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03 de outubro de 2020.
1. Introdução
Quando um corpo é sujeito a uma força por um determinado tempo e essa força é variável,
seja uniformemente ou não, ao longo do tempo, nomeamos tal fenômeno de Impulso, o qual
corresponde à variação de quantidade de movimento. Desse modo, a fim de elucidarmos as
concepções dessa grandeza física vetorial, é importante estarmos familiarizados com os
conceitos de conservação de Energia mecânica e a conservação da Quantidade de momento
em um sistema isolado. (MUNDO EDUCAÇÃO, 2020).
Momento linear final “Pi” (Kg.m.s-1); Momento linear final “Pf” (Kg.m.s-1).
No entanto, na situação em um sistema está sob a ação de forças externas, essa relação deixa
de ser verdade e, consequentemente, o sistema pode ganhar ou perder energia, como no caso
de uma colisão. Tendo isso em vista, essa variação de momento pode ser expressada por:
tf
∆ p=p f − pi=∫ F dt (III)
ti
Momento linear final “Pf” (Kg.m.s-1); Momento linear inicial “Pi” (Kg.m.s-1); “Força atuante sobre a
partícula” “F” (N); Intervalo de tempo “Ti-Tf” (s).
Impulso da Força resultante atuante sobre a partícula “I” (N); “Força atuante sobre a partícula” “F” (N);
Intervalo de tempo “Ti-Tf” (s).
Ep=mgh¿VI)
Energia potencial gravitacional “ Ep ” (Joules); Massa “m” (kg); aceleração gravitacional “g” (m/s 2) e altura
“h (m).
Ec f + Ep f =Ec i+ Ep i (VIII)
Energia cinética final “ Ec f” (Joules); Energia potencial gravitacional final “ Epf ” (Joules); Energia cinética
inicial “ Ec i” (Joules); Energia potencial gravitacional inicial “ Epi ” (Joules).
Para uma situação em que não ocorra a perda de energia mecânica do sistema, seria tomado:
Sendo assim, tendo os conceitos findados, a prática presente nesse relatório se dará pela
soltura de um objeto de uma altura “hi” em uma situação com fio de nylon e outra com fio de
algodão. Desta maneira, analisaremos os efeitos sobre a tração do fio quando ambos são
esticados bruscamente. Não obstante, deve-se frisar a aplicação da segunda e terceira lei de
Newton envolvidas no processo. Ao ser solta de uma altura determinada e, sob ação da “força
peso”, a o objeto cai em movimento acelerado, o que pode ser interpretado com base na
segunda lei. (BRASIL ESCOLA, 2020).
P=m∗g (X)
Força peso “P” (Newton); Massa do objeto “m ” (kg); Aceleração gravitacional “g” (m/s2).
Pautando em todos esses aspectos, a imagem a seguir exibe bem a dinâmica do experimento:
Reitera-se que as fórmulas físicas e matemáticas desse trecho foram retiradas do roteiro
disponibilizado.
2. Objetivo
Medir e analisar a força de tração sobre um fio ao ser esticado de forma abrupta.
3. Metodologia
3.1 Materiais
Para a realização do experimento presencial, se tem como material de sugestão:
Após programar o computador para captar a força de tração do fio, elevou-se o objeto de
modo que a tensão fosse nula no fio e ajustamos o leitor de força para zero. O objeto foi solto
de uma altura média de 20 cm (0,2 m), resultando o gráfico da tensão no fio em função do
tempo. Reitera-se que tal procedimento foi realizado para ambos os fios (nylon e algodão).
Com base nesses aspectos, tem-se em síntese:
Figura 3: Tabela para consulta de dados conforme o subgrupo, contendo parte das informações.
3.2.2 Partindo dos dados supracitados, força e tempo, elaboramos o gráfico de F versus t
referente ao fio de nylon e o de algodão.
3.2.7 Por fim, respondemos a algumas outras indagações que sintetizam a física do
experimento, as quais se tratam da simetria das curvas, sobre a escolha da corda mais
conveniente para saltar-se (visando a teoria física e seus efeitos) e dentre outras.
4. Resultados
Figura 2: Gráfico referente ao fio de nylon – Título: Força (F) x Tempo (t). O eixo das abcissas
contém a variável “Tempo - t” (milissegundos) e o das ordenadas a variável “Força - F” (Newton).
Figura 3: Gráfico referente ao fio de algodão– Título: Força (F) x Tempo(t). O eixo das abcissas
contém a variável “Tempo – t” (milisegundos) e o das ordenadas a variável “Força – F” (Newton)
Conforme solicitado, o diagrama das forças que atuam no objeto enquanto o fio é esticado ficou da
seguinte forma:
Figura 6: Diagrama das forças que atuam no fio enquanto este é esticado.
Desse modo, tem-se que a força que o sensor mede corresponde à Força de tração.
A força que atua no objeto é relativamente baixa comparada a tensão no fio. Portanto, o
cálculo do impulso com a força de tensão é uma boa aproximação do impulso da força
resultante.
Sendo assim, partindo dessa informação e do fato de que a integral referente à equação IV
corresponde à área de um gráfico de F x t, tem-se que as áreas encontradas acima
correspondem aos respectivos impulsos das respectivas forças resultantes. Portanto:
De acordo com a Lei da conservação, a energia mecânica total do sistema é igual no instante
em que o objeto é solto até logo antes de ser puxado pelo fio, como mostra a equação VII, já
abordada:
EM f =EM i (VII)
Energia mecânica final “ EM f” (Joules); Energia mecânica inicial “ EM i” (Joules).
Tendo em vista que a energia mecânica do sistema envolve as energias cinéticas e potenciais
gravitacionais, obtemos a relação VIII, a qual já foi introduzida.
Ec f + Ep f =Ec i+ Ep i (VIII)
Energia cinética final “ Ec f” (Joules); Energia potencial gravitacional final “ Epf ” (Joules); Energia cinética
inicial “ Ec i” (Joules); Energia potencial gravitacional inicial “ Epi ” (Joules).
v=√ 2 gh (XI)
√
2 2
1 1
∗Δ g ∗Δ h
∆v 2 2
= ( ) +( )
v g h
√
2 2
1 1
∗0 ,05 ∗0,001
∆v 2 2
= ( ) +( )
1,978 9 ,78 0,2
∆ v=0,0071
Dessa forma, temos que a velocidade do objeto, com incerteza, no instante em que ele começa
a ser puxado pelo fio, é de:
v 1=(1,978 ∓ 0,007)m/s
4.6 Velocidade do objeto após o fio deixar de exercer força - Fio Nylon
Agora, com o valor do Impulso previamente calculado, podemos definir a velocidade das
massas no instante em que o fio deixa de exercer força sobre ele.
Partindo da equação I, tendo em vista que o momento final e o inicial têm sentidos opostos e
que a variação da quantidade de movimento equivale ao impulso, encontra-se:
Portando, substituindo o valor do impulso, da massa (em quilograma) e de v1, que se refere à
velocidade do objeto antes de ser puxado pelo fio, obtém-se a velocidade “2”, sem incerteza:
−0,168516=0,05069(v 2−1,978)
v 2=−1,346 m/s
∆ v2
v2 √
= (
−1∗Δm 2 Δ I 2
m
) +(
I
) + ∆ v1 ²
√−1∗0,00001 2 2
∆ v2 0
= ( ) +( ) +(0,007)²
−1,346 0,05069 −0,168516
∆ v 2=0,0094
v 2=(−1,346 ∓0,009)m/s
4.7 Velocidade do objeto após o fio deixar de exercer força – Fio Algodão
Portando, substituindo o valor do impulso, da massa (em quilograma) e de v1, que se refere à
velocidade do objeto antes de ser puxado pelo fio, obtém-se a velocidade “2”, sem incerteza:
−0,163379=0,05069(v 2−1,978)
v 2=−1,245 m/s
√−1∗0,00001 2 2
∆ v2 0
= ( ) +( ) +(0,007)²
−1,245 0,05069 −0,168516
∆ v 2=−0,0087
v 2=(−1,245 ∓0,009)m/s
4.8 Perda percentual de energia – Fio de nylon
Considerando que processo envolvido, no qual o impulso é diferente de zero, temos que não
haverá a conservação do momento linear, o que implica dizer que haverá variação na energia
mecânica do sistema.
Portanto, tendo em vista que a energia mecânica do sistema não se conserva e partindo de
VIIII, obtemos as relações a seguir (XII)
Portanto:
2 2
m(v 2) m(v 1)
∆ EM = −
2 2
Substituindo os valores na fórmula:
2
0,05069(−1,346)
∆ EM = −0,05069 ¿ ¿
2
∆ EM =0,046 J −0,099 J
∆ EM =53 % de perda
∆ EM =0,039 J −0,099 J
∆ EM =60 % de perda
Tendo em vista as características das curvas, definimos a corda II como a mais conveniente.
Considerando que, no caso, área sob a curva representa o impulso, vê-se que variação de
quantidade de movimento na situação I seria em um menor intervalo de tempo, portanto,
rápida e mais brusca. Desta maneira, objetivando o maior conforto e menos danos físicos
(caso eles ocorram), optamos pela segunda situação.
5. Discussão de resultados
Partindo dos resultados encontrados, podemos estabelecer uma relação direta entre os valores
e o tipo de material empregado no fio. Pelas curvas e os valores de impulso para ambas as
situações. temos que, para o fio de nylon, vê-se uma maior variação da quantidade de
movimento, mas que ocorre em um intervalo de tempo maior. Desse modo, implica dizer que
o fio de nylon foi esticado de forma menos brusca, se comparado ao de algodão.
Considerando essa conclusão e comparando tal fato à perda de energia, temos que, na situação
do fio de algodão, houve uma maior perda de energia, cerca de 60%. Isso pode ser
interpretado justamente pelas características do fio, já que, pela sua respectiva curva, percebe-
se um pico mais intenso em um menor intervalo de tempo. Sendo assim, por ter se esticado de
uma maneira mais abrupta, tem-se como consequência uma maior perda percentual de energia
no processo.
6. Conclusão
Por fim, ao concluirmos com esta atividade, percebemos o quão intrínseca a Física pode estar
em procedimentos e ações muitas vezes do cotidiano. A partir do embate da corda ideal para o
salto, por exemplo, verificamos a aplicação física e seu grau de importância. No caso, uma
escolha sem fundamentos poderia acarretar até mesmo em consequências físicas à pessoa que
saltasse, o que reforça ainda mais sobre a validade desta ciência exata.
7. Referências