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BIBLIOGRÁFICA
2014
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Classificação Bibliográfica BLISS
HISTÓRICO
Henry Evelyn Bliss (1870-1955) publicou um sistema de
classificação Bibliográfica, após trinta anos de trabalho na
Biblioteca do College of the City of New York.
Antes de surgir este sistema, Bliss publicou vários trabalhos
de classificação. Dentre eles, podemos citar:
1. "A Modern Classification of Libraries, with Simple Notation,
Mnemonics and Alternatives" (1910).
2. "The Organization of Knowledge and the System of the
Sciences" (1929)
3. "The Organization of Knowledge in Libraries" (1933)
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Classificação Bibliográfica BLISS
CLASSES PRINCIPAIS E OBRAS GERAIS
Adotou a divisão do conhecimento de acordo com o conceito
educacional e científico da época, reunindo-os em quatro
grandes grupos:
Filosofia;
Ciência;
História e Tecnologia;
Artes
São nove divisões colocadas antes das classes numeradas
com as 26 letras do alfabeto, chamadas por Bliss de Classes
Numéricas Anteriores, representadas por algarismos arábicos
que apresentam grande sinonímia com as subdivisões de
forma. Ir p/ primeira página
Classificação Bibliográfica BLISS
TABELAS AUXILIARES
As tabelas auxiliares da CB são conhecidas por Tabelas
Auxiliares e Sistemáticas. Eram originariamente apenas nove,
foram expandidas para vinte e duas. Na edição de 1943
passaram para quarenta e seis, devido a seus desdobramentos.
As principais são:
Tabela n° 1- Subdivisões de forma
Tabela n° 2 - Subdivisão Geográfica
Tabela n° 3 - Subdivisão de Língua
Tabela n° 4 - Subdivisão Cronológica
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Classificação Bibliográfica BLISS
NOTAÇÃO
A notação é mista, constituída de letras maiúscula e
minúsculas, algarismos arábicos e sinais gráficos.
A vírgula é usada como processo de separação das tabelas
auxiliares das classes principais.
ÍNDICE
Índice geral, relativo.
Inclui nomes de pessoas, artistas, letrados, etc. Não é um
índice correto. Tem subdivisões como entrada e apresenta
omissões. Ir p/ primeira página
Classificação Bibliográfica BLISS
CARACTERÍSTICAS
A classificação de Bliss constitui um sistema elaborado até
minucias, tal como o excesso de tabelas auxiliares a serem
usadas em determinadas classes.
Foi esquematizada segundo consenso da época, mas procurou
ser memorizável em muitos pontos.
As regras são inadequadas para uso consistente das tabelas
auxiliares para assuntos compostos. Como o sistema é rico em
opções, é necessário também que o usuário decida muito
cuidadosamente que opção usar em cada caso.
Está impressa em "offset" com letra versalete o que torna a
consulta extremamente cansativa. Ir p/ primeira página
Classificação Bibliográfica BLISS
ATUALIZAÇÃO E CORREÇÃO
Durante certo tempo, o sistema foi atualizado por H. W.
Wilson, através do Bliss Classification Bulletin.
Em 1967, passou a responsabilidade para o North-Western
Polythecnic School of Librarianship, que entregou a tarefa
para Bliss Classification Association.
O Prof. Jack Mills, auxiliado por Valéria Lang, encarregou-se
de rever e atualizar o sistema, adaptando-os às modernas
exigências das teorias de classificação facetada, para
publicação de uma nova edição.
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Classificação Bibliográfica BLISS
AVALIAÇÃO
Em concepção e linhas gerais, esse é o mais didático de todos
os esquemas gerais - a fina flor do período das classificações
enumerativas.
Infelizmente, o detalhe dentro das classes não é tão
satisfatório e deixou muitos caminhos abertos nos métodos
para a elaboração de assuntos compostos.
Bliss também faz algum uso do princípio de agrupar por
entidades em vez de por disciplinas, embora o último seja o
seu principal princípio.
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Classificação Bibliográfica Brown
HISTÓRICO
James Duff Brown (1862-1914), bibliotecário inglês, foi o
criador do único sistema de classificação geral da Inglaterra.
Introduziu o livre acesso às estantes, na Clerkenwell Public
Library (1888).
Em 1894, apresentou à reunião da Library Association o
"Quinn-Brown System", um sistema de classificação
bibliográfica, com a colaboração de James Henry Quinn.
Em 1897, publicou uma versão ampliada do sistema acima,
chamada "Adjustable Classification", a qual não tinha
flexibilidade.
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Classificação Bibliográfica Brown
CLASSES PRINCIPAIS E OBRAS GERAIS
Segundo Brown, na ordem do aparecimento das coisas, no
tempo, a Matéria e a Força geram a Vida, esta produz a
Inteligência e a inteligência, o Registro dos fatos.
Baseou, portanto, o seu sistema na divisão dos
conhecimentos humanos em quatro grandes grupos e
representou os assuntos, dentro deles, por letras maiúsculas
do alfabeto.
OBRAS GERAIS
Deixou a letra A reservada para Obras Gerais, a que intitulou
Generalia.
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Classificação Bibliográfica Brown
TABELAS AUXILIARES
As tabelas auxiliares que Brown apresentou com o nome de
Tabela Categórica (Categorical Table), compunham-se de uma
tabela de divisões comuns, com notação numérica de 0 a 980,
precedida de ponto.
A Tabela Categórica inclui não só as divisões de forma, mas
também pontos de vista e subdivisões dos assuntos.
Principais/;
Tabela de Datas (Cronológica)
Tabela de Números Alfabetadores
Tabela de Língua
Tabela Geográfica
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Classificação Bibliográfica Brown
NOTAÇÃO
A notação é mista, composta de letras maiúsculas de A a X,
excluídas Y e Z, seguida de três algarismos, indo de 000 a
999, letras minúsculas e Sinais gráficos.
ÍNDICE
Índice específico (único) do qual é o exemplo clássico.
Como o sistema pretende só oferecer uma posição, uma só
localização para cada assunto, as entradas do índice só
indicam um ponto onde o encontrar.
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Classificação Bibliográfica Brown
CARACTERÍSTICAS
No sistema de Brown, a síntese de assuntos e conseguida
através da Tabela Categórica, onde estão reunidas todas as
subdivisões dos assuntos comuns a muitos outros.
Deixa ao usuário liberdade para usar mais de um critério em
vários campos, tal como nas classes de língua e literatura e
biografia.
A subdivisão geográfica é demais facilitada pelo uso das
próprias notações representativas das classes principais.
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Classificação Bibliográfica Brown
ATUALIZAÇÃO E CORREÇÃO
A atualização do sistema é feita através de novas edições,
sendo que a última saiu em 1939. Não há qualquer
atualização posterior, estando completamente desatualizado.
AVALIAÇÃO
Não é mais um esquema prático e muitas de suas
características não resistem a qualquer tipo de exame.
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Classificação Expansiva
CUTTER
HISTÓRICO
A Classificação Expansiva foi idealizada por
Charles Ammi Cutter (1837-1903).
Surgiu quando Cutter trabalhava na Biblioteca do
Boston Athenaeum, após quinze anos da
existência da Classificação Decimal de Dewey.
A classificação de Bacon, em ordem inversa, isto é,
Filosofia Ciência e Arte, é a base do sistema de
Cutter.
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Classificação Expansiva
CUTTER
HISTÓRICO
A Classificação Expansiva consiste em sete
classificações, cada uma mais minuciosa do que a
precedente, da mais geral à mais detalhada.
É chamada expansiva devido a possibilidade de
adaptar-se à proporção que a biblioteca cresce.
Essa classificação influenciou os criadores da
Library of Congress, cujas classes principais
seguem, em parte, a ordem apresentada por
Cutter.
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Classificação Expansiva
CUTTER
CLASSES PRINCIPAIS E OBRAS GERAIS
Compõe-se de sete esquemas, ajustáveis à expansão
dos conhecimentos humanos.
Tanto poderia ser usada a primeira classificação para
pequenas coleções, quanto a sétima para coleções tão
amplas como as de uma biblioteca nacional.
Usou o adjetivo expansivo por considerar o seu sistema
ajustável à expansão dos conhecimentos humanos.
Emprega letras maiúsculas para representar as classes
principais.
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Classificação Expansiva
CUTTER
TABELAS AUXILIARES
Subdivisões de forma
Geográfica
Língua e Literatura
Biografia
NOTAÇÃO
Usa notação mista, constituída de letras
maiúsculas do alfabeto, algarismos arábicos e
ponto.
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Classificação Expansiva
CUTTER
ÍNDICE
Índice relativo, comum aos seis primeiros
esquemas.
As classes publicadas das sete classificações
trazem seus próprios índices alfabético e relativo.
Estava projetado um índice geral que servisse a
todo o sistema, entretanto não foi divulgado.
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Classificação Expansiva
CUTTER
CARACTERÍSTICAS
Características positivas:
é considerada como um sistema bem trabalhado;
é de notação flexível;
é de fácil memorização.
Características negativas:
depois da morte de Cutter, a partir do sétimo esquema, foi
continuado por seu sobrinho Willian
Parker Cutter, que editou algumas classes, adicionou novo
material mas não pode completá-las. É, portanto, uma obra
incompleta, por isso não é um sistema prático;
não é atualizada;
não tem traduções.
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Classificação Expansiva
CUTTER
ATUALIZAÇÃO E CORREÇÃO
Não foi feita atualização ou correção da obra de Cutter,
devido à sua morte e de seu sobrinho, e também pela falta
de recursos financeiros e da Guerra de 1914.
AVALIAÇÃO
É um trabalho de grande valor, embora seja de má edição. É
um sistema filosófico evolucionista pela disposição geral de
suas classes; estas procuram seguir a ordem natural das
coisas.
Atualmente, tornou-se um sistema obsoleto pela falta de
atualização, pois devido ao cunho elástico, é uma
classificação que necessita de periódicas revisões e
acompanhamento, confeccionando-se novas classes,
secções e divisões, para prover expansões à proporção que
a biblioteca cresce. Ir p/ primeira página
Classificação da Biblioteca do
Congresso LC
HISTÓRICO
De 1800, quando foi fundada, até 1814, quando
seus livros foram incendiados por soldados
britânicos, a Biblioteca do Congresso era
organizada segundo o formato do livro.
Thomas Jefferson doou sua própria biblioteca, num
total de 6000 volumes e junto um esquema de
classificação, idealizado por ele, com base no
sistema de Bacon.
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Classificação da Biblioteca do
Congresso LC
HISTÓRICO
Desde 1897, a classificação de Jefferson, embora
tivesse sido modificada e ampliada, não era mais
adequada para biblioteca, tendo em vista o
tamanho que esta atingia.
Herbert Putnan decidiu que o pessoal da biblioteca
deveria planejar um esquema que se adaptasse,
tanto quando possível, ao acervo e aos serviços da
biblioteca, sem depender de influências externas.
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Classificação da Biblioteca do
Congresso LC
HISTÓRICO
Os bibliotecários Hanson e Martel tomaram por
guia a Classificação Expansiva de Cutter,
introduzindo grandes modificações, especialmente
na notação.
Inicialmente, foi feito um esquema de cada classe
e aplicado a biblioteca, que foi se modificando e
expandindo, conforme as exigências da coleção.
O desenvolvimento do sistema depende ainda, em
grande parte, da coleção existente na Biblioteca
Nacional dos Estados Unidos.
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Classificação da Biblioteca do
Congresso LC
HISTÓRICO
O sistema da Biblioteca do Congresso é muito
detalhado, podendo ser considerado como uma série
de classificações especializadas bastante enumerativo,
mas que recorre a síntese, quando aplica suas
inúmeras tabelas auxiliares
É considerada como a maior classificação utilitária em
uso, pois foi elaborada, desenvolve-se e atualiza-se de
acordo com as necessidades da própria Biblioteca do
Congresso de Washington.
Não se apóia em bases filosóficas, não segue
nenhuma ordem natural ou específica, sendo
totalmente arbitrária.
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Classificação da Biblioteca do
Congresso LC
CLASSES PRINCIPAIS E OBRAS GERAIS
Tem sua base no sistema de Cutter.
Os conhecimentos humanos estão divididos em
vinte classes principais representadas por letras
maiúsculas do alfabeto.
Cinco letras foram deixadas livres para futuras
expansões: I, O, X, Y, W.
As classes ou conjunto de classes impressas em
separado (volumes independentes) são chamadas
de Tabelas. A letra W é usada pelo sistema da
"National Library of Medicine".
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Classificação da Biblioteca do
Congresso LC
TABELAS AUXILIARES
A Classificação da Biblioteca do Congresso não
possui Tabelas Auxiliares comuns a todos as
classes, mas existem muitas tabelas auxiliares
destinadas a subdividir determinados grupos de
números de cada classe.
Elas aparecem no início do grupo de números as
quais são aplicadas, no fim da classe ou no fim do
volume.
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Classificação da Biblioteca do
Congresso LC
Há cinco tipos de tabelas auxiliares:
Subdivisões de forma;
Subdivisões geográficas;
Subdivisões cronológicas;
Subdivisões combinadas.
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Classificação da Biblioteca do
Congresso LC
NOTAÇÃO
Notação mista, constituída de letras maiúsculas e
números. Uma letra representa o assunto principal
e duas letras representam as subdivisões dos
assuntos.
A composição máxima da notação abrange duas
letras maiúsculas e quatro algarismos na ordem
aritmética, permitindo 9.999 subdivisões.
Uma grande característica da notação é que ela é
horizontal, isto é, a notação de autor se separa da
notação de classificação por um ponto.
Ex.: TE270.A3.
Difícil adaptar para uso em computador.
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Classificação da Biblioteca do
Congresso LC
ÍNDICE
Cada uma das classes traz seu próprio índice
alfabético e relativo, não existindo índice geral.
Pode-se usar em substituição ao índice geral
inexistente, o "Subject Headings used in the
Dictionary Catalogs on the Library of Congress",
pois esta lista traz, ao lado dos cabeçalhos de
assunto, o símbolo de classificação LC.
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Classificação da Biblioteca do
Congresso LC
CARACTERÍSTICAS
Características positivas:
atualização constante;
publicação oficial;
Congress;
bons índices individuais;
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Classificação da Biblioteca do
Congresso LC
Características negativas:
pouco memorizável;
ausência de explicações de uso no interior dos
esquemas;
grande variedade de tabelas auxiliares, o que vem
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Classificação da Biblioteca do
Congresso LC
AVALIAÇÃO
É o menos sistemático de todos os sistemas, com
possibilidade frequente de classificação cruzada. É
produto de uma escola prática obstinada que
parece pensar que teoria não tem nenhuma
relação com a prática.
A impressão e o papel são bons, mas a distribuição
dos termos nas páginas e a subordinação indicada
por margens não é clara, o que dificulta a consulta.
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Classificação dos Dois Pontos
RANGANATHAN
HISTÓRICO
Shiyali Ramamrita Ranganathan (1892-1972) - era
matemático, até que em 1924 foi nomeado
bibliotecário da Madras University.
Para exercer a nova função, foi estudar na
Inglaterra, na School of Librarianship da
Universidade de Londres.
Após verificar que a CDD era largamente
empregada, mas freqüentemente adaptada e
modificada, resolveu criar um novo sistema de
classificação.
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Classificação dos Dois Pontos
RANGANATHAN
Concebeu a idéia de uma classificação analítico-
sintética.
E, assim, começou a compor um novo sistema,
bem mais elástico do que os já existentes,
adotando o uso dos dois pontos, como símbolo
para correlacionar idéias diferentes.
A primeira edição da Colon Classification apareceu
em 1933.
Pode-se mesmo afirmar que a publicação da sua
primeira edição marcou nova era nos estudos de
classificação.
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Classificação dos Dois Pontos
RANGANATHAN
CLASSES PRINCIPAIS E OBRAS GERAIS
Ranganathan, ouvindo as palestras de W.C. Sayers e,
insatisfeito com as limitações dos sistemas existentes,
idealizou seu próprio sistema, tomando como base a divisão
do campo dos conhecimentos em 42 classes principais,
denominadas Main Classes (MC), representadas por letras
maiúsculas comuns e do alfabeto grego.
A principal característica do sistema consiste na análise e
subdivisão dos assuntos em facetas e focos, que são uma
manifestação de uma das cinco Categorias Fundamentais.
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Classificação dos Dois Pontos
RANGANATHAN
CLASSES PRINCIPAIS E OBRAS GERAIS
Precede cada classe uma fórmula das facetas indicando as
categorias fundamentais e os símbolos de ligação a serem
usados.
As cinco Categorias Fundamentais são representadas pelos
símbolos PMEST, cujos significados são:
P = personalidade
M = matéria
E = energia
S = (space)
T = tempo
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Classificação dos Dois Pontos
RANGANATHAN
CLASSES PRINCIPAIS E OBRAS GERAIS
Cada uma das facetas PME pode manifestar-se mais de uma
vez.
A este processo dá-se o nome de ciclos (rounds).
Um novo ciclo só pode ocorrer quando a faceta Energia tiver
sido representada.
Num só ciclo pode ocorrer mais de uma manifestação das
categorias fundamentais que são os níveis (levels).
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Classificação dos Dois Pontos
RANGANATHAN
TABELAS AUXILIARES
Ranganathan imaginou várias tabelas auxiliares chamadas de
Isolados Comuns e representadas pelo Símbolo CI e números.
São quatro e constantes para todo o sistema:
Forma: são representadas pelas letras minúsculas do alfabeto,
com exceção do "i-l-o" Podem ser: Anteriores (ACI) ligados aos
números de classificação, sem símbolo de ligação. Posteriores
(PCI) precisam de símbolo de ligação.
Cronológica (Time isolate): representada pelo símbolo TI e por
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Classificação dos Dois Pontos
RANGANATHAN
Geográfica
(Space isolate): representada pelo símbolo SI e
por números em sequência decimal. São quatro tipos:
• Subdivisões políticas;
• Subdivisões fisiográficas;
• Subdivisões concentrações populacionais;
• Subdivisões orientadoras
Língua (Language isolate): representada pelo símbolo LI e
por números de 1 a 9 em sequência decimal. Esta tabela é
utilizada como meio de subdividir as classes de literatura e
linguística (O e P).
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Classificação dos Dois Pontos
RANGANATHAN
NOTAÇÃO
A notação é mista, utiliza algarismos arábicos, letras
maiúsculas e minúsculas, letras gregas e sinais gráficos
(ponto, dois pontos, vírgula, parênteses, hífen, ponto e vírgula,
apóstrofo), somando setenta caracteres.
Particularmente adequada para uso em computador.
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Classificação dos Dois Pontos
RANGANATHAN
ÍNDICE
Índice geral, relativo e em cadeia
Deve ter sido compilado em cadeia, mas difere na forma de
apresentação deste tipo de índice, como a encontramos na
literatura de biblioteconomia.
As entradas indicam os símbolos das classes, os tipos de
facetas e os números dos focos correspondentes aos conceitos,
mas não incluem os símbolos de conexão.
Traz também índices especiais para as subdivisões de lugar, as
classes Botânica e Zoologia e terceira parte, obras clássicas.
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Classificação dos Dois Pontos
RANGANATHAN
CARACTERÍSTICAS
não tem notação preestabelecida, tornando-se por isso
multidimensional;
é altamente filosófica;
é analítico-sintética ou facetada (única).
baseia-se nas cinco categorias fundamentais - PMEST;
prevê análise das facetas em todos os níveis:
prevê relação dentro de um assunto e entre assuntos;
permite várias espécies de isolados comuns;
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Classificação dos Dois Pontos
RANGANATHAN
fundamenta-se numa série de postulados escoIhidos que
asseguram sequência filiatória e possibilidade de intercalação
de novas classes sem pertubar a posição das outras,
ajudando a tornar o sistema sempre utilizável;
satisfaz os cânones de classificação;
serve tanto para livros quanto para qualquer outro tipo de
material.
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Classificação dos Dois Pontos
RANGANATHAN
AVALIAÇÃO
É o esquema pioneiro da classificação moderna e ainda o único
esquema geral completamente facetado.
É o único, quanto a coerência e sistematização, tornando-o o
mais fácil dos esquemas gerais a ser usado apropriadamente.
As acusações de preconceitos indianos não resistem a um
exame (há muito mais preconceitos ocidentais nos outros
esquemas).
Por várias razões, não foi adotado pelas bibliotecas inglesas,
mas influenciou enormemente a pesquisa moderna, o ensino e a
prática, dando origem às chamadas Classificações Facetadas,
defendidas pelos membros do Classification Research Group da
Inglaterra.
Seu estudo é importante devido à influencia que exerce sobre os
estudiosos e autores de classificação. Ir p/ primeira página
Classificação Decimal Universal -
CDU
HISTÓRICO
Em 1894, dois belgas, Paul Otlet e Henri La Fontaine,
conceberam a idéia de um Índice universal do saber
registrado, para o qual contribuíram pessoas do mundo inteiro.
Após conseguirem autorização de Dewey para tornarem seu
sistema mais pormenorizado, Otlet e La Fontaine passaram a
classificar milhares de documentos, em tempo para a Primeira
Conferência Internacional de Bibliografia, cuja realização, em
1895, foi da iniciativa deles.
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Classificação Decimal Universal -
CDU
A Grande Guerra de 1914/18 assentou um golpe profundo no
Índice. Nessa época, o esquema tornara-se popular em
bibliotecas especializadas do mundo inteiro, passando a se
cogitar uma segunda edição.
Baseada na 5ª edição de Dewey, dele herdou sua estrutura,
com todos as deficiências e limitações.
Considerada como a primeira tentativa de uma classificação
facetada, de todos os esquemas gerais, o que tem merecido
maior atenção é a CDU.
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Classificação Decimal Universal -
CDU
CLASSES PRINCIPAIS E OBRAS GERAIS
0 - Generalidades
1 - Filosofia
2 - Religião
3 - Ciências Sociais
4 - Vaga (integrada à Classe 8)
5 - Ciências Puras
6 - Ciências Aplicadas
7 - Belas Artes
8 - Língua (800/801 e 802/809) e Literatura (820/890)
9 - História, Geografia, Biografia
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Classificação Decimal Universal -
CDU
TABELAS AUXILIARES
Auxiliares Comuns
+ Mais Sinal de adição
/ Barra Inclinada Sinal que reúne assuntos consecutivos
: Dois pontos Sinal de relação
:: Dois pontos duplos Sinal para indicar irreversibilidade
[] Colchete Sinal de conceitos subordinados
= Igual Auxiliar comum de língua
(0...) Parênteses Zero Auxiliar comum de forma
(1/9) Parênteses número Auxiliar comum de lugar
(=...) Parênteses igual Auxiliar comum de raça e nacionalidade
“ “ Aspas Auxiliar comum de tempo
A/Z Palavras ou letras do alfabeto Auxiliar comum alfabético
.00 Ponto zero zero Auxiliar comum de ponto de vista
-02 Hífen zero dois Auxiliar comum de
-03 Hífen zero três Auxiliar comum de materiais
-04 Hífen zero quatro Auxiliar comum de
-05 Hífen zero cinco Auxiliar comum de. pessoas
Auxiliares especiais
- Hífen Analíticas com traço
.0 Ponto Zero Analíticas com ponto
‘ Apóstrofo Sinal de síntese
* Asterisco Símbolos criados no local,que não fazem parte
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primeira da CDU
Classificação Decimal Universal -
CDU
NOTAÇÃO
A notação e mista, apresenta o máximo de flexibilidade,
constituída de números decimais, letras e Sinais gráficos.
Para quebrar as extensões dos números e facilitar sua leitura
o sistema adotou o emprego do ponto decimal de três em três
algarismos.
Testada com êxito para aplicação em computador.
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Classificação Decimal Universal -
CDU
ÍNDICE
Índice geral e relativo
As três primeiras edições possuam índices gerais, mas as
demais só trazem índices para cada uma das classes
publicadas.
As edições médias e abreviadas aparecem acompanhadas de
índices gerais e a edição abreviada trilingue apresenta três
índices, um em cada uma das Iínguas das tabelas.
Em geral os índices da CDU não são bons.
Todos os índices da CDU são relativos.
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Classificação Decimal Universal -
CDU
EDIÇÕES
Desenvolvidas: em vários idiomas, a única completa é a terceira
edição em alemão.
Médias: Em 1962 Karl Fill e Martins Schuchman preparam o texto
original com 25% da desenvolvida e atualizada até 1966.
Abreviadas: Atingem 10% das edições desenvolvidas.
Condensadas: Traz 2,5% da edição completa, apresentando só um
esquema do sistema.
Especiais: Apresentam uma ou algumas classes e os números com
elas relacionados são tirados de outras classes.
Parciais: Extraída das desenvolvidas são como que separatas com ou
sem acréscimo dos PE (Projetos de Extensões) ou de assuntos afins.
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Classificação Decimal Universal -
CDU
CARACTERÍSTICAS
Características positivas:
é de uso universal;
é multidimensional;
portuguesa;
tem grande divulgação através do IBICT/CDU;
desenvolvida;
tem permanente assistência de uma Federação Internacional;
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Classificação Decimal Universal -
CDU
"considerada analítico-sintética", é a primeira tentativa de uma
classificação facetada.
Características negativas:
tem índices falhos;
ocasiona impactos no uso da notação, pois para muitos
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Classificação Decimal Universal -
CDU
AVALIAÇÃO
Prejudicada de início por uma estrutura pobre (CDD 5ª ed.),
continua a sofrer a falta de uma mente controladora forte ou
de um corpo de teoria consistente.
Foi desenvolvida aos poucos por comitês de assuntos
especializados da IFLA. É uma lição dos perigos de Trabalho
Voluntário e Trabalho de Comitê. A qualidade das classes
individuais varia enormemente.
O “Universal” no título refere-se apenas a cobertura de
assunto, uma vez que nunca foram estabelecidas regras para
uso internacional. Consequentemente, há tantas
interpretações da CDU quanto há usuários do esquema.
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National Library of Medicine
Classification (NLMC)²
Classificação bibliográfica especial, isto é, cobre um campo
específico do conhecimento, a medicina e as ciências correlatas.
Para suplementá-la, se for necessário, pode-se recorrer a LC.
Notação mista, usando duas letras maiúsculas e algarismos
arábicos (até 3) em sequência natural, com muitas vagas entre
eles.
Notação de forma, sob cada classe principal e em algumas
subdivisões, os números de 1 a 32 têm significado constante,
salvo casos em que uma alteração é necessária devido a
natureza do material.
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National Library of Medicine
Classification (NLMC)²
A classe WD tem outro tipo de divisões:
WD 100 Deficiency diseases ex. Beriberi W122
WD 200 Metabolic diseases ex. Obesidade W 210
WD 300 Diseases of allergy ex. Alergia provocada
por alimenos W 310
WD 400 Animal poisoning ex. Escorpiões WD 420
WD 500 Plant poisoning ex. Cogumelos
venenosos WD 520
WD 600 Diseases caused by physical agents ex.
Choque elétrico WD 602
WD 700 Aviation and space medicine ex. Aspectos
psicológicos da medicina espacial WD 754 Ir p/ primeira página
National Library of Medicine
Classification (NLMC)²
Dentro das classes, geralmente a divisão por órgão, é
prioritária.
Índice - alfabético, relativo quando se faz necessário. Ex.:
Habitations WA 795
Hair WR 450
Halitosis WI 143
Halluciongens QV 109
Heart WG 200
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National Library of Medicine
Classification (NLMC)²
OBSERVAÇÃO
Todos os números assinalados com asterisco no esquema
indicam que eles podem ser usados para monografias e para
certo tipo de publicações periódicas, vide exemplos citados no
ponto relativo a Tabela G.
Todos os números marcados com asterisco são números de
forma:
* 1 Societies
* 22 Directories (Table G)
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REFERÊNCIA
MENDES, Edilze Bonavita Martins. Visão panorâmica dos
sistemas de classificação bibliográfica. Campinas:
PUCCAMP/FABI,1995. (FABI - Textos Didáticos, 2)
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