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O PODER

NAS
ORGANIZAÇÕES
PROF. Dr. JOSE VANDILO DOS SANTOS - UFT
O conceito de poder
• Poder - é a capacidade que possuem
os indivíduos e grupos sociais, entre
os quais as organizações, de
modificarem o comportamento de
outros grupos ou pessoas.
• O poder ocorre em todas as relações sociais, e
está disseminado em todas as sociedades e
grupos sociais.

• Constitui, portanto, um fenômeno social, e


não individual. Sua característica fundamental
é que é um componente de uma relação
social.
• Inspirado em Weber, Roberto Dahl elaborou
uma definição de poder que é considerada
clássica nos estudos organizacionais:

• “O poder de uma pessoa A sobre uma pessoa


B é a capacidade de A de obter que B faça algo
que não teria feito sem a intervenção de A”.
Os componentes do poder
O poder se manifesta através de pelo menos
três componentes:
- a força – coerção física;
- a autoridade – burocrática (racional),
tradicional carismática e
- a influência – é influente o individuo que
consegue modificar o comportamento dos
outros sem ocupar cargo público ou privado, e
sem utilizar nenhuma forma de coerção física.
A dominação

• A dominação, segundo Weber, é


a probabilidade de encontrar
obediência a uma ordem.
• De acordo com Weber, a existência
de um quadro administrativo
configuram uma forma de
dominação.

• Qualquer associação é sempre uma


dominação, em virtude de um
quadro administrativo.
• É importante destacar que não basta
a vontade de dominar o outro (ou
outros) para que haja dominação; é
necessário que haja disposição de
obediência por parte do outro (ou
dos outros).
• Toda dominação busca legitimidade, o
reconhecimento social de sua validade.
• São inúmeros os elementos que podem se
constituir em fonte de poder:
- A posse do conhecimento;
- Meios materiais, etc.
• A posse simples do conhecimento não dá ao
possuidor, ou seja, capacidade de influir em
outrem. Só através da habilidade na
manipulação desse conteúdo é que o
indivíduo poderá transformá-lo em fonte
efetiva de poder. O mesmo ocorre com a
posse de meios materiais.

• O poder depende do lugar.


O poder nas organizações
• Uma organização é uma estrutura hierárquica
de poder;
• O exercício do poder do ponto de vista
administrativo é inerente à função gerencial,
pois trata-se de induzir pessoas a agirem de
acordo com determinadas expectativas;
• Uma organização é fundamentalmente, “o
reino das relações de poder, de influência, de
regateio e de cálculo onde as relações
conflitivas não se ordenam segundo um
esquema lógico integrado”, sendo que, “para
muitos atores, são o meio de manifestar-se e
de ter peso sobre o sistema e seus membros
embora seja de maneira totalmente desigual”.
• Para Crozier e Friedberg, o poder é um
comportamento que sempre apresenta dois
aspectos:

- ofensivo – aproveitar as oportunidades;

- defensivo – manter e ampliar sua margem


de autonomia, sua capacidade de atuar.
• Podemos entender o poder também como:

- O poder de recompensa;
- O poder coercitivo;
- O poder legítimo;
- O poder do especialista;
- O poder de referência.
• A fronteira da organização termina onde o
controle termina;

• Segundo Weber, as organizações seriam


também instrumentos de dominação (física e
psíquica) sobre todos os seus membros, desde
o presidente ou diretor geral até o operário ou
empregado. Desde o uniforme ou o slogan até
os jargões organizacionais.
Controle nas organizações

• Telefone celular e a internet;

• Quem exerce o controle tem o poder. Quem


tem poder exerce controle.
• As fontes de poder nas organizações são:

– Nacionalidade;

– Sexo;

– Status, etc.
O conflito nas organizações
• O conflito é disputa pelo poder;

• Nos primórdios da teoria organizacional, o


conflito era visto como um fenômeno
essencialmente negativo e que impedia a
progressão das organizações. Atualmente,
considera-se o conflito como inerente a
qualquer sistema social e sinalizador
importante da necessidade de mudanças.
• BIBLIOGRAFIA:

DIAS, Reinaldo. Sociologia das organizações. São Paulo: Atlas,


2008.

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