe que a palavra distintos esta
destacada, tem que ser distintos e não somente dois pontos).
b) Três pontos não colineares determinam um único plano. (Observe que as palavras não
colineares estão destacadas, tem que ser não colineares e não somente três pontos).

- como consequência deste postulado, temos também:


b.1) uma reta e um ponto fora dela determinam um único plano.
b.2) duas retas paralelas distintas determinam um único plano.
b.3) duas retas concorrentes determinam um único plano.

III) Postulado da inclusão.


- Se dois pontos distintos de uma reta pertencem a um plano, então a reta está contida no
plano.

IV) Postulados da divisão.


a) Um ponto divide uma reta em duas semirretas.
b) Uma reta divide um plano em dois semiplanos.
c) Um plano divide o espaço em dois semiespaços.

 Estudo das posições relativas


Vamos estudar, agora, as posições relativas entre duas retas; entre dois planos e entre um plano e
uma reta.

I) Posições relativas entre duas retas.

𝑑𝑖𝑠𝑡𝑖𝑛𝑡𝑎𝑠
𝐶𝑜𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎𝑟𝑒𝑠(𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 ∶ {𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑎𝑠 {𝑐𝑜𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
378
Não coplanares: - Reversas
No esquema acima, temos:

a) Retas coplanares :estão no mesmo plano. Podem ser:

- Retas paralelas distintas: não tem nenhum ponto em comum.

- Retas paralelas coincidentes: tem todos os pontos em comum. Temos duas retas, sendo uma
sobre a outra.

representamos por r ≡ s

- Retas concorrentes: tem um único ponto em comum.

Observação: duas retas concorrentes que formam entre si um ângulo reto (90°) são chamadas de
perpendiculares.

b) Retas não coplanares: não estão no mesmo plano. São:


- Retas Reversas: não tem ponto em comum.

Observação: duas retas reversas que “formam” entre si um ângulo reto (90°) são chamadas de
ortogonais.

Como podemos verificar, retas paralelas distintas e retas reversas não tem ponto em comum. Então
esta não é uma condição suficiente para diferenciar as posições, porém é uma condição necessária.
Para diferenciar paralelas distintas e reversas temos duas condições:
- Paralelas distintas não tem ponto em comum e estão no mesmo plano (coplanares).
- Reversas não tem ponto em comum e não estão no mesmo plano (não coplanares).

II) Posições relativas entre reta e plano.


a) Reta paralela ao plano: não tem nenhum ponto em comum com o plano. A intersecção da reta
com o plano é um conjunto vazio.

Observação: uma reta paralela a um plano é paralela com infinitas retas do plano, mas não a todas.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
379
b) Reta contida no plano: tem todos os pontos em comum com o plano. Também obedece ao
postulado da Inclusão. A intersecção da reta com o plano é igual à própria reta.

c) Reta secante (ou incidente) ao plano: tem um único ponto em comum com o plano. A
intersecção da reta com o plano é o ponto P.

III) Posições relativas entre dois planos


a) Planos paralelos: não tem nenhum ponto em comum. A intersecção entre os planos é um conjunto
vazio.
b) Planos coincidentes: tem todos os pontos em comum.
c) Planos secantes (ou incidentes): tem uma única reta em comum. A intersecção entre os planos
é uma reta. Podem ser oblíquos (formam entre si um ângulo diferente de 90°) ou podem ser
perpendiculares (formam entre si um ângulo de 90°).

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
380
Questões
01. Dadas as proposições:
I) Dois pontos distintos determinam uma única reta que os contém.
II) Três pontos distintos determinam um único plano que os contém.
III) Se dois pontos de uma reta pertencem a um plano, então a reta está contida no plano.

É correto afirmar que:


(A) Todas são verdadeiras.
(B) Todas são falsas.
(C) Apenas I e II são falsas.
(D) Apenas II e III são falsas.
(E) Apenas I e III são falsas.

02. Assinale a alternativa verdadeira:


(A) Todas as afirmações podem ser demonstradas.
(B) Plano, por definição, é um conjunto de pontos.
(C) Ponto tem dimensão.
(D) Para se obter um plano basta obter 3 pontos distintos.
(E) Reta não tem definição.

03. Assinala a alternativa falsa:


(A) Duas retas não coplanares são reversas.
(B) Se uma reta não tem ponto em comum com um plano, ela é paralela a ele.
(C) Duas retas que tem ponto em comum são concorrentes.
(D) Dois planos sendo paralelos, toda reta que fura um fura o outro.
(E) Dois planos sendo paralelos, todo plano que intercepta um intercepta o outro.

04. Se a reta r é paralela ao plano α, então:


(A) Todas as retas de α são paralelas a r.
(B) Existem em α retas paralelas a r e retas reversas a r.
(C) Existem em α retas paralelas a r e retas perpendiculares a r.
(D) Todo plano que contém r intercepta α, segundo uma reta paralela a r
(E) Nenhuma das anteriores é verdadeira.

05. Complete a seguinte frase: “Duas retas que não tem pontos em comum são
________________________ ou ____________________________ .

06. Assinale V ou F, conforme as sentenças sejam verdadeira ou falsas:


( ) Ponto não tem definição.
( ) Dois planos que não tem pontos em comum são paralelos.
( ) Duas retas que são paralelas a um mesmo plano podem ser paralelas entre si.
( ) Teorema é sempre um Postulado.

07. Sejam r e s duas retas distintas, paralelas entre si, contidas em um plano α. A reta t, perpendicular
ao plano α, intercepta a reta r em A. As retas t e s são:
(A) Reversas e não ortogonais.
(B) Ortogonais.
(C) Paralelas entre si.
(D) Perpendiculares entre si.
(E) Coplanares.

08. Assinale a alternativa correta:


(A) Se uma reta é paralela a dois planos, então esses planos são paralelos.
(B) Uma condição suficiente para que dois planos sejam paralelos é que duas retas de um sejam
paralelas ao outro.
(C) Se uma reta é perpendicular a duas retas distintas de um plano, então ela é perpendicular ao
plano.
(D) Se duas retas quaisquer são paralelas a um plano, então elas são paralelas uma à outra.
(E) Um plano perpendicular a uma reta de um outro plano é perpendicular a este último plano.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
381
09. Assinale a alternativa falsa:
(A) Dois pontos distintos determinam uma reta.
(B) Três pontos não colineares determinam um plano.
(C) Uma reta divide o espaço em dois semiespaços.
(D) Um ponto divide uma reta em duas semirretas.
(E) Entre dois pontos distintos, sempre existe um outro ponto.

10. Uma formiga resolveu andar de um vértice a outro do prisma reto de bases triangulares ABC e
DEG, seguindo um trajeto especial. Ela partiu do vértice G, percorreu toda a aresta perpendicular à base
ABC, para em seguida caminhar toda a diagonal da face ADGC e, finalmente, completou seu passeio
percorrendo a aresta reversa a CG . A formiga chegou ao vértice:

(A) A
(B) B
(C) C
(D) D
(E) E

Respostas

01. Resposta: D. I) V, II) F e III) F

02.: E. / 03.: C. / 04.: B.

05. Resposta: paralelas distintas – reversas.

06. Respostas: V – V – V – F.

07.: B. / 08.: E. / 09.: C.

10. Resposta: E.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
382
POLIEDROS

Diedros
Sendo dois planos secantes (planos que se cruzam) α e β, o espaço entre eles é chamado de diedro.
A medida de um diedro é feita em graus, dependendo do ângulo formado entre os planos.

Poliedros
São sólidos geométricos ou figuras geométricas espaciais formadas por três elementos básicos:
faces, arestas e vértices. Chamamos de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos planos,
pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois somente uma aresta em comum. Veja alguns
exemplos:

Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos polígonos são as arestas e os
vértices do poliedro.
Cada vértice pode ser a interseção de três ou mais arestas. Observando a figura abaixo temos que
em torno de cada um dos vértices forma-se um triedro.

Convexidade
Um poliedro é convexo se qualquer reta (não paralela a nenhuma de suas faces) o corta em, no
máximo, dois pontos. Ele não possuí “reentrâncias”. E caso contrário é dito não convexo.

Relação de Euler
Em todo poliedro convexo sendo V o número de vértices, A o número de arestas e F o número de
faces, valem as seguintes relações de Euler:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
383
1) Poliedro Fechado: V – A + F = 2

2) Poliedro Aberto: V – A + F = 1

Observação: Para calcular o número de arestas de um poliedro temos que multiplicar o número de
faces F pelo número de lados de cada face n e dividir por dois. Quando temos mais de um tipo de face,
basta somar os resultados.
𝑛. 𝐹
𝐴=
2

Podemos verificar a relação de Euler para alguns poliedros não convexos. Assim dizemos:

Todo poliedro convexo é euleriano, mas nem todo poliedro euleriano é convexo.

Exemplos:
1) O número de faces de um poliedro convexo que possui exatamente oito ângulos triédricos é?
A cada 8 vértices do poliedro concorrem 3 arestas, assim o número de arestas é dado por

𝑛. 𝐹 3.8
𝐴= →𝐴= = 12
2 2

Pela relação de Euler: V – A + F = 2 → 8 - 12 + F = 2 → F = 6 (o poliedro possui 6 faces). Assim o


poliedro com essas características é:

2) Vamos aplicar a relação de Euler em um Poliedro não convexo.

V – A + F = 2 → 14 – 21 + 9 = 2 → 2 = 2
Assim podemos comprovar que para alguns poliedros não convexos, podemos utilizar a relação de
Euler.

Soma dos ângulos poliédricos: as faces de um poliedro são polígonos. Sabemos que a soma dos
ângulos internos de um polígono é dada

S = (v – 2).360º

Poliedros de Platão
São poliedros que satisfazem as seguintes condições:
- todas as faces têm o mesmo número n de arestas;
- todos os ângulos poliédricos têm o mesmo número m de arestas;
- for válida a relação de Euler (V – A + F = 2).

Exemplos:
1) O prisma quadrangular da figura a seguir é um poliedro de Platão.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
384
Vejamos se ele atende as condições:
- todas as 6 faces são quadriláteros (n = 4);
- todos os ângulos são triédricos (m = 3);
- sendo V = 8, F = 6 e A = 12, temos: 8 – 12 + 6 = 14 -12 = 2

2) O prisma triangular da figura abaixo é poliedro de Platão?

As faces são 2 triangulares e 3 faces são quadrangulares, logo não é um poliedro de Platão, uma
vez que atende a uma das condições.

- Propriedade: existem exatamente cinco poliedros de Platão (pois atendem as 3 condições).


Determinados apenas pelos pares ordenados (m,n) como mostra a tabela abaixo.

m n A V F Poliedro
3 3 6 4 4 Tetraedro
3 4 12 8 6 Hexaedro
4 3 12 6 8 Octaedro
3 5 30 20 12 Dodecaedro
5 3 30 12 20 Icosaedro

Poliedros Regulares
Um poliedro e dito regular quando:
- suas faces são polígonos regulares congruentes;
- seus ângulos poliédricos são congruentes;
Por essas condições e observações podemos afirmar que todos os poliedros de Platão são ditos
Poliedros Regulares.
Observação:

Todo poliedro regular é poliedro de Platão, mas nem todo poliedro de Platão é poliedro regular.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
385
Por exemplo, uma caixa de bombom, como a da figura a seguir, é um poliedro de Platão (hexaedro),
mas não é um poliedro regular, pois as faces não são polígonos regulares e congruentes.

A figura se compara ao paralelepípedo que é um hexaedro, e é um poliedro de Platão, mas não é


considerado um poliedro regular:

- Não Poliedros

Os sólidos acima são: Cilindro, Cone e Esfera, são considerados não planos pois possuem suas
superfícies curvas.
Cilindro: tem duas bases geometricamente iguais definidas por curvas fechadas em superfície lateral
curva.
Cone: tem uma só base definida por uma linha curva fechada e uma superfície lateral curva.
Esfera: é formada por uma única superfície curva.

- Planificações de alguns Sólidos Geométricos

Poliedro Planificação Elementos

- 4 faces triangulares
- 4 vértices
- 6 arestas

Tetraedro

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
386
- 6 faces quadrangulares
- 8 vértices
- 12 arestas

Hexaedro

- 8 faces triangulares
- 6 vértices
- 12 arestas

Octaedro

-12 faces pentagonais


- 20 vértices
- 30 arestas

Dodecaedro

- 20 faces triangulares
- 12 vértices
- 30 arestas

Icosaedro

Questões

01. (PUC RS) Um poliedro convexo tem cinco faces triangulares e três pentagonais. O número de arestas e o número
de vértices deste poliedro são, respectivamente:
(A) 30 e 40
(B) 30 e 24
(C) 30 e 8
(D) 15 e 25
(E) 15 e 9

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
387
02. (ITA – SP) Considere um prisma regular em que a soma dos ângulos internos de todas as faces é 7200°. O
número de vértices deste prisma é igual a:
(A) 11
(B) 32
(C) 10
(D) 22
(E) 20

03. (CEFET – PR) Um poliedro convexo possui duas faces triangulares, duas quadrangulares e quatro pentagonais.
Logo a soma dos ângulos internos de todas as faces será:
(A) 3240°
(B) 3640°
(C) 3840°
(D) 4000°
(E) 4060°

04. Entre as alternativas abaixo, a relação de Euller para poliedros fechados é:


(A) V – A + F = 1
(B) V + A + F = 2
(C) V – A + F = 2
(D) V – A – F = 2
(E) V + F – 2 = 2

05. (Unitau) A soma dos ângulos das faces de um poliedro convexo vale 720°. Sabendo-se que o
número de faces vale 2/3 do número de arestas, pode-se dizer que o número de faces vale:
(A) 6.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 12.
(E) 9.

06. (FAAP - SP) Num poliedro convexo, o número de arestas excede o número de vértices em 6
unidades. Calcule o número de faces.

07. (Fatec - SP) Um poliedro convexo tem 3 faces com 4 lados, 2 faces com 3 lados e 4 faces com
5 lados. Qual é o número de vértices desse poliedro?

Respostas

01. Resposta: E.
O poliedro tem 5 faces triangulares e 3 faces pentagonais, logo, tem um total de 8 faces (F = 8).
Como cada triângulo tem 3 lados e o pentágono 5 lados. Temos:
5.3+3.5 15+15 30
𝐴= 2
= 2
= 2
= 15

V–A+F=2
V – 15 + 8 = 2
V = 2 + 15 – 8
V=9

02. Resposta: D.
Basta utilizar a fórmula da soma dos ângulos poliédricos.
S = (V – 2).360°
7200° = (V – 2).360° (passamos o 360° dividindo)
7200° : 360° = V – 2
20 = V – 2
V = 20 + 2
V = 22

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
388
03. Resposta: A.
Temos 2 faces triangulares, 2 faces quadrangulares e 4 faces pentagonais.
F=2+2+4
F=8
𝟐.𝟑+𝟐.𝟒+𝟒.𝟓 𝟔+𝟖+𝟐𝟎 𝟑𝟒
𝑨= 𝟐
= 𝟐
= 𝟐
= 𝟏𝟕

V–A+F=2
V – 17 + 8 = 2
V = 2 + 17 – 8
V = 11

A soma é:
S = (v – 2).260°
S = (11 – 2).360°
S = 9.360°
S = 3240°

04. Resposta: C.

05. Resposta: B.
𝟐𝑨
Do enunciado temos S = 720° e que 𝑭 = 𝟑 .
S = 720°
(V – 2).360° = 720°
V – 2 = 720° : 360°
V–2=2
V=2+2
V=4
V–A+F=2
𝟐𝑨
𝟒 − 𝑨 + 𝟑 = 𝟐 (o mmc é igual a 3)
𝟏𝟐−𝟑𝑨+𝟐𝑨 𝟔
𝟑
=𝟑

- 3A + 2A = 6 – 12
- A = - 6 x(- 1) multiplicando por -1
A=6
𝟐.𝟔 𝟏𝟐
Se A = 6  𝑭 = 𝟑 = 𝟑 = 𝟒

06. Resposta: 08.


O enunciado nos traz as seguintes informações:
A=V+6
Vamos aplicar a Relação de Euler:
V+F=2+A
V + F = 2 + V + 6 → podemos eliminar V, então ficamos com: F = 2 + 6 → F = 8
O número de faces é igual a 8.

07. Resposta: 12.


Sabemos que
Número de faces: 3 + 2 + 4 = 9
Número de arestas:
3 faces com 4 lados: 3 . 4 = 12
2 faces com 3 lados: 2 . 3 = 6
4 faces com 5 lados: 4 . 5 = 20
Somando: 12 + 6 + 20 = 38

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
389
Atenção: as faces são unidas, duas a duas, por uma aresta. Ao contarmos todas as arestas de todas as faces, cada
aresta é contada duas vezes, uma para cada face "grudada" nela. Assim, esse número, na verdade, é o dobro do número
real de arestas do poliedro. Logo:
A = 38 ÷ 2 = 19.

Usando a Relação de Euler, temos:


V+F=2+A
V + 9 = 2 + 19
V = 21 - 9 = 12.

SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

Sólidos Geométricos são figuras geométricas que possui três dimensões. Um sólido é limitado por
um ou mais planos. Os mais conhecidos são: prisma, pirâmide, cilindro, cone e esfera.

- Principio de Cavalieri
Bonaventura Cavalieri foi um matemático italiano, discípulo de Galileu, que criou um método capaz
de determinar áreas e volumes de sólidos com muita facilidade, denominado princípio de Cavalieri. Este
princípio consiste em estabelecer que dois sólidos com a mesma altura têm volumes iguais se as
secções planas de iguais altura possuírem a mesma área.
Vejamos:
Suponhamos a existência de uma coleção de chapas retangulares (paralelepípedos retângulos) de
mesmas dimensões, e consequentemente, de mesmo volume. Imaginemos ainda a formação de dois
sólidos com essa coleção de chapas.

Tanto em A como em B, a parte do espaço ocupado, ou seja, o volume ocupado, pela coleção de
chapas é o mesmo, isto é, os sólidos A e B tem o mesmo volume.
Mas se imaginarmos esses sólidos com base num mesmo plano α e situados num mesmo semi
espaço dos determinados por α.

Qualquer plano β, secante aos sólidos A e B, paralelo a α, determina em A e em B superfícies de


áreas iguais (superfícies equivalentes). A mesma ideia pode ser estendida para duas pilhas com igual
número de moedas congruentes.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
390
Dois sólidos, nos quais todo plano secante, paralelo a um dado plano, determina superfícies de
áreas iguais (superfícies equivalentes), são sólidos de volumes iguais (sólidos equivalentes).

A aplicação do princípio de Cavalieri, em geral, implica na colocação dos sólidos com base num
mesmo plano, paralelo ao qual estão as secções de áreas iguais (que é possível usando a congruência)

- Sólidos geométricos

I) PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases iguais e paralelas.

Elementos de um prisma:
a) Base: pode ser qualquer polígono.
b) Arestas da base: são os segmentos que formam as bases.
c) Face Lateral: é sempre um paralelogramo.
d) Arestas Laterais: são os segmentos que formam as faces laterais.
e) Vértice: ponto de intersecção (encontro) de arestas.
f) Altura: distância entre as duas bases.

Classificação:
Um prisma pode ser classificado de duas maneiras:

1- Quanto à base:
- Prisma triangular...........................................................a base é um triângulo.
- Prisma quadrangular.....................................................a base é um quadrilátero.
- Prisma pentagonal........................................................a base é um pentágono.
- Prisma hexagonal.........................................................a base é um hexágono.
E, assim por diante.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
391
2- Quanta à inclinação:
- Prisma Reto: a aresta lateral forma com a base um ângulo reto (90°).
- Prisma Obliquo: a aresta lateral forma com a base um ângulo diferente de 90°.

Fórmulas:
- Área da Base
Como a base pode ser qualquer polígono não existe uma fórmula fixa. Se a base é um triângulo
calculamos a área desse triângulo; se a base é um quadrado calculamos a área desse quadrado, e
assim por diante.

- Área Lateral:
Soma das áreas das faces laterais

- Área Total:
At=Al+2Ab

- Volume:
V=Abh

Prismas especiais: temos dois prismas estudados a parte e que são chamados de prismas
especiais, que são:

a) Hexaedro (Paralelepípedo reto-retângulo): é um prisma que tem as seis faces retangulares.

Temos três dimensões: a= comprimento, b = largura e c = altura.

Fórmulas:
- Área Total: At = 2.(ab + ac + bc)
- Volume: V = a.b.c
- Diagonal: D = √a2 + b 2 + c 2

b) Hexaedro Regular (Cubo): é um prisma que tem as 6 faces quadradas.

As três dimensões de um cubo comprimento, largura e altura são iguais.

Fórmulas:
- Área Total: At = 6.a2
- Volume: V = a3
- Diagonal: D = a√3

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
392
II) PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um vértice superior.

Elementos de uma pirâmide:

A pirâmide tem os mesmos elementos de um prisma: base, arestas da base, face lateral, arestas
laterais, vértice e altura. Além destes, ela também tem um apótema lateral e um apótema da base.
Na figura acima podemos ver que entre a altura, o apótema da base e o apótema lateral forma um
triângulo retângulo, então pelo Teorema de Pitágoras temos: ap2 = h2 + ab2.

Classificação:
Uma pirâmide pode ser classificado de duas maneiras:

1- Quanto à base:
- Pirâmide triangular...........................................................a base é um triângulo.
- Pirâmide quadrangular.....................................................a base é um quadrilátero.
- Pirâmide pentagonal........................................................a base é um pentágono.
- Pirâmide hexagonal.........................................................a base é um hexágono.
E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Pirâmide Reta: tem o vértice superior na direção do centro da base.
- Pirâmide Obliqua: o vértice superior esta deslocado em relação ao centro da base.

 Fórmulas:
- Área da Base: 𝐴𝑏 = 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑙í𝑔𝑜𝑛𝑜, como a base pode ser qualquer polígono não existe
uma fórmula fixa. Se a base é um triângulo calculamos a área desse triângulo; se a base é um quadrado
calculamos a área desse quadrado, e assim por diante.

- Área Lateral: 𝐴𝑙 = 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑖𝑠


- Área Total: At = Al + Ab
1
- Volume: 𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

- TRONCO DE PIRÂMIDE
O tronco de pirâmide é obtido ao se realizar uma secção transversal numa pirâmide, como mostra a
figura:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
393
O tronco da pirâmide é a parte da figura que apresenta as arestas destacadas em vermelho.
É interessante observar que no tronco de pirâmide as arestas laterais são congruentes entre si; as
bases são polígonos regulares semelhantes; as faces laterais são trapézios isósceles, congruentes
entre si; e a altura de qualquer face lateral denomina-se apótema do tronco.

→ Cálculo das áreas do tronco de pirâmide.


Num tronco de pirâmide temos duas bases, base maior e base menor, e a área da superfície lateral.
De acordo com a base da pirâmide, teremos variações nessas áreas. Mas observe que na superfície
lateral sempre teremos trapézios isósceles, independente do formato da base da pirâmide. Por exemplo,
se a base da pirâmide for um hexágono regular, teremos seis trapézios isósceles na superfície lateral.
A área total do tronco de pirâmide é dada por:

St = Sl + SB + Sb
Onde:
St → é a área total
Sl → é a área da superfície lateral
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

→ Cálculo do volume do tronco de pirâmide.


A fórmula para o cálculo do volume do tronco de pirâmide é obtida fazendo a diferença entre o volume
de pirâmide maior e o volume da pirâmide obtida após a secção transversal que produziu o tronco.
Colocando em função de sua altura e das áreas de suas bases, o modelo matemático para o volume do
tronco é:

Onde,
V → é o volume do tronco
h → é a altura do tronco
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

III) CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais, paralelas e circulares.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
394
 Elementos de um cilindro:

a) Base: é sempre um círculo.


b) Raio
c) Altura: distância entre as duas bases.
d) Geratriz: são os segmentos que formam a face lateral, isto é, a face lateral é formada por infinitas
geratrizes.

Classificação: como a base de um cilindro é um círculo, ele só pode ser classificado de acordo com
a inclinação:

- Cilindro Reto: a geratriz forma com o plano da base um ângulo reto (90°).
- Cilindro Obliquo: a geratriz forma com a base um ângulo diferente de 90°.

 Fórmulas:

- Área da Base: Ab = π.r2


- Área Lateral: Al = 2.π.r.h
- Área Total: At = 2.π.r.(h + r) ou At = Al + 2.Ab
- Volume: V = π.r2.h ou V = Ab.h

Secção Meridiana de um cilindro: é um “corte” feito pelo centro do cilindro. O retângulo obtido
através desse corte é chamado de secção meridiana e tem como medidas 2r e h. Logo a área da secção
meridiana é dada pela fórmula: ASM = 2r.h.

Cilindro Equilátero: um cilindro é chamado de equilátero quando a secção meridiana for um


quadrado, para isto temos que: h = 2r.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
395
IV) CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e vértice superior.

Elementos de um cone:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre o vértice superior e a base.
d) Geratriz: segmentos que formam a face lateral, isto é, a face lateral e formada por infinitas
geratrizes.

Classificação: como a base de um cone é um círculo, ele só tem classificação quanto à inclinação.
- Cone Reto: o vértice superior está na direção do centro da base.
- Cone Obliquo: o vértice superior esta deslocado em relação ao centro da base.

Fórmulas:
- Área da base: Ab = π.r2
- Área Lateral: Al = π.r.g
- Área total: At = π.r.(g + r) ou At = Al + Ab
1 1
- Volume: 𝑉 = 3 . 𝜋. 𝑟 2 . ℎ ou 𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

- Entre a geratriz, o raio e a altura temos um triângulo retângulo, então: g2 = h2 + r2.

Secção Meridiana: é um “corte” feito pelo centro do cone. O triângulo obtido através desse corte é
chamado de secção meridiana e tem como medidas, base é 2r e h. Logo a área da secção meridiana é
dada pela fórmula: ASM = r.h.

Cone Equilátero: um cone é chamado de equilátero quando a secção meridiana for um triângulo
equilátero, para isto temos que: g = 2r.

- TRONCO DE CONE
Se um cone sofrer a intersecção de um plano paralelo à sua base circular, a uma determinada altura,
teremos a constituição de uma nova figura geométrica espacial denominada Tronco de Cone.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
396
 Elementos
- A base do cone é a base maior do tronco, e a seção transversal é a base menor;
- A distância entre os planos das bases é a altura do tronco.

Diferentemente do cone, o tronco de cone possui duas bases circulares em que uma delas é maior
que a outra, dessa forma, os cálculos envolvendo a área superficial e o volume do tronco envolverão a
medida dos dois raios. A geratriz, que é a medida da altura lateral do cone, também está presente na
composição do tronco de cone.
Não devemos confundir a medida da altura do tronco de cone com a medida da altura de sua lateral
(geratriz), pois são elementos distintos. A altura do cone forma com as bases um ângulo de 90º. No caso
da geratriz os ângulos formados são um agudo e um obtuso.

Área da Superfície e Volume

Onde:
h = altura
g = geratriz

Exemplo:
Os raios das bases de um tronco de cone são 6 m e 4 m. A altura referente a esse tronco é de 10 m.
Determine o volume desse tronco de cone. Lembre-se que π = 3,14.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
397
V) ESFERA

Elementos da esfera

- Eixo: é um eixo imaginário, passando pelo centro da esfera.


- Polos: ponto de intersecção do eixo com a superfície da esfera.
- Paralelos: são “cortes” feitos na esfera, determinando círculos.
- Equador: “corte” feito pelo centro da esfera, determinando, assim, o maior círculo possível.

Fórmulas

- na figura acima podemos ver que o raio de um paralelo (r), a distância do centro ao paralelo ao
centro da esfera (d) e o raio da esfera (R) formam um triângulo retângulo. Então, podemos aplicar o
Teorema de Pitágoras: R2 = r2 + d2.
- Área: A = 4.π.R2
4
- Volume: V = 3 . π. R3

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
398
Fuso Esférico:

Fórmula da área do fuso:


𝛼. 𝜋. 𝑅 2
𝐴𝑓𝑢𝑠𝑜 =
90°

Cunha Esférica:

Fórmula do volume da cunha:


𝛼. 𝜋. 𝑅 3
𝑉𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎 =
270°

Questões

01. Dado o cilindro equilátero, sabendo que seu raio é igual a 5 cm, a área lateral desse cilindro, em
cm2, é:
(A) 90π
(B) 100π
(C) 80π
(D) 110π
(E) 120π

02. Seja um cilindro reto de raio igual a 2 cm e altura 3 cm. Calcular a área lateral, área total e o seu
volume.

03. Um prisma hexagonal regular tem aresta da base igual a 4 cm e altura 12 cm. O volume desse
prisma é:
(A) 288√3 cm3
(B) 144√3 cm3
(C) 200√3 cm3
(D) 100√3 cm3
(E) 300√3 cm3

04. As dimensões de um paralelepípedo são 3 cm, 4 cm e 12 cm. Pede-se calcular a área total, o
volume e a diagonal desse paralelepípedo.

05. Um cubo tem aresta igual a 3 m, a área total e o volume desse cubo são, respectivamente, iguais
a:
(A) 27 m2 e 54 m3
(B) 9 m2 e 18 m3
(C) 54 m2 e 27 m3
(D) 10 m2 e 20 m3

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
399
06. Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a 8 cm e altura 15 cm. O volume dessa
pirâmide, em cm3, é igual a:
(A) 60
(B) 60√3
(C) 80
(D) 80√3
(E) 90√3

07. Um cone reto tem raio da base com medida 6 cm e geratriz com medida 10 cm. Pede-se calcular:
a) a altura.
b) a área lateral.
c) a área total.
d) o volume.

08. Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone, em cm, é:
(A) 6√3
(B) 6√2
(C) 8√2
(D) 8√3
(E) 8

09. Uma esfera tem raio igual a 6 cm. Pede-se calcular:


a) a área.
b) o volume.

10. Foi feito uma secção em uma esfera de raio 4 cm, pelo seu centro, determinando um ângulo
equatorial de 60°. Determinar a área do fuso e o volume da cunha obtidos por essa secção.

11. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO


– EXÉRCITO BRASILEIRO/2013) O volume de um tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas
das bases são iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³

12. (UFPA 2011) Uma rasa é um paneiro utilizado na venda de frutos de açaí. Um típico exemplar
tem forma de um tronco de cone, com diâmetro de base 28 cm, diâmetro de boca 34 cm e altura 27 cm.
Podemos afirmar, utilizando pi=3,14, que a capacidade da rasa, em litros, é aproximadamente.
(A) 18
(B) 20
(C) 22
(D) 24
(E) 26

13. Uma vasilha (figura abaixo) tem a forma de um tronco de cone. Suas dimensões estão indicadas
na figura. Qual o volume máximo de água que a vasilha pode conter, em litros? (Use π =3,14.)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
400
Respostas

01. Resposta: B.
Em um cilindro equilátero temos que h = 2r e do enunciado r = 5 cm.
h = 2r  h = 2.5 = 10 cm
Al = 2.π.r.h
Al = 2.π.5.10
Al = 100π

02. Respostas: Al = 12π cm2, At = 20π cm2 e V = 12π cm3


Aplicação direta das fórmulas sendo r = 2 cm e h = 3 cm.

Al = 2.π.r.h At = 2π.r(h + r) V = π.r2.h


Al = 2.π.2.3 At = 2π.2(3 + 2) V = π.22.3
Al = 12π cm2 At = 4π.5 V = π.4.3
At = 20π cm2 V = 12π cm2

03. Resposta: A.
O volume de um prisma é dado pela fórmula V = Ab.h, do enunciado temos que a aresta da base é a
= 4 cm e a altura h = 12 cm.

A área da base desse prisma é igual a área de um hexágono regular


6.𝑎 2 √3
𝐴𝑏 = 4
6.42 √3 6.16√3
𝐴𝑏 = 4
 𝐴𝑏 = 4
 𝐴𝑏 = 6.4√3  𝐴𝑏 = 24√3 cm2
V = 24√3.12
V = 288√3 cm3

04. Respostas: At = 192 cm2, V = 144 cm3 e D = 13 cm


Aplicação direta das fórmulas sendo a = 3 cm, b = 4 cm e c = 12 cm.
At = 2.(ab + ac + bc) V = a.b.c D = √a2 + b 2 + c 2
At = 2.(3.4 + 3.12 + 4.12) V = 3.4.12 D = √32 + 42 + 122
At = 2.(12 + 36 + 48) V = 144 cm 3
D = √9 + 16 + 144
At = 2.96 D = √169
At = 192 cm2 D = 13 cm

05. Resposta: C.
Do enunciado, o cubo tem aresta a = 3 m.
At = 6.a2 V = a3
2
At = 6.3 V = 33
At = 6.9 V = 27 m3
2
At = 54 m

06. Resposta: D.
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula da área do triângulo equilátero é 𝐴 =
𝑙 2 √3
4
. A aresta da base é a = 8 cm e h = 15 cm.

Cálculo da área da base:


𝑎 2 √3
𝐴𝑏 = 4
82 √3 64√3
𝐴𝑏 = =
4 4
𝐴𝑏 = 16√3

Cálculo do volume:
1
𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
401
1
𝑉 = 3 . 16√3. 15

𝑉 = 16√3. 5

𝑉 = 80√3

07. Respostas: a) h = 8 cm, b) Al = 60π cm2, c) At = 96π cm2 e d) V = 96π cm3.


Aplicação das fórmulas de cone.

a)102 = h2 + 62
100 = h2 + 36
100 – 36 = h2
h2 = 64
h = √64
h = 8 cm

b)Al = π.r.g
Al = π.6.10
Al = 60π cm2

c)At = πr.(g + r)
At = π.6.(10 + 6)
At = π.6.16
At = 96π cm2
1
d)V = 3 . π. 𝑟 2 . ℎ

1
V = . 𝜋. 62 . 8
3

1
V = 3 . 𝜋. 36.8

V = π.12.8
V = 96π cm3

08. Resposta: D.
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16
cm.
g2 = h2 + r2
162 = h2 + 82
256 = h2 + 64
256 – 64 = h2
h2 = 192
h = √192
h = √26 . 3
h = 23√3
h = 8√3 cm

09. Respostas: a) 144π cm2 e b) 288π cm3


O raio da esfera é 6 cm.
a)A = 4.π.R2
A = 4.π.62
A = 4.π.36
A = 144π cm2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
402
4
b)V = 3 . π. R3

4
V = 3 . π. 63

4
V = 3 . π. 216

V = 288π cm3
𝟑𝟐𝛑 𝟏𝟐𝟖𝛑
10. Respostas: Af = 𝟑 cm2 e Vc = 𝟗 cm3
A esfera tem raio R = 4 e o ângulo equatorial α = 60°.
α.π.R2
Af = 90°

60°.π.42 6.π.16 96π 32π


Af = = = = cm2
90° 9 9 3

α.π.R3
Vc = 270°

60°.π.43 6.π.64 384π 128π


Vc = 270°
= 27
= 27
= 9
cm3

11. Resposta: E.
ℎ𝑡
𝑉 = (𝐴𝐵 + √𝐴𝐵 ∙ 𝐴𝑏 + 𝐴𝑏 )
3

AB=144 dm²
Ab=36 dm²
4 4 4
𝑉 = (144 + √144 ∙ 36 + 36) = (144 + 72 + 36) = 252 = 336 𝑑𝑚3
3 3 3

12. Resposta: B.
Temos na nessa questão um tronco cone, vamos esboçar o desenho:

Observe que temos um cone e será necessário termos um acréscimo na altura, esse acréscimo x
será calculado através de semelhança entre triângulos.
x/14 = (x + 27)/17
17x = 14.(x + 27)
17x = 14x + 378
17x - 14x = 378
3x = 378
x = 378/3
x = 126 cm

Agora que encontramos o valor de x temos:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
403
Encontrando esses dois cones iremos calcular o volume de cada um e subtrair o volume do maior
menos o volume do menor.
VOLUME DO CONE MAIOR (Vma)
Vma = área da base x altura /3
Vma = πR² x 153 /3
Vma = 3,14 x 289 x 153/3
Vma = 46303,93 cm³

VOLUME DO CONE MENOR (Vme)


Vme = pi.R² x altura/3
Vme = 3,14 x 196 x 126/3
Vme = 25861,59 cm³

VOLUME DO TRONCO DE CONE (Vc)


Vc = Vma - Vme
Vc = 46303,93 - 25861,59
Vc = 20442,34 cm³

Mas, a unidade está em cm³ devemos transformar para litros.


1cm³ = 1ml
20442,34 cm³ = 20442,34 ml
Sabemos também que...
1L -----------------1000ml
x---------------20442,34ml
x = 20442,34 / 1000
x = 20,44 L

13. Resposta: 87,92 l


R = 40cm; r = 20cm; h = 30cm
ℎ𝜋 2 30. 𝜋
𝑉= (𝑅 + 𝑅𝑟 + 𝑟 2 ) → (402 + 40.2 + 202 ) → 10𝜋(2800) = 2800𝜋 ≅ 87 920𝑐𝑚3
3 3
Como 1 dm3 = 1 l  o volume máximo de água da vasilha pode conter é de cerca de 87,92l.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
404
14) Geometria analítica a) Ponto: o plano cartesiano, distância entre
dois pontos, ponto médio de um segmento, condição de alinhamento
de três pontos. b) Estudo da reta: equação geral e reduzida;
interseção, paralelismo e perpendicularismo entre retas; distância de
um ponto a uma reta; área de um triângulo. c) Estudo da
circunferência: equação geral e reduzida; posições relativas entre
ponto e circunferência, reta e circunferência e duas circunferências;
tangência.

SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL (OU PLANO CARTESIANO)

Temos dois eixos orientados, um horizontal e outro vertical, perpendiculares entre si. O eixo horizontal
é chamado de “eixo das abscissas” e o eixo vertical e chamado de “eixo das ordenadas”.
Estes eixos dividem o plano em quatro partes chamadas de “quadrantes”.
O ponto O e chamado de ponto “Zero” ou “Ponto de Origem” do sistema.

- Propriedades do Sistema Cartesiano.


Sendo um ponto p(x, y), temos:

1) Se P ∈ ao 1° quadrante: x > 0 e y > 0


2) Se P ∈ ao 2° quadrante: x < 0 e y > 0
3) Se P ∈ ao 3° quadrante: x < 0 e y < 0
4) Se P ∈ ao 4° quadrante: x > 0 e y < 0
5) Se P ∈ ao eixo das abcissas: y = 0
6) Se P ∈ ao eixo das ordenadas: x = 0
7) Se P ∈ à bissetriz dos quadrantes ímpares (1° e 3° quadrantes): x = y
8) Se P ∈ à bissetriz dos quadrantes pares (2° e 4° quadrantes): x = - y

Ponto médio

Sendo A(xA, yA) e B(xB, yB) dois pontos do sistema cartesiano:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
405
- se M(xM, yM) é ponto médio do
segmento ̅̅̅̅
AB, temos a fórmula do
ponto médio:

xA + xB
xM =
2
𝑦𝐴 + 𝑦𝐵
𝑦𝑀 =
2

Distância entre dois pontos

- de acordo com o Teorema


de Pitágoras, temos a fórmula
da distância:

𝑑𝐴𝐵
= √(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2

Área do triângulo e condição de alinhamento de três pontos

Sejam os pontos A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC) os três vértices de um triângulo ABC, para calcular a
área desse triângulo temos a fórmula:

xA yA 1
|D|
A= 2
, onde D = |x B yB 1|
xC yC 1

E a condição para que os três estejam alinhados (mesma linha ou mesma reta) é que D = 0.

Questões

01. O ponto A(2m + 1, m + 7) pertence à bissetriz dos quadrantes ímpares. Então, o valor de m é:
(A) 5
(B) 6
(C) 7
(D) 8
(E) 9

02. O ponto P(2 + p, 4p – 12) pertence ao eixo das abscissas, então:


(A) P(2 ,0)
(B) P(3, 0)
(C) P(- 5, 0)
(D) P(5, 0)
(E) P(- 2, 0)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
406
03. O ponto médio entre A(4, - 1) e B(2, 5) é:
(A) M(- 3, 2)
(B) M(3, - 2)
(C) M(- 3, - 2)
(D) M(3, 2)
(E) M(1, 2)

04. Se M(4, 5) é ponto médio entre A(6, 1) e B. As coordenadas xB e yB, respectivamente, são iguais
a:
(A) 2 e 9
(B) 2 e 7
(C) 9 e 2
(D) 3 e 9
(E) 1 e 8

05. Calcular a distância entre os pontos abaixo:


a) A(3, 1) e B(7, 4)
b) C(- 1, 8) e D(2, - 3)

06. Se a distância entre os pontos A(8, 2) e B(3, y) é igual a 5√2, sendo B é um ponto do 1° quadrante,
então o valor de y é:
(A) 5
(B) 6
(C) 7
(D) 8
(E) 9

07. Quais são os possíveis valores de c para que os pontos (c, 3), (2, c) e (14, - 3) sejam colineares?
(A) 4 e 5
(B) 5 e – 6
(C) – 5 e 6
(D) – 4 e 5
(E) 6 e 5

08. A área de um triângulo que tem vértices nos ponto A(2, 1), B(4, 5) e C(0, 3), em unidades de
área, é igual a:
(A) 5
(B) 6
(C) 7
(D) 8
(E) 2

09. Se (m + 2n, m – 4) e (2 – m, 2n) representam o mesmo ponto do plano cartesiano, então mn é


igual a:
(A) 2
(B) 0
(C) – 2
(D) 1
(E) ½

Respostas

01. Resposta: B.
Se o ponto pertence à bissetriz dos quadrantes ímpares temos que x = y.
x=y
2m + 1 = m + 7
2m – m = 7 – 1
m=6

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
407
02. Resposta: D.
Se P pertence ao eixo das abscissas y = 0.
y=0
4p – 12 = 0
4p = 12
p = 12/4
p=3

x=2+p
x=2+3
x=5
Logo: P(5, 0)

03. Resposta: D.
x +x y +y
xM = A 2 B e yM = A 2 B
4+2 −1+5
xM = 2
= 3 e yM = 2
=2

04. Resposta: A.
x +x yA +yB
xM = A 2 B yM = 2

6+xB 1+yB
4= 2
5= 2

6 + 𝑥𝐵 = 2.4 1 + 𝑦𝐵 = 2.5

𝑥𝐵 = 8 − 6 = 2 𝑦𝐵 = 10 − 1 = 9

05. Respostas: a) 5 b) √𝟏𝟑𝟎

a) 𝑑𝐴𝐵 = √(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2

𝑑𝐴𝐵 = √(7 − 3)2 + (4 − 1)2 = √42 + 32 = √16 + 9 = √25 = 5

b) 𝑑𝐶𝐷 = √(𝑥𝐷 − 𝑥𝐶 )2 + (𝑦𝐷 − 𝑦𝐶 )2

2
𝑑𝐶𝐷 = √(2 − (−1)) + (−3 − 8)2 = √(2 + 1)2 + (−11)2 = √32 + 121 =
= √9 + 121 = √130

06. Resposta: C.
𝑑𝐴𝐵 = 5√2

√(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2 = 5√2 (elevando os dois membros ao quadrado)

2 2
(√(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2 ) = (5√2)

(3 − 8)2 + (𝑦 − 2)2 = 25.2


(−5)2 + (𝑦 − 2)2 = 50
25 + (𝑦 − 2)2 = 50
(y – 2)2 = 50 – 25
(y – 2)2 = 25
𝑦 − 2 = ±√25
𝑦 − 2 = ±5

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
408
y – 2 = 5 ou y – 2 = - 5
y = 5 + 2 ou y = - 5 + 2
y=7 ou y = - 3
como o ponto B está no 1° quadrante, y > 0  y = 7

07. Resposta: E.
Colineares (mesma linha) ou seja, os pontos dados devem estar alinhados. A condição para isto é
que D = 0.
𝑐 3 1
𝐷=|2 𝑐 1| = 0 (para resolver o determinante D, repetimos as 1ª e 2ª colunas)
14 −3 1
𝑐 3 1 𝑐 3
𝐷=|2 |
𝑐 1 2 𝑐 = 𝑐. 𝑐. 1 + 3.1.14 + 1.2. (−3) − 1. 𝑐. 14 − 𝑐. 1. (−3) − 3.2.1 =
14 −3 1 14 −3

= 𝑐 2 + 42 − 6 − 14𝑐 + 3𝑐 − 6 =
= 𝑐 2 − 11𝑐 + 30

Então: 𝐷 = 0  𝑐 2 − 11𝑐 + 30 = 0, equação do 2° grau em que a = 1, b = - 11 e c = 30


(lembrando que o c que queremos determinar não é o mesmo c da equação).

∆= 𝑏 2 − 4. 𝑎. 𝑐
∆= (−11)2 − 4.1.30
∆= 121 − 120 = 1
−b±√∆
c= 2a
−(−11)±√1 11±1 11+1 12 11−1 10
c= 2.1
= 2
𝑐= 2
= 2
=6 ou 𝑐 = 2
= 2
=5

08. Resposta: B.
|D|
A fórmula da área do triângulo é A = .
2
2 1 1 2 1
𝐷 = |4 5 1| 4 5 = 2.5.1 + 1.1.0 + 1.4.3 − 1.5.0 − 2.1.3 − 1.4.1 =
0 3 1 0 3

= 10 + 0 + 12 – 0 – 6 – 4 = 22 – 10 = 12
|12|
A= 2 =6

09. Resposta: E.
Do enunciado temos que (m + 2n, m – 4) = (2 – m, 2n), se esses dois pontos são iguais:
m + 2n = 2 – m (I) e m – 4 = 2n (II), substituindo (II) em (I), temos:
m+m–4=2–m
2m – 4 = 2 – m
2m + m = 2.+ 4
3m = 6
m=6:3
m = 2 (substituindo 2 em (II))
2 – 4 = 2n
- 2 = 2n
n=-2:2
n=-1
Logo: mn = 2-1 = ½ (expoente negativo, invertemos a base e o expoente fica positivo.

ESTUDO DA RETA

Inclinação de uma reta


Considere-se no Plano Cartesiano uma reta r. Chama-se inclinação de r à medida de um ângulo α
que r forma com o eixo x no sentido anti-horário, a partir do próprio eixo x.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
409
Coeficiente angular da reta
Definimos o coeficiente angular (ou declividade) da reta r o número m tal que 𝐦 = 𝐭𝐠𝛂.
Então, temos:

- se m = 0
a reta é paralela ao eixo x, isto é, α = 0°.

- se m > 0
temos um ângulo α, tal que 0° < α < 90°. O ângulo α é agudo.

- se m < 0
temos um ângulo α, tal que 90° < α < 180°. O ângulo α é obtuso.

- se m = ∄ (não existe)  a reta é perpendicular ao eixo x, isto é, α = 90°.

Sendo A e B dois pontos pertencentes a uma reta r, temos:

cateto aposto
No triângulo retângulo: tgα = , então temos que o coeficiente angular m é:
cateto adjacente

y −y ∆𝐲
m = xB −xA  m = ∆𝐱
B A

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
410
Equação fundamental da reta
Considerando uma reta r e um ponto A(x0, y0) pertencente à reta. Tomamos outro ponto B(x, y)
genérico diferente de A. Com esses dois pontos pertencentes à reta r, podemos calcular o seu
coeficiente angular.

∆y m y−y0
m=  = , multiplicando em “cruz”:
∆x 1 x−x0

y – yo = m(x – xo), fórmula da equação fundamental da reta.

Exemplos:
1- Uma reta tem inclinação de 60° em relação ao eixo x. Qual é o coeficiente angular desta reta?
Solução: m = tgα  m = tg60°  m = √3

2- Uma reta passa pelos pontos A(3, -1) e B(5, 8). Determinar o coeficiente angular dessa reta.
∆y y −y 8−(−1) 9
Solução: m = = B A  m =  m=
∆x xB −xA 5−3 2

3- Uma reta passa pelo ponto A(2, 4) e tem coeficiente angular m = 5. Determinar a equação
fundamental dessa reta.
Solução: o ponto por onde a reta passa são os valores de xo e yo para substituir na fórmula, então:
y − yo = m. (x − xo )  y − 4 = 5. (x − 2) (esta é a equação fundamental da reta)

Equação geral da reta


Toda reta tem uma Equação Geral do tipo:

𝐚𝐱 + 𝐛𝐲 + 𝐜 = 𝟎 , onde a, b e c são os coeficientes da equação e podem ser qualquer número real,


com a condição de que a e b não sejam nulos ao mesmo tempo. Isto é se a = 0  b ≠ 0 e se b = 0  a
≠ 0.

Exemplos:
(r) 2x – 3y + 8 = 0  a = 2, b = - 3 e c = 8
(s) – x + 10 = 0  a = - 1, b = 0 e c = 10
(t) 3y – 7 = 0  a = 0, b = 3 e c = - 7
(u) x + 5y = 0  a = 1, b = 5 e c = 0
−𝐚
Da equação geral da reta, temos uma nova fórmula para o coeficiente angular: 𝐦 = 𝐛

Equação reduzida da reta


Para determinar a equação reduzida da reta, basta “isolar” o y.

ax + by + c = 0

by = −ax − c
−ax c
y= −
b b
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
411
−a −c
Na equação reduzida da reta temos que b é o coeficiente angular (m) da reta e b
é o coeficiente
linear (q) da reta. Então, a equação reduzida é da forma:

y = mx + q

O coeficiente linear q é o ponto em que a reta “corta” o eixo y.

Observações:
I) A equação reduzida de uma reta fornece diretamente o coeficiente angular e o coeficiente linear.
II) As retas de inclinação igual a 90° (reta vertical ao eixo x) não possuem equação reduzida.

Bissetrizes dos ângulos de duas retas

A bissetriz de ângulos de retas, nada mais é a que a


aplicação direta da fórmula da distância de um ponto a
uma reta

Paralelismo e perpendicularismo
Considere-se no Plano Cartesiano duas reta r e s.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
412
Se as retas são paralelas, o ângulo 𝛼 de inclinação em relação ao eixo x é o mesmo. Este ângulo
nos dá o valor do coeficiente angular da reta e, sendo mr e ms, respectivamente os coeficientes
angulares de r e s, temos:

1) Se r e s são paralelas: mr = ms
2) Se r e s são concorrentes: mr ≠ ms
3) Se r e s são perpendiculares: mr.ms = - 1

Observação: para que o produto de dois números seja igual a – 1, mr e ms devem ser inversos e
opostos.

Distância entre ponto e reta


Seja uma reta (r) de equação geral ax + by + c = 0 e um ponto P(xo, yo):

Para calcular a distância d entre o ponto P e a reta r temos a seguinte fórmula:

|𝐚𝐱 𝐨 + 𝐛𝐲𝟎 + 𝐜|
𝐝𝐏,𝐫 =
√𝐚𝟐 + 𝐛 𝟐

Exemplo: Qual é a distância entre a reta (r) 3x + 4y – 1 = 0 e o ponto P(1, 2)?

Solução: temos uma equação de reta em que a = 3, b = 4 e c = - 1.


|3x+4y−1|
dP,r = 2 2
 substituindo x = 1 e y = 2 (coordenadas do ponto P)
√3 +4

|3.1+4.2−1| |3+8−1| |10| 10


dP,r = = = = =2
√9+16 √25 5 5

Distância entre duas retas


Só existe distância entre duas retas r e s se elas forem paralelas. E, neste caso, os valores de a e b
na equação geral da reta são iguais ou proporcionais, sendo diferente somente o valor de c. Isto é:
(r) ax + by + c = 0 e (s) ax + by + c’ = 0.

Exemplos:
(r) 2x – 3y + 8 = 0 e (s) 2x – 3y – 7 = 0 são paralelas, pois a = 2 e b = - 3 nas duas equações.

(r) 3x + 2y – 10 = 0 e (s) 6x + 4y + 30 = 0 são paralelas, pois na reta r a = 3 e b = 2 e na reta s a = 6


e b = 2 são proporcionais (o dobro). Se dividirmos por 2 os coeficientes a e b da reta (s) obtemos valores
iguais.
Então, para calcular a distância entre as retas r e s temos a seguinte fórmula:

|𝐜 − 𝐜′|
𝐝𝐫,𝐬 =
√𝐚𝟐 + 𝐛 𝟐

Exemplo 1: Calcular a distância entre as retas (r) 4x + 3y – 10 = 0 e (s) 4x + 3y + 5 = 0.


Solução: temos que a = 4 e b = 3 nas duas equações e somente o valor de c é diferente, então, c =
- 10 e c’ = 5 (ou c = 5 e c’ = - 10).
|−10−5| |−15| 15 15
dr,s = 2 2 = = = =3
√4 +3 √16+9 √25 5

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
413
Exemplo 2 : Calcular a distância entre as retas (r) 3x – 2y + 8 = 0 e (s) 6x – 4y – 12 = 0.
Solução: primeiro temos que dividir a equação da reta (s) por dois para que a e b fiquem iguais nas
duas equações.
(s) 6x – 4y – 12 = 0 :(2)  3x – 2y – 6 = 0

Logo, a = 3, b = - 2, c = 8 e c’ = - 6 (ou c = - 6 e c’ = 8)
|8−(−6)| |8+6| |14| 14
dr,s = 2 2
= 9+4 = 13 = 13 , neste caso temos que racionalizar o denominador multiplicando
√3 +(−2) √ √ √
em cima e em embaixo por √13.
14 √13 14√13
dr,s = . =
√13 √13 13

Questões

01. (FGV-SP) A declividade do segmento de reta que passa pelos pontos A(0, 3) e B(3, 0) é:
(A) 1
(B) – 1
(C) 0
(D) 3
(E) 1/3

𝑘
02. (MACK-SP) Se os pontos (2, - 3), (4, 3) e (5, 2 ) estão numa mesma reta, então k é igual a:
(A) – 12
(B) – 6
(C) 6
(D) 12
(E) 18

03. Escreva a equação fundamental da reta que passa pelo ponto P e tem coeficiente angular m nos
seguintes casos:
a) P(1, 4) e m = 7
b) P(0, - 1) e m = 3
c) P(- 2, 5) e m = - 2

04. (OSEC-SP) A equação da reta que passa pelo ponto A(- 3, 4) e cujo coeficiente angular é ½ é:
(A) x + 2y + 11 = 0
(B) x – y + 11 = 0
(C) 2x – y + 10 = 0
(D) x – 2y + 11 = 0
(E) nda

05. Uma reta forma com o eixo x um ângulo de 45°. O coeficiente angular dessa reta é:
(A) 1
(B) – 1
(C) 0
(D) √3
(E) – √3

06. (UEPA) O comandante de um barco resolveu acompanhar a procissão fluvial do Círio-2002,


fazendo o percurso em linha reta. Para tanto, fez uso do sistema de eixos cartesianos para melhor
orientação. O barco seguiu a direção que forma 45° com o sentido positivo do eixo x, passando pelo
ponto de coordenadas (3, 5). Este trajeto ficou bem definido através da equação:
(A) y = 2x – 1
(B) y = - 3x + 14
(C) y = x + 2
(D) y = - x + 8
(E) y = 3x – 4

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
414
07. A equação geral de uma reta é – 2x + 4y + 12 = 0. A equação geral dessa reta é:
(A) 𝑦 = 𝑥 − 3
𝑥
(B) 𝑦 = 2 − 3
(C) 𝑦 = 𝑥 + 3
𝑥
(D) 𝑦 = 2 + 3
(E) 𝑦 = 2𝑥 + 3

08. Determinar a equação geral da reta que passa pelos pontos A e B em cada caso abaixo:
a) A(1, 3) e B(2, 5)
b) A(0, - 1) e B(4, 1)

09. Considere a reta (r) de equação 2x – 3y + 7 = 0. O valor de a para que o ponto P(1, a) pertença
a esta reta é:
(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

10. Dê o coeficiente angular da reta em cada caso abaixo:


a) x – y + 3 = 0
b) 2x + 3y – 1 = 0
c) 2y – 4 = 0
d) 3x + 5 = 0

11. (CESGRANRIO-RJ) As retas x + ay – 3 = 0 e 2x – y + 5 = 0 são paralelas se a vale:


(A) – 2
(B) – 0,5
(C) 0,5
(D) 2
(E) 8

12. (UFMG) A relação entre m e n, para que as retas de equações (r) 2x – my + 1 = 0 e (s) nx + 3y +
5 = 0 sejam paralelas, é:
𝑚 3
(A) 𝑛 = − 2
𝑚 2
(B) 𝑛
= −3
𝑚 2
(C) =
𝑛 3
(D) 𝑚. 𝑛 = −6
(E) 𝑚. 𝑛 = 6

13. (FUVEST) Os coeficientes angulares dos lados de um triângulo são: 1, - 1 e 0. Conclui-se que o
triângulo é:
(A) equilátero
(B) retângulo
(C) escaleno
(D) acutângulo
(E) obtusângulo

14. Para qual valor de a as retas (r) ax – 2y + 3 = 0 e (s) 2x + y – 1 = 0 são perpendiculares?


(A) 1
(B) – 1
(C) 2
(D) – 2
(E) 0

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
415
15. Dada uma reta r de equação 3x + 4y + 15 = 0, a distância do ponto P(1, 3) à reta r é igual a:
(A) 4
(B) 5
(C) 6
(D) 7
(E) 8

16. Sabendo que o ponto P(a, 2a) pertence ao 1° quadrante e que a distância desse ponto até a reta
(r) 3x + 4y = 0 é igual a 22, o valor de a é:
(A) 11
(B) – 11
(C) – 10
(D) 10
(E) 20

17. Sendo (r) 5x + 12y – 15 = 0 e (s) 5x + 12y – 2 = 0, a distância entre estas duas retas é:
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

18. Se duas retas são perpendiculares, os seus coeficientes angulares são:


(A) Iguais
(B) Inversos
(C) Opostos
(D) Inversos e opostos.

19. (VUNESP) Dada a reta r de equação 4x + 2y + 5 = 0 e o ponto P(2, - 1), determine:


a) o coeficiente angular de r.
b) a equação da reta s que é perpendicular a r e passa pelo ponto P.

Respostas

01. Resposta: B.
∆y
Como temos dois pontos, o coeficiente angular é dado por m = ∆x.
𝑦𝐵 −𝑦𝐴 0−3 −3
𝑚= 𝑥𝐵 −𝑥𝐴
 𝑚 = 3−0 = 3
=-1

02. Resposta: D.
𝑘
Chamando os pontos, respectivamente, de A(2, - 3), B(4, 3) e C(5, ) e se esses três pontos estão
2
numa mesma reta, temos:
mAB = mBC (os coeficientes angulares de pontos que estão na mesma reta são iguais)
yB −yA yC −yB
=
xB −xA xC −xB

k
3−(−3) −3
= 2
4−2 5−4

k−6
6
2
= 1
2

k−6
3=
2
k–6=6
k=6+6
k = 12

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
416
03. Respostas:
Utilizar a fórmula y – yo = m(x – xo), onde xo e yo são do ponto P.
a) y – 4 = 7(x – 1)
b) y – (- 1) = 3.(x – 0)  y + 1 = 3.(x – 0)
c) y – 5 = - 2(x – (-2))  y – 5 = - 2(x + 2)

04. Resposta: D.
xo = - 3, yo = 4 e m = 1/2. Nesta questão as alternativas estão na forma de equação geral, então
temos que desenvolver a equação fundamental.
y – yo = m(x – xo)
1
y – 4 = 2.(x – (-3)) (passamos o 2 multiplicando o 1° membro da equação)
2.(y – 4) = 1(x + 3)
2y – 8 = x + 3
2y – 8 – x – 3 = 0
- x + 2y – 11 = 0 .(- 1)
x – 2y + 11 = 0

05. Resposta: A.
O coeficiente angular é dado por 𝑚 = 𝑡𝑔𝛼.
𝑚 = 𝑡𝑔45°  m = 1

06. Resposta: C.
xo = 3, yo = 5 e 𝑚 = 𝑡𝑔45° = 1. As alternativas estão na forma de equação reduzida, então:
y – yo = m(x – xo)
y – 5 = 1.(x – 3)
y–5=x–3
y=x–3+5
y=x+2

07. Resposta: B.
Dada a equação geral da reta, para determinar a reduzida basta isolar o y.
- 2x + 4y + 12 = 0
4y = 2x – 12 (passamos o 4 dividindo para o segundo membro separadamente cada termo)
2𝑥 12
𝑦= 4
− 4

𝑥
𝑦 = 2−3

08. Respostas: a) 2x – y + 1 = 0; b) x – 2y – 2 = 0
Primeiro calcular o coeficiente angular e depois podemos escolher qualquer um dos pontos A ou B
para ter o valor de xo e yo.
∆𝑦 5−3
a) 𝑚𝐴𝐵 = ∆𝑥  𝑚𝐴𝐵 = 2−1 = 2

𝑦 − 𝑦0 = 𝑚(𝑥 − 𝑥0 )

y – 3 = 2.(x – 1)
y – 3 = 2x – 2
y – 3 – 2x + 2 = 0
- 2x + y – 1 = 0 (não é obrigatório, porém é bom que o a seja um número positivo)
- 2x + y – 1 = 0 x(-1)
2x – y + 1 = 0

1−(−1) 1+1 2 1
b) 𝑚𝐴𝐵 = 4−0
= 4
=4=2
1
y – 1 = 2.(x – 4) (o dois passa multiplicando o 1° membro da equação)
2.(y – 1) = x – 4
2y – 2 – x + 4 = 0

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
417
- x + 2y + 2 = 0 x(-1)
x – 2y – 2 = 0

09. Resposta: A.
No ponto P x = 1 e y = a, basta substituir esses valores na equação.
2x – 3y + 7 = 0
2.1 – 3.a + 7 = 0
2 – 3a + 7 = 0
- 3a = - 2 – 7
- 3a = - 9 x(-1)
3a = 9
a=9:3
a=3

10. Respostas: a)1 ; b) -2/3 ; c)0 ; d) não existe


−a
Utilizar a fórmula m = b .
a) x – y + 3 = 0  a = 1 e b = - 1
−1
𝑚= =1
−1

b) 2x + 3y – 1 = 0  a = 2 e b = 3
−2
𝑚= 3

c) 2y – 4 = 0  a = 0 e b = 2
−0
𝑚= =0
2

d) 3x + 5 = 0  a = 3 e b = 0
−3
𝑚 = 0 = ∄ (não existe)

11. Resposta: B.
−𝑎
Vamos denominar as retas de (r) x + ay – 3 = 0 e (s) 2x – y + 5 = 0 e utilizando a fórmula 𝑚 = 𝑏 para
calcular o coeficiente angular das retas.
−1
(r) a = 1 e b = a  𝑚𝑟 = 𝑎
−2
(s) a = 2 e b = - 1  𝑚𝑠 = −1 = 2

para que r e s sejam paralelas: mr = ms


−1 2
𝑎
=1

2a = - 1
−1
𝑎= = −0,5
2

12. Resposta: D.
Na reta (r)  a = 2 e b = - m, na reta (s)  a = n e b = 3.
−2 2 −𝑛
𝑚𝑟 = −𝑚 = 𝑚 e 𝑚𝑠 = 3

Retas paralelas: mr = ms
2 −𝑛
𝑚
= 3
 −𝑚. 𝑛 = 3.2  −𝑚. 𝑛 = 6 x(-1)  𝑚. 𝑛 = −6

13. Resposta: B.
Dois dos coeficientes angulares dados são 1 e – 1. O produto destes dois coeficientes é 1.(-1) = - 1.
Logo se o produto dos coeficientes angulares de duas retas é igual a – 1 então as retas são
perpendiculares, portanto, o triângulo é retângulo.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
418
14. Resposta: A.
Na reta (r)  a = a e b = - 2, na reta (s) a = 2 e b = 1
−𝑎 𝑎 −2
𝑚𝑟 = −2 = 2 e 𝑚𝑠 = 1 = −2

Retas perpendiculares: mr.ms = - 1


−𝑎
2
. −2 = −1  - a = - 1 x(-1)  a = 1

15. Resposta: C.
A reta r tem a = 3, b = 4 e c = 15
|3𝑥+4𝑦+15|
𝑑𝑃,𝑟 = 2 2
 substituindo x = 1 e y = 3 (coordenadas do ponto P)
√𝑎 +𝑏
|3.1+4.3+15| |3+12+15| |30| 30
𝑑𝑃,𝑟 = = = = =6
√32 +42 √9+16 √25 5

16. Resposta: D.
Na reta r (r) a = 3 e b = 4.
𝑑𝑃,𝑟 = 22

|3𝑥+4𝑦|
= 22 (substituindo x = a e y = 2a)
√𝑎 2 +𝑏2

|3.𝑎+4.2𝑎| |3𝑎+8𝑎| |11𝑎| |11𝑎|


= 22  = 22  = 22  = 22  |11𝑎| = 5.22
√32 +42 √9+16 √25 5

|11𝑎| = 110, então:


11a = 110 ou 11a = - 110
a = 110 : 11 a = - 110 : 11
a = 10 a = - 10

Como P pertence ao 1° quadrante, a > 0, portanto a = 10

17. Resposta: A.
Nas duas equações a = 5 e b = 12, porém c = - 15 e c’ = - 2.
|𝑐−𝑐′|
𝑑𝑟,𝑠 = 2 2
√𝑎 +𝑏

|−15−(−2)| |−15+2| |−13| 13


𝑑𝑟,𝑠 = = = = 13 = 1
√52 +122 √25+144 √169

18. Resposta: D.
Teórico.

19. Respostas:
−𝑎 −4
a) 𝑚𝑟 = 𝑏  𝑚𝑟 = 2 = - 2

b) se r e s são perpendiculares, os coeficientes são inversos e opostos. Portanto se 𝑚𝑟 = −2 


1
𝑚𝑠 = 2 (um é positivo e o outro é negativo; o inverso de 2 é ½). O ponto P nos dá o valor de xo e yo.
𝑦 − 𝑦0 = 𝑚. (𝑥 − 𝑥0 )
1
𝑦 − (−1) = 2 . (𝑥 − 2)
2. (𝑦 + 1) = 1. (𝑥 − 2)
2𝑦 + 2 = 𝑥 − 2
𝑥 − 2 − 2𝑦 − 2 = 0
𝑥 − 2𝑦 − 4 = 0

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
419
INEQUAÇÃO DO 1º GRAU COM DUAS INCÓGNITAS

É comum aparecerem regiões do plano cartesiano delimitado por retas. Vejamos a figura abaixo:

A essas regiões podemos associar expressões do tipo ax + by +c < 0 ou ax + by +c ≤ 0, assim como


expressões similares, as quais constituem as chamadas inequações do 1º grau com duas variáveis ou
incógnitas.

Exemplo:

1) A região sombreada da figura abaixo, a qual é definida pela reta r: 3x + 4y – 12 = 0, pode ser
expressa por meio da inequação:
3x + 4y – 12 > 0

Com efeito, a reta r divide o plano em dois semiplanos opostos. Como os pontos (x0, y0) de um mesmo
semiplano, relativamente à reta ax + by + c = 0, conferem à expressão ax0 + by0 + c o mesmo sinal,
resta apenas dúvida: “qual desigualdade, entre 3x + 4y – 12 > 0 e 3x + 4y – 12 < 0 devemos escolher?

Tal escolha deve se a “experimentação” das coordenadas de um Ponto P qualquer, P ∉ r, na equação


da reta delimitadora dos semiplanos.

Seja P(0,0); fazendo:

E = - 12 < 0

Como a origem não está contida na região sombreada, é de se supor que, para qualquer ponto da
região sombreada, ocorra a outra hipótese, isto é, E > 0 (sinal escolhido).
Assim, 3x + 4y – 12 > 0 é a inequação que expressa a região assinalada.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
420
ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

Os elementos principais de uma circunferência são o centro e o raio. Na geometria analítica o raio é
representado por r e o centro por C(a, b).

Equação Reduzida de uma circunferência


Considerando uma circunferência de centro C e raio r; e sendo P(x, y) um ponto genérico dessa
circunferência, temos que a distância entre C e P é igual ao raio.

𝐝𝐂𝐏 = 𝐫
√(𝐱 − 𝐚)𝟐 + (𝐲 − 𝐛)𝟐 = 𝐫
- elevamos os dois membros da equação acima ao
quadrado:
𝟐
(√(𝐱 − 𝐚)𝟐 + (𝐲 − 𝐛)𝟐 ) = 𝐫 𝟐
- então, temos a seguinte fórmula:
(𝐱 − 𝐚)𝟐 + (𝐲 − 𝐛)𝟐 = 𝐫 𝟐

Exemplo: Determinar a equação reduzida da circunferência que tem centro C(3, 2) e raio r = 5.

Resolução:
As coordenadas do centro são os valores de a e b para substituir na fórmula.
(𝑥 − 𝑎)2 + (𝑦 − 𝑏)2 = 𝑟 2
(x – 3)2 + (y – 2)2 = 52
(x – 3)2 + (y – 2)2 = 25

Equação Geral de uma circunferência


Para se obter a equação geral de um circunferência basta fazer o desenvolvimento da equação
reduzida:

(x − a)2 + (y − b)2 = r 2
x 2 − 2ax + a2 + y 2 − 2by + b2 = r 2

𝐱 𝟐 + 𝐲 𝟐 − 𝟐𝐚𝐱 − 𝟐𝐛𝐲 + 𝐚𝟐 + 𝐛𝟐 − 𝐫 𝟐 = 𝟎

Observações:
- numa equação de circunferência:
1) sempre começa por x2 + y2.....
2) não existe termo xy.
3) r > 0

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
421
Questões

01. Uma circunferência tem centro C(2, 4) e raio 5. A equação reduzida dessa circunferência é:
(A) (x – 2)2 + (y + 4)2 = 25
(B) (x + 2)2 + (y + 4)2 = 25
(C) (x – 2)2 + (y – 4)2 = 5
(D) (x – 2)2 + (y – 4)2 = 25
(E) (x + 2)2 + (y – 4)2 = 25

02. (VUNESP) A equação da circunferência, com centro no ponto C(2, 1) e que passa pelo ponto
P(0, 3), é:
(A) x2 + (y – 3)2 = 0
(B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 4
(C) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
(D) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 16
(E) x2 + (y – 3)2 = 8

03. (CESGRANRIO-RJ) Uma equação da circunferência de centro C(- 3, 4) e que tangencia o eixo x
é:
(A) (x – 3)2 + (y – 4)2 = 16
(B) (x – 3)2 + (y – 4)2 = 9
(C) (x + 3)2 + (y + 4)2 = 16
(D) (x + 3)2 + (y – 4)2 = 9
(E) (x + 3)2 + (y – 4)2 = 16

04. Uma circunferência tem equação reduzida (x – 3)2 + (y – 5)2 = 49, o centro e o raio dessa
circunferência igual a:
(A) C(3, 5) e r = 7
(B) C(- 3, 5) e r = 7
(C) C(- 3, - 5) e r = 49
(D) C(3, - 5) e r = 7
(E) C(3, 5) e r = 49

05. Uma circunferência tem equação geral igual a x2 + y2 – 4x + 2y – 31 = 0, determinar o centro e o


raio dessa circunferência.

Respostas

01. Resposta: D.
Temos C(2, 4), então a = 2 e b = 4; e raio r = 5.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – 2)2 + (y – 4)2 = 52
(x – 2)2 + (y – 4)2 = 25

02. Resposta: C.
Temos que C(2, 1), então a = 2 e b = 1. O raio não foi dado no enunciado.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – 2)2 + (y – 1)2 = r2 (como a circunferência passa pelo ponto P, basta substituir o x por 0 e o y por
3 para achar a raio.
(0 – 2)2 + (3 – 1)2 = r2
(- 2)2 + 22 = r2
4 + 4 = r2
r2 = 8
(x – 2)2 + (y – 1)2 = 8

03. Resposta: E.
Neste caso temos que fazer um gráfico para determinar o raio que não foi dado no enunciado. Porém
foi dito que a circunferência tangencia o eixo x.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
422
Através do gráfico, podemos ver que o raio vale 4 (distância do centro ao ponto de tangência no
eixo x), então: a = - 3 e b = 4.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – (-3))2 + (y – 4)2 = 42
(x + 3)2 + (y – 4)2 = 16

04. Resposta: A.
Através da fórmula (x – a)2 + (y – b)2 = r2.
(x – 3)2 + (y – 5)2 = 49
a = 3 e b = 5  C(3, 5) e r 2 = 49  r = √49  r = 7

05. Resposta: C(2 , - 1) e r = 6


A equação geral é dada por x2 + y2 – 2ax – 2by + a2 + b2 – r2 = 0, para determinar o centro e o raio
temos:
x2 + y2 – 4x + 2y – 31 = 0, o coeficiente de x é – 4 e o coeficiente de y é 2, comparando com a fórmula,
temos que dividir estes coeficientes por – 2 para determinar o centro.
−4 2
C (−2 , −2)  (2, - 1)

Para determinar o raio temos que:


a2 + b2 – r2 = - 31
22 + (-1)2 + 31 = r2
4 + 1 + 31 = r2
r2 = 36
r = √36
r=6

POSIÇÕES RELATIVAS

- DE UM PONTO E UMA CIRCUNFERÊNCIA

Um ponto pode ser:


- Interno;
- Externo ou
- Pertencer a uma dada circunferência de centro C e raio r.

Para conhecermos a posição de um ponto P em relação a uma circunferência basta calcularmos a


sua distância do ponto P ao centro da circunferência e compará-la com medida do raio.

d(P,C)=r(x-a)²+(y-b)²=r²

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
423
(x-a)²+(y-b)²-r²=0 (P)

d(P,C)>r(x-a)²+(y-b)²>r²
(x-a)²+(y-b)²-r²>0 (P é externo a )

d(P,C)>r(x-a)²+(y-b)²<r²
(x-a)²+(y-b)²-r²<0 (P é interno a )

Assim o plano cartesiano fica dividido em três regiões:


- a região dos pontos pertences à circunferência representam as soluções de f(x,y) = 0
- a região dos pontos internos à circunferência representam as soluções de f(x,y) < 0
- a região dos pontos externos à circunferência representam de f(x,y) > 0

Exemplo:
Determinar a posição dos pontos A(-2,3), B(-4,6) e C(4,2) em relação à circunferência de equação x2
+ y2 + 8x – 20 = 0.
Substituindo as coordenadas dos pontos A, B e C no 1º membro da equação da circunferência
obtemos:
A(-2,3)  x = -2 e y = 3
x2 + y2 + 8x – 20 = (-2)2 + 32 + 8.(-2) – 20 = -23 < 0
A é ponto interno.

B(-4,6)  x = -4 e y = 6
x2 + y2 + 8x – 20 = (-4)2 + 62 + 8.(-4) – 20 = 0
B pertence à circunferência.

C(4,2)  x = 4 e y = 2
x2 + y2 + 8x – 20 = 42 + 22 + 8 . 4 – 20 = 32 > 0

- DE UMA RETA E UMA CIRCUNFERÊNCIA

Uma reta l e uma circunferência λ podem ocupar as seguintes posições relativas:

l e λ são secantes

A reta l intercepta a circunferência λ em 2 pontos, e a


distância d entre a reta e o centro da circunferência é
menor que o raio.

l e λ são tangentes

A reta l intercepta a circunferência λ em único ponto de


tangência, e a distância d entre a reta e o centro da
circunferência é igual ao raio.

l e λ são exteriores

A reta l não intercepta a circunferência λ, e a distância d


entre a reta e o centro da circunferência é maior que o raio.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
424
Resumindo
- Para determinarmos a posição relativa entre uma reta e uma circunferência, basta comparar a
distância d (entre a reta e o centro da circunferência) com o raio r.
d(C,l)<r – reta e circunferência secantes
d(C,l)=r – reta e circunferência tangentes
d(C,l)>r – reta e circunferência exteriores

Com isso podemos achar também a posição relativa de uma reta e uma circunferência procurando
os pontos de intersecção da reta com a circunferência. Para isso resolvemos um sistema formado pelas
equações da reta:
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐 = 0
{ 2
𝑥 + 𝑦 2 + 𝛼𝑥 + 𝛽𝑦 + 𝛾 = 0

Com essa resolução caímos em um sistema de equações do 2º grau e através do discriminante (Δ)
encontramos as seguintes condições:
Para >0 a reta é secante à circunferência (2 pontos comuns)
Para =0 a reta é tangente à circunferência (1 ponto comuns)
Para <0 a reta é exterior à circunferência (nenhum ponto comum)

Exemplo:
1) Verifique a posição relativa entre a reta s: 3x + y – 13 = 0 e a circunferência de equação (x – 3)2 +
(y – 3)2 = 25.
Solução: Devemos calcular a distância entre o centro da circunferência e a reta s e comparar com a
medida do raio. Da equação da circunferência, obtemos:
x0 = 3 e y0 = 3 → O(3, 3)
r2 = 25 → r = 5
Vamos utilizar a fórmula da distância entre ponto e reta para calcular a distância entre O e s.

Da equação geral da reta, obtemos:


a = 3, b = 1 e c = – 13
Assim,

Como a distância entre o centro O e a reta s é menor que o raio, a reta s é secante à circunferência.

Questões

01. (ITA-SP) A distância entre os pontos de intersecção da reta com a circunferência x² + y² = 400
é:
(A) 16√5
(B) 4√5
(C) 3√3
(D) 4√3
(E) 5√7

02. (UFRS) O valor de k que transforma a equação x² + y² – 8x + 10y + k = 0 na equação de uma


circunferência de raio 7 é:
(A) –4
(B) –8
(C) 5
(D) 7
(E) –5

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
425
Respostas

01. Resposta: A.
Resolver o sistema de equações:

Simplificando a 1ª equação:

Substituindo x na 2ª equação:
x² + y² = 400
x² + (20 – 2x)² = 400
x² + 400 – 80x + 4x² ¬– 400 = 0
5x² – 80x = 0
5x * (x – 16) = 0
5x = 0
x’ = 0
x – 16 = 0
x’’ = 16

Para x = 0, temos:
y = 20 – 2x
y = 20 – 2*0
y = 20
(0; 20)

Para x = 16, temos:


y = 20 – 2x
y = 20 – 2 * 16
y = 20 – 32
y = – 12
(16; –12)

Os pontos de intersecção são (0; 20) e (16; –12).


Determinando a distância entre os pontos:

02. Resposta: B.
x² + y² – 8x + 10y + k = 0
Encontrar a equação reduzida (completar os trinômios)
x² – 8x + y² + 10y = –k
x² – 8x + 4 + y² + 10y + 25 = – k + 4 + 25
(x – 4)² + (x + 5)² = –k + 41
Temos que o raio será dado por:
–k + 41 = 7²
–k = 49 – 41
–k = 8
k=8

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
426
- ENTRE DUAS CIRCUNFERÊNCIAS
Duas circunferências distintas, podem ter dois, um ou nenhum ponto em comum.

1. Circunferências tangentes.

a) Tangentes externas
Duas circunferências são tangentes internas quando possuem somente um ponto em comum e uma
exterior à outra. A condição para que isso ocorra é que a distância entre os centros das duas
circunferências seja equivalente à soma das medidas de seus raios.

dOC = r1 + r2

b) Tangentes internas
Duas circunferências são tangentes internas quando possuem apenas um ponto em comum e uma
esteja no interior da outra. A condição para que isso ocorra é que a distância entre os dois centros seja
igual à diferença entre os dois raios.

dOC = r1 . r2

2. Circunferências externas.
Duas circunferências são consideradas externas quando não possuem pontos em comum. A
condição para que isso ocorra é que a distância entre os centros das circunferências deve ser maior
que a soma das medidas de seus raios.

dOC > r1 + r2
3. Circunferências secantes.
Duas circunferências são consideradas secantes quando possuem dois pontos em comum. A
condição para que isso aconteça é que a distância entre os centros das circunferências deve ser menor
que a soma das medidas de seus raios.

dOC < r1 + r2

4. Circunferências internas.
Duas circunferências são consideradas internas quando não possuem pontos em comum e uma está
localizada no interior da outra. A condição para que isso ocorra é que a distância entre os centros das
circunferências deve ser equivalente à diferença entre as medidas de seus raios.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
427
dOC < r1 . r2
5. Circunferências concêntricas.
Duas circunferências são consideradas concêntricas quando possuem o centro em comum. Nesse
caso, a distância entre os centro é nula.

dOC = 0
Exemplo:
1) Dadas as circunferências λ e σ, de equações:
λ: x2 + y2 = 9
σ: (x – 7)2 + y2 = 16
Verifique a posição relativa entre elas.

Para resolução do problema devemos saber as coordenadas do centro e a medida do raio de cada
uma das circunferências. Através da equação de cada uma podemos encontrar esses valores.
Como a equação de toda circunferência é da forma: (x – x0)2 + (y – y0)2 = r2, teremos:

Conhecidos os elementos de cada uma das circunferências, vamos calcular a distância entre os
centros, utilizando a fórmula da distância entre dois pontos.

Questões

01. (PUC-SP) O ponto P(3, b) pertence à circunferência de centro no ponto C(0, 3) e raio 5. Calcule
o valor da coordenada b.

02. (FEI-SP) Determine a equação da circunferência com centro no ponto C(2, 1) e que passa pelo
ponto A(1, 1).

03. (ITA-SP) Qual a distância entre os pontos de intersecção da reta com a circunferência x² + y² =
400?

Respostas

01. A equação da circunferência que possui centro C(0, 3) e raio r = 5 é dada por:
(x – 0)² + (y – 3)² = 5² → x² + (y – 3)² = 25.
Sabendo que o ponto (3, b) pertence à circunferência, temos que:
3² + (b – 3)² = 25 → 9 + (b – 3)² = 25 → (b – 3)² = 25 – 9 → (b – 3)² = 16
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
428
b–3=4→b=4+3→b=7
b–3=–4→b=–4+3→b=–1
O valor da coordenada b pode ser –1 ou 7.

02. Sabendo que o ponto A(1 ,1) pertence à circunferência e que o centro possui coordenadas C(2,
1), temos que a distância entre A e C é o raio da circunferência. Dessa forma temos que d(A, C) = r.

Se o raio da circunferência é igual a 1 e o centro é dado por (2, 1), temos que a equação da
circunferência é dada por: (x – 2)² + (y – 1)² = 1.

03. Vamos obter os pontos de intersecção da reta e da circunferência através da resolução do


seguinte sistema de equações:

Resolvendo o sistema por substituição:


2x + y = 20
y = 20 – 2x
Substituindo y na 2ª equação:
x² + y² = 400
x² + (20 – 2x)² = 400
x² + 400 – 80x + 4x² = 400
5x² – 80x + 400 – 400 = 0
5x² – 80x = 0
5x * (x – 16) = 0
5x = 0

x’ = 0
x – 16 = 0
x’’ = 16
Substituindo x = 0 e x = 16, na equação y = 20 – 2x:
x=0
y = 20 – 2 * 0
y = 20
S = {0, 20}

x = 16
y = 20 – 2 * 16
y = 20 – 32
y = – 12
S = {16, –12}

Os pontos de intersecção são: {0, 20} e {16, –12}. Vamos agora estabelecer a distância entre eles:

A distância entre os pontos de intersecção da reta e da circunferência é igual a 16√5.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
429
INEQUAÇÕES DO 2º GRAU COM DUAS INCÓGNITAS

Quando estudamos as posições relativas entre um ponto e uma circunferência devemos conhecer
um método para resolver inequações do 2º grau da forma f(x,y) > 0 ou f(x,y) < 0, em que f(x,y) = 0 é a
equação de uma circunferência com coeficiente de x2 positivo.

Dada a circunferência λ de equação f(x,y) = (x – a)2 + (y – b)2 – r2 = 0 , o plano cartesiano fica dividido
em três subconjuntos:

- subconjunto dos pontos (x,y) exteriores a λ, que é a solução para f(x,y) > 0;

- subconjunto dos pontos (x,y) pertecentes a λ, que é a solução para f(x,y) = 0;

- subconjunto dos pontos (x,y) interiores a λ, que é a solução para f(x,y) < 0;

Vejamos o exemplo:

1) Encontre a solução de x2 + y2 – 2x + 6y + 6 ≤ 0
Resolvendo temos:
F(x,y) = x2 + y2 – 2x + 6y + 6 = (x – 1)2 – 1 + (y + 3)2 – 9 + 6 = (x – 1)2 + (y + 3)2 - 4
Sabendo que f(x,y) = 0 é a equação da circunferência λ de centro C(1, -3) e raio 2.

O conjunto dos pontos que tornam f(x,y) ≤ 0 é o conjunto dos pontos interiores a λ, reunidos com os
pontos de λ.
Se pegarmos como exemplo o ponto P(1, -2), temos para suas coordenadas:
F(1, -2) = 12 + (-2)2 – 2.1 + 6.(-2) + 6 = -3 ≤ 0

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
430
15) Números complexos a) O número "i". b) Conjugado e módulo de
um número complexo. c) Representação algébrica e trigonométrica
de um número complexo. d) Operações nas formas algébrica e
trigonométrica.

Quantas vezes, ao calcularmos o valor de Delta (b2- 4ac) na resolução da equação do 2º grau, nos
deparamos com um valor negativo (Delta < 0). Nesse caso, sempre dizemos ser impossível a raiz no
universo considerado (normalmente no conjunto dos reais- R).
No século XVIII, o matemático suíço Leonhard Euler passou a representar √−1 por i, convenção que
utilizamos até os dias atuais.
Assim: √−1 = i , que passamos a chamar de unidade imaginária.
A partir daí, vários matemáticos estudaram este problema, sendo Gauss e Argand os que realmente
conseguiram expor uma interpretação geométrica num outro conjunto de números, chamado de
números complexos, que representamos por C.

Números Complexos
Chama-se conjunto dos números complexos, e representa-se por C, o conjunto de pares ordenados,
ou seja:
z = (x, y)
onde x ∈ a R e y ∈ a R.

Então, por definição, se z = (x, y) = (x,0) + (y, 0)(0,1) onde i = (0,1), podemos escrever que:
z = (x, y) = x + yi

Exemplos:
(5, 3) = 5 + 3i
(2, 1) = 2 + i
(-1, 3) = - 1 + 3i

Dessa forma, todo o números complexo z = (x, y) pode ser escrito na forma z = x + yi, conhecido
como forma algébrica, onde temos:
x = Re(z), parte real de z
y = Im(z), parte imaginária de z

Igualdade entre números complexos: Dois números complexos são iguais se, e somente se,
apresentam simultaneamente iguais a parte real e a parte imaginária. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di,
temos que:
z1 = z2 <==> a = c e b = d

Adição de números complexos: Para somarmos dois números complexos basta somarmos,
separadamente, as partes reais e imaginárias desses números. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos
que:
z1 + z2 = (a + c) + (b + d)i

Subtração de números complexos: Para subtrairmos dois números complexos basta subtrairmos,
separadamente, as partes reais e imaginárias desses números. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos
que:
z1 – z2 = (a - c) + (b - d)i

Multiplicação de números complexos: Para multiplicarmos dois números complexos basta


efetuarmos a multiplicação de dois binômios, observando os valores das potência de i. Assim, se z1 = a
+ bi e z2 = c + di, temos que:
z1.z2 = a.c + a.di + b.ci + b.di2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
431
Como i2 = -1, temos:
z1.z2= ac + adi + bci - bd
Agrupando os membros:
z1.z2= ac – bd + adi + bci  (ac – bd) + (ad + bc)i

Nota: As propriedades da adição, subtração e multiplicação válidas para os Reais são válidas para
os números complexos.

Conjugado de um número complexo: Dado z = a + bi, define-se como conjugado de z (representa-


se por 𝑧̅) ==> 𝑧̅ = a - bi
Exemplo:
z = 3 - 5i ==> 𝑧̅ = 3 + 5i
z = 7i ==> 𝑧̅ = - 7i
z = 3 ==> 𝑧̅ = 3

Propriedade:
O produto de um número complexo pelo seu conjugado é sempre um número real.
𝑧. 𝑧̅ ∈ 𝑅

Divisão de números complexos: Para dividirmos dois números complexos basta multiplicarmos o
numerador e o denominador pelo conjugado do denominador. Assim, se z1= a + bi e z2= c + di, temos
que:
𝑧1 𝑎 + 𝑏𝑖 (𝑐 − 𝑑𝑖) 𝑎𝑐 − 𝑎𝑑𝑖 + 𝑏𝑐𝑖 − 𝑏𝑑𝑖 2 (𝑎𝑐 + 𝑏𝑑) + (𝑏𝑐 − 𝑎𝑑)𝑖
= . = =
𝑧2 𝑐 + 𝑑𝑖 (𝑐 − 𝑑𝑖) 𝑐 2 − 𝑐𝑑𝑖 + 𝑑𝑖𝑐 − 𝑑2 𝑖 2 𝑐 2 + 𝑑2

𝑧1 𝑎𝑐 + 𝑑𝑏 𝑏𝑐 − 𝑎𝑑
=( 2 ) + ( )𝑖
𝑧2 𝑐 + 𝑑2 𝑐 2 + 𝑑2

Potências de i
Se, por definição, temos que i = - (-1)1/2, então:
i0 = 1
i1 = i
i2 = -1
i3 = i2.i = -1.i = -i
i4 = i2.i2=-1.-1= 1
i5 = i4. 1=1.i= i
i6 = i5. i =i.i=i2= -1
i7 = i6. i =(-1).i= -i ......

Observamos que no desenvolvimento de in (n pertencente a N, com n variando, os valores repetem-


se de 4 em 4 unidades. Desta forma, para calcularmos in basta calcularmos ir onde r é o resto da divisão
de n por 4.
Exemplo: i63 => 63 / 4 dá resto 3, logo i63= i3 = -i

Módulo de um número complexo: Dado z = a+bi, chama-se módulo de z, indicado por |z| ou 𝜌 , a
distância entre a origem (O) do plano de Gauss e o afixo de z (P).
| z |= 𝜌 =√ 𝑎2 + 𝑏 2

Interpretação geométrica: Como dissemos, no início, a interpretação geométrica dos números


complexos é que deu o impulso para o seu estudo. Assim, representamos o complexo z = a+bi da
seguinte maneira

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
432
Em particular temos que:
𝜃 = 0°, 𝑠𝑒 𝑎 > 0
𝑎 ≠0 𝑒𝑏=0→{
𝜃 = 180°, 𝑠𝑒 𝑎 < 0

𝜃 = 90°, 𝑠𝑒 𝑏 > 0
𝑎 =0 𝑒𝑏≠0→{
𝜃 = 270°, 𝑠𝑒 𝑏 < 0

Forma polar dos números complexos: Da interpretação geométrica, temos que:


𝑧1= 𝜌1 (𝑐𝑜𝑠𝜃1 + 𝑖. 𝑠𝑒𝑛𝜃1 )
𝑧2= 𝜌2 (𝑐𝑜𝑠𝜃2 + 𝑖. 𝑠𝑒𝑛𝜃2 )

Que é conhecida como forma polar ou trigonométrica de um número complexo.

Exemplo:
𝜌=2 𝜋 𝜋
1º) 𝑧 = √3 + 𝑖 ⟹ { 𝜋 ⟹ 𝑧 = 2. (𝑐𝑜𝑠 + 𝑖. 𝑠𝑒𝑛 )
𝜃= 6 6
6

A multiplicação de dois números complexos na forma polar:


A = |A| [cos(a) + i sen(a)]
B = |B| [cos(b) + i sen(b)]

É dada pela Fórmula de De Moivre:


AB = |A||B| [cos(a + b) + i sen(a + b)]
Isto é, para multiplicar dois números complexos em suas formas trigonométricas, devemos multiplicar
os seus módulos e somar os seus argumentos.
Se os números complexos A e B são unitários então |A|=1 e |B|=1, e nesse caso
A = cos(a) + i sen(a)
B = cos(b) + i sen(b)

Multiplicando A e B, obtemos
AB = cos(a + b) + i sen(a + b)

Existe uma importantíssima relação matemática, atribuída a Euler (lê-se "óiler"), garantindo que para
todo número complexo z e também para todo número real z:
eiz = cos(z) + i sen(z)

Tal relação, normalmente é demonstrada em um curso de Cálculo Diferencial, e, ela permite uma
outra forma para representar números complexos unitários A e B, como:
A = eia = cos(a) + i sen(a)
B = eib = cos(b) + i sen(b)

Onde a é o argumento de A e b é o argumento de B. Assim, ei(a+b) = cos(a + b) + isen(a + b)

Por outro lado ei(a+b) = eia . eib = [cos(a) + isen(a)] [cos(b) + isen(b)]

E desse modo ei(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b) + i [cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)]


Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
433
Para que dois números complexos sejam iguais, suas partes reais e imaginárias devem ser iguais,
logo
cos(a + b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
sen(a + b) = cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)

Para a diferença de arcos, substituímos b por -b nas fórmulas da soma


cos(a + (-b)) = cos(a)cos(-b) - sen(a)sen(-b)
sen(a + (-b)) = cos(a)sen(-b) + cos(-b)sen(a)

Para obter
cos(a - b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
sen(a - b) = cos(b)sen(a) - cos(a)sen(b)

Operações na forma polar

Sejam z1=𝜌1(cos 𝜃1+ i sen𝜃1 ) e z2=𝜌1(cos𝜃2 +i sen𝜃2 ). Então, temos que:

a) Multiplicação

b) Divisão

c) Potenciação

d) Radiciação

para n = 0, 1, 2, 3, ..., n-1

Questões

01. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Assinale a alternativa que apresenta o módulo do número
complexo abaixo.

(1 + 2𝑖)2
𝑧=
𝑖
(A) 36.
(B) 25.
(C) 5.
(D) 6.

02. (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Considere a igualdade x + (4 + y) . i = (6 − x) +


2yi , em que x e y são números reais e i é a unidade imaginária. O módulo do número complexo z = x +
yi, é um número
(A) maior que 10.
(B) quadrado perfeito.
(C) irracional.
(D) racional não inteiro.
(E) primo.

03. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) Assinale a alternativa correspondente à forma


trigonométrica do número complexo z=1+i:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
434
𝜋 𝜋
(A) 𝒛 = √2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4
𝜋 𝜋
(B) 𝑧 = 2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4

√2 𝜋 𝜋
(C) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 4 4
1 𝜋 𝜋
(D) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 4 4

√2 𝜋 𝜋
(E) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 3 3

04. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) O valor do módulo do número complexo (i62+i123)


é:
(A) Um número natural.
(B) Um número irracional maior que 5.
(C) Um número racional menor que 2.
(D) Um número irracional maior que 3.
(E) Um número irracional menor que 2.

1+√5𝑖
05. (Professor/Pref Itaboraí) O inverso do número complexo 2
é:
1 + √5𝑖
(𝐴)
2

1 − √5𝑖
(𝐵)
2

(C) 1 − √5𝑖

1 + √5𝑖
(𝐷)
3

1 − √5𝑖
(𝐸)
3
1+2𝑖
06. (UFPA) A divisão dá como resultado
1−𝑖
−1 3
(A) 2
− 2𝑖

1 3
(B) 2
+ 2𝑖

−1 3
(C) 2
+ 2𝑖

1 3
(D) − 𝑖
2 2

07. (PUC-SP) Se f(z) z2 z 1, então f(1i) é igual a:


(A) i
(B) i 1
(C) i
(D) i 1
(E) i 1

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
435
08. (UCMG) O complexo z, tal que 5z + z- = 12 +16i , é igual a :
(A) - 2 + 2i
(B) 2 - 3i
(C) 1 + 2i
(D) 2 + 4i
(E) 3 + i

2+3𝑖
09. (Viçosa – MG) A parte real de 2−3𝑖 é:
(A) -2/13
(B) -5/13
(C) -1/13
(D) -4/13
2−𝑖
10. (Mack – SP) O conjugado de 𝑖
, vale:
(A) 1 - 2i
(B) 1 + 2i
(C) 1 + 3i
(D) -1 + 2i
(E) 2 - i

Respostas

01. Resposta: C.
1 + 4𝑖 − 4 −3 + 4𝑖 𝑖
𝑧= = ∙ = 3𝑖 + 4
𝑖 𝑖 𝑖
√ 2
|𝑧| = 3 + 4² = 5

02. Resposta: E.
x=6-x
x=3
4+y=2y
y=4
|𝑧| = √32 + 4² = 5

03. Resposta: A.
𝜌 = √12 + 1² = √2
1 √2
𝑐𝑜𝑠𝜃 = = = 𝑠𝑒𝑛𝜃
√2 2
𝜋
𝜃=
4
𝜋 𝜋
𝑧 = √2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4

04. Resposta: E.
62/4=15 e resto 2 então i62=i2= -1
123/4=30 e resto 3 então i123=i3=-i, como 𝑖 = √−1
𝑖 62 + 𝑖 123 = −1 − √−1

05. Resposta: E.
O inverso de z é 1/z :
2 2 1 − √5𝑖 2 − 2√5𝑖 2 − 2√5𝑖 2 − 2√5𝑖 1 − √5𝑖
= . = = = =
1 + √5𝑖 1 + √5𝑖 1 − √5𝑖 12 − (√5𝑖)2 1 − 5𝑖 2 6 3

06. Resposta: C.
Temos q a = 1; b = 2 ; c = 1; d = - 1
Através da fórmula já vista vamos efetuar a divisão:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
436
𝑎𝑐 + 𝑑𝑏 𝑏𝑐 − 𝑎𝑑 1.1 + (−1). 2 2.1 − (1. (−1))
( 2 ) + ( ) 𝑖 → ( ) + ( )𝑖 →
𝑐 + 𝑑2 𝑐 2 + 𝑑2 12 + (−1)2 12 + (−1)2

1−2 2+1 −1 3
+ 𝑖→ + 𝑖
2 2 2 2

07. Resposta: C.
f(z) = z2 – z + 1  (1 - i)2 – (1 - i) + 1  1 - 2i + i2 – 1 + i +1  i2 – i + 1 ; como i2 = - 1, então: - 1 – i
+1=-i

08. Resposta: D.
A formula do número complexo é z = a + bi
Logo temos:
5.(a + bi) + (a - bi) = 12 + 16i  5a + 5bi + a – bi = 12 + 16i  6a + 4bi = 12 + 16i , para um número
complexo ser igual ao outro, vamos igualar a parte real com a imaginária:
6a = 12  a = 2 ; 4bi = 16i  b = 4
Montando o complexo: z = a + bi  z = 2 + 4i

09. Resposta: B.
𝑎𝑐 + 𝑑𝑏 𝑏𝑐 − 𝑎𝑑
( 2 2
)+( 2 )𝑖
𝑐 +𝑑 𝑐 + 𝑑2

Como queremos a parte real, vamos utilizar a primeira parte da fórmula:


2.2 + 3. (−3) 4 − 9 −5
( 2 2
)= =
2 + (−3) 4 + 9 13

10. Resposta: D.
Vamos multiplicar o denominador e numerador pelo conjugado do denominador – i. Lembre-se que
2
i =-1

2 − 𝑖 −𝑖 −2𝑖 + 𝑖 2 −2𝑖 − 1
. → → → −2𝑖 − 1
𝑖 −𝑖 −𝑖 2 −(−1)
Temos que o conjugado de um número complexo é: a + bi  a - bi, logo
-1 – 2i  -1 + 2i

16) Polinômios a) Função polinomial; polinômio identicamente nulo;


grau de um polinômio; identidade de um polinômio, raiz de um
polinômio; operações com polinômios; valor numérico de um
polinômio. b) Divisão de polinômios, Teorema do Resto, Teorema de
D'Alembert, dispositivo de Briot-Ruffini.
17) Equações polinomiais a) Definição, raízes e multiplicidade. b)
Teorema Fundamental da Álgebra. c) Relações entre coeficientes e
raízes. d) Raízes reais e complexas.

Para polinômios podemos encontrar várias definições diferentes como:


Polinômio é uma expressão algébrica com todos os termos semelhantes reduzidos.
- 3xy é monômio, mas também considerado polinômio, assim podemos dividir os polinômios em
monômios (apenas um monômio), binômio (dois monômios) e trinômio (três monômios).
- 3x + 5 é um polinômio e uma expressão algébrica.

Como os monômios, os polinômios também possuem grau e é assim que eles são separados. Para
identificar o seu grau, basta observar o grau do maior monômio, esse será o grau do polinômio.
Com os polinômios podemos efetuar todas as operações: adição, subtração, divisão, multiplicação,
potenciação e radiciação.
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
437
Em resumo:
- Polinômio é uma expressão algébrica racional e inteira, por exemplo:
x2y
3x – 2y
x + y5 + ab

- Monômio é um tipo de polinômio que possui apenas um termo, ou seja, que possui apenas
coeficiente e parte literal. Por exemplo:
a2 → 1 é o coeficiente e a2 parte literal.
3x2y → 3 é o coeficiente e x2y parte literal.
- 5xy6 → -5 é o coeficiente e xy6 parte literal

 Operações com Polinômios

- Adição
O procedimento utilizado na adição e subtração de polinômios envolve técnicas de redução de termos
semelhantes, jogo de sinal, operações envolvendo sinais iguais e sinais diferentes.
Exemplos:
1 - Adicionar x2 – 3x – 1 com –3x2 + 8x – 6.
(x2 – 3x – 1) + (– 3x2 + 8x – 6) → eliminar o segundo parênteses através do jogo de sinal.
+ (– 3x2) = – 3x2
+ (+ 8x) = + 8x
+ (– 6) = – 6
x2 – 3x – 1 –3x2 + 8x – 6 → reduzir os termos semelhantes.
x2 – 3x2 – 3x + 8x – 1 – 6
– 2x2 + 5x – 7
Portanto: (x2 – 3x – 1) + (– 3x2 + 8x – 6) = – 2x2 + 5x – 7

2 - Adicionando 4x2 – 10x – 5 e 6x + 12, teremos:


(4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) → eliminar os parênteses utilizando o jogo de sinal.
4x2 – 10x – 5 + 6x + 12 → reduzir os termos semelhantes.
4x2 – 10x + 6x – 5 + 12
4x2 – 4x + 7
Portanto: (4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) = 4x2 – 4x + 7

 Subtração
Exemplos:
1 - Subtraindo – 3x2 + 10x – 6 de 5x2 – 9x – 8.
(5x2 – 9x – 8) – (– 3x2 + 10x – 6) → eliminar os parênteses utilizando o jogo de sinal.
– (– 3x2) = + 3x2
– (+ 10x) = – 10x
– (– 6) = + 6
5x2 – 9x – 8 + 3x2 –10x +6 → reduzir os termos semelhantes.
5x2 + 3x2 – 9x –10x – 8 + 6
8x2 – 19x – 2
Portanto: (5x2 – 9x – 8) – (– 3x2 + 10x – 6) = 8x2 – 19x – 2

2 - Se subtrairmos 2x³ – 5x² – x + 21 e 2x³ + x² – 2x + 5 teremos:


(2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) → eliminando os parênteses através do jogo de sinais.
2x³ – 5x² – x + 21 – 2x³ – x² + 2x – 5 → redução de termos semelhantes.
2x³ – 2x³ – 5x² – x² – x + 2x + 21 – 5
0x³ – 6x² + x + 16
– 6x² + x + 16
Portanto: (2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) = – 6x² + x + 16

3 - Considerando os polinômios A = 6x³ + 5x² – 8x + 15, B = 2x³ – 6x² – 9x + 10 e C = x³ + 7x² + 9x +


20. Calcule:
a) A + B + C
(6x³ + 5x² – 8x + 15) + (2x³ – 6x² – 9x + 10) + (x³ + 7x² + 9x + 20)

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
438
6x³ + 5x² – 8x + 15 + 2x³ – 6x² – 9x + 10 + x³ + 7x² + 9x + 20
6x³ + 2x³ + x³ + 5x² – 6x² + 7x² – 8x – 9x + 9x + 15 + 10 + 20
9x³ + 6x² – 8x + 45
A + B + C = 9x³ + 6x² – 8x + 45

b) A – B – C
(6x³ + 5x² – 8x + 15) – (2x³ – 6x² – 9x + 10) – (x³ + 7x² + 9x + 20)
6x³ + 5x² – 8x + 15 – 2x³ + 6x² + 9x – 10 – x³ – 7x² – 9x – 20
6x³ – 2x³ – x³ + 5x² + 6x² – 7x² – 8x + 9x – 9x + 15 – 10 – 20
6x³ – 3x³ + 11x² – 7x² – 17x + 9x + 15 – 30
3x³ + 4x² – 8x – 15
A – B – C = 3x³ + 4x² – 8x – 15

- Multiplicação
A multiplicação com polinômio (com dois ou mais monômios) pode ser realizada de três formas:
1) Multiplicação de monômio com polinômio.
2) Multiplicação de número natural com polinômio.
3) Multiplicação de polinômio com polinômio.

As multiplicações serão efetuadas utilizando as seguintes propriedades:


- Propriedade da base igual e expoente diferente: an . am = a n + m
- Monômio multiplicado por monômio é o mesmo que multiplicar parte literal com parte literal e
coeficiente com coeficiente.

1) Multiplicação de monômio com polinômio


- Se multiplicarmos 3x por (5x2 + 3x – 1), teremos:
3x.(5x2 + 3x – 1) → aplicar a propriedade distributiva.
3x.5x2 + 3x.3x + 3x.(-1)
15x3 + 9x2 – 3x
Portanto: 3x (5x2 + 3x – 1) = 15x3 + 9x2 – 3x

- Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:


-2x2 (5x – 1) → aplicando a propriedade distributiva.
-2x2 . 5x – 2x2 . (-1)
- 10x3 + 2x2
Portanto: -2x2 (5x – 1) = - 10x3 + 2x2

2) Multiplicação de número natural


- Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos:
3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva.
3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5
6x2 + 3x + 15.
Portanto: 3 (2x2 + x + 5) = 6x2 + 3x + 15.

3) Multiplicação de polinômio com polinômio


- Se multiplicarmos (3x – 1) por (5x2 + 2)
(3x – 1) . (5x2 + 2) → aplicar a propriedade distributiva.
3x . 5x2 + 3x . 2 – 1 . 5x2 – 1 . 2
15x3 + 6x – 5x2 – 2
Portanto: (3x – 1) . (5x2 + 2) = 15x3 + 6x – 5x2 – 2

- Multiplicando (2x2 + x + 1) por (5x – 2), teremos:


(2x2 + x + 1) (5x – 2) → aplicar a propriedade distributiva.
2x2 . (5x) + 2x2 . (-2) + x . 5x + x . (-2) + 1 . 5x + 1 . (-2)
10x3 – 4x2 + 5x2 – 2x + 5x – 2
10x3+ x2 + 3x – 2
Portanto: (2x2 + x + 1) (5x – 2) = 10x3+ x2 + 3x – 2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
439
- Divisão
1) Divisão de monômio por monômio
Ao resolvermos uma divisão onde o dividendo e o divisor são monômios devemos seguir a regra:
dividimos coeficiente com coeficiente e parte literal com parte literal. Exemplos: 6x3 ÷ 3x = 6 . x3 = 2x2
3x2
2 4 2
−10 𝑥 2 𝑦 4
−10𝑥 𝑦 : 2𝑥𝑦 = = −5𝑥𝑦 2
2 𝑥 𝑦2

Observação: ao dividirmos as partes literais temos que estar atentos à propriedade que diz que base
igual na divisão, repete a base e subtrai os expoentes.
Depois de relembrar essas definições veja alguns exemplos de como resolver divisões de polinômio
por monômio.
Exemplo 1: (10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2)

O dividendo 10a3b3 + 8ab2 é formado por dois monômios. Dessa forma, o divisor 2ab2, que é um
monômio, irá dividir cada um deles, veja:
(10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2)

10𝑎3 𝑏3 8𝑎𝑏 2
+
2𝑎𝑏 2 2𝑎𝑏 2

Assim, transformamos a divisão de polinômio por monômio em duas divisões de monômio por
monômio. Portanto, para concluir essa divisão é preciso dividir coeficiente por coeficiente e parte literal
por parte literal.
10𝑎3 𝑏3 8𝑎𝑏 2
+
⏟2𝑎𝑏 2 ⏟
2𝑎𝑏 2
5𝑎 2 𝑏 4

ou

Portanto, (10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2) = 5a2b + 4

Exemplo 2: (9x2y3 – 6x3y2 – xy) ÷ (3x2y)

O dividendo 9x2y3 – 6x3y2 – xy é formado por três monômios. Dessa forma, o divisor 3x2y, que é um
monômio irá dividir cada um deles, veja:
9𝑥 2 𝑦 3 6𝑥 3 𝑦 2 𝑥𝑦
2
− 2
− 2
3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦

Assim, transformamos a divisão de polinômio por monômio em três divisões de monômio por
monômio. Portanto, para concluir essa divisão é preciso dividir coeficiente por coeficiente e parte literal
por parte literal.
9𝑥 2 𝑦 3 6𝑥 3 𝑦 2 𝑥𝑦 1
2
− 2
− 2 ⟶ 3𝑦 2 − 2𝑥𝑦 −
3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦 3𝑥

Portanto,
1 1𝑥 −1
(9𝑥 2 𝑦 3 − 6𝑥 3 𝑦 2 − 𝑥𝑦): (3𝑥 2 𝑦) = 3𝑦 2 − 2𝑥𝑦 − 2
𝑜𝑢 3𝑦 − 2𝑥𝑦 −
3𝑥 3

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
440
2) Divisão de Polinômio por polinômio
Sejam dois polinômios P(x) e D(x), com D(x) não nulo.
Efetuar a divisão de P por D é determinar dois polinômios Q(x) e R(x), que satisfaçam as duas
condições abaixo:
1ª) Q(x).D(x) + R(x) = P(x)
2ª) gr(R) < gr(D) ou R(x)=0

P( x) D( x )
R( x) Q( x)
Nessa divisão:
P(x) é o dividendo.
D(x) é o divisor.
Q(x) é o quociente.
R(x) é o resto da divisão.

Obs: Quando temos R(x) = 0 dizemos que a divisão é exata, ou seja, P(x) é divisível por D(x) ou D(x)
é divisor de P(x).

Se D(x) é divisor de P(x)  R(x)=0

Exemplo:
Determinar o quociente de P(x) = x4 + x3 – 7x2 + 9x – 1 por D(x) = x2 + 3x – 2.
Resolução: Aplicando o método da chave, temos:

x 4  x3  7 x 2  9 x  1 x 2  3x  2
 x 4  3x3  2 x 2 x 2  2 x  1  Q( x)
 2 x3  5 x 2  9 x  1
 2 x3  6 x 2  4 x
x2  5x  1
 x 2  3x  2
2 x  1  R( x)

Verificamos que:

x

4

x 3
- 2
7x 9x
- 1  (x 2  3x - 2) (x 2 - 2x  1)  (2x  1)
    
P(x) D(x) Q(x) R(x)

 O dispositivo de Briot-Ruffini
Utiliza-se para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um binômio da forma (ax + b).
Exemplo: Determinar o quociente e o resto da divisão do polinômio P(x) = 3x3 – 5x2 + x – 2 por (x – 2).
Resolução:

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
441
Para resolvermos este problema, vamos seguir o passo a passo abaixo:
1) Vamos achar a raiz do divisor: x – 2 = 0  x = 2;
2) Colocamos a raiz do divisor e os coeficientes do dividendo ordenadamente na parte de cima da
reta, como mostra a figura acima;
3) O primeiro coeficiente do dividendo é repetido abaixo;
4) Multiplicamos a raiz do divisor por esse coeficiente repetido abaixo e somamos o produto com o
2º coeficiente do dividendo, colocando o resultado abaixo deste;
5) Multiplicamos a raiz do divisor pelo número colocado abaixo do 2º coeficiente e somamos o produto
com o 3º coeficiente, colocando o resultado abaixo deste, e assim sucessivamente;
6) Separamos o último número formado, que é igual ao resto da divisão, e os números que ficam à
esquerda deste serão os coeficientes do quociente.
Observe que o grau de Q(x) é uma unidade inferior ao de P(x), pois o divisor é de grau 1.
Resposta: Q(x) = 3x2 + x + 3 e R(x) = 4.
- Máximo divisor comum de um polinômio
Um máximo divisor comum de um grupo de dois ou mais polinômios não nulos, de coeficientes
racionais, P1(x), P2(x), ... , Pm(x) é um polinômio de maior grau M(x) que divide todos os polinômios
P1(x), P2(x), ... , Pm(x) .

M(x) também deve só conter coeficientes racionais.

Saiba: P(x) = 2x3 + x – 1 é um polinômio de coeficientes racionais porque todos os coeficientes das
potências xn (n = 1, 2, 3, ...) e o termo independente são números racionais. O grau deste polinômio é
3.

Saiba:
P(x) = 140x5 + √2 x3 – x2 + 3 NÃO é um polinômio de coeficientes racionais porque há pelo menos
um coeficiente das potências xn (n = 1, 2, 3, ...) ou do termo independente que não é um número racional.
No caso, o coeficiente irracional (que é um número real não racional) é √2 da potência cúbica. Preste
atenção: P(x) não deixa de ser um polinômio! Apenas não é um polinômio racional.

Um polinômio D(x) divide um polinômio A(x) - não nulo - se existe um polinômio Q(x) tal que
A(x) ≡ Q(x)D(x)

or exemplo, D(x) = x + 2 divide A(x) = x3 + 2x2 – 9x – 18 pois existe um Q(x) = x2 – 9 tal que A(x) ≡
Q(x)D(x). Veja:

x3 + 2x2 – 9x – 18 ≡ (x + 2)(x2 – 9)

Denotamos D(x) | A(x) e lemos: D(x) divide A(x) ou A(x) é divisível por D(x). Q(x) é o quociente.

Procedimento
Obtendo um mdc usando FATORAÇÃO:
Obter a fatoração de P1, P2, etc... Isso quer dizer, decomponha P1, P2, etc... em fatores com menor
grau possível onde os fatores ainda sejam polinômios racionais.
1) Um mdc entre os polinômios é igual produto dos fatores comuns dos polinômios.
2) Caso não existam fatores comuns, o maior divisor comum é 1, logo o mdc(P1, P2, ...) = 1

Exemplos:
1) Obter um mdc entre (x2 – 2x + 1) e (x2 – 1)
x2– 2x + 1 = (x – 1)( x – 1)
x2– 1 = (x – 1)(x + 1)
Um mdc é (x – 1) já que é fator comum entre os polinômios x2– 2x + 1 e x2– 1.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
442
2) Obter um mdc entre (x2 – 2x + 1) e (5x2 – 5)
x2– 2x + 1 = (x – 1)( x – 1)
5x2– 5 = 5(x – 1)(x + 1)
Um mdc é (x – 1) já que é fator comum entre os polinômios x2– 2x + 1 e 5x2– 5 .
Entretanto, em se tratando de polinômios, temos sempre a EXISTÊNCIA de mdc (entre polinômios
não nulos); e isso é garantido, uma vez que 1 divide qualquer polinômio. Mas não temos a unicidade de
mdc para polinômios.
Pela definição, para que um polinômio M(x) seja mdc entre A(x) e B(x) - não nulos - basta que M(x)
divida A(x) e B(x).

Perceba, por exemplo, que A(x) = x2 – 2x + 1 e B(x) = x2 – 1 são ambos divisíveis por x – 1,
2x – 2, 3x – 3, – 4x + 4, ... enfim! A(x) e B(x) são divisíveis por qualquer polinômio da forma
a(x – 1) onde a é uma constante não nula.

Pelo Teorema de D'Alembert, (x – 1) | A(x) assim como (x – 1) | B(x), pois A(1) = B(1) = 0.

Cardica  O MDC entre polinômios não é único.


Mas se P é um mdc entre os polinômios considerados, todo mdc entre eles pode ser escrito como
a·P (a é uma constante não nula).
Não se esqueça que para ser mdc é OBRIGATÓRIO que ele seja o produto de TODOS os divisores
dos polinômios dados (desconsiderando as constantes multiplicativas). O grau do mdc é único.

Questões

01. (Guarda Civil SP) O resto da divisão do polinômio x³ + 3x² – 5x + 1 por x – 2 é:


(A)1
(B)2
(C)10
(D)11
(E) 12

02. (Guarda Civil SP) Considere o polinômio P(x) = 4x4 + 3x3 – 2x2 + x + k. Sabendo que P(1) = 2,
então o valor de P(3) é:
(A) 386.
(B) 405.
(C) 324.
(D) 81.
(E) 368.

03. (UESP) Se o polinômio P(x) = x3 + mx2 - 1 é divisível por x2 + x - 1, então m é igual a:


(A)-3
(B)-2
(C)-1
(D)1
(E) 2

04. (UF/AL) Seja o polinômio do 3° grau p = ax³ + bx² + cx + d cujos coeficientes são todos
positivos. O n° real k é solução da equação p(x) = p(- x) se, e somente se, k é igual a:
(A) 0
(B) 0 ou 1
(C) - 1 ou 1

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
443
(D) ± √c/a
(E) 0 ou ± √-c/a

05 . (UFSM) Considere os polinômios, de coeficientes reais:


A(x)= x3 + ax2 + bx + c
B(x)= bx3 + 2x2 + cx +2

Teremos que A(k)=B(k), qualquer que seja o número real k, quando:


(A) a=c=2 e b=1
(B) b=c=1 e a=2
(C) a=b=c=1
(D) a=b=c=2
(E) nunca

06. (FUVEST) Um polinômio P(x) = x3 + ax2 + bx + c, satisfaz as seguintes condições:


P(1) = 0; P(–x) + P(x) = 0, qualquer que seja x real. Qual o valor de P(2)?
(A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5
(E) 6

07. (MACK)
P(x) x – 2 Q(x) x – 6
4 Q(x) 1 Q1(x)

Considerando as divisões de polinômios acima, podemos afirmar que o resto da divisão de P(x) por
x2 – 8x + 12 é:
(A) 3x – 2
(B) x + 1
(C) 2x + 2
(D) 2x + 1
(E) x + 2

08. (FGV) Sabe-se que o polinômio f = x4 – x3 – 3x2 + x + 2 é divisível por x2 – 1. Um outro divisor de
f é o polinômio:
(A) x2 – 4
(B) x2 + 1
(C) (x + 1)2
(D) (x – 2)2
(E) (x – 1)2

09. (FGV) Um polinômio P (x) do 4o grau é divisível por (x – 3)3. Sendo P (0) = 27 e P (2) = –1, então
o valor de P (5) é:
(A) 48
(B) 32
(C) 27
(D) 16
(E) 12
𝑘
10. (MACK) Se P (x) = x3 – 8 x2 + kx – m é divisível por (x – 2) (x + 1) então 𝑚 , (m≠ 0), vale:
(A) 2/5
(B) – 5/14
(C) 7/2
(D) 2/7
(E) 1/2

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
444
Respostas

01. Resposta: D.
x³ + 3x² -
5x + 1 x-2
x² + 5x +
-(x³ - 2x²) 5
5x² - 5x +
1
-(5x² - 10x)
5x + 1
-(5x -10)
11

02. Resposta: A.
P(1) = 4.1 + 3.1 – 2.1 + 1 + k =2
P(1) = 4 + 3 – 2 + 1+ k = 2
10 + k = 2
k=2–6
k=–4
Substituindo k, e fazendo P(3), teremos:
P(3) = 4x4 + 3x³ + 2x² + x – 4
P(3) = 4.(3)4 + 3.(3)3 + 2.(3)2 + 3 -4
P(3) = 4.81 + 3.27 – 2.9 + 3 – 4
P(3) = 324 + 81 – 18 + 3 – 4
P(3) = 386

03. Resposta: E.
x³+mx²+0x-1 |x²+x-1
-x³ -x²+x ............x+1
......(m-1)x²+x-1
...... -1x²-x-1
.........(m-2)
o resto deve ser igual a zero, assim teremos que
m-2=0
m=2

04. Resposta: E.
p(x) = p(- x)
ax³ + bx² + cx + d = - ax³ + bx² - cx + d
2ax³ + 2cx = 0
2(ax³ + cx) = 0
ax³+cx=0

Como k é solução da equação ax³ + cx = 0, teremos


p(k) = ak³ + ck = 0
ak³ + ck = 0
k(ak² + c) = 0
k = 0 ou
ak² + c = 0
k² = - c/a
k = ± √−𝑐/𝑎

05. Resposta: E.
A(x) = B(x)  x3 + ax2 + bx + c = bx3 + 2x2 + cx + 2  x3 +ax2 + bx +c - bx3 - 2x2 – cx - 2 = 0
x3 (1 - b) + x2(a - 2) + x(b - c) + c – 2 = 0, daí tiramos:
b = 1 ; a = 2 ; b = c ; c = 2 , b = 2 , então se b = 1 e b = 2 , b não pode ter dois valores, logo não existe
resposta correta.
Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
445
06. Resposta: E.
P(x) = x3 + ax2 + bx + c
P(1) = 13+ a12 + b1 + c  a + b + c = - 1
P(- x) + P(x) = - x3 + ax2 – bx + c + x3 + ax2 + bx + c  2ax2 + 2c = 0  ax2 + c = 0  a = 0 ; c = 0
Substituindo em a + b + c = - 1, b = - 1
P(2) = 23 - 1.2 = 8 - 2 = 6

07. Resposta: E.
P(x) = Q(x) (x – 2) + 4; Q(x) = Q1 (x) (x – 6) + 1
P(x) = (Q1 (x) (x – 6) + 1) (x – 2) + 4
P(x) = Q1 (x) (x2 – 8x + 12) + x – 2 + 4
P(x) = Q1 (x) (x2 – 8x + 12) + (x + 2)
R(x) = x + 2

08. Resposta: C.
x2 – 1 = (x + 1)(x – 1)
x4 – x3 – 3x2 + x +2 x2 – 1
0 x2 – x – 2 = (x + 1) (x – 2)

x4 – x3 – 3x2 + x + 2 = (x + 1)2 . (x – 1) . (x – 2)

09. Resposta: E.
P(x) = (x – 3)3 . Q(x) + R(x)
P(0) = – 27 . Q(0) = 27 ⟹ Q(0) = – 1
P(2) = – 1 . Q(2) = – 1 ⇒ Q(2) = 1
P(5) = ?
Q(x) = ax + b
Q(0) = b = – 1
Q(2) = 2a – 1 = 1  a = 1  Q(x) = x – 1
P(5) = (5 – 3)3 . Q(5)  P(5) = 8 . (5 – 1) = 32

10. Resposta: B.
Resolução:
x3 – 8x2 + kx – m x2 – x – 2
– x + x + 2x
3 2
x–7
-7x2 + (2+k)x – m
+7x2 + 7x - 14
(2 + k - 7)x – (14 + m)  2 + k - 7 = 0  k = 5
- 14 – m = 0  m = - 14

EQUAÇÕES ALGÉBRICAS OU POLINOMIAIS

Sendo P(x) um polinômio em C, chama-se equação algébrica à igualdade P(x) = 0.


Portanto, as raízes da equação algébrica, são as mesmas do polinômio P(x). O grau do polinômio,
será também o grau da equação.
Exemplo: 3x4 - 2x3 + x + 1 = 0 é uma equação do 4º grau

Propriedades importantes:
- Toda equação algébrica de grau n possui exatamente n raízes.
Exemplo: a equação x3 - x = 0 possui 3 raízes a saber: x = 0 ou x = 1 ou x = -1. Dizemos então que
o conjunto verdade ou conjunto solução da equação dada é S = {0, 1, -1}.

- Se b for raiz de P(x) = 0 , então P(x) é divisível por (x – b) . Esta propriedade é muito importante
para abaixar o grau de uma equação, o que se consegue dividindo P(x) por x - b, aplicando Briot-
Ruffini.

- Se o número complexo (a + bi) for raiz de P(x) = 0 , então o conjugado (a – bi) também será raiz .
Exemplo: qual o grau mínimo da equação P(x) = 0, sabendo-se que três de suas raízes são os
números 5, 3 + 2i e 4 - 3i. Ora, pela propriedade P3, os complexos conjugados 3 - 2i e 4 + 3i são

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
446
também raízes. Logo, por P1, concluímos que o grau mínimo de P(x) é igual a 5, ou seja, P(x) possui
no mínimo 5 raízes.

- Se a equação P(x) = 0 possuir k raízes iguais a m então dizemos que m é uma raiz de grau de
multiplicidade k.
Exemplo: a equação (x - 4)10 = 0 possui 10 raízes iguais a 4. Portanto 4 é raiz décupla ou de
multiplicidade 10.
Outro exemplo: a equação x3 = 0, possui três raízes iguais a 0 ou seja três raízes nulas com ordem
de multiplicidade 3 (raízes triplas).
A equação do segundo grau x2 - 8x + 16 = 0, possui duas raízes reais iguais a 4, (x’ = x’’ = 4).
Dizemos então que 4 é uma raiz dupla ou de ordem de multiplicidade dois.

- Se a soma dos coeficientes de uma equação algébrica P(x) = 0 for nula, então a unidade é raiz da
equação (1 é raiz).
Exemplo: 1 é raiz de 40x5 -10x3 + 10x - 40 = 0, pois a soma dos coeficientes é igual a zero, isto é,
40 – 10 + 10 – 40 = 0.

- Toda equação de termo independente nulo, admite um número de raízes nulas igual ao menor
expoente da variável.
Exemplo: a equação 3x5 + 4x2 = 0 possui cinco raízes, das quais duas são nulas. A equação x100 +
12
x = 0, possui 100 raízes, das quais 12 são nulas.

- Se x1 , x2 , x3 , ... , xn são raízes da equação a0xn + a1xn-1 + a2xn-2 + ... + an = 0 , então ela pode ser
escrita na forma fatorada : a0(x – x1) . (x – x2) . (x – x3) . ... . (x – xn) = 0.
Exemplo: Se - 1 , 2 e 53 são as raízes de uma equação do 3º grau , então podemos escrever: (x +
1) . (x –2) . (x – 53) = 0 , que desenvolvida fica : x3 - 54x2 + 51x + 106 = 0 .

Relações de Girard - Albert Girard (1590-1633).


São as relações existentes entre os coeficientes e as raízes de uma equação algébrica.
Para uma equação do 2º grau, da forma ax2 + bx + c = 0 , já conhecemos as seguintes relações
entre os coeficientes e as raízes x1 e x2 : x2 + x2 = - b/a e x . x = c/a .
Para uma equação do 3º grau, da forma ax3 + bx2 + cx + d = 0 , sendo x1 , x2 e x3 as raízes , temos
as seguintes relações de Girard : x1 + x2 + x3 = - b/a; x1.x2 + x1.x3 + x2.x3 = c/a e x1.x2.x3 = - d/a

Para uma equação do 4º grau, da forma ax4 + bx3 + cx2 + dx + e = 0 , sendo as raízes iguais a x1 ,
x2 , x3 e x4 , temos as seguintes relações de Girard : x1 + x2 + x3 + x4 = -b/a; x1.x2 + x1.x3 + x1.x4 + x2.x3
+ x2.x4 + x3.x4 = c/a; x1.x2.x3 + x1.x2.x3 + x1.x3.x4 + x2.x3.x4 = - d/a e x1.x2.x3.x4 = e/a

NOTA: observe que os sinais se alternam a partir de (-), tornando fácil a memorização das
fórmulas.

Teorema das Raízes Racionais


O Teorema das raízes racionais é um recurso para a determinação de raízes de equações
algébricas. Segundo o teorema, se o número racional, com e primos entre si (ou seja, é uma fração
irredutível), é uma raiz da equação polinomial com coeficientes inteiros então é divisor de e é divisor
de.

Exemplo:
Queremos saber se a equação x3 – x2 + x – 6 = 0 possui raízes racionais: p deve ser divisor de 6,
portanto: ±6, ±3, ±2, ±1; q deve ser divisor de 1, portanto: ±1; Portanto, os possíveis valores da fração
são p/q: ±6, ±3, ±2 e ±1. Substituindo-se esses valores na equação, descobrimos que 2 é uma de suas
raízes. Como esse polinômio é de grau 3 (x3 ) é necessário descobrir apenas uma raiz para
determinar as demais. Se fosse de grau 4 (x4 ) precisaríamos descobrir duas raízes. As demais raízes
podem facilmente ser encontradas utilizando-se o dispositivo prático de Briot-Ruffini e a fórmula de
Bhaskara.

Questões

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
447
01. Uma equação algébrica com coeficientes reais admite como raízes os números complexos 2 + i,
1 – i e 0. Podemos afirmar que o grau dessa equação é, necessariamente:
(A) par.
(B) ímpar.
(C) igual a três.
(D) menor ou igual a seis.
(E) maior ou igual a cinco.

02. Resolver a equação x3 – 5x2 + 8x – 6 = 0, sabendo-se que 1 + i é uma de suas raízes.

03. Sendo 4 + e raízes do polinômio P(x) = 2x5 – 22x4 + 74x3 + 2x2 – 420x + 540, então a
soma dos quadrados das raízes reais desse polinômio é:
(A) 17
(B) 23
(C) 19
(D) 25
(E) 21

04. Entre as frações podem ser raízes da equação 16x6 + ax5 +


4 3 2
bx + cx + dx + ex + 45 = 0, com a, b, c, d e e números inteiros, as frações:

05. Obter todas as raízes, reais e não reais, da equação: x3 – 4x2 + x + 26 = 0.

06. (ITA-SP) Se , , são raízes da equação x3 – 2x2 + 3x – 4 = 0, então, o valor de é:

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

07. (Fuvest-SP) Sabe-se que o produto de duas raízes da equação algébrica 2x3 – x2 + kx + 4 = 0 é
igual a 1. Então, o valor de k é:
(A) – 8
(B) – 4
(C) 0
(D) 4
(E) 8

08. (UFSCar-SP) Sabendo-se que a soma de duas das raízes da equação x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0 é
igual a 5, pode-se afirmar a respeito das raízes que:
(A) são todas iguais e não nulas.
(B) somente uma raiz é nula.
(C) as raízes constituem uma progressão geométrica.
(D) as raízes constituem uma progressão aritmética.
(E) nenhuma raiz é real.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
448
Respostas

01. Resposta: E.
Como a equação tem coeficientes reais, além das raízes 2 + i, 1 – i e zero, ela admite também 2 – i
e 1 + i como raízes. Logo, o menor grau possível para essa equação é 5.

02. Sendo a equação de coeficientes reais, se 1 + i é uma raiz, então 1 – i também será raiz desta
equação. Assim, já temos duas das três raízes da equação. Pelas relações de Girard, temos:

x1+ x2 + x3 = , ou seja, (1+ i) + (1– i) + x3 = 5


x3 = 3
V = {1 – i, 1 + i, 3}

03. Resposta: C.
Sendo a equação de coeficientes inteiros, se 4 + e são raízes, então 4 – e– também
são raízes desta equação. Assim, já temos quatro das cinco raízes da equação. Pelas relações de
Girard, temos:

x1+ x2 + x3 + x4 + x5 = , ou seja,

x=3

As raízes reais são: , – e 3.


A soma dos quadrados das raízes reais é:

04. Resposta: A.
Em todas as alternativas, exceto a primeira, em pelo menos uma das frações ou o numerador não é
divisor inteiro de 45 ou o denominador não é divisor inteiro de 16.

05. P { ± 1, ± 2, ± 13, ± 26} e q {± 1}

Assim, { ± 1, ± 2, ± 13, ± 26} (possíveis raízes racionais).

Para x = – 2, temos:

Portanto, – 2 é uma raiz

V = {– 2, 3 + 2i, 3 – 2i}

06. Resposta: C.

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
449
07. Resposta: A.

08. Resposta: C.
x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0
Raízes: x1, x2 e x3
Informação: x1 + x2 = 5
Girard: x1 + x2 + x3 = 7 5 + x3 = 7 x3 = 2
Como 2 é raiz, por Briot-Ruffini, temos

x2 – 5x + 4 = 0
x = 1 ou x = 4
S = {1, 2, 4}

Referências

IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único


IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e Funções
IEZZI, Gelson – Matemática Elementar – Volume 3 - Trigonometria
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 09 – Geometria
Plana – 7ª edição – Editora Atual
DOLCE, Osvalo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da matemática elementar – Vol 10 –
Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Atual Editora
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro:
Elsevier,2013.
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996
Apostila Telecurso 2000
GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JR, José Ruy – Matemática
Fundamental – 2º grau Volume Único – FTD - São Paulo: 1994
GONÇALVES, Antônio R. - Matemática para Cursos de Graduação – Contexto e Aplicações
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
BOSQUILHA, Alessandra - Minimanual compacto de matemática: teoria e prática: ensino médio /
Alessandra Bosquilha, Marlene Lima Pires Corrêa, Tânia Cristina Neto G. Viveiro. -- 2. ed. rev. -- São
Paulo: Rideel, 2003.
BUCCHI, Paulo – Curso prático de Matemática – Volume 2 – 1ª edição - Editora Moderna
CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - Editora Saraiva: 2002
SILVA, Ermes Medeiros, Elio Medeiros...- Estatística para os cursos de: Economia, Administração,
Ciências Contábeis - 3ª edição – São Paulo – Editora Atlas S. A: 1999
GIOVANNI & BONJORNO – Matemática Completa – Volume 3 - FTD
www.somatematica.com.br
http://www.uff.br/webmat

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
450
http://www.calculo.iq.unesp.br
http://www.ibge.gov.br
http://www.brasilescola.com
http://www.dicio.com.br
https://www.infoenem.com.br
http://educacao.globo.com
http://www.porcentagem.org
http://www.infoescola.com
http://mat.ufrgs.br
http://educacao.uol.com.br
http://www.uel.br/cce

Apostila gerada especialmente para: Tamires Maia das Chagas Monteiro 402.141.318-90
451
Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)

Você também pode gostar