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Capítulo 1

Questões Básicas
no Estudo
do Desenvolvimento
A Criança em Desenvolvimento – Helen Bee & Denise Boyd

Perspectivas sobre o desenvolvimento


 Os psicólogos como “especialistas em paternagem”
 John B. Watson
 Horários rígidos de amamentação e treinamento da toalete
 A paternagem tradicional torna as crianças emocionalmente fracas;
esta “rigidez” assegura que as crianças se tornem emocionalmente
“duras”
 Benjamin Spock
 Não impor demandas excessivas às crianças
 Evitar conflito demais em relação a desmame e treinamento da toalete
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Natureza versus criação


 Idealistas e racionalistas
 Platão, Descartes
 Algum conhecimento é inato
 Empiristas
 John Locke
 Tabula Rasa
 Todo conhecimento é criado pela experiência
 Fatores ambientais alteram o desenvolvimento
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Natureza versus criação


 Interacionistas
 Jean-Jacques Rousseau
 Todos os seres humanos são naturalmente bons
 Buscar experiências que ajudem a promover o crescimento
 O desenvolvimento envolve a interação entre forças internas e
externas
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Natureza versus criação


 G. Stanley Hall
 Os marcos da infância eram ditados por um plano de
desenvolvimento inato
 Identificar normas
 John Watson
 Behaviorismo
 As crianças podem ser treinadas por meio de manipulação do
ambiente
 “Pequeno Albert”
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Questão de continuidade-descontinuidade
 Continuidade
 Mudança quantitativa
 Mudança na quantidade
 Descontinuidade
 Estágios do desenvolvimento
 Mudança qualitativa
 Mudança na espécie ou tipos
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Influências internas e externas


 Maturação
 Padrões de mudança sequencial geneticamente programados
 Universais
 Sequencial
 Relativamente impermeável a influências ambientais
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Influências internas e externas


 O momento da experiência
 A experiência pode ser necessária para ativar programas genéticos
 Período crítico
 Filhotes de pato e fixação : Quando os filhotes de ganso tornam-se
fixados em, e seguem, sua mãe (Lorenz)
 Período sensível
 O momento em que uma experiência em particular pode ser melhor
incorporada ao processo maturacional
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Influências internas e externas


 Genética do comportamento
 Estudo das contribuições genéticas ao comportamento ou traços,
p.ex., inteligência ou personalidade
 A hereditariedade afeta uma ampla variedade de comportamentos
 Altura, forma corporal, tendência a obesidade
 Inteligência geral
 Capacidade visual espacial
 Alcoolismo, esquizofrenia, depressão
 Temperamento – emocionalidade, atividade, sociabilidade
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Influências internas e externas


 Interação gene-ambiente
 A herança genética da criança pode prever alguma coisa sobre
o ambiente
 A hereditariedade pode afetar a forma da criança comportar-se com
outras pessoas
 As interpretações das crianças de suas experiências são
influenciadas por tendências genéticas
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Influências internas e externas


 Modelos internos de experiência
 Um conjunto de ideias sobre o mundo, sobre si mesmo, e sobre
relacionamentos com outras pessoas – através dos quais toda
experiência subsequente é filtrada
 Modelo de influência ambiental de Aslin
 cinco modelos de possível interação gene-ambiente (ver próximo
slide)
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Figura 1.1
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A perspectiva ecológica
 Ecologia – contexto no qual cada criança se desenvolve
 Urie Bronfenbrenner
 As crianças crescem em uma ecologia social complexa
 Individualismo: O mundo é constituído de pessoas independentes
cujas realizações e responsabilidades são individuais, não coletivas
 Coletivismo: Ênfase na identidade de grupo partilha e tomada de
decisão em grupo
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Vulnerabilidade e resiliência
 Vulnerabilidades
 Temperamento difícil, anormalidade física, alergias, alcoolismo
 Fatores protetores
 Alta inteligência, boa coordenação, temperamento fácil, sorriso
encantador
 Ambientes facilitativos encorajam o desenvolvimento
 Crianças com fatores protetores altos mostram resiliência
mesmo em ambientes difíceis
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Figura 1.2
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Mudanças relacionadas à idade


 Normativas do período etário : Comuns a todos os membros
da espécie
 Normativas do período histórico : Forças históricas que
afetam cada geração um pouco diferentemente
 Não normativas (diferenças individuais): Resultam de
eventos únicos, não compartilhados
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Teorias do desenvolvimento
 Teorias psicanalíticas
 Comportamento é governado por processos inconscientes e
conscientes
 Sigmund Freud
 Libido
 Mecanismos de defesa
 Estrutura da personalidade (Psique)
 Id, ego, superego
 Estágios psicossexuais
 Oral, anal, fálico, latência, genital
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Teorias psicanalíticas
 Eric Erikson
 Estágios psicossociais
 As crianças são influenciadas por demandas culturais que são
relacionadas à idade
 As crianças devem interagir de forma positiva com o ambiente para
formar uma personalidade saudável
 Confiança versus desconfiança
 Os cuidadores devem ser responsivos e amorosos
 A desconfiança pode levar à dificuldade em formar relacionamentos íntimos
na idade adulta
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Teoria cognitivo-desenvolvimental
e do processamento de informação
 Jean Piaget
 Adaptação – a natureza do organismo humano é adaptar-se ao seu
ambiente
 Assimilação
 Acomodação
 Equilibração
 Teoria dos estágios do desenvolvimento cognitivo
 Todas as crianças passam pelos mesmos tipos de descobertas
sequenciais sobre seu mundo
 Cognitivamente, as crianças devem progredir através de quatro
estágios distintos
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Teoria cognitivo-desenvolvimental
e do processamento de informação
 Lev Vygotsky
 Formas de pensar complexas têm suas origens em
interações sociais
 Andaimagem
 Condução da aprendizagem da criança de novas habilidades
cognitivas por um parceiro social hábil, por meio de modelação e
estrutura
 Zona de desenvolvimento proximal
 Tarefas que são muito difíceis para a criança fazer sozinha, mas que
podem ser realizadas com a ajuda de um adulto ou uma criança mais
experiente
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Teoria cognitivo-desenvolvimental
e do processamento de informação
 Teoria do processamento de informação
 Explica como a mente gerencia a informação
 Usa modelos do computador para explicar a aprendizagem
 Teorias explícitas sobre formação de memória
 Memória sensorial
 Memória de curto prazo
 Memória de longo prazo
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Figura 1.3
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Teorias da aprendizagem
 Condicionamento clássico – Ivan Pavlov
 Resposta automática, ou não condicionada, como um reflexo, é
ativada por um novo estímulo após ser combinada diversas vezes
com aquele estímulo
 Condicionamento operante – B.F.Skinner
 Reforço positivo
 Reforço negativo
 Punição
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Teorias da aprendizagem
 Teoria sociocognitiva – Albert Bandura
 Aprendizagem observacional ou modelação
 Aprender observando outra pessoa realizar a ação
 Pode ser usada para aprender tanto conceitos abstratos como
habilidades concretas
 Reforço intrínseco
 Reforço interno, como orgulho
 Não indica mudanças comportamentais que acompanham a idade
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Comparando teorias
 Suposições
 Ativa ou passiva?
 Natureza ou criação?
 Estabilidade ou mudança?
 Utilidade
 Gera previsões?
 Valor heurístico?
 Valor prático?
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Abordagem eclética
 Uso de múltiplas perspectivas teóricas para explicar e
estudar o desenvolvimento humano
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Questões a ponderar
 Examine sua própria infância
 Quais são três dos fatores influentes do ambiente de sua infância
que ajudaram a moldar quem você é hoje?
 Quais são três dos traços biológicos ou genéticos importantes que
ajudaram a moldar quem você é hoje?
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Modelos e metas de pesquisa


 Quatro metas para o estudo científico do desenvolvimento
humano
 Descrever
 Prever
 Explicar
 Influenciar
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Mudanças relacionadas à idade


 Modelos transversais
 A pesquisa transversal é muito útil porque é relativamente rápida
de fazer
 Pode dar indicações de possíveis diferenças etárias ou mudanças
etárias
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Mudanças relacionadas à idade


 Modelos longitudinais
Apenas estudando as mesmas crianças com o passar
do tempo (ou seja, longitudinalmente), é que os
desenvolvimentalistas podem identificar consistências (ou
mudanças) no comportamento através das idades

 Estudo dos mesmos indivíduos ou mesmos grupos durante


um período de tempo longo
 Podem identificar diferenças individuais e compará-las com
diferenças de grupo
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Mudanças relacionadas à idade


 Modelos sequenciais
 Permitem comparação de coortes enquanto ao mesmo tempo
incorporam algum grau de diferenças individuais
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Figura 1.4
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Identificando relações entre variáveis


 Observações naturalistas  Estudos de caso
 Observação de pessoas em  Exames profundos de um
seus ambientes normais único indivíduo
 Viés do observador  Extremamente úteis na
 Têm poder de generalização tomada de decisão sobre
limitado indivíduos
 Frequentemente é a base de
hipóteses importantes sobre
eventos desenvolvimentais
incomuns
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Identificando relações entre variáveis


 Correlações  Correlação positiva
 Número variando de -1.00 a  Escores altos em uma
+1.00 variável geralmente são
 Descreve a força de uma acompanhados por escores
relação entre duas variáveis altos na outra
 Correlação negativa
 Duas variáveis que se
movem em direções opostas
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Limites das correlações


 Elas não revelam relações causais
 Ou seja, uma variável não pode nos dizer se uma causa a
ocorrência da outra
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Experiências
 Grupo-controle
 Variável dependente
 Grupo experimental
 Variável independente

 Quase-experiências
 Sem designação aleatória
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Pesquisa intercultural
 Etnografia
 Estudo extensivo de uma cultura baseado em observação
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Ética da pesquisa
 Proteção dos direitos dos animais e de seres humanos
 Proteção contra dano
 Consentimento informado
 Confidencialidade
 Conhecimento de resultados
 Proteção contra trapaça

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