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Tema da Aula:

Atuações da Psicologia Jurídica.

Profa. Viviane Ribeiro.


Todo ato violento é criminoso?

 Se não prejudicou ninguém foi um ato violento mas não


um ato criminoso.

 A PSICOLOGIA JURÍDICA E FORENSE NÃO LIDA


APENAS COM CRIMES.
Psicologia X Direito: relação possível?

PSICOLOGIA DIREITO
Denominações: jurídica, forense e outras.
 Psicologia jurídica:
 a palavra “jurídica” torna-se mais abrangente por referir-se
aos procedimentos ocorridos nos tribunais, bem
como àqueles que são fruto da decisão judicial ou
ainda àqueles que são de interesse do jurídico ou do
Direito.

 Psicologia forense:
 relativo ao foro judicial;

 Psicologia e ley (lei):


 utilizado em alguns locais da Europa.
Objeto de estudo da Psicologia jurídica segundo
Juan Horácio Popolo.

 “Psicologia Jurídica é uma área de especialidade da


Psicologia e, por essa razão, o estudo desenvolvido
nessa área deve possuir uma perspectiva psicológica
que resultará num conhecimento específico”.

 Para ele, o objeto de estudo da PsicologiaJurídica


são os comportamentos complexos (conductas
complejas) que ocorrem ou podem vir a ocorrer.
 Exemplo: por que uma mãe abandona seu filho? E depois
quer de volta a guarda deste? Ela tem condições de tornar a
ser guardiã?
Definição de Psicologia Jurídica pelo Colégio
Oficial de psicólogos da Espanha.

 Área de trabalho e investigação psicológica especializada cujo objeto de


estudo é o comportamento dos atores jurídicos no âmbito do Direito, da
lei e da Justiça.

 Destaca que ambas as definições (De Popolo e esta) estabelecem como


objeto de estudo da Psicologia Jurídica o comportamento
humano no âmbito do mundo jurídico.

 A autora questiona:
 “A Psicologia Jurídica estuda apenas comportamento?

 “Será que ela deve apenas dedicar-se ao estudo do


comportamento?”
“A Psicologia Jurídica estuda apenas comportamento?
Será que ela deve apenas dedicar-se ao estudo do
comportamento?”

 França:
 “acredito que ela deve ir além do
estudo de uma das manifestações da
subjetividade, ou seja, o estudo do
comportamento. Devem ser seu
objeto de estudo as
conseqüências das ações
jurídicas sobre o indivíduo”.
Desafio e limites para os psicólogos
jurídicos
 Desafio: serem produtores de
conhecimento levando em consideração
os aspectos sócio-históricos, de
personalidade e biológicos que constituem
o indivíduo.

 Limites:Perícia é um recorte da realidade que a


pessoa está apresentando naquele momento, pode
não representar o todo daquela pessoa.
Subdivisões da Psicologia Jurídica:
 Direito Trabalhista: empregado que acusa o
empregador de não fornecer ambiente adequado que
lhe causou aceleração de uma doença; assédio moral;
assédio sexual.

 Direito penal: exame de personalidade durante o


cumprimento de pena restritiva de liberdade para
adequação do tratamento penal; o exame de cessação
de periculosidade (quando recebeu medida de
segurança – psiquiatria).

 Direito criminal: se cometeu ou não um crime; se a


vítima está falando a verdade; o estado mental
quando da ocorrência do crime.
Subdivisões da Psicologia Jurídica:
 Direito Civil: avaliação de interdição (sanidade
mental); dano psicológico para a pessoa receber
indenização; ex: vizinho barulhento ; anulação de
casamento; anulação de testamento.

 Direito da Infância e Juventude: avaliação e


acompanhamento de situações de adoção;
acompanhamento a adolescentes em conflito com a
lei (liberdade assistida, prestação de serviço a
comunidade, internação).
Subdivisões da Psicologia Jurídica:
 Direito do testemunho: estudo dos testemunhos em
processos criminais; acompanhamento psicológico na
fase de inquérito policial.

 Policial ou das forças armadas: seleção e formação do


policial; atendimento psicológico dentro da corporação,
inclusive a familiares; com a prática da autópsia
psicológica durante processos de investigação.

 Vitimologia: acompanhamento às vítimas de um crime,


ex: de violência doméstica; de abuso sexual;
Subdivisões da Psicologia Jurídica:

 Mediação: mediando conlitos e auxiliando na


responsabilização das partes pela resolução dos seus
conflitos.

 ONGs e organizações governamentais que trabalhem


com aspectos ligados a justiça, ex: abrigos; programa
família acolhedora.

 Formação a juízes/promotores.
Conclusão:
 A Psicologia ainda tem muito a fazer para se projetar neste âmbito.

 Como?

 Sugestões:
 Através de publicação das consequências de sua atuação;

 Participando de eventos científicos;

 Produzindo conhecimento além das indagações da justiça;

 Atuando com profissionalismo nos espaços já existentes para a área.


Referências da aula:

 FRANÇA, Fátima. Reflexões sobre Psicologia Jurídica e seu


panorama no Brasil. In: Psicologia: Teoria e Prática. 2004, 6
(1): 73-80.

 ROVINSKI, Sonia L. R. Fundamentos da Perícia


Psicológica Forense. São Paulo:Vetor, 2004.

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