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Aneurisma

Clínica Cardiológica

Docente: José Ronaldo Junior


Discentes: Catherine Abdalla
Francisca Alvoredo
Aneurisma
• É caracterizado pela dilatação anormal de um vaso
sanguíneo causado pelo enfraquecimento das
paredes do vaso, por trauma ou por doença
vascular.
• A aorta é a principal artéria do corpo. Ela se
origina no ventrículo esquerdo do coração,
atravessa o tórax e o abdome, dando origem às
demais artérias (ramos) que levam o sangue aos
diversos segmentos do corpo. A porção da aorta
que fica dentro do tórax é chamada de aorta
torácica; após atravessar o músculo diafragma,
passa a ser chamada de aorta abdominal.
Aneurisma da Aorta Torácica
• É uma área dilatada na parte superior da aorta que
passa pelo tórax. Nos casos mais comuns as paredes
das artérias começam a ficar fracas e a seção perto
do coração alarga. Com isso, a válvula entre o
coração e a aorta não fecha apropriadamente e o
sangue vaza de volta ao coração.
Aneurisma da Aorta Abdominal
• É uma dilatação (protuberância) da artéria na altura
do abdômen, a nível dos rins ou logo abaixo, o
diâmetro ultrapassa 3cm podendo atingir até 6cm.
Fatores de Risco
• Idade acima dos 60 anos
• Prevalência no sexo masculino
• Tabagismo
• Hipertensão
• Hipercolesterolemia – Colesterol alto
• Aterosclerose – Artérias obstruídas
• Histórico familiar – Fatores genéticos
Sintomas
• Aneurisma Torácico:
 Dor no peito
 Dor nas costas
 Rouquidão
 Tosse
 Falta de ar
• Na ruptura os sinais são:
 Dor aguda e repentina na parte superior das costas
que irradia para baixo
 Dor no peito, queixo, pescoço ou nos braços
 Dificuldade para respirar
Sintomas
• Aneurisma Abdominal:
 Dor abdominal
 Dor na região lombar
 Dor nas pernas
• Na ruptura os sinais são:
 Forte dor abdominal ou nas costas
 Pressão arterial baixa ou uma súbita perda de
consciência.
 Choque hipovolêmico
Diagnóstico

• Radiografia
• Ultrassonografia com Doppler
• Tomografia computadorizada
• Exame de ressonância magnética
Raio X de Aneurisma Torácico
Raio X de Aneurisma Abdominal
Ultrassonografia de AAA
Ultrassonografia AAT
Tomografia computadorizada de abdome. Aneurisma
sacular e fusiforme da aorta abdominal (A). Ectasia da
aorta abdominal ao nível do tronco celíaco ...
Tomografia de AAT
Ressonância Magnética AAA
Ressonância Magnética AAT
Tratamento
• Há duas formas de tratar. Uma é o tratamento clínico,
quando o aneurisma é fusiforme, ou seja, ambas as
paredes da aorta estão dilatadas, mas é pequeno. Esse
aneurisma requer acompanhamento e controle dos
fatores de risco. A cada seis meses ou anualmente, o
médico avalia a sua evolução.
• A outra forma é cirúrgica. Neste caso, o paciente tem um
aneurisma fusiforme maior, com diâmetros considerados
perigosos pela literatura médica. Nestes casos, a cirurgia
pode ser feita de duas maneiras: através de uma técnica
convencional, com abertura da cavidade torácica e
abdominal, ou de uma técnica minimamente invasiva
chamada de cirurgia endovascular.
Tratamento Pós Cirúrgico – 24/48 horas
• UTI:
- Monitorização ventilatória
- Otimização da ventilação mecânica
- Gasometria arterial
- Desmame
- Extubação
- CPAP (pressão positiva contínua em vias
aéreas)
- Umidificação contínua
Tratamento Fisioterapêutico Pós-
operatório > 48 horas
• Enfermaria:
- Sentar o paciente na poltrona
- Deambulação precoce
- Voldyne
- CPAP
- Exercícios de flexão e extensão da cintura pélvica
- Exercícios de adução, flexão, abdução e rotação da
cintura escapular
- Correção postural
Tratamento Fisioterapêutico Pós-
operatório tardio
• Geralmente esta fase será iniciada no 7º dia
de pós-operatório e serão ministrados
exercícios de resistência progressiva.
- Esteira e bicicleta ergométrica
- Paralelas
- RPG
Complicações no Pós-operatório
• - Acidose e alcalose respiratória e metabólica
• - Hemorragias
• - Disrritmias
• - Síndrome de baixo débito
• - Insuficiência renal
• - Infecções bacterianas
• - Complicações neurológicas
• - Convulsões
• - Atelectasias
• - Edema agudo pulmonar
• - Paralisia do nervo frênico
• - Barotrauma e volutrauma
• - Pneumonia por broncoaspiração
Bibliografia

• ARMELIN, Egas. Ecocardiografia/ Egas Armelin, José Maria Del


Castilho, Orlando H. de Melo. – São Paulo: Panamed, 1981
• www.henriqueelkis.com.br/tipos-de-aneurismas.asp
• www.medtronicbrasil.com.br
• www.minhavida.com.br/saude/temas/aneurisma-da-aorta-
toracica
Caso Clínico
• Paciente APB, 70 anos com antecedente apenas de tabagismo, o
qual havia interrompido há 4 anos, detectou-se em exame
ultrassonográfico a presença de aneurisma de aorta abdominal,
durante investigação urológica. Negava história familiar de
aneurisma de aorta, sem história de claudicação intermitente ou
sintomas neurológicos. Ao exame físico o paciente apresentava
tumor abdominal pulsátil com aproximadamente 5 cm de diâmetro
e outro em fossa ilíaca direita com aproximadamente 4 cm de
diâmetro e presença de sopro sistólico. Todos os pulsos periféricos
estavam presentes e de intensidade normal. Paciente foi submetido
a tomografia computadorizada de abdome e avaliação das funções
pulmonar, renal e cardíaca, que se mostraram dentro dos limites da
normalidade, sendo considerado paciente com risco baixo para
cirurgia.
Caso Clínico
• Um paciente do sexo masculino, 75 anos, branco, com história de
hipertensão arterial sistêmica, tabagismo ativo e infarto agudo do
miocárdio (IAM) há cerca de cinco anos, procurou o ambulatório de
cirurgia vascular após receber o diagnóstico de aneurisma de aorta
abdominal (AAA) em um exame realizado devido a dor epigástrica
inespecífica. O paciente nega qualquer sintoma no momento. Ao
realizar exame, verifica-se: sinais vitais estáveis e massa pulsátil na
região epigástrica, sem outros achados significativos. Ao realizar
investigação complementar, constata-se: hemograma sem
particularidades, ecocardiograma com fração de ejeção (FE): 23%,
espirometria evidenciando VEF1: 33% do previsto, creatinina: 1,8
mg/dL e tomografia de abdome com AAA de 5,1 cm de diâmetro e
6,1 cm de comprimento.

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