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Professor

Renato Santos
1ª Geração do Modernismo no Brasil

Dois cartazes que fizeram parte


da divulgação da Semana de
Arte Moderna.
Semana de Arte Moderna

"Dentro de pouco tempo - talvez


bem pouco - o que se chamou, em
fevereiro de 1922 em São Paulo, a
Semana de Arte Moderna,
marcará uma data memorável no
desenvolvimento literário e artístico
do Brasil"

Paulo Prado

Capa do catálogo da exposição da Semana de


Arte Moderna.
Criação: Di Cavalcanti
Semana de Arte Moderna

A SAM representou uma verdadeira


renovação de linguagem pois a arte
passou então da vanguarda, para o
modernismo. O evento marcou
época ao apresentar novas ideias e
conceitos artísticos, como a poesia
através da declamação, que antes
era só escrita; a música por meio de
concertos, que antes só havia
cantores sem acompanhamento de
orquestras sinfônicas; e a arte
plástica exibida em telas, esculturas
e maquetes de arquitetura, com
desenhos arrojados e modernos.
Semana de Arte Moderna

A Semana de Arte Moderna,


também chamada de Semana
de 22, ocorreu em São Paulo
no ano de 1922, de 11 a 18 de
fevereiro, no Teatro Municipal.
Semana de Arte Moderna
Semana de Arte Moderna
1ª Geração do Modernismo no Brasil

ABAPORU vem de 'aba' e 'poru' e


significa o mesmo que Antropofagia,
que vem do grego antropos (homem) e
fagia (comer), ou seja, "homem que
come", em tupi-guarani. Foi pintado
em óleo sobre tela em 1928 por Tarsila
do Amaral para dar de presente de
aniversário ao escritor Oswald de
Andrade, seu marido na época.
É a tela brasileira mais valorizada em
um leilão, tendo alcançado o valor de
US$ 1,5 milhão, pago pelo
colecionador argentino Eduardo
Costantini em 1995. Encontra-se
exposta no MALBA – Museu de Arte
Latinoamericano de Buenos Aires.
1ª Geração do Modernismo no Brasil

03 FUVEST – 2006 - Considere as seguintes comparações entre a cena do primeiro encontro


de Macabéa e Olímpico, figurada no excerto, e a célebre cena do primeiro encontro de
Leonardo e Maria da Hortaliça (Memórias de um sargento de milícias), a bordo do navio:
I – Na primeira cena, utiliza-se o diálogo verbal como meio privilegiado de representação, ao
passo que, na
1ª Geração do Modernismo no Brasil

OSWALD DE ANDRADE
poeta, romancista e dramaturgo, nasceu em São
Paulo em 11 de janeiro de 1890. Filho de família rica,
estuda na Faculdade de Direito do Largo São
Francisco e, em 1912, viaja para à Europa. Depois de
separar-se de Pagu, casou-se, em 1936, com a poetisa
Julieta Bárbara. Em 1944, mais um casamento, agora
com Maria Antonieta D'Aikmin, com quem
permanece junto até a morte, em 1954.
Nenhum outro escritor do Modernismo ficou mais
conhecido pelo espírito irreverente e combativo do
que Oswald de Andrade.
Erro de Português

Quando o português chegou Que pena!


Debaixo de uma bruta chuva Fosse uma manhã de sol
Vestiu o índio O índio tinha despido
O português.
1ª Geração do Modernismo no Brasil

MÁRIO RAUL DE MORAIS ANDRADE


nasceu no dia 9 de outubro de 1893, na Rua
Aurora, 320, em São Paulo. No segundo dia de
espetáculos, durante o intervalo, em pé na
escadaria, Mário de Andrade lê algumas
páginas da obra "A Escrava que não é Isaura".
O público, como já era esperado, reagiu com
vaias. A Segunda Guerra Mundial parece ter
afetado profundamente o poeta, que falece na
tarde de 25 de fevereiro de 1945.

"Malditos para sempre os Mestres do Passado! Que a simples recordação de um de vós


escravize os espíritos no amor incondicional pela forma! Que o Brasil seja infeliz porque os
criou! Que o universo se desmantele porque vos comportou! E que não fique nada! Nada!
Nada!"
1ª Geração do Modernismo no Brasil

MANUEL CARNEIRO DE SOUZA


BANDEIRA FILHO nasceu em Recife, em
19 de abril de 1886. Em 1903 transfere-se
para São Paulo, onde inicia o curso de
Engenharia na Escola Politécnica. No ano
seguinte, interrompe os estudos por causa
da tuberculose e retorna ao Rio de Janeiro.
Desenganado pelos médicos, passa longo
tempo em estações climáticas do Brasil e da
Europa.
1ª Geração do Modernismo no Brasil

Entre 1916 e 1920, enquanto lutava contra a


tuberculose, perde a mãe, a irmã e o pai,
passando a viver solitariamente, apesar dos
amigos e das reuniões na Academia Brasileira
de Letras, para a qual foi eleito em 1940.
Devido a todas essas desilusões, Manuel
Bandeira tinha todos os motivos do mundo
para ser um sujeito mal-humorado. Não era.
Ele sempre teve um sorriso simpático e,
apesar da miopia e de ser "dentuço", adorava
"ser fotografado, traduzido, musicado...".
Apesar de ser um homem apaixonado por
mulheres, nunca se casou, ele dizia que
"perdeu a vez".
Em 13 de outubro de 1968, o poeta, que já
contava mais de 80 anos, faleceu na cidade do
Rio de Janeiro, vítima de parada cardíaca, e
não de tuberculose, doença o acompanhou
durante quase toda a sua vida.
1ª Geração do Modernismo no Brasil

Pneumotórax

Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.


A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
- Diga trinta e três.
- Trinta e três . . . trinta e três . . . trinta e três . . .
- Respire.
...................................................................................................
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o
pulmão direito infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
Poema Tirado de uma Notícia de Jornal

João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
MODERNISMO NO BRASIL
2ª Geração – 1930 a 1945

Contexto Histórico:

- Crise da Bolsa de Nova Iorque - 1929


- Ditadura Vargas – Estado Novo – 1937-1945
- 2ª Guerra Mundial – 1939 – 1945
- Ascensão do Nazismo até 1945.

B1
MODERNISMO NO BRASIL
2ª Geração – 1930 a 1945

Contexto Histórico:

A bomba atômica lançada sobre Hiroxima


no dia 05/08/1945 formou uma enorme
nuvem radioativa, que foi vista a muitos
quilômetros de distância.

B1
MODERNISMO NO BRASIL
2ª Geração – 1930 a 1945

Características:
- REGIONALISMO
Cada autor dessa época trouxe para sua
obra o problema social vivido em uma
determinada região do país, gerando assim
uma literatura regionalista crítica, que
tinha o objetivo de denunciar uma Retirantes
realidade brasileira, provocando a Cândido Portinari
conscientização e, assim, contribuir para a
sua solução.

B1
MODERNISMO NO BRASIL
A Poesia da 2ª Geração – 1930 a 1945

Autores:
MODERNISMO NO BRASIL
A Prosa da 2ª Geração – 1930 a 1945

Autores:
3ª Geração do Modernismo

Modernismo no Brasil – Terceira Geração


1945 – “1960”

- Questionamento psicológico profundo;


- Arte politizada;
- “Arte das palavras”;
- Psicológica - introspectiva.
3ª Geração do Modernismo

Clarice Lispector – 1920 - 1977

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu


escrevo altere qualquer coisa. Não altera em
nada... Porque no fundo a gente não está
querendo alterar as coisas. A gente está
querendo desabrochar de um modo ou de
outro..."
3ª Geração do Modernismo

João Guimarães Rosa 1908 - 1967


Quando escrevo, repito o que já vivi
antes. E para estas duas vidas, um léxico
só não é suficiente. Em outras palavras,
gostaria de ser um crocodilo vivendo no
rio São Francisco. Gostaria de ser um
crocodilo porque amo os grandes rios,
pois são profundos como a alma de um
homem. Na superfície são muito vivazes
e claros, mas nas profundezas são
tranqüilos e escuros como o sofrimento
dos homens.
3ª Geração do Modernismo

João Cabral de Melo Neto – Prêmio Camões de Literatura


1920 - 1999
Nascimento:
09/01/1920
Natural:
Recife – PE

“Fazer poesia para o povo começaria por


usar formas populares”
3ª Geração do Modernismo

Modernismo em Portugal III – Terceira Geração


1974 – Revolução dos Cravos

- Fusão das falas da personagem


e do narrador;
- Meandros do pensamento humano.
3ª Geração do Modernismo

Modernismo em Portugal III – Terceira Geração


1974 – Revolução dos Cravos

AUTORES
José Saramago
- Prêmio Nobel de Literatura
- Discurso Psicanalítico;
- Fusão das falas da personagem
e do narrador;
- Meandros do pensamento humano.
MODERNISMO
Ariano Suassuna

“Em algumas ocasiões lanço


mão do riso para me
defender, porque, como
sertanejo, não gosto de ser
visto dominado pela emoção”
MODERNISMO
Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna nasceu em João Pessoa, então


"Cidade da Paraíba“ em 16 de junho de 1927, é um
dramaturgo, romancista e poeta brasileiro.
Filho do ex-governandor João Suaçuna (1924-1928).
Ariano é um dos mais importantes dramaturgos brasileiros,
autor dos célebres Auto da Compadecida e "A Pedra do
Reino", é um defensor militante da cultura brasileira.
MODERNISMO
Ariano Suassuna

Seu nascimento acabou por ocasionar


a parada de uma procissão que
ocorrera em frente do palácio do
governo do estado.
MODERNISMO
Ariano Suassuna

Aos três anos de idade (1930),


Ariano passou por um dos
momentos mais complicados de sua
vida com o assassinato de seu pai,
no Rio de Janeiro, por motivos
políticos, durante a Revolução de
1930, o que obrigou sua mãe,
Cássia Vilar Suassuna, a levar toda
a família a morar na cidade de
Taperoá.
MODERNISMO
Ariano Suassuna

De 1933 a 1937, Ariano residiu


em Taperoá, onde "fez seus
primeiros estudos e assistiu
pela primeira vez a uma peça
de mamulengos e a um desafio
de viola, cujo caráter de
“improvisação” seria uma das
marcas registradas também da
sua produção teatral."[
MODERNISMO
Ariano Suassuna

Em 1956, afasta-se da advocacia e


se torna professor de Estética da
Universidade Federal de
Pernambuco, onde se aposentaria
em 1994. Em 1976, defende sua tese
de livre-docência, intitulada "A Onça
castanha e a Ilha Brasil: uma reflexão
sobre a cultura brasileira"
MODERNISMO
Ariano Suassuna

Auto da compadecida é uma peça de


teatro, em forma de auto, em três atos
escrita e em 1955 por Ariano Suassuna. Sua
primeira encenação foi em 1956, em Recife,
Pernambuco.
É uma comédia de tipo sacramental que põe
em relevo problemas e situações peculiares
da cultura do Nordeste do Brasil. Insere
elementos da tradição da literatura de
cordel, apresenta traços do barroco católico
brasileiro, mistura cultura popular e tradição
religiosa.
Esta peça projetou Suassuna em todo o
país e foi considerada, em 1962, por Sábato
Magaldi "o texto mais popular do moderno
teatro brasileiro".

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