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HIV

Profª Vicência Galindo

Fonte: http://www.aids.gov.br
HIV
• HIV é a sigla em inglês do vírus da
imunodeficiência humana.
• Causador da AIDS, ataca o sistema imunológico,
responsável por defender o organismo de
doenças. As células mais atingidas são os
linfócitos T CD4+.
• E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz
cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar,
rompe os linfócitos em busca de outros para
continuar a infecção.
HIV
• Biologia – HIV é um retrovírus, classificado na
subfamília dos Lentiviridae.
AIDS
• A AIDS é o estágio mais avançado da doença que
ataca o sistema imunológico.
• A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como
também é chamada, é causada pelo HIV.
• Como esse vírus ataca as células de defesa do
nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a
diversas doenças, de um simples resfriado a
infecções mais graves como tuberculose ou
câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica
prejudicado.
Fisiopatologia
• Entre as células de defesa estão os linfócitos T
CD4+, principais alvos do HIV, vírus causador da
aids, e do HTLV, vírus causador de outro tipo de
doença sexualmente transmissível.
• São esses glóbulos brancos que organizam e
comandam a resposta diante dos agressores.
Produzidos na glândula timo, aprendem a
memorizar, reconhecer e destruir os micro-
organismos estranhos que entram no corpo
humano.
Fisiopatologia
• O HIV liga-se a um componente da membrana
dessa célula, o CD4, penetrando no seu
interior para se multiplicar. Com isso, o
sistema de defesa vai pouco a pouco
perdendo a capacidade de responde
adequadamente, tornando o corpo mais
vulnerável a doenças.
Fisiopatologia
• Quando o organismo não tem mais forças para
combater esses agentes externos, a pessoa
começar a ficar doente mais facilmente e
então se diz que tem AIDS.
• Esse momento geralmente marca o início do
tratamento com os medicamentos
antirretrovirais, que combatem a reprodução
do vírus.
Janela imunológica
• Janela imunológica é o intervalo de tempo entre
a infecção pelo vírus da aids e a produção de
anticorpos anti-HIV no sangue. Esses anticorpos
são produzidos pelo sistema de defesa do
organismo em resposta ao HIV e os exames irão
detectar a presença dos anticorpos, o que
confirmará a infecção pelo vírus.
• O período de identificação do contágio pelo vírus
depende do tipo de exame (quanto à
sensibilidade e especificidade) e da reação do
organismo do indivíduo.
Janela Imunológica
• Na maioria dos casos, a sorologia positiva é
constatada de 30 a 60 dias após a exposição ao
HIV.
• Porém, existem casos em que esse tempo é
maior: o teste realizado 120 dias após a relação
de risco serve apenas para detectar os casos
raros de soroconversão – quando há mudança no
resultado.
• Se um teste de HIV é feito durante o período da
janela imunológica, há a possibilidade de
apresentar um falso resultado negativo. Portanto,
é recomendado esperar mais 30 dias e fazer o
teste novamente.
Epidemiologia
Transmissão
• Como o HIV, vírus causador da aids, está presente no
sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, a
doença pode ser transmitida de várias formas:
• Sexo sem camisinha - pode ser vaginal, anal ou oral.
• De mãe infectada para o filho durante a gestação, o
parto ou a amamentação - também chamado de
transmissão vertical.
• Uso da mesma seringa ou agulha contaminada por
mais de uma pessoa.
• Transfusão de sangue contaminado com o HIV.
• Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.
Sintomatologia
• Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da
aids, o sistema imunológico começa a ser
atacado. E é na primeira fase, chamada de
infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV -
tempo da exposição ao vírus até o surgimento
dos primeiros sinais da doença. Esse período
varia de 3 a 6 semanas. E o organismo leva de 30
a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos
anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito
parecidos com os de uma gripe, como febre e
mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa
despercebido.
Sintomatologia
• A próxima fase é marcada pela forte interação
entre as células de defesa e as constantes e
rápidas mutações do vírus. Mas que não
enfraquece o organismo o suficiente para
permitir novas doenças, pois os vírus
amadurecem e morrem de forma equilibrada.
Esse período, que pode durar muitos anos, é
chamado de assintomático.
Sintomatologia
• Com o frequente ataque, as células de defesa
começam a funcionar com menos eficiência até
serem destruídas. O organismo fica cada vez mais
fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase
sintomática inicial é caracterizada pela alta
redução dos linfócitos T CD4 - glóbulos brancos
do sistema imunológico - que chegam a ficar
abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em
adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a
1.200 unidades. Os sintomas mais comuns são:
febre, diarreia, suores noturnos e
emagrecimento.
Sintomatologia
• A baixa imunidade permite o aparecimento de
doenças oportunistas, que recebem esse
nome por se aproveitarem da fraqueza do
organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais
avançado da doença, a aids. Quem chega a
essa fase, por não saber ou não seguir o
tratamento indicado pelos médicos, pode
sofrer de hepatites virais, tuberculose,
pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de
câncer.
Exames
• Teste rápido: permite a detecção de
anticorpos anti-HIV na amostra de sangue do
paciente em até 30 minutos.
• Por isso, pode ser realizado no momento da
consulta. Os testes rápidos permitem que o
paciente, no mesmo momento que faz o
teste, tenha conhecimento do resultado e
receba o aconselhamento pré e pós-teste.
Exames
• Teste Elisa
É o mais realizado para diagnosticar a doença.
Nele, profissionais de laboratório buscam por
anticorpos contra o HIV no sangue do paciente.
• Se uma amostra não apresentar nenhum
anticorpo, o resultado negativo é fornecido para
o paciente. Caso seja detectado algum anticorpo
anti-HIV no sangue, é necessária a realização de
outro teste adicional, o teste confirmatório.
Exames
• São usados como testes confirmatórios, o
Western Blot, o Teste de Imunofluorescência
indireta para o HIV-1 e o imunoblot.
• Isso porque, algumas vezes, os exames podem
dar resultados falso-positivos em consequência
de algumas doenças, como artrite reumatóide,
doenças autoimunes e alguns tipos de câncer.
• Se o resultado for positivo, o paciente será
informado e chamado para mais um teste com
uma amostra diferente. Esse é apenas um
procedimento padrão para que o mesmo não
tenha nenhuma dúvida da sua sorologia.
http://telelab.aids.gov.br/
Aconselhamento
• Fornecer informações sobre as formas de transmissão
da aids;
• Significados dos resultados dos exames;
• Período de janela imunológica (tempo entre a infecção
pelo HIV e o surgimento dos primeiros sintomas).
• Em caso de resultado positivo:
• Sobre a doença e seu tratamento,
• Prevenção secundária;
• Significado e utilidade de vários exames laboratoriais
(como a contagem de linfócitos T CD4+ e a carga viral);
• Uso dos medicamentos antirretrovirais em curto e
longo prazos.
Aconselhamento
• Informações sobre a doença e às formas de
promover sua própria independência e
autonomia
• Fortalecimento para enfrentar as adversidades
trazidas pela soropositividade e seu
tratamento.
• Nesse momento, ocorre também o
encaminhamento do paciente para o serviço
especializado.
Terapia antirretroviral
• O início do tratamento com medicamentos antirretrovirais
é um dos momentos mais difíceis para o soropositivo
• E os remédios podem lembrá-lo a cada momento da
doença.
• É preciso tomar os remédios corretamente, mesmo com
possíveis problemas de horário e efeitos colaterais.
• E a adesão é um dos maiores desafios para a os pacientes.
• Seguir todas as recomendações médicas relacionadas aos
remédios, alimentação, prática de exercícios físicos é
fundamental para aumentar a qualidade de vida do
paciente.
• O uso de qualquer outro medicamento, álcool e drogas
deve ser avisado ao médico para a troca de informações
sobre interação e possíveis reações do organismo.
Classes de medicamentos antirretrovirais
Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - atuam na enzima transcriptase
reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia
defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza.
São eles: Abacavir, Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e a
combinação Lamivudina/Zidovudina.
Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - bloqueiam diretamente a
ação da enzima e a multiplicação do vírus.
São eles: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina.
Inibidores de Protease – atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e
impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV.
São eles: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Lopinavir/r, Ritonavir, Saquinavir e
Tipranavir.
Inibidores de fusão - impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não
pode se reproduzir.
É a Enfuvirtida.
Inibidores da Integrase – bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável
pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim,
inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células.
É o Raltegravir.
Direitos
• Em 1989, profissionais da saúde e membros da sociedade
civil criaram, com o apoio do Departamento de DST, Aids e
Hepatites Virais, a Declaração dos Direitos Fundamentais
da Pessoa Portadora do Vírus da Aids. O documento foi
aprovado no Encontro Nacional de ONG que Trabalham
com Aids (ENONG), em Porto Alegre (RS).
• I - Todas as pessoas têm direito à informação clara, exata,
sobre a aids.
• II – Os portadores do vírus têm direito a informações
específicas sobre sua condição.
• III - Todo portador do vírus da aids tem direito à assistência
e ao tratamento, dados sem qualquer restrição, garantindo
sua melhor qualidade de vida.
• IV - Nenhum portador do vírus será submetido a
isolamento, quarentena ou qualquer tipo de discriminação.
Direitos
• V - Ninguém tem o direito de restringir a liberdade ou
os direitos das pessoas pelo único motivo de serem
portadoras do HIV/aids, qualquer que seja sua raça,
nacionalidade, religião, sexo ou orientação sexual.
• VI - Todo portador do vírus da aids tem direito à
participação em todos os aspectos da vida social. Toda
ação que visar a recusar aos portadores do HIV/aids um
emprego, um alojamento, uma assistência ou a privá-
los disso, ou que tenda a restringi-los à participação em
atividades coletivas, escolares e militares, deve ser
considerada discriminatória e ser punida por lei.
• VII - Todas as pessoas têm direito de receber sangue e
hemoderivados, órgãos ou tecidos que tenham sido
rigorosamente testados para o HIV.
Direitos
• VIII - Ninguém poderá fazer referência à doença de alguém,
passada ou futura, ou ao resultado de seus testes para o
HIV/aids, sem o consentimento da pessoa envolvida. A
privacidade do portador do vírus deverá ser assegurada por
todos os serviços médicos e assistenciais.
• IX - Ninguém será submetido aos testes de HIV/aids
compulsoriamente, em caso algum. Os testes de aids
deverão ser usados exclusivamente para fins
diagnósticos, controle de transfusões e transplantes,
estudos epidemiológicos e nunca qualquer tipo de controle
de pessoas ou populações. Em todos os casos de testes, os
interessados deverão ser informados. Os resultados
deverão ser transmitidos por um profissional competente.
Direitos
• X - Todo portador do vírus tem direito a
comunicar apenas às pessoas que deseja seu
estado de saúde e o resultado dos seus testes.
• XI - Toda pessoa com HIV/aids tem direito à
continuação de sua vida civil, profissional,
sexual e afetiva. Nenhuma ação poderá
restringir seus direitos completos à cidadania.
Atuação da enfermagem no controle das ISTs

• Anamnese
• Observar a pele, mucosas, particularmente, a palma
das mãos, plantas dos pés;
• Mucosa orofaríngea e dos genitais;
• Palpar os gânglios de todos os segmentos corporais
(cabeça, tronco e membros);
• Quaisquer lesões (ulceradas ou não, em baixo ou alto
relevo, avermelhada, hipercrômica, circular, irregular,
circinada etc.), deverão ser anotadas buscando
correlacionar com a história em questão. Sempre que
possível, deverá ser feita aferição de pressão arterial e
freqüência cardíaca;
• palpação de mamas e exame da genitália.
Atuação da enfermagem no controle das ISTs

• Exame Genital Masculino


• Inspeção tanto da região inguinal quanto dos órgãos
genitais externos;
• Para a região ano-retal, o paciente deverá curvar-se
para frente, afastando as nádegas com suas próprias
mãos ou, estar deitado em decúbito lateral com leve
anteflexão do tronco e da coxa.
• Observar e palpar cadeias ganglionares e quaisquer
outras tumorações, ulcerações, fístulas, fissuras etc.
• Notar possíveis desvios do eixo peniano, aberturas
anômalas da uretra, assimetria testicular, processo
inflamatório da bolsa escrotal.
Atuação da enfermagem no controle das ISTs

• Exame Genital Feminino


• Na inspeção deve-se observar a disposição dos
pêlos, conformações anatômicas (grandes e
pequenos lábios, clitóris, hímen, monte de Vênus,
períneo, borda anal), distrofias, discromias,
hiperemias, tumorações, ulcerações.
• Ao exame especular:
• Em seguida observar aspecto do colo uterino,
principalmente as características do muco
cervical, notar a presença ou não de secreções,
tumorações, ulcerações e roturas.
Atuação da enfermagem no controle das ISTs

BRASIL, 2006
Fluxogramas e tratamentos
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