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Analgésicos
Há milhares de anos, a dor tem sido uma grande inimiga com a qual o
homem luta incansavelmente. Em todas as civilizações, encontram-se maneiras
para aliviá-la, seja por meio de ervas, rezas ou poções milagrosas. Sabe aquela
história de que para tirar dentes os antigos entornavam boas doses de pinga? Era
mais ou menos por aí…
Mas a dormideira, nome popular da papoula, possivelmente o mais antigo
analgésico, já era usada nas civilizações da Mesopotâmia e do Egito, embora ainda
fosse tratada mais como sedativo do que propriamente um curativo para as dores.
Diz a mitologia egípcia que a deusa Ísis fazia seu filho Hórus adormecer
com o ópio, extraído da papoula. Mas é aos romanos que cabe a honra de terem
sacado que o ópio, além de induzir o sono, também acabava com as dores. Entre os
séculos 9 e 16, a civilização islâmica recuperou estudos de drogas usadas pelos
gregos e romanos. Além de aperfeiçoá-los, espalhou-os para outros povos com
quem mantinha relações comerciais.
A Europa Ocidental, imersa na Idade Média, época em que os preceitos
cristãos predominavam, não gostou da ideia, já que o ópio era associado a práticas
ocultistas. O vinho era o analgésico usado durante o período, até que na
Renascença o médico Paracelso (que também descobriu o éter como anestésico)
reintroduziu o uso médico do ópio na Europa. Daí em diante, diversos compostos
com ópio foram elaborados. O mais importante deles veio à tona no começo do
século 19, quando o assistente de farmacêutico Friedrich Sertürner isolou princípios
ativos do ópio. Em 1806, relatou a descoberta de um ácido ao qual deu o nome de
mecônico, depois rebatizado de morphium, em homenagem ao deus grego do sono.
Em 1820, a morfina já era comercializada em grande escala, apesar dos efeitos
adversos, como a dependência.
A morfina foi usada em batalhas para aplacar a dor de soldados. Durante
a 2ª Guerra Mundial, na escassez de morfina, surgiu na Alemanha mais um derivado
sintético do ópio – a metadona. Apesar dos diferentes nomes dos remédios, é a
velha morfina o mais potente analgésico da atualidade.
O segredo da papoula
Papaver somniferum, a papoula, faz jus ao nome: produz alcaloides
benzilisoquinolínicos, as opioides. Entre eles, a morfina e codeína são analgésicos
naturais e a tebaína é precursor de vários analgésicos sintéticos.
O extrato bruto do bulbo de sua flor é a base da fabricação do opium –
cujo uso recreacional precede a escrita na história da humanidade. A goma seca
pode ser fumada oi, ainda, usada sob a forma de um extrato hidroalcóolico, o
láudano.
O ópio tem um cheiro característico, que é desagradável, sabor amargo e
cor castanha. É utilizado pela medicina como analgésico. Os principais alcalóides do
ópio são: a morfina, a codeína, a tebaína, a papaverina, a narcotina e a narceína.
Via Enteral
Via tópica
Via parenteral