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PREVENÇÃO AO SUICÍDIO

Falar é a melhor solução

Psicóloga: Erika Scandalo


www.erikascandalo.com.br
O QUE:
SOMOS, SENTIMOS E FAZEMOS?

Ambiente Comportamento Consequência


DINÂMICA
SUICÍDIO
Ambiente:
aversivo, ruim, difícil, violento, triste, deprimente, opressor, problemático

Comportamentos (Sentimentos e pensamentos):


incapacidade de controle, sem saída, aprisionamento, impossibilidade de
acabar com a dor, não encontrar solução, solidão, desamparo, suicídio

Consequência:
Ideia errada de acabar com o sofrimento e a dor
Não é uma questão somente de doença mental - depressão
O QUE FAZER?
Identifique o sofrimento
Aproxime-se e acolha
Converse
Oriente a buscar ajuda profissional
Em risco grave, acompanhe e proteja
COMO IDENTIFICAR O
SOFRIMENTO
Mudanças de comportamentos
Mudanças de humor
Deixar de fazer coisas que antes gostava
Isolamento social
Automutilação
Relatos de desesperança
Falta de planos para futuro
COMO IDENTIFICAR O
SOFRIMENTO
Pode existir pedidos de ajuda escondidos na fala da pessoa:

Em crianças:
"Eu só quero desaparecer deste mundo."
"Eu queria dormir e nunca mais acordar.“

Adolescentes e adultos:
"Eu não consigo ver nenhum significado na minha vida."
“Eu não posso ver uma saída. Não há saída para mim.
"Eu não vejo o ponto em estar vivo, para ser honesto."
"Eu não deveria ter nascido".
"Eu vou deixar vocês em paz ".
COMO SE APROXIMAR
Perguntas que podem ajudar a iniciar uma conversa:

"Oi como você tem estado? … Como você está se sentindo?“

“Você tem estado quieto, talvez um pouco triste, gostaria de falar sobre
isso?“

"Parece que você esta mais no seu canto... Uma vez já aconteceu comigo
de ficar assim, tive dificuldades com... "
O MAIS IMPORTANTE
Acolhimento
Compreensão sem julgamento
Demonstrar a importância da pessoa
Ouça atentamente – faça perguntas abertas – demonstrando respeito pelos
sentimentos da pessoa
O QUE NÃO FAZER
Reações de surpresa, choque ou susto: "Eu não posso acreditar que você
está me dizendo isso!"
Julgamentos - provocam sentimentos de rejeição: “Pare de falar merda!”,
“Você tem tudo pra ser feliz”, “ Pense positivo, as coisas vão melhorar”.
Expressar conceitos religiosos: “Você precisa de Deus em sua vida”, “Isso é
falta de fé”, “ Não se preocupe, Deus tem um plano para você ”.
Outras expressões a serem evitadas: “Isso não faz sentido”, “Eu entendo
perfeitamente como você se sente”," Não faça algo bobo! ".
Não faça interpretações do que acontece na vida da pessoa – não a culpe
ou responsabilize: “Quantas vezes te falei para não fazer ...”, “Eu te disse”.
QUANDO PERCEBER RISCO
Indique, e se necessário acompanhe a um serviço profissional.
Em riscos iminentes de planejamento de suicídio, não deixe a pessoa sozinha.
Garanta que a pessoa não tenha acesso a fontes de riscos como armas brancas e
de fogo, medicamentos, produtos químicos, etc.

Onde buscar ajuda para prevenir o suicídio?


CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).
UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais
CVV - Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita)
MITOS SOBRE O SUICÍDIO
Mito 1: As pessoas que falam sobre o suicídio só querem chamar a atenção.
FALSO. Todas as ameaças de se fazer mal devem ser levadas muito a sério.

Mito 2: O suicídio é sempre impulsivo e acontece sem aviso.


FALSO. Muitos indivíduos suicidas passam algum tipo de mensagem verbal ou
comportamental sobre as suas ideações da intenção de se fazerem mal. Por
vezes levam meses planejando.
MITOS SOBRE O SUICÍDIO
Mito 3: Os indivíduos suicidas querem mesmo morrer ou estão decididos a
matar-se.
FALSO. A maioria das pessoas partilham os seus pensamentos com pelo
menos uma outra pessoa, e tentam de alguma maneira pedir ajuda. O mais
provável é que se encontram sem saída.

Mito 4: Quando um indivíduo mostra sinais de melhoria ou sobrevive a uma


tentativa de suicídio, está fora de perigo.
FALSO. Na verdade, um dos períodos mais perigosos é imediatamente depois
da crise, ou quando a pessoa está no hospital, na sequência de uma
tentativa.
MITOS SOBRE O SUICÍDIO
Mito 5: O suicídio é sempre hereditário.
FALSO. Uma história familiar de suicídio, no entanto, é um fator de risco,
particularmente em famílias onde a depressão é comum.

Mito 6: Os indivíduos que tentam ou cometem suicídio têm sempre alguma


doença mental.
FALSO. Os comportamentos suicidas têm sido associados à depressão, abuso
de substâncias, esquizofrenia e outras doenças mentais, além dos
comportamentos destrutivos e agressivos. Há casos em que nenhuma
doença mental foi detectada.
MITOS SOBRE O SUICÍDIO
Mito 7: Falar sobre suicídio é uma forma de incentivar essa prática.
FALSO. Perguntar se a pessoa esta pensando em se causar algum mal não a
fará cometer suicídio. Na verdade, ajudar a reconhecer que não está bem e
que pode obter ajuda reduz em muito a ideação suicida.

Mito 8: O suicídio só acontece “àqueles outros tipos de pessoas,” não a nós.


FALSO. O suicídio acontece a todos os tipos de pessoas, em todas as idades,
em todas as famílias e em qualquer classe social.
MITOS SOBRE O SUICÍDIO
Mito 9: Após uma pessoa tentar suicídio uma vez, nunca voltará a tentar
novamente.
FALSO. Na verdade, as tentativas de suicídio são um preditor crucial do
suicídio.

Mito 10: As crianças não cometem suicídio porque não entendem que a
morte é final e são cognitivamente incapazes de se empenhar num ato
suicida.
FALSO. As crianças cometem suicídio e, qualquer gesto, em qualquer idade,
deve ser levado muito seriamente. Infelizmente as mortes por suicídio têm
aumentado entre crianças.
FATORES DE PROTEÇÃO
Apoio da família, de amigos;
Autoestima elevada;
Crenças religiosas;
Habilidade para adaptação a diferentes situações;
Vida social ativa e satisfatória;
Integração social como, por exemplo, através do trabalho e do uso
construtivo do tempo de lazer;
Acesso a serviços e cuidados de saúde mental.
DINÂMICA

Créditos: psicopedagogia em ação

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