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REEDUCAÇÃO FUNCIONAL

CONCEITOS BÁSICOS E NOÇÕES


GERAIS

PROF GILZA BRENA NONATO MIRANDA


REEDUCAÇÃO FUNCIONAL
REEDUCAÇÃO?

substantivo feminino

1. ato ou efeito de reeducar; nova educação.

2. método que permite a certos


convalescentes a recuperação dos membros
lesados ou das faculdades prejudicadas.
REEDUCAÇÃO FUNCIONAL
FUNCIONAL

adjetivo de dois gêneros

1. relativo a função.

2. que se adquire em virtude de funções


exercidas e cuja validade dura exatamente
o período de exercício (diz-se de
nacionalidade).
REEDUCAÇÃO FUNCIONAL

REEDUCAÇÃO + FUNCIONAL

RECUPERAÇÃO DE FACULDADES DE
MEMBROS LESIONADOS COM FOCO NA
FUNÇÃO
CONCEITO
 Um meio de educar o indivíduo na realização de suas
funções habituais.

 Objetivo → fornecer subsídios para que o paciente que


está temporariamente ou permanentemente sem suas
funções, possa voltar a exercê-las ou até mesmo
aprender uma nova maneira de executá-las.

 Visa evitar desordens do organismo, prevenindo


imobilidade e suas consequências como úlceras de
decúbito, acúmulo de toxinas, melhorando circulação,
respiração e propriocepção (KISSNER, 1998)
NOÇÕES BÁSICAS
 Pilares

Avaliação funcional

Identificação da causa raiz das


queixas
NOÇÕES BÁSICAS

 Objetivo principal

 Planejamento terapêutico eficaz baseado na


identificação da estratégia motora de modo a
tratar o paciente de uma maneira mais
adequada, com foco na funcionalidade
FUNÇÃO X MOVIMENTO REPETITIVO

 Aprendizagem motora

 Refere-se às mudanças internas relativamente


permanente na capacidade de realizar
habilidades motoras

 Surge da interação indivíduo, tarefa e ambiente


FUNÇÃO X MOVIMENTO REPETITIVO
 Fitts e Posner

 Três estágios:

 Cognitivo: grande quantidade de erros. Procura


entender a tarefa
 Associativo: capacidade de detecção e correção de
erros, melhora do desempenho
 Autônomo: menor necessidade de processamento
de informações para realizar habilidades
motoras. Desempenho consistente. Mecanismo de
detecção e correção de erros bem desenvolvido
para habilidade
FUNÇÃO X MOVIMENTO REPETITIVO
 Adams

 Verbal-motor: aprendiz reproduz verbal ou


mentalmente as características compostas na
habilidade executada de forma a favorecer sua
realização

 Motor: não há mais necessidade de reprodução

 Aprendizagem motora : inferida por meio do


desempenho e melhora por meio da consistência e
fluência do movimento, diminuição do erro de
execução de execução e diminuição no tempo
FUNÇÃO X MOVIMENTO REPETITIVO
 Fatores que afetam a aquisição de habilidades
motoras:
 Instrução/demonstração

 Feedback

 Estrutura de prática

 Tipo de prática

 Distribuição prática

 Estabelecimento de metas
FUNÇÃO X MOVIMENTO REPETITIVO
 Estrutura de prática
 Prática: esforço consciente de organização,
execução, avaliação e modificação das ações
motoras a cada tentativa.
 Praticar várias vezes + valorizar a qualidade da
prática

 Estrutura da prática:
 Constante: sem variação

 Variada: aleatória, em blocos ou seriada


FUNÇÃO X MOVIMENTO REPETITIVO
 Prática: com e sem repetição (mesma tarefa feita
em ambientes diferentes)

 Paciente aprende a resolver e organizar condições


e solucionar problemas em contextos variados

 Fisioterapeuta orienta a série de atividades (de


acordo com avaliação) cria o ambiente correto e
motivador para aprendizagem
FUNÇÃO X MOVIMENTO REPETITIVO
 Práticas mistas: constante incialmente +
seguida de aleatória

 Práticacom pouca variação no início e mais


variação no final

 Formar padrão básico mediante prática com


pouca variação no início do processo de
aprendizagem motora é condição necessária
para que tal padrão seja diversificado e
adaptado com mais variação em estágios
intermediários e avançados
QUATRO PASSOS DA REAPRENDIZAGEM MOTORA

 ANÁLISE DA FUNÇÃO

 PRÁTICA DOS COMPONENTES PERDIDOS

 PRÁTICA DA ATIVIDADE

 TRANSFERÊNCIA DA APRENDIZAGEM
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO
 Estabelecer metas + objetivos do
tratamento em parceria com o paciente
 Metas: ligadas à atividade funcional do
paciente + limitações + potencialidades

Motivação!

Observar o paciente na execução da tarefa


pretendida : identificar erros e acertos,
promover ajustes
PRÁTICA DOS COMPONENTES PERDIDOS

 Segmentar a tarefa em componentes menores. No


início treino de forma isolada, depois como um
todo

 Feedback verbal: explanação e correção da


atividade

 Pistas não verbais: orientação manual, espelho

 Importante: reforço positivo e alinhamento


corporal
PRÁTICA DA ATIVIDADE
 Feedback verbal e orientação manual do
terapeuta

 Trabalhar incialmente no limite de habilidades


do paciente

 Aumentar complexidade: diminuir feedback


verbal e orientação manual do terapeuta e
acrescentar variações da tarefa
TRANSFERÊNCIA DA APRENDIZAGEM
 Garantir que o paciente consiga transpor
atividades terapêuticas para o seu dia-a-dia

 Praticar em ambientes que simulem a realidade


(com obstáculos, diferentes superfícies)

 Envolvimento de familiares e cuidadores, para


garantir a continuidade do tratamento no
ambiente domiciliar (idoso)
ESTABELECIMENTO DE METAS FUNCIONAIS
TERAPÊUTICAS

 Estabelecer metas: plano de tratamento


 Baseado na CIF (Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde)
 Principal preocupação: FUNCIONALIDADE

 Para traçar objetivos e iniciar tratamento:


fisioterapeuta deve avaliar aspectos relacionados
à estrutura e função , participação social,
ambiente e fatores pessoais
APLICABILIDADE
 Em pacientes neurológicos: modificações
ambientais, demanda da tarefa
 Exemplo
 Função caminhar: andar na grama, na areia,
imitando algum personagem famoso, como
soldado, com sapatos, de meia, descalço, com ou
sem órtese
 Treino de sentar e levantar

 O treino que contempla variabilidade de prática


pode levar em conta o ambiente e a demanda da
tarefa a fim de garantir variação sem monotonia
durante o treinamento
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 Assis, R.D. Condutas práticas em fisioterapia


neurológica / [editor Rodrigo Deamo Assis]. –
Barueri, SP: Manole, 2012.

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