Você está na página 1de 10

SOCIALIZAÇÃO DO IV FESTIVAL DAS NAÇÕES INDÍGENAS 2019

8º A

A CONTRIBUIÇÃO DA DIVERSIDADE ÉTNICA E CULTURAL NA


CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA
Origem
• Sateré-Mawé. Sateré, quer dizer "lagarta de fogo'', refere ao clã mais
importante dentre os que compõem esta sociedade, do qual é a linha sucessória
dos chefes. Mawé, quer dizer "papagaio inteligente e curioso'‘.
• Em 1669 os europeus se encontraram com os Sateré-Mawé, e eles descobriram
o guaraná, feito pelos índios por séculos por assar a castanha do cipó
guaranazeiro. A Terra Indígena Andrá Marau experimentou um aumento
dramático de população depois 1980, que destruiu a capacidade dos Sateré -
Mawé manter um nível adequado da sua subsistência, e criou uma falta de
alimento nas aldeias e a perda de caça e pesca no ambiente das cem aldeias.
• Comprando comida nas cidade de Parintins e Maués não era economicamente
viável. O comércio de guaraná e de outros produtos silvestres foi negligenciado
por algum tempo. Para os índios a produção é pelo indivíduo e depois a perda
dos líderes anteriores causou muitas divisões internas. Também uma empresa
na cidade de Maués tentou introduzir guaraná geneticamente modificado, que
ameaçou o guaraná natural e seu comércio como orgânico.
Organização Social e Econômica
Estilo da vida: Os assentimentos são organizados em famílias
extensas, com os chefe e seus filhos e seus netos. Cada família
nuclear tem sua casa, uma cozinha construída entre a casa e o porto
no rio ou no igarapé. Na cozinha os homens torram o guaraná e as
mulheres preparam a farinha de mandioca. Cada família tem suas
plantações: os guaranazais, as roças de mandioca, cará, batata doce
e arvores frutíferas. A cultivação da mandioca é na estação seca e as
famílias dispersam para suas roças, mas durante a épocas das
chuvas as famílias se concentram nas aldeias para a produção do
guaraná. A primeira reflete a divisão clânica, a segunda a sociedade
antes de ter os clãs.
Sociedade: Os sítios ou assentimentos são a unidade social. São
organizados sob a autoridade dos chefes das famílias extensas, eles
mandam construir casas, organizam a produção da família e convida
parentes ou amigos de outros assentimentos para ajudar. Eles
organizam as caças, pescas, coletas de frutas, abertura de novas roças
e a limpeza dos guaranazais. Mas cada família nuclear é dono da sua
casa e suas roças e plantações. Quando a população de um sítio
aumento pode se transformar em aldeia, especialmente conforme o
prestígio do chefe da família. Há o capitão, instituído pela FUNAI
para intermediar as relações com os brancos.
Artesanato: Os Sateré Mawé inventaram o guaraná do fruto do cipó
Paullinia cupana. Os homens confeccionam peneiras, cestos, tipitis,
abanos, bolsas, chapéus, paredes, coberturas de casas com talos e
folhas de caranã, arumã e outros.
Localização Geográfica e População
• Localização: Os Sateré-Mawé habitam a região do médio
rio Amazonas, em duas Terras Indígenas uma no estado do
Amazonas e outra na divisa deste com o Pará. Eles se
encontram em duas reservas principalmente.

• População:
• 10.030; 9.160
Ano População Fonte
1987 4710 Funai
1991 5825 Funai
1999 6950 Ameríndia
Cooperação
2000 7134 Funai
2002 7376 Funasa
2010 10761 Funasa
2014 13350 CGTSM
Religiosidade (Crenças)
• O Porantim é o elemento principal na cosmologia Sateré-Mawé.
Segundo os índios, é no Porantim (madeira com formato de remo)
que está gravada a história da origem do povo Sateré. Ele possui
poderes mágicos, com os quais é possível prever acontecimentos,
apartar desavenças e solucionar conflitos internos. [4]
• Os Sateré-Mawé referem-se ao seu lugar de origem como sendo o
Noçoquém, lugar da morada de seus heróis míticos. Eles localizam-
no na margem esquerda do Tapajós, numa região de floresta densa
e pedregosa, "lá onde as pedras falam".
• Em questão de Religiosidade apesar de algumas populações mais
isoladas se manterem fieis aos rituais e crenças originais, pesquisas
indicam que a população é hoje predominantemente católica (65%
aproximadamente) o que proíbe alguns rituais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• AGASSIZ, Luiz; AGASSIZ, Elizabeth Cary. Viagem ao Brasil : 1865-1866. São
Paulo : Edusp ; Belo Horizonte : Itatiaia, 1975. 323 p. (Reconquista do Brasil, 12)
• ALANIS, Rosângela. Sateré-Maué apostam na força do guaraná. Amazônia Vinte e
Um. Manaus : Vinte e Um, v. 2, n. 7, p. 15-7, abr. 2000.
• ALVAREZ, Gabriel O. Os Satere-Mawé. In: ALVAREZ, Gabriel O.; REYNARD,
Nicolas (Org.). Amazônia cidadã : previdência social entre as populações
tradicionais da região Norte do Brasil. Brasília : MPAS, 2000. p. 78-95. (Coleção
previdência Social, Série Especial, 1)
• -------- Satereria. Tradição e política Sateré-Mawé. Manaus : Valer Editora, 2009.
210 p.
• AZEVEDO, Marta Maria; PAGLIARO, Heloísa; SANTOS, Ricardo Ventura.
Demografia dos Povos Indígenas. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2005, 192 p.
• BATISTA, Adenise Oliveira et al. Seres vivos. v. 2: nossos peixes, pequenos
animais. Manaus :Seduc ; Maues : Opism, 1998. 79 p.
• BAYERN, Therese von. MeineReise in denBrasilianischenTropen. Berlim :Verlag
von Dietrich Reiner, 1897.

Você também pode gostar