- AULA 1 – PROPAGANDA

POLÍTICA
- Em uma democracia representativa, quais são os
papéis exercidos pelo Estado, pelos agentes políticos
e, principalmente, pelo povo?

- Como partidos, sindicatos, igrejas, associações

corporativas e a mídia podem influenciar nos
processos que envolvem a disputa pelo poder na
estrutura do Estado?
- Muito se fala sobre Estado e política, principalmente quando
vão se aproximando as eleições. Será que sabemos exatamente do
que tratam esses termos? Existem diversos autores que abordam
esses temas. Podemos citar alguns clássicos, como o chinês
SunTzu, o italiano Nicolau Maquiavel ou o britânico Thomas
Hobbes.

- Para aqueles que desejam se aprofundar no assunto, sem dúvida,

tais autores são obrigatórios. No mundo contemporâneo, uma das
principais referências nesse campo é o cientista político e filósofo
Norberto Bobbio.
REPÚBLICA:
- Sabemos que o nome oficial de nosso país é República
Federativa do Brasil, mas, afinal, o que é uma república? Essa
palavra tem origem no latim res publica, que significa “coisa
pública”, ou seja, aquilo que é do interesse de todos. Quando
um determinado grupo de pessoas vive em um território
reconhecido como um país, ele pode ser autodefinido como
uma república, como é o caso brasileiro. Afinal, aquilo que é
público pertence a todos.
ESTADO:
- Uma república ou país necessita de um Estado para a
sua administração. O Estado é uma entidade que envolve,
basicamente, três elementos para a sua organização: a
sociedade, as leis e a política. Sem esses elementos
reunidos o que sobra é o caos, a anarquia. Imagine se no
Brasil não houvesse leis, uma organização social e até
mesmo uma organização política para administrar o
Estado.
ATORES SOCIAIS:
-

- Dentro da estrutura de um Estado temos, naturalmente, o povo,

assim como as forças que lutarão pelo seu poder. Deter o poder
significa ter o controle dos recursos (financeiros e
administrativos) estatais e a possibilidade de manejá-los.
Contudo, ainda que tenhamos um único povo no interior de um
Estado, vamos encontrar em seu seio diversos atores sociais,
como as organizações da sociedade civil, partidos políticos, os
sindicatos de trabalhadores e de empresários, as confissões
religiosas, associações culturais e os grupos de mídia.
MEIOS DE
COMUNICAÇÃO:
- Os meios de comunicação de massa (a mídia) têm um papel
importante na estrutura de poder. Além de sua capacidade de
influenciar a opinião pública, com seus posicionamentos sobre
os mais diversos temas de interesse coletivo e políticos, atuam
como porta-vozes das diversas forças que compõem o tecido
social, privilegiando por vezes algumas delas, em detrimento de
outras, ou defendendo seus próprios interesses.
-.
- Esses interesses, dos grupos de mídia e das demais
forças da sociedade civil, muitas vezes se aglutinam em
torno de ideologias, que em um sentido mais amplo
podem
envolver referenciais culturais, por exemplo, valores
cristãos ou orientação sexual, podem também envolver
valores políticos e econômicos, como o embate entre
socialismo e liberalismo.
O SISTEMA POLÍTICO NO
BRASIL
- O sistema político brasileiro pode ser definido como uma democracia
representativa, em que o povo escolhe seus representantes para assumir cargos na
estrutura de poder. Essa estrutura possui três esferas: municipal, estadual e federal.

- Em cada uma delas, os representantes escolhidos pelo povo ocupam cargos no

Poder Executivo (prefeitos, governadores e presidente da República) e no Poder
Legislativo (Câmara dos Vereadores, Assembléia Legislativa e Congresso Nacional ).
Existe ainda um terceiro poder, que é o Judiciário, mas os cargos aqui não são
ocupados por eleições e sim por concursos públicos
CONGRESSO NACIONAL BRASILEIRO
- O Congresso Nacional brasileiro, a exemplo de outros países, possui duas
casas: a Câmara dos Deputados e o Senado.

- O Senado é constituído por 81 membros, representantes dos Estados e do

Distrito Federal, que tem por objetivo assegurar o equilíbrio entre as
unidades da federação. Cada Estado possui o mesmo número de senadores
(três).

- A Câmara conta com 513deputados federais. Ali, o tamanho das bancadas

por Estado é definido proporcionalmente pelo número de habitantes de
cada um. Atualmente, as menores bancadas contam com oito integrantes e
a maior, do Estado de São Paulo, com 70.
OS PODERES
- O Poder Executivo tem por missão executar as
leis, a aplicação do orçamento e propor as políticas
públicas. Ao Poder Legislativo cabe a proposição de
novas leis, fiscalização e aprovação dos
orçamentos. Ao Poder Judiciário compete a
arbitragem, o julgamento e a aplicação das punições
previstas pela legislação.
REPRESENTATIVIDADE
- A partir de chapas apresentadas pelas agremiações partidárias, os candidatos
concorrem, por meio de dois sistemas, aos cargos eletivos: sistema majoritário e sistema
proporcional.

- No sistema majoritário, elegem-se presidente, governadores, prefeitos e senadores.

Para vencer as eleições, o candidato necessita obter a maioria absoluta dos votos válidos,
ou seja, no mínimo a metade dos votos apurados mais um (voto). Nesta contabilidade são
excluídos os votos em branco e os nulos. À exceção das vagas para o Senado e dos
municípios com menos de 200 mil habitantes, sempre haverá segundo turno, quando
nenhum dos candidatos aos cargos majoritários alcance esse percentual. É importante
ressaltar também que em todos esses casos temos a possibilidade das coligações
partidárias, que se dão quando dois ou mais partidos se unem para lançar uma
candidatura.
- No sistema proporcional, elegem-se deputados federais, estaduais e
vereadores. Ele funciona como o modelo de lista aberta, em que o eleitor
pode votar no candidato ou, se preferir, na legenda partidária. No momento
da apuração são contabilizados os votos obtidos pelos candidatos e por seus
respectivos partidos. Com esse método surge a proporcionalidade, ou seja,
as vagas são definidas de forma proporcional aos votos totais obtidos por
cada um dos partidos.

-Esse sistema ( o “proporcional”) cria a possibilidade para o chamado

candidato “puxador de votos”. Se uma legenda tem um candidato assim (
muitas vezes uma pessoa famosa: um artista, radialista ou apresentador de
TV ), ela consegue eleger outros candidatos com poucos votos, pois eles
acabam conquistando uma vaga no parlamento pela lógica da
proporcionalidade ou coeficiente eleitoral.
-

Exemplificando - Puxadores de voto

Um exemplo que ficou bastante conhecido para uma parcela dos eleitores
foi o do palhaço Tiririca, que nas eleições de 2010 criou um mote de
campanha que se tornaria célebre e acabaria por levá-lo à vitória: “Você
sabe o que faz um deputado federal? Eu também não. Vote em mim que eu
te conto”. O mote foi utilizado não somente no horário eleitoral gratuito,
mas também em todo o material de comunicação produzido para o
candidato. Com mais de 1 milhão de votos, Tiririca “puxou” mais cinco
candidatos de seu partido para a Câmara Federal. O segundo mais votado
em sua legenda teve pouco mais de 46 mil votos, mas beneficiou-se da
votação expressiva do artista, sem a qual não teria chegado ao Congresso.
Atribuições
Deputado federal
- Os deputados federais são os representantes do povo na esfera
federal. Sua atribuição principal é fazer leis de abrangência
nacional e fiscalizar os atos do presidente da República. Eles
também podem apresentar projetos de leis ordinárias e
complementares, de decreto legislativo, de resolução e emendas
à Constituição, além de criar Comissões Parlamentares de
Inquérito (CPIs), discutir e votar medidas provisórias editadas
pelo Executivo.
Deputado estadual ou distrital
- Os deputados estaduais ou distritais têm a incumbência de
representar o povo na esfera estadual (Assembléia Legislativa) ou
distrital (Câmara Legislativa do Distrito Federal). Sua função
principal é a de legislador, ou seja, legislar, propor, emendar,
alterar e revogar leis estaduais. Eles também fiscalizam as contas
do Poder Executivo e desempenham outras atribuições referentes
ao cargo. Vale lembrar que cada constituição estadual ou distrital
também pode delegar outras atividades, exclusivas ou não, aos
deputados estaduais ou distritais.
Senador
Os senadores representam os estados e o Distrito Federal, e têm a
prerrogativa constitucional de fazer leis e de fiscalizar os atos do
Poder Executivo. Além disso, a Constituição Federal traz como
competência privativa dos senadores: processar e julgar, nos
crimes de responsabilidade, o presidente e o vice-presidente, os
ministros e os comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica, os ministros do Supremo Tribunal Federal, os
membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho
Nacional do Ministério Público, o procurador-geral da República
e o advogado-geral da União.
Governador
É o governador que exerce o Poder Executivo na esfera dos estados e do
Distrito Federal. Cabe a ele representar, no âmbito interno, a respectiva
Unidade da Federação em suas relações jurídicas, políticas e
administrativas.
No exercício da sua função de administrador estadual, ele é auxiliado
pelos secretários de estado. O governador participa do processo
legislativo e responde pela segurança pública. Para isso, o governador
conta com as Polícias Civil e Militar e com o Corpo de Bombeiros.
Em razão da autonomia dos estados e do Distrito Federal, cada
constituição estadual e a lei orgânica do DF dispõem sobre competências,
atribuições e responsabilidades do cargo de governador.
Presidente da República
- O presidente da República é quem governa e administra os interesses
públicos da nação. Ele tem o dever de sustentar a integridade e a
independência do Brasil, bem como apresentar um plano de governo com
programas prioritários, projetos de lei de diretrizes orçamentárias e
propostas de orçamento. Exerce atribuições administrativas, legislativas e
militares de acordo com a Constituição Federal.

- Faz parte de suas atribuições administrativas nomear os chefes dos

ministérios, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dos
tribunais superiores e o advogado-geral da União, bem como conceder
indulto e comutar penas.
- Já as atribuições legislativas permitem que ele possa iniciar um processo
legislativo, sancionar, promulgar e publicar leis, além de expedir decretos.

- Quanto ao poder militar, o presidente é o comandante supremo das

Forças Armadas, cabendo a ele, exclusivamente, declarar a guerra e
celebrar a paz, com autorização do Congresso Nacional.

- No que se refere à política externa, é o presidente da República que

decide sobre as relações com outros países, sobre o credenciamento de
representantes diplomáticos e sobre a celebração de tratados, convenções
e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional.
http://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2018/Marco/conheca-as-atribuicoes-dos-cargos-que-estarao-em-disputa-nas-
eleicoes-2018
Veja, em ordem alfabética, quem são os candidatos:

Alvaro Dias (Podemos)

Alvaro Dias é senador pelo ParanáAndré Ávila / Agencia RBS

O Podemos confirmou Alvaro Dias como candidato à Presidência durante convenção realizada em Curitiba em 4 de agosto.
Em seu discurso, o candidato priorizou propostas de combate à corrupção e confirmou que convidou os juristas René Dotti,
Miguel Reale Junior e Modesto Carvalhosa para fazerem parte do seu governo.
•Vice: Paulo Rabello de Castro (PSC)
•Partidos da coligação: Podemos, PSC, PRP, PTC
Cabo Daciolo (Patriota)

Cabo Daciolo é deputado federal pelo Rio de JaneiroAlex Ferreira / Câmara dos Deputados O Patriota oficializou no dia
4 de agosto a candidatura do deputado federal Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, o Cabo Daciolo, à Presidência
da República. Daciolo defende mais investimentos em educação e segurança e se posicionou contrário
à legalização do aborto e à ideologia de gênero.
•Vice: Suelene Balduino Nascimento
•Partidos da coligação: Patriota
Ciro Gomes (PDT)

Ciro Gomes é ex-governador do Ceará e ex-ministroMarcelo Camargo / Agência Brasil

O PDT confirmou, em 20 de julho, a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República.
No discurso, Ciro falou, sem detalhar, os 12 eixos de sua campanha. Além de emprego, saúde e educação,
o candidato focou em segurança pública.
•Vice: Kátia Abreu (PDT)
•Partidos da coligação: PDT, Avante
Geraldo Alckmin (PSDB)

Geraldo Alckmin é ex-governador de São PauloAndré Ávila / Agencia RBS

O PSDB confirmou Geraldo Alckmin em 4 de agosto, durante convenção nacional do partido, em Brasília. A
convenção aprovou também a coligação com o PP, DEM, PR, Solidariedade, PRB, PSD, PTB e PPS, além da candidata a
vice-presidente, senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS).
•Vice: Ana Amélia Lemos (PP)
•Partidos da coligação: PSDB, PP, PTB, PSD, SD, PRB, DEM, PPS, PR
Guilherme Boulos (PSOL)

Guilherme Boulos é coordenador nacional do MTSTMateus Bruxel / Agencia RBS

O PSOL confirmou Guilherme Boulos em 21 de julho. A candidatura foi registrada no TSE em 6 de agosto.
Se eleito, pretende anular atos do governo Temer, como a reforma trabalhista, o regime que definiu teto
aos gastos públicos e as concessões de áreas de exploração de petróleo a grupos estrangeiros.
•Vice: Sônia Guajajara (PSOL)
•Partidos da coligação: PSOL, PCB
 Henrique Meirelles (MDB)

Henrique Meirelles é ex-ministro da FazendaIsadora Neumann / Agencia RBS

Em 2 de agosto, o MDB oficializou Henrique Meirelles como candidato à presidência.
O fato de a economia não estar crescendo como esperado, segundo ele, pode ajudar sua campanha.
Meirelles foi ministro da Fazenda do governo Temer.
•Vice: Germano Rigotto (MDB)
•Partidos da coligação: MDB, PHS
 Jair Bolsonaro (PSL)

Jair Bolsonaro é deputado federal pelo Rio de JaneiroFÁBIO MOTTA / ESTADÃO CONTEÚDO
Em 22 de julho, o Partido Social Liberal (PSL) confirmou a candidatura de Jair Bolsonaro.
Em discurso, o candidato afirmou que pretende privatizar ou extinguir a maior parte das estatais do país e
prometeu defender a propriedade privada.
•Vice: Antonio Hamilton Mourão
•Partidos da coligação: PSL, PRTB
 João Amoêdo (Novo)

Amoêdo foi do conselho de administração do ItaúJúlio Cordeiro / Agencia RBS

Em 4 de agosto, o Partido Novo confirmou a candidatura de João Amoêdo à Presidência.
O cientista político Christian Lohbauer concorrerá como vice. Entre as propostas de Amoêdo estão
equilibrar as contas públicas, acabar com privilégios, melhorar a educação básica e atuar na segurança.
•Vice: Christian Lohbauer (Novo)
•Partidos da coligação: Novo
João Goulart Filho (PPL)

Candidato foi deputado estadual no RS Cristiano Estrela / Diário Catarinense

O Partido Pátria Livre (PPL) confirmou a candidatura do poeta, filósofo e escritor
João Goulart Filho neste domingo (5). Filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, foi deputado
estadual no Rio Grande do Sul pelo PDT. Diz que sua principal proposta é a retomada do nacionalismo e
do desenvolvimentismo.
•Vice: Léo Alves
•Partidos da coligação: PPL
José Maria Eymael (DC)

Eymael foi deputado federal na época da constituinteDivulgação

O partido Democracia Cristã (DC) confirmou, em 28 de julho, a candidatura de José Maria Eymael. Ele, que
foi deputado federal constituinte, se posicionou contra a corrupção e disse que quer um país onde exista a
igualdade de oportunidade.
•Vice: Helvio Costa (DC)
•Partidos da coligação: DC
Lula (PT)

Lula foi presidente da República entre 2003 e 2010Ricardo Stuckert / Instituto Lula
O PT confirmou a candidatura de Lula em 4 de agosto. Preso desde 7 de abril, o ex-presidente se
pronunciou por meio de carta, em que afirma que a democracia está "ameaçada". No domingo (5), o
partido anunciou aliança com o PC do B.
Com isso, Manuela d’Ávila deixa de ser candidata a presidente.
•Vice: Fernando Haddad
•Partidos da coligação: PT, PC do B, PROS, PCO
Marina Silva (Rede)

Marina Silva foi senadora pelo Acre e é ex-ministraFábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
A Rede Sustentabilidade oficializou, neste sábado (4), a candidatura de Marina Silva à
Presidência. Também foi confirmado Eduardo Jorge como vice. Durante os discursos, seus correligionários
lembraram que ela não é investigada e, por isso, pode combater a corrupção que assola o país.
•Vice: Eduardo Jorge (PV)
•Partidos da coligação: Rede, PV
Vera Lúcia (PSTU)

Vera Lúcia é operária e militante sindicalFacebook / Reprodução

O PSTU lançou, em 20 de julho, Vera Lúcia como candidata à Presidência.
Durante a convenção, ela prometeu atuar pela defesa dos direitos trabalhistas por mais igualdade social.
•Vice: Hertz Dias
•Partidos da coligação: PSTU
https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/eleicoes/noticia/2018/07/eleicoes-2018-quem-sao-os-candidatos-a-presidente-
cjjyigbbk00n901qc6hwzayku.html