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Experimento Forças impulsivas

Chiaretti, Eduardo; Marques, Lucas


Docente: Luisa Ramirez
PT7A - Física Experimental Básica - Mecânica
Departamento de Física, Universidade Federal de Minas Gerais,
Belo Horizonte, Brasil

03 de outubro de 2020.

Resumo: Este relatório foi desenvolvido a fim de sintetizar os conhecimentos e


procedimentos evolvidos na prática denominada “Forças impulsivas”. O exercício partirá dos
conceitos de impulso e momentum, sobretudo, aplicado ao experimento prático, que consiste
no estudo da variação da força de tração sobre fios quando esses são bruscamente esticados.
Dessa maneira, pautando nos dados computadorizados e nos respectivos gráficos de tensão
versus tempo gerados, encontraremos o impulso da força resultante e faremos uma análise das
energias intrínsecas ao sistema e suas consequentes perdas. Após o experimento e os cálculos,
encontrou-se: Impulso de (-0,168516) N.s – Nylon e (-0,163379) N.s - Algodão;
( 1,978 ∓ 0,007 ) m/s para “v1”; (−1,346 ∓ 0,009 ) m/s para “v2” – Nylon; (−1,245 ∓ 0,009 ) m/s
para “v2” – Algodão; 53% de perda – Nylon e 60% de perda – Algodão.

1. Introdução
Quando um corpo é sujeito a uma força por um determinado tempo e essa força é variável,
seja uniformemente ou não, ao longo do tempo, nomeamos tal fenômeno de Impulso, o qual
corresponde à variação de quantidade de movimento. Desse modo, a fim de elucidarmos as
concepções dessa grandeza física vetorial, é importante estarmos familiarizados com os
conceitos de conservação de Energia mecânica e a conservação da Quantidade de momento
em um sistema isolado. (MUNDO EDUCAÇÃO, 2020).

A grandeza vetorial momento linear - ou quantidade de movimento -, equacionada em (I),


para um sistema isolado (sem a presença de forças externas), se conserva, resultando na
expressão (II):
p=m∗v (I)

Momento linear “P” (Kg.m.s-1); Massa “m ” (kg); Velocidade “v” (m/s).


pf = pi (II)

Momento linear final “Pi” (Kg.m.s-1); Momento linear final “Pf” (Kg.m.s-1).

No entanto, na situação em um sistema está sob a ação de forças externas, essa relação deixa
de ser verdade e, consequentemente, o sistema pode ganhar ou perder energia, como no caso
de uma colisão. Tendo isso em vista, essa variação de momento pode ser expressada por:
tf
∆ p=p f − pi=∫ F dt (III)
ti
Momento linear final “Pf” (Kg.m.s-1); Momento linear inicial “Pi” (Kg.m.s-1); “Força atuante sobre a
partícula” “F” (N); Intervalo de tempo “Ti-Tf” (s).

Portanto, reconhecendo que o impulso equivale à variação da quantidade de movimento, tem-


se:
tf
I =∫ F dt (IV)
ti

Impulso da Força resultante atuante sobre a partícula “I” (N); “Força atuante sobre a partícula” “F” (N);
Intervalo de tempo “Ti-Tf” (s).

Ademais, tendo em vista a queda do objeto de uma altura h e o consequente ganho de


velocidade, sendo isso resultado de uma conversão energética, lidaremos diretamente com os
conceitos e equações de Energia cinética (V) e Energia potencial gravitacional (VI). Ambas,
relacionadas ao procedimento, estão associadas ao movimento e à posição de um corpo,
respectivamente.
2
mv
Ec= (V )
2
Energia cinética “ Ec ” (Joules); Massa “m” (kg) e velocidade “ v (m/s).

Ep=mgh¿VI)
Energia potencial gravitacional “ Ep ” (Joules); Massa “m” (kg); aceleração gravitacional “g” (m/s 2) e altura
“h (m).

Considerando a Energia mecânica de um sistema como a soma das energias envolvidas e, no


caso de sua conservação, encontra-se:
EM f =EM i (VII)
Energia mecânica final “ EM f” (Joules); Energia mecânica inicial “ EM i” (Joules).

Fato que, aplicado ao experimento, gera:

Ec f + Ep f =Ec i+ Ep i (VIII)

Energia cinética final “ Ec f” (Joules); Energia potencial gravitacional final “ Epf ” (Joules); Energia cinética
inicial “ Ec i” (Joules); Energia potencial gravitacional inicial “ Epi ” (Joules).

Para uma situação em que não ocorra a perda de energia mecânica do sistema, seria tomado:

EM f =EM i−∆ EM (VIIII)


Energia final do sistema “ EM f (Joules);Energia inicial do sistema “ EM i (Joules) Perda de energia
mecânica “∆ EM ” (Joules).

Sendo assim, tendo os conceitos findados, a prática presente nesse relatório se dará pela
soltura de um objeto de uma altura “hi” em uma situação com fio de nylon e outra com fio de
algodão. Desta maneira, analisaremos os efeitos sobre a tração do fio quando ambos são
esticados bruscamente. Não obstante, deve-se frisar a aplicação da segunda e terceira lei de
Newton envolvidas no processo. Ao ser solta de uma altura determinada e, sob ação da “força
peso”, a o objeto cai em movimento acelerado, o que pode ser interpretado com base na
segunda lei. (BRASIL ESCOLA, 2020).

P=m∗g (X)

Força peso “P” (Newton); Massa do objeto “m ” (kg); Aceleração gravitacional “g” (m/s2).

Pautando em todos esses aspectos, a imagem a seguir exibe bem a dinâmica do experimento:

Figura 1: Síntese da lógica do experimento

Fonte: Retirada no roteiro.

Reitera-se que as fórmulas físicas e matemáticas desse trecho foram retiradas do roteiro
disponibilizado.

2. Objetivo
Medir e analisar a força de tração sobre um fio ao ser esticado de forma abrupta.

3. Metodologia

3.1 Materiais
Para a realização do experimento presencial, se tem como material de sugestão:

 Objeto de massa conhecida;


 Fio de Nylon;
 Fio de Algodão;
 Régua milimetrada;
 Sensor de força (máx. 50N, resolução 0,002N).
 Computador;
 Interface.
Todavia, por conta da adequação do Curso ao Ensino Remoto Emergencial (ERE),
contemplamos o experimento por meio de vídeo, utilizamos tabelas de dados e um roteiro,
ambos disponibilizados pela equipe docente.

3.2 Procedimento Experimental


O procedimento experimental consiste em soltar um objeto preso a um fio – nylon e algodão –
de uma altura definida. Com isso será estudado como a força de tração sobre fios varia com o
tempo quando esses são bruscamente esticados.

Primeiramente, colocou-se o sensor a uma determinada altura por meio de um suporte e a


régua milimetrada foi montada rente ao mesmo. Com uma extremidade do fio presa ao sensor
de força e na outra o objeto de massa “m”, a partir de um programa computacional, se gerou
um gráfico, cujo indica a tensão no fio em função do tempo.

Após programar o computador para captar a força de tração do fio, elevou-se o objeto de
modo que a tensão fosse nula no fio e ajustamos o leitor de força para zero. O objeto foi solto
de uma altura média de 20 cm (0,2 m), resultando o gráfico da tensão no fio em função do
tempo. Reitera-se que tal procedimento foi realizado para ambos os fios (nylon e algodão).
Com base nesses aspectos, tem-se em síntese:

3.2.1 Para conduzirmos com o experimento, utilizamos os seguintes dados pré-estabelecidos


pela professora: Massa do objeto “m” (g), gravidade “g” (m/s 2), altura “h” (cm), força “F”
(N), tempo “t” (ms); Todavia, realizando as conversões de unidade necessárias.

Figura 3: Tabela para consulta de dados conforme o subgrupo, contendo parte das informações.

Fonte: Retirada no roteiro.

3.2.2 Partindo dos dados supracitados, força e tempo, elaboramos o gráfico de F versus t
referente ao fio de nylon e o de algodão.

3.2.3 Utilizando um software adequado – SciDAVis -, calculamos as respectivas áreas dos


gráficos, as quais foram utilizadas posteriormente.

3.2.4 Tendo em vista os fenômenos físicos envolvidos no experimento, elaboramos um


diagrama das forças que atuam no objeto enquanto o fio é esticado, indicando também a força
que o sensor mede.
3.2.5 Com base na área do gráfico, encontramos o valor do impulso da força resultante sobre
o objeto em ambos os casos – fio de nylon e algodão.

3.2.6 Pautando na lei de conservação da energia mecânica, calculamos a velocidade do objeto


no instante em que ele começa a ser puxado pelo fio, bem como velocidade do objeto no
instante em que o fio deixa de atuar sobre ele. Por fim, encontramos o módulo da perda
percentual de energia envolvida no processo.

3.2.7 Por fim, respondemos a algumas outras indagações que sintetizam a física do
experimento, as quais se tratam da simetria das curvas, sobre a escolha da corda mais
conveniente para saltar-se (visando a teoria física e seus efeitos) e dentre outras.

4. Resultados

4.1 Gráfico Força versus tempo


Utilizando os dados pré-estabelecidos pela professora - Força e tempo de ambos os fios -,
geramos seus respectivos gráficos no software SciDAVis, obtendo:

Figura 2: Gráfico referente ao fio de nylon – Título: Força (F) x Tempo (t). O eixo das abcissas
contém a variável “Tempo - t” (milissegundos) e o das ordenadas a variável “Força - F” (Newton).
Figura 3: Gráfico referente ao fio de algodão– Título: Força (F) x Tempo(t). O eixo das abcissas
contém a variável “Tempo – t” (milisegundos) e o das ordenadas a variável “Força – F” (Newton)

4.2 Áreas gráficas

4.2.1 Área referente ao fio de nylon


Por meio do software, supracitados, calculamos a área:

Figura 4: Valor de área gerado pelo Software SciDAVis.

No entanto, considerando o tempo dado em milissegundos e, convertendo a área para


“Newton x segundo” (N.s), de acordo com o Sistema Internacional de Medidas, tem-se:

Área = -0,168516 N.s

4.2.2 Área referente ao fio de algodão


Por meio do software, supracitados, calculamos a área:

Figura 5: Valor de área gerado pelo Software SciDAVis.

No entanto, considerando o tempo dado em milissegundos e, convertendo a área para


“Newton x segundo” (N.s), de acordo com o Sistema Internacional de Medidas, tem-se:

Área = -0,163379 N.s

4.3 Diagrama de forças

Conforme solicitado, o diagrama das forças que atuam no objeto enquanto o fio é esticado ficou da
seguinte forma:
Figura 6: Diagrama das forças que atuam no fio enquanto este é esticado.

Desse modo, tem-se que a força que o sensor mede corresponde à Força de tração.

4.4 Impulso da força resultante

A força que atua no objeto é relativamente baixa comparada a tensão no fio. Portanto, o
cálculo do impulso com a força de tensão é uma boa aproximação do impulso da força
resultante.

Sendo assim, partindo dessa informação e do fato de que a integral referente à equação IV
corresponde à área de um gráfico de F x t, tem-se que as áreas encontradas acima
correspondem aos respectivos impulsos das respectivas forças resultantes. Portanto:

Impulso – Montagem com fio de nylon = -0,168516 N.s

Impulso – Montagem com fio de algodão = -0,163379 N.s

Reitera-se que as incertezas dos impulsos supracitados equivalem a 0.

4.5 Velocidade do objeto – antes de ser puxado pelo fio

De acordo com a Lei da conservação, a energia mecânica total do sistema é igual no instante
em que o objeto é solto até logo antes de ser puxado pelo fio, como mostra a equação VII, já
abordada:
EM f =EM i (VII)
Energia mecânica final “ EM f” (Joules); Energia mecânica inicial “ EM i” (Joules).

Tendo em vista que a energia mecânica do sistema envolve as energias cinéticas e potenciais
gravitacionais, obtemos a relação VIII, a qual já foi introduzida.

Ec f + Ep f =Ec i+ Ep i (VIII)
Energia cinética final “ Ec f” (Joules); Energia potencial gravitacional final “ Epf ” (Joules); Energia cinética
inicial “ Ec i” (Joules); Energia potencial gravitacional inicial “ Epi ” (Joules).

Partindo da equação da energia cinética (V) e da energia potencial gravitacional (VI),


considerando que a energia cinética é zero no instante inicial cujo o objeto é solto e a energia
potencial pode ser tida como zero no momento antes de ser puxada pelo fio, tem-se, a partir
de VIII:
2
mv
mgh=
2
2
v =2 gh

v=√ 2 gh (XI)

Velocidade “ v (m/s); aceleração gravitacional “g” (m/s2) e altura “h (m).

Aplicando os valores fornecidos da gravidade e da altura na fórmula de XI, encontra o


seguinte valor, sem incerteza, para a velocidade:

v=√ 2∗9 , 78∗0,200


v 1=1,978 m/ s

4.5.1 Incerteza da velocidade v1

Utilizando a equação geral da Propagação de Incertezas em uma função polinomial do tipo Y


= a p 1*b p 2, tem-se:
∆Y
Y
= (p
√1∗Δ a 2
a
) +( p
2∗Δ b 2
b
)


2 2
1 1
∗Δ g ∗Δ h
∆v 2 2
= ( ) +( )
v g h


2 2
1 1
∗0 ,05 ∗0,001
∆v 2 2
= ( ) +( )
1,978 9 ,78 0,2
∆ v=0,0071

Dessa forma, temos que a velocidade do objeto, com incerteza, no instante em que ele começa
a ser puxado pelo fio, é de:
v 1=(1,978 ∓ 0,007)m/s

4.6 Velocidade do objeto após o fio deixar de exercer força - Fio Nylon

Agora, com o valor do Impulso previamente calculado, podemos definir a velocidade das
massas no instante em que o fio deixa de exercer força sobre ele.
Partindo da equação I, tendo em vista que o momento final e o inicial têm sentidos opostos e
que a variação da quantidade de movimento equivale ao impulso, encontra-se:

∆ p=p f − pi=m∗v 2−m∗v 1


∆ p=m(v 2−v 1)

Portando, substituindo o valor do impulso, da massa (em quilograma) e de v1, que se refere à
velocidade do objeto antes de ser puxado pelo fio, obtém-se a velocidade “2”, sem incerteza:

−0,168516=0,05069(v 2−1,978)
v 2=−1,346 m/s

4.6.1 Incerteza da velocidade v2 – Fio de nylon

∆ v2
v2 √
= (
−1∗Δm 2 Δ I 2
m
) +(
I
) + ∆ v1 ²

Considerando a incerteza do impulso igual a zero e, tendo os outros valores:

√−1∗0,00001 2 2
∆ v2 0
= ( ) +( ) +(0,007)²
−1,346 0,05069 −0,168516

∆ v 2=0,0094

v 2=(−1,346 ∓0,009)m/s

4.7 Velocidade do objeto após o fio deixar de exercer força – Fio Algodão

Aplicando o mesmo raciocínio do tópico anterior, temos:

∆ p=p f − pi=m∗v 2−m∗v 1


∆ p=m(v 2−v 1)

Portando, substituindo o valor do impulso, da massa (em quilograma) e de v1, que se refere à
velocidade do objeto antes de ser puxado pelo fio, obtém-se a velocidade “2”, sem incerteza:

−0,163379=0,05069(v 2−1,978)
v 2=−1,245 m/s

4.7.1 Incerteza da velocidade v2 – Fio de algodão


∆ v2
v2 √
= (
−1∗Δm 2 Δ I 2
m
) +(
I
) + ∆ v1 ²

Considerando a incerteza do impulso igual a zero e, tendo os outros valores:

√−1∗0,00001 2 2
∆ v2 0
= ( ) +( ) +(0,007)²
−1,245 0,05069 −0,168516

∆ v 2=−0,0087

v 2=(−1,245 ∓0,009)m/s
4.8 Perda percentual de energia – Fio de nylon

Considerando que processo envolvido, no qual o impulso é diferente de zero, temos que não
haverá a conservação do momento linear, o que implica dizer que haverá variação na energia
mecânica do sistema.

Portanto, tendo em vista que a energia mecânica do sistema não se conserva e partindo de
VIIII, obtemos as relações a seguir (XII)

EM f =EM i−∆ EM (VIIII)


Ec f + Ep f =(Eci + Epi )−∆ EM (XII)

Partindo da equação da energia cinética (V) e, considerando que a energia potencial


gravitacional é zero antes e depois de o fio exercer força no objeto, temos pela expressão XII:
Ec f =Ec i−∆ EM
∆ EM ¿ Ec f −Eci

Portanto:
2 2
m(v 2) m(v 1)
∆ EM = −
2 2
Substituindo os valores na fórmula:
2
0,05069(−1,346)
∆ EM = −0,05069 ¿ ¿
2

∆ EM =0,046 J −0,099 J

∆ EM =53 % de perda

4.9 Perda percentual de energia – Fio de algodão


Realizando o mesmo procedimento do tópico anterior, encontra-se:
2
0,05069(−1,245)
∆ EM = −0,05069 ¿ ¿
2

∆ EM =0,039 J −0,099 J

∆ EM =60 % de perda

4.10 Questão simetria das curvas


As formas das curvas F versus t são distintas, por ser tratar de fios de materiais diferentes que
implicam em consequências – sob um viés físico – diferentes. Enquanto na curva referente ao
fio de nylon percebe um maior achatamento desta, consequentemente um maior intervalo de
tempo em que ocorre a variação do momento linear, no fio de algodão verifica-se o oposto:
uma curva muito mais aguda, cujo impulso ocorre em um menor intervalo. Tais fatores
implicam diretamente sobre quão bruscamente o fio será esticado, sendo o fio de algodão
esticado de forma mais “intensa”. No que diz respeito à simetria, elas não são totalmente
simétricas, apesar de esperarmos que elas fossem, devido à conservação do momento. Sua
falta de simetria deve-se provavelmente ao intervalo de tempo em que o enrijecimento do fio
ocorre, sendo esse extremamente curto. Para atenuar este impasse, seriam necessários
infinitos pontos para construir uma curva perfeitamente simétrica, algo extremamente difícil
de ser obtido pelo sensor de força.

4.11 Questão adicional – Salto

Tendo em vista as características das curvas, definimos a corda II como a mais conveniente.
Considerando que, no caso, área sob a curva representa o impulso, vê-se que variação de
quantidade de movimento na situação I seria em um menor intervalo de tempo, portanto,
rápida e mais brusca. Desta maneira, objetivando o maior conforto e menos danos físicos
(caso eles ocorram), optamos pela segunda situação.

Figura 7: Gráfico da variação das forças da corda em função do tempo.


Fonte: Retirada no roteiro.

5. Discussão de resultados
Partindo dos resultados encontrados, podemos estabelecer uma relação direta entre os valores
e o tipo de material empregado no fio. Pelas curvas e os valores de impulso para ambas as
situações. temos que, para o fio de nylon, vê-se uma maior variação da quantidade de
movimento, mas que ocorre em um intervalo de tempo maior. Desse modo, implica dizer que
o fio de nylon foi esticado de forma menos brusca, se comparado ao de algodão.
Considerando essa conclusão e comparando tal fato à perda de energia, temos que, na situação
do fio de algodão, houve uma maior perda de energia, cerca de 60%. Isso pode ser
interpretado justamente pelas características do fio, já que, pela sua respectiva curva, percebe-
se um pico mais intenso em um menor intervalo de tempo. Sendo assim, por ter se esticado de
uma maneira mais abrupta, tem-se como consequência uma maior perda percentual de energia
no processo.
6. Conclusão

Considerando todos os conceitos, equações e resultados obtidos ao longo deste exercício,


notamos a relação direta entre o tipo de material do fio e o caráter em que o mesmo se estica,
podendo ser mais bruto um em relação ao outro. Ademais, isso pôde ser visto tanto
qualitativamente quanto quantitativamente, por intermédio da curva e do valor da perda de
energia no processo, por exemplo. Deste modo, verificou-se que a maneira cujo o fio de nylon
se estica acontece de uma maneira menos rígida se comparada ao do algodão, fato que pode
ser tomado com relação à ciência do material empregado e sua resistência ao ser tracionado.

Por fim, ao concluirmos com esta atividade, percebemos o quão intrínseca a Física pode estar
em procedimentos e ações muitas vezes do cotidiano. A partir do embate da corda ideal para o
salto, por exemplo, verificamos a aplicação física e seu grau de importância. No caso, uma
escolha sem fundamentos poderia acarretar até mesmo em consequências físicas à pessoa que
saltasse, o que reforça ainda mais sobre a validade desta ciência exata.

7. Referências

Aurélio, Agostinho; Salomão, Elmo; Lúcio, Nivaldo. Física Experimental Básica na


Universidade. 2018, Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais.
Alaor, Chaves. Física Básica – Mecânica. 2007, LTC, 1° Edição.

BRASIL ESCOLA. Força peso. Disponível em:<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/forca-


peso.htm>. Acesso em: 26 de setembro de 2020.

BRASIL ESCOLA. Força peso. Disponível


em:<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/impulso-e-quantidade-de-movimento.htm>. Acesso
em: 26 de setembro de 2020.
MUNDO EDUCAÇÃO. Quantidade de movimento. Disponível em:
<https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/quantidade-movimento.htm#:~:text=Quantidade
%20de%20movimento%20%C3%A9%20uma,apresenta%20m%C3%B3dulo%2C%20dire
%C3%A7%C3%A3o%20e%20sentido>. Acesso em 27 de setembro de 2020.

SCIDAVIS. Curve Fitting Software. Acesso em: 25 de setembro de 2020.

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