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Metamodelo

Eliminação
• Eliminação Simples:
As pessoas ao se comunicarem fazem eliminações. Para verificar se houve
eliminações preste atenção em cada verbo e determina se eles podem
ocorrer em uma frase mais completa que apresente argumentos e mais
locuções nominais.
O que fazer: Faça perguntas que recupere o material eliminado. Ex: com
quem/que?
• Comparação e superlativos:
Comparação: Ex: Ela é melhor para mim. Pergunta: Melhor comparado a
quem?
Superlativo: Ela é a melhor pra mim. Pergunta: Melhor em relação a quem?
• Advérbios com terminação em ‘’mente’’: essas estruturas em muitos
casos derivaram de um verbo da estrutura profunda.
Ex: Obviamente, eu não fui bem na prova. Pergunta: É óbvio pra quem?
• Operadores modais:
1. Operador de Necessidade: Ex ‘’ Tenho que levar em consideração os
sentimentos de outras pessoas’’. Pergunta: O que aconteceria se
você não levar em consideração os sentimentos de outras pessoas?
2. Operador de Possibilidade: Ex ‘’ Eu não posso suportar o ódio
deles’’. Pergunta: o que te impede de suportar o ódio deles?
Distorção
• Nominalização:
1. Ouça a estrutura do paciente e preste atenção nas palavras e eventos,
tente ver se elas se assemelham a algum verbo.
2. Teste para ver a palavra evento se ajusta à lacuna ------ um em
andamento. Se se ajustar houve nominalização.
3. Outra forma é tentar ver se essa palavra evento dá pra imaginá-la em um
carrinho de mão. Caso dê para imaginá-la em um carrinho de mão, não
houve nominalização. Ex1: uma pedra no carrinho;Ex2: um sentimento no
carrinho. Já a segunda frase do ex trata-se de uma nominalização.
4. Formule uma pergunta que reverta a nominalização. Ex1: Meu sentimento
em relação a eles me corrói. Pergunta: O seu sentir em relação a quem te
corrói?
Generalização
• Índices Referenciais:
1. Ouça a estrutura superficial do paciente, identifica cada palavra-
processo
2. Verifique se ele seleciona uma pessoa ou coisa específicas no
mundo
Se a paciente falha em selecionar uma pessoa ou coisa específicas, o
terapeuta identifica então uma generalização no modelo do paciente.
O terapeuta uma vez tenha identificado uma generalização pode
perguntar: Quem/que especificamente?
• Quantificadores universais: É um tipo de generalização que aparece com o
uso de quantificadores universais como: ninguém, todos, todo mundo,
nunca, sempre etc. Utilizamos uma forma especial para esse tipo de
generalização: Ex: Ninguém presta atenção ao que eu digo. Pergunta:
Ninguém JAMAIS presta atenção ao que você diz? Nesse caso houve uma
adição de outro quantificador universal para aumentar a generalização e o
paciente perceber sua generalização.
• Equivalência Complexa: Envolvem estruturas superficiais que são
equivalentes no modelo do paciente. Ele diz uma frase, dá uma pausa ou
usa uma conjunção e diz a outra frase. Ex: ‘’ Meus vizinhos me detestam,
logo eu sou inadequado’’. Pode-se questionar a equivalência invertendo os
índices referenciais. Ex: O fato de você não gostar de seus vizinhos significa
que eles são inadequados?
• Verbos inespecíficos: O terapeuta deve se perguntar se a imagem
apresentada pelo verbo na frase está bastante clara pra que ele
visualize a sequência real dos eventos. Caso não esteja claro, o
terapeuta pode perguntar: Como, especificamente?
• Pressuposições:
Pressuposições
• Fase 1:Ouça a estrutura superficial do paciente em busca da palavra-processo ou verbo principal -
chamemos a esta frase A;
• Fase 2:Crie uma nova estrutura superficial pela introdução da palavra negativa junto ao verbo
principal na estrutura superficial do paciente - chamemos a esta frase B;
• Fase 3:Pergunte-se o que tem que ser verdade tanto para A como para B fazerem sentido.
• Todas as coisas (expressas na forma de outras frases) que têm que ser verdadeiras tanto para A
como para B fazerem sentido são as pressuposições da frase original do paciente.
• Ex: O paciente diz – ‘’ Se você for tão desarrazoada quanto da última vez que discutimos isto,
então vamos deixar isto de lado.’’ Lemos a frase e identificamos os verbos principais e
acrescentamos o ‘não’ antes. Ex:’’ Se você não for tão desarrazoada quanto da última vez que
discutimos isto, então vamos deixar isto de lado’’. Agora testando com outro verbo principal da
frase: Ex:’’ Se você for tão desarrazoada quanto da última vez que não discutimos isto, então
vamos deixar isto de lado’’. Analisando as duas frases podemos perceber que para fazer sentido
tem que ser verdade: 1 - A pessoa foi desarrazoada; 2 – eles discutiram algo.
Boa-estruturação semântica
• Causa-efeito: Essa classe de estruturas superficiais semanticamente mal-
estruturadas envolve a crença, por parte do falante, de que uma pessoa ( ou
conjunto de circunstâncias) pode desempenhar algum ato que necessariamente
faça com que outra pessoa experimente alguma emoção ou estado interior.
Tipicamente, a pessoa que experimenta esta emoção ou estado interior é
retratada como não tendo escolha para responder de maneira por que o faz.
Forma geral A: X Verbo(verbo fazer) Y Verbo ( Sentir, experimentar)
Adjetivo(alguma emoção), onde X e Y representam índices referenciais
diferentes, ou seja, se referem a pessoas diferentes. Não necessariamente nessa
ordem.
Ex: Ele mim faz sentir irado.
Forma geral B: X Verbo Verbo (ação) Y. Onde X e Y são índices referenciais
diferentes, ou seja, referem-se a pessoas diferentes. Não necessariamente nessa
ordem. Ex: Eles rirem de mim machuca-me.
 Mas: a palavra ‘mas’ comumente exprime uma relação de causa-efeito. Ex: Eu gostaria de viajar mas minha
namorada não quer. Na verdade não existe relação nenhuma de causa-efeito nesse exemplo, o fato dele não
ir viajar é responsabilidade dele.
 Como questionar:
• Aceita a relação causa-efeito e questionar se sempre é assim. Ex: É sempre assim?
• Aceitar a relação de causa-efeito e pedir ao paciente para especificar de forma mais completa essa relação.
Ex: Como especificamente o fato de...... Causa .....? Como a ação dela necessariamente faz você se sentir
assim?
• Desafiar a relação de causa-efeito. Uma forma é de fazer isso é inverter as condições da causa-efeito. Ex: Eu
gostaria de viajar mas minha namorada não quer. Desafiando a relação causa-efeito: Se a sua namorada
quisesse você viajaria?
 Uma forma adicional é fortalecer a relação de causa-efeito pela inserção de um operador modal de
necessidade. Ex: Eles rirem de mim faz me sentir envergonhado. Ex: O fato deles rirem de você faz com que
necessariamente você se sinta envergonhado?
 Uma forma eficiente de questionar a relação causa-efeito é fazer a pergunta: Como você se permite sentir
dessa maneira diante disso? Ou como você se permitir sentir assim diante do que ele faz ?
 Uma técnica adicional para reformar o desafio a relação de causa-
efeito: É o terapeuta além de perguntar ao paciente: ‘’ como você se
permite sentir assim diante do que ele/ela faz?’’ pedir pra ela
imaginar como ela gostaria de se sentir diante da situação, a
concentrar nesse estado e pedir pra ela dizer quais as imagens, sons
que ela percebe estando nesse estado desejado. Diante disso
acrescenta a técnica da mudança de crença, ‘’como se’’, peça ao
paciente pra aceitar isso como se fosse verdade, como se já tivesse
acontecendo, como se já fosse real, diante dessa situação.
• Leitura de mente: Esta classe de estruturas superficiais
semanticamente mal-estruturadas envolve a crença, por parte do
falante, de que uma pessoa pode saber o que outra está pensando e
sentindo, sem uma comunicação direta por parte da segunda pessoa.
Mesmo que se você imagine o que uma pessoa esteja pensando e
sentindo, não há como ter certeza sem uma comunicação direta.
 Questionando: como você sabe o que A ou B está pensando ou
sentindo? Como você pode ter certeza sobre o que A ou B está
sentindo? Como você tem certeza sobre o pensamento e sentimento
de A ou B?
• Execução perdida: Cada um de nós já observou que no encontro
terapêutico os pacientes, caracteristicamente, fazem afirmações na
forma de uma generalização a respeito do mundo em si, que incluem
julgamentos que reconhecemos como sendo verdadeiros segundo
seu modelo do mundo. Por exemplo, o paciente diz: É errado ferir os
sentimentos de alguém. Trata-se de uma generalização do modelo do
paciente e não uma generalização do mundo. Na derivação da
estrutura profunda para superficial houve a perda da expressão: eu
digo, ou eu penso que.
O Terapeuta deve perguntar pela autoria da afirmação: Quem disse
isso?

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