Você está na página 1de 61

e.

BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS

Curso: Engenharia de Controle e Automação

Organizador(es): Vitor Hugo Martins e Resende


SUMÁRIO

DISCUSIVA 03
Autor(a): Prof. Marcos Antônio de Sousa
DISCUSIVA 04
Autor(a): Prof. Bruno Quirino
QUESTÃO 05
Autor(a): Mirian Gusmão
QUESTÃO Nº 09
Autor(a): NDE/Colegiado do curso de Engenharia Ambiental
QUESTÃO Nº 10
Autor(a): NDE/Colegiado do curso de Engenharia Ambiental
QUESTÃO Nº 11
Autor(a): NDE/Colegiado do curso de Engenharia Ambiental
QUESTÃO Nº 12
Autor(a): NDE/Colegiado do curso de Engenharia Ambiental
QUESTÃO Nº 13
Autor(a): Vitor Hugo Martins e Resende
QUESTÃO Nº 14
Autor(a): Mecânica Geral
QUESTÃO Nº 15
Autor(a): Marcos Antônio de Sousa
QUESTÃO Nº 16
Autor(a): Cassio Hideki Fujisawa
QUESTÃO Nº 17
Autor(a): Wanderson Rainer e Marcos Antônio de Sousa
QUESTÃO Nº 18
Autor(a): Mecânica dos Sólidos
QUESTÃO Nº 19
Autor(a): Antônio Marcos de Melo Medeiros
QUESTÃO Nº 20
Autor(a): Bruno Fagundes
QUESTÃO Nº 21
Autor(a): Bruno Quirino de Oliveira
QUESTÃO Nº 22
Autor(a): Antônio Marcos de Melo Medeiros
QUESTÃO Nº 23
Autor(a): Marcos Antônio de Sousa
QUESTÃO Nº 24
Autor(a): Marcos Antônio de Sousa
QUESTÃO Nº 25
Autor(a): Bruno Fagundes
QUESTÃO Nº 26
Autor(a): Bruno Quirino de Oliveira
QUESTÃO Nº 27
Autor(a): Bruno Quirino de Oliveira
QUESTÃO Nº 28
Autor(a): Wanderson Rainer
QUESTÃO Nº 29
Autor(a): Mirian Gusmão
QUESTÃO Nº 30
Autor(a): Fabrícia Neres
QUESTÃO Nº 31
Autor(a): Wanderson Rainer
QUESTÃO Nº 32
Autor(a): Bruno Quirino de Oliveira
QUESTÃO Nº 33
Autor(a): Fabrícia Neres
QUESTÃO Nº 34
Autor(a): Marcos Lajovic
QUESTÃO Nº 35
Autor(a): Antônio Marcos M. Medeiros e Marcos Lajovic
DISCURSIVA Nº 03
Os motores CC são usados em diversos dispositivos, tais como brinquedos
infantis e manipuladores industriais. A relação entre a tensão aplicada na
armadura e o ângulo de rotação do motor pode ser modelada como um
sistema linear invariante no tempo dado pela seguinte função de transferência:

Para o controle de posição do motor descrito, considere o sistema com


realimentação unitária representado na figura a seguir.

Neste contexto, faça o que se pede nos itens a seguir.


a) Considerando Kc = 1, calcule o erro estacionário para uma entrada do tipo
rampa unitária. (valor: 6,0 pontos)
b) Considerando ação integradora, isto é, Kc = 1/s, calcule o erro estacionário
para uma entrada do tipo rampa unitária. (valor: 4,0 pontos).

Gabarito: Questão discursiva

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado:
- Classificação dos tipos de sistemas de controle;
- Tipos de sinais de teste para sistemas de controle;
- Cálculo do erro de estado estacionário;
- Controlador proporcional;
- Controlador integrador.

Autor(a): Marcos Antônio de Sousa

Comentário:
Conforme o próprio gabarito disponibilizado pelo INEP, o padrão de resposta
esperado fica:
Letra a)
Considerando que o sistema de controle possui um sinal de entrada r(t) e um
sinal de saída c(t) e que Kc=1, a Função de Transferência de Malha Fechada
(FTMF) do sistema fica:
O sinal de erro do sistema de controle é dado por e(t)=r(t) – c(t). Logo:

Para uma entrada tipo rampa unitária R(s)=1/s2 tem-se:

Finalmente, pelo Teorema do Valor Final, o erro estacionário vale:

Como forma alternativa de cálculo do erro estacionário de sistemas de


controle de malha fechada com realimentação unitária negativa basta
empregar a definição de tipo de sistema. O sistema em questão é do Tipo 1 -
possui uma integração pura (um integrador) na função de transferência do
ramo direto G(s). Logo, o erro de estacionário pode ser calculado por:

Na qual KV é a constante de erro estático de velocidade, dada por:

Para o sistema de controle em questão, onde Kc=1, tem-se que:

Portanto o erro estacionário vale:

Letra b)
Para Kc=1/s (controlador integrador) tem-se que o sistema passa a ser do Tipo
2, com duas integrações puras no ramo direto:

O sistema Tipo 2 possui erro estacionário nulo para o sinal de entrada rampa
unitária, uma vez que a contante de erro estático de velocidade, KV, tem valor
infinito.
Referências:
NISE, N. S., Engenharia de Sistemas de Controle, Editora LTC, 6ª . ed.,
2016.
DORF, Richard C. Sistemas de controle modernos. Rio de Janeiro: LTC,
2011.

DISCURSIVA 04

Gabarito: Questão discursiva

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Instrumentação Industrial e Sistemas Digitais

Autor(a): Bruno Quirino de Oliveira


Comentário: Para resolução do exercício é necessário saber conceitos de
instrumentação industrial e sistemas digitais. Nos livros indicados na
bibliografia básica e complementar da disciplina, estes tópicos são
encontrados nos capítulos iniciais.
a) Variável de Processo: Temperatura. Variável Manipulada: Vazão de
vapor. Variável de Perturbação: Temperatura ambiente/vapor.
b) A resolução da aquisição da temperatura é (256-0)/210 resultando em
0,250oC.

Referências: BALBINOT, A. Instrumentação e Fundamentos de Medidas -


Vol. 2. Rio de Janeiro: LTC, 2010.

TOCCI, R. J.; WIDMER, N. S.; MOSS, G. L. Sistemas Digitais - Princípios e


Aplicações. Rio de Janeiro: Ed. 2011.

DISCURSIVA 05

Gabarito: Questão discursiva

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Cinemática Inversa de um robô SCARA (RRP) e análise e


de layout de uma célula robótica cuja aplicação é pick-and-place.

Autor(a): Mírian Sandra Rosa Gusmão


Comentário:

A) Está questão trata-se da análise de movimento de um robô para cálculo


de tempo de produção, neste caso, deslocamento de objetos de uma
esteira a outra, aplicação conhecida como pick-and-place. A seguir são
listados os movimentos necessários para que o robô pegar um objeto
em uma esteira e colocá-lo em outra.

1. O robô desce para pegar o objeto, fecha a ferramenta e sobe com o


objeto em 1,5 segundos (conforme enunciado)
2. O robô movimenta girando o eixo em 180 graus, ou seja, π, para outra
esteira que está paralela uma da outra. A velocidade que o robô foi
programado é de π rad/s, portanto ele gasta 1 segundo para percorrer a
distância de π (180 graus).
3. O robô desce para largar objeto, abre aferramenta e sobe sem o objeto
em 1,5 segundos (conforme enunciado)
4. O robô volta para pegar outro objeto girando o eixo em 180 graus, ou
seja, em 1 segundo. (ver explicação no passo 2)

Somando os passos 1 a 4, temos um tempo total de 5 (1,5 + 1 +1,5 + 1)


segundos para transportar o objeto de uma esteira a outra. Em um minuto (60
segundos) ele transporta 12 peças (60 segundos dividido por 5 segundos).
Para conseguir transportar 15 peças necessitaria de dois robôs, que
transportaria 24 peças por minuto. Outra solução seria mudar as distancias
entre as esteiras e a velocidade do robô para que ele possa transportar as 15
peças solicitadas na questão. Com dois robôs teremos tempos inativos para
transportar produzir somente 15 peças.

B) Representação de um robô SCARA (RRP)

Conforme o enunciado, temos os dois primeiros ângulos rotacionais e o


terceiro prismático com movimento somente de descida e subida. Portanto
podemos representar o robô em plano conforme figura seguinte:
Usando Trigonometria para resolver a questão tem-se as seguintes equações
geométricas:

X = 350 cos1 + 250 cos(1 + 2)


Y = 350 sen1 + 250 sen(1 + 2)

Referências:

1. ASFAHL, C. Ray. Robots and manufaturing automation. 2. ed.


Mineola: John Wiley and Sons, 1992.

2. SIMHON, M. S. Robótica industrial. 1. ed. Moussa Salen Simhon,


2011.

QUESTÃO Nº 09
A figura a seguir representa o diagrama de tensão σ versus deformação Ɛ
para diferentes materiais poliméricos.

Assinale a opção que apresenta, respectivamente, o módulo de elasticidade e


o nível de deformação de uma das curvas do diagrama apresentado.
A) Curva I – alto e grande.
B) Curva II – baixo e grande.
C) Curva III – baixo e pequeno.
D) Curva IV – alto e grande
E) Curva V – baixo e pequeno

Gabarito: E.

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Resistencia dos materiais

Autor: NDE/Colegiado do curso de Engenharia Ambiental

Comentário:
Os polímeros são macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais
menores (os monómeros). A reacção pela qual os monómeros se unem para
formar o polímero recebe o nome de polimerização Os polímeros possuem
propriedades físicas e químicas muito distintas das que têm os corpos
formados por moléculas simples. Assim, por exemplo, são muito resistentes à
rotura e ao desgaste, muito elásticos e resistentes à acção dos agentes
atmosféricos. Estas propriedades, juntamente com a sua fácil obtenção a
baixas temperaturas, têm possibilitado a sua fabricação em grande escala.

O comportamento mecânico de um material reflete a relação entre sua


resposta ou deformação a uma carga ou força que esteja sendo aplicada,
algumas importantes propriedades mecânicas são a resistência, a dureza, a
ductilidade e a rigidez. Dentre os fatores que devem ser considerados incluem-
se a natureza da carga aplicada e sua magnitude que podem ser de tração, de
compressão, ou de cisalhamento.
Referências:
 CANEVAROLO JÚNIOR, Sebastião V. . Ciência dos polímeros: um texto
básico para tecnólogos e engenheiros. 2. ed. rev. e ampl São Paulo:
Artliber, 2006. 280 p.
 SOUZA, Líria Alves de. "Materiais Poliméricos"; Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/materiais-polimericos.htm.
Acesso em 04 de junho de 2019.

QUESTÃO Nº 10
A forte inserção brasileira no comercio internacional e a crescente
preocupação mundial com os problemas ambientais desfiam o Brasil para
construir uma politica de integração entre o setor produtivo e o meio ambiente.

O meio ambiente é fornecedor de matéria prima e, ao mesmo tempo, receptor


de resíduos oriundos das atividades produtivas, o que deve ser
necessariamente considerado para o estabelecimento de politicas ambientais
e econômicas mais eficientes na gestão e uso dos recursos naturais.

A partir desses textos, avalie as afirmações a seguir.

I. Os benefícios da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos são de difícil


valoração econômica.
II. As mudanças climáticas resultantes da emissão de gases de efeito estufa
têm gerado oportunidades para o desenvolvimento e a utilização de fontes
renováveis de energia, como alternativas ao uso de combustíveis fósseis.
III. A degradação ambiental pode ocasionar limitações ao crescimento
econômico sustentável.
IV. A geração de riqueza e desenvolvimento sem a elevação do padrão de
consumo dos recursos naturais constitui impedimento para o crescimento
de países em desenvolvimento.
V. Os tratados internacionais ambientais exigem entrelaçamento entre lucros
obtidos, desenvolvimento social de comunidades tradicionais e
conservação dos ecossistemas.
É correto apenas o que se afirma em:

A) I e IV
B) IeV
C) II, III e IV
D) I, II, III e V
E) II, III, IV e V

Gabarito: D

Tipo de questão: Facil

Conteúdo avaliado: Sobre economia e desenvolvimento sustentável


Autor: NDE/Colegiado do curso de Engenharia Ambiental

Comentário
Repensar os modelos de produção industrial, assim como a utilização dos
recursos naturais; repensar a emissão de poluentes; reconsiderar e
desenvolver novas formas de políticas públicas que atendam às necessidades
sociais de transporte, educação e saúde de qualidade; repensar os modelos
de exploração e desenvolvimento econômico; os gastos energéticos e o uso
de combustíveis fósseis e as formas de energia utilizadas; desenvolver
sistemas inteligentes de geração e de consumo de energia; promover
programas e ações que visem a melhoria da qualidade de vida da população;
realizar negócios sustentáveis, dentre outros, são questões que estão
intimamente ligadas aos modelos de desenvolvimento sustentável já em
aplicação em muitos países, e também no Brasil.

O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual,


sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas
próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro,
atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de
realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos
recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.
Referências:
 PENA, Rodolfo F. Alves. "Desenvolvimento sustentável"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/desenvolvimento-
sustentavel.htm. Acesso em 04 de junho de 2019.
 SOUZA-LIMA, José Edmílson (orgs). O desenvolvimento sustentável em
foco: uma contribuição multidisciplinar. Curitiba: São Paulo: Annablume,
2006.

QUESTÃO Nº 11
O sistema Toyota de produção apresenta-se como uma alternativa mais
eficiente ao modelo fordista de produção, que explora as vantagens de
produção em série. O modelo toyotista consiste em cadeia de suprimentos
enxuta, flexível e altamente terceirizada, que prevê a eliminação quase total
dos estoques e a busca constante pela agilização do processo produtivo.

O sistema logístico e produtivo conhecido como just in time é uma filosofia de


administração da produção baseada no modelo Toyota de produção. Esse
novo enfoque na administração da manufatura surgiu de uma visão estratégica
e inovadora das pessoas envolvidas na gestão empresarial, buscando
vantagem competitiva por intermédio de uma melhor utilização do processo
produtivo.

Com base nas informações apresentadas, avalie as afirmações a seguir, a


respeito do sistema produtivo just in time.

I. Estimula o desenvolvimento de melhorias constantes, não apenas dos


procedimentos e processos, mas também do homem dentro da empresa, o
que permite desenvolver o potencial humano dentro das organizações e
ampliar a base de confiança obtida pela transparência e honestidade das
ações.
II. A implementação dos princípios da organização começa pela fábrica e suas
repercussões estendem-se por toda a empresa, o que caracteriza o
princípio da visibilidade, fundamentado no objetivo de tornar visíveis os
problemas onde quer que possam existir.
III. Tem como objetivo administrar a manufatura de forma bem simples e
eficiente, otimizando o uso dos recursos de capital, equipamento e mão de
obra, o que resulta em um sistema capaz de atender às exigências do
cliente, em termos de qualidade e prazo de entrega, ao menor custo.
É correto o que se afirma em:

Gabarito: C

Tipo de questão: fácil

Conteúdo avaliado: Processo produtivo: Logística empresarial

Autor: NDE/Colegiado do curso de Engenharia Ambiental

Comentário:
Just in Time é um termo inglês, cuja tradução é “no momento certo”. Trata-se
de um sistema de administração da produção que determina que nada deve
ser produzido, transportado ou comprado antes do “momento certo”. É um
conceito relacionado a produção por demanda, onde primeiramente vende-se
o produto para depois comprar a matéria-prima, e só depois fabricá-lo ou
montá-lo.
Neste sistema, não existe estoque parado. Isso porque o produto ou matéria-
prima chega ao local de utilização somente no momento exato da produção ou
montagem.
Referências:
 ALVAREZ-BALLESTEROS, Maria Esmeralda; Administração da qualidade
e produtividade: abordagens do processo administrativo, São Paulo: Atlas,
2001.
 Baranger, P., Huguel G., Gestão da Produção: Actores, técnicas e
políticas, Edições Sílabo, Lda., 1994.
 CORRÊA, L Henrique; Gianesi, Irineu G N; Just in Time, MRPII e OPT: um
enfoque estratégico, 2ª ed., São Paulo: Atlas, 1993.
 POZO, Hamilton; Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma
abordagem logística, 3 ed., São Paulo: Atlas, 2004.

QUESTÃO Nº 12
De acordo com a Lei de Resfriamento de Corpos, a taxa de variação da
temperatura de um corpo em relação ao tempo é proporcional à diferença
entre a temperatura do corpo e a temperatura ambiente.
Considere que T( t) é a temperatura do corpo em função do tempo, A é a
temperatura do ambiente, t é o tempo e k é a constante de proporcionalidade.
Nesse contexto, o modelo matemático correspondente à Lei de Resfriamento
de Corpos e à função resultante de sua resolução são dados,
respectivamente, por:

Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado:
Termodinamica - transferência de calor, condução térmica

Autor: NDE/Colegiado do curso de Engenharia Ambiental


Comentário:
Lei do resfriamento de Newton. A Lei do resfriamento de Newton expressa que
a taxa de perda de calor de um corpo é proporcional à diferença de
temperatura entre o corpo e a vizinhança enquanto estiver sob efeito de uma
brisa. Isaac Newton não declarou sua lei na forma acima em 1701, quando foi
originalmente formulada.

Referências:
ANTUNES, Fábio Henrique Ferreira. Determinação das propriedades
termofísicas, reológicas e físico-químicas nas polpas de frutas durante o
resfriamento mediante ar por convecção natural. 2014. 50 f. Tese (graduação).
Engrenharia de alimentos. Universidade Federal do Rio Grande Sul, Poro
Alegre Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/116227/000964452.pdf?seq
uence=1>.

SANTOS, Nicolau Braga. Técnica de análise do transiente de trocadores de


calor. 2002. 37 f. Tese (graduação). Departamento Engenharia Mecânica.
Universidade de São Paulo Escola Politécnica, São Paulo.Disponível em:
<http://www.mec.ita.br/~nicolau/pub/Tese_final_revisada.pdf>.

QUESTÃO Nº 13
Os veículos espaciais apresentam estrutura externa constituída por um
conjunto de blocos que formam um escudo térmico, cuja função é proteger
motores e demais componentes de possíveis danos causados pelo calor,
além de reduzir a temperatura interna do veículo.
Esses escudos térmicos são construídos com material
A) metálico, dada sua leveza e elevada resistência ao calor.
B) polimérico, dada sua baixa resistência ao calor e à corrosão.
C) cerâmico poroso, dada sua elevada resistência mecânica à tração.
D) polimérico, em razão de sua alta massa específica e de sua resistência
ao calor.
E) cerâmico poroso, em razão de seu baixo coeficiente de dilatação térmica
e de sua baixa condutividade térmica.

Gabarito: E

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Propriedades dos materiais

Autor(a): Vitor Hugo Martins e Resende

Comentário: Na questão trata de escudo térmico, também conhecido por


escudo de calor, é projetado para proteger uma substância da absorção
excessiva de calor. O estudante deve se atentar para as propriedades
atômicas do material. No problema apresentado, a característica desejada é
que o material a ser utilizado deve ser um ótimo isolante térmico. Dos
materiais apresentados nas alternativas o que atende melhor a essa
característica é o material cerâmico poroso.

Referências:

LAWRENCE H. VAN VLACK, LUIZ PAULO CAMARGO FERRAO Princípios


de Ciência dos Materiais. 13ª Edição. Editora Edgard Bluicher. 2000.

SILVA, JUDSON RICARDO RIBEIRO. Caracterizaçăo físico-química de


massas cerâmicas e suas influęncias nas propriedades finais dos
revestimentos cerâmicos. Dissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do
Paraná, Setor de Tecnologia, Programa de Pós-Graduaçao em Engenharia -
PIPE. Defesa: Curitiba, 2005. Disponível em <
https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/6289>. Acessado em: 20 de Junho de
2019.

QUESTÃO Nº 14
A medida de profundidade em ambientes aquáticos está relacionada à pressão
hidrostática, através da relação aproximadamente linear P = f (z), em que z é a
profundidade e P é a pressão. Assuma que a densidade da água do mar ρ = 1,025 x
103 kg·m -3, que não há variação dessa densidade com a profundidade e que o valor
da aceleração da gravidade g = 9,8 m·s-2.
Nesse contexto, assinale a opção cujo gráfico relaciona adequadamente a
profundidade com a pressão hidrostática.
Gabarito: A

Tipo de questão: Facil

Conteúdo avaliado: Mecânica dos fluidos.

Autor(a): NDE/Colegiado do curso de Engenharia Ambiental

Comentário:
Pressão hidrostática é a pressão que ocorre no interior dos líquidos, sendo
exercida pelo peso do próprio líquido. Seu valor depende da profundidade do
ponto considerado.
Desta forma, em diferentes pontos dentro de um mesmo líquido, a pressão
hidrostática terá maior intensidade nos pontos de maior profundidade.
Como a pressão hidrostática depende da profundidade, se multiplicarmos os
valores dados, temos que:

P = 1,025.10³ . 9,8 . z

P = 10045z
Caso z seja zero, a pressão deve ser zero, logo, o gráfico começa na origem.

Referências:
HELERBROCK, Rafael. "Hidrostática"; Brasil Escola. Disponível em
<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/hidrostatica.htm>. Acesso em 20 de maio
de 2019.

QUESTÃO Nº 15
Suponha que determinado programa de computador seja executado por meio
de 13 etapas, com tempo médio de 50 segundos ao todo e dispersão relativa
de 10% em torno da média.
Considere que uma equipe de engenharia propõe um novo algoritmo que
reduz em 30% o tempo de execução de todas as 13 etapas desse programa.
Nesse contexto, avalie as afirmações a seguir, a respeito do tempo de
execução do novo algoritmo.
I. O tempo médio por etapa será de 32,5 segundos.
II. O desvio-padrão permanecerá inalterado.
III. A dispersão relativa em torno da média permanecerá inalterada.
É correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.

Gabarito: Letra B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado:
- Cálculo de porcentagem;
- Média estatística;
- Dispersão estatística absoluta;
- Dispersão estatística relativa.

Autor(a): Marcos Antônio de Sousa

Comentário:
A solução requer o confronto dos conceitos básicos indicados acima com as
afirmações:
I. Afirmação errada. Pelo enunciado da questão, o valor de tempo
indicado poderia representar o novo tempo médio total. Mas, mesmo
assim, este cálculo está equivocado na “Afirmação I”.
II. Afirmação errada. O desvio padrão representa um tipo de dispersão
absoluta, e o seu cálculo depende da média estatística da série de
dados avaliada. Logo, se muda a média, muda o desvio padrão.
III. Afirmação correta. Na dispersão relativa, conforme o próprio nome
diz: o seu cálculo é relativo à média estatística da série de dados
avaliada. O seu cálculo é realizado dividindo-se a dispersão
absoluta pela média estatística da série. Desta forma, ao reduzir em
30% o tempo médio de processamento das etapas, reduz também
em 30% a sua dispersão absoluta. Ao realizar o cálculo da divisão
da nova dispersão absoluta pela nova média estatística, sendo que
as duas foram reduzidas proporcionalmente, a dispersão relativa
mantem-se inalterada.

Referências:
DEVORE, Jay L. Probabilidade e estatística para engenharia e ciências.
São Paulo: Thomson, c2006. xiii, 692 p. ISBN 9788522104598 (broch.).
MONTGOMERY, Douglas C. Estatística aplicada à engenharia. 2. ed. Rio de
Janeiro: LTC, c2004. 335 p.
HINES, William W. Probabilidade e estatística na engenharia. 4. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2006. 588 p.

QUESTÃO Nº 16
Em uma campanha publicitária que visa à redução do consumo de energia
elétrica em residências, identificam-se as recomendações a seguir:
 substitua lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas ou
lâmpadas de LED;
 evite usar o chuveiro elétrico com a chave na posição "inverno" ou
"quente";
 acumule grande quantidade de roupa para ser passada a ferro
elétrico de uma só vez;
 evite o uso de tomadas múltiplas para ligar vários aparelhos
simultaneamente;
 utilize, na instalação elétrica, fios de diâmetros recomendados às
suas finalidades.
A característica comum a essas recomendações é a proposta de economizar
energia por intermédio da redução

A) da potência de aparelhos e dispositivos elétricos.


B) do tempo de utilização de aparelhos e dispositivos elétricos.
C) do consumo de energia elétrica convertida em energia térmica
D) do consumo de energia elétrica por correntes de fuga.
E) do consumo de energia térmica convertida em energia elétrica.

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil


Conteúdo avaliado:
Circuitos Elétricos I: dissipação de energia térmica associada a resistência
(lâmpada incandescente, chuveiro elétrico, ferro elétrico.
Instalações Elétricas: dimensionamento de condutores, relação entre área de
seção transversal do condutor com a resistência, tipos de lâmpadas
(incandescente, fluorescente, LED).

Autor(a): Cassio Hideki Fujisawa

Comentário:
Para cada recomendação será feito um comentário particular:
 na substituição da lâmpada incandescente por fluorescente ou LED,
reduz a potência elétrica consumida, pois para uma mesma quantidade
de fluxo luminoso (lúmens) é consumido uma potência elétrica menor,
logo ocorre uma redução de potência elétrica da nova lâmpada. Isso é
justificado pois a lâmpada incandescente transforma boa parte da
energia elétrica em energia térmica, aquecendo a lâmpada.
 ao evitar o uso do chuveiro na posição “inverno”, reduz a potência
elétrica consumida (reduz a potência do aparelho na posição “verão”). E
esse aparelho elétrico tem como principal finalidade converter energia
elétrica em energia térmica para aquecer a água.
 ao acumular a roupa para passar, reduz o tempo em que o ferro elétrico
é ligado (ou seja, reduz o tempo de utilização do aparelho),
consequentemente reduz o consumo de energia. E esse aparelho
elétrico tem como principal finalidade converter energia elétrica em
energia térmica para aquecer o ferro.
 o uso de tomada múltipla pode sobrecarregar esse dispositivo, e
consequentemente aquecê-lo pois ele estará operando acima da sua
capacidade de dissipação de calor. Ao aquecer ele estará convertendo
energia elétrica em energia térmica, e dessa forma, estará aumentando
as perdas. Por isso a recomendação é de se evitar o uso de tomadas
múltiplas.
 ao utilizar fios de diâmetros menores do que o recomendado pode-se
provocar o aquecimento indevido do fio, pois ele trabalhará acima da
sua capacidade de dissipação de calor. O diâmetro (ou área de seção
transversal) é importante pois é inversamente proporcional a resistência
do fio, ou seja, quanto menor o diâmetro (e a área), maior é a
resistência e maior será a dissipação de energia elétrica em forma de
energia térmica (p = r i2), assumindo a corrente elétrica constante. A
corrente está diretamente associada ao aparelho elétrico ligado, por
isso ela independe do fio que conecta o aparelho.
Portanto, a resposta correta é a alternativa C, pois em todas as
recomendações se tem a redução de energia elétrica convertida em energia
térmica. As alternativas A e B, de redução da potência do aparelho e redução
do tempo de uso, respectivamente, correspondem a apenas algumas das
recomendações. A alternativa D está incorreta pois em nenhuma
recomendação foi tratada da corrente de fuga. E a alternativa E está incorreta,
pois nenhuma recomendação tratou de gerador, no qual converte algum tipo
de energia em energia elétrica.
Referências:
CREDER, Hélio. Instalações elétricas. Livros Tecnicos e Cientificos, 2007.
DORF, Richard C.; SVOBODA, James A. Introdução aos circuitos elétricos.
Grupo Gen-LTC, 2016.

QUESTÃO Nº 17
A importância da otimização no processo produtivo é inegável. Do ponto de
vista matemático, para otimizar determinada grandeza, é necessário modelá-la
de acordo com uma função e, a partir daí, conforme a situação, procurar um
máximo ou um mínimo. Uma das formas usadas para minimizar funções é o
método dos multiplicadores de Lagrange. Um fabricante de latinhas de
refrigerante deve propor uma lata cilíndrica de volume V 0. Essa lata será
fabricada usando-se duas ligas metálicas distintas, sendo uma para a parte
lateral e outra para a base e a tampa. Ele deseja calcular o raio (r) e a altura
(h) da lata para que o custo de sua produção seja o menor possível. Sabe-se
que a área total da lata é dada por A(r,h) e que o custo total de produção da
lata, que depende apenas do material utilizado na sua produção, é C(r,h). Para
a solução desse problema, será utilizado o método dos multiplicadores de
Lagrange. Com base nessa situação, avalie as informações a seguir, acerca
da solução desse problema:
I. O custo de produção da lata pode ser expresso por
𝐶(𝑟, ℎ) = 2𝜋(𝐾1 𝑟ℎ + 𝐾2 𝑟 2 ), em que K1 e K2 são constantes que
dependem do custo de cada uma das ligas metálicas por unidade
de área.
II. A função a ser minimizada da área total da lata é
𝐴(𝑟, ℎ) = 2𝜋𝑟ℎ + 2𝜋𝑟 2 .
III. O vínculo na minimização, relacionada ao volume da lata, é dado
por 𝑔(𝑟, ℎ) = 𝜋𝑟 2 ℎ − 𝑉0 .
IV. O sistema de equações a ser montado é ∇𝐶(𝑟, ℎ) = ∇𝑔(𝑟, ℎ), no
qual é denominado multiplicador de Lagrange.
É correto apenas o que se afirma em
A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.

Gabarito: D

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado:
- Otimização;
- Máximo e mínimo de funções;
- Multiplicadores de Lagrange.

Autor(a): Wanderson Rainer e Marcos Antônio de Sousa

Comentário:
Os métodos de otimização possuem como objetivo minimizar ou maximizar
uma função, chamada função objetivo (ou função de avaliação). Em situações
reais, pode-se por exemplo minimizar o tempo de um processo produtivo, ou
maximizar o lucro na venda de um produto. A função objetivo f(x) a ser
minimizada (ou maximizada), especialmente em casos reais, normalmente
apresenta restrições g(x). Por exemplo, pode-se desejar aumentar o
rendimento de um motor (maximização) mas os valores encontrados para x
que maximizam o rendimento f(x) provocam corrente muito elevadas que
podem danificar o motor. Logo, a corrente gera uma função de restrição g(x).
Nesta questão, o enunciado deixa bastante claro que as variáveis a serem
manipuladas (equivalente ao x) são o raio (r) da base e da tampa e a altura (h)
da lata. A função a ser minimizada é o custo de produção C(r,h). Logo, o
método de otimização empregado deve encontrar valores para (r) e para (h)
que resultem no menor valor possível para o custo.
O método a ser empregado é o método dos multiplicadores de Lagrange. Este
método, quando aplicado a um sistema com uma restrição, faz uso do
gradiente de f(x) da seguinte forma: ∇f(x)=λ∙∇
chamada de multiplicador de Lagrange. O gradiente é a taxa de variação de
uma função em uma dada direção, como explorado em disciplinas como
MAF1072 (Cálculo Diferencial e Integral II), MAF2003 (Cálculo Diferencial e
Integral III) e ENG3520 (Eletromagnetismo). Embora o enunciado não tenha
especificado se a constante K1 é referente ao material da tampa e da base e a
constante K2 referente ao material da lateral da lata cilíndrica (nem vice-
versa), assumindo K1 como sendo a constante da lateral e K2 a constante do
material da tampa e da base da lata, tem-se:
- área da base = K2∙π∙r2, área do círculo;
- área da tampa = K2∙π∙r2, área do círculo;
- área da lateral = K1∙2∙π∙r∙h, base vezes a altura.

Desta forma, o custo de produção da lata é:


C(r,h) = K2∙π∙r2+K2∙π∙r2+K1∙2∙π∙r∙h
C(r,h) = 2∙π∙(K2∙r2+K1∙r∙h)
E o volume da lata (V0) é dado pelo produto entre a área da base e a altura:
V0=π∙r2∙h
Este volume caracteriza a restrição do sistema, pois, muito embora seja
necessário encontrar os melhores valores de r e de h que minimizem o custo
de produção da lata, o volume não pode ser diferente de V0, estipulado pelo
fabricante. Logo, a restrição g(x), ou melhor, g(r,h) deste sistema torna-se:
g(r,h)=π∙r2∙h−V0=0
Ou seja, ao determinar os valores supostamente otimizados de r e de h, estes
valores não podem contrariar o volume V0.
Desta forma, analisando as afirmações I a IV:
I – esta afirmação é verdadeira, pois estabelece a equação do custo de
produção C(r,h) de cada lata em função das constantes dos materiais
empregados, K1 e K2.
II – esta afirmação é falsa. Muito embora a equação não esteja totalmente
errada (ela não considera as constantes K1 e K2 dos materiais), não é
esta função A(r,h) que deve ser minimizada, mas sim o custo, como
estabelece o próprio enunciado da questão. Mesmo porque, minimizando
a área irá acarretar em uma penalização que é a manutenção de um
volume V0, como estabelecido no enunciado. O que deve ser minimizado
é o custo de produção, C(r,h).
III – esta afirmação é verdadeira, a restrição g(r,h) está relacionada ao
volume da lata definido pelo fabricante. Os valores de r e de h que
minimizam o custo de produção não podem acarretar em um valor
diferente de V0;
IV – esta afirmação é verdadeira, uma vez que a relação entre a função f(x)
a ser minimizada e a restrição g(x) envolve o multiplicador de Lagrange

Referências:
(2014). Lagrange multiplier. 10.1007/978-3-642-41714-6_120075;
Cortez, Karla L & Rosenblueth, Javier. (2018). Normality and uniqueness of
Lagrange multipliers. Discrete & Continuous Dynamical Systems - A. 38. 3169-
3188. 10.3934/dcds.2018138.

QUESTÃO Nº 18
O ensaio de flexão é utilizado em materiais frágeis ou de alta dureza, tais
como cerâmicas estruturais ou aços-ferramenta. Em uma de suas
modalidades mais comuns, o ensaio de flexão a 3 pontos, é provocada uma
flexão ao se aplicar o carregamento em 3 pontos, o que causa uma tensão de
tração surgida no ponto central e inferior da amostra, onde a fratura do
material terá início.
Assumindo-se um comportamento de tensão de formação linear, a tensão de
flexão σ do material pode ser obtida por meio da fórmula:

em que F é a carga, d é a distância entre os pontos de apoio, w é a largura do


corpo de prova e h é a espessura do corpo de prova.
Considere dois corpos de prova A e B do mesmo compósito reforçado com
fibras de vidro, cuja resistência à flexão é de 290 MPa. O corpo de prova A
tem o triplo da largura e a metade da espessura do corpo de prova B e ambos
são submetidos ao mesmo ensaio de flexão.
Nessa situação, qual porcentagem da força necessária para o rompimento do
corpo de prova B deverá ser aplicada ao corpo de prova A para que este
também se rompa?

Gabarito: B
Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Propriedades mecânicas e resistência dos materiais

Autor: NDE/COLEGIADO DE CURSO

Comentário:
As propriedades mecânicas são o comportamento do material sob efeito de
cargas externas. Ou seja, a capacidade de resistir a esforços sem fratura ou
muita deformação. Quando em uso, os materiais estão sujeitos a cargas e
forças. Assim, torna-se necessário conhecer suas respostas às propriedades
mecânicas, de forma que, ao serem expostos a essas cargas e forças, a
deformação final não seja excessiva.

Referências:
 CALLISTER, Wiliam D. Jr. Materials Science and Engineering. An
Introduction. John Wiley & Sons, Inc. 1994.
 HIBBELER, R.C., Resistência dos materiais, 7ª ed., Pearson, São Paulo,
2010

QUESTÃO Nº 19

Suponha que, em uma indústria, seja necessário especificar um sistema


eletrônico de acionamento eficiente para uma maquina elétrica de indução
trifásica. Alem disso, considere que:
 o sistema seja capaz de realizar a partida evitando picos de corrente e
mantendo o torque constante.
 Seja necessário, durante a operação, variar, de modo controlado, a
velocidade da maquina.
 A maquina opere em regime de carga variável.

Com base nessa situação, avalie as informações a seguir:


I. Um inversor de frequencia pode ser utilizado para realizar o
acionamento descrito, pois possibilita tanto a partida do motor em
torque constante, quanto o controle da velocidade em condições de
carga variavel.
II. Um sistema de partida suave (soft starter) pode ser utilizado para
realizar o acionamento descrito, pois possibilita tanto a partida do motor
em torque constante, quanto o controle da velocidade em condições de
carga variavel.
III. Para controlar a velocidade em condições de carga variável, é
necessário utilizar um sensor de velocidade ou alguma forma de
indireta para estimação dessa grandeza.
IV. Caso a indústria disponha apenas de um sistema elétrico monofásico, é
possível alimentar o motor de indução trifásico a partir de um inversor
de freqüência alimentado pela fonte monofásica.
É correto apenas o que se afirma em
A) Ie II
B) I e IV
C) II e III
D) I,III e IV
E) II, III E IV

Gabarito:D

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: eletrônica de potência, Maquinas elétrica, instalações


elétricas e acionamentos elétricos.

Autor(a): Antônio Marcos de Melo Medeiros

Comentário:
O item I fala sobre variação da velocidade com uso do inversor de freqüência,
esta correta, pois o inversor de freqüência e projetado para o controle da
velocidade. Capitulo 10 Rashid, Muhammad H. Eletrônica de Potência;
Editora: Makron Books, 1999 e capitulo 7 Mamede filho, J. Instalações
Elétricas Industriais – LTC – 8a ed., 2011;

O item II fala sobre variação da velocidade com uso do soft starter , esta
incorreta, pois soft starter e projetado para a partida suave. Capitulo 10
Rashid, Muhammad H. Eletrônica de Potência; Editora: Makron Books, 1999 e
capitulo 7 Mamede filho, J. Instalações Elétricas Industriais – LTC – 8a ed.,
2011;

O item III fala sobre controlar a velocidade em condições de carga variável,


esta correta. Qualquer sistema de controle de velocidade com carga necessita
de uma malha de controle com referência da velocidade da maquina, direta ou
indiretamente para que possa corrigir quando a carga variar. Mantendo a
mesma velocidade. Capitulo 15 Rashid, Muhammad H. Eletrônica de Potência;
Editora: Makron Books, 1999

O item IV fala sobre a ligação de um motor trifásico em um sistema


monofásico, esta correta, o uso do inversor possibilita esse tipo de ligação.
Capitulo 10 Rashid, Muhammad H. Eletrônica de Potência; Editora: Makron
Books, 1999

Referências:
Rashid, Muhammad H. Eletrônica de Potência; Editora: Makron Books, 1999
Fitzgerald, A. E.; Kingsley Jr, C.; Kusko, A. Máquinas Elétricas, Mc Graw Hill
do Brasil, 1975.
Mamede filho, J. Instalações Elétricas Industriais – LTC – 8a ed., 2011;
Ahmed, Ashfaq. Eletrônica de Potência; Editora: Prentice Hall, 1a edição, 2000

QUESTÃO Nº 20
Em um sistema integrado de manufatura, engenheiros de controle e
automação devem organizar e propor layout fabris que incorporem a
tecnologia de grupo. O objetivo é melhorar, por exemplo, a programação da
produção, a redução do tempo de início de processo, a redução de
movimentação de material e padronização de ferramental. Para implementar a
tecnologia de grupo, é importante que o engenheiro identifique as famílias de
peças produzidas pela empresa e também consiga diferenciar equipamentos
que proporcione maior flexibilidade e/ou maior produtividade em função de
demandas específicas da produção.

Considerando as características de flexibilidade e produtividade, identifique os


equipamentos que correspondem, respectivamente, à sequência 1, 2, 3, e 4
no gráfico acima.

Gabarito: D
Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Células Flexíveis de Manufatura

Autor(a): Bruno Fagundes Ferreira

Comentário:
Projetados para reagirem e se adaptarem às diversas mudanças nos
processos industriais, os Sistemas Flexíveis de manufatura são sistemas de
produção automatizados, capazes de produzir uma grande variedade de
peças e produtos, muitas vezes variando apenas a programação do sistema.
Por ser um sistema automatizado e projetado para ser flexível, esse tipo de
sistema consegue uma boa flexibilidade e produtividade. Uma linha de
transferência tem uma função específica, conseguindo alta produtividade, mas
com baixíssima flexibilidade. Uma fresadora CNC consegue fazer as mesmas
peças de uma fresadora convencional, mas de maneira automatizada, com
maior produtividade. E um torno convencional consegue ter boa flexibilidade,
devido à variedade de peças e operações possíveis, mas por ser um processo
manual, e com grande tempo de setup, tem baixa produtividade.

Referências:
 GOODFELLOW, R. MRP II planejamento dos recursos da manufatura.
2.ed. São Paulo:IMAM, 2003.
 GROOVER, M. P. Automação industrial e sistemas de manufatura. 3.ed.
São Paulo:Pearson, 2011.
 SOUZA, A. F. Engenharia integrada por computadores e sistemas. São
Paulo: Artliber,2009.

QUESTÃO Nº 21
Gabarito: D

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Programação em Grafcet

Autor(a): Bruno Quirino de Oliveira

Comentário: O Grafcet é um método gráfico de apoio à concepção de


sistemas industriais automatizados, que permite representar, através de
modelos do tipo dos gráficos de estados, o comportamento de sistemas
sequenciais. Conceitos básicos:
Etapas: às quais são associadas as ações. Transições: às quais são
associadas as condições. Ligações Orientadas: que conectam as etapas às
transições, e estas às etapas. Assim analisando o enunciado, onde ocorre dois
processos de dosagem e respeitando os tempos e pesos a alternativa correta
é D.

Referências: MORAES, Cícero Couto de; CASTRUCCI, Plínio de Lauro.


Engenharia de Automação Industrial. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

CAMARGO, V. L. A.; FRANCHI, C. M. Controladores lógicos programáveis:


Sistemas Discretos. 2. ed. São Paulo: Érica, 2012.

QUESTÃO Nº 22
Um sistema de controle tem capacidade de receber informação de sensores
analógicos e, para isso, utiliza conversores analógico-digital (A/D) que aceitam
entradas em tensão na faixa entre 0 a 5 V. Existem sensores analógicos que
produzem saídas em tensão na faixa entre -500mV a +500mV de modo
proporcional à variável medida. A utilização de um circuito de condicionamento
analógico de sinais com amplificadores operacionais possibilita que a tensão
de saída desses sensores seja adequada para que possa ocupar toda faixa
dinâmica dos conversores A/D.
Com base no exposto, assinale a opção em que é apresentado o circuito
capaz de fazer o acoplamento adequado entre a tensão de saída desses
sensores analógicos e as entradas dos conversores A/D do sistema de
controle.

A)

B)

C)
D)

E)

Gabarito: A

Tipo de questão: médio

Conteúdo avaliado: amplificadores operacionais e sistemas de controle

Autor(a): Antônio Marcos de Melo Medeiros

Comentário: Observar bem o circuito, utilizar o conceito de percorrer a malha


aplicada a teoria de amplificador operacional circuito somador e amplificador
inversor, teoria nos capítulos 10 e 11 do livro BOYLESTAD, Robert L.;
NASHELSKY, Louis. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11 ed.

Utilizar a teoria de conversores analógico digital (ADC) capítulo 11 do livro


Tocci R. J., WidmeN. S., Moss G. L. Sistemas Digitais - Princípios e
Aplicações - 10ª Ed. São Paulo, Prentice-Hall do Brasil, 2007

Como o sensor varia de -500mV a +500mV e a saída deve variar de 0 a 5V, o


circuito com amp-op deve conter um circuito somar com duas entradas para
elevar o nível de -500mV para 0V, somando na entrada uma tensão de
+500mV ou 0,5V. Depois ter um ganho de 5 vezes para alcançar a tensão de
5V.

Para o circuita da letra A a tensão de saída fica:


Para o primeiro amp-op:
50𝑘
Vo1=(-10𝑘)𝑥(𝑉𝑖 + 0,5𝑉) = −5 (𝑉𝑖 + 0,5𝑉)
Para o segundo amp-op
10𝑘
Vo=(− −10𝑘) 𝑥 𝑉𝑜1 = −1𝑥𝑉𝑜1 = −1 𝑥 − 5𝑥(𝑉𝑖 + 0,5) = 5𝑥(𝑉𝑖 + 0,5)

Resposta letra A
Referências: Tocci R. J., WidmeN. S., Moss G. L. Sistemas Digitais - Princípios
e Aplicações - 10ª Ed. São Paulo, Prentice-Hall do Brasil, 2007.

Boylestad, Robert; Nashelesky, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de


Circuitos. 11ed. Ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 2013.

Boylestad, Robert L. Introdução à análise de circuitos. 10 ed. Rio de Janeiro:


Prentice-Hall, 2004 828 p.

QUESTÃO Nº 23
Um sistema de controle monovariável é representado pelo diagrama de blocos
a seguir.

Definindo-se a saída da planta como x1, a saída do controlador como x2 e a


saída do sensor como x3, o modelo no espaço de estados do sistema descrito
será dado por

A)

B)

C)
D)

E)

Gabarito:
Letra A

Tipo de questão: Dificuldade DIFÍCIL.

Conteúdo avaliado:
- Modelagem de sistemas de controle linear utilizando representação no
espaço de estados;
- Modelagem de sistemas de controle linear utilizando funções de
transferência;
- Conversão de função de transferência para a representação no espaço de
estados.

Autor(a):
Prof. Marcos Antônio de Sousa

Comentário:
A solução da questão requer o conhecimento específico de conceitos de
modelagem de sistemas de controle linear utilizando a técnica “Representação
no Espaço de Estados”. A não oferta da modelagem geral da “Representação
no Espaço de Estados” no enunciado da questão requer que o estudante
tenha memorizado esta formulação específica, ou pelo menos, tenha
conhecimento superficial dos elementos da modelagem, e como eles se
relacionam, para que possa avaliar as alternativas e escolher a correta através
do procedimento “por eliminação”.
A representação no espaço de estados possui a seguinte formulação matricial
geral:
𝒙̇ = 𝑨𝒙 + 𝑩𝒖
𝒚 = 𝑫𝒙 + 𝑪𝒖
Onde
𝒙 = vetor de variáveis de estado
𝒙̇ = derivada do vetor de variáveis de estado em relação ao tempo
y = vetor de variáveis de saída
u = vetor de entrada ou vetor de controle
A = matriz do sistema
B = matriz de entrada
C = matriz de saída
D = matriz de transmissão direta

As variáveis de estado a serem consideradas na modelagem foram indicadas


no enunciado da questão: “a saída da planta como x1, a saída do controlador
como x2 e a saída do sensor como x3”. Com estas informações é possível
modelar a relação entre as variáveis do sistema utilizando a representação no
espaço de estados indicada acima.
- Começando pela modelagem do vetor de variáveis de saída - y:
Verifica-se que o sinal de saída y é igual ao sinal de saída da planta, que foi
indicado como sendo a variável de estado x1. Logo tem-se que y = x1. Na
forma matricial fica:
𝑥1
𝑦 = [1 0 0] [ 2 ] 𝑥
𝑥3
Com esta informação pode-se observar que as opções de modelagem
indicadas nas alternativas B, C e E podem ser eliminadas.
- Modelagem para a derivada da variável de estado x2:
Verifica-se que x2 é o sinal de saída do controlador. Sendo que o controlador
em questão é um integrador, pode-se afirmar que o sinal de entrada neste
controlador é a derivada do sinal x2. Deve ser observado também que o sinal
de entrada do controlador (derivada de x2) representa o sinal de saída da
junção somadora, formado por x3 (saída do sensor) e u (sinal de entrada do
sistema). Logo tem-se que:
𝑥2̇ = −𝑥3 + 𝑢
Na forma matricial fica:
𝑥1 0
𝑥
𝑥2̇ = [0 0 −1] [ 2 ] + [1] 𝑢
𝑥3 0
Com esta informação pode-se observar que, das opções de modelagem
indicadas nas alternativas A e E (as outras já foram eliminadas!), apenas a
alternativa A está correta.
Portanto, por eliminação, a análise pode ser encerrada aqui e a alternativa a
ser escolhida é alternativa A.
- Seguindo com a modelagem das variáveis de estado restantes:
Para a derivada da variável x3:
𝑥3 1
=
𝑥1 𝑠 + 2
𝑥3 (𝑠 + 2) = 𝑥1
𝑥3 𝑠 + 2𝑥3 = 𝑥1
𝑥3̇ = 𝑥1 − 2𝑥3
Para a derivada da variável x1:
𝑥1 8
=
𝑥2 𝑠 + 4
𝑥1 (𝑠 + 4) = 8𝑥2
𝑥1 𝑠 + 4𝑥1 = 8𝑥2
𝑥1̇ = −4𝑥1 + 8𝑥2
Portanto a Representação no Espaço de Estados fica:
𝑥1̇ = −4𝑥1 + 8𝑥2
𝑥2̇ = −𝑥3 + 𝑢
𝑥3̇ = 𝑥1 − 2𝑥3
Na forma matricial:
𝑥1̇ −4 8 0 𝑥1 0
𝑥 ̇ 𝑥
[ 2 ] = [ 0 0 −1] [ 2 ] + [1] 𝑢
𝑥3̇ 1 0 −2 𝑥3 0
Confirmando a alternativa A, escolhida logo acima.
Referências:
NISE, N. S., Engenharia de Sistemas de Controle, Editora LTC, 6ª . ed.,
2016.
DORF, Richard C. Sistemas de controle modernos. Rio de Janeiro: LTC,
2011.

QUESTÃO Nº 24
Um sistema massa-mola-amortecedor é descrito pela seguinte equação
diferencial linear de segunda ordem:

Em que x representa o deslocamento do objeto; f, a força aplicada; m, a


massa do objeto; b, o coeficiente de amortecimento; e k, a constante da mola;
m, b e k são constantes reais positivas e, conforme os valores desses três
parâmetros, o sistema apresenta formas distintas de resposta.
Considerando que o referido sistema está inicialmente em repouso e uma
força em degrau unitário é aplicada à massa, avalie as afirmações a seguir.
I. Caso os três parâmetros (m, b, k) sejam unitários, o sistema
possuirá um par de polos complexos conjugados e, portanto, sua
resposta será do tipo oscilatória com amplitude decrescente ao
longo do tempo.
II. Caso o coeficiente de amortecimento seja nulo, a resposta do
sistema será oscilatória com amplitude crescente ao longo do
tempo.
III. Caso os três parâmetros (m, b, k) sejam tais que o sistema possua
dois polos reais, a resposta não apresentará oscilações.
É correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) II, apenas
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Gabarito: C

Tipo de questão: Dificuldade FÁCIL.

Conteúdo avaliado:
- Modelagem de sistemas de controle através de equações diferenciais
lineares.
- O comportamento da resposta transitória de sistemas de controle de 2ª
Ordem.

Autor(a):
Prof. Marcos Antônio de Sousa

Comentário:
O comportamento da resposta transitória de um sistema de controle de 2ª
ordem modelado através de equação diferencial linear pode ser avaliado
utilizando as raízes da equação característica da equação diferencial. No caso
do sistema da Questão 24, esta equação característica é dada por:
ms2+bs+k=0
O comportamento da resposta transitória do sistema é definido pelas raízes da
equação característica, conhecidas como polos de malha fechada, e pode ser:
- Resposta instável: as duas raízes da equação característica possuem parte
real positiva (polos no semiplano da direita);
- Resposta superamortecida: as duas raízes da equação característica são
reais, negativas e distintas (polos no semiplano da esquerda, sobre o eixo real
negativo);
- Resposta criticamente amortecida: as duas raízes da equação característica
são reais, negativas e iguais (polos no semiplano da esquerda, sobre o eixo
real negativo);
- Resposta subamortecida ou oscilatória com decaimento: as duas raízes da
equação característica são complexas conjugadas, com a parte real negativa
(polos no semiplano da esquerda);
- Resposta marginalmente estável ou oscilatória sem decaimento: as duas
raízes da equação característica são complexas conjugadas, com a pare real
nula (polos sobre o eixo imaginário).

Assim, avaliando as afirmações:


I. Afirmação correta. Para m = b = k = 1 tem-se que a equação
característica fica: s2+s+1=0, cujas raízes são complexas
conjugadas com parte real negativa. Portanto, nesta condição o
sistema apresenta resposta subamortecida ou oscilatória com
decaimento ao longo do tempo.
II. Afirmação errada. Com o coeficiente de amortecimento nulo, b =0,
tem-se que a equação característica fica: ms2+k=0, cujas raízes são
complexas conjugadas com parte real nula. Portanto, nesta
condição o sistema possui os seus dois polos sobre o eixo
imaginário, caracterizando resposta oscilatória sem decaimento.
Vale observar que a “... resposta do sistema será oscilatória com
amplitude crescente ao longo do tempo” caso o sistema apresente
comportamento instável, o que não é o caso aqui.
III. Afirmação correta. Conforme descrito acima, o sistema que possui
dois polos reais e negativos apresenta comportamento
superamortecido ou crítico, ou seja, sem oscilações.

Referências:
NISE, N. S., Engenharia de Sistemas de Controle, Editora LTC, 6ª . ed.,
2016.
DORF, Richard C. Sistemas de controle modernos. Rio de Janeiro: LTC,
2011.

QUESTÃO Nº 25
Gabarito: D

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado:

O circuito pneumático é projetado mediante a sequência de acionamento dos


pistões que podem ser especificadas na forma de gráfico trajeto-passo,
gráfico trajeto-tempo, ou letras com os sinais + (avançar) ou - (retornar). O
diagrama Trajeto-passo serve para representar a sequência de movimento,
analisar o funcionamento do circuito pneumático ou hidráulico, e identificar
alguns componentes.
O diagrama trajeto-passo é visto e estudado em vários momentos na disciplina
de acionamentos hidráulicos e pneumáticos.
Para resolver a questão, primeiro é necessário entender a sequência de
atuação dos atuadores. Se o produto chega pela esteira onde está o atuador
A, o primeiro passo é o avanço do cilindro A. Em Seguida, o produto é
empurrado pelo cilindro pneumático B, com o avanço do cilindro B. A
descrição do problema explica que o cilindro B só pode retornar após o retorno
do cilindro A. Assim sendo, o terceiro passo é o retorno do cilindro A e, o
quarto passo, o retorno do cilindro B.
Assim sendo: A+ B+ A- B- ;
Resposta correta – Letra D.
Questão fácil e simples.
Autor(a): Bruno Fagundes Ferreira

Comentário

1. Referências: FIALHO, A. B. Automação hidráulica: projetos,


dimensionamento e análise de circuitos. São Paulo: Érica, 2004.
2. FIALHO, A. B. Automação pneumática: projetos, dimensionamento e
análise de circuitos. São Paulo: Érica, 2004.
BONACORSO, Nelso Gauze. Automação Eletropneumático. 12.ed. São
Paulo: Érica, 2013. 160p. ISBN 978-85-7194-425-1.

QUESTÃO Nº 26
Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Pirâmide da Automação Industrial e Protocolos de


Comunicação

Autor(a): Bruno Quirino de Oliveira

Comentário: A pirâmide da automação industrial apresenta os diferentes níveis


de controle de automação industrial, desde os equipamentos e dispositivos em
campo até o gerenciamento corporativo da empresa. Cada protocolo de
comunicação é um conjunto de regras pré-definidas com o intuito de garantir
uma comunicação confiável e precisa entre os equipamentos envolvidos.
Os protocolos para os níveis 1 e 2 devem ter grande velocidade de
transmissão (devido ao controle das variáveis de processo) e imunidade a
ruído (para evitar erros na transferência de dados).
Os protocolos CAN e AS-I têm como objetivo ligar sensores e atuadores por
meio de um único cabo. Sendo assim esses protocolos estabelecem
comunicação entre os níveis 1 e 2.
Na pirâmide de automação a complexidade aumenta conforme o nível
hierárquico, já a resposta de tempo real diminui devido a função ser de
monitoramento/gerenciamento das informações.
Mesmo com a comunicação interrompida entre os níveis 2 e 3 não deve
interromper a comunicação entre os níveis 1 e 2, por causa que esses níveis
são responsáveis pelo controle das variáveis de processo.

Referências: MORAES, Cícero Couto de; CASTRUCCI, Plínio de Lauro.


Engenharia de Automação Industrial. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

CAMARGO, V. L. A.; FRANCHI, C. M. Controladores lógicos programáveis:


Sistemas Discretos. 2. ed. São Paulo: Érica, 2012.

QUESTÃO Nº 27
Gabarito: C

Tipo de questão: Alta

Conteúdo avaliado: Protocolos de Comunicação

Autor(a): Bruno Quirino de Oliveira

Comentário: O Fieldbus Foundation é um sistema de comunicação


bidirecional, serial e bidirecional que serve como rede de nível básico em um
ambiente de automação de fábrica.
A topologia de barramento com spurs utiliza-se um barramento único onde
equipamentos ou barramentos secundários (spurs) são conectados
diretamente a ele. Pode-se ter ainda vários equipamentos diferentes em cada
spur. Não há ligação em série de equipamentos.
A rede de serviço HSE (High Speed Ethernet) é baseada na camada física
Ethernet (arquitetura de interconexão para redes locais, que define
cabeamento e sinais elétricos para a camada física) e opera com o protocolo
TCP/IP.
O Fieldbus H1 usado para comunicações entre dispositivos de campo e para o
sistema de controle. Já o HSE é uma tecnologia de rede projetada
especificamente para automação de processos para conectar dispositivos de
nível superior, como controladores e dispositivos de entradas/saídas remotas,
geradores de dados de alta densidade, etc. Tanto a rede H1 e HSE não
operam na mesma velocidade, no modo H1 com 31,25 Kbps e no modo HSE
com 10 Mbps ou 100 Mbps.
A rede Fieldbus H1 é utilizada para comunicações entre dispositivos de
campo, sendo assim para chão de fábrica.
Referências: MORAES, Cícero Couto de; CASTRUCCI, Plínio de Lauro.
Engenharia de Automação Industrial. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

CAMARGO, V. L. A.; FRANCHI, C. M. Controladores lógicos programáveis:


Sistemas Discretos. 2. ed. São Paulo: Érica, 2012.

QUESTÃO Nº 28
Gabarito: E

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Microcontroladores, motores de passo, entradas e saídas


digitais.

Autor(a): Wanderson Rainer

Comentário:
A questão 28 aborda a aplicação de microcontrolador para o acionamento de
um motor de passo. O circuito, ilustrado no diagrama da Figura 2, faz uso de 5
I/Os digitais, sendo os terminais 6, 7, 8 e 9 empregados para o acionamento
das bobinas do motor de passo e o terminal 17 para a leitura da posição de
uma chave eletromecânica. Os terminais 6, 7, 8 e 9, denominados RB0, RB1,
RB2 e RB3, nomenclatura comumente empregada em microcontroladores da
família PIC, do fabricante Microchip, são terminais de saída; enquanto que o
terminal 17 (RA0) deve ser configurado como entrada para leitura da posição
da chave, conforme já exposto na disciplina ENG4237 – Sistemas
Microprocessados. O esquema de acionamento descrito no Quadro 1
corresponde a um acionamento de passo completo para motor unipolar,
ocasião na qual sempre haverá duas bobinas energizadas simultaneamente. A
vantagem deste tipo de acionamento é garantir maior conjugado (torque) no
eixo do motor. Os programas 01 e 02 apresentados no enunciado apresenta
códigos em linguagem C com instruções do compilador CCS, um compilador
third party da Microchip. As instruções do CCS são bastante intuitivas,
especialmente nesta aplicação onde apenas o acionamento e leitura de I/Os
digitais estão envolvidos.

Analisando as afirmações I, II e III da questão:

I – esta afirmação é verdadeira, uma vez que percebemos no programa o uso


das instruções output_high e output_low do compilador acionando os terminais
RB0, RB1, RB2 e RB3 conforme o acionamento de passo completo
apresentado no Quadro 1. Ou seja, o acionamento dos I/Os por parte do
Programa 01 implementa exatamente os estágios do Quadro 1, inserindo entre
cada estágio um intervalo de tempo em milissegundos empregando a
instrução delay_ms. Logo, o motor gira em uma única direção com o código
ilustrado no Programa 01 e a variável tempo impacta diretamente no intervalo
de tempo entre o acionamento das bobinas, definindo a velocidade com a qual
o motor gira;
II – esta afirmação é verdadeira. No código ilustrado no Programa 02, a
variável inteira x recebe o valor da leitura digital do I/O RA0 (terminal 17 do
microcontrolador). O valor da variável x é empregado como condição para
uma estrutura condicional if-else de forma que, conforme o valor de x, o
programa executa o acionamento do motor de passo em um sentido ou, caso
contrário, o sentido de acionamento é oposto;
III – esta afirmação é verdadeira, pois em ambos os programas 01 e 02 os
terminais RB0, RB1, RB2 e RB3 são empregados como saídas digitais para
acionamento das chaves semicondutoras que conectam as bobinas do motor
de passo aos terminais da fonte de alimentação.

Referências:
 Ibrahim, Dogan. (2014). Advanced PIC18 Projects. 10.1016/B978-0-08-
099924-1.00007-1;
 David Russell, Introduction to Embedded Systems: Using ANSI C and the
Arduino Development Environment, in Introduction to Embedded Systems:
Using ANSI C and the Arduino Development Environment , , Morgan &
Claypool, 2010, pp.

QUESTÃO Nº 29

Gabarito: C

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Cinemática utilizando as Transformações Homogêneas

Autor(a): Mírian Sandra Rosa Gusmão

Comentário:
A rotação de um vetor em torno de cada um dos eixos num ângulo  se dá
pelas seguintes matrizes de transformações:

Rotação ao redor do eixo x


1 0 0 0
0 cos   sen  0

0 sen  cos  0
 
0 0 0 1

Rotação ao redor do eixo y


 cos  0 sen  0
 0 1 0 0

 sen  0 cos  0
 
 0 0 0 1

Rotação ao redor do eixo z


cos   sen  0 0
sen  cos  1 0
 
 0 0 0 0
 
 0 0 0 1

O enunciado da questão descreve a movimentação do robô móvel em relação


aos eixos X, Y e Z, onde o ângulo de θ1 gira em Z com valor de 15 graus, θ2
gira em X com valor de 10 graus e θ3 gira em Y com valor de 3 graus.

Portanto, a movimentação do robô segue conforme indica a letra C.

Observa-se que em torno do eixo Z a matriz de transformação está correta


somente na letra C, podendo ser eliminadas as outras alternativas A, B, C e E
somente sabendo a transformação em eixo Z.

Referências:

1. SIMHON, M. S. Robótica industrial. 1. ed. Moussa Salen Simhon,


2011.

2. GROOVER, Mikell P.; tradução Jorge Ritter, Luciana do Amaral Teixeira,


Marcos Vieira. Revisão técnica José Hamilton. Automação industrial e
sistemas de manufatura. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice-Hall,
2011.
QUESTÃO Nº 30
No inicio da década de 1950, época em que os recursos computacionais ainda
eram precários para a demanda dos projetos de controle, Walter R. Evans criou
um método para determinar graficamente como mudanças em um dos
parâmetros do sistema modificavam a posição de seus polos de malha
fechada, alterando, assim, a resposta dinâmica do sistema. Tal método foi
chamado de Lugar das Raízes e, em geral, o parâmetro escolhido para variar
era o ganho de malha aberta.

Considerando o método criado por Evans, assinale a opção em que o gráfico


do Lugar das Raízes está associado ao sistema de controle exibido na figura
acima.

Gabarito: A
Tipo de questão: média

Conteúdo avaliado: Lugar Geométrico das Raízes

Autor(a): Fabricia Neres Borges

Comentário:
Para verificar a resposta correta o estudante deverá:
Calcular os polos e os zeros do sistema e a partir disso usando as regras para
criar o Lugar Geométrico das Raízes é possível montar o esboço.
Resolvendo:
Passo 1: Montar a função de transferência com seus pólos e zeros;
Passo 2: Marcar os pólos e os zeros no gráfico do plano s;
Passo 3: Indicar os segmentos do eixo real que fazem parte do LGR (contém
uma quantidade de pólos e zeros ímpares a sua direita);
Passo 4: Como existem zeros infinitos, portanto temos assíntotas, ou seja,
comportamento ao infinito. Neste caso temos 3 assíntotas;
Passo 5: Verificar o ponto(s) de cruzamento do LGR com o eixo real para
confirmar que a opção A é a correta.
Observação: É importante analisar os gráficos LGRs das alternativas e excluir
os itens que não podem ser considerados LGRs válidos para a função de
transferência proposta.

Referências:
NISE, Norman S. Engenharia de sistemas de controle. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, c2012. xiv, 745 p. ISBN 9788521621355 (broch.).

PENEDO, Sergio Ricardo Master. Sistemas de Controle - Matemática Aplicada


a Projetos. São Paulo: Editora Erica, 2014. 128 p.

QUESTÃO Nº 31
Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Microcontroladores, comunicação serial, protocolo de


comunicação, temporização, medição de consumo de energia elétrica.

Autor(a): Wanderson Rainer

Comentário:
A questão faz referência a um sistema microprocessados para mediação do
consumo de energia elétrica de uma unidade de iluminação de forma que o
valor do consumo seja transmitido para a Internet empregando algum módulo
que tenha comunicação USART, preferencialmente com interface via sinais
TTL, uma vez que o módulo IoT é conectado diretamente ao microcontrolador
via terminais RX/TX, como ilustra a Figura 1. Analisando o código da Figura 3,
o MCU empregado é uma plataforma Arduino, a julgar pelas funções setup e
loop, obrigatórias em códigos para a plataforma. O sistema faz uso de um
RTC (Real Time Clock) para medição de tempo, de forma que o consumo de
energia elétrica pelo ponto de iluminação deve ser aferido e transmitido com
periodicidade de 24 horas. Conforme exposto na disciplina ENG4237 –
Sistemas Microprocessados, a velocidade de comunicação (baud rate) é um
fator importante na comunicação de dados seriais. No caso, a linha 16 do
código da Figura 3 mostra um ajuste de baud rate de 9600 bps (bits por
segundo), com transmissão de 8 bits de dados e nenhum bit de paridade.
Contudo, a questão poderia ser questionada, uma vez que o código da Figura
3 não compila, pois há um erro na linha 25, onde supostamente haveria um
incremento na variável ciclos. Porém o código foi escrito como ciclos = cilos +
1, o que levaria o compilador a gerar um erro nesta linha.

Analisando as afirmações:

I – esta afirmação é falsa, uma vez que ela estabelece que a linha 30 do
código da Figura 3 está precificando o consumo de energia elétrica da
lâmpada. Alguns pontos merecem destaque nesta afirmação. Primeiro, a
estrutura condicional da linha 28 verifica se foram atingidos 86400 segundos, o
que equivale a 24 horas (24 x 3600), pois o enunciado estabelece que o RTC
conta os segundos para o sistema. Em segundo lugar, a linha 30 não precifica
o consumo, apenas atribui à variável valor_kwh a energia consumida pela
lâmpada, de forma incorreta também, uma vez que a potência foi definida
como uma constante de 40W na linha 4 do código. Sistemas desta natureza
devem implementar sensores de tensão e corrente de forma a mensurar
adequadamente a energia consumida pela carga;
II – esta afirmação é verdadeira. Em sistemas de comunicação, mesmo que
envolvam dois dispositivos ponto a ponto, dada a quantidade de informações a
serem transmitidas, a informação a ser transmitida deve ser segmentada, de
forma a estabelecer um protocolo indicando onde começa e onde termina
cada informação. A Figura 2 ilustra o formato do quadro de dados integrado
por 32 bits;
III – esta afirmação é falsa. O recurso da interrupção poderia ser empregado
facilmente neste sistema, uma vez que os RTCs disponíveis comercialmente
possuem um terminal com uma onda quadrada programável que dispara a
interrupção externa no microcontrolador. Contudo, não é o caso desta
aplicação, o programa é executado somente dentro da função loop,
aguardando a informação do RTC em relação ao período de 24 horas (86400
segundos). Com a interrupção o sistema agregaria mais segurança, pois
dependeria menos dos valores entregues pelo RTC.
Referências:
 Qusay F. Hassan, A Tutorial Introduction to IoT Design and Prototyping
with Examples, in Internet of Things A to Z: Technologies and Applications,
IEEE, 2018, pp. doi: 10.1002/9781119456735.ch6;
 Maier, Alexander & Sharp, Andrew & Vagapov, Yuriy. (2017). Comparative
Analysis and Practical Implementation of the ESP32 Microcontroller
Module for the Internet of Things. 10.1109/ITECHA.2017.8101926.

QUESTÃO Nº 32

Gabarito: E

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Programação Ladder

Autor(a): Bruno Quirino de Oliveira

Comentário: Para resolução do exercício é necessário saber conceitos de


Controlador Lógico Programável (CLP), linguagem de programação ladder
(programação por lógica de contatos). Para resolução do exercício é
necessário observar a condição inicial (se NA – Normalmente Aberto ou NF –
Normalmente Fechado) das entradas físicas e dos contatos representados no
diagrama ladder. Assim para a não abertura do molde (S1) alguns dos
contatos A, B C e D (Linha 1) devem estar abertos, assim não acionando o S1.
Analisando as afirmações:
I – Verdadeira, pois se o sensor C está em nível baixo o contato na linha fica
aberto, impossibilitando a ligação de S1.
II - Verdadeira, pois se o sensor B está em nível baixo o contato na linha fica
aberto, impossibilitando a ligação de S1.
III - Verdadeira, pois se o sensor D está em nível alto e como o contato dele é
NF, com esse nível alto ele vai abrir (NA) impossibilitando a ligação de S1.
Referências: MORAES, Cícero Couto de; CASTRUCCI, Plínio de Lauro.
Engenharia de Automação Industrial. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

CAMARGO, V. L. A.; FRANCHI, C. M. Controladores lógicos programáveis:


Sistemas Discretos. 2. ed. São Paulo: Érica, 2012.

QUESTÃO Nº 33
A resposta em freqüência de um sistema linear invariante no tempo é
apresentada pelo seguinte diagrama de Bode

A função de transferência que melhor se encaixa no diagrama de Bode


apresentado acima é:

Gabarito: Letra E

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Sistemas de Controle (Diagrama de Bode)


Autor(a): Fabricia Neres Borges

Comentário:
Realizando apenas a análise visual dos gráficos é possível descartar as
alternativas B, C e D, pois não possuem o diagrama de Bode com
características semelhantes.
A alternativa A apesar de possuir gráfico semelhante não se apresenta como
alternativa correta, pois quando é observado o gráfico de fase ele varia de 0 a
-180 graus conforme figura abaixo.
Diagrama de Bode de G(s)=10/(s+1)(s+10)
0

-10

-20

-30
Magnitude (dB)

-40

-50

-60

-70

-80

-90

-100
0

-45
Phase (deg)

-90

-135

-180
-2 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10
Frequency (rad/s)

Restando a Letra E que possui o diagrama de Bode “semelhante” ao ilustrado


na Figura da questão 33 com o gráfico de fase variando de 0 a 180 graus.
Diagrama de Bode de G(s)=-10/(s+1)(s+10)
0

-10

-20

-30
Magnitude (dB)

-40

-50

-60

-70

-80

-90

-100
180

135
Phase (deg)

90

45

0
-2 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10
Frequency (rad/s)

Referências:
NISE, Norman S. Engenharia de sistemas de controle. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, c2012. xiv, 745 p. ISBN 9788521621355 (broch.).

PENEDO, Sergio Ricardo Master. Sistemas de Controle - Matemática Aplicada


a Projetos. São Paulo: Editora Erica, 2014. 128 p.

QUESTÃO Nº 34
As figuras 1 e 2, a seguir, ilustram, respectivamente, um diagrama de blocos de
um sistema de controle e topologias típicas de compensadores analógicos que
utilizam amplificadores operacionais, capacitores e resistores.
Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Relação entre circuitos com amplificadores operacionais e


as funções de controle proporcional, integral e derivativo.

Autor: Prof. Marcos Lajovic Carneiro

Comentário:

Considere o arranjo genérico abaixo com um amplificador operacional e os


conceitos de compensadores integral e derivativo a seguir:

Realização física do compensador Integral Ideal (PI)

Realização física de um compensador Proporcional Derivativo (PD)

Pode-se classificar os arranjos dos circuitos da seguinte maneira:


Portanto, a resposta correta é a letra:
B) Proporcional Integral; Proporcional; Integral; Proporcional Derivativo.

Referências: Nise, N. S., Engenharia de Sistemas de Controle, LTC, ed.6,


2016.

QUESTÃO Nº 35
Considere o um sistema de controle em malha fechada conforme a figura a seguir.

Sabe-se que C(s) é um controlador proporcional e integral (PI) ideal com


ganho proporcional Kp e ganho integral Ki conforme a equação:

Deseja-se implementar um controlador digital equivalente em um sistema


microprocessado, fazendo-se necessário a sua transformação para equações
diferencias.

Utilizando-se o método de Tusin para a discretização do controlador, onde


2(𝑧−1)
𝑠 = ∆𝑡(𝑧+1), em que t é o período de amostragem, qual é a equação a
diferença para o controlador PI
Gabarito: A

Tipo de questão: difícil

Conteúdo avaliado: sistemas lineares, controle digital, transformada Z.

Autor(a): Antonio Marcos de Melo Medeiros

Comentário:
𝑡
𝑢(𝑡) = 𝑘𝑝. 𝑒(𝑡) + 𝑘𝑖 ∫ 𝑒(𝑡)𝑑𝑡
0
Aplicando laplace:

1
𝑈(𝑆) = 𝑘𝑝. 𝐸(𝑆) + 𝑘𝑖 𝐸(𝑆)
𝑆

𝑈(𝑆) 1
= 𝑘𝑝. +𝑘𝑖
𝐸(𝑆) 𝑆

2 𝑧−1
Aplicando Método tustin 𝑠 = ∆𝑡 (𝑧+1) :

𝑈(𝑍) 𝑡 (𝑍 + 1) 2. 𝑘𝑝. (𝑍 − 1) + 𝑘𝑖. 𝑡. (𝑍 + 1)


= 𝑘𝑝. +𝑘𝑖. . =
𝐸(𝑍) 2 (𝑍 − 1) 2. (𝑍 − 1)
𝑈(𝑍) 2. 𝑘𝑝. 𝑍 − 2. 𝑘𝑝 + 𝑘𝑖. 𝑡. 𝑍 + 𝑘𝑖. 𝑡
=
𝐸(𝑍) 2. (𝑍 − 1)
𝑘𝑝. 𝑍 𝑘𝑝 𝑘𝑖. 𝑡. 𝑍 𝑘𝑖. 𝑡
= − + +
(𝑍 − 1) (𝑍 − 1) 2. (𝑍 − 1) 2. (𝑍 − 1)

𝑈(𝑍) 𝑘𝑖. 𝑡 𝑍 𝑘𝑖. 𝑡 1


=( + 𝑘𝑝) +( − 𝑘𝑝)
𝐸(𝑍) 2 (𝑍 − 1) 2 (𝑍 − 1)

𝑘𝑖. 𝑡 𝑘𝑖. 𝑡
𝑈(𝑍). (𝑍 − 1) = 𝐸(𝑍). ( + 𝑘𝑝) . 𝑍 + 𝐸(𝑍) ( − 𝑘𝑝)
2 2
𝑘𝑖. 𝑡 𝑘𝑖. 𝑡
𝑈(𝑍). 𝑍 − 𝑈(𝑍) = 𝐸(𝑍). ( + 𝑘𝑝) . 𝑍 + 𝐸(𝑍) ( − 𝑘𝑝)
2 2

𝑘𝑖. 𝑡 𝑘𝑖. 𝑡
𝑈(𝑍). −𝑈(𝑍). 𝑍 −1 = 𝐸(𝑍). ( + 𝑘𝑝) + 𝐸(𝑍) ( − 𝑘𝑝) . 𝑍 −1
2 2
Aplicando transformada Z inversa =Z-1 :

𝑘𝑖. 𝑡 𝑘𝑖. 𝑡
𝑢[𝑘] − 𝑢[𝑘 − 1] = 𝑒[𝑘]. ( + 𝑘𝑝) + 𝑒[𝑘 − 1] ( − 𝑘𝑝)
2 2
𝑘𝑖. 𝑡 𝑘𝑖. 𝑡
𝑢[𝑘] = 𝑢[𝑘 − 1] + ( + 𝑘𝑝) . 𝑒[𝑘] + ( − 𝑘𝑝) . 𝑒[𝑘 − 1]
2 2

Referências:
LATHI, B. P. Sinais e sistemas lineares. 2. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2007. 856
p.

HAYKIN, S. S.; VAN VEEN, Barry. Sinais e sistemas. Porto Alegre: Bookman, 2001.
xvii, 668 p.

OPPENHEIM, Alan V.; WILLSKY, Alan S. Sinais e sistemas. 2. ed. São Paulo, SP:
Pearson, 2010. 568 p.

K. Ogata, Engenharia de Controle Moderno, 4a Edição, Pearson, Prentice Hall, 2003.

Você também pode gostar