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ENGENHARIA MECÂNICA
Tomo 5
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Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo 5 – CQA/UNIP
ENGENHARIA MECÂNICA
TOMO 5
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Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo 5 – CQA/UNIP
Questão 1
Questão 1.1
Basicamente, a finalidade de um aparelho de ar condicionado é extrair o calor de uma fonte
quente, rejeitando-o para o ambiente externo. Existem diversas formas e tabelas que
possibilitam a estimativa da carga térmica, para que o sistema seja especificado de forma
correta e adequada. Nessas condições, para determinar a carga térmica, deve(m)-se levar
em consideração, além do volume da sala,
I. a incidência de ventos laterais.
II. a superfície de janelas e portas.
III. o número de pessoas que ocupam constantemente o recinto.
IV. a estimativa da potência de outros aparelhos elétricos/eletrônicos que existam no local.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e III.
B. II e IV.
C. I, II e III.
D. I, III e IV.
E. II, III e IV.
1. Introdução teórica
Carga térmica
I – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. De acordo com Britto (2010), independentemente da metodologia aplicada
em uma edificação, devem ser avaliadas as transferências de calor a partir dos limites do
sistema (paredes, janelas, forros, piso etc.).
II – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. De acordo com a NBR 16401-1:2008, quando se pensa nos limites do
sistema, devem-se considerar a orientação solar das fachadas, os coeficientes de
transmissão de calor dos materiais que as compõem, sua área, a área das janelas, a
temperatura externa etc.
IV – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Com relação à carga térmica interna do sistema, devem ser considerados o
número esperado de pessoas no recinto, o tipo e a potência da iluminação instalada, o calor
dissipado pelos equipamentos instalados, as infiltrações de ar externo que podem ocorrer
pelo uso de portas etc. (NBR 16401-1:2008).
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Alternativa correta: E.
3. Indicações bibliográficas
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Questão 2
Questão 2.2
O rotor principal de uma máquina apresentou vibração excessiva causada pelo
desbalanceamento das massas que giram conjuntamente. Na figura, tem-se uma
representação desse rotor rígido e das três massas, que giram a uma velocidade angular w
constante.
1. Introdução teórica
Balanceamento de rotores
Quando se coloca uma peça assimétrica em rotação, surgem forças radiais que
podem não ser equilibradas, causando problemas de vibração e de fadiga. Balancear uma
peça é alterar sua distribuição de massa de modo a equilibrar essas forças.
Quando um corpo de massa m gira com velocidade angular em torno de um eixo de
raio r (figura 1a), a força de inércia F, radial (figura 1b) no eixo, é dada por:
Para um sistema de massas mi = m1; m2; m3; ....mn, cada uma girando em torno de
eixos com raios r1; r2; r3; ....rn, respectivamente (figura 2a), as forças de inércia Fi radiais no
eixo (figura 2b) são dadas por:
No eixo, as forças radiais Fi atuantes fazem com que apareçam esforços de flexão que
provocam oscilações, que, dependendo das intensidades, podem causar sua ruína.
Um sistema está balanceado quando a força resultante e o momento do sistema
forem iguais a zero (RIPPER NETO, 2007).
Tomando-se o sistema de referência y e z, destacado na figura 3b, um sistema de
massas mi = m1; m2; m3; ....mn em rotação está em equilíbrio quando:
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2. Solução da questão
Para equilibrar o sistema, é aplicada uma massa m, que gira com raio r em relação ao
eixo de rotação. Essa massa está aplicada à distância a da massa m2, como mostra a figura
4.
m2 m
a
90
50
r2
r
r3
r1
m3
m1
Figura 4. Massas do desbalanceamento e a massa balanceadora.
F2 F
a
90
50
F3
F1
Figura 5. Forças aplicadas no rotor pelas massas girantes.
necessário que:
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F2 a F
90
50
x
F3
F1
Figura 6. Forças aplicadas no rotor pelas massas girantes com o sistema de referência.
Assim:
Alternativa correta: E.
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3. Indicações bibliográficas
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Questão 3
Questão 3.3
Em um ensaio de resposta em frequência de uma suspensão veicular, foi realizada uma
varredura em frequência, tendo sido o sistema excitado com uma força do tipo
F=Fo.cos(ωt). Para cada frequência com que se excitou a estrutura, mediu-se o
deslocamento x(ω), resultando no gráfico de resposta de frequência mostrado a seguir.
1. Introdução teórica
Vibrações
mola de
constante
igual a k x
m
F
x mg
kx
N
Figura 1. Corpo em vibração livre sem amortecimento.
Fonte. MERIAM, 1999 (com adaptações).
Logo,
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a aceleração do corpo.
expressa em rad/s. A ela, é possível associar uma frequência fn, dada em Hertz (Hz), por:
amplitude
/n
1 2 3
Figura 2. Amplitude versus relação entre frequência de excitação e frequência natural.
Fonte. SOUZA, 2007 (com adaptações).
Notamos, na figura 2, que, quanto mais próxima da unidade é essa relação, maior é
a amplitude do movimento.
Em todo sistema amortecido, a amplitude da vibração diminui com o tempo (MERIAM,
1999). Isso pode ser observado na figura 3, que ilustra um exemplo de vibração livre com
amortecimento.
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2. Solução da questão
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a) Para
b) Para
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Como , temos:
(A)
c) Para
Como , temos:
(B)
As expressões (A) e (B) formam um sistema de duas equações com duas incógnitas (c) e
(m), que, resolvido, fornece:
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Alternativa correta: E.
3. Indicações bibliográficas
HIBBELER, R. C. Dinâmica – Mecânica para Engenharia. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
MERIAM, J. L., KRAIGE, L. G.; Mecânica – Dinâmica. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
RAO, S. S. Vibrações mecânicas. São Paulo: Pearson, 2009.
SOUZA, M. G.; CICOGNA, T. R. CHIQUITO, A. J. Excitação dos modos normais de um
sistema usando um motor desbalanceado. Rev. Bras. Ensino Fís. v. 29, n.1 São Paulo
2007.
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Questão 4
Questão 4.4
Os modelos mais precisos de sistemas físicos são não lineares. Exemplo disso é o sistema de
um pêndulo simples, definido como uma partícula de massa m (desprezível), suspenso por
um fio inextensível de comprimento L, cuja equação diferencial que descreve o movimento
do pêndulo é:
C. rad.
D. rad.
E. rad.
1. Introdução teórica
Pêndulo simples
O pêndulo simples é composto pelo conjunto de uma massa m suspensa por um fio
de comprimento L, que tem massa desprezível em relação à massa m (HALLIDAY, 2009).
Quando a massa é abandonada a partir de uma posição inclinada, que forma ângulo
em relação à vertical, ela passa a oscilar em torno da posição vertical, descrevendo como
trajetória um arco de raio L (MUKAI, 2012).
A figura 1 mostra um pêndulo simples no instante em que a massa m é abandonada.
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Px m (massa da esfera)
Py
P (peso da esfera)
O período T de oscilação é o tempo que a massa leva para sair de um ponto e voltar
a ele, percorrendo o mesmo arco na ida e na volta (RAMALHO, 2008).
A ação da gravidade faz com que apareça no sistema a força P, que é a força peso,
determinada por:
O componente Py é equilibrado pela tração do fio e, por isso, não provoca nenhum
tipo de deslocamento na massa. Com base nessa observação, verificamos que não há
deslocamento da massa na direção do fio (MUKAI, 2012). O deslocamento da massa ocorre
na direção tangente ao arco e é fruto da ação de Px.
A ação da gravidade provoca, na massa, aceleração na direção x (ax). De acordo com
a segunda lei de Newton:
Como , temos:
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é, ,e , podemos escrever:
2. Solução da questão
Alternativa correta: A.
3. Indicações bibliográficas
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Questão 5
Questão 5.5
Um acoplamento rígido tipo flange, conforme mostrado na figura, será usado para acoplar
um motor elétrico de 135 kW e 900 rpm a um redutor de engrenagens do sistema de tração
de uma esteira de transporte de calcário moído. Cada um dos flanges é fixado à respectiva
ponta de eixo por meio de chaveta e o acoplamento é realizado utilizando-se oito parafusos
igualmente espaçados, distribuídos segundo um círculo de diâmetro d = 300 mm, conforme
mostrado na figura a seguir.
B.
C.
D.
E.
1. Introdução teórica
Segundo Shigley (2010), em uma união por parafusos sujeita a um momento, como
mostra a figura 1, há, em cada um dos elementos, força de cisalhamento que depende da
distância entre o parafuso e o centro de distribuição.
Fn
F2
Rn R2
R1
F1
M
Figura 1. Forças cisalhantes nos parafusos de uma junta solicitada por momento.
A relação entre o momento aplicado (M) e a força nos parafusos da junta, que
apresenta n parafusos, é dada por (SHIGLEY, 2010):
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2. Solução da questão
Esse torque será transmitido pelos oito parafusos. Assim, quando multiplicamos a
força cisalhante de cada parafuso (Fi) pela distância entre o centro do parafuso e o centro
de rotação (Ri), obtemos a parte do torque que cada parafuso transmite. Dessa maneira, o
torque nada mais é do que a soma desses produtos, ou seja:
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R = d/2 = 150mm
d = 300 mm
Alternativa correta: B.
4. Indicação bibliográfica
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Questão 6
Questão 6.6
Na montagem de plataformas de petróleo submersas e apoiadas no fundo do mar, são
utilizadas uniões parafusadas com parafusos de porca na fixação das longarinas estruturais.
Após a instalação da plataforma, elas ficam sujeitas à ação da pressão de coluna d’água e
do desgaste por corrosão salina. Os efeitos causados pela pressão da coluna d’água e pela
movimentação das correntes marinhas geram solicitações na estrutura que suporta a
plataforma, que, apesar de aleatórias, podem ser consideradas periódicas e harmônicas ao
longo do tempo, caracterizando um modelo matemático aproximado, que permite o
dimensionamento estrutural. Por outro lado, o desgaste por corrosão, causado pela ação do
salito, atua nas superfícies das longarinas, nas regiões das uniões parafusadas, ou seja,
entre peças fixadas, parafusos, porcas e arruelas, infiltrando-se nas superfícies de contato
entre esses elementos. Essa corrosão pode levar à perda de função da união parafusada,
comprometendo a sustentação da plataforma. Das funções realizadas pelos componentes de
uma união parafusada, as dos filetes das roscas dos parafusos e das roscas das porcas são
destacadas. As solicitações no filete de rosca triangular de parafuso e porca são
caracterizadas por um estado de tensões tridimensional, decorrentes da presença de
tensões normais e de cisalhamento, causadas, respectivamente, por esforços axiais na
direção do eixo de simetria do parafuso (carregamento externo) e pela ação do torque inicial
(pré-carga, carregamento interno) necessário ao aperto das partes envolvidas.
Em relação ao projeto mecânico estrutural da base submersa de uma plataforma de
extração de petróleo, avalie as afirmativas.
I. As uniões parafusadas usadas nas fixações das longarinas estruturais da base de uma
plataforma submersa estão submetidas constantemente às solicitações dinâmicas.
II. Se a estrutura submersa fosse instalada em uma região sem movimentação de correntes
marinhas, as solicitações nas uniões parafusadas seriam, principalmente, estáticas.
III. O desgaste superficial nas longarinas e nas uniões parafusadas submersas compromete
a estabilidade de toda estrutura e depende apenas das solicitações causadas pela
movimentação das correntes marinhas.
IV. O cumprimento da função global de uma união parafusada na montagem de estruturas
mecânicas independe do valor da pré-carga administrada ao parafuso no momento de
sua fixação.
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1. Introdução teórica
De acordo com Smith Neto (2012), parafusos de fixação (ou parafusos de união) são
elementos empregados na união não permanente entre peças. Um parafuso é composto por
cabeça, haste e rosca. Os parafusos diferenciam-se pela forma da cabeça e da rosca e pelo
tipo de acionamento. A figura 1 representa alguns tipos de parafuso de união.
Uma parte importante do parafuso é a rosca, que pode ser definida como um
conjunto de filetes sobre uma superfície cilíndrica. Em geral, os parafusos de união têm uma
rosca conhecida como rosca triangular, cujo perfil é mostrado na figura 2.
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e ,
Fi Fi+Pp
Fi Fi P P Fi-Pc Fi-Pc
+ =
Fi Fi P P Fi-Pc Fi-Pc
Fi
Fi+Pp
Figura 3. Diagrama de forças em uma conexão parafusada.
parafuso (kp). A figura 4 mostra um gráfico em que é possível observar a pré-carga e (Fi) e
a distribuição de P em e .
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Pp
P
Pc
Fi
F Variação de Pp
Variação de Pc
Pc
Fi
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I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. A pressão de coluna d’água e a movimentação das correntes marinhas
geram solicitações periódicas e harmônicas. Essa variação na solicitação provoca variação na
força P de solicitação no parafuso, caracterizando-se como uma solicitação dinâmica.
II – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Como é a movimentação das correntes marinhas que gera solicitações
periódicas e harmônicas, no caso de uma montagem em uma região sem essa presença, a
força P de solicitação no parafuso seria constante, caracterizando-se como uma solicitação
estática.
IV – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O cumprimento da função global de uma união parafusada na montagem
de estruturas mecânicas depende do valor da pré-carga administrada ao parafuso no
momento de sua fixação. A pré-carga deve ser tal que, mesmo quando a força de solicitação
P for máxima, exista ainda compressão entre as partes da conexão.
Alternativa correta: A.
3. Indicações bibliográficas
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Questão 7
Questão 7.7
Mancais de rolamento são elementos de máquinas utilizados para apoiar eixos e árvores em
transmissões mecânicas, fornecendo sustentação quando cargas diversas são aplicadas ao
sistema mecânico. Tendo por base um sistema de coordenadas xyz e considerando a linha
de centro do componente como sendo o eixo coordenado x, os esforços transmitidos aos
mancais de rolamento podem ser radiais, na direção perpendicular ao eixo, e/ou axiais, na
direção longitudinal do eixo. Considerando essas informações, que parâmetros o engenheiro
deve calcular para especificar um mancal de rolamento a partir de um catálogo do
fabricante?
A. Reação global no apoio e na carga estática.
B. Capacidade de carga dinâmica de projeto e reação global no apoio.
C. Capacidade de carga estática de projeto e capacidade de carga dinâmica de projeto.
D. Momentos torçores que atuam no eixo e capacidade de carga dinâmica de projeto.
E. Capacidade de carga dinâmica de projeto e momentos fletores que atuam no eixo.
1. Introdução teórica
Nas máquinas e nos equipamentos em geral, existem muitas partes que apresentam
movimento de rotação. Essas partes estão normalmente fixadas em eixos que, por sua vez,
estão apoiados em mancais.
Os mancais são componentes de máquinas que permitem o movimento do eixo em
direções previamente escolhidas. Existem dois tipos de mancais: os mancais de
deslizamento e os mancais de rolamento.
Os mancais de rolamento são caracterizados pela presença, entre o eixo e o cubo, de
elementos que propiciam o rolamento entre uma parte fixa ao eixo e outra fixa ao cubo.
(CUNHA, 2005). Na figura 1, está representado um eixo montado em dois mancais de
rolamento.
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As partes básicas de um rolamento são o anel interno, que é fixado ao eixo, o anel
externo, que é fixado ao cubo, e o elemento rolante, que fica entre os dois anéis. A figura 2
mostra um rolamento e suas partes.
Os rolamentos são classificados em função do tipo de elemento rolante, que pode ser
uma esfera ou um rolete (JUVINALL, 2008). Na figura 3, estão representados alguns tipos
de rolamento.
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A – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Embora seja necessário determinar a reação global (bem como suas
componentes nas direções radial e normal ao eixo), a seleção do rolamento é feita pela
carga dinâmica e pela carga estática de projeto.
B – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Embora seja necessário determinar a reação global (bem como suas
componentes nas direções radial e normal ao eixo), a seleção do rolamento é feita pela
carga dinâmica e pela carga estática de projeto.
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C – Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. A seleção do rolamento é feita pela carga dinâmica e pela carga estática
de projeto.
D – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Os momentos de torção que ocorrem no eixo não influenciam na seleção do
rolamento, feita pela carga dinâmica e pela carga estática de projeto.
E – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Os momentos fletores que ocorrem no eixo não influenciam na seleção do
rolamento, feita pela carga dinâmica e pela carga estática de projeto.
3. Indicações bibliográficas
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Questões 8 e 9
Questão 8.8
Na figura a seguir, tem-se a representação de uma viga submetida a um carregamento
distribuído W e a um momento externo m. A partir dessa representação, é possível
determinar os diagramas do esforço cortante e do momento fletor.
Questão 9.9
Uma barra circular maciça, feita de aço ABNT 1020, de 500 mm de comprimento, está
apoiada nos pontos A e B. A barra recebe cargas de 800 N e 200 N, distantes,
respectivamente, 120 mm e 420 mm do ponto A, conforme mostrado na figura a seguir.
Considerando o peso da barra desprezível e que o efeito da tensão normal é muito superior
ao da tensão cisalhante, faça o que se pede nos itens a seguir.
a) Esboce, para a situação da figura, o gráfico do esforço cortante; (valor: 3,0 pontos)
b) Esboce, para a situação da figura, o gráfico do momento fletor; (valor: 3,0 pontos)
c) Admitindo fator de segurança igual a 1, escreva a expressão algébrica que permite obter
o diâmetro da barra em função do momento fletor e de outras grandezas pertinentes.
1. Introdução teórica
Importante observar que, como a estrutura está em equilíbrio, cada uma das partes
divididas pela seção S também está em equilíbrio. Para que o equilíbrio ocorra, é necessário
que cada uma das partes se apoie na outra (MORILLA, 2012).
Assim, cada uma das partes é equilibrada pela outra por meio de esforços aplicados
no centro de gravidade da seção S. Como o equilíbrio ocorre quando não há translação e
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rotação, uma parte aplica na outra força (para equilibrar a translação) e momento (para
equilibrar a rotação).
A figura 2 mostra os esforços que a parte da direita aplica na parte da esquerda (da
figura 1) por meio de S.
Pelo princípio da ação e reação, a parte da esquerda deve aplicar, na parte da direita,
esforços de mesma intensidade e com sentidos opostos, como os observados na figura 3
(MORILLA, 2012).
Os esforços que uma parte aplica na outra são chamados esforços internos
solicitantes.
Esses esforços são decompostos, tendo como referência o centro de gravidade e o
plano da seção S. Assim, qualquer que seja a força, ela pode ser decomposta em uma força
que apresente direção normal ao plano da seção e em outra que apresente direção contida
no plano da seção. À de direção normal, dá-se o nome de Força Normal (N), e, à de
direção contida no plano da seção, de Força Cortante (V). Da mesma maneira, o momento
é decomposto em um de plano perpendicular ao plano da seção, o Momento Fletor (M), e
outro de plano coincidente com o plano da seção, o Momento Torçor (T).
Para as estruturas constituídas por barras, é possível determinar como cada tipo de
esforço solicitante varia ao longo dos eixos. A representação gráfica depende da função
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dessa variação, que, por sua vez, depende dos esforços aplicados na estrutura (MACHADO
JR., 2007).
Ao estudar como esses esforços variam, notamos que existe uma relação entre a
força cortante e o momento fletor. Para que seja possível relacionar essas funções de
variação, vamos estudar um trecho de barra em equilíbrio, como o mostrado na figura 4.
Quando retiramos um trecho reto de comprimento dx, limitado por duas seções
transversais infinitamente próximas, ele também está em equilíbrio por meio dos esforços
solicitantes que atuam em cada seção limite desse trecho. Os esforços que atuam são os
representados na figura 5.
Notamos que não existem esforços horizontais no trecho em estudo. Quando fazemos
a soma de forças verticais, encontramos:
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(1)
(2)
(3)
A expressão (3) mostra a relação diferencial entre o momento fletor, a força cortante
e a carga aplicada e isso permite construir o quadro 1 a seguir.
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De acordo com Gere (2010), dentro do regime elástico, em cada ponto de uma seção
transversal de uma barra submetida a um momento fletor, como mostra a figura 6, atua
tensão normal () que, dependendo da posição do ponto, pode ser de tração, de
compressão ou nula.
M
- y
z2 LN
z1
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Para que a seção trabalhe dentro do regime elástico, nos materiais dúcteis, as
intensidades das tensões extremas não devem suplantar as intensidades das tensões de
escoamento, ou seja:
Questão 8.
Para responder à questão, é necessário saber que, no trecho em que se tem uma
força distribuída de intensidade constante, o gráfico da força cortante é uma reta inclinada e
o do momento fletor é uma parábola. Nos demais trechos, o gráfico da cortante é uma
constante e o do momento fletor é uma reta.
Além disso, na seção onde está aplicado o momento M, ocorre descontinuidade no
gráfico do momento. Nessa seção, o gráfico da força cortante não sofre alterações.
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A – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Embora o gráfico do momento apresente a descontinuidade na seção de
aplicação de M, ele não tem a forma de parábola no trecho em que está aplicada a força
distribuída.
B – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Embora o gráfico da cortante pareça correto, o do momento não apresenta
a forma de parábola no trecho em que está aplicada a força distribuída. Além disso, nos
trechos em que a cortante é constante, o gráfico do momento deve ser de linhas inclinadas,
e não de trechos constantes.
C – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Embora o gráfico da cortante pareça correto, a partir da seção onde está
aplicado o momento M, ele mostra força cortante constante e igual a zero. Além disso,
existe um trecho no diagrama de momentos em que existe a parábola, mas não existe força
distribuída aplicada na barra.
D – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O gráfico da cortante não apresenta a forma de reta inclinada no trecho em
que está aplicada a força distribuída. O gráfico do momento não tem a forma de parábola no
trecho em que está aplicada a carga distribuída e não apresenta a descontinuidade na seção
onde está o momento M.
E – Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. O gráfico da cortante parece estar correto, pois apresenta o trecho em
forma de reta inclinada onde é aplicada a carga distribuída (é constante no restante da barra
e não sofre alteração pela presença de M). No gráfico do momento, há descontinuidade na
seção de aplicação de M: ele é representado por retas inclinadas no trecho em que a
cortante é constante e apresenta a forma de parábola no trecho em que está aplicada a
força distribuída.
Questão 9.
Para que a barra esteja em equilíbrio, os apoios dos pontos A e B devem oferecer
reações perpendiculares ao seu eixo. Chamando de RA e RB, respectivamente, as reações
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Com essas reações, é possível construir os diagramas das forças cortantes (V) e dos
momentos fletores (M), como mostra a figura 9.
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640N
V
160N
360N
120 mm 300 mm
500 mm
288000Nmm
76800Nmm
Figura 9. Diagramas de força cortante e momento fletor.
Com relação à expressão que permite determinar o momento fletor, sabendo que o
3. Indicações bibliográficas
GERE, J. M.; GOODNO, B. J. Mecânica dos materiais. São Paulo: Cengage, 2010.
MACHADO JR., E. F. Introdução à isostática. São Carlos: EESC/USP, 2007.
MORILLA, J. C. Estática nas estruturas. Disponível em <http://br.librosintinta.in/estatica-
das-estruturas-pdf.html>. Acesso em 05 mar. 2012.
MORILLA, J. C. Resistência dos materiais I. Disponível em <http://www.
marcoscassiano.com/eng/index.php/painel/artigo/126-resistencia-dos-materiais-i-e-ii-
prof-carlos-morilla.html>. Acesso em 14 mar. 2012.
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Questão 10
Questão 10.10
As tensões normais σ e as tensões de cisalhamento τ em um ponto de um corpo submetido
a esforços podem ser analisadas utilizando-se o círculo de tensões de Mohr, no qual a
ordenada de um ponto sobre o círculo é a tensão de cisalhamento τ e a abscissa é a tensão
normal σ.
Para o estado plano de tensão no ponto apresentado na figura acima, as tensões normais
principais e a tensão máxima de cisalhamento são, em MPa, respectivamente iguais a
A. -22,8; 132,8 e 77,8.
B. -16,6; 96,6 e 56,6.
C. -10,4; 60,4 e 35,4.
D. -10; 90 e 50.
E. 70; 10 e 56,6.
1. Introdução teórica
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tyx
txy
x x x
txy
tyx
y
Figura 2. Vista bidimensional do elemento.
Fonte. GERE (2010).
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planos perpendiculares entre si, as tensões de cisalhamento são iguais e de sinais contrários
(MORILLA, 2012).
y y
y
'
tyx t' t
txy
x x x x
txy
tyx t
t' '
y
Figura 3. Elemento inclinado em relação à posição original.
Fonte. GERE (2010).
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De acordo com Morilla (2012), pelo estudo das expressões que mostram a variação
de e t, podemos afirmar o que segue.
No plano de 1 e no plano de 2, a tensão de cisalhamento é igual a zero. Dessa
maneira, para que uma tensão normal seja tensão principal, basta que, no plano em que
ela atua, a tensão de cisalhamento seja nula.
As tensões principais atuam em planos perpendiculares entre si.
A tensão de cisalhamento mínima é igual a -tmáx e atua em um plano perpendicular ao
plano de tmáx.
O ângulo entre o plano de tmáx e o plano de 1 é sempre igual a 45o.
Nos planos de tmáx e tmín, a tensão normal que atua é determinada por:
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tmáximo
X
txy 2j
2 y 1
x
-txy Y
tmínimo
Figura 4. Círculo de Mohr.
Fonte. NORTON, 2004 (com adaptações).
txy
y x
tyx
Plano da face com normal na direção x
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Isso ocorre, pois, em planos perpendiculares entre si, as tensões de cisalhamento são
iguais e de sinais opostos, sendo que a tensão normal média dos dois planos é igual à
tensão média das tensões principais.
Conhecidas as tensões em dois planos perpendiculares entre si, o centro do círculo de
Mohr encontra-se na média entre as tensões normais que atuam nesses planos e,
portanto, na intersecção entre a reta que une os dois pontos e o eixo . Isso pode ser
observado na figura 5.
Planos perpendiculares entre si são representados por pontos que estão diametralmente
opostos no círculo de Mohr. Logo, o centro do Círculo de Mohr encontra-se no eixo .
A tensão principal 1 é determinada na intersecção entre o eixo e o lado direito do
círculo e a tensão principal 2 é determinada na intersecção entre o eixo e o lado
esquerdo do círculo.
As tensões de cisalhamento, máxima e mínima, são determinadas pelas tangentes
horizontais ao círculo.
Conhecidas as tensões em dois planos perpendiculares entre si, o raio do círculo de Mohr
pode ser determinado pela hipotenusa do triângulo hachurado na figura 6.
t
txy
2
y x
tyx
2. Solução da questão
No Círculo de Mohr, cada plano é representado por um ponto cujas coordenadas são
as tensões que atuam no plano. Devemos lembrar que planos perpendiculares entre si são
representados por pontos diametralmente opostos. Assim, para os dados da questão, é
possível construir a figura 7.
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t
MPa
tmáx
70
Plano cuja normal é X
50
2 1
30
10
-50 -30 -10 10 30 50 70 90
-10
-30
-50
MPa
A – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Em um estado plano de tensões, a soma das tensões normais de planos
perpendiculares entre si é uma constante. No caso do exercício, a soma é igual a 80 MPa.
Como a soma entre -22,8 MPa e 132,8 MPa resulta em 110 MPa, a alternativa é incorreta.
B – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Em um estado plano de tensões, a soma das tensões normais de planos
perpendiculares entre si é uma constante. No caso do exercício, a soma é igual a 80 MPa.
Na alternativa, a soma entre -16,6 MPa e 96,6 MPa resulta em 80 MPa, o que pode levar à
conclusão de que a alternativa está correta. A tensão de cisalhamento máxima pode ser
determinada pela raiz quadrada da soma entre o quadrado da metade da diferença entre as
tensões normais de planos perpendiculares entre si e o quadrado da tensão de cisalhamento
de um dos planos. Para os dados do problema, temos que:
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O valor dessa tensão de cisalhamento também pode ser observado pela solução via Círculo
de Mohr.
Logo, a alternativa é incorreta, pois a tensão de cisalhamento máxima apresentada é 56,6
MPa.
C – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Em um estado plano de tensões, a soma das tensões normais de planos
perpendiculares entre si é uma constante. No caso do exercício, a soma é igual a 80 MPa.
Como a soma entre -10,4 MPa e 60,4 MPa resulta em 50 MPa, a alternativa é incorreta.
D – Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. Em um estado plano de tensões, a soma das tensões normais de planos
perpendiculares entre si é uma constante. A soma entre -10 MPa e 90 MPa resulta em 80
MPa. Além disso, a tensão de cisalhamento máxima da alternativa é 50 MPa, igual à metade
da diferença entre as principais.
Esses valores também podem ser encontrados na solução via Círculo de Mohr apresentada.
E – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Na alternativa, as tensões normais ditas principais são 70 MPa e 10 MPa, as
mesmas da proposição do problema. Nos planos das tensões principais, a tensão de
cisalhamento é nula; logo, as tensões 70 MPa e 10 MPa não podem ser as principais.
4. Indicações bibliográficas
GERE, J. M.; GOODNO, B. J. Mecânica dos materiais. São Paulo: Cengage, 2010.
MORILLA, J. C. Resistência dos materiais II. Disponível em <http://www.
marcoscassiano.com/eng/index.php/painel/artigo/126-resistencia-dos-materiais-i-e-ii-
prof-carlos-morilla.html>. Acesso em 14 mar. 2012.
NORTON, R. L. Projeto de máquinas – uma abordagem integrada. Porto Alegre:
Bookmann, 2004.
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ÍNDICE REMISSIVO
Questão 05 Sistemas mecânicos. União por parafusos. Uniões solicitadas por momentos.
Questão 10 Mecânica dos sólidos. Resistência dos materiais. Estado plano de tensão.
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