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A questão da

horticultura/agricultura
no Brasil
• Macrovestígios e Microvestígios
• Preservação dos restos botânicos.
• Indicativos do consumo de vegetais.
– Instrumentos
– Índice de cáries
– Vasilhames cerâmicos
• Dados etnográficos e etnohistóricos
– O debate predador x produtor
• Leroi-Gourhan – o início da domesticação de
plantas teria tido como consequência o
processo de sedentarização e o aumento
demográfico.
• Gordon Childe e G. Clark postulam que o
advento da agricultura deve ter sido uma
descoberta que salvou da fome populações
desestabelecidas pelas mudanças climáticas.
• Causa única para o surgimento da agricultura.
– Conhecimento acumulativo
– Escassez de alimentos
– Aumento demográfico
• O porquê de alguns grupos intensificarem a
atividade agrícola.
– Manejos ambientais que misturam o conceito de
coleta e domesticação e teriam garantido a
estabilidade alimentar.
• Relatos de cronistas
como Hans Staden
apontam que a
intensificação do cultivo
foi em alguns lugares
incentivada pelos
colonizadores.
• Pesquisadores brasileiros
foram por bastante
tempo desinteressados
nos restos botânicos.
•O problema da
utilização da cerâmica
como evidência de
domesticação de
plantas.

•Outros recipientes
foram utilizados.
• a cerâmica pode ter
outros usos além da
armazenagem e
preparo de alimentos.
• Indícios mais antigos de consumo de vegetais
datam entre 11 e 9 mil anos pertencem a
Fase Paranaíba (Goiás)
– Coquinhos de plameira e e caroços de frutos
associados a ferramentas de quebrar e moer.
• No Sul entre 10.400 e 8.500
– Frutas carbonizadas vinculadas a fase Uruguai.
• Serra do Cipó 9 mil anos –
– frutas do cerradão que existem até hoje.
• Gruta do Gentio 3.900 anos.
– Evidências de consumo de milho.
• Lapa do Boqueirão Soberbo (Varzelândia)
– Espigas de milho depositadas em pequenos silos.
• Gruta do Gentio (Unaí)
– Grutas de formação calcárea e transição
cerrado/caatinga.
– Milho, amendoim,
• Lapa do Barreirinho
• Espigas de milho de 3.000 a.C.
• Lapa do Boquete
• Toca do Gongo I (2090 +- 110)
– Líticos lascados e polidos.
– Restos de semente de amendoim, feijão, cabaças
inteiras e quebradas.
• Sítio Alcobaça
– Palhas e sabugo de milho associados a fogueira
datadas de 4.243 +- 26.
– Cabaças inteiras e fragmentadas associadas a
enterramento datadas de 2.466 e 2.405.
– Cascas e sementes de umbu, diversos coquinhos e
restos vegetais não identificados.
• Evidências de consumo vegetal em sítios
litorâneos
– Sítio Corondó – incidência de cáries indicando alto
consumo de carboidratos (Carvalho, 1984).
• Camadas compostas de restos de vegetais
calcinados em sítios inundados.
• Quebra coquinho –
uma ou várias
depressões da ação
de quebra sementes.
– Outros usos.
– Sua grande incidência
aponta para um alto
consumo de
coquinhos na pré-
história brasileira.
– Marcas de usos.
• Mó – Peça de superfície plana, onde o vegetal
era colocado para ser esmagado por pressão e
e pequenas batidas por movimentos circulares
pela mão de mó.
• Almofariz – utilizado para socar vegetais e
triturar grãos duros. No Brasil sua incidÊncia
parece estar relacionada ao processamento do
milho.
• Informações etnohistóricas sobre o uso dos
utensílios polidos.
– Gabriel Soares de Souza informa que tais
instrumentos eram utilizados pelos indigenas para
raspar as raízes da mandioca até ficarem muito
brancas.
– Neuwied relata ter encontrado em cabanas de
botocudos pedras grandes e grossas com as quais
costumavam partir certo coco silvestre.
– Ribeiro (1978) identifica já no século XX quebra-cocos
carregados pelos índios bororo por serem difíceis de
se encontrar pedras com as características
necessárias.
• Aparentemente antes da
intensificação do cultivo do
milho e mandioca já havia um
sofisticado conhecimento
sobre a coleta e
processamento de vegetais.
• Experimentações e
descobertas acidentais.
• Importância da existência de
espécies palmáceas nas
proximidades dos
assentamentos.
Coquinho Jerivá
• Outros tipos de farinha.
• Sedentarismo e demarcação de territórios.
– Crescimento populacional associado a coleta.
• Exploração sazonal e ocupação de pontos
estratégicos.
• Possível surgimento da sedentarização e das
técnicas de manejo e processamento vegetal
no litoral.
• Hipóteses para a especialização em
detrimento da diversificação.
– Chegada de grupos detentores do conhecimento
de cruzamento de espécies que propiciariam
melhor rendimento e resistência ao cultivo.
– Início da atividade de trocas.
– Aumento demográfico – estratégia defensiva.
• Escassez de estudos de palinologia, flotação e
de isótopos de carbono 12, 13 e Nitrogênio
15.
• Patologias ósseas oriundas de deficiências na
dieta dos indivíduos.
• Origens da cerâmica
– Difusionismo – Meggers, Brochado.
• Antiguidade
– Caverna Pedra Pintada 7.5 mil
– Sambaqui Taperinha 7 mil
– Tradição Mina 5 mil

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