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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a


promoverem as transformações futuras”.

GLECYER JOSE ZINN

CLIMATIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA, ESTRATÉGIAS DE CONFORTO TÉRMICO NA


CIDADE DE FOZ DO IGUAÇU.

Foz do Iguaçu - PR
2022
GLECYER JOSE ZINN

CLIMATIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA, ESTRATÉGIAS DE CONFORTO TÉRMICO NA


CIDADE DE FOZ DO IGUAÇU.

Projeto de Pesquisa apresentado ao


corpo docente do Centro Universitário
Dinâmica das Cataratas, como requisito
parcial de avaliação da disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC II)
do Curso de Engenharia Mecânica.

Orientador: Welisson Vogado Fernandes.

Foz do Iguaçu – PR
2022
3

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, que me apoiaram e me deram suporte
durante toda minha formação.
A minhas irmãs, que tiveram paciência e me encorajaram em sempre seguir
em frente.
E amigos que foram compreensivos e estiveram presentes durante minha
caminhada acadêmica.
4

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, irmãs e familiares pelo amor, cooperação, paciência,


dedicação e por nunca nos deixar desanimar diante de problemas e nos ensinar a
sempre seguir em frente.
Aos professores pela dedicação e paciência durante as aulas, e por todos os
anos acadêmicos de compartilhamento de conhecimento e alegrias.
5

EPÍGRAFE

“Quando alguém diz “Não posso fazer


isso”, essa pessoa está vendo um dos lados
da moeda. Quando você diz “Como posso
fazer isso?”, você começa a ver o outro
lado”.
Robert T. Kiyosaki
6

RESUMO

O aumento de energia elétrica devido o consumo de condicionadores de ar no setor


residencial tem mais que triplicado nos últimos 12 anos, influenciado principalmente,
pela crescente venda de equipamentos. Apensar por esta demanda crescente por
climatização artificial, parte do consumo de eletricidade foi evitado devido a ações de
eficiência energética dos aparelhos de ar condicionado. É esperada uma demanda
maior de consumo elétrico, devido ao uso crescente de condicionadores de ar,
resultante do crescimento populacional, da ascensão econômica e da preferência
por ambientes climatizados. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a melhor
eficiência climática de uma residência familiar em Foz do Iguaçu, considerando os
cálculos de transferência térmica de calor, atendendo dados de calor latente e calor
sensível, das paredes, tetos, janelas, pessoas, aparelhos eletrônicos. Assim
determinando a potência necessária do aparelho condicionador de ambiente. O
estudo teve como propósito identificar materiais com melhor custo/ benefício para
atingir o conforto térmico com sustentabilidade. Todos os procedimentos práticos
desta pesquisa foram fundamentados pelas normatizações da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) e a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração,
Ar-Condicionado). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada por meio dos
parâmetros dos fabricantes apresentando como resultado a melhor opção de
equipamento para as situações apresentadas pelo ambiente, levando em
consideração a eficiência de troca de calor em BTUs e o consumo energético em
Watts por hora.

Palavras chave: Climatização, Conforto térmico, Eficiência de climatização,


Isolante térmico, eficiência energética.
7

ABSTRACT

The increase in electricity due to the consumption of air conditioners in the residential
sector has more than tripled in the last 12 years, mainly influenced by the growing
sale of equipment. In addition to this growing demand for artificial air conditioning,
part of the electricity consumption was avoided due to energy efficiency actions of air
conditioners. A greater demand for electricity consumption is expected, due to the
growing use of air conditioners, resulting from population growth, economic rise and
preference for climate-controlled environments. This research aims to analyze the
best climate efficiency of a family home in Foz do Iguaçu, considering thermal heat
transfer calculations, considering latent heat and sensible heat data from walls,
ceilings, windows, people, electronic devices. Thus determining the required power
of the room conditioner. The study aims to identify materials with the best cost/benefit
to achieve thermal comfort with sustainability. All practical procedures of this
research are based on ABNT (Brazilian Association of Technical Standards) and
Abrava standards (Brazilian Refrigeration Association, Air Conditioning). This is a
bibliographical research carried out through the parameters of the manufacturers,
presenting as a result the best equipment option for the situations presented by the
environment, taking into account the heat exchange efficiency in BTUs and the
energy consumption in Watts per hour.

Keywords: Heat and air, thermal comfort, air conditioning efficiency, Thermal
insulator, energy efficiency.
8

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Taxas térmicas em parede opaca.


Figura 2 – Esquema do ciclo de refrigeração.
Figura 3 – Sistema de Ar-condicionado de Janela.
Figura 4 – Sistema Mini-Split.
Figura 5 – Sistema Multi-Split.
Figura 6 – Sistema Multi-Split VRF.
Figura 7 – Sistema VRF 3 linhas.
Figura 8 – Esquema taxas térmicas.
Figura 9 – Planta e corte da edificação.
Figura 10 – Zoneamento bioclimático brasileiro.
Figura 11 – Zona e carta bioclimática de Florianópolis.
Figura 12 – Orçamento de manta térmica.
Figura 13 – Orçamento de Janelas.
Figura 14 – Simulação de consumo do sistema mini-split.
Figura 15 – Simulação de consumo do sistema multi-split.
Figura 16 – Simulação de consumo do sistema VRF.
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LISTA DE TABELAS

Tabela A.1 – unidades evaporadoras internas.


Tabela A.2 – Vazão eficaz mínima de ar exterior para ventilação
Tabela A.3 – Termos e definições de conforto térmico
Tabela A.4 – Taxas Metabólicas típicas para atividades variadas.
Tabela A.5 – Tabela de isolamento dos vestuários.
Tabela A.6 – Densidade de massa aparente(ρ), condutividade térmica(λ) e calor
especifico(c).
Tabela B.1 – Temperatura de umidade do ar externo em Foz do Iguaçu.
Tabela B.2 – Dados de radiação solar incidente (Ig).
Tabela B.3 – Abertura para ventilação e sombreamento das aberturas para a zona
bioclimática 3.
Tabela B.4 – Tipos de vedações externas para a zona bioclimática 3.
Tabela B.5 – Estratégias de condicionamento térmico passivo para a zona
bioclimática 3.
Tabela B.6 – Potência média de aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento.
Tabela C.1 – Propriedades térmicas dos materiais utilizados no componentes da
tabela C.3.
Tabela C.2 – Propriedades térmica dos materiais utilizados nos componentes da
tabela C.4.
Tabela C.3 – Transmitância térmica, capacidade térmica e atraso térmico para
algumas paredes.
Tabela C.4 – Transmitância térmica, capacidade térmica e atraso térmico para
algumas coberturas.
Tabela C.5 – Valores de condutância e resistências térmicas para paredes exteriores
Tabela C.6 - Valores de condutância e resistências térmicas para paredes interiores.
Tabela C.7 – Fator Solar (Str) de vidros.
Tabela C.8 – Planilha de ganhos de calor solar.
Tabela D.1 – Fontes de calor janela sala.
Tabela D.2 – Fontes calor telhado sala.
Tabela D.3 – Fontes de calor parede sala.
Tabela D.4 – Fontes de calor de equipamentos sala.
Tabela D.5 – Fontes de calor janela quarto 01.
10

Tabela D.6 – Fontes calor telhado quarto 01.


Tabela D.7 – Fontes de calor parede quarto 01.
Tabela D.8 – Fontes de calor de equipamentos quarto 01.
Tabela D.9 – Fontes de calor janela quarto 02.
Tabela D.10 – Fontes calor telhado quarto 02.
Tabela D.11 – Fontes de calor parede quarto 02.
Tabela D.12 – Fontes de calor de equipamentos quarto 02.
Tabela D.13 – Fontes de calor janela quarto 03.
Tabela D.14 – Fontes calor telhado quarto 03.
Tabela D.15 – Fontes de calor parede quarto 03.
Tabela D.16 – Potência de ganho calorifico cozinha.
Tabela D.17 – Potência de ganho calorifico sala.
Tabela D.18 – Potência de ganho calorifico quarto 01.
Tabela D.19 – Potência de ganho calorifico quarto 02.
Tabela D.20 – Potência de ganho calorifico Quarto 03.
Tabela D.21 – Tabela de orçamento
Tabela D.22 – Orçamento das possíveis combinações.
Tabela D.23 – Custo dos materiais.
Tabela D.24 – Potência mínima para cada ambiente ideal.
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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Custo sobre cada BTU;


Gráfico 02 – Análise gráfica entre custo e taxa de transferência térmica;
Gráfico 03 – Análise gráfica consumo de energia elétrica;
Gráfico 04 – Análise gráfica custo de investimento de climatizador;
Gráfico 05 – Comparativo de Custo e eficiência.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;


Abrava – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação
e Aquecedores;
ANEL – Agencia Nacional de Energia Elétrica;
BTU – British Thermal Unit (Unidade térmica britânica);
COPEL – Companhia Paranaense de Energia;
EPE – Empresa de Pesquisa Energética;
PNE – Plano Nacional de Energia;
VRF – Fluxo de gás refrigerante variável.
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LISTA DE SÍMBOLOS
– Área de superfície, m²;
– Calor Específico a Pressão, kj/kg.k;
̇ – Taxa total de geração de calor, w;
̇ – Taxa de transferência de calor, Kw;
– Temperatura termodinâmica;
– Temperatura de superfície;
– Capacidade térmica do material, J/m³.k;
̇ – Fluxo de calor, W/m²;
– Coeficiente de transferência de calor por convecção, W/m².k;
– Área, m²;
– Condutividade térmica, W/m.k;
– Transferência de calor, KJ;
– Trabalho, J;
– Emissividade; ou efetividade de trocador de calor ou aleta;
– Constante de Stefan-Boltzmann.
14

SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................ 17

1.1 – OBJETIVOS ......................................................................................... 18

1.1.1 – Objetivo Geral ............................................................................ 18


1.1.2 – Objetivos Específicos. ............................................................... 18

1.2 – JUSTIFICATIVA ................................................................................... 18

2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................... 20

2.1 – TERMODINÂMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR ......................... 20

2.1.1 – Transferência de calor e energia .................................................. 20


2.1.2 – Fluxo de Calor.............................................................................. 21

2.2 – PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA ................................................ 21

2.3 – BALANÇO DE ENERGIA EM SUPERFÍCIES ...................................... 22

2.4 – MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR ............................ 22

2.4.1 – Condução .................................................................................... 23


2.4.2 – Condutividade térmica ................................................................. 24
2.4.3 – Difusividade térmica ..................................................................... 24
2.4.4 – Convecção ................................................................................... 25
2.4.5 – Radiação...................................................................................... 26

2.5 – TERMOS E DEFINIÇÕES .................................................................... 28

2.5.1 – Condicionador de ar ..................................................................... 28


2.5.2 – Unidade externa ........................................................................... 29
2.5.3 – Unidade interna............................................................................ 29
2.5.4 – Condicionador de ar compacto de janela ..................................... 29
2.5.5 – Condicionador de ar dividido – Mini-split ...................................... 30
2.5.6 – Condicionador de ar dividido – Multi-split ..................................... 31
2.5.7 – Condicionador de ar dividido central – Multi-split VRF ................. 32
2.5.8 – Modelos de equipamentos para unidades Internas ...................... 34

2.6 – FILTRAGEM E RENOVAÇÃO DE AR.................................................. 35


15

2.7 – TERMOS E DEFINIÇÕES DE CONFORTO TÉRMICO ........................ 36

2.8 – FATORES QUE AFETAM O CONFORTO TÉRMICO .......................... 37

2.8.1 – Taxas metabólicas típicas para vários tipos de atividade humana38


2.8.2 – Valores de isolamento de vestuários ............................................ 40

2.9 – DESEMPENHO TÉRMICO DOS MATERIAIS ...................................... 42

2.9.1 – Propriedades térmicas de materiais ............................................. 42

2.10 – CÁLCULOS DOS GANHOS DE CALOR SOLAR .............................. 45

3 – METODOLOGIA...................................................................................... 46

3.1 – PESQUISA APLICADA ........................................................................ 46

3.1.1 – Normalizações ............................................................................. 47

3.2 – REQUISITOS........................................................................................ 47

3.2.1 – Gerais .......................................................................................... 47


3.2.2 – Para a estimativa da carga térmica .............................................. 48

3.3 – CONDIÇÕES DE TEMPERATURA E UMIDADE DO AR EXTERNO ... 49

3.3.1 – Valores de temperatura e de umidade do ar externo foram


escolhidos conforme a ABNT NBR 16401-1. ...................................................... 49
3.3.2 – Condições de temperatura e umidade do ar externo .................... 49
3.3.3 – Zoneamento bioclimático brasileiro .............................................. 50
3.3.4 – Diretrizes construtivas da zona bioclimática ................................. 51
3.3.5 – Fontes de Calor Residencial ........................................................ 53
3.3.6 – Transmitância térmica, capacidade térmica e atraso térmico de
algumas paredes e coberturas. .......................................................................... 54

3.4 – EXECUÇÃO ......................................................................................... 58

3.4.1 – Procedimento ............................................................................... 58

4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................ 60

4.1 – CÁLCULOS DE TRANSMISSÃO DAS SUPERFÍCIES DAS PAREDES.


................................................................................................................................. 60

4.1.1 – Parede Opaca de concreto maciço .............................................. 60


4.1.2 – Parede opaca de tijolos maciço aparente .................................... 60
16

4.1.3 – Parede opaca de tijolos 6 furos com reboco ................................ 61


4.1.4 – Parede opaca de blocos de cerâmicas 2 furos com reboco. ........ 61
4.1.5 – Calculo de transferência térmica da cozinha ................................ 61
4.1.6 – Calculo de transferência térmica da sala...................................... 67
4.1.7 – Calculo de transferência térmica da quarto 01. ............................ 69
4.1.7 – Calculo de transferência térmica do quarto 02. ............................ 71
4.1.8 – Calculo de transferência térmica do quarto 03. ............................ 73

4.2 – SOMATÓRIO DE FONTES DE CALOR NOS AMBIENTES................. 75

4.2.1 – Potência da cozinha ..................................................................... 75


4.2.2 – Potencia Sala ............................................................................... 76
4.2.3 – Potência Quarto 01 ...................................................................... 77
4.2.4 – Potencia Quarto 02 ...................................................................... 77
4.2.5 – Potencia Quarto 03 ...................................................................... 78

4.3 – ORÇAMENTO DE MATERIAIS ............................................................ 79

4.3.1 – Orçamento e combinações .......................................................... 82


4.3.2 – Análise Custo-Benefício ............................................................... 83
4.3.3 – Resultados da análise de custo benefício .................................... 85
4.3.4 – Orçamento de equipamentos climatizado .................................... 86

4.4 – MELHOR INVESTIMENTO................................................................... 86

4.4.1 – Simulação de consumo de energia .............................................. 86

4.5 – ANÁLISES DE MELHOR CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA ........ 90

4.6 – ANÁLISES DE INVESTIMENTO DE EQUIPAMENTO CLIMATIZADOR


................................................................................................................................. 91

4.7 – ANÁLISES DE RETORNO DE INVESTIMENTO.................................. 91

4.7.1 – Payback Simples ......................................................................... 92

5 – CONCLUSÃO ......................................................................................... 93

APÊNDICE .................................................................................................... 94

ANEXO.......................................................................................................... 99

REFERÊNCIAS ........................................................................................... 107


17

1 – INTRODUÇÃO

Nas residências brasileiras o consumo de energia por meio da utilização de


aparelhos de ar condicionado vem aumentando nos últimos anos, possivelmente
devido ao aumento da renda do brasileiro e às condições inadequadas de
desempenho térmico de suas moradias (PEÑA; GHISI; PEREIRA, 2008). Conforme
Anésia B. Frota, 2006, o homem tem melhores condições de vida e de saúde
quando seu organismo pode funcionar sem ser submetido à fadiga ou estresse,
inclusive térmico. Um dos fatores que influencia a eficiência energética de uma
edificação são as trocas térmicas entre os ambientes, em consequência de
aplicação de isolantes térmicos (MELO, 2007). A pesquisa considerou os materiais
de isolamentos térmicos, no telhado e paredes de residência, examinando a partir da
menor taxa de transferência térmica. Buscando a verificação de materiais mais
economicamente viável, do que optar por um material de maior capacidade isolante.
De acordo com (DOE6, 2006 apud MELO, 2007) a utilização do isolamento
térmico pode melhorar a eficiência energética das edificações, economizando o
consumo de energia elétrica. Isto ocorre pelo fato do isolamento térmico restringir a
entrada de calor, redução do uso do sistema de condicionamento de ar, aumento do
período onde a temperatura interna do ambiente fica mais confortável aos usuários,
reduzindo a flutuação da temperatura interna.
As condições físicas apresentadas neste trabalho, tais como a condução
térmica em diferentes materiais analisados, possibilitará identificar a melhor
condição de construção de uma casa de forma que possua maior viabilidade de
climatização artificial.
Os materiais mais utilizados para isolar termicamente o envelope de
edificações são: mantas e painéis constituídos de fibras minerais ou orgânicas
flexíveis, espumas plásticas rígidas de poliuretano ou poliestireno expandido,
vermiculita expandida ou perlita em grânulos e flocos de lãs minerais. De acordo
com a teoria dos materiais, e as inúmeras possibilidades para isolamento
residencial, telhados e paredes, para está pesquisa foi selecionado os materiais laje,
forro, telhado de barro e tijolos. (VITTORINO, 2003; apud MELO, 2007).
A pesquisa realizou-se o levantamento e consequentemente a comparação
no custo da utilização de janelas com camadas duplas e simples de vidro. Nos
estudos foi utilizado um único parâmetro de temperatura externa. Foi considerado o
18

momento de maior ganho energético do dia, desprezando a presença de vegetação


e/ou possíveis construções ao redor da planta teste, no interior teremos um único
parâmetro de temperatura utilizando condicionadores de ar. Sendo assim este
estudo comparou de três tipos de condicionadores de ar e suas respectivas
eficiências, levando em consideração a taxa de transferência térmica (BTU) e o
consumo energético (W/h).

1.1 – OBJETIVOS

1.1.1 – Objetivo Geral

Comprovar o conjunto mais eficiente de climatização e isolamento de


uma residência unifamiliar na cidade de Foz do Iguaçu.

1.1.2 – Objetivos Específicos.

 Classificar materiais isolantes da construção civil com maior eficiência


declarada por normas ou fabricante, buscando materiais que tenham o
melhor custo benefício;
 Pesquisar os equipamentos de ar condicionado que mais se adequa,
demonstrando melhores resultados no conforto térmico, eficiência e
consumo de energia de uma unidade residencial unifamiliar;
 Levantar e realizar pesquisa referente à acessibilidade e
disponibilidade de equipamentos que gerem conforto climático na
região de Foz do Iguaçu;
 Identificar materiais com melhor custo/ benefício para atingir o conforto
térmico com sustentabilidade e eficiência energética para uma
edificação residencial unifamiliar na cidade de Foz do Iguaçu.

1.2 – JUSTIFICATIVA
No cenário mundial a energia elétrica tem assumido funções essenciais na
vida das pessoas, empresas e indústrias. Diretamente ligada ao crescimento
econômico e avanços tecnológicos, a eletricidade tem sido um dos bens mais
consumidos no mundo, razão pela qual tem motivado a população a buscar cada
19

vez mais ter um uso mais eficiente e racional dessa energia (MACHADO, 2011).
Segundo EPE em 2020 o setor residencial de consumo de energia elétrica no
Brasil teve um aumento 5,8 TWh, mais de 4,0% em relação à 2019, isso associado
ao decréscimo de 2,2% de oferta interna de energia (OIE), contribui com o aumento
do custo da energia. Levando em consideração que o setor residencial seja
responsável por alimentar todos os equipamentos elétricos disponíveis na casa, é
dada uma atenção aos aparelhos mais complexos, que possuem um consumo de
energia maior, como chuveiro, refrigeradores e ar-condicionado.
Na estação mais quente do ano, o combate ao calor costuma pesar no bolso
dos brasileiros. Pelo menos daqueles que têm ar-condicionado. O aparelho está
presente em 25% dos lares e em quase todos os estabelecimentos comerciais do
país. (G1.Globo, 2020).
Rodolfo Maia Gomes, diretor do International Energy Iniciative recomenda a
utilização de um equipamento de maior tecnologia, que pode reduzir em até 60% o
consumo de energia. Conhecer o funcionamento de um condicionador de ar é de
extrema importância para os cálculos de economia e viabilidade, pois o consumo de
energia está diretamente ligado ao tempo de funcionamento do equipamento.
Pesquisador Mistry afirma que os fatores socioeconômicos também são
importantes para avaliar as tendências nas taxas de propriedade e nos tipos de
unidades de ar-condicionado em uso, já que normalmente há um déficit em alcançar
conforto térmico em muitas residências brasileiras por causa de restrições
orçamentárias. (Mistry, M., 2020).
Formulou-se a hipótese a ser avaliada na pesquisa de encontrar um meio de
climatização artificial, em que possa ser rentável economicamente, para que mais
residências consigam um melhor conforto climático, para os ocupantes melhorando
a qualidade de vida de todos que habitam.
20

2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 – TERMODINÂMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR

A necessidade humana de refrigeração vem desde os primórdios da


civilização, mas, por séculos o homem esteve à mercê da natureza dependendo dos
meios naturais para aplicações da refrigeração e climatização conforme
(Nagengaste, 1999).
Para Nagengaste (1999), a busca do conforto provavelmente é tão antiga
quanto à raça humana, sabemos que o fogo foi usado para calor, pelo menos há
100.000 anos e talvez muito mais que isso. Como não havia refrigeração mecânica,
qualquer tentativa de refrigeração pode ter sido usando gelo, neve, agua fria ou
resfriamento evaporativo.
Por experiência, é sabido que se deixar uma lata de bebida gelada em
temperatura ambiente de 25º, ela esquentará; da mesma forma, se deixar uma lata
de bebida quente na geladeira, ela resfriará. Isso acontece por causa da
transferência de energia do meio quente para o meio frio. A transferência de energia
é sempre do meio de maior temperatura para o de menor temperatura, e esse
processo cessa quando os dois atingem a mesma temperatura. Na termodinâmica,
são estudadas diferentes formas de energia, mas para este estudo é concentrado
principalmente no calor, definido como a forma de energia que pode ser transferida
de um sistema para outro em consequência da diferença de temperatura entre eles.
(Çengel; Ghajar, 2012).

2.1.1 – Transferência de calor e energia

Definindo de forma simplificada a Transferência de calor é energia térmica em


trânsito devido a uma diferença de temperatura no espaço. Sempre que houver uma
diferença de temperatura em um meio ou entre os meios haverá transferência de
calor até se igualar as temperaturas. Isso ocorre em diferentes tipos de processos
por modos de Condução, Convecção e Radiação.
A energia pode ser transferida por meio de dois sistemas, transferência de
calor “ ” e trabalho “ ”. Quando a força motriz é a diferença de temperatura são
consideradas transferência de calor. Caso contrário é transferência de energia e
21

trabalho. Neste caso será focalizado o sistema de Transferência de calor.


Frequentemente no cotidiano fazemos menção das possíveis formas de
energia interna como calor e falamos da quantia de calor nos corpos. Em
termodinâmica, essas formas de energia são denominadas energia térmica.
Comumente adotado, será referido energia térmica como calor e a
transferência de energia térmica como transferência de calor. Onde a quantidade de
calor transferida em determinado processo é representado por e a quantidade de
calor transferida por unidade de tempo denominada taxa de transferência de calor é
representada por ̇ . O ponto em cima da letra significa derivada temporal ou “por
unidade de tempo”. A unidade da taxa de transferência ̇ = J/s ou w. Expressa pela
Equação (1). (Çengel; Ghajar, 2012).

∫ ̇ (J) (1)

2.1.2 – Fluxo de Calor

É transferido por unidade tempo e por unidade de área, ou seja, tempo por
área. Demonstrada pela Equação (2).
̇
̇ (2)

Onde, é área de transferência de calor, e a unidade de transferência é


W/m², ou em Btu/h.pe² no sistema inglês. (Bergman; Lavine, 2015).

2.2 – PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

“A primeira lei da termodinâmica estabelece que a energia não possa ser criada nem
destruída durante um processo, apenas mudar de forma.” (Çengel; Ghajar, 2012).

Assim a quantidade de energia contada no inicio do sistema tem que ser a


mesma no final, consistindo no principio da conservação (ou balanço de energia)
para qualquer sistema ou qualquer processo. Exemplificado pela Equação (3).
(Çengel; Ghajar, 2012).
22

( ) ( ) ( ) (3)

2.3 – BALANÇO DE ENERGIA EM SUPERFÍCIES

O calor é transferido por mecanismos de condução, convecção e radiação, o


que altera muitas vezes é o veículo de transferência, por exemplo, o calor conduzido
pela superfície da parede de uma casa no inverno, sofre convecção para o ar frio
externo e também irradia, nesses casos é necessários observar as trocas de energia
na superfície, com aplicação do princípio da conservação da energia na superfície,
da Equação (4) é demonstrada . (Çengel; Ghajar, 2012).

Balanço de energia na superfície

( ) ( ) (4)

Onde a unidade de medida da energia total é dada em watts(w).

2.4 – MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Nesta seção será introduzido alguns termos de vital importância para o bom
entendimento deste trabalho. Serão comentados sobre Calor, Condução, Radiação
e Convecção, explicando seus significados e suas aplicações mais comuns.
A definição de calor é a forma de energia que pode ser transferida de um
sistema para outro tendo como resultado a diferença de temperatura. Este estudo
fará a análise termodinâmica ou quantidade de calor transferida. Como já citado a
transferência de calor ocorre em três modos, condução, convecção e radiação.
Todas as transferências ocorrem da maior temperatura para a menor temperatura.
23

Figura 1. Taxas térmicas em parede opaca.

a
Fonte: Refrigeração e Ar Condicionado; Pág. 88.
2.4.1 – Condução

A condução é um processo pelo qual o calor flui de uma região de


temperatura mais alta para outra de temperatura mais baixa, dentro de um meio ou
entre meios diferentes em contato físico direto. Essa explicação engloba tanto a
apresentação da segunda Lei da Termodinâmica, quando se diz que a transmissão
mais baixa, quanto à definição específica do processo de transmissão de calor por
condução em contato físico direto. Portanto, a transmissão de calor por condução
ocorre quando os corpos em diferentes temperaturas estão literalmente encostados
um no outro. (KREITH; BOHN, 1977).
É quando a energia das partículas mais energéticas de uma substância é
transferida para partículas vizinhas adjacentes com menos energias, como resultado
das interações entre elas. A condução pode ocorrer em sólidos, líquidos ou gases.
A taxa de condução de calor depende da geometria do meio, da espessura,
do tipo de material e da diferença de temperatura a que o meio está submetido.
Ela é proporcional a diferença de temperatura entre as duas faces do meio,
apresentada pelas Equações (5) e (6). (Çengel; Ghajar, 2012).

( )
(5)

Ou
̇ (6)

Onde a constante é a condutividade térmica do material.


24

Para calcular a quantidade de calor perdido através do meio, assim


demonstrada na Equação (7).
̇ (kWh) (7)

Caso haja necessidade calculo de custo, basta calcular a quantidade de calor


pelo custo unitário da energia, expressa na Equação (8). (Çengel; Ghajar, 2012).

(8)

2.4.2 – Condutividade térmica

Os materiais armazenam calor de forma distinta e definimos a propriedade de


Calor específico . Por exemplo, para a água o = 4.18 kj/kg.K e para o ferro o
é de 0.45 kj/kg.ºC, isso indica que a água tem até dez vezes mais capacidade de
armazenar energia do que o ferro por unidade de massa. Da mesma forma a
condutividade térmica da água é de = 0.607 W/m.K e do ferro = 80.2 W/m.K, isso
significa que o ferro conduz dez vezes mais calor que a água.
A condutividade térmica de um material é a medida da capacidade do
material conduzir calor, um alto valor de condutividade indica que o material é bom
condutor e baixo valor de condutividade indica ser mal condutor ou isolante. (Çengel;
Ghajar, 2012).

2.4.3 – Difusividade térmica

Para ter o diagnostico da difusividade térmica, é necessário fazer a análise da


capacidade térmica do material . O que difere o do (Calor especifico), é
que o é representado por enquanto o é
sendo em J/kg.k e em J/m³.K.
A difusividade térmica representa a velocidade com que o calor se difunde por
meio do material e é definida como demonstra na Equação (9), onde é condução
de calor e Armazenamento de calor.

(m²/s) (9)
25

Quanto maior for à difusividade térmica, mais rapidamente será propagado o calor
no meio. Um pequeno valor de difusividade térmica indica que a maior parte do calor
é absorvida pelo material e uma pequena quantidade de calor é conduzida adiante.
(Çengel; Ghajar, 2012).

2.4.4 – Convecção
“A convecção é o processo de transporte de energia pela ação
combinada da condução de calor, armazenamento de energia e
movimento de mistura. A convecção é importante principalmente
como mecanismo de transferência de energia entre uma superfície
sólida e um líquido ou gás”.
(KREITH; BOHN, 1977).

Em um fluido, onde a instabilidade das partículas é grande, as partículas pelo


contato direto com a superfície sólida tendem a migrar para locais onde as
temperaturas são mais baixas. Esta movimentação de partículas provoca uma
transferência de energia de uma posição para a outra, caracterizando transmissão
de calor por convecção. Para exemplificar, é suposto que tenha um bule com água,
inicialmente o calor do bule (superfície sólida) é transmitido para as moléculas de
água que estão em contato direto com o mesmo, por condução. Após estas
moléculas possuírem certa quantidade de energia (calor), elas migrarão para outras
posições do fluido onde a temperatura é menor, transmitindo o calor para outras
moléculas. É possível observar na prática, que quando o líquido vai ganhando
energia, este começa a se movimentar cada vez mais rápido, transmitindo o calor
para as demais partículas. (Çengel; Ghajar. – 2012).
Logo a troca de calor ou transferência de energia feita entra a superfície
solida e a líquida ou gás adjacente, que está em movimento, combinando a
condução e o movimento do fluido, quanto maior a velocidade do fluido maior a
convecção. Na ausência de movimento de fluido ou sólido a transferência se da por
pura condução.
A convecção pode ocorrer de forma natural, com o ar ambiente fazendo a
troca de calor com o meio, ou se ter um equipamento forçando o movimento do
fluido apresentará uma convecção forçada.
Apensar da complexidade, a taxa de transferência de calor por convecção é
proporcional à diferença de temperatura, sendo convenientemente expressa pela lei
de Newton do resfriamento, expressa na Equação (10).
26

̇ (W) (10)

Onde o é o coeficiente de transferência de calor por convecção em W/m².K,


é a área de superfície onde ocorre a convecção, temperatura de superfície e
temperatura do fluido suficiente longe da superfície. (Çengel; Ghajar. – 2012).
A complexidade da transferência de calor em paredes compostas tem sido
resumidamente modelada utilizando-se a equação da energia, com condições de
contorno lineares e em função do tempo, mostrado na Equação (11). (BECKETT;
CHU, 1973; CHEN; LIN, 1991; SUN; JIA, 2007; HUANG; CHANG, 1980).

̇
(W) (11)

Onde a resistência total demonstrada por =∑ .

2.4.5 – Radiação

É a energia emitida pela matéria em formato de ondas eletromagnéticas como


resultados das mudanças nas configurações eletrônicas de átomos ou moléculas.
Ao contrário das outras transferências de calor, a radiação não precisa de um
meio para conduzir o calor. A transferência de calor é mais rápida e não sofre
enfraquecimento no vácuo. (Çengel; Ghajar, 2012).
Neste estudo será visto apenas radiação térmica, que é a forma de radiação
emitida pelos corpos que tenha uma temperatura superior ao zero absoluto. Ela
difere dos outros tipos de radiação eletromagnética. Por isto, identifica que não há
necessidade de um contato físico entre os corpos para que a energia na forma de
calor seja transmitida entre eles. Ao calor transmitido desta forma é chamado de
“calor radiante”. Esta forma de energia se assemelha naturalmente à radiação de
luz, diferindo-se apenas nos comprimentos de onda. A transmissão do calor radiante
ocorre na forma de quantidade de energia. Para ilustrar este fenômeno, tenta-se
imaginar como a energia solar é transmitida para os demais astros de nossa galáxia,
a terra por exemplo. Sendo que existe praticamente vácuo entre eles.(KREITH;
BOHN, 1977).
27

A radiação é um acontecimento volumétrico, e todos os sólidos, líquidos e


gases emitem, absorvem ou transmitem radiação em diferentes graus. Entre tanto a
radiação é geralmente considerada um fenômeno superficial para os sólidos opacos
à radiação térmica, como metais, rochas e madeira, umas vez que a radiação
emitida pelas regiões do interior desses materiais não podem nunca chegar à
superfície e a radiação incidente sobre esses corpos é normalmente absorvida por
algum mícron a partir da superfície.
A taxa máxima de radiação emitida pode ser dada pela lei de Stefan-
Boltzmann, exemplificada na Equação (12).

̇ (W) (12)
Sendo a Área da superfície e a temperatura da superfície calculada.

Onde é a constante de Stefan-Boltzmann com valor igual a 5.670x


W/m². . A radiação emitida na taxa máxima é de corpo negro, denominada
radiação de corpo negro. Todas as outras superfícies reais é menor a taxa de
emissividade, levando em conta o valor de emissividade da superfície na faixa de
, quanto mais o próximo o valor de 1 mais próximo da taxa de
emissividade de um corpo negro, que é a taxa máxima. Logo para corpos de
superfícies reais é expressa na Equação (13):

̇ (W) (13)

Absortividade é uma fração de energia de radiação incidente sobre as


superfícies que a absorve. Assim como a emissividade, Absortividade tem seu
valor na faixa . Da mesma forma que o corpo negro absorve toda a
emissividade ele também é um perfeito absorvedor ( demostrado na Equação
(14).
̇ ̇ (W) (14)

Onde ̇ é a taxa de radiação incidente na superfície e a absortividade da


superfície. Para superfícies opacas (não transparente), a porção da radiação
incidente não absorvida pela a superfície é refletida de volta.
28

Quando uma superfície de emissividade e área superficial a uma


temperatura termodinâmica é completamente restrita por superfície maior a uma
temperatura termodinâmica separadas por um gás (como o ar) que não intervém
na radiação, a taxa líquida de transferência de calor por radiação entre essas duas
superfícies é dada pela Equação (15):

̇ (W) (15)

Assim a transferência de calor de uma superfície cercada de gás (como ar),


ocorre paralelamente por condução (ou convecção se houver um movimento da
massa de ar). Deste modo teremos a adição total das contribuições definida de
coeficiente de transferência de calor que inclui todos os efeitos de
radiação e convecção, expressa na Equação (16): (Çengel; Ghajar, 2012).

(16)

O coeficiente de transferência de calor combinada é basicamente um


coeficiente de transferência de calor por convecção modificado para incluir os efeitos
de radiação. (SILVA, 2016).

2.5 – TERMOS E DEFINIÇÕES

2.5.1 – Condicionador de ar

Equipamento completo e autossuficiente para condicionar o ambiente a certa


temperatura, seja resfriar ou aquecer, neste caso condicionado para o conforto
humano.
Para equipamentos residencial pode incluir componentes para a qualidade e
distribuição do ar interior (filtragem e renovação), limitados até 18 kW (60.000
BTU/h).(ABNT NBR 16.655-1).
A Figura 2. Mostra o esquema básico do ciclo de refrigeração por compressão
de mecânica de vapor, nos quais os componentes principais são: compressor,
condensador, dispositivo de expansão e o evaporador.
29

Figura 2. Esquema do ciclo de refrigeração.

Fonte: https://wwmconsultoria.com/como-funciona-um-ar-condicionado/, 2020.

2.5.2 – Unidade externa

É um conjunto de componentes projetados de forma específica, para


condensar ou evaporar o fluido frigorífico pela rejeição ou absorção de calor. A
unidade consiste de um ou mais compressores, motores, trocadores de calor,
reservatórios de líquido quando requerido e acessório necessários, montado em um
gabinete comum. (ABNT NBR 16.655-1).

2.5.3 – Unidade interna

É o conjunto de componentes projetados de forma específica, para condensar


ou evaporar o fluido frigorífico pela rejeição ou absorção de calor. A unidade
consiste de motores, trocadores de calor, dispositivos de expansão e acessórios
necessários, montados em um gabinete comum. (ABNT NBR 16.655-1).

2.5.4 – Condicionador de ar compacto de janela

O equipamento com todo o circuito de refrigeração/aquecimento contido em


um corpo único destinado a ser utilizado no interior do ambiente a ser condicionado,
individual e único (zona simples de controle térmico), instalado em janelas ou
30

paredes de modo que sua parte frontal fica para o lado de dentro do ambiente
condicionando e circule o ar, resfriando ou aquecendo. Sua parte traseira fica na
parte externa, permitindo a circulação de ar para a rejeição ou absorverão de calor.
(ABNT NBR 16.655-1).
Na Figura 3. é demostrado um esquema do condicionador de janela.

Figura 3. Sistema de Ar-condicionado de Janela.

Fonte: http://refrimak.com.br/recomendacoes-para-ativacao-de-ar-condicionado-desativado-
por-longos-periodos/, 2020.

2.5.5 – Condicionador de ar dividido – Mini-split

É o equipamento dividido, no qual o circuito de refrigeração e aquecimento é


separado em duas unidades, na parte interna pode ser do tipo parede, piso, teto,
cassete ou embutida com pequena rede de dutos, com motores elétricos
monofásicos, interligados com a parte externa por um par de tubulações de fluído
frigorífico e cabeamento elétrico formando em equipamento autossuficiente.
Este equipamento possui a capacidade máxima de troca de calor em 18 kW
(60.000 BTU/h).(ABNT NBR 16.655-1).
31

Exemplificado na Figura 4 um esquema do ar-condicionado Mini-split;

Figura 4. Sistema Mini-Split.

Fonte: Manual Consul Ar-condicionado Split CBN09BBBN, CBN12BBBN,


CBN18BBBN, CBN22BBBN.

2.5.6 – Condicionador de ar dividido – Multi-split

Conforme ABNT NBR 16.655-1 o equipamento dividido, no qual o circuito de


refrigeração e aquecimento é separado em duas ou mais unidades, no qual a parte
interna pode ser do tipo parede, piso, teto, cassete ou embutida com pequena rede
de dutos, sempre com motores elétrico monofásico e uma unidade externa com
compressor que são interligadas por um par de tubulações de fluído frigorífico e
cabeamento elétrico para cada unidade interna.
Este equipamento possibilita a instalação de até oito evaporadoras (parte
interna) em apenas uma condensadora (parte externa), com capacidade máxima de
troca de calor de 60.000 BTU/h ou 18 KW. A figura 5 demonstra como é feito a
instalação de um equipamento Multi-split com múltiplos modelos de evaporadoras,
explicando a possibilidade de uma variedade de combinações de evaporadoras,
sendo indicadas de (A) a (E) como:
32

A. Evaporadora de Parede;
B. Evaporadora de Parede;
C. Evaporadora Cassette 2 vias;
D. Evaporadora Cassette Junior 4 vias;
E. Evaporadora Teto Embutido Alta Pressão.

Figura 5. Sistema Multi-Split.

Fonte: Manual Samsung AJ038NCJ5CH.

2.5.7 – Condicionador de ar dividido central – Multi-split VRF

O equipamento dividido, no qual o circuito de refrigeração e aquecimento é


separado em duas ou mais unidades internas de insuflação direta ou por rede de
dutos e difusores de ar, cada uma operada e controlada de forma independente das
demais, quanto ao fluxo de fluído frigorífico.
Este equipamento é suprido com fluído frigorífico em fluxo variável
(VRF/inverter) por uma ou mais unidades condensadoras centrais, instaladas
externamente, são interligadas por cabeamento elétrico e um par de tubulações de
fluído frigorífico, no caso de unidades quentes e frias, não simultâneas ou por três
tubos de unidades, quentes e frio simultâneo a partir da unidade externa.
Demonstrado na Figura 6 as configurações diferentes de um sistema Multi-Split
VRF. (ABNT NBR 16.655-1).
O sistema de VRF tem a capacidade de responder uma flutuação de carga de
33

gás para cada evaporador, tendo duas classificações, o VRF HEATPUMP de dois
tubos e VRF HEATRECOVERY de três tubos, por mais que ambos os casos você
permite um termostato individual existe uma diferença nos dois sistemas de VRF, a
qual é basicamente as limitações do sistema VRF HEATPUMP, que segundo um
artigo do ASHRAE Journal, restringe a refrigeração ou calefação em todo o sistema,
enquanto o VRF HEATRECOVERY possui uma caixa de distribuição que deixa cada
ambiente com controle autônomo de temperatura possibilitando refrigerar ou
calafetar o ambiente. A figura 6 demonstra a instalação de um equipamento VRF
com 2 linhas, podendo ter um ou mais compressores não limitando a quantidade de
evaporadoras.(ASHRAE Journal, junho - 2008).

Figura 6. Sistema Multi-Split VRF

Fonte: manual técnico Hitachi mdt-multi-split-fsnmb.

Enquanto a figura 7 demonstra como é a instalação do equipamento VRF 3


linhas a possibilidade de ter várias ambientes climatizados de forma independente.
34

Figura 7. Sistema VRF 3 linhas

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/661607001503803660/, 2021.

2.5.8 – Modelos de equipamentos para unidades Internas

Para cada ambiente, existe uma configuração de evaporadora mais adequada


para que se consiga um melhor conforto térmico, sem interferências de ventos ou
insuficiência de troca de calor. Com base nos cálculos de carga térmica é possível
identificar a potência da unidade de condicionamento de ar como apresentado na
Tabela A.1, é possível identificar o melhor equipamento para a potência calculada.
Sendo a evaporadora de parede como o nome sugere, vão instalados na parede
normalmente na parte superior, os equipamentos do tipo cassete, é instalado no teto
do ambiente, comumente embutidos no forro, o modelo “teto embutido” é
evaporadora utilizada em ambientes que tenham dutos de ventilação junto ao teto,
assim como o piso duto, que é instalado em dutos que ficam no nível do piso, e por
último o modelo piso aparente, que é uma evaporadora que fica no nível do piso,
instalada de forma exposta.
35

Tabela A.1 – unidades evaporadoras internas.

Fonte: manual técnico Hitachi mdt-multi-split-fsnmb.

2.6 – FILTRAGEM E RENOVAÇÃO DE AR

A filtragem do ar para instalações residenciais tem que estar em


conformidade com a ABNT NBR 16401-3.
A Tabela A.2 apresenta uma simulação com dados extraídos da ABNT NBR
16401-3 para quarto e sala de estar. Os valores utilizados no cálculo consideram um
valor por pessoa somado a um valor por área útil ocupada. Nota que, calcula-se o
valor combinado de pessoas e a área, dividindo este valor pela área útil ocupada,
alcançando o valor recomendado de renovação de ar que é de no mínimo 1 L/s.m².
A renovação de ar depende dá área útil ocupada e não do número de pessoas.
Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, há alguns
sintomas encontrados em “edifícios doentes” que podem ser relacionados a uma
contaminação microbiológica. Vírus e bactérias causam doenças, mas o ar interno
36

não é usualmente a causa de infecções virais, já que vírus não sobrevivem muito
tempo fora do hospedeiro e a transmissão depende do contato com um indivíduo
infectado (Federal – Provincial Advisory Committee on Environmental and
Occupational Health - 1995).

Tabela A.2 – Vazão eficaz mínima de ar exterior para ventilação


Pessoas
Local Pessoas m² Vazão L/s
por 100 m² L/s pessoa L/s.m²
Recomendado
0,00167 6,0 1,0 2 12 12
para quarto
Recomendado
0,00200 5,0 1,0 4 20 20
para sala de estar
Fonte: ABNT NBR 16.655-1.

Para determinar a eficiência da vazão mínima de ar para ventilação tem a


equação 17.

(17)
Onde:
– Vazão eficaz de ar exterior, expressa em litros por segundo (L/s);
– Vazão por pessoa, expressa em litros por segundo (L/s.pessoa);
– Vazão por área útil ocupada, expressa em litros por segundo multiplicado
por metro quadrado (L/s.m²);
– Número máximo de pessoas na zona de ventilação;
– Área útil ocupada pelas pessoas, expressa em (m²).

2.7 – TERMOS E DEFINIÇÕES DE CONFORTO TÉRMICO

A norma ABNT NBR 16401-2, indica que para melhor compreendimento, é


necessário o conhecimento dos seguintes termos e definições descritos na Tabela
A.3.
37

Tabela A.3 – Termos e definições de conforto térmico


Assimetria de Temperatura Diferença de temperatura radiante entre os dois
radiante lados de um plano.

Isolamento de roupa Resistencia a troca de calor do corpo humano com


o ambiente, devido à vestimenta.
Metabolismo Taxa de transformação de energia química em
trabalho mecânico ou atividades metabólicas no
organismo.
Parâmetros ambientais Parâmetros térmicos do ambiente que afetam a
sensação de conforto.
Temperatura do ar Temperatura de bulbo seco do ar no entorno dos
ocupantes.
Temperatura de globo É a temperatura medida no interior de um globo de
150 mm de diâmetro, pintado de negro com
emissividade de 0,95, com paredes finas.
Temperatura operativa É a temperatura uniforme do ambiente, no qual a
pessoa trocaria a mesma quantidade de calor por
convecção e radiação no ambiente não uniforme
real.
Temperatura radiante média Temperatura uniforme de uma superfície de um
ambiente imaginário no qual a pessoa trocaria a
mesma quantidade de calor radiante que no recinto
real não uniforme.
Temperatura radiante plana Temperatura uniforme de um ambiente no qual o
fluxo radiante incidente sobre um pequeno plano é
o mesmo no ambiente considerado.
Turbulência do ar Relação do desvio-padrão do ar para a velocidade
media do ar ambiente.
Velocidade do ar Taxa de deslocamento de ar em um determinado
ponto, sem considerar a direção.
Zona ocupada Região do recinto normalmente ocupada por
pessoas, compreendida que do pisco a 1,8 metros
e afastada mais de 0,3 metros e afastada mais de
0,3 metros das paredes internas e mais de 1,0
metros das paredes e janelas externas e
componentes de ar condicionado.
Fonte: ABNT NBR 16401-2.
2.8 – FATORES QUE AFETAM O CONFORTO TÉRMICO

Os parâmetros ambientais que afetam o conforto térmico podem ser


classificados em: Varáveis ambientais, humanas e outras:

Variáveis ambientais:
38

 A temperatura relativa do ar;


 A velocidade do ar;
 A umidade relativa do ar;
 Temperatura radiante.

Variáveis Humanas: (Vestimenta e metabolismo)

Os valores que definem condições de conforto térmico dependem dos


seguintes fatores pessoais:
 O tipo de roupa usado comumente no ambiente que define a taxa de
transferência térmica do corpo para o ambiente, expressa em “clo” (1
clo = 0,155 m² K/W);
 O nível de atividade física das pessoas que determina a taxa de
metabolismo, expressa em “met”(1 met = 58,2 W/m²). Considerando o
corpo médio de um adulto de 1,8 metros de altura obtém-se 1 met =
105 W.(ABNT NBR 16401-2).

2.8.1 – Taxas metabólicas típicas para vários tipos de atividade humana

O corpo humano ao efetuar trabalho mecânico, os músculos se contraem, por


este motivo produz calor. O trabalho desenvolvido libera uma quantidade de calor,
podendo chegar a um máximo da ordem de 1200 W, mesmo que por pouco tempo.
Este calor é dissipado através dos mecanismos mecânicos de troca de calor entre o
corpo humano e o ambiente, envolvendo as trocas secas – Condução, convecção e
radiação; e as trocas úmidas – evaporação. A Tabela A.4. apresenta dados relativos
ao calor dissipado pelo corpo, cedido ao ambiente em função da atividade do
indivíduo considerado médio e saudável.(Frota; Schiffer. – 2003).
39

Tabela A.4 – Taxas Metabólicas típicas para atividades variadas.


Atividade Met – Taxa de Metabolismo
W/m² Met units
Deitado, dormindo 46 83 282 0,8
Sentado relaxado 58 104 356 1,0
Em repouso 70 126 430 1,2
Atividade sedentária (Escritório, Habitação, 70 126 430 1,2
Laboratório)
Dirigindo um carro 80 144 491 1,4
Profissional gráfico, escritor. 85 153 522 1,5
Em pé, atividade leve (Loja, laboratório, indústria 93 167 571 1,6
leve).
Professor 95 171 583 1,6
Trabalhos domésticos (lavar, passar roupa) 100 180 614 1,7
Caminha leve, 2 km/h 110 198 675 1,9
Em pé, atividade média (Assistente de loja, 116 209 712 2,0
Trabalhos doméstico em geral).
Indústria de construção (Assentamentos de 125 225 768 2,2
tijolos, blocos 15,3 kg)
Lavando pratos em pé 145 261 890 2,5
Trabalho doméstico - Ajuntando folhas no 170 306 1043 2,9
gramado
Trabalho doméstico – Lavadora portátil (120 – 170 306 1075 2,9
220 W)
Ferro e aço – forçando molde com martelo 175 315 1075 3,0
pneumático
Indústria de construção (Formulando moldes) 180 324 1105 3,1
Caminha pesada, 5 km/h 200 360 1228 3,4
Silvicultura – Cortando arvore manualmente 205 369 1259 3,5
Esportes – Vôlei, Ciclismo 15 km/h. 232 418 1424 4,0
Calistenia – Ginastica em barras 261 470 1602 4,5
Indústria de construção (Carregando carrinho de 275 495 1688 4,7
mão com pedras ou areia).
Esportes – Golf, Softball. 290 522 1780 5,0
Ginastica 319 574 1959 5,5
Dança aeróbica, natação. 348 624 2137 6,0
Esportes – Patinação no gelo, 18 km/h, Ciclismo 360 648 2210 6,2
20 km/h.
Agricultura – Cavando com uma pá 380 674 2333 6,5
Esquiar em alto nível (neve boa 9 km/h), Trilha de 405 729 2487 7,0
mochila, patins, basquete, tênis.
Esportes Handball, Hockey, raquetebol, futebol 464 835 2848 8,0
Corrida 7,5 min/km, Silvicultura – Cortar arvore 500 900 3070 8,5
com machado de 2kg
Esportes – Corrida de 15km/h 550 990 3377 9,5

Fonte: ASHRAE Handbook Fundamentals 2005 – Cap 8 – Thermal comfort.


40

2.8.2 – Valores de isolamento de vestuários

O papel da vestimenta representa uma barreira para as trocas de calor por


convecção. A vestimenta mantem uma camada mesmo que fina de ar parado,
dificultando as trocas por convecção e radiação, também reduz a sensibilidade do
corpo às variações de temperatura e de velocidade do ar. Sua resistência térmica
depende do tipo do tecido, da fibra e do ajuste ao corpo, devendo ser medida
através das trocas secas relativas de quem a vesti. Sua unidade é “clo”, equivalente
a 0,155m²°C/W.
Estes dados mesmo não sendo utilizados nesta pesquisa são importantes
para entender que o conforto térmico também está relacionado a vestimentas das
pessoas, caso seja feito um estudo em ambiente que exija uma vestimenta
especifica. A Tabela A.5. apresenta as medidas de trocas secas relativas
considerando uma pessoa média e saudável. Foi utilizada a temperatura efetiva de
conforto térmico indicado no nomograma de temperatura efetiva para pessoas
normalmente vestidas, em trabalho leve, entendendo a vestimenta de unidade de 1
clo.(Frota; Schiffer. – 2003).

Tabela A.5 – Tabela de isolamento dos vestuários.

Roupas de baixo Vestidos e saias


Sutiã 0,01 Saias leves 0,14
Calcinha 0,03 Saias Grossas 0,23
Cueca Masculina 0,04 Camisa de alça, decote redondo (fino) 0,23
Camisa 0,08 Camisa de alça, decote redondo (grosso) 0,27
Saiote segunda pele 0,14 Vestido de camisa de manga curta (fino) 0,29
Meia Calça térmica 0,15 Vestido de camisa de manga longa (fino) 0,33
Camisola 0,16 Vestido de camisa de manga longa (grosso) 0,47
Camisa térmica 0,20 Suéteres
Calçados Colete Suéter (fino) 0,13
Meião 0,02 Colete Suéter (grosso) 0,22
Meia Calça / Meias 0,02 Suéter longo (fino) 0,25
Sandálias 0,02 Suéter longo (grosso) 0,36
Sapato 0,02 Paletós e coletes
Chinelos (Acolchoados, forrados de pelo) 0,03 Colete sem mangas (fino) 0,13
Joelheiras grossas 0,06 Colete sem mangas (grosso) 0,22
Botas 0,10 Paletó Trespassado (fino) 0,36
Camisas e blusas Paletó trespassado (grosso) 0,44
Blusa leve com decote redondo 0,12 Paletó trespassado duplo (fino) 0,42
Camisa esporte de manga curta 0,17 Paletó trespassado duplo (grosso) 0,48
Camisa de manga curta 0,19 Roupa de dormir e robes
41

Camisa de manga comprida 0,25 Camisola manga curta (fino) 0,18


Camisa de flanela de manga comprida 0,34 Camisola manga comprida (fino) 0,20
Moletom de manga comprida 0,34 Bata hospitalar de manga curta 0,31
Calças e macacões Robe curto de manga curta (fino) 0,34
Short curto 0,06 Pijama de manga curta (fino) 0,42
Short de ginastica 0,08 Camisola curta de manga comprida (grosso) 0,46
Calças retas (fino) 0,15 Roupão de manga comprida (grosso) 0,48
Calças retas (grossa) 0,24 Pijama de manga comprida (grosso) 0,57
Moletom 0,28 Camisola longa de manga comprida (grosso) 0,69
Macacão 0,30
Macacão de trabalho 0,49

Fonte: ASHRAE Handbook Fundamentals 2005 – Cap 8 – Thermal comfort.

2.8.3 – Limitações

As condições de conforto térmico estão em função de uma série de variáveis.


Para avaliar as circunstâncias desde estudo, foi considerado que as pessoas estão
em condições saudáveis desconsiderando as vestimentas, levando em consideração
a transferência térmica de paredes, telhados e forro, e as perdas de energia de
pessoas em estado de repouso em 45 g/h e em trabalho leve em 110 g/h. Não
sendo feito o estudo de renovação de ar dos ambientes, nem considerando as
perdas devidas à ventilação.(Frota; Schiffer, 2003).
A diferença de temperatura em um plano vertical de 0,1m a 1,1m, não pode
ser superior 3 K.
A variação gradual e continua de temperatura não deve ultrapassar a taxa de
0,5 K por hora.
A assimetria da temperatura radiante admissível deve ser inferior a:
- 5 K para forro quente;
- 14 K para forro frio;
- 23 K para parede quente;
- 10 K para parede fria.
Não pode haver correntes de ar direcionado para a nuca ou aos tornozelos das
pessoas, com velocidade acima de 0,8 m/s.(ABNT NBR 16401-2).
42

2.9 – DESEMPENHO TÉRMICO DOS MATERIAIS

2.9.1 – Propriedades térmicas de materiais

Foi utilizado a tabela de propriedades térmicas de materiais da norma da


ABNT 02:135.07-002 de 1998, como indicativo da condutividade térmica ( ), Calor
especifico ( ) e para diversos materiais de construção em função de sua densidade
de massa aparente ( ).

Tabela A.6 – Densidade de massa aparente(ρ), condutividade térmica(λ) e calor especifico(c)

c
Material ρ (kg/m³) λ (W/(m.K))
(KJ/(Kg.K))

Argamassas
Argamassa comum 1800-2100 1,15 1,00

Argamassa de gesso (ou cal e gesso) 1200 0,70 0,84

Argamassa celular 600-1000 0,40 1,00

Cerâmica
Tijolos e telhas de barro 1000-1300 0,70 0,92
1300-1600 0,90 0,92
1600-1800 1,00 0,92
1800-2000 1,05 0,92

Fibro-cimento
Placas de fibro-cimento 1800-2200 0,95 0,84
1400-1800 0,65 0,84

Concreto (com agregados de pedra)


Concreto normal 2200-2400 1,75 1,00

Concreto carvernoso 1700-2100 1,40 1,00

Concreto com pozolana ou escória expandida com estrutura cavernosa (ρ dos inertes ~750 kg/m³)
Com finos 1400-1600 0,52 1,00
1200-1400 0,44 1,00

Sem finos 1000-1200 0,35 1,00

Concreto com argila expandida


dosante de cimento > 300kg/m³, 1600-1800 1,05 1,00

ρ dos inertes < 350 kg/m³ 1400-1600 0,85 1,00


1200-1400 0,70 1,00
1000-1200 0,46 1,00

dosagem de cimento < 250 kg/m³, 800-1000 0,33 1,00

ρ dos inertes < 350 kg/m³ 600-800 0,25 1,00


43

c
Material ρ (kg/m³) λ (W/(m.K))
(KJ/(Kg.K))

<600 0,20 1,00

Concreto de vermiculite (3 a 6mm) ou perlite expandida 600-800 0,31 1,00

fabricado em obra 400-600 0,24 1,00

dosagem (cimento/areia) 1:3 700-800 0,29 1,00

dosagem (cimento/areia) 1:6 600-700 0,24 1,00


500-600 0,20 1,00

concreto celular autoclavado 400-500 0,17 1,00

Gesso
projetado ou de densidade massa aparente elevada 1100-1300 0,50 0,84

placa de fesso; fesso cartonado 750-1000 0,35 0,84

com agregado leve (vermiculita ou perlita expandida)


dosagem gesso: agregado = 1:1 700-900 0,30 0,84

dosagem gesso: agregado = 1:2 500-700 0,25 0,84

Granulados
brita ou seixo 1000-1500 0,70 0,80

argila expandida <400 0,16

areia seca 1500 0,30 2,09

areia (10% de umidade) 1500 0,93

areia (20% de umidade) 1500 1,33

areia saturada 2500 1,88

terra argilosa seca 1700 0,52 0,84

Impermeabilizantes
membranas betuminosas 1000-1100 0,230 1,46

Asfalto 1600 0,430 0,92

Asfalto 2300 1,150 0,92

betume asfáltico 1000 0,170 1,46

Isolantes térmicos
lã de rocha 20-200 0,045 0,75

lã de vidro 10-100 0,045 0,70

poliestireno expandido moldado 15-35 0,040 1,42

poliestireno estrudado 25-40 0,035 1,42

espuma rígida de poliuretano 30-40 0,030 1,67

Madeiras e derivados
madeiras com densidade de massa aparente elevada 800-1000 0,290 1,34

carvalho, freijó, pinho, cedro, pinus 600-750 0,230 1,34

c
Material ρ (kg/m³) λ (W/(m.K))
(KJ/(Kg.K))
44

450-600 0,150 1,34


300-450 0,120 1,34

aglomerado de fibras de madeira (denso) 850-1000 0,200 2,30

aglomerado de fibras de madeira (leve) 200-250 0,058 2,30

aglomerado de partícuolas de madeira 650-750 0,170 2,30


550-650 0,140

placas prensadas 450-550 0,120 2,30


350-450 0,100 2,30

placas extruturadas 550-650 0,160 2,30

Compensado 450-550 0,150 2,30


350-450 0,120 2,30

aparas de madeira aglomerada com cimento em fábrica 450-550 0,150 2,30


350-450 0,120 2,30
250-350 0,100 2,30

palha (capim Santa fé) 200 0,120

Metais
aço, ferro fundido 7800 55,00 0,46

Alumínio 2700 230,00 0,88

Cobre 8900 380,00 0,38

Zinco 7100 112,00 0,38

Pedras (incluindo junta de assentamento)


granito, gneisse 2300-2900 3,00 0,84

ardósia, xisto 2000-2800 2,20 0,84

Basalto 2700-3000 1,60 0,84

calcáreos/mármore >2600 2,90 0,84

Outras 2300-2600 2,40 0,84


1900-2300 1,40 0,84
1500-1900 1,00 0,84
<1500 0,85 0,84

Plásticos
borrachas sintéticas, poliamidas, poliesteres, polietilenos 900-1700 0,40

polimetacrilicos de metila (acrílicos) policloretos de vinila (PVC) 1200-1400 0,20

Vidro
Vidro comum 2500 1,00 0,84
Fonte: ABNT 02:135.07-001/2
45

2.10 – CÁLCULOS DOS GANHOS DE CALOR SOLAR

2.10.1 – Equações para superfícies:

Utiliza-se da equação de superfícies opacas, é utilizada justamente para


obter-se o valor de transmitância térmica entre uma parede que não seja translucida,
demonstrada na Equação 18.

Superfícies opacas

(18)

Onde:
= Área de superfície opaca (m²);
= Coeficiente do ar externo (°C);
= Coeficiente global de transmissão térmica (W/m²°C);
= Coeficiente de condutância térmica superficial externa (W/m²°C);
= Intensidade de radiação solar incidente global (W/m²).

Para obter-se o valor de transmitância de superfície transparente, utiliza-se a


Equação 19, que já obtém o valor de intensidade de direto da tabela C.7.(Frota;
Schiffer, 2003).

(19)
Onde:
= Área de superfície transparente (m²);
= Fator de ganho solar = ;

= Intensidade de radiação solar incidente global (W/m²).


46

3 – METODOLOGIA

3.1 – PESQUISA APLICADA

Está pesquisa foi baseada nos métodos quantitativos e qualitativos, com o


levantamento de informações e referências teóricas e o experimento com a planta
de residência unifamiliar, em sistemas novos e novas construções, com implantação
de climatização artificial, com a finalidade de gerar conhecimento para aplicações
práticas de climatização e condicionamento de ambientes residenciais.
O método quantitativo foi obtido por meio das informações dos ambientes, tais
como temperatura externa, posição geográfica e dados orgânicos do ambiente,
como a temperatura demonstrada na Figura 8. No método qualitativo foram
extraídas informações de normas de especificações dos materiais como taxa de
condução térmica, e fatores de isolamento.

Figura 8. Esquema taxas térmicas.

Fonte: https://www.guiaenergiaedificacoes.com.br/conceitos/envoltoria/, 2019.


47

Todos os procedimentos práticos desta pesquisa foram fundamentados pelas


normatizações da ABNT e a Abrava, informações presente no próximo tópico.

3.1.1 – Normalizações

É o processo de formulação e aplicação de regras para a solução ou


prevenção de problemas, com a cooperação de todos os interessados, e em
particular para o fomento da economia global. É o processo de formulação e
aplicação de regras para a solução ou prevenção de problemas, com a cooperação
de todos os interessados, e em particular para o fomento da economia global, neste
trabalho está aplicado as normalizações da ABNT e Abraba. (abnt.org.br, 2021).
A ABNT responsável pela elaboração das normas brasileiras, atuando
também na avaliação da conformidade e dispõe de programas para certificação de
produtos, sistemas e rotulagem ambiental. Tem como atividade fundamentar guias e
princípios técnicos internacionalmente aceitos e alicerçados em uma estrutura
técnica e de auditores multidisciplinares, garantindo credibilidade, ética e
reconhecimento dos serviços prestados. (abnt.org.br, 2021).
Abrava é a secretaria técnica de comitê brasileiro da ABNT CB-055
refrigeração, ar-condicionado, ventilação e aquecimento, um órgão técnico de eixo
análogo a ABNT, formado por comissão de estudo com âmbito de atuação em
normalização no campo de refrigeração, ar-condicionado, ventilação e aquecimento.
(abrava.com.br, 2021).

3.2 – REQUISITOS

3.2.1 – Gerais

Para elaboração deste trabalho, foi feito um estudo com base de uma
residência unifamiliar ilustrada na figura 9 exposta no Anexo A, com as medidas
demonstradas nos apêndices A, B e C. Realizou-se cálculos de fonte de calor e o
comparativo com quatro isolantes térmicos de paredes e três isolantes térmicos de
telhado, considerando janelas simples e duplas. A partir destes dados foi realizado o
comparativo em três tipos distintos de climatizadores residencial, verificando qual é
mais eficiente economicamente, trazendo um payback de custos atuais. a
48

Figura 9 – Planta e corte da edificação.

Fonte: Autor (2022).

3.2.2 – Para a estimativa da carga térmica

a) Escolheu-se os valores de projeto da temperatura de bulbo seco e a


temperatura de bulbo úmido do ar externo em função da latitude e da altitude do
local;
b) Escolheu-se as temperaturas de projeto do ambiente condicionado
adequadas às pessoas em função de sua idade, atividade e roupas;
c) Averiguou-se possíveis condições especiais, como recintos adjacentes não
condicionados, insolação, sombreamento externo etc.;
d) Recolheu-se dados dos coeficientes de transferência de calor das distintas
paredes da edificação com base no seu projeto. Paredes que separam ambientes na
mesma temperatura devem ser ignoradas. Devem ser considerados os coeficientes
de transferência de calor para o inverno para o verão.
e) Determinou-se as características adicionais da edificação, como:
localização, orientação, sombreamento externo e massa, as quais afetam o ganho
de calor por insolação;
f) Com base nas características construtivas da edificação e nas condições de
49

projeto determinou-se as diferenças de temperatura para a carga de refrigeração,


fatores de ganho e de calor por insolação e fatores de carga de refrigeração
apropriados;
g) Determinou-se a taxa de transferência de calor para o recinto em função
dos coeficientes de transferência de calor, áreas e diferenças de temperatura,
previamente calculados;
h) Para espaços com geração interna de calor como luzes, equipamentos
elétricos, pessoas, lareiras e etc. aplicou-se os fatores de carga de refrigeração
quando necessário às programações de uso.

3.3 – CONDIÇÕES DE TEMPERATURA E UMIDADE DO AR EXTERNO

3.3.1 – Valores de temperatura e de umidade do ar externo foram escolhidos


conforme a ABNT NBR 16401-1.
A temperatura selecionada foi a que tem a menor taxa de extrapolação anual,
onde a frequência é 0,4% de dias do ano em que a temperatura será maior do que a
estabelecida na Tabela B.1.

3.3.2 – Condições de temperatura e umidade do ar externo


Na Tabela B.1. é dada as condições de temperatura de umidade do ar
externo da região geográfica.

Tabela B.1 – Temperatura de umidade do ar externo em Foz do Iguaçu.


Estado Cidade Latid. Longit. Alt. Pr.Atm Período Extrem. TBU TBSmx S TBSMN S
Paraná Foz do 25,25s 54,58w 243m 98,44 85/01 Anuais 29,4 37,2 0,9 0,1 1,9
Iguaçu
Mês>Qt Freq. Resfriamento e desumidificação Baixa Umidade Mês>Fr Freq. Aquec. Umidificação
Jan. anual TB TBUc TBU TBSc TPO W TBSc anual TBS TPO W TBSc
S
0,4% 35,1 23,6 26,1 31,6 24,6 20,1 28,7 99,6% 3,4 1,1 4,2 6,3
∆Tmd 1% 34,1 23,7 25,6 31,1 24,0 19,5 28,2 99% 5,8 3,1 4,9 8,0
11,1 2% 33,1 23,5 25,1 30,6 23,5 18,9 27,7

Legenda:
Pr atm Pressão atmosférica padrão no local (Kpa);
Período Período das observações meteorológicas (Ano Inicial/ Ano Final);
Extrem. Anuais Medias das temperatura extremas anuais e desvio-padrão (s);
Mês>F Mês no período com a maior média das temperaturas máximas;
Frequência anual Porcentagem do total das horas do ano em que as temperaturas de projeto indicadas serão provavelmente ultrapassadas;
TBS,TBU,TPO Temperatura (máx. ou min.) de projeto, de bulbo seco, bulbo úmido e ponto de carvalho;
TBSc, TBUc Temperatura de projeto coincidentes, de bulbo seco, bulbo úmido;
W Umidade absoluta (g/kg de ar seco).Umidade absoluta (g/kg de ar seco).
Fonte: ABNT NBR 16401-1.
50

Na tabela B.2 são mostrados os dados de radiação solar incidente (Ig), sobre os
planos verticais e horizontais em (W/m²), com latitude 25° sul, que conforme a tabela B.1
é a latitude que está localizada a cidade de Foz do Iguaçu.

Tabela B.2 – Dados de radiação solar incidente (Ig).


06h 07h 08h 09h 10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h
S 123 197 189 137 84 68 63 68 84 137 186 197 123
SE 280 540 611 539 397 222 63 68 63 58 50 38 20
E 285 588 707 659 515 304 63 68 63 58 50 38 20

Dezembro
NE 134 314 419 427 367 249 88 68 63 58 50 38 30
N 20 38 50 58 63 87 98 87 63 58 50 38 20
NW 20 38 50 58 63 68 88 249 367 427 419 314 134
W 20 38 50 58 63 68 63 304 515 659 707 588 285
SW 20 38 50 58 63 68 63 222 397 539 611 540 280
H 87 289 579 813 986 1110 1137 1110 986 813 579 289 87
Fonte: Manual de conforto térmico; Frota; Schiffer, 2003.

3.3.3 – Zoneamento bioclimático brasileiro

Conforme a Figura 10 o território brasileiro é dividido em oito diferentes zonas


climáticas.
Figura 10 – Zoneamento bioclimático brasileiro

Fonte: ABNT NBR 15220-3


51

3.3.4 – Diretrizes construtivas da zona bioclimática

Cada zona bioclimática recebe uma diretriz construtiva relativa a aberturas,


paredes e coberturas. Analisando a figura 11, é identificada que a zona bioclimática
que a cidade de Foz do Iguaçu está localizada é a zona Z3, esta zona tem como
cidade de destaque a cidade de Florianópolis do estado de Santa Catarina, e deve
seguir a diretrizes seguidas das tabelas B.3, B.4, e B.5.

Figura 11 – Zona e carta bioclimática de Florianópolis.

Fonte: ABNT NBR 15220-3

Tabela B.3 – Abertura para ventilação e sombreamento das aberturas para a zona bioclimática 3.

Aberturas para ventilação Sombreamento das aberturas


Médias Permitir sol durante o inverno
Fonte: ABNT NBR 15220-3.

Tabela B.4 – Tipos de vedações externas para a zona bioclimática 3.

Vedações externas
Parede: Leve refletora
Cobertura: Leve isolada
Fonte: ABNT NBR 15220-3.
52

Tabela B.5 – Estratégias de condicionamento térmico passivo para a zona bioclimática 3.


Estação Estratégias de condicionamento térmico passivo

Verão J) Ventilação Cruzada

Inverno B) Aquecimento solar da edificação;


C) Vedações internas pesadas (inércia térmica)

Nota: Detalhamento das estratégias de condicionamento térmico


Estratégia Detalhamento

A O uso de aquecimento artificial será necessário para amenizar a eventual sensação de


desconforto térmico por frio.

B A forma, a orientação e a implantação da edificação, além da correta orientação de superfícies


envidraçadas, podem contribuir para otimizar o seu aquecimento no período frio, através da
incidência de radiação solar. A cor externa dos componentes também desempenha papel
importante no aquecimento dos ambientes através do aproveitamento da radiação solar.

C A adoção de paredes internas pesadas pode contribuir para manter o interior da edificação
aquecido.

D Caracteriza a zona de conforto térmico (A baixas umidades).

E Caracteriza a zona de conforto térmico.

F As sensações térmicas são melhoradas através da desumidificação dos ambientes. Esta


estratégia pode ser obtida através da renovação do ar interno por ar externo através da
ventilação dos ambientes.

GeH Em regiões quentes e secas, a sensação térmica no período do verão pode ser amenizada
através da evaporação de água. O resfriamento evaporativo pode ser obtido através do uso de
vegetação, fontes de água ou outros recursos que permitam a evaporação da água
diretamente no ambiente que se deseja resfriar.

HeI Temperaturas internas mais agradáveis também podem ser obtidas através do uso de paredes
(externa e internas) e coberturas com maior massa térmica, de forma que o calor armazenado
em seu interior durante o dia seja devolvido ao exterior durante a noite, quando as
temperaturas externas diminuem.

IeJ A ventilação cruzada é obtida através da circulação de ar pelos ambientes da edificação. Isto
significa que se o ambiente tem janelas em apenas uma fachada, a porta deve ser mantida
aberta para permitir a ventilação cruzada. Também deve-se atentar para os ventos
predominantes da região para o entorno, pois o entorno pode alterar significativamente a
direção dos ventos.

K O uso de resfriamento artificial será necessário para amenizar a eventual sensação de


desconforto térmico por calor.

L Nas situações em que a umidade relativa do ar dor muito baixa e a temperatura do ar estiver
entre 21ºC e 30ºC, a umidificação do ar proporcionará sensações térmicas mais agradáveis.
Essa estratégia pode ser obtida através da utilização de recipientes com água e do controle da
ventilação, pois esta é indesejável por eliminar o vapor proveniente de plantas e atividades
domésticas.
Fonte: ABNT NBR 15220-3.
53

Caso haja dúvida geograficamente da localização da zona, está norma ABNT


NBR 15220-3:2005 disponibilizado na página 19, Anexo A, a relação das 330
cidades do Brasil cujos climas foram classificados.

3.3.5 – Fontes de Calor Residencial

Para estudos de climatização e conforto térmico onde não há a potência do


equipamentos elétricos, é utilizado a Tabela B.6 como referência de emissividade de
calor pela potência.

Tabela B.6 – Potência média de aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento.


Aparelhos de aquecimento e eletrodomésticos
Potências Potência
Tipo Tipo
(W) (W)
Aquecedor de Água Até 80 L 1.500 Freezer Horizontal 500
por Acumulação De 100 a 150 L 2.500 Freezer Vertical 300
De 200 a 400 L 4.000 Geladeira 250
Aquecedor de água por passagem 6.000 Liquificador 200
Aquecedor de ambientes 1.000 Máquina de costura 100
Aspirador de pó 600 Máquina de lavar louças 1.500
Batedeira 100 Máquina de lavar roupas 1.000
Cafeteira Uso doméstico 600 Máquina de secar Roupas 3.500
(Maq. Café) Uso comercial 1.200 Rádio Gravador 50
127v 4.400 Secador de Cabelos 1.000
Chuveiro
220v 6.000 Televisor preto e branco 150
Conjunto de som 100 Televisor a cores 300
Ebulidor 1.000 Torneira elétrica 2.500
Enceradeira 300 Torradeira 800
Espremedor de frutas 200 Ventilador 100
Ferro de passar Automatico 1.000 Impressora 45
roupas Simples 500
Fornos, Fogões e Grill
Fogão 1.500/boca Grill 1.200
Forno (de embutir) 4.500 Forno de Micro-ondas 750

Fonte: https://www.ufjf.br/ivo_junior/files/2010/12/1%C2%AA-Tabelas-ND51.pdf 78, 2010.

Nota: É aconselhável verificar, quando possível, a potência nominal dos aparelhos,


devendo esta tabela apenas servir de base quando não há disponibilidade de dados
reais.
54

3.3.6 – Transmitância térmica, capacidade térmica e atraso térmico de algumas


paredes e coberturas.

Nos componentes demostrados na Tabela C.3, tem como base de calcula a


tabela C.1, para somatória de transmitância térmica das paredes.

Tabela C.1 – Propriedades térmicas dos materiais utilizados no componentes da tabela C.3.

Material
Kg/m³ W/(m.K) KJ/(KG.K)
Cerâmica 1.600 0,90 0,92
Argamassa de emboço ou assentamento 2.000 1,15 1,00
Concreto 2.400 1,75 1,00
Fonte: ABNT NBR 15220-3

Nos componentes demostrados na Tabela C.4, tem como base de calcula a


tabela C.2, para somatória de transmitância térmica das coberturas.

Tabela C.2 – Propriedades térmica dos materiais utilizados nos componentes da tabela C.4.

Material
Kg/m³ W/(m.K) KJ/(KG.K)
Cerâmica 2.000 1,05 0,92
Fibrocimento 1.900 0,95 0,84
Madeira 600 0,14 2,30
Concreto 2.200 1,75 1,00
Lâmina de alumínio polido (ε<0,2) 2.700 230 0,88
Lã de vidro 50 0,045 0,70
Fonte: ABNT NBR 15220-3

Com base no Anexo B, foi retirado os dados dos 4 modelos de parede, demonstrado
na Tabela C.3, os dados fornecidos para o estudo.
55

Tabela C.2 – Propriedades térmica dos materiais utilizados nos componentes da tabela C.4.
Parede Descrição
W/(m².K) KJ/(m².K) h
Parede de concreto maciço
Espessura total da parede 5,0 cm
5,04 120 1,3

Parede de tijolos maciços aparentes 3,70 149 2,4


Dimensões do tijolo: 10,0 cm x 6,0 cm x 22,0 cm
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura total da parede: 10,0cm

Parede de tijolos de 6 furos circulares, assentados 2,28 168 3,7


na menor dimensão
Dimensões do tijolo: 10,0cm x 15,0cm x 20,0cm
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 15,0cm
Parede de blocos cerâmicos de 2 furos 2,45 203 4,0
Dimensões do bloco: 14,0cm x 29,5cm x 19,0cm
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 19,0cm

Fonte: ABNT NBR 15220-3

Com base no Anexo C, foi utilizado 3 combinações de cobertura para o estudo, sedo
eles demonstrados na Tabela C.4.
56

Tabela C.4 – Transmitância térmica, capacidade térmica e atraso térmico para algumas coberturas.

Parede Descrição
W/(m².K) KJ/(m².K) h
Cobertura de telha de barro com forro de
madeira
2,00 32 1,3
Espessura da telha: 1,0cm
Espessura da madeira: 1,0cm
Cobertura de telha de barro com forro de laje
mista
Espessura de telha: 1,0cm
1,92 113 3,6
Espessura de laje: 12,0cm
= 0,0900 (m².K/w)
= 95KJ/(m².K)
Cobertura de telha de barro, lâmina de
alumínio polido e forro de madeira
1,16 25 2,0
Espessura da telha: 1,0cm
Espessura da madeira: 1,0cm
Fonte: ABNT NBR 15220-3

A Tabela C.5 trás os valores de condutância das paredes externa ( ),


utilizadas na Equação 18.

Tabela C.5 – Valores de condutância e resistências térmicas para paredes exteriores


Paredes exteriores
Posição da parede e sentido
Unidades
do fluxo

W/m²°C 8 - 20 - -

m²°C/W - 0,12 - 0,05 0,17


Parede vertical
Parede horizontal W/m²°C 11 - 20 - -

m²°C/W - 0,09 - 0,05 0,14


(fluxo ascendente)
Parede horizontal W/m²°C 6 - 20 - -

m²°C/W - 0,17 - 0,05 0,22


(fluxo descentente)
Fonte: Manual de conforto térmico; Frota; Schiffer. – 2003.
57

A Tabela C.6 trás os valores de condutância das paredes internas ( ), assim


como neste estudo é considerado que todas os ambientes estão climatizados, não
foi feito o calculo de troca de calor entre os ambientes.

Tabela C.6 - Valores de condutância e resistências térmicas para paredes interiores.


Paredes interiores
Posição da parede e sentido
Unidades
do fluxo

W/m²°C 8 - 8 - -

m²°C/W - 0,12 - 0.12 0,24


Parede vertical
Parede horizontal W/m²°C 10 - 10 - -

m²°C/W - 0,10 - 0,10 0,20


(fluxo ascendente)
Parede horizontal W/m²°C 6 - 6 - -

m²°C/W - 0,17 - 0,17 0,34


(fluxo descentente)
Fonte: Manual de conforto térmico; Frota; Schiffer. – 2003.

Para a Equação de paredes translucidas é utilizado o fato solar (S tr), fornecidos pela Tabela C.7.

Tabela C.7 – Fator Solar (Str) de vidros.


Tipo de vidro Fator Solar (Str)
Lâmina Única
Vidro comum transparente 0,86
Vidro cinza sombra 0,66
Vidro atérmico verde-claro 0,60
Vidro atérmico verde-escuro 0,49
Vidro usado como proteção externa de vidro comum transparente
Vidro cinza-sombra 0,45
Vidro atérmico verde-claro 0,39
Vidro atérmico verde-escuro 0,22
Fonte: Manual de conforto térmico; Frota; Schiffer. – 2003.
58

Seguindo a Tabela C.8 foi possível identificar o horário do dia em que a casa
recebe maior potência energética, também é retirado o dado da intensidade de
radiação solar (Ig) para a cobertura.

Tabela C.8 – Planilha de ganhos de calor solar.


Fachada Oeste Fachada Norte Cobertura Totais
Hora Peitoril Envidraçado Ig Empena Ig (W)
Ig (W/m²) 1,035 Ig
0,142 Ig 2,70 Ig W/m² 0,648 Ig W/m²
08 h 105 15 284 105 68 292 302 669
09 h 138 20 373 138 89 396 410 892
10 h 164 23 443 164 106 476 493 1.065
11 h 179 25 483 179 116 527 545 1.169
12 h 185 26 500 185 120 544 563 1.209
13 h 247 35 667 179 116 527 545 1.363
14 h 290 41 783 164 106 476 493 1.423
15 h 309 44 834 138 89 396 410 1.377
16 h 298 42 805 105 68 292 302 1.217
17 h 244 35 659 66 43 173 179 916
Fonte: Frota; Schiffer, 2003.

3.4 – EXECUÇÃO

As residências têm como objetivo serem construídas de forma confortável e


seguras. Um projeto pode ser satisfatório se proporcionar a manutenção do clima
interno nas condições favoráveis de forma econômica. O projeto de climatização
deve se originar nos estudos das características dos materiais que formam as do
ambiente e outras fronteiras com o ambiente externo do meio. Embora a
responsabilidade de manter o ambiente climatizado seja do ar-condicionado, ter um
material com maior eficaz de isolamento ajuda na redução do consumo de energia
elétrica. (STOECKER; JONES, 1985).

3.4.1 – Procedimento

Ainda que tenha uma variedade de procedimentos para se determinar a carga


térmica de um ambiente, neste estudo foi realizado o procedimento proposto pela
ASHRAE, salvo pequenas atualizações. Os fatores que afetam as cargas térmicas,
59

são divididos em quatro categorias.

1. Transferência, devido à diferença de temperatura do ar externo,


com o ambiente climatizado;
2. Transferência de energia solar, que por meios que sejam
transparentes ou que tenha uma transmissão por meio opaco;
3. Infiltração, que é a perda ou ganho de calor por ar que entra no
recinto;
4. Geração interna, que são as fontes de calor de eletrodoméstico,
eletrônicos e pessoas. (STOECKER; JONES, 1985).
60

4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 – CÁLCULOS DE TRANSMISSÃO DAS SUPERFÍCIES DAS PAREDES.

Para identificar a transmitância térmica dos ambientes, foi necessário realizar


os cálculos de transmissão de cada parede levando em conta a área da parede,
fatores geográfico e material da parede.
Segunda a Tabela C.6, o horário de maior carga de transmissão térmica é as
14h00, levando em consideração a maior temperatura média externa fornecida pela
Tabela B.1, tendo a probabilidade de 0,4% dos dias do ano de ultrapassar esta
temperatura.

Dados gerais para paredes externas


Ig = 290 (W/m²);
α = 35,1 °C.

4.1.1 – Parede Opaca de concreto maciço

Dados específicos:

A parede calculada é de concreto maciço com 15 cm de espessura da


parede, com dado fornecido pela Tabela C.3, de coeficiente global de transmissão
térmica de 3.70 (W/m²°C) e coeficiente de condutância térmica superficial externa de
2,4 (W/m²°C).

4.1.2 – Parede opaca de tijolos maciço aparente

A parede calculada é de tijolos maciços aparentes com dimensões de 10,0


cm x 6,0 cm x 22,0 cm, com 1,0 cm de espessura da argamassa de assentamento,
totalizando 10 cm de espessura da parede, com dado fornecido pela tabela C.3, de
coeficiente global de transmissão térmica de 3.70 (W/m²°C) e coeficiente de
condutância térmica superficial externa de 2,4 (W/m²°C).
61

4.1.3 – Parede opaca de tijolos 6 furos com reboco

A parede calculada é de tijolos de 6 furos circulares assentados na menor


dimensão, com medidas de 10,0 cm x 15,0 cm x 20,0 cm e espessura de argamassa
de assentamento de 1,0 cm e argamassa de emboço de 2,5 cm, totalizando 15 cm
de espessura da parede, com dado fornecido pela tabela C.3, de coeficiente global
de transmissão térmica de 2,24 (W/m²°C) e coeficiente de condutância térmica
superficial externa de 3,7 (W/m²°C).

4.1.4 – Parede opaca de blocos de cerâmicas 2 furos com reboco.

A parede calculada é de blocos cerâmicos de 2 furos, com dimensões de 14,0


cm x 29,5 cm x 19,0 cm, com 1,0 cm de espessura da argamassa de assentamento
e 2,5 de argamassa de emboço, totalizando 19 cm de espessura da parede, com
dado fornecido pela tabela C.3, de coeficiente global de transmissão térmica de 2,45
(W/m²°C) e coeficiente de condutância térmica superficial externa de 4,0 (W/m²°C).

4.1.5 – Calculo de transferência térmica da cozinha

Utilizando a Equação (18), obtiveram-se os resultados da taxa de


transmitância térmica das paredes sendo respeitados os dados das direções de
cada parede, sendo essas do ambiente da Cozinha.
62

4.1.5.1 – Paredes externas de concreto.

Estes são os cálculos das transmitâncias de calor das parede de concreto.

Orientação Norte
Dados
α 35,1 °C Qop= 7,2 x 35,1 x 5,04 x 63 = 4,01 kW
Ig 63 W/m² 20
Atr 7,2 m²
K 5,04 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)

Orientação Leste
Dados
α 35,1 °C Qop= 3,3 x 35,1 x 5,04 x 63 = 1,84 kW
Ig 63 W/m² 20
Atr 3,3 m²
K 5,04 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)

Orientação Oeste
Dados
α 35,1 °C Qop= 2,904 x 35,1 x 5,04 x 986 = 2,53 kW
Ig 986 W/m² 20
Atr 2,904 m²
K 5,04 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)
63

4.1.5.2 – Paredes externas opaca de tijolos maciço aparente.

Estes são os cálculos das transmitâncias de calor das parede de tijolos


maciço aparente.

Orientação Norte
Dados
α 35,1 °C Qop= 7,2 x 35,1 x 3,7 x 63 = 2,95 kW
Ig 63 W/m² 20
Atr 7,2 m²
K 3,7 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)

Orientação Leste
Dados
α 35,1 °C Qop= 3,3 x 35,1 x 3,7 x 63 = 1,35 kW
Ig 63 W/m² 20
Atr 3,3 m²
K 3,7 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)

Orientação Oeste
Dados
α 35,1 °C Qop= 2,904 x 35,1 x 3,7 x 986 = 1,86 kW
Ig 986 W/m² 20
Atr 2,904 m²
K 3,7 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)
64

4.1.5.3 – Paredes externas opaca de tijolos 6 furos com reboco.

Estes são os cálculos das transmitâncias de calor das paredes de tijolos 6


furos com reboco.

Orientação Norte
Dados
α 35,1 °C Qop= 7,2 x 35,1 x 2,24 x 63 = 1,78 kW
Ig 63 W/m² 20
Atr 7,2 m²
K 2,24 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)

Orientação Leste
Dados
α 35,1 °C Qop= 3,3 x 35,1 x 2,24 x 63 = 0,82 kW
Ig 63 W/m² 20
Atr 3,3 m²
K 2,24 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)

Orientação Oeste
Dados
α 35,1 °C Qop= 2,904 x 35,1 x 2,24 x 986 = 1,13 kW
Ig 986 W/m² 20
Atr 2,904 m²
K 2,24 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)
65

4.1.5.4 – Parede opaca de blocos de cerâmicas 2 furos com reboco.

Estes são os cálculos das transmitâncias de calor das parede de de blocos de


cerâmicas 2 furos com reboco.

Orientação Norte
Dados
α 35,1 °C Qop= 7,2 x 35,1 x 2,45 x 63 = 1,95 kW
Ig 63 W/m² 20
Atr 7,2 m²
K 2,45 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)

Orientação Leste
Dados
α 35,1 °C Qop= 3,3 x 35,1 x 2,45 x 63 = 0,89 kW
Ig 63 W/m² 20
Atr 3,3 m²
K 2,45 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)

Orientação Oeste
Dados
α 35,1 °C Qop= 2,904 x 35,1 x 2,45 x 986 = 1,23 kW
Ig 986 W/m² 20
Atr 2,904 m²
K 2,45 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)
66

4.1.5.5 – Paredes externas Transparentes de Lâmina única.

Estes são os cálculos das transmitâncias de calor das paredes transparentes


de lâmina única.

Orientação Leste
Dados
Str 0,86 Qop= 1,5 x 0,86 x 0 x 63 = 0,81 kW
Ig 63 W/m² 0
Atr 1,5 m²

4.1.5.6 – Paredes externas Transparentes de Lâmina Dupla.

Estes são os cálculos das transmitâncias de calor das paredes transparentes


de lâmina dupla.

Orientação Leste
Dados
Str 0,45 Qop= 1,5 x 0,45 x 0 x 63 = 0,42 kW
Ig 63 W/m² 0
Atr 1,5 m²

4.1.5.7 – Telhado de Barro com Forro de Madeira.

Estes são os cálculos das transmitâncias de calor da cobertura de telha de


barro com forro de madeira.

Dados
α 35,1 °C Qop= 2,904 x 35,1 x 2 x 476 = 4,85 kW
Ig 476 W/m² 20
Atr 2,904 m²
K 2 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)
67

4.1.5.8 – Telhado de Barro com Forro de Laje Mista.

Estes são os cálculos das transmitâncias de calor da cobertura de telha de


barro com forro de laje mista.

Dados
α 35,1 °C Qop= 2,904 x 35,1 x 1,75 x 476 = 4,25 kW
Ig 476 W/m² 20
Atr 2,904 m²
K 1,75 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)

4.1.5.9 – Telhado de Barro com Lâmina de Alumínio Polido e Forro de Madeira.

Estes são os cálculos das transmitâncias de calor da cobertura de telha de


barro com lâmina de alumínio polido e forro de madeira.

Dados
α 35,1 °C Qop= 2,904 x 35,1 x 1,06 x 476 = 2,57 kW
Ig 476 W/m² 20
Atr 2,904 m²
K 1,06 W/(m².°C)
he 20 W/(m².°C)

4.1.6 – Calculo de transferência térmica da sala.

Para os seguintes ambientes foram utilizado às tabelas que utilizam os


cálculos das Equações (18) e (19), para chegar nos valores de transmitância térmica
da sala para cada situação.
68

Tabela D.1 – Fontes de calor janela sala.


Procedência de calor Unidades Fatores Unid.xFat.
Tipo 1 - Janelas c/ Largura Altura Total S/
Proteção Int. Total s/ prot. Total c/ port.
isolação (m) (m) (m²) proteção
1.1 - Norte 0 54,18 28,35 0 0
1.2 - Nordeste 0 315,62 165,15 0 0
1.3 - Leste 1,5 1 1,5 54,18 28,35 81,27 42,525
1.4 - Sudeste 0 54,18 28,35 0 0
1.5 - Sul 0 72,24 37,8 0 0
1.6 - Sudeste 0 341,42 178,65 0 0
1.7 - Oeste 0 442,9 231,75 0 0
1.8 - Noroeste 0 315,62 165,15 0 0
81,27 W 42,53 W
Fonte: Autor (2022).

Tabela D.2 – Fontes calor telhado sala.


Tipo 2 - Telhado Largura (m) Comp. (m) Total (m²) Fator Total
Telhado de Barro c/
3 2,76 8,28 1670,76 13,83 kW
Forro de Madeira
Telhado de Barro c/
3 2,76 8,28 1461,915 12,10 kW
Forro de laje mista
Telhado de Barro c/
Lamina de aluminio e forro 3 2,76 8,28 1386,7308 11,48 kW
de madeira.
Fonte: Autor (2022).

Tabela D.3 – Fontes de calor parede sala.


Tijolo Tijolo 6
Tipos de parede Concreto Bloco
Solido Furos
W/(m².k) 5,04 3,7 2,24 2,45
Largura Tijolo Tijolo 6
Tipo 3 – Paredes Altura (m) Total (m²) Concreto Bloco
(m) Solido Furos
3.1 - Parede Sul 0 742,9968 545,454 330,2208 361,179
3.2 - Parede Sudeste 0 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
3.3 - Parede Leste 2,375 2,4 5,7 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
3.4 - Parede Nordeste 0 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
3.5 - Parede Norte 0 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
1578,0082
3.6 - Parede Noroeste 3246,1884 2383,1145 1442,7504
0 5
2214,3712
3.7 - Parede Oeste 4555,278 3344,1525 2024,568
0 5
1707,0007
3.8 - Parede Sudoeste 3511,5444 2577,9195 1560,6864
0 5
Total 5,7 31,76 kW 23,32 kW 14,12 kW 15,44 kW
Fonte: Autor (2022).
69

Tabela D.4 – Fontes de calor de equipamentos sala.


Tipo 4 - Fontes de calor Quantida Quantida
interna Pot. (W) de Pot. (W) de
4.13 - Freezer
Até 80 L 1500,00 500,00
Horizontal
4.1 - Aquecedor de Água De 100 a 150
2500,00 300,00
por Acumulação L 4.14 - Freezer Vertical
De 200 a 400
4000,00 250,00
L 4.15 - Geladeira
4.2 - Aquecedor de água por passagem 6000,00 4.16 - Liquidificador 200,00
4.17 - Máquina de
4.3 - Aquecedor de ambientes 1000,00 100,00
constura
4.18 - Máq. De lavar
4.4 - Aspirador de pó 600,00 1500,00
louça
4.19 - Máq. De lavar
4.5 – Batedeira 100,00 3500,00
roupas
Uso doméstico 600,00 4.20 - Rádio gravador 50,00
4.6 - afeteira (Maq.
Café) 4.21 - Secador de
Uso comercial 1200,00 1000,00
cabelos
4.22 - TV Preto e
127v 4400,00 150,00
4.7 – Chuveiro branco
220v 6000,00 4.23 - TV a cores 300,00 1
4.8 - Conjunto de som 100,00 4.24 - Torneira elétrica 2500,00
4.9 – Ebulidor 1000,00 4.25 - Torradeira 800,00
4.10 – Enceradeira 300,00 4.26 - Ventilador 100,00
4.11 - Espremedor de frutas 200,00
4.12 - Ferro de Automatico 1000,00
passar roupas Simples 500,00
Fornos, Fogões e Grill
Boca
4.27 – Fogão 1500,00 1200,00
s 4.29 - Grill
4.30 - Forno de
4500,00 750,00
4.28 - Forno de embutir M.Ondas
Total 300 W
Fonte: Autor (2022).

4.1.7 – Calculo de transferência térmica da quarto 01.

Para os seguintes ambientes foram utilizado às tabelas que utilizam os


cálculos das Equações (18) e (19), para chegar nos valores de transmitância térmica
do quarto 01 para cada situação.
70

Tabela D.5 – Fontes de calor janela quarto 01.


Procedência de calor Unidades Fatores Unid.xFat.
S/ Proteção Total s/ Total c/
Tipo 1 - Janelas c/ isolação Largura (m) Altura (m) Total (m²)
proteção Int. prot. port.
1.1 - Norte 0 54,18 28,35 0 0
1.2 - Nordeste 0 315,62 165,15 0 0
1.3 - Leste 0 54,18 28,35 0 0
1.4 - Sudeste 0 54,18 28,35 0 0
1.5 - Sul 0 72,24 37,8 0 0
1.6 - Sudeste 0 341,42 178,65 0 0
1.7 - Oeste 1,5 1 1,5 442,9 231,75 664,35 347,625
1.8 - Noroeste 0 315,62 165,15 0 0
664,35 W 347,63 W
Fonte: Autor (2022).

Tabela D.6 – Fontes calor telhado quarto 01.


Tipo 2 - Telhado Largura (m) Comp. (m) Total (m²) Fator Total
Telhado de Barro c/
2,75 2,6 7,15 1670,76 11,95 kW
Forro de Madeira
Telhado de Barro c/
2,75 2,6 7,15 1461,915 10,45 kW
Forro de laje mista
Telhado de Barro c/
Lamina de aluminio e forro 2,75 2,6 7,15 1386,7308 9,92 kW
de madeira.
Fonte: Autor (2022).

Tabela D.7 – Fontes de calor parede quarto 01.


Tijolo Tijolo 6
Tipos de parede Concreto Bloco
Solido Furos
W/(m².k) 5,04 3,7 2,24 2,45
Largura Tijolo 6
Tipo 3 - Paredes Altura (m) Total (m²) Concreto Tijolo Solido Bloco
(m) Furos
3.1 - Parede Sul 0 742,9968 545,454 330,2208 361,179

3.2 - Parede Sudeste 0 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425


3.3 - Parede Leste 0 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
3.4 - Parede
557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
Nordeste 0
3.5 - Parede Norte 2,75 2,4 6,6 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
3.6 - Parede
3246,1884 2383,1145 1442,7504 1578,00825
Noroeste 0
3.7 - Parede Oeste 2,6 2,4 6,24 4555,278 3344,1525 2024,568 2214,37125
3.8 - Parede
3511,5444 2577,9195 1560,6864 1707,00075
Sudoeste 0
Total 12,84 32,10 kW 23,57 kW 14,27 kW 15,61 kW
Fonte: Autor (2022).
71

Tabela D.8 – Fontes de calor de equipamentos quarto 01.


Quantida Quantida
Tipo 4 - Fontes de calor interna Pot. (W) de Pot. (W) de
4.13 - Freezer
Até 80 L 1500,00 500,00
Horizontal
4.1 - Aquecedor de Água por De 100 a
2500,00 300,00
Acumulação 150 L 4.14 - Freezer Vertical
De 200 a
4000,00 250,00
400 L 4.15 - Geladeira
4.2 - Aquecedor de água por passagem 6000,00 4.16 - Liquidificador 200,00
4.17 - Máquina de
4.3 - Aquecedor de ambientes 1000,00 100,00
constura
4.18 - Máq. De lavar
4.4 - Aspirador de pó 600,00 1500,00
louça
4.19 - Máq. De lavar
4.5 – Batedeira 100,00 3500,00
roupas
Uso doméstico 600,00 4.20 - Rádio gravador 50,00
4.6 - Cafeteira (Maq.
Café) 4.21 - Secador de
Uso comercial 1200,00 1000,00
cabelos
4.22 - TV Preto e
127v 4400,00 150,00
4.7 – Chuveiro branco
220v 6000,00 4.23 - TV a cores 300,00 1
4.8 - Conjunto de som 100,00 4.24 - Torneira elétrica 2500,00
4.9 – Ebulidor 1000,00 4.25 - Torradeira 800,00
4.10 - Enceradeira 300,00 4.26 - Ventilador 100,00
4.11 - Espremedor de frutas 200,00

4.12 - Ferro de passar Automatico 1000,00


roupas Simples 500,00

Fornos, Fogões e Grill


4.27 – Fogão Bocas 1500,00 4.29 - Grill 1200,00
4.30 - Forno de
4500,00 750,00
4.28 - Forno de embutir M.Ondas

Total 300 W
Fonte: Autor (2022).

4.1.7 – Calculo de transferência térmica do quarto 02.

Para os seguintes ambientes foram utilizado às tabelas que utilizam os


cálculos das Equações (18) e (19), para chegar nos valores de transmitância térmica
do quarto 02 para cada situação.
72

Tabela D.9 – Fontes de calor janela quarto 02.


Procedência de calor Unidades Fatores Unid.xFat.
S/ Proteção Total s/ Total c/
Tipo 1 - Janelas c/ isolação Largura (m) Altura (m) Total (m²)
proteção Int. prot. port.
1.1 - Norte 0 54,18 28,35 0 0
1.2 - Nordeste 0 315,62 165,15 0 0
1.3 - Leste 0 54,18 28,35 0 0
1.4 - Sudeste 0 54,18 28,35 0 0
1.5 - Sul 0 72,24 37,8 0 0
1.6 - Sudeste 0 341,42 178,65 0 0
1.7 - Oeste 1,5 1 1,5 442,9 231,75 664,35 347,625
1.8 - Noroeste 0 315,62 165,15 0 0
664,35 W 347,63 W
Fonte: Autor (2022).

Tabela D.10 – Fontes calor telhado quarto 02.


Tipo 2 - Telhado Largura (m) Comp. (m) Total (m²) Fator Total
Telhado de Barro c/
2,75 2,537272 6,977498 1670,76 11,66 kW
Forro de Madeira
Telhado de Barro c/
2,75 2,537272 6,977498 1461,915 10,20 kW
Forro de laje mista
Telhado de Barro c/
Lamina de aluminio e forro 2,75 2,537272 6,977498 1386,7308 9,68 kW
de madeira.
Fonte: Autor (2022).

Tabela D.11 – Fontes de calor parede quarto 02.


Tijolo Tijolo 6
Tipos de parede Concreto Bloco
Solido Furos
W/(m².k) 5,04 3,7 2,24 2,45
Tijolo Tijolo 6
Tipo 3 - Paredes Largura (m) Altura (m) Total (m²) Concreto Bloco
Solido Furos
3.1 - Parede Sul 2,75 2,4 6,6 742,9968 545,454 330,2208 361,179

3.2 - Parede Sudeste 0 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425


3.3 - Parede Leste 0 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
3.4 - Parede Nordeste 0 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
3.5 - Parede Norte 0 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
3.6 - Parede Noroeste 0 3246,1884 2383,1145 1442,7504 1578,00825
3.7 - Parede Oeste 2,175 2,4 5,22 4555,278 3344,1525 2024,568 2214,37125
3.8 - Parede Sudoeste 0 3511,5444 2577,9195 1560,6864 1707,00075
Total 11,82 28,68 kW 21,06 kW 12,75 kW 13,94 kW
Fonte: Autor (2022).
73

Tabela D.12 – Fontes de calor de equipamentos quarto 02.

Quantida Quantida
Tipo 4 - Fontes de calor interna Pot. (W) de Pot. (W) de
4.13 - Freezer
Até 80 L 1500,00 500,00
Horizontal
4.1 - Aquecedor de Água por De 100 a
2500,00 300,00
Acumulação 150 L 4.14 - Freezer Vertical
De 200 a
4000,00 250,00
400 L 4.15 - Geladeira
4.2 - Aquecedor de água por passagem 6000,00 4.16 - Liquidificador 200,00
4.17 - Máquina de
4.3 - Aquecedor de ambientes 1000,00 100,00
constura
4.18 - Máq. De lavar
4.4 - Aspirador de pó 600,00 1500,00
louça
4.19 - Máq. De lavar
4.5 - Batedeira 100,00 3500,00
roupas
Uso doméstico 600,00 4.20 - Rádio gravador 50,00
4.6 - Cafeteira (Maq.
Café) 4.21 - Secador de
Uso comercial 1200,00 1000,00
cabelos
4.22 - TV Preto e
127v 4400,00 150,00
4.7 - Chuveiro branco
220v 6000,00 4.23 - TV a cores 300,00 1
4.8 - Conjunto de som 100,00 4.24 - Torneira elétrica 2500,00
4.9 - Ebulidor 1000,00 4.25 - Torradeira 800,00
4.10 - Enceradeira 300,00 4.26 - Ventilador 100,00
4.11 - Espremedor de frutas 200,00

4.12 - Ferro de passar Automatico 1000,00


roupas Simples 500,00

Fornos, Fogões e Grill


4.27 - Fogão Bocas 1500,00 4.29 - Grill 1200,00
4.30 - Forno de
4500,00 750,00
4.28 - Forno de embutir M.Ondas

Total 300 W
Fonte: Autor (2022).

4.1.8 – Calculo de transferência térmica do quarto 03.

Para os seguintes ambientes foram utilizado às tabelas que utilizam os


cálculos das Equações (18) e (19), para chegar nos valores de transmitância térmica
do quarto 03 para cada situação.
74

Tabela D.13 – Fontes de calor janela quarto 03.


Procedência de calor Unidades Fatores Unid.xFat.
S/ Proteção Total s/ Total c/
Tipo 1 - Janelas c/ isolação Largura (m) Altura (m) Total (m²)
proteção Int. prot. port.
1.1 - Norte 0 54,18 28,35 0 0
1.2 - Nordeste 0 315,62 165,15 0 0
1.3 - Leste 1,5 1 1,5 54,18 28,35 81,27 42,525
1.4 - Sudeste 0 54,18 28,35 0 0
1.5 - Sul 0 72,24 37,8 0 0
1.6 - Sudeste 0 341,42 178,65 0 0
1.7 - Oeste 0 442,9 231,75 0 0
1.8 - Noroeste 0 315,62 165,15 0 0
81,27 W 42,53 W
Fonte: Autor (2022).

Tabela D.14 – Fontes calor telhado quarto 03.


Largura
Tipo 2 - Telhado Comp. (m) Total (m²) Fator Total
(m)
Telhado de Barro c/
2,75 2,8 7,7 1670,76 12,86 kW
Forro de Madeira
Telhado de Barro c/
2,75 2,8 7,7 1461,915 11,26 kW
Forro de laje mista
Telhado de Barro c/
Lamina de aluminio e forro 2,75 2,8 7,7 1386,7308 10,57 kW
de madeira.
Fonte: Autor (2022).

Tabela D.15 – Fontes de calor parede quarto 03.


Tijolo Tijolo 6
Tipos de parede Concreto Bloco
Solido Furos
W/(m².k) 5,04 3,7 2,24 2,45
Largura Tijolo Tijolo 6
Tipo 3 - Paredes Altura (m) Total (m²) Concreto Bloco
(m) Solido Furos
3.1 - Parede Sul 2,75 2,4 6,6 742,9968 545,454 330,2208 361,179

3.2 - Parede Sudeste 0 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425


3.3 - Parede Leste 2,175 2,4 5,22 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
3.4 - Parede Nordeste 0 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
3.5 - Parede Norte 0 557,2476 409,0905 247,6656 270,88425
3.6 - Parede Noroeste 0 3246,1884 2383,1145 1442,7504 1578,00825
3.7 - Parede Oeste 0 4555,278 3344,1525 2024,568 2214,37125
3.8 - Parede Sudoeste 0 3511,5444 2577,9195 1560,6864 1707,00075
Total 11,82 7,81 kW 5,74 kW 3,47 kW 3,80 kW
Fonte: Autor (2022).
75

Tabela D.15 – Fontes de calor de equipamentos quarto 03.


Quantida Quantida
Tipo 4 - Fontes de calor interna Pot. (W) de Pot. (W) de
4.13 - Freezer
Até 80 L 1500,00 500,00
Horizontal
4.1 - Aquecedor de Água por De 100 a
2500,00 300,00
Acumulação 150 L 4.14 - Freezer Vertical
De 200 a
4000,00 250,00
400 L 4.15 - Geladeira
4.2 - Aquecedor de água por passagem 6000,00 4.16 - Liquidificador 200,00
4.17 - Máquina de
4.3 - Aquecedor de ambientes 1000,00 100,00
constura
4.18 - Máq. De lavar
4.4 - Aspirador de pó 600,00 1500,00
louça
4.19 - Máq. De lavar
4.5 – Batedeira 100,00 3500,00
roupas
Uso doméstico 600,00 4.20 - Rádio gravador 50,00
4.6 - Cafeteira (Maq.
Café) 4.21 - Secador de
Uso comercial 1200,00 1000,00
cabelos
4.22 - TV Preto e
127v 4400,00 150,00
4.7 – Chuveiro branco
220v 6000,00 4.23 - TV a cores 300,00 1
4.8 - Conjunto de som 100,00 4.24 - Torneira elétrica 2500,00
4.9 – Ebulidor 1000,00 4.25 - Torradeira 800,00
4.10 - Enceradeira 300,00 4.26 - Ventilador 100,00
4.11 - Espremedor de frutas 200,00

4.12 - Ferro de passar Automático 1000,00


roupas Simples 500,00

Fornos, Fogões e Grill


4.27 – Fogão Bocas 1500,00 4.29 - Grill 1200,00
4.30 - Forno de
4500,00 750,00
4.28 - Forno de embutir M.Ondas

Total 300 W
Fonte: Autor (2022).

4.2 – SOMATÓRIO DE FONTES DE CALOR NOS AMBIENTES.

4.2.1 – Potência da cozinha

Tabela D.16 – Potência de ganho calorifico cozinha.

Potência do ambiente
Combinação Watts Btu
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de concreto. 26137,20 7658,20
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo solido. 24670,45 7228,44
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 23072,34 6760,20
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica c/ 2 furos. 23302,20 6827,55
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de concreto. 24988,55 7321,65
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo solido. 23521,80 6891,89
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo 6 furos. 21923,69 6423,64
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de bloco de cerâmica c/ 2 furos. 22153,56 6490,99
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de concreto. 24575,04 7200,49
76

Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo solido. 23108,29 6770,73
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 21510,18 6302,48
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica
2 furos. 21740,04 6369,83
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de concreto. 26098,46 7646,85
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo solido. 24631,70 7217,09
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 23033,59 6748,84
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica c/ 2 furos. 23263,46 6816,19
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de concreto. 24949,81 7310,29
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo solido. 23483,05 6880,53
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo 6 furos. 21884,95 6412,29
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de bloco de cerâmica c/ 2 furos. 22114,81 6479,64
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de concreto. 24536,30 7189,13
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo solido. 23069,54 6759,38
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 21471,43 6291,13
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica 2
furos. 21701,30 6358,48
Fonte: Autor (2022).

4.2.2 – Potencia Sala

Tabela D.17 – Potência de ganho calorifico sala.

Potência do ambiente
Combinação Watts Btu
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de concreto. 17341,35 5081,02
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo solido. 16496,86 4833,58
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 15576,73 4563,98
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica c/ 2 furos. 15709,08 4602,76
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de concreto. 15618,38 4576,19
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo solido. 14773,88 4328,75
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo 6 furos. 13853,76 4059,15
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de bloco de cerâmica c/ 2 furos. 13986,11 4097,93
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de concreto. 14998,11 4394,45
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo solido. 14153,61 4147,01
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 13233,49 3877,41
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica
2 furos. 13365,84 3916,19
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de concreto. 17302,61 5069,66
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo solido. 16458,11 4822,23
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 15537,99 4552,63
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica c/ 2 furos. 15670,34 4591,41
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de concreto. 15579,64 4564,83
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo solido. 14735,14 4317,40
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo 6 furos. 13815,02 4047,80
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de bloco de cerâmica c/ 2 furos. 13947,36 4086,58
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de concreto. 14959,37 4383,09
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo solido. 14114,87 4135,66
77

Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 13194,75 3866,06
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica 2
furos. 13327,09 3904,84
Fonte: Autor (2022).

4.2.3 – Potência Quarto 01

Tabela D.18 – Potência de ganho calorifico quarto 01.

Potência do ambiente
Combinação Watts Btu
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de concreto. 45013,05 13188,82
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo solido. 36477,79 10687,99
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 27178,18 7963,21
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica c/ 2 furos. 28515,80 8355,13
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de concreto. 43519,81 12751,30
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo solido. 34984,55 10250,47
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo 6 furos. 25684,94 7525,69
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de bloco de cerâmica c/ 2 furos. 27022,55 7917,61
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de concreto. 42982,24 12593,80
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo solido. 34446,98 10092,97
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 25147,37 7368,18
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de Bloco de
cerâmica 2 furos. 26484,99 7760,10
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de concreto. 44696,33 13096,02
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo solido. 36161,07 10595,19
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 26861,46 7870,41
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica c/ 2 furos. 28199,07 8262,33
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de concreto. 43203,09 12658,50
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo solido. 34667,83 10157,67
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo 6 furos. 25368,21 7432,89
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de bloco de cerâmica c/ 2 furos. 26705,83 7824,81
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de concreto. 42665,52 12501,00
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo solido. 34130,26 10000,17
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 24830,65 7275,38
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica
2 furos. 26168,26 7667,30
Fonte: Autor (2022).

4.2.4 – Potencia Quarto 02

Tabela D.19 – Potência de ganho calorifico quarto 02.

Potência do ambiente
Combinação Watts Btu
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de concreto. 19417,37 5689,29
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo solido. 17269,09 5059,84
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 14928,43 4374,03
78

Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica c/ 2 furos. 15265,10 4472,67
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de concreto. 18047,87 5288,03
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo solido. 15899,59 4658,58
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo 6 furos. 13558,93 3972,77
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de bloco de cerâmica c/ 2 furos. 13895,60 4071,41
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de concreto. 17554,85 5143,57
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo solido. 15406,57 4514,12
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 13065,91 3828,31
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de Bloco de
ceramica 2 furos. 13402,58 3926,96
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de concreto. 19378,62 5677,94
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo solido. 17230,35 5048,49
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 14889,68 4362,68
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica c/ 2 furos. 15226,36 4461,32
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de concreto. 18009,12 5276,67
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo solido. 15860,84 4647,23
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo 6 furos. 13520,18 3961,41
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de bloco de cerâmica c/ 2 furos. 13856,85 4060,06
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de concreto. 17516,10 5132,22
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo solido. 15367,82 4502,77
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 13027,16 3816,96
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de Bloco de
ceramica 2 furos. 13363,83 3915,60
Fonte: Autor (2022).

4.2.5 – Potencia Quarto 03

Tabela D.20 – Potência de ganho calorifico Quarto 03.

Potência do ambiente
Combinação Watts Btu
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de concreto. 21058,73 6170,21
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo solido. 18981,57 5561,60
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 16718,39 4898,49
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica c/ 2 furos. 17043,92 4993,87
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de concreto. 19450,63 5699,03
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo solido. 17373,46 5090,43
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo 6 furos. 15110,29 4427,31
Vidro Simples, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de bloco de cerâmica c/ 2 furos. 15435,81 4522,69
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de concreto. 18871,71 5529,41
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo solido. 16794,55 4920,80
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 14531,37 4257,69
Vidro Simples, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica
2 furos. 14856,89 4353,07
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de concreto. 21019,99 6158,86
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo solido. 18942,83 5550,25
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 16679,65 4887,14
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica c/ 2 furos. 17005,17 4982,52
79

Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de concreto. 19411,88 5687,68
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo solido. 17334,72 5079,07
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de tijolo 6 furos. 15071,54 4415,96
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ forro de laje mista, Parede de bloco de cerâmica c/ 2 furos. 15397,07 4511,34
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de concreto. 18832,96 5518,06
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo solido. 16755,80 4909,45
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de tijolo 6 furos. 14492,62 4246,34
Vidro Duplo, Telhado de barro c/ lamina de alumínio e forro de madeira, Parede de Bloco de cerâmica 2
furos. 14818,15 4341,72
Fonte: Autor (2022).

4.3 – ORÇAMENTO DE MATERIAIS

Tabela D.21 – Tabela de orçamento


Descrição Und. Valor unit
Alvenaria de vedação de blocos cerâmicos maciços de 5x10x20cm (Espessura 10cm) e argamassa m² R$ 137,05
de assentamento com preparo em betoneira AF_05/2020
Alvenaria de vedação de blocos cerâmicos furados na horizontal de 14x9x19cm (Espessura 14cm, m² R$ 143,45
bloco deitado) e argamassa de assentamento com preparo em betoneira AF_12/2021
Concreto FCK=15 Mpa, traço 1:3,4:3,5(em massa seca de cimento/ areia média/ brita 1) – preparo m² R$ 344,87
mecânico com betoneira 400 l. AF_05/2021
Alvenaria estrutural de blocos cerâmicos 14x19x29. (Espessura de 14 cm). Para parede com área m² R$ 80,52
líquida maior ou igual a 6m² sem vãos, utilizando palheta e argamassa de assentamento com preparo
manual AF_12/2014
Telhamento de telha cerâmica capa-canal, tipo colonial com até 2 águas, incluso transporte vertical m² R$ 50,00
AF_07/2019
Forro de madeira cedrinho ou equivalente da região, encaixe macho/femea com friso. 10x1cm(Sem m² R$ 79,41
colocação)
Armação de laje de uma estrutura convencional de concreto armado em uma edificação térrea ou kg R$ 10,74
sobrado utilizando aço CA-50 de 12,5mm – montagem AF_12/2015
Telhamento com telha cerâmica capa-canal, tipo colonial, com até 2 águas, incluso transporte vertical m² R$ 50,00
AF_07/2019
Concreto Autoadensavel (CAA) classe de resistência c25, espalhamento SF2, inclui serviço de m³ R$ 402,02
bombeamento (NBR 15823)

Fonte: SINAPI-PR – 03/22.


80

Figura 12 – Orçamento de manta térmica.

Fonte: ZinnFerragens - 04/22.


81

Figura 13 – Orçamento de Janelas.

Fonte: Vidraçaria designer esquadras de alumínio e vidros – 04/22.


82

4.3.1 – Orçamento e combinações

Tabela D.22 – Orçamento das possíveis combinações.

Fonte: Autor (2022).

Tabela D.23 – Custo dos materiais.

Custo de materiais
Material Unid. Custo
Janela de Vidro Simples Un. R$ 913,54
Janela de Vdro Duplo Un. R$ 1.488,74
Parede Concreto m² R$ 344,87
Parede Tijolo Solido m² R$ 137,05
Parede Tijolo 6 furos m² R$ 80,52
Parede Bloco ceramica m² R$ 143,45
Telhado de Barro m² R$ 50,00
Manta lamina de aliminio m² R$ 10,00
Laje Mista m² R$ 402,02
Forro de madeira m² R$ 79,41
Fonte: Autor (2022).
83

4.3.2 – Análise Custo-Benefício

Para definir a melhor opção de construção levando em consideração a


eficiência de isolamento térmico, e o custo de implantação destes itens. No caso a
eficiência é tida como referencia a transmitância, logo quanto menor o valor é o mais
ideal, idem ao valor custo logicamente. A Tabela D.23 a seguir segue como
referencia os itens da Tabela D.22, tendo a mesma sequencia de combinações de
materiais.

Tabela D.23 – Tabela de análise de custo-benefício.


Custo Material Eficiência Taxa (Custo/Eficiência)
1 R$ 35.476,51 37787,54 0,938842
2 R$ 21.161,87 33371,45 0,634131
3 R$ 17.268,08 28559,91 0,604627
4 R$ 21.602,70 29251,98 0,738504
5 R$ 51.600,56 35636,2 1,447982
6 R$ 37.285,91 31220,12 1,194291
7 R$ 33.392,13 26408,56 1,264444
8 R$ 37.726,75 27100,63 1,392099
9 R$ 38.857,15 34861,72 1,114608
10 R$ 24.542,51 30445,63 0,806109
11 R$ 20.648,73 25634,07 0,805519
12 R$ 24.983,35 26326,15 0,948994
13 R$ 38.352,51 37649,33 1,018677
14 R$ 24.037,87 33233,25 0,723308
15 R$ 20.144,08 28421,7 0,708757
16 R$ 24.478,70 29113,77 0,840795
17 R$ 54.476,56 35497,97 1,534639
18 R$ 40.161,91 31081,9 1,292132
19 R$ 36.268,13 26270,35 1,380573
20 R$ 40.602,75 26962,43 1,505901
21 R$ 41.733,15 34723,5 1,201871
22 R$ 27.418,51 30307,43 0,904679
23 R$ 23.524,73 25495,87 0,922688
24 R$ 27.859,35 26187,94 1,063824
Fonte: Autor (2022).
84

Para melhorar a análise e interpretação dos dados recolhidos, os Gráficos 01


e 02 demonstra o comparativo entre o melhor custo benefício seguindo a ordem da
Tabela D.23, sendo os valores em monetário para taxa de transferência,
considerando os custos em Reais como moeda corrente e taxa de transferência em
BTUs.

Gráfico 01 – Custo sobre cada BTU

R$ Custo/Btu
1,8
1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Fonte: Autor (2022).

Gráfico 02 – Análise gráfica entre custo e taxa de transferência térmica

60000,00

50000,00

40000,00

30000,00
Taxa de transferência
BTUs
20000,00
Custo em Reais (R$)

10000,00

0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 101112131415161718192021222324

Fonte: Autor (2022).


85

4.3.3 – Resultados da análise de custo benefício

A partir do resultado de análise de custo benefício, é definido qual a


combinação de materiais isolantes que será estudado, e definir qual a potência de
condicionador de ar, para cada ambiente, a combinação ideal é composta de vidro
simples, telhado de barro c/ forro de madeira, parede de tijolos 6 furos. Tendo este
resultado a Tabela D.24, define a potência mínima necessária para climatizar cada
ambiente da casa modelo, exposta no anexo A.

Tabela D.24 – Potência mínima para cada ambiente ideal.


Ambiente Potência mínima necessária em Btu.
Cozinha 6.760,20
Sala 4.563,98
Quarto 01 7.963,21
Quarto 02 4.374,03
Quarto 03 4.898,49
Fonte: Autor (2022).

A Tabela D.25, apresenta os dados da melhor situação de isolamento


térmico, para termo de comparação, se há diferença em equipamentos e
consequente variação no consumo de energia elétrica.

Tabela D.25 – Potência mínima para cada ambiente mais eficiente.


Ambiente Potência mínima necessária em Btu.
Cozinha 6.291,13
Sala 3.866,06
Quarto 01 7.275,38
Quarto 02 3.816,96
Quarto 03 4.246,34
Fonte: Autor (2022).
86

4.3.4 – Orçamento de equipamentos climatizado

O Orçamento dos equipamentos de climatização foi considerado apenas a


aquisição dos equipamentos, não sendo considerada a mão de obra de instalação,
fiação e tubos de ligamento. O orçamento foi feito na data de 25 de maio de 2022.

Tabela D.24 – Orçamento de Ar-condicionado.


Potência Potência Valor EER ou
Qtde Equipamento Valor Total Tensão
em BTU em Watts Unitário COP
Mini-Split Midea
5 Carrier 9.000 BTU 45.000 4.120,30 R$ 2.289,00 R$ 11.445,00 3,20 220V
Quente Frio
Multi-Split 5 Inverter
R$
1 48.000 BTU Quente 48.000 4.688,00 R$ 16.444,00 3,00 220V
16.444,00
Frio
VRF Carrier MDV- R$
1 48.000 4.100,29 R$ 36.000,00 3,43 360V
D28Q1/VN1-DA 36.000,00
Fonte: Engenheiro Kim Nicolas Saiki – CREA 161921-D/PR.

4.4 – MELHOR INVESTIMENTO

Para definir o melhor investimento, utilizaremos os dados fornecidos por este


estudo, é levado em consideração o valor investido nos isolantes, nos equipamentos
e o consumo de energia elétrica.
A base de calculo no consumo de energia será utilizado um simulador da
companhia de distribuição de energia elétrica do paraná a Copel, na tarifa branca.
Como não há diferença na instalação de equipamentos de climatização por limitação
de mercado, em que na data de maio/2022, o equipamento de menor carga ofertado
é de potência de 9.000 BTU, o consumo de energia elétrica será considerado
apenas nos equipamentos de ar-condicionado.

4.4.1 – Simulação de consumo de energia

A simulação foi feita considerando apenas o consumo de cada sistema de


refrigeração, tendo os dados recolhidos da Tabela D.24, sendo os sistemas de mini-
split, multi-split e vrf.
87

Figura 14 – Simulação de consumo do sistema mini-split.

Fonte: https://www.copel.com/hpcweb/simule-seu-consumo/, 2022.


88

Figura 15 – Simulação de consumo do sistema multi-split.

Fonte: https://www.copel.com/hpcweb/simule-seu-consumo/, 2022.


89

Figura 16 – Simulação de consumo do sistema VRF.

Fonte: https://www.copel.com/hpcweb/simule-seu-consumo/, 2022.


90

4.5 – ANÁLISES DE MELHOR CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

Segundo a Epbr agência de noticias, o melhor consumo pode ser definido


como a forma mais eficiente de consumo de energia elétrica. Conceito básico trata-
se de dosar a quantidade de energia utilizada para determinada ação a fim de obter
um resultado tão bom quanto o outro que foi realizado com uma quantidade maior
de energia.(epbr.com.br, 2022).
Realizou-se o comparativo de consumo de energia elétrica dos três
equipamentos de ar-condicionado estudados nesta pesquisa demonstrado no
Gráfico 03, pelo os dados fornecidos pelo simulador da COPEL.

Gráfico 03 – Análise gráfica consumo de energia elétrica.

kWh
Consumo em (kWh) x mês
3500
3400
3300
3200
3100
Consumo em (kWh) x mês
3000
2900
2800
2700
1 2 3

Fonte: Autor (2022).

Onde:
1 Cinco Mini-Split Midea Carrier 9.000 BTU Quente Frio;
2 Um Multi-Split 5 Inverter 48.000 BTU Quente Frio;
3 Um VRF Carrier MDV-D28Q1/VN1-DA.

Análisando o Gráfico 03 foi possível identificar que o que equipamento de menor


consumo energético é o VRF Carrier MDV-D28Q1/VN1-DA, seguindo da
combinação de cinco Mini-Split Midea Carrier 9.000 BTU Quente Frio.
91

4.6 – ANÁLISES DE INVESTIMENTO DE EQUIPAMENTO CLIMATIZADOR

O Gráfico 04, trás a análise dos custos de investimento em equipamentos de


climatização artificial forçada. Seguindo os dados recolhidos da Tabela D.24

Gráfico 04 – Análise gráfica custo de investimento de climatizador.

Custo de compra em R$

40000
35000
30000
25000
20000 Custo de compra em R$
15000
10000
5000
0
1 2 3

Fonte: Autor (2022).

Onde:

1. Cinco Mini-Split Midea Carrier 9.000 BTU Quente Frio – R$ 11.445,00;


2. Um Multi-Split 5 Inverter 48.000 BTU Quente Frio – R$ 16.44,00;
3. Um VRF Carrier MDV-D28Q1/VN1-DA – R$ 36.000,00.

Analisando o Gráfico 04, foi identificado o equipamento de menor e maior


valor de aquisição.

4.7 – ANÁLISES DE RETORNO DE INVESTIMENTO

A análise de retorno de investimento trás um panorama do prazo de retorno


do valor de investido, considerando que o produto de maior valor é mais eficiente.
Com analise nos Gráficos 03 e 04, foi descartado a análise do equipamento Multi-
Split, por ser o menos eficiente e não ter o menor valor.
92

Gráfico 05 – Comparativo de Custo e eficiência.

R$40.000,00

R$35.000,00

R$30.000,00

R$25.000,00 Cinco Mini-Split Midea


Carrier 9.000 BTU Quente
R$20.000,00 Frio
Um VRF Carrier MDV-
R$15.000,00
D28Q1/VN1-DA
R$10.000,00

R$5.000,00

R$-
Custo Eficiencia

Fonte: Autor (2022).

4.7.1 – Payback Simples

Para definir o Payback ou Retorno de Investimento, foi utilizado os valores


das diferenças entre os dois equipamentos, sendo que a diferença de custo do
conjunto de Mini-Split e VRF foi de R$ 24.555,00, e o valor de eficiência foi de 12,22
kWh por mês, tendo o custo de kWh de R$ 0,82 por kWh o valor economizado foi de
R$ 10,02 por mês. Utilizando os dados recolhidos, para definir o tempo de retorno foi
dividido a diferença de custo de investimento pelo lucro mensal, tendo um resultado
de 2.451 meses para-se ter o valor de investimento ou 204 anos e 3 meses.
93

5 – CONCLUSÃO

Este trabalho pretendeu entender qual a melhor situação de se obter o


conforto térmico de forma eficiente, para que se torna cada vez mais democrático o
uso de climatizadores artificial em residências unifamiliar, a partir de análises
qualitativas e quantitativas. Para atingir o objetivo de buscar resultado de materiais e
equipamentos de melhor custo/beneficio, definiram-se objetivos específicos para
classificar materiais isolantes da construção civil, pesquisar os equipamentos mais
adequados, demonstrando melhores resultados no conforto térmico, levantar e
realizar pesquisa referente à acessibilidade e disponibilidade de equipamentos, para
assim comprovar o conjunto mais eficiente de climatização e isolamento.
Concluindo que a melhor combinação de materiais isolantes, é de vidro
simples, Telhado de barro com forro de madeira, parede de tijolos 6 furos
assentados na menor direção e espessura de argamassa de 2,5 cm e o
equipamento de climatização artificial é a combinação de 5 equipamentos do Mini-
Split Midea Carrier 9.000 BTU Quente Frio. Com isso a hipótese do trabalho de que
possa ter combinação que seja mais viável e eficiente, foi concluída a partir de
cálculos e comparações, que no mercado regional não é possível ter a maior
eficiência em climatização e isolamento, com custo baixo, comprovando que para ter
conforto térmico é necessário fazer investimento sem esperar retorno em economia
de consumo de energia elétrica, ou qualquer outra forma. Ficou demonstrada a
forma mais viável economicamente na construção, tanto em custo beneficio quanto
que o conjunto de material de construção e isolamento, para ser o mais eficiente não
é necessariamente o mais caro.
A pesquisa ficou limitada a dados fornecidos por fabricantes e normas
técnicas, para se obtiver valores reais de eficiência energética é necessário que faça
experiências práticas, utilizando equipamentos distintos em um mesmo ambiente,
pois neste estudo foi considerado que os equipamentos estariam em pleno
funcionamento o tempo todo, elevando o consumo de energia. Quanto que na
realidade os equipamentos modernos ao alcançar a temperatura desejada eles
mantem aquela temperatura diminuindo o esforço de trabalho dos compressores e
por consequência diminuindo o consumo de energia elétrica.
94

APÊNDICE
Apêndice A – Planta Baixa.

Fonte: Autor (2022).


95

Apêndice B – Planta de Cobertura.

Fonte: Autor (2022).


96

Apêndice C – Corte Transversal aa` e fachada lateral esquerda.

Fonte: Autor (2022).


97

Apêndice D – Corte Longitudinal bb` e fachada frontal.

Fonte: Autor (2022).


98

Apêndice E – Corte Transversal cc` e fachada frontal.

Fonte: Autor (2022).


99

ANEXO
Anexo A – Zona de conforto térmico.

Fonte: Manual de conforto térmico; Frota; Schiffer. – 2003.


100

Anexo B – Transmitância térmica, capacidade térmica e atraso térmico para algumas


paredes.
Parede Descrição
W/(m².K) KJ/(m².K) h
Parede de concreto maciço
Espessura total da parede 5,0 cm
5,04 120 1,3

Parede de concreto maciço Espessura total da


parede: 10,0 cm
4,40 240 2,7

Parede de tijolos maciços aparentes


Dimensões do tijolo: 10,0 cm x 6,0 cm x 22,0 cm
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm 3,70 149 2,4
Espessura total da parede: 10,0cm

Parede de tijolos de 6 furos quadrados, assentados


menor dimensão
Dimensões do tijolo: 9,0 cm x 14,0 cm x 19,0 cm
2,48 159 3,3
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5 cm
Espessura total da parede: 14,0 cm
Parede de tijolos de 8 furos quadrados, assentados
na menor dimensão
Dimensões do tijolo: 9,0 cm x 19,0 cm x 19,0 cm
2,49 158 3,3
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0 cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5 cm
Espessura total da parede: 14,0 cm
Parede de tijolos de 8 furos circulares, assentados
na menor dimensão
Dimensões do tijolo: 10,0cm x 20,0cm x 20,0cm
2,24 167 3,7
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 15,0cm
101

Parede Descrição
W/(m².K) KJ/(m².K) h
Parede de tijolos de 6 furos circulares, assentados
na menor dimensão
Dimensões do tijolo: 10,0cm x 15,0cm x 20,0cm
2,28 168 3,7
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 15,0cm
Parede com 4 furos circulares
Dimensões do tijolo: 9,5cm x 9,5cm x 20,0cm
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm 2,49 186 3,7
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 14,5cm

Parede de blocos cerâmico de 3 furos


Dimensões do bloco: 13,0cm x 28,0cm x 18,5cm
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm 2,43 192 3,8
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 18,0cm

Parede de tijolos maciços, assentados na menor


dimensão
Dimensões do tijolo: 10,0cm x 6,0cm x 22,0cm
3,13 255 3,8
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 15,0cm
Parede de blocos cerâmicos de 2 furos
Dimensões do bloco: 14,0cm x 29,5cm x 19,0cm
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm 2,45 203 4,0
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 19,0cm

Parede de tijolos com 2 furos circulares


Dimensões de tijolo: 12,5cm x 6,3cm x 22,5cm
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm 2,43 220 4,2
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 17,5cm

Parede de tijolos de 6 furos quadrados, assentados


na maior dimensão
Dimensões de tijolo: 9,0cm x 14,0cm x 19,0cm 2,02 192 4,5
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
102

Espessura total da parede: 19,0cm


Parede Descrição
W/(m².K) KJ/(m².K) h
Parede de tijolos de 6 furos quadrados, assentados
na maior dimensão
Dimensões do tijolo: 12,0cm x 11,0cm x 25,0cm
2,31 227 4,5
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 17,0cm
Parede de tijolos de 6 furos circulares, assentados
na maior dimensão
Dimensões do tijolo: 10,0cm x 15,0cm x 20,0cm
1,92 202 4,8
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 20,0cm
Parede de tijolos de 8 furos quadrados, assentados
na maior dimensão
Dimensões do tijolo: 9,0cm x 19,0cm x 19,0cm
1,80 231 5,5
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 24,0cm
Parede de tijolos de 8 furos circulares, assentados
na maior dimensão
Dimensões do tijolo: 10,0cm x 20,0cm x 20,0cm
1,61 232 5,9
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 25,0cm
Parede dupla de tijolos de 6 furos circulares,
assentados na menor dimensão
Dimensões do tijolo: 10,0cm x 15,0cm x 20,0cm
1,52 248 6,5
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 26,0cm
Parede dupla de tijolos maciços, assentados na
menor dimensão
Dimensões do tijolo: 10,0cm x 6,0cm x 22,0cm
2,30 430 6,6
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 26,0cm
103

Parede Descrição
W/(m².K) KJ/(m².K) h
Parede de tijolos maciços, assentados na maior
dimensão
Dimensões do tijolo: 10,0cm x 6,0cm x 22,0cm
2,25 445 6,8
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 27,0 cm
Parede dupla de tijolos de 21 furos circulares,
assentados na menor dimensão
Dimensões do tijolo: 12,0cm x 11,0cm x 25,0cm
1,54 368 8,1
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 30,0cm
Parede dupla de tijolos de 6 furos circulares,
assentados na menor direção
Dimensões do tijolo: 10,0cm x 15,0cm x 20,0cm
1,21 312 8,6
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 36.0cm
Parede dupla de tijolos de 8 furos quadrados,
assentados na maior dimensão
Dimensões do tijolo : 9,0cm x 19,0cm x 19,0cm
1,12 364 9,9
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 44,0cm
Parede dupla de tijolos de 8 furos circulares,
assentados na maior dimensão
Dimensões do tijolo : 10,0cm x 20,0cm x 20,0cm
0,98 368 10,8
Espessura da argamassa de assentamento: 1,0cm
Espessura da argamassa de emboço: 2,5cm
Espessura total da parede: 46,0cm
Fonte: ABNT NBR 15220-3
104

Anexo B – Transmitância térmica, capacidade térmica e atraso térmico para algumas


coberturas.

Cobertura Descrição
W/(m².K) KJ/(m².K) h
Cobertura de telha de barro sem forro
Espessura da telha: 1,0cm 4,55 18 0,3

Cobertura de telha de fibrocimento sem forro


Espessura da telha: 0,7cm 4,60 11 0,2

Cobertura de telha de barro com forro de


madeira
2,00 32 1,3
Espessura da telha: 1,0cm
Espessura da madeira: 1,0cm
Cobertura de telha de fibrocimento com forro
de madeira
2,00 25 1,3
Espessura da telha 0,7cm
Espessura da madeira: 1,0
Cobertura de telha de barro com forro de
concreto
2,24 84 2,6
Espessura da telha: 1,0cm
Espessura do concreto: 3,0cm
Cobertura de telha de fibrocimento com forro
de concreto
2,25 77 2,6
Espessura da telha: 0,7cm
Espessura do concreto: 3,0cm
Cobertura de telha de barro com forro de laje
mista
Espessura de telha: 1,0cm
1,92 113 3,6
Espessura de laje: 12,0cm
= 0,0900 (m².K/w)
= 95KJ/(m².K)
Cobertura de telha de fibrocimento com forro
de laje mista
Espessura de telha: 0,7cm
1,93 106 3,6
Espessura de laje: 12,0cm
= 0,0900 (m².K/w)
= 95KJ/(m².K)
105

Cobertura Descrição
W/(m².K) KJ/(m².K) h
Cobertura de telha de barro com laje de
concreto
1,84 458 8,0
Espessura do concreto: 20,0cm
Espessura da telha: 1,0cm
Cobertura de telha de fibrocimento com laje
de concreto
1,99 451 7,9
Espessura do concreto: 20,0cm
Espessura da telha: 0,7cm
Cobertura de telha de barro com laje de
concreto
1,75 568 9,3
Espessura de concreto: 25cm
Espessura da telha: 1,0cm
Cobertura de telha de fibrocimento com a laje
de concreto
1,75 561 9,2
Espessura de concreto: 25 cm
Espessura de telha: 0,7cm
Cobertura de telha de barro, lâmina de
alumínio polido e forro de madeira
1,16 25 2,0
Espessura da telha: 1,0cm
Espessura da madeira: 1,0cm
Cobertura de telha de fibrocimento, lâmina de
alumínio polido e forro de madeira
1,16 25 2,0
Espessura de telha: 0,7cm
Espessura de madeira: 1,0cm
Coberta de telha de barro, lâmina de alumínio
polido e forro de concreto
1,18 84 4,2
Espessura de telha: 1,0cm
Espessura de concreto: 3,0cm
Cobertura de telha de fibrocimento, lâmina de
alumínio polido e forro de concreto
1,18 77 4,2
Espessura de telha: 0,7cm
Espessura do concreto: 3.0cm
Cobertura de telha de barro, lâmina de
alumínio polido e forro de laje mista
Espessura da telha : 1,0cm
1,09 113 5,4
Espessura da laje: 12,0cm
= 0,0900 (m².K/w)
= 95KJ/(m².K)
106

Cobertura Descrição
W/(m².K) KJ/(m².K) h
Cobertura de telha de fibrocimento, lâmina de
alumínio polido e forro de laje mista
Espessura da telha: 0,7cm
1,09 106 5,4
Espessura da laje:12,0cm
= 0,0900 (m².K/w)
= 95KJ/(m².K)
Cobertura de telha de barro, lâmina de
alumínio polido e laje de concreto de 20cm 1,06 458 11,8
Espessura da telha: 1,0cm

Cobertura de telha de fibrocimento, lâmina de


alumínio polido e laje de concreto de 20cm 1,06 451 11,8
Espessura da telha: 0,7cm

Fonte: ABNT NBR 15220-3


107

REFERÊNCIAS

ABNT NBR 15.220-3; Desempenho térmico de edificações Parte 3: Zoneamento


bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de
interesse social.

ABNT NBR 16.401-1; Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e


unitários; Parte 1: Projetos das instalações – 2008.

ABNT NBR 16.401-2; Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e


unitários; Parte2: Parâmetros de conforto térmico – 2008.

ABNT NBR 16.401-3; Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e


unitários; Parte 3: Qualidade de ar interior – 2008.

ABNT NBR 16.655-1; Instalação de Sistemas residenciais de ar-condicionado – Split


e compacto; Parte 1: Projeto e instalação – 2018.

ABNT NBR 16.655-3; Instalação de Sistemas residenciais de ar-condicionado – Split


e compacto; Parte 3: Método de calculo de carga térmica residencial – 2019.

abnt.org.br Acessado em outubro de 2021.

abrava.com.br Acessado em outubro de 2021.

ASHRAE Handbook Fundamentals 2005 – Cap 8 – Thermal comfort.

BECKETT, R. E.; CHU, S. C. Finite Element Method Applied to Heat Conduction in


Solids with Monlinear Boundary Conditions. Journal of Heat Transfer, volume 95 –
2006.

ÇENGEL Y. A.; PEREIRA G. E. Transferência de calor e massa – Uma abordagem


pratica 4ª edição – 2012.

copel.com Acessado em maio de 2022

DERGMAN T. L.; LAVINE A. S.; INCROPERA F. P.; DEWITT D. P. Transferência de


Calor e de Massa – Fundamentos 7ª Edição – 2014.

epe.gov.br Acessado em novembro de 2021.

FROTA, A. B.; Manual de Conforto Térmico 8ª edição – 2003.

KREITH F.; MANGLIK R. M.; BOHN M. S. Princípios de Transferência de Calor – 7ª


Edição – 2014.

KREITH, F.; BOHN, B. S.; Princípios de Transferência de Calor – 1977.


108

MACHADO, A. T.; Análise e gerenciamento de curva de carga visando a eficiência


energética – estudo de caso. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM
ENGENHARIA. – 2011.

NAGENGAST, B. A.; History of Confort Cooling Using. Ice Ashrae Journal. – 1999.

PEÑA, C. C.; GHISI, E.; PEREIRA, C. D. Comparação entre Necessidade e


Disponibilidade de Vento e Radiação Solar para Fins de Análise Bioclimática de
Edificações em Florianópolis. Volume 8 – 2008.

STOECKER, W. F.; JONES, J. W. Refrigeração e ar condicionado.– 1985.


ufjf.br/ivo_junior/files/2010/12/1%C2%AA-Tabelas-ND51.pdf Acessado em Abril de
2022.

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