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PSICOLOGIA

Luiz Fernando Carvalho Maciel


Epistemologia
“como clínico, eu faço meu trabalho; de
tempos em tempos, peço a um
epistemólogo que veja o que faço e me
diga o que estou fazendo” Cecchin
Locais da prática da T. Comunitária
Objetivos:

. Reforçar vínculos entre as pessoas da


comunidade

. Mobilizar e valorizar as competências


vindas da experiência, do saber e cultura
locais

. Percepção das pessoas como autores e


sujeitos de suas próprias histórias e
escolhas
Enfoque sistêmico:

. trocas
intersubjetivas
Enfoque sistêmico:
. interações complexas e
imprevisíveis
Enfoque sistêmico:
. significados compartilhados
Características
Construção e desconstrução do sistema –
imediatidade – tema presente

Comunidade escolhe
o tema-problema.
Terapeuta propõe um mote
(enfoque).
Características
A comunidade tem tanto seus problemas
como suas soluções.

Cada participante é especialista em suas


próprias histórias de dor, superação e
resiliência.

Histórias compartilhadas de sofrimento,


luta e superação permitem identificação
das demais pessoas integrantes do grupo
e a ressignificação da própria história, da
visão de si e das perspectivas futuras.
Características
A escuta respeitosa e o processo de troca
e reflexão ampliam as possibilidades de
melhoria.

Qualquer observação
deve ser feita de forma positiva e
construtiva

Usar a palavra “EU”


Como a mudança é possível?

Desestabilização das histórias dominantes –


problemas deixam de ser fixos e
incapacitantes

Através de histórias alternativas apresentadas


pelos demais participantes da comunidade
Como a mudança é possível?

Reconhecer as influências do macro-contexto


socioeconômico, político, cultura, étnico, de
gênero e espiritual no micro contexto familiar
e nas organizações comunitárias.

Os problemas podem ser os mesmos, mas as


pessoas já não são as mesmas.
Valores
Igualdade de gênero

Autodeterminação cultural

Pertencimento

Espiritualidade
Atenção!!!

A/O terapeuta deve saber identificar seus


pré-juízos, valores, opções ideológicas,
religiosidade
A INVESTIGAÇÃO-AÇÃO
PARTICIPANTE (IAP)
Indissociabilidade entre a pesquisa e a
intervenção social
– são concomitantes
(Kurt Lewin).

É diferente da visão tradicional, em que a


pesquisa vem primeiro e a ação depois.
A INVESTIGAÇÃO-AÇÃO
PARTICIPANTE (IAP)
Lewin utilizou uma combinação de análise
topológica (para mapear o espaço vital) e
vetorial (para indicar a força dos motivos
no comportamento)
A INVESTIGAÇÃO-AÇÃO
PARTICIPANTE (IAP)
Investigação-Ação
- pesquisa + ação social (mudanças)

Educação Popular (Paulo Freire)

Pesquisa Participante
- pesquisador(a) + comunidade

INVESTIGAÇÃO-AÇÃO PARTICIPANTE
A INVESTIGAÇÃO-AÇÃO
PARTICIPANTE (IAP)

PRÁTICA PÓS-MODERNA
CRÍTICA

Investigação da realidade social


+
produção de conhecimentos
+
mudança social desejada
A INVESTIGAÇÃO-AÇÃO
PARTICIPANTE (IAP)

Investigador externo

Investigador interno

Uso dos resultados


PSICOLOGIA
COMUNITÁRIA
Críticas que se interrelacionam:

 Comunitarismo – problemas comunitários


em detrimento de teoria e metodologia
 Academicismo – problemas acadêmicos
em detrimento da relevância social
 Idealismo – todos os problemas sociais
seriam políticos, desconsiderando outros
elementos
 Assistencialismo – psicologia mesclada
com obras assistenciais
Pergunta:
Qual a diferença entre
conhecimento popular e
senso comum?
ANÁLISE DE NECESSIDADES
DE UMA COMUNIDADE

Percepção da necessidade e
conscientização da necessidade

Exemplos:
 Acesso a bens

e serviços

 Direitos

 Violência
ANÁLISE DE NECESSIDADES
DE UMA COMUNIDADE

Necessidades sentidas
diretamente
x
Necessidades inferidas por
profissionais
ANÁLISE DE NECESSIDADES
DE UMA COMUNIDADE
Verificação dos recursos que a
comunidade conta
- conhecer as instituições sociais,
religiosas, de saúde, educativas...

- avaliação das instituições

- expectativas sobre os serviços e seus


potenciais

- verificação de recursos não utilizados


ANÁLISE DE NECESSIDADES
DE UMA COMUNIDADE
Procedimentos metodológicos

- entrevistas (individuais, grupais,


comunitárias, questionários)

- análise histórica e documental (registros


históricos, estatísticos, geográficos)

- diário de campo (lugares públicos, visitas


domiciliares)
ANÁLISE DE NECESSIDADES
DE UMA COMUNIDADE

Análise de dados

. Aspectos quantitativos
e qualitativos

. Os dados devem ser levados à própria


comunidade para análise

. Levantamento alternativo de
enfrentamentos pensados pela comunidade
ANÁLISE DE NECESSIDADES
DE UMA COMUNIDADE
Análise de dados

. Análise em conjunto de investigadores


internos, externos e comunidade

. Comunidade escolhe
melhor forma de
organização para alcançar
objetivos

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