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Química II – Poluição e

efeito estufa
Professor: Moisés Marques Barros
A história das coisas
O que é poluição?

 A poluição nada mais é que a introdução de substâncias ou de


energia no meio ambiente, causando efeito negativo em seu
equilíbrio. Ela ocorre naturalmente ou pela ação do homem e causa
danos à saúde humana, além de afetar também animais, plantas e
todos os seres vivos no ecossistema em questão.
Existem vários tipos de poluição

 Poluição da água - É a contaminação dos corpos d'água por


elementos físicos, químicos e biológicos que podem ser nocivos ou
prejudiciais aos organismos, plantas e à atividade humana, ou seja, é
um problema crítico.
 Poluição do solo - Ela é causada pela introdução de químicos
ou a alteração do ambiente do solo pela ação do homem. Essas
substâncias químicas levam à poluição do solo e, direta ou
indiretamente, à poluição da água e do ar. Entre esses químicos,
os mais comuns são os hidrocarbonetos de petróleo, metais
pesados (como o chumbo, cádmio, mercúrio, cromo e arsênio),
pesticidas e solventes.
Poluição radioativa

 Também conhecida como poluição nuclear, é considerada o tipo


mais perigoso de poluição devido a seus grandes efeitos negativos.
Esse tipo é proveniente da radiação, efeito químico derivado de
ondas de energia, seja de calor, luz ou outras formas.
 Não existe nenhum processo para limpeza desses poluentes, sendo
assim, um lugar uma vez contaminado não pode ser
descontaminado. Além disso, os átomos radioativos têm uma
durabilidade muito longa
Poluição visual

 É o excesso de elementos visuais criado pelo homem que estão, na


maioria das vezes, espalhados em grandes cidades, e acabam
promovendo certo desconforto visual e espacial. Ela pode ser
causada por anúncios, propagandas, placas, postes, fios elétricos,
lixo, torres de telefone, entre outros.
 Poluição luminosa -Trata-se do excesso de luz artificial emitida
pelos grandes centros urbanos. Pode ser emitida de diversas formas,
como por luzes externas, anúncios publicitários e, principalmente,
pela iluminação pública. A poluição luminosa afeta nossa saúde e os
ecossistemas, tornando-se um grande prejuízo para todos.
Poluição sonora

 Ela é um dos maiores problemas ambientais nos grandes centros


urbanos. Ocorre quando o som altera a condição normal de audição
em um determinado ambiente. Embora não se acumule no meio
ambiente como outros tipos de poluição, ela causa vários danos ao
corpo e à qualidade de vida das pessoas e, por isso, ela é considerada
um problema de saúde pública mundial.
Poluição do ar

 Também chamada de poluição atmosférica, refere-se à contaminação


do ar por gases, líquidos e partículas sólidas em suspensão, material
biológico e até mesmo energia. Essas substâncias são chamadas de
poluentes atmosféricos e existem em forma de gases ou partículas
provenientes de fontes naturais (vulcões e neblinas), ou ainda de fontes
artificiais produzidas pelas atividades humanas. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar é responsável
por mais de sete milhões de mortes por ano no mundo - matando mais
que a AIDS e a Malária
A Atmosfera

 A atmosfera terrestre é uma camada de


gases que envolve a Terra e é retida pela
força da gravidade. A atmosfera
terrestre protege a vida na Terra
absorvendo a radiação ultravioleta
solar, aquecendo a superfície por meio
da retenção de calor (efeito estufa), e
reduzindo os extremos de temperatura
entre o dia e a noite.
Atmosfera primitiva

 No início da formação do planeta Terra a atmosfera era composta basicamente


por gases (Metano, amônia, nitrito, vapor de água e dióxido de carbono)
resultantes das constantes erupções e colisões na superfície inóspita da terra
primitiva, além dos que eram expelidos por rachaduras na crosta terrestre.

 Então, em uma segunda fase, surgem os primeiros organismos vivos  que


realizam fotossíntese (processo bioquímico que transforma dióxido de carbono
em oxigênio com o auxílio da luz solar, realizado pelos vegetais e algumas algas)
 Atualmente, o nitrogênio e o oxigênio juntos, somam cerca de 99%
dos gases que compõem a atmosfera terrestre. O oxigênio é
consumido pelo seres vivos através do processo de respiração e
transformado em dióxido de carbono e vapor de água que serão
depois reabsorvidos pelos organismos.
Porcentagens
Efeito estufa

 Considerado o grande vilão causador do aquecimento global, o efeito


estufa é um fenômeno natural e extremamente importante para a
manutenção da vida em nosso planeta. Podemos defini-lo como um
processo de retenção de calor irradiado pela superfície da Terra. A
principal utilidade deste fenômeno é promover a manutenção da
temperatura média da Terra, característica essencial para a
sobrevivência dos seres vivos.
Como ocorre o efeito estufa

1 – O Sol emite radiação e luz visível sobre o planeta Terra e


demais astros do Sistema Solar.
2 – Os raios solares atingem a superfície terrestre e são
retidos pela água, ar e terras. Parte dessa energia luminosa
volta para o espaço.
3 – A radiação absorvida pela superfície se converte em calor.
O calor tende a subir para as camadas superiores, dando
lugar ao ar frio, em um movimento cíclico.
4 – Parte do calor fica retido na superfície em decorrência da
barreira de gases de efeito estufa. Outra parte deste calor vai
para o espaço. Vapor d’água, dióxido de carbono, metano e
outros gases são responsáveis por “segurar” o calor na
superfície terrestre.
5 – O aumento na emissão de gases que ocasionam o efeito
estufa tem intensificado o debate sobre os efeitos da ação
humana e da destruição dos recursos naturais sobre o clima
global.
INTRODUÇÃO
 O que há em comum nessas imagens, é que ambas nos trazem
exemplos de gases. Mas afinal o que são gases?

 Gases são substâncias se apresentam na forma gasosa nas condições


ditas normais de temperatura e pressão, que são definidas como 0°C
e 1 atm. Como sabemos gasoso é um dos 3 (Três) estados físicos da
matéria, sólido, líquido e gasoso.
Esse estado da matéria possui certas
características, que nós já conhecemos, essas
características são:

 Os gases tomam o volume e a forma dos recipientes onde estão


contidos.
 O estado gasoso é o mais compressível dos estados da matéria
 Os gases misturam-se completamente e de um modo homogêneo,
quando confinados no mesmo recipiente.
 Os gases têm densidades muito mais baixas que os líquidos e os
sólidos.
Mas além dessas características os
químicos exploraram outras relações
importantes, que são como os gases se
comportam em relação a pressão,
temperatura e volume. São essas
relações estudadas e descritas pelos
químicos que vamos estudar.
Mas antes precisamos ter em mente alguns
conceitos, veremos quais são adiante.

 Pressão, é o quociente entre uma força sobre uma determinada


área. Matematicamente representamos como: P=F/A em que “P”
significa pressão, “F” força e “A” área. Quando se bombeia ar para
dentro de um pneu, este se mantém inflado devido a pressão que o
ar bombeado exerce sobre as paredes internas do pneu. No SI a
unidade de pressão é pascal (Pa), que é definido como a pressão
exercida por uma força de 1 N (1 newton) distribuída uniformemente
sobre uma superfície plana de 1 m2, sendo essa superfície
perpendicular a direção da força, matematicamente representamos
como 1 N/m2
 Existem outras unidades de medidas como milímetros de mercúrio
unidade resultante da famosa experiência de Torriceli: Quando um
tubo cheio de mercúrio é emborcado em um recipiente também
contendo mercúrio, a altura em que o mercúrio para de descer
depende da pressão exercida pelo ar atmosférico. Veja o esquema do
experimento na figura abaixo:
Experiência de Torriceli

 Quando um tubo cheio de mercúrio é emborcado em um


recipiente também contendo mercúrio, a altura em que o
mercúrio para de descer depende da pressão exercida pelo
ar atmosférico. Veja o esquema do experimento na figura
abaixo:
Experiência de Torriceli

 Através dessa experiencia Torricelli determinou que 760


mmHg é equivalente a pressão de uma atmosfera ao nível
do mar, daí é comum também encontrarmos a pressão de
760 mmHg descrita como um atm.
 Temperatura, é a medida do grau de agitação das
partículas que constituem um corpo. Para um gás essa
ideia não é diferente, a temperatura de um gás é a medida
do grau de agitação das moléculas que o constituem.
Existem várias escalas que medem a temperatura, no Brasil
usamos o Celsius (ºC) porém a unidade adotada pelo SI é a
escala Kelvin (K) então quando necessário para converter a
temperatura de Celsius para Kelvin basta somar 273 ao
valor da temperatura em Celsius ou seja: T= Ө + 273.
 Volume, é a quantidade de espaço ocupada por um
corpo. Como já sabemos o volume de um gás tende a ser o
volume do recipiente que o contém. No SI o volume é
medido em metro cúbico (m3), porém é comum encontrar
volumes expressos em litros (L)
 Agora que conhecemos esses três conceitos fica mais fácil
compreender os gases pois o estudos destes é baseado
fundamentalmente nessas três varáveis.
Lei de Boyle, estabelece a relação
entre pressão e volume.

 Pois bem, Boyle realizou experimentos em que provocou a variação


de pressão porém manteve a temperatura constante. A esse tipo de
transformação chamamos de transformação isotérmica (do grego:
iso, igual; thermo, calor).
Veja na figura abaixo um exemplo dessa
relação:
 Então com base na ilustração podemos perceber que
quando aumentamos a pressão o volume diminui, Boyle
constatou que essa relação era inversamente proporcional,
ou seja o produto da pressão pelo volume é constante
 Colocando exemplo dessa relação em uma tabela se torna
mais fácil a visualização e compreensão, veja abaixo:
Pressão (P) (em atm) Volume (V) (em mL) Produto PV
Perceba que
mesmo variando a
2 600 1200
pressão e o volume,
o produto continua
constante. Dessas 4 300 1200
observações se
originou a lei de 6 200 1200
Boyle que diz:
8 150 1200
Enunciado da Lei de Boyle

 Sob temperatura constante, o volume ocupado por uma


determinada massa gasosa é inversamente proporcional à sua
pressão.
 Representando matematicamente essa lei temos: P1.V1 = P2.V2 .
Lei de Gay – Lussac

 A temperatura tem influência sobre o volume, para verificar essa


influência Gay realizou experimentos variando-se a temperatura e o
volume, mas mantendo a pressão constante. Esse tipo de
transformação chamamos de isobárica (do grego: isos, igual; baros,
pressão).

 Analogamente a lei anterior, a tabela abaixo apresenta dados


hipotéticos de uma experiencia feita sob essas condições descritas.
Temperatura (T) (em Kelvins) Volume (V) (em mL) Quociente V/T

100 200 2

200 400 2

300 600 2

400 800 2
Lei de Gay - Lussac

 Pelos dados podemos notar que, à medida que aumentamos a


temperatura o volume aumenta proporcionalmente, sendo assim a
razão entre o volume e a temperatura sempre é constante.
 Assim diz a lei de Gay- Lussac que: Sob pressão constante, o volume
ocupado por determinada massa gasosa é diretamente proporcional
à sua temperatura absoluta.
 Representando matematicamente temos: V1/T1 = V2/T2
Lei de Charles

 Lei de Charles, descreve a relação entre pressão e temperatura,


você já deve ter lido em alguma embalagem de aerossol um aviso
para não expor a embalagem ao calor excessivo ou para não jogar no
fogo, existe um bom motivo para isto, e a lei de Charles explica isso.
 Charles realizou experiencias mantendo o volume constante, esse
tipo de transformações chamamos de isocórica ou isométrica ou
isovolumétrica.
 Colocando os dados de experiencias isométricas em uma tabela
veremos que existe uma relação semelhante a anterior entre essas
duas grandezas, vejamos:
Lei de Charles

Temperatura (T) (em Pressão (P) (em atm) Quociente P/T


Kelvins)

100 3 0,03

200 6 0,03

300 9 0,03

400 12 0,03
 Pela tabela percebemos que essas grandezas são diretamente
proporcionais, então a lei de Charles nos diz que:
 Sob volume constante, a pressão exercida por uma determinada
massa gasosa é diretamente proporcional à sua temperatura
absoluta.
 Matematicamente representamos: P1/T1 = P2/T2
Equação geral dos gases

 Equação geral dos gases, vimos três lei que descrevem as


relações entre as grandezas, pressão, temperatura e
volume, mas através da matemática podemos reunir as
três formulas em uma só, formando a equação geral dos
gases, que é dada por: P1.V1/T1 = P2.V2/T2

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