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Pensamento Social Brasileiro

ISEB, Instituo Superior de Estudos


Brasileiros
• Criado em 1955 no Rio de Janeiro.
• Instituto livre de pesquisa.
• Pesquisa e divulgação do desenvolvimentismo.
• Elaboração de uma “ideologia nacional”.
• Pensamento engajado em torno da ideia de
“povo” e “Nação”.
• Desenvolvimento econômico como nossa
possível “Revolução Burguesa”.
Roland Corbisier
• Formação e problema da cultura brasileira
• Perspectiva hegeliana.
• “Se o mundo da cultura é aquele que resulta
da atividade ou do trabalho humano, como
observamos, será licito dizer que os objetos
culturais são projeções ou encarnações do
espírito humano.” P14
As perspectivas da cultura
• Cultura como cultivo do espírito (educação)

• Cultura como transformação (práxis)

• Cultura como universalização (civilização)


• A palavra cultura significa, portanto, em primeiro lugar, o mundo
das coisas feitas e criadas pelo homem, o repertório das realizações
objetivas, as objetivações do espírito humano. Em segundo,
tomando o termo no sentido subjetivo, a apropriação da cultura
subjetiva pelo sujeito. Devemos observar porém, e assim
esclarecermos o terceiro sentido da palavra, que o homem não está
situado no contexto cultural como objeto imóvel entre outros
objetos também imóveis e justapostos no espaço. O mundo da
cultura é um mundo em transito afetado em suas entranhas pelo
tempo, pela historicidade, que também afeta, em sua estrutura.
Nesse sentido, a palavra não significa a cultura produzida, feita, mas
a cultura em produção, o processo histórico de criação da cultura, a
construção das centrais elétricas, das estradas, dos monumentos
públicos, a redação dos Sertões de Euclydes da Cunha ou a “Rosa
do Povo” de Carlos Drummond de Andrade e também o processo
de formação do ser humano por essa mesma cultura... 18
A ambiguidade do processo colonial
• As nações vivem a contradição de se
manterem fechadas sobre si, ou desenvolver-
se tecnologicamente e ocidentalizarem-se.
• A ocidentalização pode representar a própria
dependência.
As influências de Balandier
• Colonialismo e alienação
• A sociedade colonizada pode ser considerada
uma sociedade globalmente alienada, que é
atingida, em sua organização sociocultural (em
graus que varia de acordo com sua capacidade de
resistência) e tanto mais submetida à pressão da
sociedade dominante e estranha quanto mais
degradada estiver. P28/29
• o ser do colonizador se impõe no ser do
colonizado.
As saídas
O colonizador instala, na região dominada, novos
processos de trabalhos e novas técnicas de
produção. Para entrar em contato com essas
técnicas os colonizadores apreendem a língua dos
colonizadores, veículos de sua cultura, tomando
assim, consciência de outros padrões e níveis de
vida, e criando novas expectativas e exigências de
consumo. Por uma reviravolta dialética, o
processo de colonizado se converte, senão a
curto pelo menos a longo prazo, em processo de
libertação economia e cultural dos povos
colonizados...p31
Fatores de emergência de uma
consciência nacional.
• Guerras
• Crises
• Desenvolvimento econômico
• A ideologia da libertação nacional deve ser
forjada pela nossa intelectualidade com o
apoio das classes dominantes, burguesia e
operariado industrial.
Desenvolvimento da consciência
nacional brasileira
• O Brasil só passa a ter uma “história” a partir
da semana de arte moderna. (1922)
• Desenvolvimento da ideia de realidade
nacional e superação da condição colonizada.
Críticas.
Caio Navarro Toledo. Iseb Fábrica de
Ideologias
• A alienação seria superada na medida que a
nação se desenvolvesse economicamente.
Como se todas as classes sociais captassem o
“Ser nacional”.
• Alienação é vista apenas como fenômeno
especifico das nações subdesenvolvida.
Ignora-se que o desenvolvimento econômico
se dá dentro de um modo de produção
capitalista.
• Para os intelectuais do Iseb, a sociedade
desenvolvida, portadora da consciência
veridica, marcaria o fim das diversas
alienações (política, econômica, ideológica),
mas isso não implica a eliminação da esfera
ideológica.
• A perspectiva nacionalista se põe acima da
perspectiva de classes.
As influências do pensamento isebiano
na esquerda dos anos 1950/60
• Método Paulo Freire.
• Debate sobre a cultura nacional na música, no
cinema e no teatro.
• Teatro do oprimido (Augusto Boal)
• CPC da UNE
• Cinema Novo (Glauber Rocha)
• Fino da Bossa (Nara Leão, Jair Rodrigues, Elis
Regina, Carlos Lyra)

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