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A LEI E A JUSTIÇA NA

ANTIGA GRÉCIA

O DIREITO GREGO
A LEI

 A lei era considerada pelos primitivos gregos como um costume sagrado,


revelado e sancionado pelos deuses. Em grego, Θεσμοί (thesmoi) =
costume sagrado.
 A segunda fase da história legal grega foi a coleta e coordenação desses
costumes sagrados por legisladores, os thesmothetai, como Licurgo,
Drácon e Sólon. Quando esses homens redigiram os seus novos códigos, os
thesmoi, ou costumes sagrados, transformaram-se em nomoi, ou leis feitas
por homens.
 O terceiro passo na evolução legal grega foi o acumulativo crescimento
de um corpo de leis. Sob a coordenação dos nomothetai, ou
determinadores de leis, foram formuladas leis em linguagem simples e
compreensível, gravadas em lajes de pedra. Daí em diante nenhum
magistrado teve mais o direito de decidir caso algum se baseando em leis
não escritas.
A JUSTIÇA

 A democracia do século de Péricles transferiu os poderes judiciais do


Areópago para os arcontes na heliaea, ou júri popular.
 Com a complexidade dos processos, espalhou-se o hábito de contratar
um mestre de retórica, ou orador, versado em leis, para falar em nome da
acusação ou da defesa, chamado de “litigante-retórico”. Nasceu, assim, a
figura do advogado.
 Alguns desses “advogados” trabalhavam junto às cortes como exegetas,
ou intérpretes da lei (em grego, εξηγητή), já que a proficiência legal de
muitos jurados não era maior que a das partes litigantes.
 Conforme o ordenamento jurídico grego, a testemunha devia
comparecer e jurar a veracidade do seu depoimento quando o
grammateus, ou escrivão da corte, fizesse a leitura das provas para os
jurados, pois estas eram comumente apresentadas por escrito.
 O testemunho de mulheres e menores só era aceito em julgamentos de
crimes de morte; o dos escravos só se admitia quando forçados pela
tortura; era tido como certo que fora da tortura o escravo mentiria.

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