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CENTRO DE EDUCAÇÃO

TECNOLÓGICA DO AMAZONAS

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO

Prof.: ANDERSON PEREIRA SALVADOR.

MAUÉS – AM
2019
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
FÁBULA DA CONVIVÊNCIA
Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo
terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais
não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos por não se
adaptarem às condições do clima hostil. Foi então que uma grande
manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver,
começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir
o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se
mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno
tenebroso. Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a
ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes
forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E
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afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
FÁBULA DA CONVIVÊNCIA

Dispersaram-se, por não suportarem mais tempo os espinhos de seus


semelhantes. Doíam muito. Mas essa não foi a melhor solução:
afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não
morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com
precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava certa
distância do outro (mínima), mas o suficiente para conviver sem ferir,
para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim,
suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Esta narrativa figurada, na
qual os personagens são animais com características humanas, procura
sustentar uma lição em seu final.Você já percebeu qual é? Reflita!
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
Você certamente já deve ter escutado a famosa frase: uma andorinha
só não faz verão, isso porque o homem é um ser social, ou seja,
precisa fazer parte de um grupo, muitas vezes, independentemente
de nossas escolhas. Fazemos parte de um grupo desde o nosso
nascimento, como família e amigos mais próximos. Somente depois
participaremos dos grupos secundários, que são feitos quando não
se tem certo grau de proximidade, como nos locais de trabalho.

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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
O ser humano é capaz de desenvolver relacionamentos interpessoais
por meio de interações com o próximo, isto é, por intermédio do
convívio, do processo de comunicação.

Segundo Moscovici (1985), as relações interpessoais podem ser


conceituadas como todos os contatos que ocorrem entre sujeitos em
diferentes circunstâncias e espaços, a exemplo do meio familiar ou de
trabalho.

Vamos conhecer melhor o funcionamento de Instituições que


dependem do sucesso das relações interpessoais para o seu bom
funcionamento.
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
ORGANIZAÇÕES
As organizações são entidades compostas com propósitos claros e
definidos que se alteram em todos os momentos, conforme as leis e a
evolução do mercado. “É uma combinação de esforços individuais que
tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Além das pessoas, as
organizações utilizam outros recursos, como máquinas e
equipamentos, dinheiro, tempo, espaço e conhecimento” Maximiano.
 Principais recursos para o bom funcionamento das Organizações:
• Recursos Humanos = Pessoas
• Recursos Financeiros = Dinheiro/ Capital
• Recursos Materiais = Matéria-Prima
• Recursos Tecnológicos = Tecnologia/ Informática
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
ORGANIZAÇÕES
 Uma organização só existe quando:
a) Há pessoas capazes de se comunicarem e que;
b) Estão dispostas a contribuir com ação conjunta;
c) A fim de alcançarem um objetivo comum.

 A medida que são bem-sucedidas as organizações tendem a crescer;


A medida que crescem aumenta o número de pessoas em
interação.

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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

 É a forma pela qual as atividades desenvolvidas por uma


organização são divididas, organizadas e coordenadas. Num
enfoque amplo inclui a descrição dos aspectos físicos (ex.:
instalações), humanos, financeiros, jurídicos,
administrativos e econômicos.

 São três as características comuns a todas as Organizações:

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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
PROPÓSITO DA ORGANIZACIONAL
 O propósito é a força que move as Empresas, ajudam a organização a
estabelecer de forma clara e articulada o seu objetivo, trabalhos
em conjunto, motivação de equipes, bem estar e interação
contribuem para um desenvolvimento bem sucedido do propósito de
uma organização.
 A razão define a razão de existir. Crescer? Ser sustentável? Ganhar
dinheiro?

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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
A IMPORTÂNCIA DA PERCEPÇÃO HUMANA
 Percepção – é o processo pelo qual as pessoas formam
conhecimento de si, dos outros e do mundo.
 O processo perceptivo é uma ferramenta fundamental
nos relacionamentos, pois aguça a interpretação de sinais
interiores e exteriores. Provoca reflexões críticas gerando
nas pessoas a necessidade de reavaliarem suas próprias
crenças como mecanismo de preservação da qualidade de
vida e da sua identidade humana.

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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
AUTOCONHECIMENTO X INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
AUTOCONHECIMENTO X INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
 O autoconhecimento é o ponto de partida para o processo de
mudança pessoal. Muitas pessoas desconhecem o que as conduzem a
reagir de determinada forma, em outras palavras, são estranhas para
si mesmas.
 Inteligência Emocional – é aquela que faz toda a diferença
quando se trata de pensar o ser humano em sua totalidade, além
disso, pode desenvolver-se a partir do autoconhecimento, que
implica:
• Conhecer as próprias emoções
• Saber lidar com as emoções
• Motivar-se
• Reconhecer as emoções no outro
• Saber lidar com os relacionamentos
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
RELAÇÕES HUMANAS
As relações humanas ocorrem em decorrência do processo de
interação. Em situações de trabalho, compartilhadas por duas ou
mais pessoas, há atividades a serem executadas, bem como
interações e sentimentos recomendados: comunicação, cooperação,
respeito, amizade.
 4.1 A ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS
A abordagem humanista da teoria organizacional contrariou vários
postulados da abordagem clássica de Fayol e da Administração
Científica de Taylor. A ênfase na estrutura e nas tarefas foi substituída
pela ênfase nas pessoas. A natureza do ser humano como ‗‘homo
social‘‘ substituiu a concepção de ‗‘homo economicus‘‘, ou seja, as
pessoas são motivadas e incentivadas por estímulos financeiros.
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA
PROFISSIONAL
RELAÇÕES HUMANAS
 Através das experiências coordenadas por Elton Mayo e realizadas a partir de
1927 na fábrica ‗‘ Westerm Electric Company‘‘, que produz equipamentos
telefônicos, foi permitido o delineamento dos princípios básicos da Abordagem
Humanista. Foram assim realizados testes na linha de produção, realizados em 4
fases, conduzindo experimentos relacionados a influência da luminosidade no
ambiente de trabalho com a eficiência dos operários medida pela produção;
trabalho em grupo e da qualidade do ambiente.
 Conclusões da Experiência de Hawthorne:
• O nível de produção é resultante da integração social;
• O comportamento social dos empregados se apoia totalmente no grupo;
• As recompensas e as sanções sociais são importantes;
• Os grupos informais são diversos;
• As relações humanas são intensas e constantes;
• A importância do conteúdo do cargo afeta o moral do trabalhador;
• Deve se dar ênfase aos aspectos emocionais;
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Teoria geral da
Administração

Prof. Anderson Salvador


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Frederick Winslow Taylor
(1856/1915)

Frederick Winslow Taylor iniciou a sua carreira na companhia de aço


Midvale Steel Works como operário, tornando-se mais tarde engenheiro-chefe.
Foi consultor na Bethlehem Steel Works de Pittsburgh, onde realizou as suas
famosas experiências.
A máxima de Taylor era de que só havia uma melhor maneira de
desempenhar uma tarefa, pelo que cabe aos gestores fazerem a supervisão do
trabalho, recompensando ou punindo as pessoas de acordo com o seu
desempenho.

Taylor foi o precursor do estudo da Administração como Ciência.


1880 – Midvale Steel Company
Fatos
A OBRA DE TAYLOR. “Arrumando o chão de Fábrica”
PRIMEIRO PERIODO DE TAYLOR.
Corresponde à época da publicação de seu livro Shop Managemant (administração
de Oficinas). Nesta obra mostra as técnicas de racionalização do trabalho do
operário por meio do Estudo de Tempos e Movimentos.

Taylor diz que o Objetivo da Administração/Chefia é:


1. Pagar salários melhores e reduzir custos unitários de produção;
2. Aplicar métodos científicos de pesquisa e experimentos;
3. Selecionar cientificamente os trabalhadores “O homem certo para a função certa”
4. Treinar os trabalhadores para que haja uma única maneira de fazer a coisas.
“The one best way”
5. Estabelecer um ambiente psicológico de cooperação entre administração e
trabalhador.

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IDÉIAS BÁSICAS

• SELECIONAR OS MELHORES TRABALHADORES

• ENSINAR O MELHOR MÉTODO DE TRABALHO

• PAGAR SALÁRIOS MAIS ALTOS


4 PRINCÍPIOS
PRINCÍPIO DE PLANEJAMENTO
substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos – sai de cena o
improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser planejado e testado, seus
movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução.

PRINCÍPIO DE PREPARO DOS TRABALHADORES


selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-
los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que
atinjam a meta estabelecida.

PRINCÍPIO DE CONTROLE
controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo
realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.

PRINCÍPIO DA EXECUÇÃO
distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais
disciplinado possível.
O ponto de partida dos estudos de Taylor foi o O MÉTODO
CARTESIANO * de René Descartes como base da aplicação dos
princípios tecnológicos de sua época ao trabalho manual.

Verificar
se existem evidências reais e indubitáveis acerca do fenômeno ou coisa estudada;
Analisar
suas unidades de composição, fundamentais, e estudar a fundo cada elemento;
Sintetizar
ou seja, agrupar novamente as unidades estudadas em um todo verdadeiro;
Enumerar
todas as conclusões e princípios utilizados, a fim de manter a ordem do
pensamento.

O método cartesiano: Duvida-se de cada ideia que pode ser duvidada. Só se pode dizer que existe aquilo que 11
possa ser provado.
SEGUNDO PERÍODO DE TAYLOR - 1911

Este período corresponde a publicação do seu Livro Princípios de Administração


Científica , quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria
ser acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse
coerente a aplicação dos seus princípios.

Para Taylor, as industrias de sua época padeciam de três males:

1. Vadiagem sistemática dos operários;


a) O engano disseminado entre os trabalhadores, de que o maior rendimento do homem
e da máquina provoca desemprego;

b) O sistema defeituoso da administração que força os operários à ociosidade no


trabalho a fim de proteger seus interesses;

c) Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais o operário


desperdiça grande parte de seu esforço e tempo;
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2. Desconhecimento, pela gerencia, das rotinas de trabalho e

do tempo necessários para sua realização;

Segundo Taylor a Administração Científica é uma evolução e não


uma teoria, tendo como ingrediente 75% de análise e 25% de bom
senso.

3. Falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho;

Apesar de sua atitude pessimista a respeito da natureza humana,


já que considerava o operário como “irresponsável”, “vadio” e
“negligente”, Taylor se preocupou em criar um sistema baseado na
intensificação do ritmo de trabalho em busca da eficiência
empresarial.

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ADMINISTRACAO COMO CIÊNCIA “Primeiros estudos”
Para Taylor, a improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o empirismo
à Ciência. Ou seja, usar a razão.
A idéia de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos
recebeu o nome de

ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO (ORT).


A ORT se fundamenta em:
1. Estudo de tempos e movimentos;
2. Divisão do Trabalho e especialização do operário;
3. Desenho de cargos e tarefas;
4. Condições de Trabalho;
5. Padronização das tarefas;
6. Supervisão funcional;
7. Fadiga do trabalhador;
8. Principio da exceção;
9. Premiação da eficiência – O Homo Economicus; 14
Vantagens do estudo dos Tempos e Movimentos

a) Elimina movimentos inúteis e os substitui por outros;

b) Racionaliza a seleção e treinamento do pessoal;

c) Melhora a eficiência do operário e o rendimento da produção;

d) Distribui uniformemente o trabalho, para que não haja

períodos de falta ou excesso de trabalho;

e) Oferece base uniforme para salários eqüitativos e prêmios de

produção;
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Objetivos do estudo dos Tempos e Movimentos

1. Eliminação de todo o desperdício de esforço humano;

2. Adaptação dos operários à tarefa;

3. Adequar os trabalhadores ao que deve ser feito, através de


treinamentos ;
4. Maior especialização de atividades;

5. Estabelecimento de normas detalhadas de execução do

trabalho.

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DESENHO DE CARGOS E TAREFAS.
Tarefa é toda atividade executada por uma pessoa no seu trabalho dentro
da organização.

Desenhar um cargo é especificar seu conteúdo (tarefas),os métodos de


executar as tarefas e as relações com os demais cargos existentes.

Vantagens:
a) admissão de empregados com qualificações mínimas e salários
menores,reduzindo os custos de produção.
b) minimização dos custos de treinamento;
c) redução de erros na execução,diminuindo os refugos e rejeições;
d) facilidade de supervisão;
e) aumento da eficiência do trabalhador;
CONDIÇÕES DE TRABALHO.
As condições de trabalho que mais
preocuparam a Administração Científica:

•a) adequação de instrumentos e ferramentas de


trabalho e de equipamento de produção;
•b) arranjo físico de máquinas e equipamentos para
racionalizar;
•c) melhoria do ambiente físico de trabalho;

•d) projeto de instrumentos e equipamentos


especiais
PADRONIZAÇãO
Padrão é uma unidade de medida adotada e aceita comumente
como critério. A organização racional do trabalho foi mais além e
passou a se preocupar com a padronização dos métodos e
processos de trabalho.

Padronização do que? Das maquinas e equipamentos, ferramentas


e instrumentos de trabalho, matérias-primas e componentes e
principalmente o método de trabalho.
O intuito é de se reduzir a variabilidade e a diversidade no
processo produtivo e daí, eliminar o desperdício e aumentar a
eficiência.

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princípio DA EXCEÇÃO.

Taylor adotou um sistema de controle operacional simples e baseado na


verificação das exceções. Ou seja, Taylor se preocupava somente com
os resultados que saiam fora dos padrões esperados, para
corrigi-los.

Assim, este princípio é um sistema de informação que apresenta dados


somente quando os resultados efetivamente verificados na prática
divergem ou se distanciam dos resultados previstos em algum
programa.

O administrador deve prioritariamente verificar as ocorrências que se


afastem dos padrões, ou seja, as exceções, para que sejam corrigidas.

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SUPERVISÃO FUNCIONAL

A administração direta tem relação com o


pensamento do trabalhador precisar ser
monitorado para evitar a “cera” (ociosidade)

A administração funcional consiste em dividir o


trabalho de maneira que cada homem tenha que
executar a menor variedade possível de funções.

Ou seja: Supervisionar a função!


CONCEITO DE HOMO ECONOMICUS

A Administração científica baseou-se no conceito de


homo economicus, isto é, do homem econômico.

Segundo este conceito, toda pessoa é concebida como


influenciada exclusivamente por recompensas
salariais, econômicas e materiais.

Desta forma, explica-se a intenção de Taylor em instituir

incentivos salariais e prêmios por produção

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CRÍTICAS AO TAYLORISMO

• Dois grupos:
– Mecanização: desestimula a iniciativa pessoal do operário,
tornando-o “parte da máquina”, não considerando os seus
aspectos psicossociais
– Esgotamento físico: realizar mais do que previsto, para aumentar
pagamento

• Consequências:
– Especialização demasiada da produção do operário, tornando-o
apêndice da máquina;
– Destruir a iniciativa própria e relacionamento interpessoal
– Atomizar o trabalho em demasia, minimizando as aptidões dos
operários
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EXERCÍCIO

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