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Teste HTP

HOUSE- TREE-PERSON
Profa. Msa. Cláudia Regina Parra
5º termo Psicologia- UNIFADRA
 O H.T.P. (House-Tree-Person) é o teste de
desenho da Casa-Árvore-Pessoa, idealizado
por John N. Buck, em 1948.
 Partiu do princípio de que estes temas são
bastante familiares a todas as pessoas, mesmo
na mais tenra idade, o que facilita a idealização
dos desenhos, facilitando a projeção de suas
experiências internas.
 Segundo Hammer (1981), “o HTP investiga o
fluxo da personalidade à medida que ela
invade a área da criatividade artística”... e ,
mesmo que haja uma infinidade de
possibilidades nos tipos de figuras desenhadas, é
possível se fazer uma avaliação quantitativa e
qualitativa, utilizando-se das simbologias, que
torna a técnica fidedigna.
 Suas vantagens relacionam-se ao fato de que é
um teste de aplicação muito econômica
(lápis e sulfite), de aplicação simples, individual
ou coletiva, além de implicar numa
avaliação relativamente rápida.
 2. Descrição do Material a ser utilizado:
 Consiste um manual de aplicação, folhas de
papel branco sem pauta, folhas para anotação,
apontador e lápis preto no. 2, giz de cera
colorido, Inquérito pré-elaborado. Pode-se
acrescentar também o desenho da família (uma
das variações do teste) ou a figura humana do
sexo oposto. Optaremos pelo desenho da
família.
 Deverá ser aplicado em crianças com idade
superior a 8 anos.
 Individual.
 Verificar se a sala tem boa ventilação, não tem
estimulação visual ou sonora que podem
influenciar no resultado.
 A primeira parte da avaliação é não-verbal,
criativa quase completamente não estruturada.
 Ela consiste basicamente em convidar o
examinando a fazer um desenho a mão livre
acromático (não colorido) de uma casa, uma
árvore e uma pessoa (aqui nós vamos
acrescentar a família como a última prova).
 A segunda fase, um inquérito posterior ao
desenho, envolve fazer uma série de perguntas
relativas às associações do individuo sobre os
aspectos de cada desenho.
 O examinador deve prosseguir com a terceira e
quarta fases.
 A terceira fase é a cromática (colorida) que nos
consiste mesmos desenhos, portanto a o
examinando desenha novamente uma casa,
uma árvore e uma pessoa (não é preciso
desenhar a família) desta vez usando o giz de
cera.
 Para a quarta fase o examinador fará
perguntas adicionais sobre os desenhos
coloridos.
 1.a fase
 O Examinando deve sentar-se em frente à
mesa, em posição confortável para desenhar.
 Lápis preto no. 2(colocar vários para o
examinando) ou apontador, borracha para a
primeira fase dos desenhos, depois pegar os
crayons( pelo menos 8 cores:
VERMELHO, LARANJA, AMARELO, VERDE,
AZUL ,VIOLETA, MARRON E PRETO
 Dizer ao examinando que ele fará alguns
desenhos todos que fazem parte de sua rotina.
 Pode perguntar: Você gosta de desenhar? Hoje nos
vamos fazer alguns desenhos...
 Este primeiro momento da atividade será
dividido em duas partes,
 Parte 1: consiste em 04 desenhos (incluindo o
da família) e que deverá ser desenhado um em
cada folha:
 “Vou pedir para você fazer alguns desenhos nestas
folhas que vou te entregar uma a uma, em cada uma
você fará um desenho, ok?”
 Colocar a folha de papel (em pé) o lápis e a
borracha no centro da mesa (pode deixar os
outros em local acessível).
 O primeiro desenho que você vai fazer é uma casa,
faça como quiser, está bem?
 Para todas as perguntas deixar o examinando a
vontade.
 Se ele perguntar:
 Está certo como eu estou fazendo?
 Responda:
 Está muito bom, além do que a casa é sua você e pode fazê-la
como quiser.
 Deixe claro que a atividade não é para verificar
habilidades artísticas que o desenho apenas deve ser
seu fruto, por isso ele deve caprichar e fazer como
puder.
 Recusa em desenhar-insista motivando-o.
 Rasgar a folha (resistência)- ofereça outra, mas
alerte que da próxima você não poderá lhe oferecer
mais, por isso ele deve usar a própria folha, anote a
informação na folha de anotações.
 Virar a folha-apenas anote.
 Pedir régua – diga que se trata de um desenho
livre e por isso não é necessário usar a régua.

 Cronometre o tempo (mas não tem limite).


 *Enquanto estiver desenhando anote a latência
inicial, ordem dos detalhes desenhados,
duração das pausas e o detalhe específico
quando a pausa ocorrer se foi apagado algo, o
que foi apagado, as falas do examinando,
demonstração de emoção, ou qualquer
movimento diferenciado até o termino do
desenho.
 Essas anotações e a medida do tempo poderão ser
feitas pelo outro examinador que ficou observando a
aplicação.
 Inquérito:
 Peça para o examinando agora usar a
imaginação. ( Se for criança perguntar : Você
sabe como é o Mundo do Faz de Conta?Nele tudo
pode acontecer e do jeito que você quiser, faça de
conta que estamos entrando agora neste mundo: O
MUNDO DO FAZ DE CONTA...)
 Por isso gostaria que você agora respirasse fundo e
imaginasse algumas coisas sobre cada desenho que você
fez para me contar uma história, o que você imaginar
pode ser real ou a apenas do mundo imaginário mesmo.
Alguma dúvida?
 Vamos lá? Fale-me sobre a casa que você desenhou, você
fala e eu anoto, ok?
 Dê um tempo, as vezes o examinando começa a contar
uma história sobre o desenho (associadas as suas
memórias, sentimentos, idéias, etc.).
 As perguntas do Inquérito poderão te ajudar. (
Ver Inquérito do Manual)
 Como é esta casa?
 Do que ela é feita?
 O que tem de bom nela?
 O que tem de não tão bom ou ruim?
 Quem mora nesta casa?
 Você gostaria que a casa fosse sua?Peça para descrever
as diferenças entre a casa desenhada e a sua.
 Se você morasse nela em qual quarto gostaria de morar?
Estabeleça a diferença com sua realidade.
 Como está o tempo neste desenho?(período do dia e do
ano, céu, temperatura).

 Que tipo de árvore é esta?
 Ela produz fruto? Quais? Como são os frutos?
 Onde ela está localizada?
 Alguém cuida dela? Quem? Como?
 Ela está sozinha ou no meio de outras? São da mesma espécie?
 Qual a idade desta árvore?
 Ela está viva?
 Se fosse uma pessoa ela seria um homem ou uma mulher?
 O que nela lhe causa essa impressão?
 Com está o tempo neste desenho?
 Esta árvore é forte?
 O que causa essa impressão?
 Ela se parece com alguém que você conhece? Quem? No que se
parecem?
 Ela é uma arvore feliz ou triste?
 O que a deixa feliz o que a deixa triste?
 Você desenhou um homem ou uma mulher?
Menino ou menina?Quantos anos?
 È alguém que você conhece?
 O que deixa essa pessoa feliz?
 O que deixa ela triste?
 Ela precisa de alguma coisa? O que?
 Que tipo de roupa ela está vestindo?
 Ele (a) está indo para algum lugar? Onde?
 Quem são as pessoas da família?Observar quem
desenhou primeiro.
 Onde estão?
 O que deixa essa família feliz?
 O que deixa a família triste?
 Quem é que cuida dessa família?
 3ª. Fase
 Considera-se que os desenhos coloridos evocam um
nível mais profundo de experiência que os desenhos
acromáticos.
 Antes de iniciar os desenhos verificar se o examinador
conhece as cores dos crayons.
 Se não conhecer nomeá-las.
 Ofereça novamente as folhas e agora com o giz de cera.
Diga que fará os mesmos desenhos só que agora
coloridos e que o examinando poderá usar as cores que
quiser. Disponibilize o papel e os crayons da mesma
forma como na série acromática.
 Anote qualquer dificuldade ou sinal de daltonismo.
 4ª. fase
 Para não causar cansaço o Inquérito aqui será
aplicado apenas com as perguntas principais
que foram contempladas no primeiro
momento.
 Verificar na avaliação o uso das cores.
 O protocolo de Interpretação do H.T.P. pretende
ser apenas um instrumento para ajudar o
examinador a concentrar-se nas características
mais relevantes dos desenhos do examinando
para desenvolver uma interpretação mais
adequada.
 Quanto a avaliação trabalhamos sempre com
hipóteses interpretativas que se somam a outras
confirmadas na anamnese, na entrevista com o
examinando com outros sujeitos inseridos( figuras
parentais ou seus substitutos no caso de criança e
adolescentes), outros instrumentos de avaliação
padronizados, enfim com outros dados coletados
durante o processo psicodiagnóstico.
 Portanto, as hipóteses formuladas se combinam
com a história clínica do examinando.
 Como neste caso estamos fazendo uso deste
material em caráter acadêmico, as interpretações
dos desenhos se fundamentarão nos desenhos
considerando suas projeções e as interpretações
que delas resultam, sobretudo o acadêmico deve
ficar ciente que o objetivo não é emitir um
psicodiagnóstico e sim uma avaliação parcial dos
traços da personalidade que naquela situação
específica surgiram na projeção.
 * CAPA

 NO CABEÇALHO: Nome da faculdade
 Nome da disciplina


 PARTE CENTRAL

 NOME DO RELATÓRIO

 Aplicadores

 1: Nome: termo
 2: Nome:


 *Provas aplicadas:

 *1º aplicador:
 *2º aplicador:

 Procure durante o rapport obter dados sobre o
histórico do examinando.
 Exemplo: Histórico pessoal:

A infância de J.J. foi marcada por certa


desestruturação familiar, uma vez que seus pais se
separaram quando ele tinha 3 anos de idade. Entre
3 e 9 anos ele e seus dois irmãos – uma menina
mais velha e um menino mais novo – conviveram
mais com a avó, pois sua mãe trabalhava o dia
todo e quando os encontrava eles já estavam
dormindo. Neste período ainda havia contato com
o pai, o qual residia no litoral.
 Na escola, o examinando disse ter sido “terrível”,
relatando que sempre criava confusões, mas dava
um jeito de a culpa recair sobre os amigos. Quando
criança preferia brincar e ficar sozinho e na pré-
escola a mãe foi chamada algumas vezes devido a
esse isolamento, sendo que a resposta dada era que
ela havia se separado recentemente e esse fato
poderia ser o motivo da conduta do examinando.
Nesta fase havia brigas com o irmão, fato que
ocorre até hoje.
 No entanto, o relacionamento com a irmã sempre foi bom.
Foi dito nunca ter gostado de futebol e videogame,
utilizando computador para outros fins como sala de bate
papo,etc.
 Com 9 anos, J.J. sofreu um acidente de bicicleta e ficou uma
semana na UTI, devido a fratura na clavícula e inchaço no
cérebro. Disse que ainda fazia exames, mas nenhuma
alteração havia sido constatada.
 Quando tinha 10 anos, ele e seus irmãos estavam na casa do
pai,
no litoral, e este acusou-os de roubo de uma foto de sua filha
com a segunda esposa.
 Como a foto não apareceu, houve uma discussão que
culminou na expulsão do examinando e de seus irmãos da
casa pelo pai. A partir daquele momento cessou o contato
entre eles.Hoje J.J. está com 14 anos.
 DADOS INFORMATIVOS

 Identificação

 Nome(iniciais) data nascimento:___/___/____
 Idade: ____a e ____m Escolaridade_____________
 Escola ( ) pública
 ( ) particular
 Data da aplicação_________________
 Tempo de duração_________________

 2. DADOS COLETADOS

 A. ASPECTOS GERAIS

 2.1. Ordem das Provas:
 1º____________tempo__________ 1º_______________ tempo_____________
 2º. ___________tempo__________ 2º._______________tempo_____________
 3º.___________ tempo__________ 3º. ______________tempo______________

 2.2.Posição das folhas durante a prova :

 2.7. Identificação ( sexo desenhado primeiro,


idade, árvore, casa de quem )

 C. ASPECTOS MANIFESTOS E
ENCOBERTOS OBSERVADOS
DURANTE A APLICAÇÃO.
 ( atenção: não são dados
interpretativos e sim aspectos
observados)
 Aqui sim o acadêmico deverá interpretar os
dados coletados e concluir da seguinte forma:

 3.1. Relatar os dados do examinando sua


postura durante a aplicação( itens de
observação e rapport inicial.)
 3.2. Reunir as funções analisadas
interpretativamente expondo os aspectos mais
positivos primeiro, depois os intermediários e por
último os aspectos mais comprometidos( mais
comprometidos são os traços que se repetem em
todos os desenhos). .
 3.3. Analisar os aspectos gerais do teste , sua
proposta , o desempenho do examinando, o que
será feito na verdade é uma síntese interpretativa
parcial uma vez que só se levará em consideração
os aspectos desta Avaliação de traços da
personalidade
Na avaliação do desenho da casa notou-se que C.C.
produziu figuras com portas e janelas de tamanho
reduzido , mas com o telhado desproporcionalmente
grande . Houve ainda a omissão de portas e janelas .
Considerando-se tais indícios e suas relações com as
demais características das produções (tais como a
desconfiguração de alguns desenhos, a ausência de
complementos e detalhes e a aparente desintegração
das paredes), pode-se supor que o sujeito encontra
dificuldades severas no contato com o mundo exterior,
principalmente nos relacionamentos interpessoais,
tende à introversão e à timidez, possui grandes
ambições e busca no plano da fantasia a satisfação que
não conseguem obter na realidade.
 Verificou-se que desenhou árvores de tamanho
, na parte inferior da folha e com copas
excessivamente grandes, em comparação com
troncos de proporções pouco representativas .
Ademais, a linha do solo foi omitida por C.C. e
nenhum dos desenhos apresenta raízes, galhos
e ramos. Em síntese, tais características indicam
que C.C.sente-se desamparado, marginalizado,
inferior, inseguro, insatisfeito consigo mesmo e
com as relações que estabelece com o ambiente
e possue uma veemente tendência ao
retraimento.
 A ausência dos braços da figura humana, um dos indicadores
emocionais propostos por Koppitz (1976), ocorreu nas produções
do examinando. Trata-se de um indício significativo, pois é
verificado apenas excepcionalmente em crianças brasileiras dos 6
aos 12 anos (Hutz & Antoniazzi, 1995).
 Além disso o examinando conferiu a seus desenhos outras
importantes características, tais como desconfigurações corporais
, boca em formato elíptico e omissão do pescoço .
 Considerando-se estes indicadores e os demais avaliados no
conjunto das produções coletadas, pode-se levantar as hipóteses
de que a crianças examinada é excessivamente dependente e
necessita veementemente de reconhecimento e atenção, possui
uma imagem corporal desfavorável, permeada por sentimentos de
inadequação e auto-desvalorização, e encontra dificuldades nos
relacionamentos sociais, possivelmente porque se julgam inapta e
limitadas para estabelecer contatos interpessoais.
 Faz-se necessário reconhecer, contudo, que, por
uma série de razões, as análises aqui
apresentadas não possuem um caráter
definitivo e conclusivo.
 Primeiramente, o sujeito avaliado é portador
de surdez e por se tratar de uma criança de 10
anos estas características podem ter se
acentuado em função do ambiente social e
momento de vida de C.C., em segundo lugar
poucos estudos existem que registram a
aplicação de HTP em crianças surdas.
 O Teste HTP, a despeito de suas limitações,
possui uma série de vantagens em relação a
técnicas de outros tipos, considerando-se que é
um instrumento econômico e de aplicação
rápida e simples, capaz de superar dificuldades
de comunicação verbal e subsidiar um exame
psicológico global e profundo, uma vez que
sua agudez clínica é incontestável.

 A utilização na presente avaliação
possibilitou a coleta de dados que indica essa
criança é marcada por sentimentos de inadequação
e inferioridade e isso tende ao isolamento e à
introversão e desencadeia severas dificuldades
nos relacionamentos interpessoais.
 Assim sendo, a utilização do HTP viabilizou a
expressão de importantes aspectos do psiquismo
da criança que, devido às limitações inerentes à
surdez, não encontra uma forma mais direta de
enunciação, evidenciando, assim que a linguagem
gráfica, se complementada com outras fontes de
informação, pode se constituir em um recurso
auxiliar valioso para a investigação psicológica.
 A avaliação também fornece elementos profícuos para o
aprimoramento das estratégias educacionais desenvolvidas com C.C.
 Muito embora ela não tenha a pretensão de levantar propostas
alternativas para a educação especial infantil, nos parece relevante fazer
algumas breves indicações nesse sentido, uma vez que a implementação
de práticas pedagógicas voltadas ao atendimento das necessidades
emocionais, características das crianças portadoras de surdez, como no
caso de C.C. pode contribuir sobremaneira para a atenuação do
comprometimento psicológico inerente a essa condição.
 Acreditamos que a valorização de atividades lúdicas e esportivas com
outras crianças, a exploração orientada de espaços externos à escola e a
realização de encontros e passeios com os pais podem favorecer a
socialização do examinando.
 As trocas simbólicas com o ambiente e o estreitamente dos vínculos
afetivos com seus familiares poderá contribuir mais efetivamente para o
desenvolvimento educacional e psicossocial dessa criança e amenizar
algumas das dificuldades emocionais que foram projetadas nos desenhos
coletados.
A.A. está inserida no mercado de trabalho informal
, como lavrador, onde a relação de trabalho
caracteriza-se pela provisoriedade dos serviços
executados, pouca pressão por parte do contratante dos
serviços e flexibilidade para o desligamento desta
relação.
Logo, ao não ter a obrigatoriedade do trabalho
diário, torna-se possível destinar maior tempo para o
uso de
 bebidas alcoólicas sem a pressão direta de um
empregador formal. Ao ser estimulado a se
autoconceituar, se caracteriza com atributos
predominantemente negativos, e os atributos positivos
em menor número
 No que concerne às características individuais,
o paciente relatara uma assimilação distorcida
de sua auto-imagem, isto é, aspectos
pejorativos o caracterizam, não como uma
pessoa doente, mas como um “fraco”,
“desacreditado”, “brigão”,
“machista”, “agressivo”, “enjoado”, etc. No que
se refere à relação com outras pessoas, sente-se
alvo de conselhos, sermões, admoestações que
reforçam os atributos negativos associados ao
seu autoconceito.
 A análise dos desenhos evidenciou ainda
agressividade, sentimento de inadequação,
dependência materna e imaturidade
emocional.
 Evidência de insuficiência física em geral,
incoordenação, certo perfeccionismo, defesa na
rigidez e impulso para exibicionismo em
conflito com o controle social.
 Com a aplicação do teste do desenho da figura
humana , verificou-se o sentido de medo de
iniciativas, incerteza, sensibilidade,
insegurança; agressão e hostilidade para com o
ambiente.
 Verificou –se problemas na área da
sexualidade, tais como: desordem sexual,
virilidade insegura, de caráter regressivo e
débil, necessidade de afirmação agressiva do
papel sexual e sentimentos de impotência
sexual.
 Registrou-se ainda timidez , cujo contato com a
realidade é marcado por medo de
responsabilidades, ansiedades, hostilidade e
dificuldade nas relações interpessoais.
 Revela uma grande dificuldade de contato com o
mundo exterior, percebido vagamente. Indícios de
egocentrismo, imaturidade e hostilidade para com
os outros. Pode-se afirmar que trata-se de um
sujeito ambicioso, dependente, com crises de mau
humor e intemperança.
 Dessa forma, o autoconceito, a autopercepção e
a auto-estima encontram-se comprometidos
pela experiência reforçadora do alcoolismo
tornando-se negativos e conseqüentemente
favorecendo a formação e o predomínio de
uma auto-imagem negativa , comum em
alcoolistas crônicos.
 Diante do exposto, sugiro psicoterapia em
grupo homogêneo, ou seja grupo de
dependentes químicos, com uma atuação
terapêutica com objetivos mais amplos que
uma desintoxicação, procurando resgatar essa
imagem corporal, modificar a visão do mundo
e reestruturar a sua personalidade junto a
demais alcoolistas crônicos.
 Assim, são ampliadas as chances de
diminuição da recaída e a atuação assume um
aspecto preventivo comunitário.
 A casa possui tamanho normal, que significa inteligência
com capacidade de abstração espacial e de equilíbrio
emocional, a porta fechada com fechadura significa
autodefesa, aspecto de regressão, defesa contra o mundo.
As janelas possuem vidraças, representando isolamento,
desejo de proteção contra impulsos ou estímulos exteriores e
existem janelas de tamanho diferentes na casa , que refletem
dificuldade de organização e forma.
Há muros ao lado da casa representando a necessidade de
cerceamento e comportamento defensivo; há também um
caminho longo e sinuoso demonstrado no desenho que
ocorre entre aqueles que inicialmente, se retraem, mas
eventualmente se tornam cordiais e estabelecem uma
relação emocional com os outros. Demoram e se mostram
cautelosos em fazer amizades, mas, quando a relação se
desenvolve tende ser profunda.

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