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• L. Camões / F. Pessoa
RENASCIMENTO - contextualização
Racionalismo: a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem e
pela ciência, a recusa em acreditar em qualquer coisa que não tenha sido
provada.
o Experimentalismo e a ciência conheceram grande desenvolvimento.
RENASCIMENTO
- Sociedade antropocêntrica,
- Otimismo do Homem face à sua Razão;
- Homem como criador do seu próprio destino;
- Valorização das letras, das artes e cultura greco latinas;
- Humanismo: afirmação e interesse pelo homem;
- Naturalismo: observação da Natureza, explicação dos seus
fenómenos e acesso aos seus segredos;
- a nível social: defesa de uma sociedade perfeita;
- Atitude religiosa: cristãos com uma atitude crítica quanto à
Igreja oficial; redescoberta da Bíblia e dos Evangelhos;
- nova mundividência.
Poema Épico / Os Lusíadas
• Características gerais
• Estrutura: externa e interna
OS LUSÍADAS
Luís de Camões
(1572)
Entre a estrutura da
obra
e as
reflexões de um poeta
Os Lusíadas, de Luís de Camões (1572)
INTRODUÇÃO
Proposição (canto I : est. 1 a 3)
. anúncio do que o poeta se propõe cantar
Invocação
. às Tágides (canto I: est. 4 e 5)
. a Calíope (canto III: est. 1 e 2)
. às ninfas do Tejo e do Mondego (canto VII: est. 78 a 87)
. a Calíope (canto X: est. 8)
Dedicatória (a D. Sebastião)
. canto I: est. 6 a 18
. canto X: est. 146-156
Narração
DESENVOLVIMENTO
Ação central (narrada pelo poeta-narrador) O destino profético
Alternância entre . Profecias de Júpiter (can-
tos I e II)
o plano da VIAGEM (grande feito)
. Profecias no Consílio dos
deuses marítimos (canto
o plano da MITOLOGIA (divinização) VI)
. Profecias na Ilha dos Amo-
res (canto X)
Ação secundária (encaixada na viagem e narrada
por Vasco da Gama): a HISTÓRIA DE PORTUGAL
. Canto III – centrado na primeira dinastia
. Canto IV – centrado nas origens da se- O destino profético
gunda dinastia (entre o vivido e o
. Canto V – centrado na história já passada imaginado)
. Sonho profético de D. Ma-
da viagem (Vasco da Gama
nuel (canto IV)
como narrador participante) . Maldição do Adamastor
(canto V)
CONSIDERAÇÕES DO POETA
Os Lusíadas, de Luís de Camões (1572)
CONSIDERAÇÕES DO POETA
. Localizadas normalmente no final de cada canto
. Marcadas pela expressão lírica do poeta (género lírico no interior do
épico)
- marcas da primeira pessoa
- estilo da reflexão e da divagação (exclamações, interrogações, vocativos
suspensões…)
. Linhas temáticas diversificadas nas reflexões produzidas
- Canto I (est. 105-106): fragilidade da vida humana
- Canto V (est. 92-100): lamentação face ao desprezo pela poesia
- Canto VI (est. 95-99): reflexão sobre o valor da glória
- Canto VII (est. 78-87): queixas do poeta
- Canto VIII (est. 96-99): reflexão sobre o poder do ouro
- Canto IX (est. 88-95): exortação aos que aspiram à imortalidade
- Canto X (est. 145-146): lamento do poeta
Os Lusíadas, de Luís de Camões (1572)
CONCLUSÃO
a estrutura
Mensagem de Fernando Pessoa
“Desejo ser um criador de
mitos, que é o mistério mais
alto que pode obrar alguém da
Humanidade.”
Fernando Pessoa,
Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação
“A criação de um Portugal
mítico foi um dos trabalhos da
vida de Pessoa ao longo de
muitos anos, e veio a
configurar-se no único livro de
poemas em português, que ele
publicou: Mensagem.”
Jorge de Sena, in “Persona”
Mensagem de Fernando Pessoa
Escrita por Fernando
Pessoa, entre 1913 e 1934,
– num período de
crescente crise nacional.
Publicada no dia 1 de
dezembro de 1934, no
aniversário da restauração
da independência.
Única obra completa em
português, publicada em
vida do poeta.
Estrutura de Mensagem
Obra composta por 44 poemas,
apresentados numa estrutura tripartida.
Mensagem
?
O que significa
cada uma destas
três partes
Brasão
Mar Português
O Encoberto
Significado da estrutura de Mensagem
1.ª parte – “Brasão”
Brasão: a matriz, o símbolo, o emblema, o selo da pátria.
Nascimento da pátria
Fundação da nacionalidade,
construção da pátria e do império.
Poemas que aludem aos fundadores
e construtores, heróis lendários ou
históricos, convertidos em símbolos.
Significado da estrutura de Mensagem
1.ª parte – “Brasão”
Versos exemplares de poemas da 1.ª parte
- uma visão mítica da construção da pátria, do sonho e ânsia do império.
Realização da pátria
2. Mar Português
Vida
Renascimento
Realização do império
do império
territorial sonhado
espiritual:
Quinto Império
1. Brasão 3. O Encoberto
Nascimento Morte
Os fundadores e Fim das energias
construtores do império do império
Estrutura de Mensagem
?
Que títulos têm
e como estão organizados
os poemas da
1.ª parte – “Brasão”
Estrutura de Mensagem
“Brasão” Poemas
Os Campos O dos Castelos
O das Quinas
Os Castelos Ulisses
Viriato
O Conde D. Henrique
D. Tareja
D. Afonso Henriques
D. Dinis
D. João I
D. Filipa de Lencastre
I - Os Campos
II - Os Castellos
III - As Quinas
IV - A Coroa
V - O Timbre
BRASÃO
I - Os Campos:
I. O dos Castelos
II. O das Quinas
BRASÃO
II - Os Castellos:
I. Ulysses
II. Viriato
III. O Conde D. Henrique
IV. D. Tareja
V. D. Afonso Henriques
VI. D. Diniz
VII. (I) D. João o Primeiro
(II) D. Philippa de Lencastre
BRASÃO
III - As Quinas:
I. D. Duarte, Rei de Portugal
II. D. Fernando, Infante de
Portugal
III. D. Pedro, Regente de
Portugal
IV. D. João, Infante de
Portugal
V. D. Sebastião, Rei de
Portugal
BRASÃO
IV - A Coroa:
Nun’Álvares Pereira
BRASÃO
V - O Timbre:
A Cabeça do Grypho:
O Infante D. Henrique
?
Que títulos têm
e como estão organizados
os poemas da
2.ª parte – “Mar Português”
I – Os Campos
II – Os Castelos
Primeira Parte: III – As Quinas
BRASÃO IV – A Coroa
“Bellum sine Bello” V – O Timbre
Estrutura
Segunda Parte:
da MAR PORTUGUÊS
12 Poemas
Mensagem “Possessio Maris”
Estrutura de Mensagem
“Mar Português” não apresenta divisões temáticas.
Integra 12 poemas cujos títulos são clarificadores.
Poemas
O Infante
Horizonte
Padrão
O Mostrengo
Epitáfio de Bartolomeu Dias
Os Colombos
Ocidente
Fernão de Magalhães
Ascensão de Vasco da Gama
Mar Português
A Última Nau
Prece
O ENCOBERTO
I – Os Symbolos
II – Os Avisos
III – Os Tempos
O ENCOBERTO
I - Os Symbolos:
I. D. Sebastião
II. O Quinto Império*
III. O Desejado
IV. As Ilhas
Afortunadas*
V. O Encoberto
O ENCOBERTO
II - Os Avisos:
I. Bandarra*
III - Os Tempos:
I. Noite
II. Tormenta
III. Calma
IV. Antemanhã
V. Nevoeiro*
Estrutura de Mensagem
?
Que títulos têm
e como estão organizados
os poemas da
3.ª parte – “O Encoberto”
Estrutura de Mensagem
“O Encoberto” Poemas
Os Símbolos D. Sebastião
O Quinto Império
O Desejado
As Ilhas Afortunadas
O Encoberto
Os Avisos O Bandarra
António Vieira
Screvo meu livro à beira-mágoa
Os Tempos Noite
Tormenta
Calma
Antemanhã
Nevoeiro
Quinto Império
Bíblico
Sonho do rei da Babilónia…
“Ó rei, tu tiveste uma visão. Eis que uma
grande, uma enorme estátua se levantava diante
de ti; (...) tinha a cabeça de ouro fino, o peito e os
braços de prata, o ventre e as ancas de bronze, as
pernas de ferro, os pés metade de ferro e metade
de barro. (…) uma pedra se desprendeu da
montanha, e veio bater nos seus pés, e lhos
esmigalhou. (…) A pedra que tinha embatido
contra a estátua transformou-se numa alta
montanha, que encheu toda a terra.”
Dn 2, 31-35
Interpretação do sonho…
Cabeça de oiro fino – Reino de Nabucodonosor;
Apologia do sonho
Purificação da humanidade
Encontrou
Adoptou Mito de D. Sebastião
Aprofundou
Transfigurou
Salvador
Salvação
Territorial Espiritual
Quando chegará
A
Redija um texto expositivo de oitenta a cento e trinta palavras sobre a
relação que, na Mensagem de Fernando Pessoa, poderemos estabelecer
entre a temática do Sebastianismo e do Quinto Império e a estrutura
tripartida da obra.
Oficina de escrita
B
Num texto expositivo-argumentativo bem estruturado, de cem a duzentas
palavras, refira a relevância da estrutura de Mensagem na construção do
sentido desta obra de Fernando Pessoa.
Fundamente a sua opinião com argumentos decorrentes da sua
experiência de leitura da obra.
Exame Nacional de Português – 12.º ano, 2006