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DIREITO TRIBUTÁRIO

Professora: Esp. Clarissa P. Carello – Advogada


Porto Alegre – outubro de 2014
DIREITO TRIBUTÁRIO
Obrigação Tributária

Obrigação: “é uma relação jurídica, de caráter


transitório, estabelecida entre devedor e credo e cujo
objeto consiste numa prestação pessoal econômica,
positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo,
garantindo-lhe o adimplemento através do seu
patrimônio” (Washington de Barros Monteiro)
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Administração Tributária

CTN – art. 194: regras formais acerca dos órgãos e


agentes público responsáveis pela transformação em
atos concretos das regras abstratamente previstas nos
demais títulos do código.

O título “administração tributária” é dividido em três


capítulos. Primeiramente é estipulada a disciplina da
fiscalização, atividade estatal que tem por objetivo
estimular o cumprimento espontâneo das obrigações
tributárias por intermédio da identificação e punição
daqueles que e não as cumprem.
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A fiscalização é um poder-dever orientado pela isonomia,


que, em manteria tributária, se prende a ideia de tributar
cada pessoa na medida de sua capacidade contributiva.
Nessa linha, a própria constituição Federal faculta à
administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos individuais e, nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte
(art. 145, § 1º, CF/88).
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A atividade de fiscalizar e arrecadar tributo é, talvez, a


mais importante atividade-meio do Estado, pois dos
recursos dela advindos dependem todas as atividades-
fim estatais, como a prestação dos serviços de
segurança, saúde e educação.

As atividades essenciais ao funcionamento do Estado,


exercidas por servidores de carreias especificas, tendo
recursos prioritários para a realização de suas atividades,
mediante, inclusive a vinculação da receita própria dos
impostos para tais fins (art. 37, inc. XXII c/c art. 167, inc IV, CF/88)
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art. 37, inc. XXII:


Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras
específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas
atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma
da lei ou convênio.
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art. 167, inc. IV:


Art. 167. São vedados:

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,


ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a
que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as
ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos
arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;.
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Após detalhar regras sobre os procedimentos necessários para aferir


o adimplemento das obrigações tributárias, o CTN passa a tratar da
“dívida ativa”, disciplinando as providencias a serem adotadas contra
aqueles que deixaram de cumprir o que deviam.
Finalmente como forma de premiar os sujeitos passivos que se
mantêm em situação de regularidade fiscal, o CTN encerra o título
“Administração Tributaria” com um capitulo denominado “certidões
negativas” que se constituem nos documentos mediante os quais os
sujeitos passivos regulares podem comprovar tal situação e obter os
benefícios daí decorrentes, como a possibilidade de participar de
licitações ou de obter empréstimos e financiamentos em instituições
financeiras oficiais.
Certidões
Fiscalização Dívida Ativa
Negativas
• Estimulo do • Providências • Comprovação
cumprimento
espontâneo/puniçã executórias da
o dos infratores contra os regularidade
que não possibilitando
cumpriram acesso aos
suas benefícios
obrigações legais.
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Fiscalização: Necessário que a legislação tributária
regule alguns poderes e competências das autoridades
administrativas de uma maneira gera e com
aplicabilidade a todos os tributos administrados pelo
respectivo ente (poder de requisitar informações, de
examinar documentos, de inaugurar procedimento fiscal,
etc). Entretanto, há de se recordar que existem tributos
essencialmente diferentes entre si, o que justifica a
necessidade de um disciplinamento especifico de
poderes e competências especiais para as autoridades
responsáveis por sua fiscalização.
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Fiscalização: A legislação relativa à fiscalização aplica-se


às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não,
inclusive as que gozem de imunidade tributária ou de
isenção de caráter pessoal (CTN, art. 194, § único)
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Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto


nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente
em função da natureza do tributo de que se tratar, a
competência e os poderes das autoridades
administrativas em matéria de fiscalização da sua
aplicação.

Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo


aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes
ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária
ou de isenção de caráter pessoal.
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Nada impede, portanto, a fiscalização de uma igreja,


partido político ou de qualquer outro ente imune.
Relembre-se que a imunidade destas instituições
normalmente depende da manutenção dos respectivos
patrimônios, renda e serviços vinculados às suas
finalidades essenciais, circunstância que pode ser
aferida mediante regular processo de fiscalização. Além
disso, os entes imunes podem ser legalmente
designados responsáveis pelos tributos cuja legislação
lhes atribua o dever de retenção e recolhimento.
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Assim, se a associação sem fins lucrativos (imune) faz


um pagamento sujeito à retenção de imposto de renda
na fonte, será sujeito passivo do tributo, (responsável), o
que também aponta no sentido de que, assim como as
demais pessoas físicas e jurídicas, os entes imunes
devem se sujeitar, ao menos potencialmente, à atividade
fiscalizatória do Estado.
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O art. 195 do CTN afasta a aplicação de quaisquer


disposições legais excludentes ou limitativas do direito de
examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos,
papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes
industriais ou produtores, ou da obrigação destes de
exibi-los. Assim o caráter sigiloso da escrituração
comercial e fiscal, bem como dos documentos que
comprovam os fatos escriturados, não pode ser oposto
ao Fisco, devendo os sujeitos passivos mantê-los até
que ocorra a prescrição dos créditos decorrentes das
operações a que se refiram. (art. 195, § único, CTN)
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Art. 197 – CTN: Mediante intimação escrita, são


obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as
informações de que disponham com relação aos bens,
negócios ou atividades de terceiros:
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de
ofício;
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e
demais instituições financeiras;
III - as empresas de administração de bens;
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
V - os inventariantes;
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VI - os síndicos, comissários e liquidatários;

VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei


designe, em razão de seu cargo, ofício, função,
ministério, atividade ou profissão.

Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não


abrange a prestação de informações quanto a fatos
sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a
observar segredo em razão de cargo, ofício, função,
ministério, atividade ou profissão.
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Nos termos do art. 197, do CTN, há atribuição as


autoridades fiscais o poder de requisitar a determinadas
pessoas todas as informações de que disponham com
relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros.
Trata-se de uma imposição de que a sociedade contribua
com a atividade de fiscalização que, em última análise, é
exercida em beneficio de toda a coletividade.
O rol do art. 197 é composto por pessoas que, em virtude
de suas atividades, têm acesso a informações que
podem ser extremamente necessárias para o exercício
da atividade de fiscalização. (rol não exaustivo)
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Art. 197, do CTN - Art. 197. Mediante intimação escrita,


são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas
as informações de que disponham com relação aos
bens, negócios ou atividades de terceiros:
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de
ofício;
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e
demais instituições financeiras;
III - as empresas de administração de bens;
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
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V - os inventariantes;
VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei
designe, em razão de seu cargo, ofício, função,
ministério, atividade ou profissão.
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não
abrange a prestação de informações quanto a fatos
sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a
observar segredo em razão de cargo, ofício, função,
ministério, atividade ou profissão.
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Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão


requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou
municipal, e reciprocamente, quando vítimas de
embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou
quando necessário à efetivação dê medida prevista na
legislação tributária, ainda que não se configure fato
definido em lei como crime ou contravenção.

* O poder de requisitar a força policial é da autoridade


que preside diligencia e não necessariamente do chefe
da repartição fiscal.
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Deveres das autoridades fiscais:


Art. 196, CTN. A autoridade administrativa que proceder
ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará
os termos necessários para que se documente o início
do procedimento, na forma da legislação aplicável, que
fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo
serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros
fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se
entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia
autenticada pela autoridade a que se refere este artigo.
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Deveres das autoridades fiscais:

Art. 196, CTN. = dever de documentar o início do


procedimento.

Dever de manter sigilo e suas exceções.

Art. 198, CTN = Transferência do sigilo.


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Deveres das autoridades fiscais:


Art. 198, CTN. Art. 198. Sem prejuízo do disposto na
legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da
Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação
obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a
natureza e o estado de seus negócios ou atividades.
§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos
casos previstos no art. 199, os seguintes:
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da
justiça;
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Deveres das autoridades fiscais:


II – solicitações de autoridade administrativa no interesse
da Administração Pública, desde que seja comprovada a
instauração regular de processo administrativo, no órgão
ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o
sujeito passivo a que se refere a informação, por prática
de infração administrativa.
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Deveres das autoridades fiscais:

§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da


Administração Pública, será realizado mediante processo
regularmente instaurado, e a entrega será feita
pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo,
que formalize a transferência e assegure a preservação
do sigilo.
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Deveres das autoridades fiscais:

§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas


a:

I – representações fiscais para fins penais;

II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;

III – parcelamento ou moratória.


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Deveres das autoridades fiscais:

Art. 198, § 3º, CTN. = divulgação das informações

Permuta de Informações Sigilosas entre Entes


Tributantes
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Art. 199, CTN - A Fazenda Pública da União e as dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-
ão mutuamente assistência para a fiscalização dos
tributos respectivos e permuta de informações, na forma
estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou
convênio.
Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma
estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá
permutar informações com Estados estrangeiros no
interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos
.
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Prescrição: O prazo prescricional é de 5 anos, contados


da constituição definitiva do crédito.
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Dívida Ativa: Inscrever em dívida ativa é incluir o


devedor em um cadastro em que estão aqueles que não
adimpliram suas obrigações no prazo.
No ato de inscrição em dívida ativa, a Fazenda Pública
unilateralmente declara que alguém deve e elabora um
documento que dá presunção de liquidez e certeza da
existência de tal debito. Trata-se de mais uma
manifestação da presunção de legalidade, legitimidade e
veracidade, atributo presente em todos os atos
administrativos, inclusive a inscrição do débito em divida
ativa.
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Dívida Ativa: A presunção, todavia, admite prova em


contrário, sendo portanto relativa (art. 204, CTN).

Quanto a liquidez e certeza, ressalta-se a regra do §


único do art. 201, do CTN, segundo o qual a fluência de
juros de mora não exclui a liquidez do crédito.

Líquido = crédito devidamente delimitado, com precisa


indicação do valor.
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Dívida Ativa:

Art. 201, CTN - Constitui dívida ativa tributária a


proveniente de crédito dessa natureza, regularmente
inscrita na repartição administrativa competente, depois
de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou
por decisão final proferida em processo regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui,
para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.
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Dívida Ativa: A inscrição é feita por intermédio da


lavratura de um termo no livro da dívida ativa.

Os requisitos do termo de inscrição estão estatuídos no


art. 202, do CTN.
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Dívida Ativa:
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa,
autenticado pela autoridade competente, indicará
obrigatoriamente:

I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-


responsáveis, bem como, sempre que possível, o
domicílio ou a residência de um e de outros;

II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de


mora acrescidos;
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III - a origem e natureza do crédito, mencionada


especificamente a disposição da lei em que seja
fundado;

IV - a data em que foi inscrita;

V - sendo caso, o número do processo administrativo de


que se originar o crédito.

Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos


deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
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Dívida Ativa: O título executivo que vai aparelhar a


futura execução fiscal é a certidão de divida ativa. A
palavra certidao tem o sentido de cópia fiel e, como tal,
deve conter todos os requisitos do termo de inscrição,
além da indicação do livro e da folha da inscrição. A
exigência está prevista no § único do 202, do CTN.
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Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos


no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de
nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela
decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a
decisão de primeira instância, mediante substituição da
certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou
interessado o prazo para defesa, que somente poderá
versar sobre a parte modificada.
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Dívida Ativa: A omissão de quaisquer dos requisitos


previstos no termo de inscrição ou o erro a eles relativo é
causa de nulidade da inscrição, o que contaminará a
certidão e o processo de cobrança decorrente (aplicação
da teoria dos frutos da árvore envenenada).
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Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da


presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova
pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo
é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo
do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite
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Dívida Ativa: A substituição da certidão como meio de


alterar lançamento já realizado. Se há vicio na
constituição do crédito tributário, deve ser feito novo
lançamento em que se assegure a possibilidade de o
sujeito passivo proceder à impugnação na via
administrativa com os meios e recursos inerentes.
Raciocínio em sentido contrário retiraria o direito à ampla
defesa na via administrativa, em flagrante desrespeito ao
art. 5º, inc LV, da CF/88.
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Certidão Negativa: É o documento apto à comprovação


de inexistencia de débito de determinado contribuinte, de
determinado tributo ou relativo a determinado período.

O CTN prevê a possibilidade de exigência de certidões


negativas no art. 205.
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Certidão Negativa:

Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de


determinado tributo, quando exigível, seja feita por
certidão negativa, expedida à vista de requerimento do
interessado, que contenha todas as informações
necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio
fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período
a que se refere o pedido.
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Certidão Negativa:
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo,
quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de
requerimento do interessado, que contenha todas as informações
necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de
negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.

Parágrafo único. A certidão negativa será sempre


expedida nos termos em que tenha sido requerida e será
fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do
requerimento na repartição.
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Certidão Positiva com efeitos de Negativa:

Existem situações em que, apesar da existência de


débitos, o sujeito passivo se encontra em situação
regular perante o Fisco. Nestes casos, é expedida a
denominada certidão positiva com efeitos de negativa.
Trata-se de certidão positiva, pois débitos existem, mas
com efeitos de negativa, pois o requerente está em
situação regular. Com esta certidão, o sujeito poderá
praticar quaisquer atos que dependam da apresentação
de certidão negativa.
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Certidão Positiva com efeitos de Negativa:

Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo


anterior a certidão de que conste a existência de créditos
não vencidos, em curso de cobrança executiva em que
tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade
esteja suspensa.
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Certidão Positiva com efeitos de Negativa:

São três situações em que, apesar da existência de


débitos, é reconhecida a regularidade do sujeito passivo:

a) Os créditos não estão vencidos = a rigor, créditos


não vencidos não deveriam constar em certidões
tributarias, de forma que a certidão aqui deve ser
negativa. Mas, na linha do dispositivo, se constar da
certidão a presença de crédito não vencido a mesma
será positiva, mas com efeitos de negativa.
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Certidão Positiva com efeitos de Negativa:

B) Os créditos estão em curso de cobrança executiva


em que tenha sido efetivada a penhora = se já foi
proposta a execução fiscal e realizada a apreensão
judicial de bens suficientes à total extinção do crédito
(penhora), o direito do fisco esta garantido,
dependendo sua satisfação tão somente do natural
andar do procedimento judicial, não podendo o
particular ser punido pela lentidão judicial.
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Certidão Positiva com efeitos de Negativa:

C) Os créditos estão em exigibilidade suspensa = Se


o fisco não pode promover atos de cobrança, não
estando o particular obrigado a fazer qualquer
recolhimento naquele momento, o mesmo está em
situação regular, tendo o direito à certidão. A regra
vale para todas as hipóteses suspensivas previstas
no art. 151 do CTN, não sendo licito ao ente tributante
condicional a expedição de certidão à apresentação
de qualquer garantia.
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Certidão Positiva com efeitos de Negativa:


Dispensa da apresentação de certidão negativa = Art.
207, CTN: “Independentemente de disposição legal
permissiva, será dispensada a prova de quitação de
tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de
prática de ato indispensável para evitar a caducidade
de direito, respondendo, porém, todos os
participantes no ato pelo tributo porventura devido,
juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as
relativas a infrações cuja responsabilidade seja
pessoal ao infrator.”
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Certidão Positiva com efeitos de Negativa:

Art. 207, CTN:

A norma é expressamente definida como


autoaplicável (pois independe de disposição legal
permissiva) e tem por objetivo evitar que a exigência
de apresentação da prova de quitação de tributo
impeça a pratica de um ato que se afigura urgente e
acabe por gerar caducidade (perda) de direito.
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Certidão Positiva com efeitos de Negativa:


Responsabilidade por expedição de certidao com erro =
Art. 208, CTN: A certidão negativa expedida com
dolo ou fraude, que contenha erro contra a
Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o
funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e
juros de mora acrescidos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não
exclui a responsabilidade criminal e funcional
que no caso couber
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Certidão Positiva com efeitos de Negativa:


Responsabilidade por expedição de certidao com erro =
Haverá dolo quando o servidor, sabendo do
erro que macula a certidão, mesmo assim a
expede, normalmente visando ao beneficio da
pessoa a que se refere o documento. Há
fraude quando o servidor altera, maquia,
simula, insere dados sabidamente falsos na
certidão que está a expedir. Em qualquer caso
as consequências são as mesmas.
OBRIGADA
E-mail: clarissacarello@hotmail.com

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