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Caso Clinico FEBRE REUMATICA
Caso Clinico FEBRE REUMATICA
Caso Clinico FEBRE REUMATICA
CASO CLÍNICO:
CLÍNICO: Febre
Febre
Reumática
Reumática
Marcella Amorim
Pediatria – HRAS
Escola Superior de Ciências da
Saúde/SES/DF
Coordenação: Luciana Sugai
www.paulomargotto.com.br
Caso Clínico
Identificação
• Materno-obstétrico
- mãe : GII PI AO CI
- Fez pré-natal, não soube informar o número de
consultas
- Gestação sem intercorrências
Caso Clínico
Antecedentes Pessoais
• Fisiológicos
- Nascida de parto cesária (DCP), a termo, Apgar 09
– 10
- Peso : 2785g Est : 47 cm PC : 33 cm
- Período neonatal sem intercorrências
- Recebeu alta do ALCON com 48h de vida.
- Desenvolvimento neuropsicomotor dentro da
normalidade.
Caso Clínico
Antecedentes Pessoais
• Patológicos
- episódio de Amigdalite há aproximadamente
um mês tratada por 10 dias com Amoxacilina.
- Nega internações prévias ( 1ª internação).
- Nega traumas e cirurgias.
- Nega hemotransfusões.
Vacinações em dia.
Caso Clínico
Antecedentes Familiares
• Gênero 1:1
*coréia de Sydenham e estenose
mitral mulheres
• Sem predisposição racial
FEBRE REUMÁTICA
Epidemiologia
• “ Valvulopatia reumática crônica é a
doença cardiovascular adquirida mais
frequente entre adolescentes e
adultos sendo a principal causa de
óbito por doença cardíaca em
menores de 40 anos”
FEBRE REUMÁTICA
Curiosidades
• Articulação
- Exsudato fibrinoso
- Derrame estéril
- Sem deformidade articular ou
pannus
FEBRE REUMÁTICA
Diagnósticos diferenciais
• Endocardite bacteriana
• Doença de Still
• Gonococcemia
• Artrites reativa
(outras causas de poliartrite)
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• Febre, sintomas
gerais e artrite
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• Critérios maiores
1) poliartrite
2) cardite
3) eritema marginatum
4) nódulos subcutâneos
5) coréia de Sydenham
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• Critérios menores
clínicos : artralgia, febre e história prévia
de FR ou presença de valvulopatia crônica
laboratoriais : aumento dos reagentes de
fase aguda e alargamento do intervalo PR
no ECG
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• Poliartralgia e febre : manifestações
mais frequentes
• Sintomas faríngeos : 20-70% casos
• OBS período de latência entre a
faringoamigdalite e a FR é de 2 a 4
semanas ( mínimo 1 semana e máx. 5
semanas)
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• Ordem decrescente de frequência :
- poliartrite 60-80%
- cardite 50%
- coréia 20%
- eritema marginatum e nódulos
subcutâneos 5% ( quase sempre
associados a cardite)
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• Manifestação rara : pneumonite reumática
• Febre + sintomas articulares são mais
precoces
• Cardite surge junto c/ e artrite ou poucos
dias após
• Coréia : mais tardia!!
• OBS : coréia e poliartrite quase nunca
ocorrem simultaneamente!
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• POLIARTRITE
• Mais precoce e mais comum
• Pico dos ac específicos p/ FR
• Poliarticular, assimétrica e migratória
• Grandes articulações periféricas
• A inflamação dura em cada articulação 1-5
dias
• Auto-limitada : duração 2-4 semanas
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• POLIARTRITE
• “ resposta dramática aos salicilatos”
• 20% casos surge em articulações fora
do habitual
• Não há deformidade nem evolução p/
artropatia crônica!!!
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• CARDITE
• Determinante do prognóstico
• Mais comum em pré-escolares
• Comum em recidivas
• Pancardite reumática
• Inflamação pode durar até 2 meses
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• CARDITE
• Sopro cardíaco em foco
mitral (valvulite) 80%
• Tecido valvar edemaciado e
amolecido (regurgitação
valvar)
• Leve, moderada e grave ( +
comum termos de leve a
moderada repercussão
hemodinâmica)
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• CARDITE
• Principais sopros :
- holossistólico apical ( mais comum)
irradiação p/ axila e dorso
- Carey-Coombs ( estenose mitral símile)
hiperfluxo pela valvula inflamada
- protodiastólico aórtico ( insuficiência
aórtica)
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• CARDITE
• Miocardite : comum
- subclínico
- aumento área cardíaca ou aumento volumes
ventriculares ou queda na fração de ejeção
- dispnéia aos esforços e cansaço (ICC aguda)
- “nódulos ou corpúsculos de Aschoff”
patognomônico!!
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• CARDITE
• Pericardite : 5-10%
- assintomática
- derrame pericárdico
- atrito pericárdico
- se sintomática : dor retroesternal c/
caráter pleurítico que piora c/ decúbito
dorsal
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• ERITEMA MARGINATUM
• Rash eritematoso máculo-papular, bordas
nítidas, serpiginosas c/ centro claro
• Não pruriginosa e não dolorosa
• Manifestação menos comum
• Tronco e porção proximal dos membros
• Caráter migratório
• Geralmente “diz” que há cardite
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• NÓDULOS SUBCUTANEOS
• Firmes, indolores, 0.5 a 2 cm,
solitários ou numerosos
• Superfícies extensoras dos membros
• Associação c/ cardite costuma ser
grave!!
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• CORÉIA DE SYDENHAM
• 1-6 meses do início da FR
• Após outros sintomas maiores terem
desaparecido
• Movimento involuntário, brusco, nas
extremidades e na face
• Sexo feminino / 5-15 anos
• Auto-ac se ligam nos neurônios do gânglio da
base
FEBRE REUMÁTICA
Quadro clínico
• COREIA DE SYDENHAM
• Disartria
• Hipotonia, “mão em ordenha”, disgrafia,
tremor de língua e reflexos patelares
pendulares
• Sono e sedação desaparece
• Piora c/ estresse emocional
• Labilidade emocional
FEBRE REUMÁTICA
Alterações laboratoriais
• Reagentes de fase aguda
PCR :
- FR e infecções bacterianas
- elevada
- primeiro marcador a subir e a
normalizar ( antes da resolução dos
sintomas)
FEBRE REUMÁTICA
Alterações laboratoriais
• Reagentes de fase aguda
VHS :
- 2º a se elevar ( normaliza tb antes do
término da atividade reumática)
- devido ao aumento do fibrinogênio*
( catiônica) * marcador de fase aguda
- infecções bacterianas, FR, LES,
vasculites e neoplasias malignas
FEBRE REUMÁTICA
Alterações laboratoriais
• Reagentes de fase aguda
MUCOPROTEINAS :
- mais confiáveis
- normalizam apenas c/ o fim da atividade reumática
- não são influenciados pelos salicilatos e corticóides
- alfa1-glicoproteína e alfa2-macroglobulina
- VR : até 4 mg/dL
- últimos a se elevar e são os + duradouros
- também aumentam nas infeções bacterianas, LES e na AR
FEBRE REUMÁTICA
Alterações laboratoriais
• Provas imunológicas
-FAN e FR : negativos
-ASLO, antiDNAse B e antiHialunoridase
- ASLO : principal, elevada ( >333 unidades
Todd)
- pode persistir elevada por 1-6 meses
OBS : swab da orofaringe não é bom exame
p/ confirmar infecção estreptocócica!
FEBRE REUMÁTICA
Diagnóstico
FEBRE REUMÁTICA
Diagnóstico
Confirmado :
2 critérios maiores
ou
1 maior e 2 menores
FEBRE REUMÁTICA
Diagnóstico
• OBS : o diagnóstico da coréia de
Sydenham não exige critérios de
Jones !!!!
• OBS : coréia de Sydenham
diagnóstico de FR!!!!
FEBRE REUMÁTICA
Considerações
• Recidiva : Quadro Clínico semelhante
ao episódio inicial
• Diagnóstico : critérios de Jones
• Ressalva apenas 1 critério maior ou
2 menores!
FEBRE REUMÁTICA
Tratamento