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Histórico

• Black: Preparo cavitário, extensão


preventiva;

• Bounocore 1955: condicionamento


ácido;

• Bowen, em 1965: primeiro sistema


adesivo para dentina lançado no
mercado, chamava-se Cervident
(SSWhite) quelação entre o NPG e o
Cálcio.

• Scothbond (3M) composto por um


éster halofosforoso de BIS-GMA,
que em 1984 passou a ser
fotoativado
Conceito de adesão
• União de duas superfícies de
composição molecular diferentes,
por forças de atração, químicas,
mecânicas ou físicas.
• Mecânica: aprisionamento físico
do material dentro de cavidades
• Química: forças de valência
primária, ligações iônicas
covalentes e metálicas e forças de
valências secundárias ou Van der
Walls.
• Física, depende das forças de
valência secundária. Essas forças
ocorrem em dípolos moleculares,
e na interação da nuvem de
elétrons desprotegidos

(NAKABAYASHI, PASHLEY, 2000).


Adesão eficiente
• Duradouro;
• Selamento marginal;
• Pouca contração durante
a adesão.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A GERAÇÃO
• PRIMEIRA GERAÇÃO:
Interação dos íons cálcio da hidroxiapatita com moléculas
hidrofílicas e metracrilato aderia-se ao grupo metacrilato
da resina.
• SEGUNDA GERAÇÃO:
Adesão ao esmalte condicionado e dentina; maior adesão
e realiza a manutenção ou remoção parcial da camada de
lama dentinária;
• TERCEIRA GERAÇÃO:
Redução da infiltração marginal; aumentam a capacidade
de união à dentina; inclusão do "primer" para tratamento
e remoção da lama dentinária e substituição do oxalato
férrico pelo oxalato de alumínio.
• QUARTA GERAÇÃO:
Remoção da lama dentinária, desmineralizam
superficialmente a dentina inter e peritubular e expõem a
rede de fibras colágenas para posterior impregnação da
área desmineralizada por monômeros hidrofílicos
QUINTA GERAÇÃO:
Junção do "primer" ao adesivo, num único frasco “seff
etching" e verdadeiros monocomponentes.
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS
QUANTO A SMEAR LAYER
• SISTEMAS ADESIVOS QUE MODIFICAM A
SMEAR LAYER
Barreira natural para a polpa, protegendo-a
contra a invasão bacteriana e limitando a saída
de fluido pulpar, Incorpora a smear layer no
processo de adesão.

• SISTEMAS ADESIVOS QUE REMOVEM A SMEAR


LAYER
Removem a smear layer na sua totalidade,
através do condicionamento ácido, aplicado no
esmalte e na dentina.

• SISTEMAS ADESIVOS QUE DISSOLVEM A


SMEAR LAYER
São utilizados "primers", levemente acidos, que
desmineralizam, parcialmente, a camada de
lama dentinária e a superfície dentinária.
Condicionamento ácido
• É conhecido há mais de
cinquenta anos.
• Composto: Acido fosfórico - 30 a
37%.
Condicionamento ácido
Características
Tempo
Limite
Técnica
Cuidados

Imagem 2- Condicionamento de esmalte,


dentina e remoção com spray de água/ar.
Imagem 1- Condicionamento de esmalte, dentina e remoção com spray de
Baratieri et al, 2010
água/ar. Mondelli et al, 2016
Composição e Indicação
• Primeira geração – Ácido glicerofosfórico (GPDM), ciaocrilatos,
poliuretanos, NPG-GMA;
• Ofereciam adesão satisfatória somente à estrutura de esmalte;
• Aumentava a umidade superficial da dentina;
• Favorecia o surgimento de cáries secundárias;
• Queda da restauração;
• Aumento da permeabilidade dentinária;
Composição e Indicação
• Segunda geração – Fosfatos polimerizáveis adicionados ao BIS-GMA
que é hidrofóbico (bisfenol A glicidilmetacrilato), e HEMA que é
hidrofílico
• Preconizavam a ligação iônica entre Fosfato e Cálcio;
• Sofriam hidrólise;
• Formavam Gaps nas margens da restauração (favoreciam a infiltração
marginal);
• Promoviam adesão ao esmalte e dentina;
Composição e Indicação
• Terceira geração – Ácido para remover, modificar ou manter a Smear
Layer e Primers
• Surgimentos dos Primers
• Removem ou modificavam a Smear Layer;
• Reduz significativamente a infiltração marginal;
• Melhor adesão dentinária;
• Maior tempo clínico devido à aplicação mais complexa;
• Condicionamento ácido da dentina provocava alterações pulpares (não era
indicado)
Primers são os agentes de infiltração inicial, responsáveis pela formação da
camada híbrida entre as fibras colágenas;
Composição e Indicação
• Quarta geração – São aqueles que removem a smear layer,
desmineralizam superficialmente a dentina peri e intertubular, e
favorece a formação da camada híbrida
• Condicionamento ácido tanto da dentina quanto do esmalte;
• Chamados multi frascos ou multicompetentes (aderem a amálgama, ligas
metálicas, porcelana e resinas compostas);
Composição e Indicação
• Quinta geração – Primer e adesivo unidos num único frasco.
• Monocompetentes;
• Frasco único;
• Reduzir o tempo clínico (necessário mais de 1 aplicação?)
• Pode ser da versão autocondicionante (ácido+primer+adesivo num único
frasco);
• Baixa acidez e fraca desmineralização;
• Adesão mais fraca à dentina cariada que métodos convencionais;
Hibridização
• Adesão é o fenômeno onde duas superfícies de materiais diferentes
se unem por forças de atração que podem ser: físicas, mecânicas ou
químicas.
• Físicas – Forças de valência secundárias. Dipólos moleculares se
atraem;
• Mecânicas – Aprisionamento de um dado material em cavidades de
outro material;
• Químicas – Ligações iônicas covalentes ou metálicas (relacionada com
a capacidade de molhamento do adesivo);
Hibridização
• Adesão ao Esmalte;
Hibridização
• Adesão à Dentina;
• Desafio maior, composição diferente, fatores como umidade,
Sistemas adesivos convencionais: técnica de
utilização
• Adesivos convencionais são os sistemas que empregam o passo
operatório de condicionamento ácido da superfície do esmalte ou
dentina separadamente dos outros passos clínicos.
• Dois passos (condicionamento ácido e combinação de primer e
agente adesivo em um único frasco)

• Três passos (condicionamento ácido, primer e agente adesivo em


frascos separados)
Técnica adesiva – 2 passos
• 1° passo – condicionamento ácido do esmalte e dentina
Condicionamento com acido fosfórico em concentração de 37% (30s
esmalte e 15s dentina).
• 2º passo – Lavagem e secagem
Lavar o acido pelo dobro do tempo, assegurando total remoção do
produto, e secar dentina e esmalte com papel absorvente.
• 3°passo – aplicação do primer/adesivo (convencional 2 passos)
Esperar 30 segundos antes da fotoativação para permitir a evaporação
da agua e do solvente, podendo aplicar um jato de ar.
• 4ºpasso – fotopolimerização
Técnica adesiva – 3 passos
• 1° passo – condicionamento ácido do esmalte e dentina
• 2º passo – Lavagem e secagem
• 3°passo – aplicação do primer
Aplicação do primer, esperar 30s para evaporação da agua e solvente,
podendo também dar jatos de ar no preparo.
• 4ºpasso – aplicação do adesivo
• 5ºpasso – fotopolimerização
OBS: adesivos que contem água na formulação devem ser aplicados de
forma ativa, facilitando a evaporação da água, já adesivos sem água
não podem ser aplicados de forma ativa pois pode facilitar a
evaporação do solvente precocemente.
Sistemas Adesivos
Autocondicionantes: Técnicas
de Utilização
1. Introdução
● Os sistemas adesivos autocondicionantes atuais, em especial os
simplificados (passo único), têm apresentado resultados favoráveis, em
curto prazo, em relação à retenção e ao selamento da interface adesiva.

● A vantagem da estratégia autocondicionante está na redução do número


de passos necessários para o estabelecimento do processo adesivo.
Adesivos Autocondicionantes de Dois Passos
Adesivos Autocondicionantes de Passo Único
Adesivos autocondicionantes de dois passos (primer autocondicionante)

1°passo: Aplicação do primer ácido (caráter ácido e fluido, responsável pela formação da camada
híbrida com os tecidos dentais). O primer autocondicionante é aplicado em todo o preparo (esmalte
e dentina) de forma ativa por 20 a 30 segundos, seguida de leves jatos de ar.

2°passo: Aplicação do adesivo (resina de baixa viscosidade, com características hidrofóbicas e que
não contém solventes ou água, garantindo resistência e estabilidade). Aplica-se uma camada
uniforme do adesivo, seguida de leves jatos de ar e fotoativação por 20 segundos.
Adesivos autocondicionantes de passo único (adesivo autocondicionante)

● Este sistema adesivo é aplicado de forma ativa por, no mínimo, 15 segundos em todo o preparo
cavitário, seguido de leves jatos de ar. Uma nova camada é aplicada, seguida de novos jatos de
ar, e a fotopolimerização realizada por 40 segundos (o tempo precisa ser longo devido ao
caráter hidrofílico do sistema adesivo). Para seu melhor desempenho, alguns trabalhos
(HILGERT et al., 2008; BRESCHI et al., 2008) recomendam a aplicação de uma camada de resina
adesiva hidrofóbica sobre os sistemas autocondicionantes de passo único, o que os
transformaria em autocondicionantes de dois passos.
Formas de aumentar a estabilidade e a durabilidade de adesão de acordo com Breschi
et al, 2008:

1. Aplicação de várias camadas de adesivo, em vez de uma só.

2. Colocação de uma camada adicional de agente resinoso hidrofóbico.

3. Permitir a maior evaporação possível do(s) solvente(s).

4. Aplicação de inibidores das MMP (meta-loproteinases), como a

clorexidina.

5. O uso de corrente elétrica no adesivo


Cimentação
• Promover a retenção da peça protética;
• Promover o vedamento da interface restauração e substrato;
• Suporte mecânico;
• Selamento dos túbulos dentinários;
• Obtenção de estética adequada.

Fonte: opalini.com Fonte: Tempolink.com


Convencionais Adesivos

Cimentos
Cimento de Cimentos de
Fosfato de Resinosos Ionômero
Zinco de Vidro

C.I.V
Associados C.I.V
Autoadesivos Convencionais
Modificados
a Adesivos por Resina
Interface cimento/substrato
Adesão a estruturas dentais: Selamento marginal e dos
• Cimentos convencionais: apenas túbulos dentinários:
fricção mecânica. • Adesivos: apresentam melhor
• Adesivos: processo químico(CIV), selamento.
Micromecânicos(Cimentos
resinosos);
Interface cimento/material
restaurador
Adesão aos materiais Resistência:
restauradores: • Restaurações metálicas:
• Fosfato de zinco: não Fosfato de Zinco ou CIV
apresenta união.
• Restaurações com
• CIV: podem apresentar compósitos ou cerâmicas
união a ligas metálicas. vítreas: cimento resinoso.
• Cimentos resinosos: podem
apresentar união
dependento do tipo de
material restaurador e seu
tratamento prévio
Cimentos resinosos
Tipos de cimentos
Cimento de fosfato de zinco  forma do preparo
Cimento resinoso  Retenção por meio de adesão ao dente e à peça
protética
O que são cimentos resinosos?
Conceito: Resinas compostas com menor concentração de cargas 
maior fluidez e menor viscosidade
Composição
• Matriz de Resina à base de:
BIS-GMA (Bisfenol glicidil metacrilato)
UDMA (Uretano dimetacrilato)
TEGDMA (trietileno glicol dimetacrilato)
• Cargas inorgânicas tratadas com silano
• Excipiente de partículas inorgânicas pequenas
Classificação e indicação
Quanto a polimerização:
Classificação de Braga et al 2002 e Blatz et al 2003
CR Quimicamente Ativado / Autopolimerizável
 CR Fotopolimerizável
 CR Dual
 Propriedades mecânicas
Propriedades
 Biocompatibilidade

Sorção em água (UDMA)


 baixa solubilidade
Selamento marginal

Baixo estresse de polimerização  Adesividade


 Estética  Radiopacidade
- Cimentos duais  estabilidade Radiopacidade superior à dentina e
de cor prejudicada igual ou superior ao esmalte
- CR fotopolimerizável (até 1mm - Linha de cimentação
de espessura) - Cárie recorrente
- Espaço biológico
Isolamento
absoluto
Limpeza do
dente
preparado
Condicioname
nto ácido por
15 seg
Lavar e secar
Silano(superfi
cie cerâminca)
Sistema
adesivo

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