Você está na página 1de 10

dr. Crimpelho C.

António
E-mail: crimpelhoadao@yahoo.com.br
Administração periférica
 Conceito
 É o conjunto de órgãos e serviços de pessoas colectivas públicas
que dispõem de competências limitadas a uma área territorial
restrita e funcionam sob a direcção dos correspondentes órgãos
centrais.
 Características:
 É constituída por um conjunto de órgãos e serviços quer locais e
exteriores.
 Esses órgãos e serviços pertencem ao Estado, ou a pessoas
colectivas públicas de tipo institucional ou associações.
 A competência de tais órgãos é limitada em função do território,
não abrange nunca a totalidade do território nacional.
 Órgãos e serviços da administração periférica funcionam sempre
na dependência hierárquica dos órgãos centrais da pessoa
colectiva pública a quem pertence
Espécies da Administração periférica
Orgaos e serviços locais do Estado;
Orgaos e servicos locais de institutos publicos e
de Associacoes publicas;
Orgaos e servicos externos do Estado;
Orgaos e servicos externos de institutos
publicos e associacoes.
A transferência dos serviços periféricos
 Isto sucede com maior índice na Inglaterra onde maior parte dos
serviços periféricos do Estado são geridos pelos órgãos municipais.
Assim sendo diríamos que a transferência de serviços periféricos
consiste na numa atribuição legal de alguns serviços periféricos do
Estado aos órgãos municipais, de modo que estes possam fazer a
sua gerência não como seus serviços mas como serviços do Estado.
 Isto e, existe uma lei que atribui ao órgão municipal a competências
de gestão de um determinado serviço publico do Estado sem que o
mesmo perca a sua natureza de serviço periféricos do Estado.
 Temos que dizer que esta não e a nossa realidade porque o que
sucede e termos um aparelho administrativo fortemente centralizado
e que obedece uma hierarquia bastante solidificada, a par desta
temos ai as fortes tendências da descentralização que fazem surgir
os municípios/autarquias ou o poder local.
A Administração local do Estado

 A divisão dos territórios


são as que levam as diversas demarcações de
áreas, zonas ou circunscrições que servem para
definir a competência de dos órgãos e serviços locais
do Estado, que ficam assim delimitados em razão do
seu território.
E assim considera-se a divisão administrativa geral,
pois podemos ter outras formas de divisão do
território como: judicial, militar, civil, etc. porėm
aqui vamos tratar da divisão administrativa geral
que se subdivide em duas: para efeitos de
administração local do Estado e para efeitos de
administração local autárquica.
Circunscrição administrativa e autarquias
locais
 consideram-se circunscrições administrativas as zonas existentes no
pais para efeitos de administração local. No entanto, ė preciso não
confundir este conceito com as autarquias locais, porque estas duas
figuras apesar de terem alguma similaridade, são bastante
diferentes, baseando-se em alguns pontos que passamos a destacar:
 A circunscrição ė apenas uma porção do território que resulta de uma
certa divisão do conjunto, ao passo que a autarquia local e uma
pessoa colectiva, e uma entidade publica que administrativa que tem
por base uma certa área territorial.
 A circunscrição administrativa ė parcela de território nas quais
actuam órgãos locais do Estado, ao passo que as autarquias locais
são pessoas colectivas per se e sempre distintas do Estado.
As divisões administrativas básicas
 As divisor administrativas básicas subdividem-se em dois
grandes grupos a saber: divisão administrativa para efeitos de
administração local do Estado que podem compreender: as
províncias, distritos, posto administrativos, localidades e
povoações (ver o n.1 do artigo 7 da CRM) e divisão
administrativa para efeitos de administração local autárquica,
que passamos a destacar: municípios e povoações (confrontar
com o nr.1,2 e 3 do artigo 273 da CRM).
 Na primeira procura-se trazer uma abordagem geral do
território sem obedecer qualquer especificidade e no segundo
caso falamos exclusivamente a divisão que os órgãos da
administração local autárquica trazem para demarcações de
áreas, zonas ou circunscrições que servem para definir a
competência das suas áreas e serviços.
A harmonização das circunscrições
administrativas
 Consiste numa serie de medidas e operações que tem por
finalidade o mais que for possível as varias divisões do
território existente, de modo a simplificar no seu conjunto a
divisão administrativa do território nacional.
 Esta harmonização pode compreender a articulação entre as
duas divisões básicas do território e a articulação entre a
divisão comum e as divisões especiais para efeitos da
administração local do Estado. Podemos dar exemplo se
suceder que a Província da Zambézia seja enquadrada na
zona norte tanto como se faz menção ultimamente
procurando retirar da zona centro para a zona norte, ai
estaríamos perante esta eminente figura jurídica.
Os órgãos locais do Estado
 São órgãos da pessoa colectiva Estado que, na dependência
hierárquica do Governo, exercem uma competência limitada a
uma certa circunscrição administrativa.
 Desta definição podemos tirar 3 elementos básicos:
 São órgãos, porque tem poder de decisão e este e conferido
por lei (podemos indicar as Leis dos Órgãos Locais do Estado
de Mocambioque, ė casop da Lei n. 8/2003 de 8 de …….) para
a pratica de diversos actos administrativos que são
vinculativos ao Estado como pessoa colectiva publica.
 São órgãos do Estado, porque pertencem aos órgãos locais do
Estado, e estão integrados numa cadeia de subordinação
hierárquica cujo toco se encontra o Governo e devem
obediência as ordens e instruções deste.
 Tem competência meramente local, só pode praticar o acto
dentro duma parcela territorial que foi atribuído legalmente.
Bibliografia
 AMARAL, Diogo Freitas- curso de direito
Administrativo - 3ª ed. Vol. 1, Livraria
Almedina, Coimbra 2009.

Você também pode gostar