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Primeiros Socorros

Aerolíneas AMAZON AIR

Elton Morais
Pág. 22
Primeiros Socorros

• Conceito: ações inicias aplicadas em vítimas de


trauma ou doença, no local onde ocorreram,
visando manter a vida sem provocar novas
lesões ou agravar as já existentes.
Introdução
O socorrista por definição deve ser um indivíduo
imbuído das seguintes características:

• Ter conhecimento do conteúdo do manual de


primeiros socorros (não há tempo na maioria
das vezes para leitura);

• Classificar, avaliar e assumir conduta adequada


prontamente, prestando os cuidados rápidos e
eficientes
Introdução
• Ser portador de boa saúde física e mental
(saber lidar com o estresse apresentado pela
situação);

• Manter sempre uma atitude profissional,


transmitir segurança;

• Mas acima de tudo o socorrista deverá


apresentar bom senso, e logicamente a
característica mais importante, das acima
citadas, é ser AMOR.
PRIMEIROS SOCORROS
• Resumindo é ser:
• A = Altruísta;
• M = Motivado;
• O = Observador;
• R = Reconhecedor;

• Tendo uma missão desafiadora;


• Dar suporte para o atendimento definitivo
(Hospital);
• Viver ou morrer não esta em nossas mãos;
Responsabilidades do
Comissário
• Afaste curiosos e controle possível pânico

• Acompanhe a vítima durante todo o tempo,


mesmo com médico presente

• Mantenha o comandante informado


Aspectos legais

• Atenda apenas com as técnicas para as quais


você recebeu treinamento. Ex. massagem
cardíaca em determinada cia. aérea

• O adulto consciente sempre deverá expressar


consentimento antes de você iniciar
atendimento. Ex. Abertura de roupas.

• Não movimente a vítima desnecessariamente


Lei n 7.183
• Prevê que o comissário
de voo seja responsável
pela segurança e pelo
atendimento de todos a
bordo da aeronave.
Aspectos legais
• Artigo 135 – Omissão de Socorro

PENA:

• Simples: detenção de 1 a 6 meses ou multa

• Se resulta lesão grave: 1 a 4 anos de reclusão

• Se resulta em morte: 4 a 12 anos de reclusão


SÍNTESE DA
BIOSEGURANÇA
• O socorrista deve preservar a sua saúde e
consequentemente a sua vida, ajudar sempre
mas com segurança.
• Calce luvas apropriadas de látex, principalmente
se em contato com fluídos corporais como:
• Sangue;
• Urina;
• Vômito;
• Lágrima;
• Suor;
• Secreções corporais.
SÍNTESE DA
BIOSEGURANÇA
• Proteja o corpo de sujeira e respingos fechando
as suas vestes e usando sapatos fechados (não
utilizar sandálias ou sapatos de pano, etc).

• Fazer curativo oclusivo em pequenos ferimentos


do seu corpo. (Proteção)

• Se possível utilizar óculos e máscara para


atendimento apropriado.
Após o atendimento
• Despreze as luvas e material contaminado (local
apropriado como sacos de lixo, etc).

• Lave cuidadosamente as mãos e antebraço com


água e sabão, seque-os.

• Retire vestimentas que por ventura tenha tido


contato com os fluídos corpóreos.
BIOSEGURANÇA
• Hepatites;
• HIV;
• Tuberculose;
• Etc.

Nunca coloque sua vida em risco para


salvar a vida de outra pessoa!
Fluxograma

Muito cuidado ao
despir alguém
AVALIAÇÃO INICIAL

Primária
• (A) airway- Abertura de vias aéreas colar
cervical
• (B) breathing- Respiração
• (C) circulation-Circulação
Secundária
• (D) disability- Estado Neurológico
• (E) exposure- Exposição da vítima
PROTOCOLO DE CONDUTA
• 1° vias aéreas;
• 2° respiração
• 3° circulação
• 4° hemorragias
• 5° choque
• 6° lesões de crânio e coluna vertebral
• 7° ferimentos abertos tórax
• 8° ferimentos abertos abdominais
• 9° grandes queimados
• 10° lesões osteoarticulares (luxação / entorse / fraturas)
Esclarecendo
• Entorse é a perda momentânea da congruência
articular (cápsula articular e/ou ligamentos) de
uma articulação.

• Luxação é o deslocamento repentino, parcial ou


completo, das extremidades dos ossos que compõem
uma articulação.

• Fratura é a interrupção na continuidade de um osso.


O sistema de
atendimento das
emergências
médicas
01- NECESSIDADE DE
ATENDIMENTO PRECOCE
• A experiência universal indica que um grande
número de pacientes falece em decorrência de
doenças agudas ou de traumatismos que
poderiam ser salvos.
• Para isso, seria suficiente que os
conhecimentos e a tecnologia, atualmente
disponíveis para o atendimento dessas
condições, fossem corretamente aplicados em
seus portadores, desde o local em que elas
ocorrem, durante o transporte, até a admissão
ou internação no hospital.
01- NECESSIDADE DE
ATENDIMENTO PRECOCE
• As potencialidades de recuperação
desses doentes crescem em relação à
rapidez com que essas emergências são
reconhecidas e adequadamente tratadas

• Medidas intempestivas ou
inapropriadas podem resultar em óbito
ou incapacidade desnecessária
Avaliar a cena antes de agir
02- Atendimento pré-hospitalar:
• Compreende o atendimento do doente no
local em que ocorreu a emergência e
durante o transporte para o hospital.
• Seus objetivos fundamentais são: iniciar o
tratamento de modo precoce, estabilizar
as funções vitais, prevenir complicações
e transportar o doente, com segurança,
para o hospital mais apropriado para o
tratamento definitivo de sua condição
específica.
02- Atendimento pré-hospitalar:
• Os objetivos do atendimento pré-hospitalar
são limitados e devem ficar restritos ao
tratamento das condições que encerram
risco de vida, para isso, o estabelecimento
de contatos entre a equipe de atendimento e
o hospital de sistemas de comunicação
apropriados oferecem orientação de grande
valor.
03 – Classificação dos pacientes
de acordo com a gravidade
• ROTINA: tratamento pode ser retardado, várias
horas, sem risco de vida aumentado ou
incapacidade. Não constituem, portanto, uma real
emergência.
• URGÊNCIA: tratamento precisa ser iniciado dentro
de poucas horas, pois existe o risco de evolução
para complicações mais graves e mesmo fatal.
• EMERGÊNCIA: a necessidade de manter as
funções vitais ou evitar incapacidade e complicações
graves, exigem que o início do tratamento seja
imediato. (EX: parada cardíaca)
04- FASES DO ATENDIMENTO
• O atendimento de uma emergência
médica se distingue por dois fatos: o
exame precisa reconhecer prioridades
para poder detectar em tempo útil, os
distúrbios que ameaçam a vida;
• A proporção que esses distúrbios vão
sendo identificados, antes que se dê
continuidade ao exame, medidas
destinadas a corrigi-los são aplicadas.
Lembrar do Fluxograma
04- FASES DO ATENDIMENTO
• A permanência desnecessária de doentes
em locais desprovidos de recursos pode
ser responsável pelo agravamento do
estado clínico, por incapacidade
permanente ou mesmo óbito.
• O atendimento de emergência é um
trabalho de equipe.
04- FASES DO ATENDIMENTO
• O atendimento inicial deve ser
coordenado pelo membro da equipe mais
experiente.
Nem sempre o Comissário mais antigo
poderá ser o mais experiente em primeiros
socorros.
Verificar aptidão pessoal pra lidar com
situações de emergência médica
Assumir posição de comando
05- ATENDIMENTO INICIAL
• Rápida avaliação das funções vitais;
• Emprego de medidas destinadas a mante-las;
• R.C.P.
• Não há necessidade previa de Diagnóstico
etiológico; (fator causal)
• Permeabilidade das vias aéreas;
• Características da ventilação;
• Circulação;
• Estado de consciência;
05- ATENDIMENTO INICIAL
• Desobstruindo as vias aéreas;
(oxigenação e ventilação)
• Remover os fatores que causam
distúrbios na função do sistema nervoso
central, cardiocirculatório;
a) DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS
AÉREAS
• Secreções;
• Vômitos;
• Corpos estranhos;
• Base da língua relaxada;
• Edema;
• Obstrução parcial ou total;
• Associando à hipóxia e hipercarbia
• Hipercarbia = (Mais do que o nível normal de dióxido
de carbono (CO2) no sangue. Hipercarbia é o oposto do
hipocarbia)
• Podem levar a uma Parada cardíaca
• Morte celular, 10 min após a parada
b) VENTILAÇÃO E OXIGENAÇÃO
• Somente de obtém ventilação e oxigenação
através das vias aéreas permeáveis
• Muitas vezes a simples desobstrução dessas vias
é responsável por restabelecer a ventilação e
oxigenação
• Uma hipoventilação é facilmente identificada por
ausência de movimentos respiratórios
• A Hipoxemia é suspeita quando (agitação,
taquicardia, sudorese e cianose
c) SISTEMA
CARDIOCIRCULATÓRIO
• Detectado a ausência de pulso, determina se o
início das manobras de RCP (carótida, femoral)

• Quando o pulso está presente, prossegue-se com a


avaliação de outros parâmetros como estado de
consciência, perfusão capilar, a pressão e o pulso
arterial, coloração das mucosas e leitos, dentre
outros.
C – Circulação
• Verifique sinais de circulação (respiração,
tosse, movimentos e pulso)
• Os locais de verificação de pulso são; temporal
superficial, carótida, braquial, radial, femoral,
poplítea e pediosa.

Fique atento aos sinais de hemorragias externas e perca de volume sangüíneo.


d) Sistema Nervoso Central:
• A avaliação do estado de consciência constitui parte
essencial do exame de um paciente grave.
• A presença de confusão mental, sonolência e
agitação resultam de causas diversas como
traumatismo craniano, hipóxia, intoxicação por
álcool ou drogas, cetoacidose diabética.
• O tratamento etiológico constitui medida de
emergência.
• Entre os procedimentos indispensáveis ao
tratamento das lesões do sistema nervoso central
estão os relacionados com a manutenção de uma
ventilação e circulação adequada.
Cetoacidose Diabética
• Coma diabético é uma emergência na qual um portador
de Diabetes mellitus entra em estado de coma por
desequilíbrio no seu processamento de glicose no
sangue.
• Pode ser tanto por elevação (Hiperglicêmico) como por
diminuição excessiva (Hipoglicêmico).
• O coma hiperglicêmico por cetoacidose (excesso
de corpos cetônicos) geralmente só ocorre nos
pacientes que apresentam as formas mais severas do
diabete, sendo geralmente do tipo I (insulino-
dependente).
• Um produto do metabolismo de proteínas
06- Medidas complementares
• Reconhecidas e controladas as condições que
se acompanham de alto risco de vida, o
atendimento inicial é completado com a
anamnese e exame físico.
a) Anamnese
• Especial cuidado precisa ser tomado para que o
interrogatório seja conduzido de modo a infundir
confiança e não transformar em causa de
apreensão ou de ansiedade.
• Na maioria das vezes, elementos importantes para
a orientação terapêutica podem ser fornecidos pelo
paciente, por pessoas com este relacionado ou por
transeuntes (que passa, que vai andando ou
passando). Informações sobre o modo de
apresentação da emergência, os antecedentes
pessoais, alterações recentes nas condições de
saúde ou na conduta são geralmente de grande
utilidade.
a) Anamnese
• É portador de alguma doença crônica? Epilepsia,
etc.
• Tem alguma alergia medicamentosa ou alimentar?
• Possui antecedentes familiares?
b) Exame físico
Inspeção geral

- Estado geral: bom estado geral, regular e péssimo


estado geral.
- Fáceis: é a expressão facial do paciente. (ex. fáceis
de dor)
- Atitude (corrigir altitude): pode ser passiva ou ativa
- Nível de consciência: consciente, confusa,
sonolenta, comatosa.
b) Exame físico
- Postura: a posição que o paciente se encontra (ex:
antálgica, posição usada pelo paciente para minimizar
dor).
- Cor : pode ser corado, pálido, cianótico, etc)
- Hálito: ex: alcoólico, cetônico (diabetes), etc
b) Exame físico
Dados vitais

São sinais que permitem uma avaliação rápida da


condição cardiocirculatória e respiratória do indivíduo
num dado instante. Vejamos quais são eles, como
avaliá-los e interpretá-los.

- PULSO
- FREQUENCIA RESPIRATÓRIA
- PRESSÃO ARTERIAL
- TEMPERATURA
b) Exame físico
• PULSO: é a expressão clínica dos batimentos
arteriais. Estes por sua vez, nada mais são do que
a transmissão dos batimentos cardíacos ao longo
das artérias cuja estrutura exibe bastante
elasticidade.
• Todas as artérias pulsam mas somente algumas
transmitem os seus movimentos para a superfície
corpórea sendo acessível aos dedos que palpam.
• A pesquisa do pulso é mais bem efetuada com as
polpas digitais do segundo e terceiro dedo da mão
dominante. (carótidas – pescoço e pulso radial –
punho). Basicamente o exame do pulso consiste
em:
Pulso
• Freqüência de Pulso: parâmetros de
normalidade é de:

• Adulto: 60 a 100 bpm


• Taquisfigmia: pulso acima de 100
• Bradisfigmia: baixo de 60
• Criança: 70 a 110 bpm
• Lactantes - bebês: 90 a 120 bpm
• RN: 120 a 160 bpm
Pulso carotídeo
Pulso
Ritmo – regular, rítmico ou normal
irregular, arrítmico ou anormal.

Intensidade – pulso cheio (normal)


pulso fino ou filiforme (ex: choque)
Freqüência respiratória
• A avaliação da respiração é efetuada pela
observação direta dos movimentos respiratórios.
Frequência respiratória
• Valor normal é de 15 a 20 incursões por minuto
– adulto, em repouso o normal é de 12 a 15
mov/minuto.
• Taquipnéia acima de 20
• Bradipnéia baixo de 15
• Apnéia zero (ausência de respiração)
• Criança (1 a 8 anos): 20 a 30 mov/min
• Bebês (1 mês a 1 ano): 30 a 40 mov/min
• RN (28 dias): 40 a 60 mov/min
Frequência respiratória
• Ritmo – a respiração normal é regular, as
pausas entre os movimentos respiratórios são
constantes.
• Profundidade – pode ser normal, superficial,
profunda (de grande amplitude)
• Dispnéia – é a dificuldade de respirar (falta de
ar)
Fim

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