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Conceito, natureza jurídica,

abrangência, outros aspectos


PROFESSOR:
TIAGO GOMES DE CARVALHO PINTO
INTRODUÇÃO

Se todos os direitos fundamentais tem, em
alguma medida, uma dimensão positiva, todos
implicam custos. (MENDES, 2013, p. 1343)
LIMITAÇÃO AO PODER DE
TRIBUTAR

Em certo sentido, é possível reconhecer
nelas meios de demarcar a competência
tributária, isto é, diretrizes que compõem
o próprio limite daquilo que é
demarcado. (MENDES, 2013, p. 1373)
DEFINIÇÃO

A norma constitucional de exoneração
tributária, que justificada no conjunto de caros
valores proclamados na Carta Magna, inibe
negativamente a atribuição de competência
impositiva e credita ao beneficiário o direito
público subjetivo de não incomodação perante
o ente tributante. (SABBAG, 2017, p.298)
ESCLARECIMENTO

Vale a pena esclarecer que a imunidade tributária
atinge apenas a obrigação tributária principal, afeta o
dever patrimonial de pagamento do tributo, não
atingindo as obrigações acessórias.
NATUREZA JURÍDICA

Imunidade é uma regra, visto que ela detém
mandamento definitivo e traz um comando
estritamente objetivo. Ela dá um comando
para que se realize algo e não há duvidas para
interpretação quanto a sua aplicação no caso
concreto.
NATUREZA JURÍDICA

PRINCÍPIO
CONSTITUCIONAL REGRA
NÃO!!!!! SIM!!!!!
Alto grau de abstração. Norma Constitucional!
Entretanto,toda vez que se Assim, nenhuma norma
aplicar uma regra, ela infraconstitucional pode
deve estar em contrariá-la.
conformidade com os
princípios.
Na doutrina, o exemplo:

O STF seguindo a trilha crítica dessa restritiva exegese,
houve por bem dar ao mencionado rol classificatório
uma interpretação lata e ampliativa, desconsiderando a
inócua classificação do CTN e afastando quaisquer
impostos que possam onerar economicamente as
finanças da entidade impositora, albergada pela regra
imunizante. (SABBAG, 2017, p. 308)
DISTINÇÃO ENTRE NÃO-
INCIDÊNCIA E ISENÇÃO

A imunidade atua no plano Isenção atua no plano
da definição da do exercício da
competência tributária, tem competência tributária,
previsão constitucional e é é definida por lei
uma hipótese de não- infraconstitucional e é
incidência qualificada. uma hipótese de
exclusão do crédito
tributário.
= COMPETÊNCIA
= EXERCÍCIO DE
COMPETENCIA
ISENÇÃO – PREVISÃO LEGAL –
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art. 175. Excluem o crédito tributário:

I - a isenção;

II - a anistia.

Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não


dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja
excluído, ou dela consequente.
IMUNIDADE - PREVISÃO LEGAL :
TEXTO CONSTITUCIONAL

Especificamente no art. 150, VI, alíneas “a” – “e”.

OUTROS
MESMO QUE ...

 Art. 195. A seguridade social será financiada por
toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes
contribuições sociais:
 § 7º São isentas de contribuição para a seguridade
social as entidades, beneficentes de assistência social
que atendam às exigências estabelecidas em lei.
OBSERVAÇÕES: ISENÇÕES

1. Pode ser revogada a qualquer tempo
2. Não caracterizado o “direito adquirido”;
3. Pode ser exigível imediatamente, não se aplicando o
princípio da anterioridade.
4. È ato discricionário do ente federativo.;
5. Aplicável a todas as especies tributárias;
6. Deve respeitar o princípio da reserva legal.
ISENÇÃO

A discricionariedade na concessão de isenções,
porém não deve ser confundida com arbitrariedade
ou favorecimentos ilegais e abusivos. A união,
Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito
de suas competências constitucionais, deverão
respeitar os princípios da igualdade,
impessoalidade e moralidade, na edição da lei
concedente de isenção em matéria tributária, que
deverá observar critérios e objetivos lógicos e
razoáveis.(MORAES, 2015, p.929)
CLASSIFICAÇÃO

São Classificadas em:

a)Objetivas e Subjetivas
b)Expressas e Implícitas
c)Condicionais e Incondicionai
d)Genéricas e Específicas
Subjetivas e Objetivas

As imunidades subjetivas são aquelas dirigidas às
pessoas, isto porque a CF protege o patrimônio, renda e
serviços dessas pessoas jurídicas.

Vale ressaltar, aqui, o art. 150, VI ( a) Imunidades


recíprocas.

As imunidades objetivas são dirigidas a um objeto,


coisa ou mercadoria
Expressas e Implícitas

As expressas estão no texto constitucional, conforme as
alíneas já mencionadas do art. 150, VI.

As implícitas são aquelas que, embora não estejam expressas


no texto constitucional, acabam por proteger fundamentos
expressos na República Federativa do Brasil.
Exemplo, da norma constitucional não-tributária (CF,
artigo 5º XXXIV), como também implicitamente na norma
constitucional não-tributária (CF, artigo 40, § 19).
Condicionais e Incondicionais

A imunidade condicional seriam aquela que necessita
de lei para regulamentá-la. Art. 150, VI, alínea C.

As imunidades incondicionais são aquelas que podem


ser autoaplicáveis, pois não necessitam regulamentação
por lei complementar, é o caso das imunidades
previstos no art. 150, VI, a,b,d e e.
Genéricas e Específicas

Genéricas: São aquelas constantes nas alíneas do inciso
VI do art. 150 da CF. Destacamos que as imunidades
genéricas alcançam somente os impostos e, portanto,
não atingem as taxas.)

Específicas: são classificadas por exclusão. São diversas


situações que causam polêmica na doutrina quanto a
sua natureza jurídica.
ABRANGÊNCIA

O artigo 150 da CF traz como regra imunizante
aplicação em relação apenas aos impostos.

Assim existe a possibiidade de cobrança de taxas de um


templo, taxas de fiscalização de Entidades Assistênciais,
etc.

ATENÇÃO: Observar que na classificação genérica


tem-se a isenção (imunidade) das taxas previstas no
art. 5. da Constituição.
CONCLUSÃO

É essencial que as pessoas possam entender porque da
necessidade de tributar do Estado e, porque em certas
situações a Constituição impõe certas limitações.
Para efeito de conhecimento, de entendimento acerca
da norma, está claro que as imunidades abrangem
taxas, é o que se infere do art. 5° da Constituição
Federal, conforme já mencionado alhures.
(Equipe 1)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 BRASIL, Planalto. Constituição da República Federativa do
Brasil. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.
htm. Acesso em 24 de maio de 2019.
 BRASIL, Planalto. Código Tributário Nacional – CTN. Disponível
em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm. Acesso
em 24 de maio de 2019.
 CARNEIRO, Cláudio. Curso de Direito Tributário e Financeiro –
6.edição – São Paulo: Saraiva, 2016.
 MENDES, Gilmar. Curso de Direito Constitucional – 8. Edição –
São Paulo: Saraiva, 2016.
 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional – 33.edição – São
Paulo: Atlas, 2015.
 SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário – 9. Edição –
São Paulo: Saraiva, 2017.
AGRADECIMENTO

Obrigada a todos pela atenção!

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