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EVANGELHO SINÓTICOS:
MATEUS = Mt
MARCOS = Mc
LUCAS = Lc
PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
≈ 134 aEC até ≈ 4aEC
Sem fontes histórico-bíblicas ,
exceto 1Mc e 2Mc, Sb e Eclo;
Fontes historiográficas: Flávio
Josefo = historiador judeu
Obras:
◙ Antiguidades Judaicas
◙ De Bellum (= “Sobre as Guerras
Judaicas”)
EVANGELHOS SINÓTICOS
Mt Mc Lc
Semelhanças
Sinóticos = “um só olhar”
Mas há divergências
Há “textos próprios de cada
um”
FASES DA FORMAÇÃO TEXTUAL:
TRANSMISSÃO “atores”
ORAL diferentes
TEXTO-BASE – Lugares
PROVISÓRIO diferentes
São elementos de
pregação/tradição oral durante
muito tempo antes de surgirem
os textos escritos = são o
núcleo dos textos evangélicos.
TEMAS COMUNS:
Ex.: Eucaristia ►
variantes importantes:
Comparar 1Cor 11, 23 –
26; Lc 22, 19 – 26; Mt 26,
26 – 29 e Mc 14, 22 – 25
Detalhe: as semelhanças
são mais presentes que
as variantes
Tradição oral: insuficiente
para explicar as
semelhanças;
TEXTO-BASE:
TESTEMUNHO
ANTIGO: Pápias,
bispo de Hierápolis
(Frígia, 130);
Livro perdido:
Interpretação dos
Oráculos do Senhor
REFERÊNCIAS / TESTEMUNHOS
EUSÉBIO DA CESARÉIA – TESTEMUNHA 1
Mc = escrevia o que Pedro pregava;
Mt = colocou em ordem o que já estaria
escrito
CLEMENTE DE ALEXANDRIA –
TESTEMUNHA 2:
Anciãos (2.a geração dos Primeiros
cristãos) – ensinamento:
Os Evangelhos das Genealogias foram
escritos antes;
Mc escreveu o que Pedro pregou em
Roma
TRADIÇÕES
POSTERIORES
(grega, latina e
siríaca/Efrém) –
retomam esses
testemunhos e
acrescentam a
eles sua
minúcias;
QUANTO
A
Mc:
▬ Pápias e Clemente: estão em acordo
ao atribuir o 2.◦ Evang. a Mc;
QUESTÕES:
de onde Lc tirou os textos que lhe são
próprios (ex.: parábola do “Filho
Pródigo”; do “Bom Samaritano”;
“Genealogia de Jesus”, etc)?
Em que medida entendeu a mensagem
de Paulo, do qual foi discípulo?
CONCLUSÃO:
Mt, Mc e Lc receberam
complementação e até
modificações (mais ou
menos profundas) entre a
composição e a redação
final.
TEXTOS ANTIGOS DOS SINÓTICOS:
Há mais de 200 manuscritos dos
Evang. Sinóticos, que vão do IV ao XIV
séc. ;
EUSÉBIO
IRINEU
OS PADRES ANTIGOS –
PATRÍSTICA:
CITAVAM ESSAS VERSÕES ACIMA: Irineu
de Lião, Clemente de Alexandria,
Orígenes (versão grega), Afraates e Efrém
(versão siríaca)...
São testemunhas concordantes:
JUSTINO (+ ou – 150 d.C.): no debate
“Diálogo com Trifão” – cita os Evangelhos
de modo genérico como “Memória dos
Apóstolos”
Não ignoraria Justino a divisão dos
Evangelhos em 4 textos distintos?
Só 30 anos mais tarde é que Irineu iria
nos informar sobre essa divisão!
Porém, as citações de Justino
comportam textos dos 3 sinóticos e até
de Jo!
TENDÊNCIAS GERAIS
DA EXEGESE
MODERNA:
Várias explicações:
1.A TEORIA DAS DUAS FONTES –
séc.XIX
É a mais satisfatória
Mc = primeira fonte
Quelle = segunda fonte: Mt e Lc
possuem partes em comum,
ausentes em Mc
Mt e Lc: suas seções próprias
proviriam de fontes secundárias;
Mt e Lc têm sérias
discordâncias em relação a
Mc;
Teriam melhorado o texto
rústico de Mc?
Dependeriam de uma fonte: o
“Proto-Marcos”, ligeiramente
diferente do Mc atual
RESUMINDO:
2.Mt e Lc são mais primitivos que Mc
Motivos:
Mc = apresenta “traços tardios”,
vários “paulinismos” e
adaptações aos leitores do
mundo greco-romano;
Mt e Lc = contêm “pormenores
arcaicos”, de expressão cultural
semítica própria da Palestina;
3.Três fontes:
3 fontes primitivas distintas e
independentes entre si: Proto-Mateus,
Proto-marcos e Proto-Lucas;
Resumindo:
Proto-Mateus..................Mt
Proto-Marcos..................Mc
Proto-Lucas.....................Lc
OBSERVAÇÃO:
São Justino cita os sinóticos, mas usa
citações arcaicas, o que justificaria
essa teoria.
4.Mc e Lc dependem de uma
fonte comum em aramaico
atribuída a Mt
Teria, cada um deles, traduzido a seu
modo para o grego?
RESUMINDO:
5.Lc e Jo - SEMELHANÇAS
Escritos esparsos
Mc 8, 34 – 35 = Mt 16, 24 – 25
= Lc 9, 23 – 24
Mt 10, 37 – 39 = Lc 14, 25 - 27
Encontramos, entre os sinóticos,
variações entre formulação negativa e
positiva, mas o sentido é o mesmo;
Há uns 30 casos análogos que dão
sólido fundamento histórico a certos
fatos;
Tradições diferentes (Mc 6, 35 – 55 e 8,
1 – 9) e variações entre os textos
mostram que os redatores quiseram
narrar os fatos a seu modo, com suas
tendências próprias;
Os textos refletem não só a vida de
Jesus, mas a vida das Comunidades
onde foram escritos e a vida de seus
redatores;