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Gabriel Barreto

Gabriel Varjão
 Dilatação anormal e irreversível dos
brônquios
 Qualidade da dilatação:
- focal: envolve vias respiratórias que ventilam uma região bem-demarcada do
parênquima pulmonar
- difusa: acometimento de área pulmonar mais ampla

 Manifestações clínicas:
- sintomas: tosse, produção diária de secreção mucopurulenta, dispneia, rinossinusite,
hemoptise
- sinais: crepitação e chiados pulmonares, baqueteamento digital
 Indução de bronquiectasia requer 2 fatores:

1- insulto infeccioso

2- drenagem prejudicada, obstrução de via


aérea ou defeito na defesa do hospedeiro
 Resposta do hospedeiro com:
1- células imunes efetoras
2- proteases de neutrófilos
3- intermediários reativos de oxigênio
4- citocinas inflamatórias

↓ causam nas vias aéreas

1- inflamação transmural
2- edema de mucosa
3- ulcerações
4- nevascularização
 Infecção recorrente é comum

↓ pode levar a consequências em vias aéreas

- cicatrização
- obstrução
- distorção
- dano temporário ou permanente em parênquima
pulmonar
 Razões para a recorrência comum de
infecções:
1- patógenos bacterianos desenvolveram um método de evadir à ação do sistema
imune

2- apesar da presença de número aumentado de neutrófilos nas vias aéreas com


broquiectasia, esses neutrófilos* são ineficientes  perda da atividade microbicida

* esses mesmos neutrófilos produzem, sem contraposição, elastase, o que


contribui ainda mais para a progressiva destruição de parênquima na bronquiectasia
 Combinação:
- mecanismos de defesa prejudicados

infecção recorrente

pouca oportunidade de cura cirúrgica

 No entanto, a cirurgia pode ser aplicada em


alguns pacientes
 Objetivos imediatos da cirurgia:
- remoção dos segmentos mais acometidos
+
preservação de áreas sem supuração
ou sangramento

 Ressecções mais realizadas


- lobo médio + lobo inferior
 Indicações maiores:
1- redução de episódios agudos infecciosos

2- redução da esmagadora produção de escarro mucopurulento

3- eliminação de vias aéreas bronquiectásicas sujeitas a hemorragia incontrolável

4- remoção de áreas suspeitas de albergar organismos resistentes como MAC ou


tuberculose resistente a multidrogas

5- remoção de pulmão destruído parcialmente obstruído por tumor ou resíduo de corpo


estranho
 Hemoptise:
- tratamento de escolha: radiologia intervencionista (terapia
de embolização de artéria brônquica)

- se houver falha  cirurgia

 Pacientes com doença pulmonar supurativa


transplante pulmonar bilateral
 Doença infecciosa crônica causada pelo
bacilo aeróbio, Mycobacteruim Tuberculosis
 Trasmissão via respiratória
 1/3 da população mundial esta infectada pelo
bacilo de Koch
 90% dos infectados não apresentam sinais e
sintomas da doença
 Apenas infectados doentes podem transmitir
a doença
 Quanto maior o inoculo e menor a resistência
natural do contactante, maior a chance de
infecção
 PPD – Reação dos indivíduos infectados, por
meia da memória imunológica de linfócitos T
CD4, após 72 a 96 horas após a injeção
intra-dérmica de antígenos bacilares.
Instalação da primo-infecção
- Bacilos reproduzem-se nos macrófagos a
nível dos alvéolos.
- No primeiro momento há uma alta
proliferação desses bacilos devido há uma
ausência de imunidade específica
- Disseminação linfo-hematogênica
 Surgimento da imunidade celular plena
- 3 a 8 semanas após a primo-infecção
- Doença inflamatória e destruição tissular são
mediadas por produtos gerados durante a resposta
imunológica.
- PPD reator
- Linfocitos T helper CD4, tornam-se capazes de
ativar macrófagos através de citocinas
- Os macrófagos aumentam seu citoplasma e sua
capacidade bactericida
- Formação dos granulomas
- Áreas de necrose caseosa
- Poucos bacilos
 Exame direto (Pesquisa de BAAR)
 Cultura para micobactéria (Padrão ouro)
 Prova tuberculínica (PPD)
 Estudo do líquor
 Estudo do líquido pleural/pericárdico
 Antibióticos
 Esquema I: RIP → Tuberculose pulmonar e
extra-pulmonar
- 1ª fase (2 meses) Rifampicina + Isoniazida +
Pirazinamida;
- 2ª fase ( 4 meses) Rifampicina + Isoniazida
 Esquema II: RIP
- Casos de meningite tuberculosa
 Esquema III: RIP
- Falência terapêutica dos esquemas
anteriores
 A ressecção pulmonar é realizada na doença pulmonar
localizada, uni ou bilateral. Com exceção para as situações de
déficit pulmonar

 A preservação do tecido pulmonar deve ser o objetivo do


tratamento

 Cirurgias alternativas: colapso pulmonar (toracoplastia e


plumbagem),cavernostomia e ligadura cirúrgica das artérias
brônquicas.

 A negativação do escarro antecedendo a cirurgia ou a


diminuição da população bacteriana é desejável
 Indicações

- Cavidade positiva aberta após 3 a 6 meses de


quimioterapia, especialmente se micobactéria resistente.

- Tuberculose pulmonar multirresistente

- Escarro persistentemente positivo com lesão (pulmão


destruído, atelectasia, bronquiectasia, broncoestenose)
passível de ressecção

- Bronquiectasia tuberculosa dos lobos inferiores e médios


 Indicações
- As cavidades negativas abertas se de paredes espessas, resposta
lenta ou paciente não-confiável
- Hemoptise recorrente ou persistente: Ressecção se mais de
600ml de sangue for perdido em 24 hrs ou menos
- Doença pleural, a depender do caso
- Para diferenciar entre tuberculose e câncer
- Linfonodomegalias com compressão da árvore
traqueobrônquica, principalmente em crianças com grave
restrição respiratória
 Indicações

- Complicações: Empiema, pneumotórax e fístula broncopleural


 Lesão cavitária > 2 cm contendo pus,
localizada no parênquima pulmonar,
geralmente contendo nível hidro-aéreo
 É causado pela necrose de uma área
decorrente da infecção por um patógeno
destrutivo, quase sempre uma bactéria
piogênica
 Abscesso primário: É o abscesso pulmonar que
ocorre em decorrência de uma pneumonia
bacteriana, em um paciente sem lesões brônquicas
obstrutivas e sem nenhuma doença ou condição de
imunodepressão.

 Abcesso secundário: É aquele que se desenvolve


em decorrência de uma pneumonia obstrutiva,
propagação por contiguidade de abscessos
extrapulmonares, ou em pacientes com estado de
imunodepressão
 Infecção do parênquima pulmonar por um germe
com a capacidade de degradar o interstício dos
septos alveolares em um processo supurativo.

 Combate aos micróbios principalmente por


neutrófilos

 Concentração de bactérias, debris celulares e


netrofílicos no interior de uma área necrótica
circunscrita

 Extensão da necrose para um brônquio satélite


permite a entrada de ar na cavidade
 Geralmente as bactérias constituem a flora da
orofaringe

 Bactérias anaeróbias são os agentes mais


comuns

 Outros agentes envolvidos são: Klebsiella


pneumoniae, Staphylococcus aureus,
Streptococcus pneumoniae
 Depressão do estado de consciência
 Alcoolismo
 Epilepsia
 Distúrbios motores da deglutição
 Abscesso por Anaeróbios
- Sintomas há mais de 1 mês
- Febre vespertina
- Sudorese noturna
- Tosse produtiva com grande quantidade de material
purulento e fétido

 Abscesso por Aeróbios


- Quadro idêntico ao de uma pneumonia bacteriana aguda
 Rx de tórax característico

 Uma ou mais lesões cavitadas de extensão variável,


contendo nível hidro-aéreo em seu interior

 Presença ou não um infiltrado pneumônico em


volta

 Lesões predominam à direita - segmento superior


do lobo inferior, segmento posterior do lobo
superior
Lesão cavitária com nível hidroaéreo e paredes finas
 É feita com antibióticos e cuidados pulmonares.
Drenagem postural por vezes é realizada. A
broncoscopia pode ser utilizada também para
tratamento, auxiliando a drenagem. Punção
aspirativa transtorácica, quando for acessível.

 A maioria dos pacientes respondem ao tratamento


clínico com redução rápida no líquido, colapso das
paredes e completa cicatrização em 3 a 4 meses.
 Lobectomia ou pneumonectomia

 Indicações
- Para infecção persistente (>2cm e de paredes
espessas) após oito semanas de terapia clínica
- Incapacidade de eliminar a sepse
- hemoptise
- Suspeita de neoplasia maligna ou qualquer lesão
obstrutiva
- Presença de empiema pleural
 Derrame pleural associado à
infecção do parênquima
pulmonar

 Na maioria das vezes não são


empiemas

 40% dos casos de pneumonia


bacteriana cursa com líquido
pleural visível à radiografia de
tórax
 Derrame Parapneumônico Simples
- A maioria permanece neste estado
- Derrame decorrente da infecção do parênquima
pulmonar que se estende para a pleura visceral e
“exsuda” para a cavidade pleural.
- Presença de exsudato amarelado e às vezes turvo
 Derrame Parapneumônico Complicado
- Invasão do espaço pleural por bactérias piogênicas
- Aumento dos neutrófilos → Aumento do consumo
de glicose → Maior produção de ácido lático →
Diminuição do pH no líquido pleural
- Grande quantidade de LDH
 Líquido pleural purulento no
seu aspecto macroscópico,
ou quando são observadas
bactérias no Gram

 Quase sempre associado à


formação de septos e ao
espessamento das pleuras
visceral e parietal
 Evolui em três fases sucessivas:
- 1ª: Fase exsudativa → Acumulo de debris de
neutrófilos e bactérias formando o pus

- 2ª: Fase fibropurulenta → Formação de septos de


fibrina na cavidade pleural

- 3ª: Fase organizante → Formação de um


revestimento fibroso e volta do pulmão,
correspondendo ao espessamento da pleura por
tecido cicatricial
 Radiografia em decúbito lateral
ou

TC de tórax
ou

ultra-sonografia

evidência de líquido livre separando o
pulmão da parede torácica em mais
de 10 mm

Toracocentese Terapêutica
 Fatores indicativos de necessidade provável de
procedimento mais invasivo que toracocentese:

1- líquido pleural loculado

2- pH do líquido pleural < 7,2

3- glicose do líquido pleural < 60 mg/dl

4- coloração de Gram ou cultura positiva do líquido pleural

5- presença de pus macroscópico no espaço pleural


 Caso haja retorno de líquido pós-toracocentese

um dos fatores anteriormente citados

repetir toracocentese
-Impossibilidade de todo o líquido por
toracocentese

Considerar colocação de tubo torácico e instilação de
agente fibrinolítico
ou
Considerar realização de toracoscopia para dissolução
de aderências

- Em caso de insucesso em medidas supracitadas 


considerar decorticação

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