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Rodolfo Schleier1
Silberto Azevedo2
1
Rodolfo Schleier é farmacêutico-bioquímico (USP) e especialista em fitoterapia (FACIS-IBEHE). Desde
2005 atua no Departamento Médico-Científico do Laboratório Weleda.
2
Silberto Azevedo é farmacêutico-bioquímico (UFMG), Perito Toxicologista (IML-BH), Mestre em
Administração (PUC Minas/FDC) e Diretor da Lemnis Farmácia.
3
As medicinas complementares estão apoiadas em um paradigma vitalista. Tal paradigma revela a
existência de uma "dinâmica vital", algo que está além do corpo físico. É através do fluxo desta "dinâmica
vital" que se determina o estado de saúde ou doença (Luz, 1996).
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O medicamento antroposófico reorienta o organismo a desenvolver seu
“exército”. Não é por acaso que um dos medicamentos mais usados nesta linha
terapêutica é justamente o ferro – o mesmo metal que se utiliza para fabricar
armas e ferramentas. Não o ferro material, possível de ser visto e analisado em
laboratório; mas o ferro dinamizado, em sua forma mais sutil.
O processo de calor também tem relação com a vontade, com o impulso
metabólico. É possível estimulá-lo, através de medicamentos, atividade física e
alimentos adequados a cada tipo humano. 4
Por outro lado, pacientes e médicos, de uma forma geral encaram a febre
como doença em si própria, que deve ser combatida a todo custo
principalmente com medicamentos antitérmicos (Wannmacher e Ferreira,
2004). Em resposta ao abuso desses produtos, a Organização Mundial de
Saúde preconiza o uso de medidas não-farmacológicas, como banhos e
compressas mornas. Há evidências na literatura de que essas estratégias são
equivalentes em eficácia e segurança ao tratamento convencional, e com
vantagens adicionais como o baixo custo. 5
Outro fator responsável pelo uso excessivo de antitérmicos é o “medo da
convulsão” ou “fobia da febre”. No entanto, estudos mais recentes têm
mostrado que a convulsão não depende da febre alta, podendo ocorrer mesmo
em temperaturas próximas de 37º C. Com raras exceções, a febre é somente
um sintoma, tendo inclusive papel de defesa e de resistência a infecções, e só
precisaria ser controlada quando compromete o estado geral do paciente.
Antitérmicos e antipiréticos não previnem aparecimento de convulsões ou sua
recorrência (Wannmacher e Ferreira, 2004).
“Dê-me a força, para gerar a febre, e eu curarei toda doença“, escreveu há
mais de dois mil anos o pensador grego Parmênides. Essa frase reflete um
conhecimento antigo, de que o elemento calórico está associado à imunidade.
4
N A: Ficar em casa, concentrado em atividades puramente intelectuais pode agravar a tendência às
doenças respiratórias.. A natação é indicada para pessoas com asma (Natali et al., 2002). Quem já assistiu
ao filme “Diários de Motocicleta” deve lembra-se da cena em que o protagonista, portador de asma,
melhora consideravelmente após atravessar um rio a nado em plena Amazônia
5
A prática antroposófica recomenda ao paciente em processo gripal aquecer os pés ao deitar de forma a
controlar o ritmo metabólico e respiratório.
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eles está o fósforo (cujo nome significa em grego “carreador da luz”). É
característica dessa substância trazer qualidades de luz e calor e torná-las
disponíveis para a organização do Eu em suas tarefas no organismo humano,
em diferentes regiões do nosso corpo.
Algumas plantas também são utilizadas nos medicamentos antroposóficos com
a finalidade de prevenir ou tratar o processo gripal e os distúrbios associados,
tais como: tosse, expectoração, coriza, inflamação, dor, infecção, congestão
nasal, sinusite, febre, etc.
Para citarmos como exemplo, o Infludo Weleda tem em sua formulação, além
do fósforo (Phosphorus D3), a presença de quatro plantas, a saber:
Acônito D3 (Aconitum napellus) que possui alcalóides que atuam
diretamente no sistema nervoso, aliviando os calafrios;
Briônia D3 (Bryonia alba) que acumula líquidos em suas raízes, e não
nos frutos como ocorre nas demais plantas da mesma família (melancia,
abóbora, chuchu). A forte relação com a organização líquida, típica das
Cucurbitáceas, faz com que ela atue sobre a secreção nasal;
Eupatório D3 (Eupatorium perfoliatum) que é uma planta norte-
americana já usada há séculos pelos índios, e conhecida em vários
idiomas como “cura-ossos”, por aliviar dores musculares generalizadas
nas doenças virais (incluindo gripe e dengue).
Eucalipto D3 (já citado num artigo sobre sinusites neste mesmo site) tem
função secativa e analgésica, aliviando as dores que acompanham as
doenças respiratórias.
Outro bom exemplo também de utilização de metais e plantas é o Previgrip
(Weleda) que contém:
Prunus D1 (Prunus spinosa), uma espécie de ameixa silvestre comum
na Europa, onde é usada como fortificante e na preparação de licores;
Ferrum sidereum D10 (ferro meteórico, de origem cósmica) que confere
disposição e aumenta a imunidade;
Phosphorus D5 que presente tanto no Infludo como no Previgrip, traz
suas forças de luz e calor para o organismo;
Por sua vez, o Weletuss (Weleda), conta com o metal cobre (Cuprum aceticum
D4) e a Briônia D3, além de outras duas plantas:
Drosera D2 (Drosera rotundifolia), uma planta carnívora presente em
todos os continentes, e utilizada na medicina popular e na homeopatia
para tosse seca e doenças respiratórias em geral;
Ipeca D3 (Cephaelis ipecacuanha) é uma planta nativa do Brasil, usada
há muito tempo para aliviar náuseas e vômitos, e indicada na
homeopatia e antroposofia para tosse seca;
Estas plantas e minerais, trabalhados conforme a farmacotécnica
antroposófica, auxiliam o organismo a enfrentar os sintomas das gripes e
resfriados: coriza, congestão nasal, cefaléia, dores no corpo, dentre outros.
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Preparo, cultivo e cuidados
Referências bibliográficas:
Steinsbekk, A. et al.: Homeopathic care for the prevention of upper respiratory tract
infections in children: A pragmatic, randomised, controlled trial comparing
individualised homeopathic care and waiting-list controls. Complementary Therapies in
Medicine, Vol. 13 (2005), pp.231 – 238.
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