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Caldeira -3.

1- Inspeção e deterioração
Estatística de falha
Deterioração - Problemas típicos

Curso de inspeção
Inspeção de caldeira
Guia número 5 do IBP
Razões para inspeção de caldeira
 -Verificar ocorrência de deterioração e avaria e
avaliar sua importância para garantir condições
seguras de operação
 -Reduzir a probabilidade de falha e aumentar a
probabilidade de continuidade operacional
através de manutenção preventiva
 -Reduzir a probabilidade de perda decorrente de
paradas de emergência
 -Reduzir custo de manutenção e de operação
 -Manter alto nível de rendimento da unidade
 -Atender legislação
Inspeção externa
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Inspeção externa
 a)Pode ser executada com a caldeira em operação
 b)Inspeção visual da estrutura – escadas plataformas
e passadiços
 Verificar corrosão e avarias que comprometam a
estrutura
 c)Inspeção visual da fundação – recalque diferencial
poderá trazer sérios danos a caldeira
 Trincas no concreto ou no piso, lascamento do
revestimento, desalinhamento da tubulação
conectada são indícios de recalque
 Pontos de drenagem onde possa haver solução ácida (
formada pelo condensação de vapor na presença de
fuligem) que penetra no concreto e danifique a
ferragem
 Verificar se as tubulações ligadas a caldeira atendem
ás exigências dos códigos de projeto de tubulação de
vapor
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Inspeção externa
 d)Inspeção visual de suportes, chaparia e isolamento
 Inspeção dos perfis e estruturas de sustentação
(pilares, vigas, etc) quanto a:
 Corrosão, flambagem, parafusos soltos, avarias na
pintura
 Pintura queimada é indício de falha no refratário e
isolamento
 e)Inspeção do isolamento
 degradação do isolamento pela infiltração de água e
gases ou má qualidade do material e/ou aplicação
 Providenciar reparo sempre que possível
 f)Inspeção termográfica
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Inspeção externa
 g)Vazamento de água ou vapor devem ser cuidadosamente
avaliados e registrados como subsidio para a inspeção geral
da caldeira.
 h)Avaliar as condições internas da câmara de combustão
(fornalha) através dos visores, câmaras de TV
 i)Acompanhar variações da variáveis de processo como:
 Temperatura do vapor
 Temperatura dos gases
 pH da água e outras variáveis especificadas pela Projetista
 j) válvula de segurança
 k)visor de nível
 l)manômetros
 m)todo a instrumentação de segurança da caldeira (teste a
serem executados pela operação e instrumentação)
Exemplo de acompanhamento da temperatura dos gases
nos vários pontos da caldeira e do vapor na saída do
primário

1100
1050 gases fornalha
1000
950
900 super
850
800
ENTRADA bank
750
700
650
SAÍDA bank
600
550
500 SAÍDA
450 economizador
400
350 SAÍDA
300 preaquecedor
250
200 vapor super
150 primário
100
31/ago/04 5/set/04 10/set/04 15/set/04 20/set/04 25/set/04
Exemplo de Acompanhamento de pH

Penúltima campanha

data 07/01/97 26/06/97 27/06/97 28/06/97 29/06/97 30/06/97 01/07/97 02/07/97 03/07/97

pH 6,6 4,6 4,2 4,6 8,2 8,9 7,0 7,4 8,4

data 04/0/097 07/07/97 11/07/97 19/07/97 25/07/97 15/09/97 21/01/99 23/01/99 06/08/99

pH 9,1 6,9 8,5 10,0 8,8 7,0 6,5 8,7 6,2

Última campanha

data 05/05/00 19/05/00 03/02/01 06/08/01

pH 3,4 4,3 3,8 7,4


Taxa de corrosão em função do pH
 O pH é controlado abaixo de 11 para caldeira de média e alta pressão porque
 junto a parede de troca térmica é formado um filme de concentração mostrado a
seguir
Filme de concentração de sólidos na
superfície de troca térmica
 Concentração dos sólidos junto a parede de troca térmica
 Grande efeito de isolamento térmico
Inspeção Geral
(interna e externa)
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Inspeção Geral (interna e externa)
 1-Realizada com a caldeira parada
 2-Pelo menos 12 meses antes da parada
deverá feito um planejamento detalhado
dos serviços a serem realizados na parada
 -Uma lista de serviços e recomendações
de inspeção deverá ser elaborada com
base no histórico do equipamento
 -Os procedimentos utilizados nos projetos
de alteração e reparo deverão estar de
acordo com os dados de projeto da
caldeira.
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Inspeção Geral (interna e externa)

 A) Tubulão e seus dispositivos internos

 Inspeção visual das chapas e soldas do corpo


 Inspeção visual dos filtro e do sistema de
separação de condensado e vapor
 Inspeção por Ultra-som e PM nas soldas
corpo
 Inspeção por PM ou LP nas soldas de selagem
dos tubos
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Inspeção por LP nas soldas de fixação
dos suportes
 Inspeção visual das conexões,
válvulas, flanges
 Inspeção por PM ou LP nas soldas das
conexões no lado externo do Tubulão
 Medição de espessura e cálculo da
vida remanescente
 Solda internas e externas ao tubulão
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Detalhes dos internos do tubulão
 Caldeira com um tubulão
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Detalhes dos internos do tubulão
 Caldeira com dois tubulões
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Inspeção Geral (interna e externa)
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Inspeção Geral (interna e externa)
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Inspeção Geral (interna e externa)
 B)Fornalha (tubos)

 Inspeção visual dos tubos antes da


limpeza (lavagem e neutralização)
para verificar a existência de
incrustação na superfície externa
 Medição de espessura e calcular a
vida residual ou remanescente
 Remover trecho de tubo para avaliar
espessura do depósito interno
 Verificarmicroestrutura quanto a
ocorrência de esferoidização de
carboneto, esboroamento de perlita
e descarbonetação (ver API 571)
 Medir dureza do aço e avaliar
resistência mecânica (Ver API 579)
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Mudança da micro estrutura para o aço exposto a
temperatura na faixa de 440C a 760 C
 Reduz a resistência do aço
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Inspeção Geral (interna e externa)
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Inspeção Geral (interna e externa)
 B)Fornalha (tubos)

 Inspeção visual após limpeza para


localizar corrosão, abaulamento
(laranja), zonas de superaquecimento
–(luz de lanterna tangente ao tubo)
 Valor máximo de abaulamento é de
5% do diâmetro externo do tubo
 Presença de vários abaulamento, mesmo que
pequenos, é um indicativo da necessidade de:
 1-Proceder limpeza química da caldeira
 2-Rever o tratamento de água utilizado
 3-Avaliar as condições dos queimadores
 4-Avaliar energia de troca térmica na fornalha
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Formação de sólido na superfície interna do tubo da
parede dágua ou parede da fornalha
 A taxa de deposição depende da taxa de
evaporação e do teor de sólido na água
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Inspeção Geral (interna e externa)
formação de laranja nos tubos da parede dágua
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Com a troca de calor muito intensa
 A temperatura do metal se eleva devido a
deficiência da refrigeração pelo vapor

Aumento da troca de calor Troca de calor normal


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Inspeção Geral (interna e externa)
 C)Fornalha (refratário)

 Refratário do piso da fornalha, queimadores,


visores e BV’s
 Deverão ser examinado quando a:
 Rachaduras
 Avarias mecânicas
 Vitrificação
 Escorificação e deterioração quimica
 A deterioração é facilmente identificada pela
perda de resistência do material(raspar com
estilete)
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Inspeção Geral (interna e externa)
 D)Queimadores
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Queimadores deveram ser removidos e
totalmente desmontados para limpeza e inspeção
 Inspeção cuidadosa dos
 Bicos, misturadores (erosão dos furos)
 Difusores de ar (oxidação)
 Bicos desgastados podem provocar vibração e
ruído excessivo em outras regiões da caldeira
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Inspeção Geral (interna e externa)
 E)Superaquecedores
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Inspeção Geral (interna e externa)
 1-Coletores dos superaquecedores
 Inspeção por Ultra-som no corpo – avaliar região
de ligação entre os furos
 Inspeção interna com câmara de TV ou
fibroscópio
 Inspeção por Ultra-som nas soldas do corpo
 PM ou LP nas soldas do corpo e das conexões
 Avaliação da estrutura metalúrgica e danos por
fluência – inspeção com microscópio de campo,
réplica ou retirar amostra de material
 Identificação do material -Teste por ponto ou
analisador de liga
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Imagem de câmara 9 mm
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Imagem de câmara 9 mm - detalhe do início de falha
 Fadiga térmica – fluência
 Que resultará numa trinca entre furos
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Réplicas no coletor e na serpentina acima
do teto
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Inspeção Geral (interna e externa)
 2-Serpentinas dos superaquecedores
 Inspeção visual
 Medição de espessura e cálculo da vida remanescente
 Avaliação da estrutura metalúrgica e danos por
fluência – inspeção com microscópio de campo,
réplica ou retirar amostra de material
 Radiografia para avaliar condição interna dos tubos
 Avaliar região lateral dos tubos quanto ao desgaste
por erosão do sopradores de fuligem e gases de
combustão
 Identificação do material -Teste por ponto ou
analisador de liga
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Réplica na serpentina na fornalha
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Aspecto da falha por fluência
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Degradação da microestrutura - esferoidização
Na falha Na mesma a seção a Longe da falha
esferoidização 180º estrutura normal ferrita e perlita
normal
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Falha por fluência – microestrutura esferoidizada
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Inspeção Geral (interna e externa)
 F)Dessuperaquecedor
 Inspeção interna com câmara ou fibroscópio
 Medição de espessura e cálculo da vida remanescente
 Avaliação da estrutura metalúrgica e danos por fluência –
inspeção com microscópio de campo, réplica ou retirar
amostra de material
 Radiografia para avaliar condição interna dos tubos
 Identificação do material -Teste por ponto ou analisador de
liga
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Inspeção Geral (interna e externa)
 G)Economizador
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Inspeção Geral (interna e externa)
1-Coletores de entrada e saída do economizador

-Inspeção interna com câmara ou fibroscópio


-Inspeção externa com Ultra-som
-Remover tubo ou parte do coletor
-Medição de espessura e calculo da vida remanescente
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Inspeção Geral (interna e externa)
 2- Tubos ou Serpentinas do economizador
 Nos tubos mais externos do feixe (onde há
acesso)
 Inspeção visual e medição de espessura
 Em caldeiras que queimam óleo ou caldeiras
recuperadoras a corrosão por cinzas ácidas é o
principal problema a ser observado
 Fazer lavagem e neutralização
 Se houver registro de vibração e ruído em
operação – avaliar os tubos juntos aos suportes e
chicanas para verificar se não há desgaste
localizado
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Inspeção Geral (interna e externa)
É importante conhecer a temperatura de
orvalho na região do economizador
Para evitar corrosão deve-se operar com a
temperatura da água, na entrada do
economizador, cerca de 10 C acima da
temperatura de orvalho
A temperatura de orvalho pode chegar a
valores da ordem de 155 C
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Feixe do economizador recoberto com
catalisador (Caldeira de CO)
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Feixe de tubos do economizador (caldeira de CO)
antes e após lavagem
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Economizador (caldeira de recuperação)
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Economizador (caldeira de recuperação)
 Impregnação de fuligem ácida por operar
abaixo do ponto de orvalho (150 a 155 C)
 Pré aquecer a água a pelo menos 160 C
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Inspeção Geral (interna e externa)
H)Pré-aquecedor de ar a gás

Esta sujeito a corrosão por condensado


ácido

Inspeção visual dos pré-aquecedores


Rotativos
Inspeção e medição dos tubos dos pré-
aquecedores de feixe tubular
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Inspeção Geral (interna e externa)
 Pré-aquecedor rotativo
GV-59201A/B
Temperatura do duto de ar quente / flange dos
queimadores
MEDIÇÃO REALIZADA COM OPIRÔMETRO DE CONTATO DA IE-REVAP
DATA: 21-07-2008
DUTO
PRODUÇÃO DE VAPOR:
GV-59201A – 141 Ton/hora
GV-59201B – 141 Ton/hora GV-A 203°C
QUEIM. 1

249°C
GV-B
QUEIM. 1
QUEIMADORES 1, 3 e 5

GV-59201A/B
QUEIMADORES 2, 4 e 6

GÁS DE
DUTO

6,0 m
COMBUSTÃO

LJUNGSTRON

GV-A 268°C
AR AQUECIDO QUEIM. 2

7,0 m 6,0 m 224°C


GV-B
QUEIM. 6

DUTO TI (PI) DUTO DUTO

GV-A 326°C 343°C GV-A 303°C GV-A 280°C

GV-B 345°C 368°C GV-B 320°C GV-B 316°C


 Pré-aquecedor rotativo
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Inspeção Geral (interna e externa)
 i) pré-aquecedor de ar a vapor

 Instalado com objetivo de minimizar


a corrosão por condensado ácido no
Economizador e pré-aquecedor a gás
 O mais efetivo é a utilização de pré-
aquecedor da água da caldeira para
evitar a condensação ácida no
economizador

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