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Cimentação

carbonática em Alunas: Fabiane Linhares e Ingrid


arenitos: Araújo.

distribuição de Professor: Marcus Berão

Disciplina: Petrologia Sedimentar


padrões e 2017.2
evolução
geoquímica.
Autor: S.Morad
Cimento carbonático
● O que é cimento?
● O que é um carbonato?
Zona Óxica
● Quantidade de Oxigênio dissolvido deve ser >0,5ml/L
● Ocorre em ambientes subaéreos, em interfaces água-sedimento em ambientes
aquáticos e na zona freática abaixo da coluna de água.

Óxidos e hidróxidos de Mn(manganês)são estáveis.

Carbono proveniente de decomposição de plantas e C02 atmosférico


Zona Subóxica
Subzonas:

● Zona de redução de Nitrato para Nitrogênio (NR)

● Zona de redução de Manganês para Mn²+ (MnR)

● Zona de redução de Ferro para Fe 2+ (FeR)

O aumento da alcalinidade provoca precipitação de carbonato na zona NR.

Precipita Rodocrosita na zona MnR e Siderita na zona FeR.


Zona de bactérias redutoras de sulfato (BSR)
Alta concentração de sulfato no meio

Ocorrem áreas anóxicas depletadas em O2 dissolvidos

Pode acontecer na interface água-sedimento

A redução acontece por bactérias anaeróbicas

As reações provocam aumento do pH e a precipitação de carbonato.

As bactérias transformam Fe³+ a Fe ² + utilizando H2

Ocorre oxidação da matéria orgânica e degradação enzimáticas de proteínas


formando NH3
Reações

HCO3- + OH- = CO32- + H2O


Zona Metanogênica microbiana(Me)
Ocorre em ambiente anóxico com o sulfeto totalmente reduzido pela zona BsR.

Ocorre por fermentação de compostos orgânicos ou produção de H2 seguido de


redução de CO2.

Os carbonatos resultantes são siderita, dolomita ferrosa e anquerita.


Alternância de Dolomita e Siderita
Transição das zonas FeR, BSR e Me. Essa transição pode ocorrer por uma oxidação
episódica de um ambiente anóxico, mudança na sedimentação ou fluxo de matéria
orgânica.
Descarboxilação termal de matéria orgânica.
Entre 80°C e 120°C o pH é controlado por ânions de ácidos carboxílicos, a
descarboxilação leva ao aumento de pressão de CO2.

Em aproximadamente 100°C a degradação termal dos ácidos carboxílicos geram


CH4 (Metano) e CO2.

A produção de CO2 diminui o pH do meio provocando dissolução de carbonatos.

Ocorre redução de sulfatos e oxidação de hidrocarbonetos que favorecem a


precipitação de carbonatos

De 120°C a 160°C a descarboxilação é completa e o pH é controlado pelo sistema


carbonato.
Calcita e dolomita continental
Sua formas dominantes são: calcretes e dolocretes

São comuns em ambientes quente/árido a semiárido (pouca chuva e alta evaporação)

Calcretes com baixa concentração de Mg podem ser desenvolvidas em áreas úmidas,


frias ou solo ártico por congelamento.

Em áreas frias e úmidas a formação de calcretes possui clastos de carbonato e alto


nível de atividade biológica.

Precipitação de carbonato em zonas de vadose em regiões quentes/áridas/semi-


áridas são provocadas pela queda de pressão de CO2 e H2O devido a alta temperatura
e evaporação.
As fontes de cálcio e magnésio acreditam que sejam oriundos do vento.

Os mesmos também podem ser derivados de material piroclástico e aerossóis


oceânicos.

Pode ocorrer também derivados através de água subterrânea, água de chuva,


plagioclásio cálcico, alguns tipos de tecidos de plantas e bioclastos carbonáticos.
Dissolução de grãos de carbonato
Pode ocorrer por consequência de:

Acúmulo de Pressão CO2 nas zonas vadose devido à respiração extensiva das
plantas e microrganismos;

Aumento da concentração de ácidos orgânicos devido à secreção de plantas;

Mistura entre águas com composições quimicamente diferentes( águas freática,


frescas e mais salinas (Zona Vadosa).
Calcetes e dolocretes compostos de bandas alternadas de calcita ferrifera a dolomite
não-ferrífera. Acredita-se que reflete a precipitação da mistura entre águas freáticas
frescas e mais salinas, vadose águas.

A dolomita precipita quando as águas dos poros são enriquecidas em Mg2 + devido a
sua concentração evaporativa, enquanto a calcita precipita das águas doces durante
os períodos chuvosos. Areias marinhas rasas e cascalho rico em carbonatos
bioclastos podem também ficar sujeitos a águas meteóricas e cimentados. Em alguns
casos, o cimento é calcita de baixo teor de Mg que ocorre como concreções orientadas
paralelamente às vias de fluxo das águas subterrânea.
Calcita e dolomita marinha
O cimento cálcico corre em águas rasas

O cimento cálcico vem acompanhado de redução do sulfato e redução de metano

A dolomita ocorre em pequenas quantidades

Dolomita é formada na zona BSR, ou por crescimento ao redor de cristais de


dolomita detrital ou na substituição de calcita/aragonita.

Decomposição de peixes por bactérias aumenta o pH do meio.


Mistura de água meteórica e marinha
O grau da mistura é influenciada pela flutuação do nível do mar;

A precipitação de calcita eogenética e dolomita em arenitos próximo à superfície


ocorre como bandas alternadas formadas por precipitação a partir de águas mistas
marinhas-meteóricas

A precipitação de carbonato de águas mistas é reforçada por um aumento da


alcalinidade devido à oxidação de matéria orgânica e do metano

Se altas taxas de Mg / Ca são mantidas, pode se precipitar em águas mistas


aragonita em vez de calcita.
Siderita
Ocorre em sedimentos continentais e costeiros devido ao baixo teor de sulfatos
dissolvidos em águas meteóricas.

Nestes ambientes, pequenos quantidades de sulfeto de ferro são formadas.


Aumentando a concentração de Fe2 + nas águas dos poros.

Nestas fácies sedimentares, a siderita está intimamente associada à pirita e à


fedolomita / ankerita.
Rodocrosita
Ocorre principalmente em regiões marinhas de grãos finos e bacias sedimentares de
águas salobras.

Aparece como cristais espalhados, comumente em formato de microesferas ou


nódulos.
Magnesita
Para ocorrer necessita um meio rico em Mg2+ e deplatado em SO42-, Ca2+ e Cl-

Estas condições podem ocorrer em climas áridos em que as águas dos poros marinhos
evaporam ou regiões continentais de salmoura enriquecida em Mg2+

Atividade bacteriana em uma das regiões acima também favorece a precipitação de


carbonato.

A magnesita eogenética marinha também é conhecida por precipitar em sedimentos


de mar profundo.

Transformação de lansfordite em magnesita.

Pode precipitar tanto em nódulos como camadas.


DISSOLUÇÃO DE CIMENTO DO CARBONATO:
MECANISMOS E CONSEQUÊNCIAS
Ocorre na eodiagênese, telodiagênese ou devido ao contínuo soterramento dos
sedimentos.

Dissolução mesodiagenética ocorre devido a água ácida e presença de CO2


proveniente de matéria orgânica.

As águas agressivas que causam a dissolução do cimento em uma unidade de arenito


são geralmente derivadas de níveis mais profundos (mais ácidas).

Espera-se que a capacidade de dissolução seja mais significativa em arenitos


permeáveis, lateralmente extensos, em bacias com alta altura hidráulica.
Critérios para o reconhecimento da porosidade secundária

É difícil identificar porém os cimentos carbonáticos quando dissolvidos, podem deixar


grãos de estrutura com margens corroídas. Existem alguns critérios para tentar
identificar:

(i)Poros superdimensionados formados pela dissolução de cimentos-carbonato de


substituição.

(ii)Cimentos carbonatos parcialmente dissolvidos em vez de contornos de cristais


euédricos;

(iii)Grãos replicativos de carbonatos rodeados por poros abertos.


RECRISTALIZAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE CARBONATO

Ocorre por conta da desestabilização do carbonatos ao longo da diagênese.

A siderita e anquerita são menos solúveis e, portanto, menos sensíveis à


recristalização do que a calcita e a dolomita. Magnesita recristaliza a baixa
temperatura pela ação de água meteórica mas é resistente ao soterramento.

Além da recristalização, a substituição de um cimento carbonático por outro é comum


durante a diagênese. O cimento de calcita eogenética pode ser substituído
parcialmente por dolomita / anquerita durante a mesodiagênese.
Equilíbrio entre
carbonatos
diagenéticos

É controlado pela
química da água dos
poros, atividades
iônicas, pH,
alcalinidade
compostos orgânicos
dissolvidos e
temperatura.
Fluxo de fluido e mecanismo mesodiagenético
● O fluxo de fluido está relacionado a compactação do sedimento, tectonismo,
infiltração meteórica profunda, convecção termoquímica e por termo gradiente.
● Diminuição de pressão de CO2 por migração do fluido.
● Adição de CO2 em região tamponada.

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