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Pós Engenharia de Energia

1
Pós Engenharia de Energia
Transmissão de
Energia Elétrica I

Goiânia - Janeiro de 2015

2
Apresentação
Lanier Peterson Castelo Branco Sampaio.
Doutor em Engenharia Elétrica pela UnB.
Sistemas de Potência.
1994 – Setor Elétrico.
Operação e Manutenção, Planejamento
Estratégico, Novos Negócios, Gestão,
Regulação e Gestão de ativos.
Aulas Graduação e Pós-graduação.
laniersampaio@gmail.com
Brasília - DF 3
Sumário
Parte I de IV (30/01/15)
 Objetivo
 Programa / Bibliografia / Avaliação
 Introdução
 Engenharia econômica
 Cenário da transmissão de energia elétrica
no Brasil
Parte II de IV (31/01/15)
 Conceitos de transmissão de energia
elétrica 4
Objetivo
Estabelecer Conhecimentos, Qualidades e
Habilidades que possibilitem a
Elaboração e Execução de Projetos
de Linhas de Transmissão de
Energia Elétrica;

5
Diretriz
Foco em
resultados

6
Programa
Regulação da Relações entre
transmissão; Grandezas;
Normas Técnicas; Fluxo de Carga;
ONS; Faltas em LTs;
Sistemas de Estabilidade de
Potências; Sistemas de
Grandezas em Potência;
Linhas de Projetos de LTs;
Transmissão;
Especificações
Classes de Tensão; Técnicas em LTs.
Transmissão CC e
CA. 7
Programa
Primeiro final de semana (20 horas):
 Conceitos de transmissão de energia
elétrica aplicados a projetos.
Segundo final de semana (20 horas):
 Projeto básico, projeto executivo e
construção.

8
Como vamos conseguir?

9
Integração entre módulos

10
Acordo
• Celular;
• Horário;
• Conversas paralelas;
• Importância da dúvida;
• 75 % frequência;
• Projeto contínuo e
participativo.
11
Bibliografia
Johnson, Walter - Linhas de
Transmissão e Circuitos, Editora
Guanabara Dois, Rio de Janeiro – RJ.
Stevenson, Willian - Elementos de
Análise de Sistemas de Potência,
Editora McGraw-Hill do Brasil, Rio de
Janeiro – RJ.

12
Bibliografia
Labegalini, Paulo Roberto; Fuchs,
Rubens Dário - Projetos Mecânicos
das Linhas Aéreas de Transmissão,
Editora Edgard Blucher.
C. C. de B. Camargo - Transmissão de
Energia Elétrica – Aspectos
Fundamentais. Editora da UFSC.

13
Bibliografia
Gomes, Roberto – A Gestão do
Sistema de Transmissão do Brasil,
FGV Editora, Rio de Janeiro.
Electrical Transmission and
Distribution Reference
Book – Westinghouse Eletric
Corporation.

14
Projeto
Projeto simplificado de
um trecho de linha de
transmissão (aplicação
prática do conteúdo).
Contínua e participativa.
A ser realizada em sala
de aula.

15
Expectativas?

16
Projeto de uma Linha de
Transmissão

17
Introdução
O começo da transmissão de energia
elétrica (século XIX).
Introdução
Edison possui patente para transmitir
em CC. Foi o padrão adotado nos
Estados Unidos (1880).
Baterias (armazenamento).
Lâmpadas incandescentes.
Associação de geradores em paralelo.
Medidores para CC.

20
Introdução
O sistema em CC operava no nível de
tensão do consumidor.
A queda de tensão era alta (perdas).
Os condutores eram de grande bitola.
As usinas ficavam dentro de um raio de
1 a 2 km dos centros de carga (geração
distribuída).

21
Introdução
George Westinghouse obtém as
patentes para transmitir em CA (1886).
Transformadores (variação do nível de
tensão P = VxI).
Tesla se associa a Westinghouse
(sistema polifásico e motor de indução).
Transmissão a longas distâncias.
Perdas menores na transmissão (P =
RxI2).
22
Introdução
A corrente alternada, em caso de
choque elétrico, pode ser mais perigosa
do que a corrente contínua (fibrilação
ventricular).

23
Introdução
1893 – Feira mundial
de São Francisco.
Transmissão em
corrente alternada
foi adotada como
padrão mundial.

24
Sistema Elétrico de Potência

25
Sistema de transmissão

Sistema
Interligado
Nacional

26
Sistema de transmissão

27
Sistema de transmissão

28
Sistema de transmissão

Região A

Região B

29
Sistema de transmissão
Variação do preço da energia

30
Sistema de transmissão

Teresina

31
Sistema de transmissão

Teresina

32
Sistema de transmissão

33
Sistema de transmissão

34
Sistema de transmissão

Distúrbios
no SIN

35
Sistema de transmissão
Distúrbios no SIN

36
Sistema de transmissão
Coordenação e Seletividade

37
Sistema de transmissão
Equipamentos:
 Geradores;

 Linhas de transmissão;

 Transformadores de potência;

 Capacitores (paralelo e série);

 Reatores (paralelo);

 Compensadores síncrono e estático.

38
Sistema de transmissão
Equipamentos:
 Transformadores de potencial (TPs);

 Divisores capacitivos de potencial (DCPs);

 Transformadores de corrente (TCs);

 Seccionadores;

 Disjuntores;

 Relés;

 Para-raios / Centelhadores.

39
Sistema de transmissão
Linha
Transmissão:

40
Sistema de transmissão
Transformador e reator:

41
Sistema de transmissão
Capacitor paralelo e série:

42
Sistema de transmissão
TC e TP:

43
Sistema de transmissão
Disjuntor e seccionador:

44
Sistema de transmissão
Para-raios / Centelhadores :

45
Sistema de distribuição

46
Projetos de linhas de transmissão
Pontos a considerar:
Projeto eficaz e
eficiente. Viabilidade
técnica

Viabilidade
Viabilidade socioambi-
econômica ental

47
Projetos de linhas de transmissão
Viabilidade econômica – garantir
retorno (investidor) e modicidade
tarifária (consumidor).
Viabilidade técnica – confiabilidade,
segurança e qualidade na transmissão.
Viabilidade socioambiental – menor
impacto.

48
Projetos de linhas de transmissão
Pontos a considerar: Projeto
multidisciplinar.

49
Projetos de linhas de transmissão
Engenharia elétrica – diretrizes básicas.
Engenharia civil – topografia e fundações.
Engenharia mecânica – cabos, torres e
vibrações.
Engenharia ambiental – desmatamento,
nível de ruído e radiação eletromagnética.
Engenharia de segurança – pessoas e
patrimônio.
50
Avaliação econômica de
projetos

51
Fases avaliação de projetos

52
Fluxo de caixa de um projeto
São valores que representam as
entradas e saídas dos insumos e
produtos por unidade de tempo que
formam uma proposta de investimento.

53
Fluxo de caixa de um projeto
Concessão de uma linha de
transmissão (30 anos).
Receita Anual Permitida – (PVI e O&M)

Investimento
(capital intensivo)
54
Fatores de correlação VP/VF/SU
Valor Valor Série
presente futuro Uniforme
Valor (1  i) n
Presente
1 (1  i) n i*
(1  i) n  1

Valor 1 1 i
Futuro (1  i) n (1  i ) n  1
Série (1  i) n  1 (1  i ) n  1 1
Uniforme i * (1  i) n i
 Onde i é a taxa e n a quantidade de períodos.
55
Metodologias de avaliação
VPL – Valor Presente Líquido
 VPL = VP das receitas – VP das despesas
TIR – Taxa Interna de Retorno
 TIR – taxa de desconto que torna o VPL igual
a zero.
Payback
 Número de anos para recuperar investimento.
Payback descontado
 Payback considerando o dinheiro no tempo.
56
Metodologias de avaliação
Aceitar ou
rejeitar um
projeto

Aceitar Rejeitar
VPL > 0 VPL < 0
TIR > taxa mínima TIR < taxa mínima
57
Metodologias de avaliação
Escolher entre projetos
concorrentes:
 Escolher o de maior VPL.

O VPL é o melhor método


quando se consegue prever
bem os fluxos de caixa
futuros.

58
Metodologias de avaliação
Priorizar projetos
 Classificar em
ordem
decrescente em
função da TIR
(TIR
modificada).

59
Metodologias de avaliação
Exemplo
1 2 3
Investimento (mil R$) 850.000 700.000 770.000
O&M (mil R$) 3.000 3.000 1.000
RAP (mil R$) 100.000 100.000 100.000
Tempo (anos) 15+15 15+15 15+15
Taxa (%) 10 10 10
VPL ? ? ?

60
Metodologias de avaliação
Exemplo
1 2 3
Investimento (mil R$) 850.000 700.000 770.000
O&M (mil R$) 3.000 3.000 1.000
RAP (mil R$) 100.000 100.000 100.000
Tempo (anos) 15+15 15+15 15+15
Taxa (%) 10 10 10
VPL -26.633 123.367 72.223

61
Análise de sensibilidade
Simulação de monte carlo

62
Cenário da transmissão de
energia elétrica no Brasil

63
Histórico modelo transmissão
Modelo da transmissão de energia
elétrica no Brasil

64
Histórico modelo transmissão
O modelo da transmissão no Brasil até
1998.
1930 1945 1957
Capital privado Chesf Furnas
1965
1960 1962
Unificação
MME Eletrobras
Hz

65
Histórico modelo transmissão
O modelo da transmissão no Brasil até
1998.
1968 1968 1970
Eletrobras /
DNAEE Eletrosul Planejamento

1973
1973 1973
Brasil 4
Eletronorte GCOI
regiões

66
Histórico
Áreas de concessão (regiões
geoelétricas)

67
Histórico
O monopólio estatal.
 Federal: Geração e Transmissão; G
Estadual: G, T e Distribuição.
T

D
68
Histórico
O modelo da
transmissão no
Brasil até 1998.
 Década de 80 - a
crise econômica e o
início da reforma do
setor;

69
Histórico

 Tarifas foram reduzidas artificialmente;


 O setor teve sua capacidade de investimento
reduzida;
 1985 – Plano de recuperação Setorial
(aporte de recursos da União).

70
Histórico
O modelo da transmissão no Brasil até
1998.
 1987 – Revisão Institucional do Setor Elétrico
(REVISE);
 1990 – Lei 8.031, Programa Nacional de
Desestatização (PND);
 1993 – Lei 8.631, Desequalização Tarifária;
 1995 – Leis 8.987 (concessões) e 9.074 (PIE);

71
Histórico
Lei nº 8987/95 de 1995.
 Serviço Adequado: Art. 6o Toda
concessão ou permissão pressupõe a
prestação de serviço adequado ao pleno
atendimento dos usuários, conforme
estabelecido nesta Lei, nas normas
pertinentes e no respectivo contrato.
§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz
as condições de regularidade,
continuidade, eficiência, segurança,
atualidade, generalidade, cortesia na sua
prestação e modicidade das tarifas. 72
Histórico
Lei nº 8987/95 de 1995.

 Modicidade tarifária – menor tarifa possível para


ressarcir os custos operacionais eficientes e
remunerar os investimentos prudentes.
 Art. 9o A tarifa do serviço público concedido será
fixada pelo preço da proposta vencedora da
licitação e preservada pelas regras de revisão
previstas nesta Lei, no edital e no contrato.

73
Histórico
O modelo da transmissão no Brasil
após 1998.
 1996 até 1998 – MME promove o programa
Resstruturação do Setor Elétrico Brasileiro
(RESEB);
 Os resultados do programa geraram a Lei nº
9.648 de 1998;

74
RESEB

75
Histórico
Lei nº 9.648 de 1998.
 Livre acesso;
 Desverticalização;
 Competição na geração e
comercialização;
 Transmissão fortemente
regulada;
 Operador Nacional do Sistema;
 Antigo MAE;
76
Histórico
Lei nº 9.648 de 1998.
TIPOS DE EMPREENDIMENTOS
PCH’S / UHE’S
COMPETIÇÃO G UTE’S / EÓLICAS/OUTRAS
FONTES

T LT - REDE BÁSICA
MONOPÓLIO LT - ÂMBITO PRÓPRIO DA
NATURAL DISTRIBUIÇÃO
D INSTALAÇÕES DE DISTRIB.

NÃO POSSUI SISTEMA


COMPETIÇÃO C ELÉTRICO
77
Histórico Lei nº 9.648 de 1998
 Modelo da transmissão:

78
Rede básica do SIN
Integram a Rede Básica:
 Equipamentos em tensão igual ou superior a
230 kV;
 Transformadores com tensão primária igual
ou superior a 230 kV e equipamentos ligados
no terciário.
Não integram a Rede Básica:
 Equipamentos de uso exclusivo ou
compartilhado;
 Equipamentos em tensão inferior a 230 kV.
79
Rede básica do SIN

80
Novo modelo
Leis nº 10.847 e 10.848 de 2004.

81
Agentes vinculados com a transmissão

82
Agentes do setor elétrico
CNPE
 Formulação de políticas nacionais e diretrizes
de energia;
 Assegurar o suprimento.
MME
 Geologia, recursos minerais e energéticos,
mineração, petróleo, combustível e energia
elétrica.

83
Agentes do setor elétrico
CMSE
 Acompanha e avalia permanentemente a
continuidade e a segurança do suprimento
eletroenergético em todo o território nacional.
Aneel
 Regula e fiscaliza os serviços de geração,
transmissão, distribuição e comercialização de
energia elétrica, de acordo com a legislação e
de acordo com as diretrizes e políticas do
governo federal.
84
Agentes do setor elétrico
EPE
 Presta serviços na área de estudos e pesquisas
destinados a subsidiar o planejamento do setor
energético.
ONS
 Coordenação e controle da operação das
instalações de geração e da transmissão de
energia elétrica integrantes do SIN.

85
Agentes do setor elétrico
ONS
 Deve desempenhar suas atribuições com
neutralidade, transparência, integridade,
representatividade, flexibilidade e
razoabilidade.
 Os resultados de seus estudos devem ser
reprodutíveis pelos agentes.
 Os Procedimentos de Rede (PR) são as
ferramentas utilizadas para atender as
necessidades acima. São 25 módulos.
86
Agentes do setor elétrico
CCEE
 Viabiliza a comercialização de energia elétrica
no SIN.
Concessionários de transmissão
 Agentes detentores de concessão para
transmissão de energia elétrica, com
instalações na Rede Básica.

87
Novíssimo modelo
MP 579 (Lei 12.783, de 11 de janeiro
de 2013)
 Prorrogação das concessões de geração e
transmissão a vencer entre 2015 e 2017.
 Capturar ganho para sociedade.
 O&M eficientes.

88
O planejamento da transmissão
A dificuldade da falta de planejamento

89
O planejamento da transmissão
O PET é um processo contínuo.
É baseado na identificação das
melhores opções de expansão da
rede, considerando aspectos técnicos
e econômicos, reduzindo os impactos
socioambientais.
Múltiplos critérios.

90
O planejamento da transmissão
Fluxo do processo.

91
O planejamento da transmissão
Insumos:
 Projeção de carga;
 Plano referencial de geração.
Plano Decenal de Expansão – PDET
 Elaborado sob responsabilidade do MME com
apoio da EPE.

92
O reforço da transmissão
Plano de Ampliações e Reforços (PAR)
 Processo conduzido pelo ONS. Horizonte de
análise de três anos. Depois de aprovado pela
diretoria do ONS é enviado ao Poder
Concedente.
 Ampliação - implantação de um novo elemento
(linha de transmissão ou subestação) na Rede
Básica.
 Reforço – implementação, substituição ou
adequação em instalações existentes.
93
A materialização do planejamento
Atribuição
 O MME possui a responsabilidade de definir as
obras de transmissão que irão compor a
expansão do sistema.
 O MME decide o conjunto de obras que serão
licitadas (leilão) e o conjunto de obras que
serão autorizadas (resolução).

94
A materialização do planejamento
Resumo

95
Acesso ao sistema de transmissão

96
Acesso ao sistema de transmissão
Direito de qualquer agente (livre acesso).
Possibilita a comercialização direta entre
produção e consumo (independente da
localização geográfica).
Contribui para a redução dos custos e para
modicidade das tarifas.

97
Procedimentos de Rede

98
Procedimentos de Rede
Módulo 2 - Requisitos mínimos para
instalações de transmissão e gerenciamento
de indicadores de desempenho
 Submódulo 2.4 - Requisitos mínimos para linhas
de transmissão aéreas - trata dos requisitos
elétricos, mecânicos e eletromecânicos para LT
aéreas integrantes da rede básica ou das DIT.
Módulo 3 - Acesso aos sistemas de
transmissão
 Submódulo 3.6 - Requisitos técnicos mínimos
para a conexão às instalações de transmissão.
99
Procedimentos de Rede
Submódulo 2.4 aplica-se a:
 ao pré-projeto, aos projetos básico e executivo,
bem como às fases de construção,manutenção
e operação das LT;
 ao projeto, fabricação, inspeção, ensaios e
montagem de materiais, componentes e
equipamentos utilizados nas LT;
 a qualquer inserção ou alteração de um
componente de uma LT, tais como derivações,
seccionamentos, troca de equipamentos,
reisolamento, recapacitação e/ou reformas.100
Procedimentos de Rede
Submódulo 2.4 – requisitos elétricos:
 A LT deve ser projetada de acordo com as
prescrições da Norma Técnica NBR 5422, da
ABNT, ou de sua sucessora.
 Devem ser previstas a circulação das
capacidades de corrente de longa e de curta
duração e a ocorrência simultânea das
seguintes condições: temperatura máxima
média da região, radiação solar máxima da
região e brisa mínima prevista para a região.
101
Procedimentos de Rede
Submódulo 2.4 – requisitos elétricos:
 A LT deve ter pelo menos um cabo pára-raios
do tipo Optical Ground Wire – OPGW.
 A perda joule nos cabos condutores deve ser
mantida dentro de limites aceitáveis.
 A perda joule nos cabos pára-raios deve ser
inferior a 5% das perdas no cabo condutor.

102
Procedimentos de Rede
Submódulo 2.4 – requisitos elétricos:
 Tensão máxima operativa:

103
Procedimentos de Rede
Submódulo 2.4 – requisitos elétricos:
 Número mínimo de cabos pára-raios por
estrutura e desempenho da LT frente a
descargas atmosféricas :

104
Procedimentos de Rede
Submódulo 2.4 – requisitos elétricos:
 Emissão eletromagnética - A relação sinal/ruído
no limite da faixa de segurança, quando a LT
estiver submetida à tensão máxima operativa,
deve ser, no mínimo, igual a 24 dB, para 50%
do período de 1 (um) ano.
 A LT não deve apresentar corona visual em
90% do tempo.

105
Procedimentos de Rede
Submódulo 2.4 – requisitos elétricos:
 Desequilíbrio - As LT de comprimento superior
a 100 km devem ser transpostas com um
ciclo completo de transposição, de preferência
com trechos de 1/6, 1/3, 1/3 e 1/6 do
comprimento.

106
Procedimentos de Rede
Submódulo 2.4 – requisitos mecânicos:
 Confiabilidade (IEC 60826);
 Parâmetros de vento;
 Cargas mecânicas sobre os cabos (três
estados de tracionamento);
 Cargas mecânicas sobre estruturas;
 Fadiga mecânica nos cabos (vibrações);
 Fundações (fator mínino de 1,10).

107
Procedimentos de Rede
Submódulo 2.4 – requisitos
eletromecânicos:
 Descargas atmosféricas - Os cabos pára-raios
de qualquer tipo e formação devem ter
desempenho mecânico frente a descargas
atmosféricas igual ou superior ao do cabo de
aço galvanizado EAR de diâmetro 3/8”.

108
Parcela Variável por
Indisponibilidade - PVI
Qual é o negócio do segmento de
transmissão?
 Disponibilizar as instalações de transmissão
para o sistema interligado, sob coordenação
do ONS.
 Em troca, o transmissor recebe uma Receita
Anual Permitida (RAP), independente da
energia ou potência transmitidas.

109
Parcela Variável por
Indisponibilidade - PVI
Tempo é dinheiro

110
Parcela Variável por
Indisponibilidade - PVI

111
Parcela Variável por
Indisponibilidade - PVI

112
Parcela Variável por
Indisponibilidade - PVI
Atraso na Entrada em Operação de uma FT:
 Art. 11. Sem prejuízo da aplicação das
penalidades previstas na Resolução Normativa
nº 63, de 12 de maio de 2004, o desconto
relativo ao Atraso na Entrada será calculado e
aplicado de acordo com os seguintes critérios:
limitado em 90 dias; nos primeiros 30 dias
corresponderá ao valor “pro rata- dia”; o valor
por dia de atraso no período entre o 31º dia e o
90º dia, corresponderá a 25% do Pagamento
Base da FT.
113
Sistemas de potência
São grandes sistemas de energia que
englobam a geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica.
Finalidade de um sistema elétrico de
potência (SEP):
 Gerar energia elétrica em quantidades
suficientes, transmiti-la aos centros de
carga e distribuí-la aos consumidores
individuais com qualidade e menor custo
econômico e socioambiental. 114
Sistemas de potência

115
Sistemas de potência

116
Sistemas de potência
Analogia

117
Sistemas de potência
Diagrama unifilar

118
Sistemas de potência
Diagrama de impedâncias (Z)

119
Sistemas de potência
Diagrama de admitâncias (Y)

120
Sistemas de potência
Regime permanente e transitório.

121
Sistemas de potência
Qualidade do serviço:
 Confiabilidade;
 Disponibilidade (frequência e duração);

 Variações de tensão, corrente e


frequência dentro dos limites
especificados;

122
Sistemas de potência
Qualidade do serviço (transmissão):

123
Sistemas de potência
Qualidade do serviço:

124
Eletromagnetismo
Campo elétrico
 Conceito abstrato.
 Campo é uma propriedade do espaço ao redor
da fonte que o produz.
 Analogia com a gravidade: O campo
gravitacional é produzido pelo corpo possuidor
de massa. O campo elétrico é produzido pela
carga elétrica.
 É a região que envolve uma carga elétrica e
dentro da qual a carga consegue exercer
ações elétricas. 125
Eletromagnetismo
Campo elétrico
 Vetor campo elétrico.
 Unidade: V/m (Volts / metro).
 e = permissividade (constante dielétrica).

126
Eletromagnetismo
Campo elétrico
 Diferença de potencial (ddp).
 Unidade ddp: Volts (V).

127
Eletromagnetismo
Campo magnético
 O campo magnético pode ser produzido por
cargas elétricas (corrente elétrica) em
movimento (eletromagnético).
 É a região que envolve cargas elétricas em
movimento e dentro da qual a carga consegue
exercer ações magnéticas.

128
Eletromagnetismo
Campo
magnético

129
Eletromagnetismo
Campo eletromagnético
 Vetor campo magnético (H).
 Unidade: A/m (Ampere / metro).
 m = permeabilidade (constante magnética).
 B (densidade de fluxo magnético).

B
H
m

130
Eletromagnetismo
Campo eletromagnético

131
Eletromagnetismo
Campo eletromagnético

132
Circuitos
Corrente contínua

133
Circuitos
Corrente alternada (60 Hz – 1 ciclo a
cada 16,67 ms).

134
Circuitos
Corrente alternada
d
 Lei de Faraday: e  N
dt
 Tensão (V): v(t )  Vm senwt

 Corrente (A): i(t )  I m sen(wt   )


 Valor eficaz:
Valormáximo
2
 Velocidade angular w : 2pf ou 377

radianos/s (60 Hz).

135
Circuitos
Corrente alternada (gerador)

136
Circuitos
Fasores
 Simplificação nos cálculos com senóides
por meio do uso da representação por
variáveis complexas.
 Parte real e parte imaginária (x + jy).

 Módulo e ângulo.

 Operador j:
j  1

137
Circuitos
Fasores

 Forma senoidal:

v(t )  Vm sen(wt   )
 Fasor correspondente:
Vm
V 
2
138
Circuitos
Resistor (R)
 Unidade: Ohm ().
 A resistência varia com a
temperatura.
 A resistência varia com a
resistividade (r), o
comprimento (L) e a área
do condutor (A). rL
R
A
139
Circuitos
Resistor (R)
 Resistividade (r)

140
Circuitos
Resistor (R)
 Resistência x temperatura

141
Circuitos
Resistor (R)
 Lei de Ohm

v  Ri

142
Circuitos
Indutor (L)
 Unidade: Henry (H).
 Tende a se opor às variações
rápidas de corrente.

di
vL
dt

143
Circuitos
Indutor (L)
 A indutância varia com o número N
de espiras (N), o fluxo magnético L 
() e a corrente (I).
I
2
LI
 Armazena energia num campo Energia 
magnético. 2
 Regime CA (reatância indutiva XL).
 Corrente atrasada. V  jwLI
V  jX L I
144
Circuitos
Capacitor (C)
 Unidade: Farad (F).
 Tende a se opor às variações rápidas de
tensão.

dv
iC
dt

145
Circuitos
Capacitor (C) C
Q
 A capacitância é proporcional à V
carga.
2
Armazena energia num campo CV

Energia 
elétrico. 2
 Regime CA (reatância capacitiva XC).
Corrente adiantada. 1
 V I
jwC
1
V I
jX C 146
Circuitos
Impedância complexa (Z) ()

V
Z   R  jX
I
ZR  R
Z L  jw L
j
ZC 
wC

147
Circuitos
Admitância complexa (Y) (mho ou
Siemens)
 Inverso da impedância

1 1
Y   G  jB
Z R  jX
G  condutância
B  susceptância

148
Circuitos
Série
 Exemplo

149
Circuitos
Paralelo
 Exemplo

150
Consideran do

Circuitos V  V
I  I

Potência
Temos
Complexa
 Complexa: S  VI *  VI  VI    VI
S  VI cos   jVIsen  P  jQ
 Aparente Aparente(VA)
 Ativa S  VI
Ativa(W )
 Reativa
P  VI cos 
Re ativa(var)
Q  VIsen
Fatordepotência
Ativa
cos  
Aparente
151
Circuitos
Polifásicos
 Sistema
trifásico
equilibrado

152
Circuitos
Sistema trifásico equilibrado
 Acesso a dois valores de V ou I
 Fator de multiplicação: 3

153
Circuitos Complexa
S 3  3V I     3VI
Sistema trifásico S 3  3VI cos   j 3VIsen  P3  jQ3

equilibrado Aparente(VA)
S 3  3Vl I l
 Potência
Ativa(W )
P3  3Vl I l cos 
Re ativa(var)
Q3  3Vl I l sen
Fatordepotência
Ativa
cos  
Aparente
154
Circuitos
Potência – Tensão x Corrente

155
Valor por unidade (pu)
Definição: Vbase  250V
V1  100V
 É a relação entre o
valor absoluto de V1 pu 
100
 0,4 pu
250
uma grandeza e o
V2  250V
valor base. A relação
250
é expressa em V2 pu   1,0 pu
250
fração decimal. V3  500V
500
V3 pu   2,0 pu
250
156
Valor por unidade (pu)
Escolha de bases:
 Monofásico
 Tensão: Vbase=Vf
 Potência: Sbase=S
 Trifásico
 Tensão: Vbase=Vl
 Potência: Sbase=S3

157
Parâmetros de LTs

158
Parâmetros de LTs
Resistência
 Por unidade de comprimento ( /km).
 Faz parte da modelagem da linha.
 Característica do material.
 Dissipação de potência ativa (perdas): P =
R*I2.
 Em CA a distribuição de corrente não é
uniforme pela seção do condutor (efeito
pelicular (skin)).

159
Parâmetros de LTs
Resistência
 Com o efeito pelicular, a área do
condutor “diminui”. Assim Rca> R.
 Profundidade de penetração:e.
Utilizar feixe de fios no lugar de
r

um único cabo reduz o efeito e


pelicular. pfm

160
Parâmetros de LTs
Condutância (G)
 Corrente de fuga.
 Efeito corona: o campo elétrico na
superfície do condutor supera a
capacidade disruptiva do ar (30 kV/cm).
 Depende do ambiente: umidade relativa
do ar, poluição, ...
 Efeitos: corona visível, rádio ruído, ruído
audível, perdas (5% das perdas por R),
geração de gases.
161
Parâmetros de LTs
Efeito corona
 Descargas que se formam na superfície
do condutor quando a intensidade do
campo elétrico ultrapassa o limite de
isolação do ar. Consequências: luz, ruído
audível, rádio interferência (interferência
em circuitos de comunicação), liberação
de ozônio, aumento das perdas de
potência.
 Poder das pontas. Superfícies lisas e
otimização da geometria do feixe de
condutores reduzem o efeito corona. 162
Parâmetros de LTs
Indutância
 Por unidade de comprimento (H/km).
 Faz parte da modelagem da linha.
 A impedância da linha depende
praticamente da indutância (perdas são
baixas).
 Quanto mais longa a linha, maior a
indutância e maior a dificuldade de
transmissão de potência.
 Deve-se aos campos magnéticos criados
pela passagem das correntes.

163
Parâmetros de LTs
Indutância – fluxo concatenado

164
Parâmetros de LTs
Indutância – fluxo concatenado

165
Parâmetros de LTs
Indutância de um condutor
 Fluxo concatenado interno e externo.

166
Parâmetros de LTs
Indutância de um
condutor
 Deve-se calcular a
indutância devido ao
fluxo interno no condutor,
indutância devido ao
fluxo externo ao condutor
e a indutância total.

167
Parâmetros de LTs
Indutância de um condutor
 m0 = 4p x 10-7 H/m
 Interno:

 Externo:

168
Parâmetros de LTs
Indutância de uma linha monofásica.
 Interno + Externo:

 Raio Médio Geométrico


ou raio efetivo:

169
Parâmetros de LTs
Indutância de linhas com condutores
compostos (mais de um condutor por
fase)

170
Parâmetros de LTs

171
Parâmetros de LTs
Indutância de linhas com condutores
compostos (mais de um condutor por
fase) – L = LX+LY

 Caso especial:

172
Parâmetros de LTs
Indutância de linhas com condutores
compostos (exemplo)

173
Parâmetros de LTs
Indutância de linhas com condutores
compostos (exemplo)

174
Parâmetros de LTs
Indutância de linhas com condutores
compostos (exemplo)

175
Parâmetros de LTs
Indutância de linhas com condutores
compostos (exemplo)

176
Parâmetros de LTs
Indutância de uma linha trifásica com
espaçamento simétrico

177
Parâmetros de LTs
Indutância de uma linha trifásica com
espaçamento assimétrico
 O fluxo concatenado e a indutância de cada
fase são diferentes (circuito desequilibrado).
 Solução: transposição.

178
Parâmetros de LTs
Indutância de uma linha trifásica com
espaçamento assimétrico

179
Parâmetros de LTs
Indutância de uma linha trifásica com
espaçamento assimétrico

180
Parâmetros de LTs
Múltiplos condutores por fase

181
Parâmetros de LTs
Múltiplos condutores por fase
 Exemplo: Calcular a reatância da linha
trifásica mostrada abaixo. Dado Ds do
condutor = 0,0142m.

R = 58,36 ohm

182
Parâmetros de LTs
Capacitância
 Existem cargas em movimento e uma
diferença de potencial entre condutores.
 Capacitância (carga/diferença de potencial:C
= Q/V )
 A linha se comporta como se os condutores
fossem placas de capacitores.

183
Parâmetros de LTs
Capacitância
 Campo elétrico em um condutor cilíndrico.
 O campo elétrico é radial.

184
Parâmetros de LTs
Capacitância
 Diferença de potencial entre dois pontos.

185
Parâmetros de LTs
Capacitância
 Diferença de potencial entre dois condutores.

186
Parâmetros de LTs
Capacitância
 Capacitância de uma linha monofásica.

187
Parâmetros de LTs
Capacitância
 Influência
do solo.
 Altera a
capacitância

188
Parâmetros de LTs
Capacitância
 Influência do
solo.
 Solução:cargas
imagem

189
Parâmetros de LTs
Capacitância de linhas trifásicas com
espaçamento simétrico
 Condutores idênticos;
 Linha equilibrada;
 Fase e neutro.
 e0= 8,85 x 10-12 F/m.

190
Parâmetros de LTs
Capacitância de linhas trifásicas com
espaçamento assimétrico
 Linha transposta.

191
Parâmetros de LTs
Condutores múltiplos por fase
 Já vimos

192
Parâmetros de LTs
Condutores múltiplos por fase
 Exemplo: Calcular a reatância capacitiva da
linha trifásica mostrada abaixo. Dado r do
condutor = 0,0176m.

R = 1410,11 ohm

193
Parâmetros de LTs
Modelo da linha de transmissão
 Parâmetros série ou longitudinais:
 Resistência – perda de potência ativa com
passagem de corrente;
 Indutância – campos magnéticos com passagem
da corrente.
 Parâmetros shunt ou transversais:
 Capacitância – campos elétricos com diferença de
potencial;
 Condutância – correntes de fuga.

194
Parâmetros de LTs
Modelo da linha de transmissão

195
Parâmetros de LTs
Modelo da linha de transmissão
 Parâmetros distribuídos

196
Parâmetros de LTs
Modelo da linha de transmissão
 Parâmetros distribuídos

197
Parâmetros de LTs
SIL (Surge Impedance Loading) -
carregamento característico da linha;

198
Parâmetros de LTs
Ondas viajantes
 Onda incidente e onda refletida.
 Se carga apresenta impedância igual à
impedância característica: não há onda
refletida (linha plana ou linha infinita).
 Valores típicos de Zc são 400 para linhas
aéreas de circuito simples e 200 para dois
circuitos em paralelo.
 Cabos múltiplos têm Zc menor porque L é
menor e C é maior.
199
Parâmetros de LTs
Classificação linhas

Linha V< 150 kV 150 kV<V<400 kV V>400 kV

Curta L < 80 km L < 40 km L < 20 km


Média 80 < L <200 40< L < 200 km 20 < L < 100
km km
Longa L > 200 km L > 200 km L > 100 km

200
Parâmetros de LTs
Linhas curtas

Linhas médias

Linhas longas: parâmetros distribuídos.

201
Classe de tensão em LTs
Sigla Denominação Valor
LV Baixa tensão <600 V
MV Média tensão 13,8 kV; 34,5 kV; 69 kV
HV Alta tensão 115 kV; 138 kV; 230 kV
EHV Extra Alta 345 kV; 440 kV; 500 kV;
Tensão 765 kV (600 kV CC)
UHV Ultra Alta >1000 kV
Tensão

202
Faltas em LTs
Falta
 Perda do meio básico de isolamento
Causas mais frequentes
 Descargas atmosféricas;
 Falhas mecânicas;
 Fadiga/envelhecimento material;
 Vento;
 Queimadas;
 Vandalismo.
203
Faltas em LTs

204
Faltas em LTs

205
Faltas em LTs
Faltas balanceadas ou simétricas

206
Faltas em LTs
Faltas não balanceadas ou
assimétricas

207
Faltas em LTs
Faltas série

Abertura de condutores

208
Faltas em LTs
Ocorrência (valores médios)
 Curto-circuito trifásico: 5%;
 Curto-circuito bifásico, sem terra: 15%;
 Curto-circuito bifásico, com terra: 10%;
 Curto-circuito monofásico: 70%.

209
Faltas em LTs
Proteção

210
Localização de
Faltas em LTs falta

211
Fluxo de potência
Fluxo de potência ou fluxo de carga ou
load flow
O cálculo
 Consiste na determinação do estado do
sistema dada sua topologia e condição de
carga.
Resultados
 Tensões e ângulos em todas as barras, fluxo
de potência ativa e reativa nos ramos,
potências geradas, consumidas e perdidas.
212
Fluxo de potência

213
Fluxo de potência
Equações fundamentais
 Matriz de impedância nodal (ZBARRA).
 N – número de barras.

[VN ]  [ Z N ][ I N ]
[VN ] Vetor tensões nodais
[ Z N ] Matriz Z
[ I N ]Vetor correntes injetadas
214
Fluxo de potência
Equações fundamentais
 Matriz de impedância nodal (ZBARRA).
 Simétrica;
 Complexa;
 Quadrada de dimensão n, n = N – barra
referência.

215
Fluxo de potência
Equações fundamentais
 Matriz de admitância nodal (YBARRA).
 N – número de barras.

[ I N ]  [YN ][VN ]

216
Fluxo de potência
Equações fundamentais
 Matriz de admitância nodal (YBARRA).
 Simétrica;
 Complexa;
 Esparsa, mais de 95% dos elementos é
nulo.

217
Fluxo de potência
Redução de rede
 Matrizes de um sistema real são muito
grandes;
 Pode-se eliminar trechos não prioritários da
rede para o estudo em questão;
 Eliminação de barra (equação de Kron);

 Equivalentes de rede;

218
Fluxo de potência
Equações fundamentais
 Os fluxos de potência ativa e reativa em um
sistema de potência obedecem às expressões
gerais:

219
Fluxo de potência
Suposições e aproximações
 As cargas reativas e ativas nas barras são
supostas constantes.
 Sistema operando de forma equilibrada.
 Elementos passivos do sistema são
representados com parâmetros concentrados.

220
Fluxo de potência
Formulação básica do problema
 Sistema de equações e inequações algébricas
não-lineares.
 Leis de Kirchhoff e restrições operacionais do
sistema e seus componentes.
 Processo interativo de cálculo numérico.
 A cada barra (n barras) são associadas quatro
variáveis: tensão (Vn), ângulo (n), potência
ativa (Pn) e reativa (Qn).

221
Fluxo de potência
Formulação básica do problema
 Duas variáveis são conhecidas e duas são
incógnitas.
 Barra de referência ou flutuante (V):
referência angular e fechamento do balanço
de potência.
 Barra de carga (PQ) (95% das barras): são
dados P e Q e calculados V e .
 Barra de geração (PV) (5 % das barras): são
dados P e V e calculados Q e .
222
Fluxo de potência
Formulação básica do problema
 Duas equações para cada barra.
 Inequações, por exemplo, restrições nas
magnitudes das tensões nodais das barra PQ
e limites nas injeções de potência reativa
das barras PV.

223
Fluxo de potência
Formulação básica do problema

224
Fluxo de potência
Formulação básica do problema
Exemplo de restrições:

225
Fluxo de potência
Métodos de solução
 Gauss Seidel;
 Newton-Raphson;
 Métodos desacoplados;
 Fluxo de potência linear (fluxo DC).

226
Estabilidade de Sistemas
Potência
Estabilidade de um
sistema é a propriedade
que o sistema tem de
permanecer em um
estado de equilíbrio em
regime permanente ou
atingir um estado de
equilíbrio após ser
submetido a uma
perturbação.

227
Estabilidade de Sistemas
Potência
Tipos de instabilidade: perda de
sincronismo e colapso de tensão.
Tipos de pertubação: grandes
perturbações (curto-circuito, variação
brusca de carga, perda de geradores,
perda de linha) e pequenas perturbações
(variações normais da carga).

228
Estabilidade de Sistemas
Potência
As linhas de transmissão de CA tem um limite
definido de capacidade de transporte em função
do defasamento angular.

V1V2
P sen
X

229
Estabilidade de Sistemas
Potência
Curvas de St.Clair
Três fatores
Limitantes:
1 – Térmico;
2 – Queda tensão;
3 – Estabilidade.

230
Linhas de transmissão
Tensão x Potência x Distância

231
Linhas de transmissão
Tensão x Potência x Custo

232
Linhas de transmissão
Custo x Perdas

233
Transmissão CC

234
Transmissão CC
Introdução
 A transmissão em corrente alternada firmou-
se como um método econômico, confiável e
flexível para a transmissão de potência dos
mais baixos aos mais altos valores.
 A medida que o valor e a distância da
potência a ser transmitida aumentam,
surgem problemas de solução relativamente
difícil.
 Transmitir em corrente contínua.
235
Transmissão CC
Vantagens e desvantagens
 Limite de tensão (sobretensões):
chaveamentos em sistemas CC apresentam,
normalmente, valores mais baixos.
 Potência reativa: Os conversores colocados
nos extremos da linha CC absorvem
potência reativa indutiva a ser suprida pelo
sistema CA.

236
Transmissão CC
Vantagens e desvantagens
 Estabilidade: limitação mais séria para um
sistema de transmissão em CA à longa
distância. Um sistema de transmissão CC,
não apresenta problemas de estabilidade.
 Dois sistemas CA (frequências diferentes)
podem ser interconectados por uma linha
CC.

237
Transmissão CC
Vantagens e desvantagens
 Disjuntores: corrente alternada possui zeros
de corrente duas vezes por ciclo. Em
corrente contínua não.

238
Transmissão CC
Vantagens e desvantagens
 Potência por condutor e por circuito.

239
Transmissão CC
Vantagens e desvantagens
 Potência por condutor e por circuito.
 Ambas as linhas podem transmitir a mesma
potência.
 A linha CC é mais barata, uma vez que
emprega dois condutores e não três.
 Uma linha aérea CC requer apenas 2/3 do
número de isoladores e as torres serão mais
baratas, simples e mais estreitas.
 As perdas na linha CC são de 2/3 da linha
CA. 240
Transmissão CC
Perdas

241
Transmissão CC
Vantagens e desvantagens
 Retorno pela terra: aumenta confiabilidade.
Em um sistema CC bipolar, caso ocorra uma
falta em um dos condutores da linha, o
outro pode continuar a operar com retorno
pela terra. Desvantagem: corrosão
eletrolítica.

242
Transmissão CC
Vantagens e desvantagens
 Retorno pela terra.

243
Transmissão CC
Vantagens e desvantagens
 Equipamento terminal e harmônicos: Os
conversores utilizados nos terminais do
sistema CC são caros e produzem harmônicos
de tensão e corrente. Necessidade de
instalação de filtros nas estações conversoras.

244
Transmissão CC
Vantagens e desvantagens
 Equipamento terminal e harmônicos.

245
Transmissão CC
Principais aplicações para transmissão em
corrente contínua
 Para cabos de travessia marítima envolvendo
distâncias superiores a 35 km.
 Para interconectar sistemas CA com
frequências diferentes ou onde não haja
interesse em sincronizar os dois sistemas
 Para transmitir grandes potências à grandes
distâncias.
 Para transporte de energia em zonas
urbanas. 246
Transmissão CC
Fatores econômicos
 O custo por unidade de comprimento de uma
linha CC é bastante inferior ao de uma linha
CA para a mesma potência e comparável
confiabilidade, entretanto, o custo do
equipamento terminal é muito maior que o de
uma linha CA.

247
Transmissão CC
Fatores econômicos

248
Transmissão CC
Fatores econômicos
 Estruturas para os circuitos duplos dos
sistemas CA e CC com potências comparáveis.

249
Transmissão CC
Fatores econômicos
 Custos Comparativos para transmissão aérea
em CA e CC

250
Transmissão CC
Fatores econômicos
 Custos Comparativos para transmissão aérea
em CA e CC

251
Transmissão CC
Fatores econômicos
 Custos Comparativos para transmissão aérea
em CA e CC

252
Transmissão CC
Tipos de sistemas CC

253
Transmissão CC
Tiristor - SCR (Silicon Controlled Rectifier
ou Retificador Controlado de Silício)

254
Transmissão CC
SCR (Silicon Controlled Rectifier ou
Retificador Controlado de Silício)

255
Transmissão CC
Retificador controlado

256
Transmissão CC
Terminal conversor e suas principais partes

257
Transmissão CC
Transferência de Potência num Sistema de
Corrente Contínua
 A potência transmitida em um link de corrente
contínua é proporcional a diferença de tensão
nos seus extremos. Assim, a potência
transmitida pode ser controlada através do
controle de tensão nos terminais do link.

258
Transmissão CC
Transferência de Potência num Sistema de
Corrente Contínua

259
Transmissão CC
Corredores

260
Transmissão CC
Sistema de Transmissão em Corrente Contínua
Porto Velho – Araraquara

2 x 3.150MW
2.375 km

261
Transmissão CC
Sistema de Transmissão em Corrente Contínua
Belo Monte

262
Transmissão CC
Sistema de Transmissão em Corrente Contínua
Belo Monte

263

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