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DIREITO CIVIL I

DOS BENS
Professora Vanessa Érica da Silva Santos
Bens, são coisas materiais, concretas, úteis aos homens
e de expressão econômica, suscetíveis de apropriação,
bem como as de existência imaterial economicamente
apreciáveis.

DOS BENS
Certas coisas, insuscetíveis de apropriação pelo homem,
como o ar atmosférico, o mar etc., são chamadas de
coisas comuns. Não podem ser objeto de relação jurídica.
Portanto, sendo possível sua apropriação em porções
limitadas, tornam-se objeto do direito (gases
comprimidos, água fornecida pela Administração Pública).
As coisas sem dono (res nullius), porque nunca foram apropriadas, como
a caça solta, os peixes, podem sê-lo, pois acham-se à disposição de
quem as encontrar ou apanhar, embora essa apropriação possa ser
regula- mentada para fins de proteção ambiental.

A coisa móvel abandonada (res derelicta) foi objeto de relação jurídi- ca,
mas o seu titular a lançou fora, com a intenção de não mais tê-la para si.
Nesse caso, pode ser apropriada por qualquer outra pessoa.
Bens corpóreos são os que têm existência
física, material e podem ser tangidos pelo
homem.

Bens Incorpóreos são os que têm existência


corpóreos e abstrata ou ideal, mas valor econômico,
como o direito autoral, o crédito, a sucessão

incorpóreos aberta, o fundo de comércio etc. São


criações da mente reconhecidas pela ordem
jurídica.

Em geral, os direitos reais têm por objeto


bens corpóreos. Quanto à forma de
transferência, estes são objeto de compra e
venda, doação, permuta. A alienação de
bens incorpóreos, todavia, faz-se pela
cessão. Daí falar-se em cessão de crédito,
cessão de direitos hereditários etc.
Patrimônio ■ Os bens corpóreos e os incorpóreos integram o
patrimônio da pessoa. Em sentido amplo, o conjunto
de bens, de qualquer ordem, pertencentes a um
titular, constitui o seu patrimônio.
■ compreendem-se no patrimônio tanto os elementos
ativos quanto os passivos, isto é, os direitos de ordem
privada economicamente apreciáveis e as dívidas.
■ O patrimônio restringe-se, assim, aos bens avaliáveis
em dinheiro.
■ Nele não se incluem as qualidades pessoais, como a
capacidade física ou técnica, o conhecimento, a força
de trabalho, porque são considerados simples fatores
de obtenção de receitas, quando utilizados para esses
fins, malgrado a lesão a esses bens possa acarretar a
devida reparação.
O Código Civil de 2002, no Livro II
da Parte Geral, em título único,
disciplina os bens em três
capítulos diferentes.

I – Dos bens considerados em si


mesmos.
Classificação
dos bens II – Dos bens reciprocamente
considerados.

III – Dos bens públicos.


Bens considerados em si
mesmos
■ Bens imóveis e bens móveis;
■ Os principais efeitos práticos dessa distinção, que denotam a sua im-
portância, são:
■ a) Os bens móveis são adquiridos, em regra, por simples tradição,
enquanto os imóveis dependem de escritura pública e registro no
Cartório de Registro de Imóveis (CC, arts. 108, 1.226 e 1.227).
■ b) A propriedade imóvel pode ser adquirida também pela acessão,
pela usucapião e pelo direito hereditário (CC, arts. 1.238 a 1.244,
1.248 e 1.784); e a mobiliária pela usucapião, ocupação, achado de
tesouro, especificação, confusão, comistão, adjunção (CC, arts. 1.260
a 1.274).
c) Os bens imóveis exigem, para serem alienados,
hipotecados ou gravados de ônus real, a anuência do
cônjuge, exceto no regime da separa- ção absoluta
(CC, art. 1.647, I), o mesmo não acontecendo com os
móveis.

d) Usucapião de bens imóveis requer prazos mais


dilatados (5, 10 e 15 anos) do que a de bens móveis
(três e cinco anos), conforme dispõe a Cons- tituição
Federal, nos arts. 183 e 191, e o Código Civil, nos
arts. 1.238, 1.239, 1.240, 1.242, 1.260 e 1.261.

e) Hipoteca é direito real de garantia reservado aos


imóveis, com ex- ceção dos navios e aeronaves (CC,
art. 1.473), enquanto o penhor é reser- vado aos
móveis (art. 1.431).
■ f) Só os imóveis são sujeitos à concessão da superfície (art. 1.369), enquanto
só os móveis prestam-se ao contrato de mútuo (art. 586).
■ g) No direito tributário, os imóveis estão sujeitos ao imposto de sisa (ITBI –
Imposto de Transmissão de Bens Imóveis, em caso de alienação inter vivos),
bem como aos impostos territorial, predial e de transmissão mortis causa,
enquanto a venda de móveis é geradora de ICM – Imposto de Circulação de
Mercadorias, de imposto sobre produtos industrializados e de transmissão
mortis causa.
■ h) No direito penal, somente os móveis podem ser objeto de furto ou roubo
(CP, arts. 155 e 157).
■ i) No direito processual civil, as ações reais imobiliárias exigem a citação de
ambos os cônjuges (CPC, art. 73, § 1o).
■ j) São maiores as exigências legais para a venda de bens imóveis
pertencentes a incapazes sob o poder familiar, tutela e curatela, do que para a
dos bens móveis.
■ k) Somente imóveis podem ser objeto de bem de família (CC, art. 1.711).
Bens imóveis
Segundo ClóvIs, chamam-se imóveis os bens “que se não podem
transportar, sem destruição, de um para outro lugar”.

vale hoje para os imóveis propriamente ditos ou bens de raiz, como o solo e
suas partes integrantes, mas não abrange os imóveis por determinação
legal, nem as edificações que, separadas do solo, conservam sua unidade,
podendo ser removidas para outro local (CC, arts. 81, I, e 83). O avanço da
engenharia e da ciência em geral deu origem a modalidades de imóveis que
não se ajustam à referida definição.

“Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente”
■ “Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
■ I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
■ II – o direito à sucessão aberta”.

■ Desse modo, além dos assim considerados para os efeitos legais, são bens
imóveis, segundo o atual Código Civil, o solo e tudo quanto se lhe incorporar
natural ou artificialmente, ou seja, o solo e suas acessões, que podem ser
naturais ou artificiais.
■ Podem, portanto, os bens imóveis em geral ser classificados desta forma:
■ imóveis por natureza;
■ por acessão natural;
■ por acessão artificial;
■ por determinação legal.
Imóveis por natureza
■ A rigor, somente o solo, com sua superfície, subsolo e
espaço aéreo, é imóvel por natureza. Tudo o mais que a ele
adere deve ser classificado como imóvel por acessão.
■ A evolução do conceito de propriedade, que deve atender à
sua função social, determinou mudanças nesse conceito.
■ Prescreve efetivamente a Constituição Federal de 1988, no
art. 176:
■ “As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e
os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade
distinta da do solo, para efeito de exploração ou
aproveitamen- to, e pertencem à União, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra”.
■ O art. 1.229 do atual Código dispõe que: “a propriedade do
solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes,
em altura e profundidade úteis ao seu exercício”.
■ E o art. 1.230, ajustado ao preceito constitucional citado,
ressalva que “a propriedade do solo não abrange as
jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de
energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros
bens referidos por leis especiais”.
■ Aduz o parágrafo único: “O proprietário do solo tem o direito
de explorar os recursos minerais de emprego imediato na
construção civil, desde que não submetidos a
transformação industrial, obedecido o disposto em lei
especial”.
Imóveis por acessão natural
■ Incluem-se nessa categoria as árvores e os frutos pendentes, bem
como todos os acessórios e adjacências naturais. Compreende as
pedras, as fontes e os cursos de água, superficiais ou subterrâneos,
que corram naturalmente. As árvores, quando destinadas ao corte,
são consideradas bens “móveis por antecipação”.

■ A natureza pode fazer acréscimos ao solo, que a ele aderem, sendo


tratados juridicamente como acessórios dele.
■ O fenômeno pode dar-se pela formação de ilhas, aluvião, avulsão,
abandono de álveo, sendo considerado modo originário de aquisição
da propriedade, criado por lei (CC, art. 1.248, I a IV), em virtude do
qual tudo o que se incorpora a um bem fica pertencendo ao seu
proprietário.
Imóveis por acessão artificial ou
industrial
■ tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semente
lançada à terra, os edifícios e construções, de modo que se não possa retirar sem
destruição, modificação, fratura ou dano.

■ “Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:


■ I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem
removidas para outro local; (EUA- pessoas mudam de cidade ou de bairro e
transportam a casa pré-fabricada para assentarem-na na nova localidade)
■ II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se
reempregarem”.

■ O que se considera é a finalidade da separação, a destinação dos materiais.


■ Art. 84. Os materiais destinados a alguma
construção, enquanto não forem
empregados, conservam sua qualidade
de móveis; readquirem essa qualidade os
provenientes da demolição de algum
prédio”.
Imóveis por determinação legal
■ O art. 80 do Código Civil assim considera:
■ “I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
■ II – o direito à sucessão aberta”.
■ São também denominados imóveis por disposição legal ou para os efeitos legais.

■ Trata-se de bens incorpóreos, imateriais (direitos), que não são, em si, móveis ou
imóveis. O legislador, no entanto, para maior segurança das relações jurídicas, os
considera imóveis;
■ ficção da lei
■ Os direitos reais sobre imóveis, de gozo (servidão, usufruto etc.) ou de garantia
(penhor, hipoteca), são considerados imóveis pela lei, bem como as ações que os
asseguram.

■ Toda e qualquer transação que lhes diga respeito exige o registro competente (art.
1.227), bem como a autorização do cônjuge, nos termos do art. 1.747, I, do Código
Civil.

■ O direito abstrato à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que os bens
deixados pelo de cujus sejam todos móveis. Neste caso, o que se considera imóvel
não é o direito aos bens componentes da herança, mas o direito a esta, como uma
unidade.

■ A renúncia da herança é, portanto, renúncia de imóvel e deve ser feita por escritura
pública ou termo nos autos (CC, art. 1.806), mediante autori- zação do cônjuge, se o
renunciante for casado, e recolhimento da sisa.
Bens móveis

01 02
Art. 82. São móveis os bens Semoventes- animais
suscetíveis de movimento
próprio, ou de remoção por
força alheia, sem alteração
da substância ou da
destinação econômico-social.
■ Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
■ I - as energias que tenham valor econômico;
■ II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
■ III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

■ Art.1.225 do Código civil sobre direitos reais;

■ Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não


forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem
essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
Dos Bens Fungíveis e Consumíveis
■ Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade.
■ Ex: dinheiro; caneta azul; 1kg de feijão.
■ Infungíveis- são bens que não se podem substituir por outro da mesma espécie,
qualidade e quantidade. Ex: casa, animais de estimação, quadro de um pintor
famoso.

■ Pode um bem fungível de tornar infungível?


■ Sim, exemplo, livro autografado.
■ A fungibilidade pode ser aplicada aos bens imóveis?
■ Excepcionalmente sim, exemplo de um contrato de permuta em que um dos
contrarentes receberá 4 apartamentos sem descrevê-los.
■ Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição
imediata da própria substância, sendo também considerados tais os
destinados à alienação.
■ Ex: comida, shampoo, combustível(própria natureza do bem)
■ Bens Consumíveis por destinação legal: Bens destinados à alienação;
consuntibilidade jurídica.( ex. livro inconsumível, quando colocado à
alienação torna consumível)
■ Bens inconsumíveis são bens reutilizáveis, pois o uso não importa na
destruição da coisa. Ex: livro, carro.
■ A vontade da pessoa pode influenciar na consuntibilidade do bem?
■ Sim, exemplo vela com benção do papa. Empresto as igrejas para
depois me devolverem.
Dos Bens Divisíveis
■ Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua
substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
■ Ex: saco de feijão de 50 kg, posso dividir em dois sacos de 25 kg.

■ Bens naturalmente indivisíveis- são bens que não podem ser divididos porque a
divisão acarreta alteração na substância, diminuição do valor, ou prejuízo da
utilidade. Ex: celular; carro.
■ IMPORTANTE:
■ Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por
determinação da lei ou por vontade das partes.
■ Exemplo pela lei: servidão- terreno que se usa para sair de um terreno inscrustado;
terrenos em que a lei municipal proíba a divisão;
■ Exemplo pela vontade das partes- coleção de quadros que em contrato ficou
determinado que só pode expor em conjunto; condomínio;
Art. 89. São singulares os
bens que, embora
reunidos, se
consideram de per si,
independentemente dos
demais.

Dos Bens
Singulares e
Coletivos
Bens singulares Bens singulares simples-
compostos- os os componentes do bem
componentes do bem fazem parte do bem pela
fazem parte do bem pelo própria natureza.ex:
trabalho do homem. Árvore, Cavalo.
■ Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens
singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação
unitária.
■ São bens que pertencem a mesma pessoa, e por sua vontade são
tratados de forma coletiva.
■ Ex. biblioteca- pode vender individual ou de forma coletiva;

■ Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações


jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
■ São bens que pertencem a mesma pessoa e, por determinação da lei,
são tratados de forma coletiva.
■ Ex. Patrimônio
Dos Bens Reciprocamente
Considerados
■ Diferentemente das classificações anteriores em que se verificava um bem em
relação a si mesmo, nesse momento se passa analisar um bem em relação a outro
bem.
■ Bem principal x bem acessório.
■ Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório,
aquele cuja existência supõe a do principal.
■ Ex: solo- bem principal. A casa em relação ao solo é acessório.
■ O colar é o bem principal; a pedra em relação ao colar é acessório.
■ O contrato de locação é o bem principal; já a multa prevista no contrato é o
acessório.
Bem principal: é
Bem acessório: aquele que existem
Existe em razão de sobre si,
um bem principal. independentemente
de outro bem.
Bens acessórios- propriamente ditos e
pertenças.
■ Acessórios propriamente ditos- Seguem a classificação do bem principal;
■ Ex: casa imóvel-> janela imóvel; Contrato Nulo- > multa nula.
■ Princípio da gravitação jurídica- quando o acessório segue o principal

■ Pertenças- Não seguem o bem principal;


■ Ex: Vende casa-> geladeira, cama e etc não segue necessariamente.
■ Vende carro-> GPS portátil não segue, diferente se for um GPS embutido.
■ Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios
jurídicos que dizem
respeito ao bem Acessórios/ pertenças:
Acessório/ Acessório:
principal não abrangem Não Está sujeito ao
Está sujeito ao princípio
as pertenças, salvo se o princípio da gravitação
da gravitação jurídica e
contrário resultar da lei, jurídica e não segue o
segue o bem principal.
da manifestação de bem principal.
vontade, ou das
circunstâncias do caso.
FRUTOS E PRODUTOS
■ A diferença entre frutos e produtos é que os frutos se regeneram e os produtos não
se regeneram.
■ Exemplo de frutos- maçã, laranja;
■ Exemplo de produto- petróleo; Barro do barreiro;

■ Frutos se classificam quanto a sua natureza:


■ 1- Naturais- se regeneram de forma natural: ex. maçã, leite.
■ 2- Industriais- se regeneram pela força da indústria: ex. lápis
■ 3- Civis- se regeneram mediante os juros; ex: aluguel mensal; juros de uma
poupança.
■ Frutos quanto a sua ligação com o bem principal:
■ 1- Colhidos ou percebidos- Aqueles que já foram destacados do bem principal. Ex:
laranja já colhida da laranjeira.
■ 2- Pendentes- Aqueles que ainda estão ligados ao bem principal.Ex. laranja que
ainda não foi destacada do pé.
■ 3- Percepiendos- Aqueles que ainda estão ligados ao bem principal, mas que
deveriam já terem sido colhidos. Ex: contrato que previa a colheita, mas essa ainda
não foi realizada.
■ 4- Consumidos- Aqueles que já foram destacados do bem principal, mas não
existem mais porque foram consumidos. Ex: laranja que foi comida.

■ Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos
podem ser objeto de negócio jurídico.
Benfeitorias
■ São acréscimos e melhoramentos realizados nos bens móveis e
imóveis;
■ Tipos de benfeitorias:
■ Voluptuárias: de recreio; deleite; enfeite. Ex: piscina, quadra de tênis;
pintura artística na parede.
■ Úteis: melhoram a utilidade do bem. Ex: abrir uma porta da garagem
para a casa; ampliação de um banheiro;
■ Necessárias: Conservar; manter; evitar que se deteriore. Ex: troca das
telhas quebradas; cano quebrado.
■ Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou
necessárias.
■ § 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não
aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais
agradável ou sejam de elevado valor.
■ § 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
■ § 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou
evitar que se deteriore.
■ Acessões naturais- Não se consideram benfeitorias.
■ Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou
acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do
proprietário, possuidor ou detentor.
■ A obra humana em relação a matéria prima.Ex: escrita sobre o
papel; escultura em relação a argila; pintula sobre a tela.
Bens Públicos

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Art. 98. São públicos os bens Pessoas Jurídicas de Direito
do domínio nacional Público Interno são: União,
pertencentes às pessoas Estados, Municípios,
jurídicas de direito público Autarquias e Fundações.
interno; todos os outros são
particulares, seja qual for a
pessoa a que pertencerem.
Classificação dos bens Públicos
■ Art. 99. São bens públicos:
■ I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
■ II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias; ( ex: hospital, biblioteca, escola)
■ III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.(ex:
terreno baldio, não está sendo usado)
■ Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os
bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado
estrutura de direito privado. (Ex: bens de uma empresa pública como os correios)
■ Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar.

■ Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as


exigências da lei.
■ DESAFETAÇÃO- TORNAR UM BEM DE USO COMUM OU DE USO ESPECIAL EM BEM
DOMINICAL E CONSEQUENTEMENTE ALIENÁVEL.

■ Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

■ Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
■ EX: PEDÁGIO NÃO DESCARCTERIZA O BEM DE USO COMUM.

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