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Correlação entre a hidratação do cimento e a durabilidade de

compósitos cimentícios reforçados com fibra natural


Disciplina: Tópicos Especiais II: Polímeros
Docentes: Prof. Arlan de A. Gonsalves e Prof. David F. de Morais Neri
Discentes: Fabiano, José e Murilo

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Sumário
1. Introdução;
2. Objetivos;
3. Experimental;
4. Resultados e discussão;
5. Conclusão.

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Introdução
Compósitos baseados em cimento

Vantagens: Desvantagens:
• Alta resistência a compressão; • Baixa resistência a tensão;
• Baixo custo; • Baixa resistência a fratura.
• Elevada vida útil;
• Baixos custos de manutenção.

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Introdução
Reforço com adição de fibras naturais

• Melhor resistência a tensão;


• Maior modulo de elasticidade;
• Maior resistência a fratura.

Secagem de sisal (Agave sisalana). Fonte: PHOTOSTOCK-ISRAEL / SCIENCE PHOTO LIBRARY

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1.
Introdução
1. Celulose – Fase cristalina;

3.
2. Hemicelulose;
Fase amorfa
3. Lignina.

Suscetível:
1. Hidrolise alcalina; Ca(OH)2
2. Mineralização.
2.
Solução?
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Introdução

Pré-tratamento da fibra

Adição de metacaolina (MC)

Adição de cinza de casca de arroz (CCA)


Modificação da matriz
Adição de sílica ativa (SA)

Adição de cinzas volantes (CV)


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Objetivos

• Determinar como os aditivos modificam a matriz e


as fibras;

• Determinar a relação entre hidratação da matriz e


a degradação da fibra.

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Experimental
Matéria prima:
• Cimento Portland ASTM Tipo I (CP);
Finura: 385 m2/kg; Fornecido por Lafarge NorthAmerica Inc., Whitehall, PA, USA.

• Areia natural de rio;


Tamanho máximo de agregado: 4,7 mm; gravidade específica 2,6; módulo de finura 2,8.

• Metacaolina;
Fornecido por Pivorpozz Inc.

• Cinza de casca de arroz;


Fornecido por Agrilectric Research Co.

• Sílica Ativa;
• Cinzas Volantes;
• Fibras de sisal.
Produzidas na Tazania, diâmetro médio: 202,5 µm; resistência a tensão: 605MPa 8
Experimental
I. ↑ Al2O3

III.
II. II. II. ↑ Silicatos

I.
III. ↑ Cal

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Experimental
• MC possui partículas em média 50% menores que CP;

• SA possui partículas em média 10x menores que CCA.

↓ Partícula = ↑ Hidratação

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Experimental
• CCA apresenta uma microestrutura porosa;
↑ Hidratação

• Superfície rugosa: Melhor aderência.

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Experimental
• MC30; CCA20; SA10 e CV30 (m/m);

• Água / aditivos / areia = 0,4 : 1 : 1 (para todos);

• Misturador de argamassa
60 rpm (2 min) –descanso (1 min) - 120 rpm (3 min);

• 200 mm x 50 mm x 12 mm
• 30 mm × 30 mm × 300 mm

• Camada - a - camada. Fibras: 2% (m/m);

Fígura 3. Processo de montagem de barras de argamassa reforçadas com fibra de sisal


(a) camada de fibra de sisal alinhada e (b) camada de argamassa. 12
Experimental
Mesa de vibração (1dia)

Desmolde

Imersão em solução de Ca(OH)2 (28 dias)

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Experimental
Condição de envelhecimento acelerado:
• Degradação das propriedades mecânicas;
• 50 ciclos de molhagem e secagem;
• Acompanhamento da variação de massa;
Propriedades da argamassa na flexão:
• Resistência na pós-fissuração;

• Tenacidade pós-fissuração

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Experimental
Tração da fibra incorporada e ligação interfacial:
• Tração uniaxial das fibras;
• Distribuição de Weibull;

• Teste de extração de fibra


(i) F<Fd (ii) Fd<F<Fmáx (iii) Fmáx<F (iv) falha da zona inerfacial
• Força de ligação interfacial;

• Energia de extração
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Experimental
Calor de hidratação:
• Calorímetro;
Análise térmica:
• análise termogravimétrica (TGA); Hidróxido de cálcio
• termogravimetria derivada (DTG) Ca(OH)2
Difração de raios-X:
• Porcentagem de cristalinidade (altura de pico);
• Índice de cristalinidade

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Resultados e discussão
Condição agressiva:

secagem molhagem

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Experimental
Cinética da hidratação:
Fluxo de calor específico Calor de hidratação liberado

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Experimental
Efeito dos SCMs nos produtos de hidratação:
• Reações pozolanas

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Experimental
Ligação interfacial:

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Experimental
Durabilidade:

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Resultados e discussão
Degradação das fibras naturais incorporadas
• Comportamento de tração

Propriedades de tração de fibras naturais únicas: (a) Gráficos de Weibull e (b) resistência à
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tração.
Resultados e discussão
• Comportamento de tração

Módulo de Young de fibras naturais únicas em teste de tração uniaxial.

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Resultados e discussão
• Análise TGA

Curvas TGA e DTG das fibras naturais brutas e incorporadas em matrizes de


cimento após 30 ciclos de molhagem e secagem.

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Resultados e discussão
• Análise de DR-X

Análise de XRD das fibras naturais brutas e incorporadas após 30 ciclos de molhagem e
secagem: (a) padrão XRD, (b)% Cr. e Cr.I.

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Resultados e discussão
• Análise de microestrutura

Micrografias SEM das fibras naturais na superfície da fratura de argamassa de


cimento reforçada com fibras após 30 ciclos de molhagem e secagem: (a) e (b) PC,
(c) MK30, (d) RHA20, (e) SF10 e (f) FA30.
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Resultados e discussão
• Correlação entre durabilidade e hidratação do cimento

Correlações entre grau de hidratação, teor de Ca (OH) e durabilidade de


compósitos cimentícios reforçados com fibras naturais: (a) resistência à flexão pós-
fissuração e (b) tenacidade à flexão.
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Resultados e discussão
Correlação entre durabilidade e hidratação do cimento

Correlações entre a hidratação do cimento e a degradação de fibras naturais


incorporadas: (a) efeito do grau de hidratação no comportamento de tração da
fibra (b) efeito do teor de Ca (OH) nos índices cristalinos da fibra.
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Conclusão
• Os SCMs neste estudo reagem claramente com os produtos de hidratação,
especialmente o 𝐶𝑎 𝑂𝐻 2 .

• MK e SF apresentam maiores atividades pozolânicas.

• Propriedades iniciais de flexão de compósitos de cimento reforçados com fibras


naturais foram melhoradas significativamente.

• A pior e melhor durabilidade, determinada por resistência à flexão e tenacidade


pós-fissura, foram obtidas por PC puro e MK30, que apresentaram o menor e o
mais alto grau de hidratação do cimento, respectivamente.

• A resistência à tração das fibras naturais incorporadas nas matrizes de cimento


modificadas foi muito maior do que a da fibra em PC puro.
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Conclusão
• O módulo de Young também foi diminuído.

• Os resultados da análise de TGA, DR-X e microestrutura indicaram


que a hidrólise alcalina de componentes amorfos de fibras naturais, a
mineralização de paredes celulares de fibras e a remoção de
microfibrilas de celulose foram mitigadas nas matrizes de cimento
modificadas, especialmente MK30 e SF10.

• A durabilidade dos compósitos de cimento reforçados com fibras


naturais é proporcional à hidratação do cimento.

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Referências
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