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Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Ana Flávia Costa Coelho


Bianca Silva Borges dos Santos
Emily de Souza Luís
Flávia de Souza Galvão
Letícia Moreira Lemos

Analgésicos

Patos de Minas – MG 2022


Introdução

Há milhares de anos, a dor tem sido uma grande inimiga com a qual o
homem luta incansavelmente. Em todas as civilizações, encontram-se maneiras
para aliviá-la, seja por meio de ervas, rezas ou poções milagrosas. Sabe aquela
história de que para tirar dentes os antigos entornavam boas doses de pinga? Era
mais ou menos por aí…
Mas a dormideira, nome popular da papoula, possivelmente o mais antigo
analgésico, já era usada nas civilizações da Mesopotâmia e do Egito, embora ainda
fosse tratada mais como sedativo do que propriamente um curativo para as dores.
Diz a mitologia egípcia que a deusa Ísis fazia seu filho Hórus adormecer
com o ópio, extraído da papoula. Mas é aos romanos que cabe a honra de terem
sacado que o ópio, além de induzir o sono, também acabava com as dores. Entre os
séculos 9 e 16, a civilização islâmica recuperou estudos de drogas usadas pelos
gregos e romanos. Além de aperfeiçoá-los, espalhou-os para outros povos com
quem mantinha relações comerciais.
A Europa Ocidental, imersa na Idade Média, época em que os preceitos
cristãos predominavam, não gostou da ideia, já que o ópio era associado a práticas
ocultistas. O vinho era o analgésico usado durante o período, até que na
Renascença o médico Paracelso (que também descobriu o éter como anestésico)
reintroduziu o uso médico do ópio na Europa. Daí em diante, diversos compostos
com ópio foram elaborados. O mais importante deles veio à tona no começo do
século 19, quando o assistente de farmacêutico Friedrich Sertürner isolou princípios
ativos do ópio. Em 1806, relatou a descoberta de um ácido ao qual deu o nome de
mecônico, depois rebatizado de morphium, em homenagem ao deus grego do sono.
Em 1820, a morfina já era comercializada em grande escala, apesar dos efeitos
adversos, como a dependência.
A morfina foi usada em batalhas para aplacar a dor de soldados. Durante
a 2ª Guerra Mundial, na escassez de morfina, surgiu na Alemanha mais um derivado
sintético do ópio – a metadona. Apesar dos diferentes nomes dos remédios, é a
velha morfina o mais potente analgésico da atualidade.

O segredo da papoula
Papaver somniferum, a papoula, faz jus ao nome: produz alcaloides
benzilisoquinolínicos, as opioides. Entre eles, a morfina e codeína são analgésicos
naturais e a tebaína é precursor de vários analgésicos sintéticos.
O extrato bruto do bulbo de sua flor é a base da fabricação do opium –
cujo uso recreacional precede a escrita na história da humanidade. A goma seca
pode ser fumada oi, ainda, usada sob a forma de um extrato hidroalcóolico, o
láudano.
O ópio tem um cheiro característico, que é desagradável, sabor amargo e
cor castanha. É utilizado pela medicina como analgésico. Os principais alcalóides do
ópio são: a morfina, a codeína, a tebaína, a papaverina, a narcotina e a narceína.

Qual o efeito da planta papoula?

Os povos que têm papoula em seus campos – europeus e asiáticos –


costumam usar esta planta para tratar sintomas de ansiedade e estresse, pelo seu
conteúdo em papaverina e morfina; tosses, asmas e bronquites, pelo seu conteúdo
em codeína; dor de dentes e outras necessidades de antiinflamatório, sudorese e
analgesia.

Importantes analgésicos dentro da história

Os analgésicos em sua grande maioria são derivados do Ópio, uma


substância retirada de uma planta chamada Papoula do Oriente. Em seu estado
ainda verde e retirado um suco leitoso dessa planta, depois de um processo de
secagem este suco passa a se chamar pó de Ópio, de onde se deriva vários tipos de
analgésicos opioides. Alguns dos principais derivados são a Morfina, Codeína e a
Metadona.
A morfina é um dos derivados do ópio de mais forte potência, seu nome
vem do deus grego Morfeu, o deus dos sonhos. Por ser um analgésico potente foi
usada durante a Guerra Civil Americana, porém por ser a substância mais ativa no
ópio, a morfina causava dependência nos soldados. Por esse mesmo motivo, seu
uso deve ser estritamente prescrito por um médico pelos efeitos negativos que
possam vir apesar de sua grande ajuda no alívio de dores fortes em pacientes em
estado grave. Seu efeito age diretamente no sistema nervoso central e em algumas
musculaturas lisas, pode agir por cerca de 4h podendo chegar até 12h caso seja
uma via de liberação prolongada. Podendo ter efeitos colaterais simples como
vômito, vertigem, náuseas, sedação, e sudorese até mesmo efeitos mais graves
como choque, bradipneia, depressão circulatória além do vício a longo prazo.
Contraindicado para pessoas com insuficiência respiratória, arritmia cardíaca,
alcoolismo crônico, lesões e tumores cerebrais, em menores de 18 anos, entre
outros. Seu uso em pessoas grávidas deve ser indicado ter devida orientação
médica.
Já a codeína possui também se deriva do ópio, porém tem uma menor
potência em comparação a morfina, além de poder ser feita de forma sintetizada.
Antes de ser identificada era usado ópio puro para tratamentos, podendo acarretar a
morte entre outros problemas por suas altas dosagens, entretanto foi identificada
pela primeira vez em 1830 por Jean Pierre Robin, químico francês. Jean conseguiu
isolar os componentes ativos do ópio, entre eles a morfina, e abriu então caminho
para tratamentos mais seguros usados. Sua descoberta se perpetua até os dias de
hoje sendo a codeína o medicamento mais usado em geral para tratamento de tosse
e diarreia por exemplo. Apesar de derivar do ópio, a codeína atualmente é
sintetizada a partir da morfina por meio de metilação. Usada para dores moderadas,
a codeína pode ser usada acompanhando dipirona ou Paracetamol com objetivo de
potencializar seu efeito, é encontrada em farmácias com vários tipos de vias. É
vendida somente com acompanhamento de receita médica por ainda se tratar de um
analgésico forte, que caso haja doses muito altas podem prejudicar o paciente. Seus
efeitos colaterais se apresentam como sonolência, prisão de ventre, dores
abdominais, sudorese e sentidos confusos.
A metadona por sua vez tem a história similar a heroína, em 1937 dois
cientistas alemães Max Bockmuhl e Gustav Ehrhart com intenção um remédio para
manter em cirurgias sem o risco de os pacientes adquirirem dependência como a
morfina e heroína, sintetizaram a metadona. Por um tempo acreditou-se que a
metadona era mais viciante que os outros dois derivados, porém seu uso atualmente
é justamente o auxílio para desintoxicação em pessoas que passam por abstinência
ou dependência em morfina e heroína. É usada também para uso de dores agudas e
crônicas, moderada e dores fortes. Conforme prescrição médica, as doses devem
ser feitas de acordo com a dor do paciente e devem ser ajustadas ao decorrer do
tratamento de acordo com os resultados no paciente. Em seus efeitos colaterais
podemos ter delírio, tontura, sedação, náuseas, vômitos e sudorese, em casos
adversos pode apresentar choque, depressão circulatória, bradipneia e em casos
mais graves parada cardíaca.

Via de administração de medicamentos e seus analgésicos

As vias de administração são as formas em que os medicamentos entram


em contato com o organismo. E são divididos em grupos principais: enterais (via
oral, sublingual, nasoentérica, nasogástrica, Gastrostomia, Jejunostomia, Ileostomia,
retal), tópicas (dermatológica, via otológica, nasal, Oftálmica ou Ocular, Vaginal) e
parenterais (via endovenosa, intramuscular e subcutânea, intradérmica). As vias de
administração são escolhidas de acordo a velocidade em que se espera a ação do
medicamento, doença e a quantidade de medicação. E por ser de suma importância,
é essencial o técnico tenha conhecimento, para evitar quaisquer conflitos e erros
que podem ser fatais.
E para realizar uma função e importante conhecer toas as vias de
administração de medicamentos e a forma que ales agem no organismo.

Via Enteral

Via Sublingual: A via sublingual e a forma mais rápida de administrar os


medicamentos, que é colocada embaixo da língua. Esta via é a mis utilizada para
situações urgentes, geralmente para o tratamento de problema cardíaco. No
entanto, não são todos os medicamentos que podem ser administrados pela via
sublingual, e isto acontece porque, para ser absorvido debaixo da língua o
medicamento precisa de algumas características especificas. E por esse motivo só
deve ser utilizado com orientação do médico.
Analgésicos: Toragesic®- E um anti-inflamatório de uso adulto e
sublingual, indicado para o tratamento de dores a curto prazo

Via oral: A administração por via oral é a mais comum, e consiste em


oferecer o medicamento que será deglutido ou não com auxílio de líquidos, e as
formas de apresentação de fármacos por via oral são comprimidos, capsulas,
drágeas, soluções, suspensão e em pó.
Analgésicos: Dipirona Sódica é um analgésico e antitérmico utilizado em
enfermidades que tenham dor e febre como sintomas. É comumente utilizada no
tratamento de gripes e resfriados, nevralgias, dores de cabeça, reumatismo
muscular, artrites e outras crises dolorosas.

Sonda nasoenteral e nasogástrica: Esta via não é muito utilizada, mas em


algumas situações é preciso, especificamente quando o paciente não consegue
deglutir, entretanto não são todos os medicamentos que podem ser administrado
neste via, como por exemplo omeprazol, medicamentos gelatinosas, entre outros, e
todos os medicamentos são administrados iguais, independente se é sonda
nasoenteral ou nasogástrica, a única diferença é que a nasoenteral está localizada
na porção do intestino e nasogástrica está localizada na porção do estomago.

Gastrostomia, jejunostomia: As formas de administrações de


medicamentos nestas vias são muito parecidas, sendo toda realizadas
cirurgicamente, com seringa, sendo administrado água antes e depois de administrar
o medicamento e a alimentação, a sonda gastrotomia é localizada na região do
estomago, a jejunostomia está no jejuno.

Via retal: Está via de administração é impopular e desconfortável, pois o


medicamento será administrado na região retal em fórmula de supositório ou enema
retal.
Analgésicos: novalgina- é um supositório indicado para dor e febre, tendo
o seu efeito de 30 a 60 minutos com duração de 4 horas.

Via tópica

Dermatológica: É aplicação de medicamentos sobre a pele, e são


administrados em forma de loções, pomadas, géis e cremes, e tem o objetivo de
ação local
Analgésicos: diclofenaco dietilamônio- é indicado para aliviar a dor e
reduzir os sintomas da inflamação como inchaço e dor, em situações de: Entorses,
lesões, contusões, distensões, torcicolo, dores nas costas, dor muscular, dor pós-
traumática, lesões causadas pela prática esportiva; Tendinite, entre outros.
Via otológica: É a aplicação de medicação no interior do canal auditivo.

Via nasal: É uma via que consiste na aplicação de medicamentos dentro


do nariz.

Via ocular: É administrada na conjuntiva ocular, sendo absorvido


principalmente pelo epitélio do saco conjuntival. E os medicamentos são em forma
de pomada e colírio.
Analgésicos: Mirugell- é usado para alívio temporário da irritação,
vermelhidão e ardor devidos ao olho seco, para o alívio temporário do desconforto
devido a pequenas irritações do olho ou a exposição ao sol.

Via naginal: esta administração e uma aplicação intranaginal

Via parenteral

Via parenteral é a via de administração de medicamentos através de


injeção. Pelas vias endovenosa, intramuscular, subcutânea e intradérmica.

Endovenosa: são medicamentos que são administrados na veia do


paciente ou em um acesso via diversos tipos de equipo.
Analgésico: Paracetamol deve ser administrado exclusivamente como
uma infusão intravenosa durante 15 minutos.

Intramuscular: é administração de medicamentos diretamente no tecido


muscular, depois da via endovenosa, este meio é a de mais rápida absorção.

Subcutânea: é a administração de medicamento no tecido subcutâneo.

Intradérmica: ela é a mais superficial das injeções, sendo aplicada na


camada entre a derme e o tecido subcutâneo, cerca de 2mm abaixo da área externa
da pele.

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